Imagem de 5 eventos históricos famosos que nunca aconteceram de verdade no megacurioso

Embora sejam vistos como fatos irrefutáveis por algumas pessoas até hoje, esses eventos supostamente históricos existem apenas no imaginário popular

<head></head><body>A história da humanidade está sempre sob mudanças. Isso não significa apenas que a verdade pode estar sendo ocultada pelos novos donos do poderio informativo, mas que a compreensão da nossa espécie sobre coisas que aconteceram anteriormente na sociedade está em constante movimento.Sendo assim, o que era certo para uma época talvez não se encaixe mais no padrão atual. Os heróis de um tempo logo se tornam vilões e histórias que nem mesmo existiram passam a ser vinculadas por aí. E quando uma mentira é contada várias vezes, ela acaba se tornando verdade por engano. Com isso em mente, veja só cinco eventos históricos famosos que nunca aconteceram de verdade!<h2>1. George Washington e a cerejeira</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17013116241008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Uma das lendas mais conhecidas sobre honestidade e integridade nos Estados Unidos envolve George Washington e uma cerejeira. De acordo com a história popular, ele teria danificado a árvore de seu pai com uma machadinha, admitindo o crime quando foi confrontado. Aí surgiu a famosa frase: "Não posso mentir".Porém, essa narrativa encantadora é uma grande invenção criada pelo escritor Mason Locke Weems na sua biografia de 1800, The Life of Washington. O autor buscou retratar Washington como uma figura virtuosa e criou o incidente para ilustrar seu caráter moral. Contudo, o relato é completamente fictício.<h2>2. Cavalo de Troia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17013056778006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ao longo da vida, todo ser humano já ouviu falar sobre como os gregos construíram um enorme cavalo de madeira para esconder seus soldados no interior e invadir a cidade fortificada de Troia durante a Guerra de Troia. A estrutura foi entregue como uma suposta oferta de paz, mas na realidade teria sido uma estratégia sagaz para ludibriar os inimigos.Embora essa história tenha se tornado um símbolo de engano e estratégia, não há qualquer evidência histórica que confirme a existência do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120670-cavalo-de-troia-ate-que-ponto-a-lenda-grega-e-verdadeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cavalo de Troia</a>. Sendo assim, o conto é amplamente considerado como um mito ou uma história metafórica por pesquisadores.&nbsp;<h2>3. Pocahontas e John Smith</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17013036324005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Virando até mesmo roteiro para filme da Disney, a história sobre como a indígena <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120422-pocahontas-a-historia-real-que-a-disney-nao-contou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pocahontas</a> se apaixonou pelo colonizador John Smith é algo perpetuado pelo folclore norte-americano. No entanto, muitos historiadores e estudiosos lançaram dúvidas sobre a exatidão do relato de Smith, sugerindo que ele possa ter exagerado ou até mesmo inventado aspectos de suas interações com Pocahontas para promover sua imagem.Ela teria, de fato, desempenhado um papel importante na mediação entre os nativos americanos e os colonos ingleses, mas a natureza de sua relação com Smith ainda é debatida.&nbsp;<h2>4. Aniversário de Jesus Cristo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17013014770003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O Natal tornou-se a data internacional para a celebração do nascimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a>, no dia 25 de dezembro. Contudo, evidências históricas e bíblicas sugerem que esta data provavelmente nunca foi o dia real do nascimento de Jesus. Na igreja cristã primitiva, a data exata não era uma preocupação.Foi apenas no século IV que o Papa Júlio I escolheu o dia 25 de dezembro como um dia simbólico. De acordo com os evangelhos de Mateus e Lucas, é mais provável que a época do ano do nascimento de Cristo teria sido bem mais quente do que as temperaturas de dezembro naquela região.&nbsp;<h2>5. Os 300 de Esparta</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17012952693001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora o filme 300 (2006) tenha mexido com o imaginário de muitas pessoas, toda a coisa dos "300 espartanos" lutando contra milhares de persas nunca aconteceu de verdade. A Batalha de Termópilas definitivamente foi um combate crucial durante as Guerras Greco-Persas em 480 a.C., mas tudo aconteceu de forma diferente do que ficou famoso.&nbsp;Os espartanos, liderados pelo rei Leônidas I, faziam parte de uma coalizão grega maior, conhecida como Liga Helênica, que se opôs às forças invasoras persas lideradas pelo rei Xerxes I. De todo modo, a batalha proporcionou um tempo crucial para os gregos, permitindo-lhes se preparar para combates posteriores e repelir a invasão persa.&nbsp;</body>

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5 eventos históricos famosos que nunca aconteceram de verdade

Imagem de 7 mapas que marcaram época e mudaram perspectivas no megacurioso

Descubra como os mapas antigos moldaram a maneira como percebemos e compreendemos o mundo ao nosso redor

<head></head><body>Hoje, com guias cartográficos digitais ao alcance de nossas mãos, rastreamos quase todos os pontos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128183-o-centro-da-terra-e-mais-jovem-que-o-resto-do-planeta-mas-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planeta&nbsp;</a>em tempo real. No entanto essas representações gráficas do mundo têm um passado profundo surpreendente. Conheça sete mapas fascinantes que impactaram nossa compreensão do mundo.<h2>1. Os mitos estratégicos do século XVIII</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/14/14201206491009.jpg" alt="Mapa de 1762 de Jean Janvier. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">Mapa de 1762 de Jean Janvier. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)No século XVIII, cartógrafos europeus mapeavam a América do Norte com base em relatos diversos, resultando em mapas frequentemente imprecisos, especialmente relacionadas a cursos de água. O surgimento e desaparecimento de elementos fictícios destacam como os mapas refletiam não apenas a geografia, mas também as aspirações políticas e econômicas dos cartógrafos.<h2>2. Fronteiras ambíguas na África Subsariana</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/14/14231312717005.jpg" alt="(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Na África Subsaariana, apenas um terço das fronteiras foi formalmente delimitado, indicando que os países concordaram com a localização exata e documentação precisa das fronteiras. Acordos informais, como "concordar em discordar", são comuns, evitando tensões desnecessárias. Um exemplo é a disputa entre Camarões e Nigéria pela Península de Bakassi. O processo envolveu debates sobre jurisdição, documentos históricos e práticas não oficiais, destacando a complexidade e a contingência das fronteiras.<h2>3. O declínio de uma aliança pirata</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/14/14231631674006.jpg" alt="Mapa de 1612 dos “portos piratas” do sudoeste de Munster. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">Mapa de 1612 dos “portos piratas” do sudoeste de Munster. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Em 1614, uma frota holandesa, guiada por um mapa que revelava a localização dos piratas, desencadeou um ataque devastador que levou ao declínio de uma aliança pirata na costa irlandesa. Assim, esse "mapa do tesouro" histórico desempenhou um papel crucial na transformação do cenário marítimo da época.<h2>4. Os mapas de seda na Segunda Guerra Mundial</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/14/14231947077007.jpg" alt="Mapa de seda da Holanda, Bélgica, França, Suíça e Alemanha. (Atlas Obscura/Reprodução)">Mapa de seda da Holanda, Bélgica, França, Suíça e Alemanha. (Atlas Obscura/Reprodução)Christopher Clayton Hutton, jornalista britânico, desenvolveu uma abordagem inovadora ao criar mapas tão finos que quase não ocupavam espaço, auxiliando cerca de 750 prisioneiros de guerra aliados em suas fugas durante a Segunda Guerra Mundial. Desse modo, a engenhosidade por trás desses mapas secretos de seda desempenhou um papel vital na liberdade dos prisioneiros.<h2>5. Fronteiras do sul da Ásia no século XIX</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/14/14232711128008.jpg" alt="Nain Singh. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">Nain Singh. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)No século XIX, colonos no subcontinente indiano utilizaram exploradores disfarçados, como Nain Singh, para mapear áreas proibidas. Eles percorriam terras hostis, registrando detalhes geográficos e culturais. Apesar da menor precisão em relação às ferramentas britânicas, desempenharam um papel crucial na expansão do conhecimento colonial.<h2>6. Desmistificando o mapa-múndi</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/14/14233201577009.jpg" alt="Mapa criado por al-Idrisi em 1154. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">Mapa criado por al-Idrisi em 1154. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Muhammad al-Idrisi foi um renomado cartógrafo árabe do século XII, cujo nome muitas vezes é ligado a um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120639-como-surgiu-o-mapa-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mapa-múndi&nbsp;</a>considerado instável. Contudo, contrariando interpretações equivocadas, Muhammad al-Idrisi, na verdade, produziu o mapa mais preciso da Terra disponível no século XII. Essa reavaliação desafia as noções errôneas frequentemente atribuídas ao seu trabalho cartográfico.<h2>7. Marie Tharp e a revolução nos mapas oceânicos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/14/14233935967010.jpg" alt="Mapa do Panorama Mundial do Fundo do Oceano por Bruce C. Heezen e Marie Tharp, 1977. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">Mapa do Panorama Mundial do Fundo do Oceano por Bruce C. Heezen e Marie Tharp, 1977. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Marie Tharp, geóloga e oceanógrafa, foi essencial na transformação da compreensão das profundezas oceânicas por meio de seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128112-nova-colecao-de-mapas-mostra-que-nem-todos-os-rios-correm-para-o-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mapas</a> históricos de topografia subaquática. A partir de 1957, colaborando com Bruce Heezen, ela desafiou a visão anterior de um fundo oceânico uniforme, revelando uma fenda no oceano Atlântico e consolidando a teoria das placas tectônicas. Sua precisão na visualização do fundo do oceano marcou décadas de inovação, e sua contribuição é agora considerada fundamental para a compreensão da geologia marinha.</body>

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7 mapas que marcaram época e mudaram perspectivas

Imagem de Países Baixos e Ilhas Scilly descobriram que estavam em guerra há 300 anos no megacurioso

Durou 335 anos a guerra entre os Países Baixos e as Ilhas Scilly, mas ambos não faziam ideia de que havia um conflito em andamento

<head></head><body>Disputas de território e de poder caracterizam o crescimento e transformação da civilização humana, e isso aconteceu, em sua maioria, por meio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerras</a>. Ao longo da história, houve milhares de conflitos, dos mais sangrentos, como a Segunda Guerra Mundial, até os com poucas baixas, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119896-guerra-anglo-zanzibar-o-conflito-mais-rapido-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Anglo-Zanzibari</a>.Não é considerado comum guerras que durem metade de um século ou mais. A Guerra dos Cem Anos, travada principalmente entre a Inglaterra e França, de 1337 a 1453, apesar de ter durado 116 anos, não foi um conflito contínuo. A guerra testemunhou vários períodos de trégua e negociação pelas causas que a motivaram, como reivindicações de território, disputas sucessórias, economia e comércio; conflitos feudais e rivalidades nobres.O único conflito que durou mais que um século foi a Guerra dos 300 anos travada entre os Países Baixos e as Ilhas Scilly. O mais engraçado, porém, é que nenhum dos oponentes sabiam que estavam em guerra.<h2>O rei falido</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03130013376171.jpg" alt="Rei Carlos I da Inglaterra. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Rei Carlos I da Inglaterra. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 1642, o rei Carlos I da Inglaterra estava praticamente falido, cercado pela corrupção, desmascarado em seu nepotismo e desesperado para manter o fino véu que cobria a possibilidade de ele não ser um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124845-a-realeza-ja-acreditou-que-tinha-partes-do-corpo-feitas-de-vidro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">líder infalível</a>. Só que isso já era óbvio tanto para os aristocratas quanto para o povo inglês. Naquele momento da história, o Parlamento não tinha um poder tangível, era apenas um conjunto de nobres que ofereciam conselhos ao rei e o ajudavam a cobrar impostos. Só que a Vossa Alteza precisava do seu selo de aprovação para colocar os impostos em movimento, ou seja, em tempos de dificuldades financeiras, ela teve que ouvir o Parlamento.E era exatamente o que Carlos não aceitava mais, enxergando isso como uma violação de seu "direito divino". Por esse motivo, ele se viu na autoridade de destituir o Parlamento, em março de 1629. Por 11 anos, Carlos governou a Inglaterra sem essa assembleia, o que não era inédito, mas, sem acesso ao poder de atração financeira que ela oferecia, a capacidade de Carlos de adquirir fundos era limitada.Para tentar sair do buraco, o rei decidiu aumentar o imposto sobre a navegação, o movimento mais ofensivo que poderia ter feito, resultando em uma forte reação e oposição popular, provando que havia um apoio crescente contra o controle soberano dele. Em meio a isso, Carlos também estendeu suas altas políticas e práticas anglicanas para Escócia, desagradando os puritanos e causando um conflito religioso que exacerbou as tensões sociais existentes.Em 1649, para derrubar o rei, o Parlamento estabeleceu a República Inglesa, sob a liderança de Oliver Cromwell, que recusou o título de rei e se dominou Lorde Protetor. Com isso, os britânicos foram divididos em duas forças: os realistas, que apoiavam a monarquia britânica de Carlos I; e os parlamentares, que lutavam por um governo democrático sob a liderança de Cromwell.<h2>A guerra sem armas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03130602480175.jpg" alt="Oliver Cromwell. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Oliver Cromwell. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Não muito diferente de hoje, quando forças externas ajudam o lado que apoiam, outros países entram em cena. Nesse caso, os holandeses decidiram se juntar ao conflito do lado dos parlamentares após identificá-los como prováveis vencedores. Os monarquistas, antigo aliado dos holandeses, consideraram essa decisão uma traição e começaram a punir os holandeses invadindo rotas marítimas ao longo do Canal da Mancha.Em 1651, porém, as forças monárquicas sofriam com o resultado de uma série de batalhas bem-sucedidas vencidas por Cromwell, que havia empurrado seu exército de volta para a Cornualha, enquanto a marinha monarquista foi obrigada a fugir para as pequenas Ilhas Scilly, uma vez que foram basicamente expulsos da Inglaterra continental.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03130727258179.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 30 de março do mesmo ano, os holandeses, ao enxergarem uma oportunidade de recuperar algumas de suas perdas causadas pelos ataques monárquicos, enviaram uma frota de doze navios de guerra para Scilly, exigindo reparações. Ao não receber nenhuma resposta satisfatória dos monarquistas, o almirante holandês Maarten Tromp declarou guerra às Ilhas Scilly.Três meses depois, Cromwell e seu batalhão, sob o comando do almirante Robert Blake, forçou a frota monarquista a se render, e as Ilhas Scilly voltaram ao controle parlamentar. A frota holandesa foi embora, mas esqueceu de declarar o fim da guerra.<h2>Selando a paz</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03130846938182.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 1985, Roy Duncan, um historiador local de Scilly, escreveu à embaixada holandesa em Londres para saber sobre a alegação de que havia uma guerra que durava 335 anos entre os Países Baixos e as Ilhas. Revirando os documentos, a embaixada descobriu toda a história, e Duncan, preocupado com a possibilidade de uma nova ameaça, escreveu ao embaixador holandês Rein Huydecoper para que visitasse Scilly e assinasse um tratado de paz.Em 17 de abril de 1986, o tratado foi assinado, pondo fim à guerra entre as Ilhas Scilly e o Reino dos Países Baixos e, consequentemente, à ideia de que a Holanda poderia ter atacado as Ilhas a qualquer momento devido a um descuido histórico.</body>

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Países Baixos e Ilhas Scilly descobriram que estavam em guerra há 300 anos

Imagem de 'A sociedade da neve': conheça a história que inspirou o filme da Netflix no megacurioso

'A Sociedade da Neve' narra de maneira comovente os desafios enfrentados pelos sobreviventes de um acidente aéreo nas remotas montanhas dos Andes

<head></head><body>Desde obras consagradas como O senhor das moscas até produções contemporâneas como Depois daquela montanha, histórias de sobrevivência após acidentes aéreos têm fascinado o público. Entretanto, a realidade muitas vezes supera a ficção, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108151-5-eventos-sinistros-que-ja-aconteceram-em-uma-sexta-feira-13.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acidente</a> do voo 571 da Força Aérea Uruguaia, que inspirou o filme A sociedade da neve, da Netflix.<h2>O acidente</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/21/21170600237002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Em 12 de outubro de 1972, o voo 571 da Força Aérea Uruguaia partiu de Montevidéu com 45 pessoas a bordo, entre membros do time amador de rugby Old Christians Club, seus amigos e familiares. O destino do voo era Santiago, no Chile, onde o time participaria de uma partida de exibição. No entanto, as condições meteorológicas ao longo do trajeto tornaram-se desafiadoras, obrigando o avião a pousar em Mendoza, na Argentina, para pernoitar devido ao mau tempo.No dia seguinte, em 13 de outubro, o avião decolou novamente com a intenção de contornar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107745-cordilheira-dos-andes-a-fascinante-mais-longa-cadeia-de-montanhas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cordilheira dos Andes</a> por uma passagem montanhosa mais baixa. Com cerca de uma hora de voo, o piloto, enfrentando dificuldades de navegação, começou a descer antes de conseguir ultrapassar a montanha. Essa manobra levou a uma colisão dramática com os picos montanhosos, resultando na perda das asas e da cauda da aeronave.A extremidade dianteira do avião deslizou pela encosta antes de finalmente parar em um vale remoto, a uma altitude perigosa de aproximadamente 3.500 metros. O impacto da colisão foi devastador, resultando na morte imediata de alguns ocupantes e deixando outros gravemente feridos.<h2>A luta pela sobrevivência</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/21/21171932948005.jpg" alt="Restos do voo 571. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Restos do voo 571. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)O local isolado, a altitude extrema e as condições meteorológicas rigorosas colocaram os sobreviventes em uma situação desesperadora, marcando o início de uma luta incrível pela sobrevivência. Racionando meticulosamente o pouco que tinham à disposição, os sobreviventes buscavam suportar as adversidades diárias.Conforme as semanas se desenrolavam e a esperança de resgate se dissipava, os sobreviventes enfrentavam uma cruel realidade: a iminente ameaça da fome. Diante da escassez extrema de alimentos, os sobreviventes começaram a ponderar medidas desesperadas para evitar a inanição. Em um ato angustiante, eles decidiram utilizar os corpos dos falecidos para suprir a falta crítica de comida.<h2>O resgate</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/21/21171138971004.jpg" alt="Roberto Canessa, Fernando Parrado e Sérgio Catalán. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Roberto Canessa, Fernando Parrado e Sérgio Catalán. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Após quase dois meses isolados nas montanhas geladas, dois dos sobreviventes, Roberto Canessa e Fernando Parrado iniciaram uma jornada a pé em busca de ajuda. Eles caminharam por cerca de 10 dias através das montanhas antes de encontrar um homem com um cavalo em uma região habitada. Esse homem, Sérgio Catalán, conseguiu alertar as autoridades sobre a presença dos sobreviventes, dando início às operações de resgate.Helicópteros foram enviados para o local remoto para evacuar os sobreviventes. Com a operação de resgate, que ocorreu nos dias 22 e 23 de dezembro de 1972, finalmente todos os <a href="https://www.megacurioso.com.br/acidentes-estranhos/99312-incrivel-33-anos-apos-acidente-aereo-sobrevivente-recebe-carteira-perdida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobreviventes</a> foram resgatados, após 72 dias do acidente. Das 45 pessoas presentes no voo, apenas 16 conseguiram sobreviver ao acidente e ao ambiente inóspito dos Andes.A sociedade da neve não é apenas um filme, mas uma poderosa narrativa que destaca a capacidade humana de superar desafios inimagináveis. Baseado em eventos reais, trata-se de uma história de coragem, solidariedade e perseverança. Ao compartilhar essa experiência única, o filme não apenas honra os sobreviventes, mas também oferece uma mensagem inspiradora sobre a resiliência do espírito humano diante da adversidade.</body>

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'A sociedade da neve': conheça a história que inspirou o filme da Netflix

Imagem de 5 das profissões mais populares há 300 anos no megacurioso

Relembre alguns dos empregos mais comuns há três séculos, quando a sociedade ainda funcionava numa era pré-industrial

<head></head><body>Se você entrasse numa máquina do tempo e viajasse três séculos no passado, é bem provável que você encontraria algumas diferenças óbvias nos estilos de vida que temos nos dias modernos. Uma das mudanças mais evidentes, no entanto, poderia ser observada nos empregos mais "comuns" desse período. A década de 1720, por exemplo, teve uma notável falta de eletricidade e as comunicações demoravam muito mais tempo para serem estabelecidas.Então, o que as pessoas faziam para sobreviver nesse tempo? Obviamente, alguns trabalhavam no que hoje podemos considerar empregos de nicho, fazendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122035-por-que-perucas-eram-tao-usadas-no-seculo-xviii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perucas</a> e selas sofisticadas para pessoas ricas. Porém, também existiam muitos padeiros, farmacêuticos e por aí vai. Veja só cinco profissões que eram bem populares nos anos 1700!<h2>1. Clero</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/18/18031949127377.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Nas primeiras décadas do século XVIII, a religião era central na vida quotidiana na Europa e nas suas colônias. Com tantas pessoas entrando e saindo das igrejas, poucas figuras eram tão importantes quanto a dos pregadores. Embora a variedade de clérigos e a forma como eles operavam variasse de comunidade para comunidade, esse ainda era considerado um trabalho excelente.As mensagens comuns sobre o pecado da humanidade, o perdão de Deus e o relacionamento altamente personalizado com o Divino provaram ser convincentes. Com isso, o cristianismo despontou na América e diversos pregadores proeminentes passaram a ser reconhecidos.<h2>2. Alfaiate</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/18/18031938174374.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Embora o chamado "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120176-fast-fashion-por-que-a-moda-rapida-e-um-problema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fast fashion</a>" tenha tomado conta do mundo moderno, a posição de alfaiate era algo bastante relevante no século XVIII. Nesse período, as roupas eram produtos de um trabalho sério que exigia que os trabalhadores colhessem fibras, tecessem fios e montassem tudo em peças exclusivas.A popularidade da profissão era tamanha que algumas colônias europeias estavam simplesmente abarrotadas de alfaiates, enquanto o tecido era facilmente o produto mais importado dessas regiões.&nbsp;<h2>3. Marceneiro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/18/18031906720373.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Um marceneiro suficientemente qualificado teria muitos empregos numa comunidade do século XVIII, visto que as pessoas desse tempo precisavam não apenas de estruturas de madeira para viver e trabalhar, mas também de barris de madeira, rodas, móveis, instrumentos e muito mais para seu dia a dia. Nas cidades, os carpinteiros trabalhavam em pátios separados, pois precisavam de bastante espaço para realizar sua profissão.Mesmo com toda essa marcenaria acontecendo, um tipo era ainda mais importante: o tanoeiro. Os barris e tonéis de madeira feitos por esses trabalhadores eram necessários para armazenar mercadorias importantes para transporte e até mesmo fundamentais na preparação de alimentos ou envelhecimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127498-quanto-tempo-dura-um-vinho-depois-de-aberto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vinho</a>.<h2>4. Peruqueiro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/18/18031832720371.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Durante os anos 1700, perucas caras polvilhadas com pó branco para uma aparência refinada ganharam popularidade. Esse movimento foi impulsionado por figuras como Luís XIV da França e Carlos II da Inglaterra, que adotaram as perucas para mascarar cabelos grisalhos e cabelos recuados.Com isso, a profissão de peruqueiro tornou-se algo proeminente nas sociedades. À medida que o Iluminismo e algumas revoluções na América e na França abalaram as coisas, no entanto, as perucas foram se tornando um símbolo antiquado de desigualdade de classes.<h2>5. Padeiro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/18/18031730267366.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Como a realidade da vida do século XVIII deixava pouco tempo para as pessoas cozinharem, a profissão de padeiro era algo muito importante. Embora alguns cozinheiros domésticos reservassem tempo para o processo trabalhoso de aquecer um forno, montar a massa e assá-la, a forma mais comum de se obter um pão fresquinho era através dos padeiros que saiam de suas lojas para vender seus produtos.Essas padarias tinham grandes fornos, capaz de produzir alimento em grandes quantidades. Vale ressaltar, contudo, que esses profissionais precisavam trabalhar em horários estranhos: acordavam antes que todo mundo, como os padeiros modernos, para preparar as mercadorias para o dia.&nbsp;</body>

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5 das profissões mais populares há 300 anos

Imagem de Qual foi o lugar mais distante que os vikings alcançaram? no megacurioso

Conhecidos por desbravarem o Oceano Atlântico quase cinco séculos antes das grandes navegações, os vikings também tiveram uma jornada importante em direção à Ásia

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123418-4-historias-brutais-sobre-os-vikings-que-inspiram-medo-e-respeito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Viking</a> foi um período marcado pela expansão dos povos bárbaros da Escandinávia. Em menos de três séculos, os vikings saquearam e exploraram terras em pelo menos quatro continentes. Isso resultou em uma série de mudanças dos povos ao redor do mundo, tanto na relação de comércio quanto no impacto deixado pelos saques.Mas, até onde os vikings conseguiram chegar? Qual foi o limite da rede de influência deles? Essas são questões um pouco complexas, mas que os historiadores já conseguem responder com um pouco mais de certeza, principalmente pelo legado deixado pela expansão dos vikings.<h2>Atravessando o Atlântico Norte</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/09/09144538275251.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120249-6-mentiras-que-contam-sobre-os-vikings.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vikings</a> eram motivados principalmente por poder e riqueza em suas incursões durante a Era Viking (793 - 1066 d.C.). Embora houvesse uma relação comercial com o restante da Europa, ao se darem conta de que poderiam conquistar riquezas em vez de negociar, os vikings começaram a realizar saques durante suas viagens.Inicialmente, suas frotas saqueavam regiões durante os verões e retornavam no outono. Com o tempo, eles passaram a estabelecer assentamentos permanentes, formando um "reino pirata" caracterizado por líderes que colaboravam em exércitos ou agiam independentemente, visando poder e riqueza pessoais.As primeiras expedições levaram os vikings à Escócia, onde a população local não conseguia enfrentá-los, permitindo que estabelecessem assentamentos. Viagens subsequentes os levaram às Hébridas, Ilhas Faroé e, eventualmente, à Islândia.Foi por volta de 1000 d.C. que eles começaram a realizar viagens pelo Atlântico. Primeiro até a Groenlândia e depois <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124466-ciencia-confirma-data-exata-da-chegada-dos-vikings-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alcançando Newfoundland, no Canadá</a>. No entanto, evidências sugerem que não permaneceram muito tempo na América do Norte. Embora a Groenlândia fosse um ponto importante para obter recursos para comércio, a América do Norte não gerou o mesmo interesse dos vikings.“A Groenlândia era indiscutivelmente importante para os vikings viajarem para Newfoundland”, explica Ellen Naess, arqueóloga do Museu de História Cultural em Oslo, Noruega, em entrevista ao Live Science. “Um recurso importante que encontraram na Groenlândia era a morsa, que caçavam pelos valiosos dentes de marfim e peles. Não sabemos ao certo por que o assentamento em Newfoundland cessou, mas era longe da 'terra natal' e os recursos eram mais ou menos os mesmos que encontraram em casa, então não havia uma motivação real para ir mais longe”.<h2>Explorando a Ásia e a África</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/09/09144615233253.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Mas não foi apenas para o oeste que os vikings expandiram durante a Era Viking. Eles partiram também para o leste, explorando o Mar Báltico, rios na Europa e Rússia, chegando a Constantinopla e Bagdá por volta de 1000 d.C. Diferentemente de suas incursões ocidentais, essa expansão focava mais no comércio do que no saque, levando à integração na população local. A civilização oriental impressionou os vikings, que possivelmente chegaram até a China e a Índia como sugerem algumas evidências — como seda chinesa encontrada na Suécia.E o avanço dos vikings também foi em direção ao sul., chegando na Península Ibérica e na costa norte da África no início do século XI. Porém, a difícil geografia e a falta de vias navegáveis impediram a expansão para além da África do Norte.“Em termos de distância, o assentamento em Newfoundland provavelmente é o mais longe que eles chegaram’, disse Naess. “Mas culturalmente, Bagdá foi talvez uma jornada ainda maior para o desconhecido para os vikings”.</body>

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Qual foi o lugar mais distante que os vikings alcançaram?

Imagem de 6 civilizações antigas que caíram no esquecimento no megacurioso

Esses povos podem não ser muito lembrados, mas também deixaram uma grande marca na história do mundo

<head></head><body>No imaginário popular, ao se falar do mundo antigo, geralmente lembramos do Egito, Babilônia, e, é claro, Grécia e Roma. No entanto, o mundo antigo foi muito mais vasto e duradouro do que se costuma pensar.Vamos explorar algumas civilizações antigas que quase ninguém lembra que já existiram?<ul><li style="font-weight: bold;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128565-antigas-cidades-de-2-500-anos-sao-encontradas-na-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antigas cidades de 2.500 anos são encontradas na Amazônia</a></li></ul><h2>1. Os Hititas&nbsp;</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17142621925169.jpg" alt="Porta de entrada de Hatusa, capital dos hititas. (Fonte: Bernard Gagnon/Wikimedia Commons)">Porta de entrada de Hatusa, capital dos hititas. (Fonte: Bernard Gagnon/Wikimedia Commons)Os Hititas, um povo antigo da Anatólia — também conhecida como Ásia Menor —, surgiram como uma potência dominante no Oriente Médio por volta de 1600 a.C., estabelecendo um império que se estendia por toda a Turquia moderna e o norte da Síria. A capital hitita, Hatusa, localizada perto da atual Bogazkale, na Turquia, era uma cidade expansiva com grandes templos, palácios e impressionantes fortificações, mas a força do império não se limitava apenas à arquitetura.&nbsp;Eles possuíam uma burocracia organizada e eficiente, além de um sistema jurídico robusto com leis que eram bastante progressistas para a época, abrangendo questões como herança, divórcio e proteção ao consumidor. O declínio do Império Hitita, por volta de 1200 a.C., fez parte de um colapso maior e misterioso que afetou várias civilizações antigas do Mediterrâneo e do Oriente Próximo.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">2. Civilização Olmeca</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17142756979171.jpg" alt="(Fonte: Glysiak/Wikimedia Commons)">(Fonte: Glysiak/Wikimedia Commons)Também conhecida como a "cultura mãe" da Mesoamérica, a civilização olmeca surgiu por volta de 1400 a.C. e floresceu até aproximadamente 400 a.C., nas terras baixas tropicais do que hoje é o México. Os olmecas são talvez mais conhecidos por suas cabeças de pedra colossais do que por qualquer outra coisa. Essas esculturas podem chegar a pesar até 40 toneladas e exibem uma habilidade artesanal incrível, um testemunho das avançadas habilidades dos olmecas em trabalhar a pedra.Além de suas realizações arquitetônicas, os olmecas foram notáveis por suas contribuições para o calendário mesoamericano, sistema de escrita e o conceito do número zero. Suas crenças religiosas, envolvendo um panteão de deuses associados a elementos naturais, influenciaram as religiões maias e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128458-5-impressionantes-invencoes-astecas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">astecas</a> que surgiram depois. Embora não haja evidências claras sobre as razões do desaparecimento dos olmecas, os arqueólogos acreditam que isso teve a ver com as severas mudanças ambientais que eles enfrentaram.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">3. Os Elamitas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17142834361174.jpg" alt="(Fonte: Hansueli Krapf/Wikimedia Commons)">(Fonte: Hansueli Krapf/Wikimedia Commons)A civilização elamita foi uma das culturas mais antigas estabelecidas no antigo Oriente Próximo. Localizada principalmente na região sudoeste do que é hoje o Irã, a história deste povo remonta a cerca de 3000 a.C. Ao longo de sua história, a civilização teve períodos de poder e destaque, especialmente durante os conflitos e interações com as potências mesopotâmicas vizinhas, como sumérios, acádios e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127537-babilonios-escreveram-o-teorema-de-pitagoras-mil-anos-antes-do-matematico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">babilônios</a>.&nbsp;Apesar dos elamitas também terem enfrentado inúmeras invasões e períodos de dominação pelos assírios e persas, sempre mantiveram um grau de autonomia até serem finalmente absorvidos pelo Império Persa. No entanto, apesar desse legado e realizações surpreendentes, não são muitas as pessoas que ouviram falar deles.<h2 style="text-align: justify;">4. Civilização Nok</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17142941106175.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Batizada com o nome da vila de Nok, na Nigéria, onde os primeiros artefatos dessa civilização foram descobertos na década de 1920, a cultura Nok é a mais antiga civilização conhecida da África Ocidental. Florescendo entre 1500 a.C. e 300 d.C., ela é principalmente conhecida por suas esculturas de terracota, que representam alguns dos exemplos mais antigos e refinados de escultura na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128482-estudar-o-coco-dos-porcos-formigueiros-pode-contribuir-na-sobreviencia-da-especie-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África subsaariana</a>. O propósito dessas representações ainda é motivo de debate entre arqueólogos — enquanto alguns sugerem que tinham significado ritualístico ou religioso, outros propõem que poderiam ter sido usadas como amuletos ou símbolos de status.Além de sua arte, há evidências de que dominavam a fundição de ferro muito antes de outras culturas na região. Isso teve implicações profundas, não apenas para a agricultura e a guerra, mas também para os avanços sociais. Apesar dessa vantagem, os Nok desapareceram por volta de 300 d.C., por razões ainda não esclarecidas. E, como evidenciado pela participação deles nesta lista, foram esquecidos desde então. &nbsp;<h2 style="text-align: justify;">5. Império de Axum</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17143217390178.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A civilização de Axum foi um império comercial que ascendeu no Chifre da África por volta do século I d.C. e manteve seu poder até o século X d.C. Seu território central situava-se na atual região norte da Etiópia e Eritreia, e em seu auge, sua influência se estendia por partes do Sudão, Iémen e até o sul da Arábia. Uma das características mais marcantes deste povo foram suas realizações arquitetônicas, especialmente as estelas — altas colunas de pedra esculpidas.Se isso não fosse impressionante o suficiente, eles conseguiram se posicionar como um importante centro comercial, conectando o Império Romano e o Império Bizantino com a Índia e o Extremo Oriente. Eles também ocupam um lugar especial na história como um dos primeiros grandes impérios a adotar o cristianismo. Não duraram para sempre, mas deixaram uma grande marca na história do mundo.<h2 style="text-align: justify;">6. Confederação Xiongnu</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17143425256180.jpg" alt="Família nômade e seu cavalo. (Fonte: Wikimedia Commons)">Família nômade e seu cavalo. (Fonte: Wikimedia Commons)A Confederação Xiongnu, um poderoso império nômade que se desenvolveu nas estepes da Ásia Central e Oriental por volta do século III a.C., desempenhou um papel crucial na moldagem das dinâmicas políticas e militares da região. Em conflitos com a Dinastia Han da China, as batalhas resultaram na fortificação da Grande Muralha da China para se proteger contra os ataques Xiongnu.&nbsp;Apesar de seu impacto significativo na história antiga asiática, a Confederação Xiongnu enfrentou divisões internas e pressões externas, fragmentando-se em metades norte e sul até ser absorvida por outros grupos tribais e dominada por poderes emergentes na região até o final do século I d.C.</body>

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6 civilizações antigas que caíram no esquecimento

Imagem de A trágica vida de Gobulo Wanrong, a última imperatriz chinesa no megacurioso

A vida de Wanrong foi marcada por um casamento infeliz, pela perda de uma filha e pelo vício em ópio

Gobulo Wanrong foi a esposa do &uacute;ltimo imperador chin&ecirc;s Puyi, e sua hist&oacute;ria est&aacute; entre uma das mais tr&aacute;gicas do mundo oriental. Um casamento infeliz, o v&iacute;cio em &oacute;pio, a perda de uma filha e a pris&atilde;o est&atilde;o entre os fatos que marcaram a vida da antiga imperatriz.
Nascida em Pequim, no ano de 1906, Wanrong perdeu a m&atilde;e ainda muito jovem, sendo ent&atilde;o criada pela madrasta. Mas, como seu pai ocupava uma posi&ccedil;&atilde;o de destaque na sociedade e era a favor que ela desfrutasse de uma boa educa&ccedil;&atilde;o, ela p&ocirc;de trilhar um bom caminho na primeira fase da vida.
<h2>Um casamento indesejado</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9b/Empress_Gobele_Wan-Rong_%2804%29.JPG/591px-Empress_Gobele_Wan-Rong_%2804%29.JPG"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/15/15012812166001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A revolu&ccedil;&atilde;o de 1911 foi o primeiro evento significativo para mudar o rumo do pa&iacute;s. A dinastia Qing foi derrubada pelo surgimento da Rep&uacute;blica da China, mas isso n&atilde;o tirou o imperador Puyi da sua posi&ccedil;&atilde;o original &mdash; ao menos simbolicamente. Wanrong foi escolhida por Puyi para ser sua esposa quando tinha 16 anos, e n&atilde;o gostou nada da descis&atilde;o, j&aacute; que sequer o conhecia. Ainda assim, o casamento foi celebrado em 1922.
A cerim&ocirc;nia foi acompanhada por milh&otilde;es de pessoas e seguiu as tradi&ccedil;&otilde;es da &eacute;poca, mas no &acirc;mbito particular, ela j&aacute; dava sinais que n&atilde;o estava bem desde o in&iacute;cio. Tamb&eacute;m h&aacute; vers&otilde;es que indicam que, ao menos no come&ccedil;o, a rela&ccedil;&atilde;o teria tido bons momentos.
Talentosa, Wanrong demonstrou interesse pela literatura, pintura, culin&aacute;ria, jazz e nutriu at&eacute; mesmo certa simpatia pela monarquia inglesa, j&aacute; que ela adotou o nome de Elizabeth para si.
<h2>A tristeza de Wanrong</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/15/15013012527002.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O consumo de &oacute;pio teria surgido como uma busca de se livrar das constantes dores de est&ocirc;mago e de cabe&ccedil;a, mas teria se tornado um v&iacute;cio a partir de 1924, quando ocorreu um golpe de estado. Nesse per&iacute;odo, Wanrong e o Imperador foram expulsos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/arquitetura-e-engenharia/39882-cidade-proibida-de-pequim-teria-sido-construida-com-ajuda-de-pista-de-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cidade Proibida</a> e se mudaram para Tianjin, onde poderiam contar com apoio japon&ecirc;s.
Puyi chegou a ser coroado imperador regionalmente, mas tratava-se de uma posi&ccedil;&atilde;o de enfeite, sem poder. Enquanto isso, Wanrong seguia por um caminho tortuoso, com sinais de doen&ccedil;a mental, que pioraram drasticamente a partir de um novo epis&oacute;dio tr&aacute;gico.
Relatos que apontam que ela teria tido envolvimento rom&acirc;ntico com dois servos antes de engravidar. A crian&ccedil;a, uma menina, nascida em 1935, n&atilde;o sobreviveu &mdash; a f&uacute;ria de Puyi &eacute; apontada como motivo para isso. Essa perda foi um grande golpe para uma mulher conhecida pela sua generosidade.
<h2>Pris&atilde;o e uma morte tr&aacute;gica</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/cd/Empress_Wan_Rong_Smoking_Cigarette.jpg/521px-Empress_Wan_Rong_Smoking_Cigarette.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/15/15013114061003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Dizem que, sem levantar da cama para fazer qualquer coisa al&eacute;m de procurar <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121828-vicio-em-opio-tambem-assolou-as-sociedades-ancestrais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&oacute;pio</a> e cigarros, ela foi deixada para tr&aacute;s quando ocorreu a invas&atilde;o da Manch&uacute;ria pelos sovi&eacute;ticos em 1945, em meio &agrave; guerra sovi&eacute;tico-japonesa. Assim, Wanrong se tornou uma prisioneira.
Puyi tamb&eacute;m acabou sendo preso, mas anos depois foi solto e chegou a escrever uma autobiografia em que narra sua trajet&oacute;ria do Imp&eacute;rio &agrave; vida comum. Casou-se com outra mulher anos depois e morreu de c&acirc;ncer em 1967, quando estava com 60 anos. Os &uacute;ltimos dias de Wanrong, por outro lado, foram terr&iacute;veis, tanto pela abstin&ecirc;ncia das drogas, que causou grande desespero, quanto pela falta de qualquer condi&ccedil;&atilde;o de sobreviver presa.
Isso porque ela foi deixada sem comida e tratada como simpatizante do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jap&atilde;o</a>, ou seja, uma traidora. Assim, em 1946, ela morreu de desnutri&ccedil;&atilde;o aos 39 anos. Seu corpo foi encontrado na po&ccedil;a da sua pr&oacute;pria urina. Seus restos nunca foram localizados e foi apenas em 2006 que ela recebeu um enterro simb&oacute;lico.

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A trágica vida de Gobulo Wanrong, a última imperatriz chinesa

Imagem de 100 anos da morte de Lenin: quem foi o líder russo e qual é o seu legado? no megacurioso

Lenin entrou para a história como um dos grandes símbolos do socialismo

<head></head><body>Talvez poucos nomes históricos juntem tanta polêmica quanto o de Vladimir Ilyich Ulianov, mais conhecido pelo seu pseudônimo, Lenin. Cem anos depois de sua morte, o líder continua como um personagem complexo que reúne muitas opiniões sobre o seu legado.O revolucionário russo atuou como político, intelectual e estrategista – mas se destacou, sobretudo, por ter sido o chefe de governo da Rússia Soviética de 1917 a 1924 e da União Soviética de 1922 até sua morte.<h2>Os primeiros anos de Lenin</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19145954498244.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nascido em uma família simples, formada por servos, Lenin veio ao mundo em 10 de abril de 1870, em Simbirsk. Recebeu logo o apelido de Volodya, que é um diminutivo de Vladimir. Ele era um dos 11 filhos de Ilya Nikolayevich Ulianov e Maria Alexandrovna Blank.Seus pais se consideravam monarquistas e eram contra os políticos radicais. Há registros históricos de que o pequeno Vladimir demonstrava uma personalidade competitiva e era, às vezes malcriado, mas se destacava nos estudos.A vida de Lenin foi marcada pela morte de seu pai, em 1886, quando ele tinha então 16 anos, e de seu irmão Aleksandr. Ele havia organizado protestos contra o governo, uniu-se a uma célula que planejava executar o imperador e acabou sendo condenado ao enforcamento.&nbsp;<h2>A entrada na vida política</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19145800384237.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Estes dois fatos se tornariam traumas que trariam influência nos rumos tomados em seu futuro. Mas, além disso, impulsionariam toda a família para um maior envolvimento em questões políticas. Isso porque os Ulyanov acabaram, na sequência desses acontecimentos, isolados da vida burguesa, o que fez com que desenvolvessem uma raiva direcionada aos nobres e liberais.Vladimir foi expulso da Universidade de Kazan, onde estudava Direito. Precisou estudar por conta própria e só obteve um diploma depois que sua mãe conseguiu que ele prestasse uma prova de Direito em São Petersburgo.Desde muito cedo, Lenin foi influenciado pela leitura da obra de <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/43169-sera-que-karl-marx-odiava-mesmo-o-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Karl Marx</a>. Ao longo de sua vida intelectual, ele associou os princípios do marxismo com sua teoria de organização política, imaginando a formação de um grupo de elite formado por uma "vanguarda do proletariado", que seria responsável por conduzir as massas à libertação do regime czarista.Em 1897, foi preso e condenado, sem julgamento, a um exílio na Sibéria, onde cumpriu sua pena. Durante todo o tempo, ele estudava e produzia uma de suas obras mais importantes, chamada&nbsp;O Desenvolvimento do Capitalismo na Rússia,&nbsp;na qual apresenta uma análise das relações de produção e o crescimento da divisão entre classes em seu país.Lenin foi libertado no começo de 1900 e, após um período na Rússia, deixou o país ainda no mesmo ano para viver em países da Europa Ocidental, principalmente na Suíça, onde teve contato com outros marxistas.<h2>Lenin e a Revolução Russa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19145738924234.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Entre 1904 e 1905, a Guerra Russo-Japonesa fez com que a Rússia entrasse em uma crise econômica gigantesca, o que levou a uma mobilização dos trabalhadores pobres. Eles então estabeleceram uma greve geral e organizaram uma marcha em direção ao palácio onde morava o Czar Nicolau II.Ao chegarem lá, os soldados abriram fogo contra a população, causando um massacre no qual pelo menos 200 pessoas morreram. O evento ficou conhecido como "Domingo Sangrento" e ajudou a espalhar o ímpeto por mudanças. Lenin, embora não tenha participado diretamente do acontecimento, estimulou os trabalhadores a se armarem e se rebelarem.Lenin começou, então, a tomar a dianteira na liderança do crescente movimento revolucionário. Com a Primeira Guerra Mundial, a partir de 1914, a Rússia passou a se afundar em uma crise ainda mais grave, o que estimulou ainda mais o levante dos trabalhadores.Em 23 de fevereiro de 1916, milhares de pessoas se reuniram nas ruas de Petrogrado, atual São Petersburgo, levando à eclosão do movimento que culminaria na derrubada do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119548-nicolau-ii-a-russia-ficou-sem-um-czar-pela-primeira-vez-em-300-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">czarismo</a>. Por fim, o czar Nicolau II abdicou do trono e um novo governo começou a ser organizado. Nesse momento, Lenin viu condições para o seu retorno à Rússia e defendeu que os sovietes (conselhos políticos formados pelas classes mais populares) deveriam canalizar a mobilização dos trabalhadores.Assim, ele começou a estimular que as classes proletárias se revoltassem contra o governo provisório e a criticar quem defendia uma união entre bolcheviques e mencheviques, as duas vertentes políticas que disputavam o poder após a queda do czar. Sua meta era a instalação de um governo revolucionário exercido pelos trabalhadores, a partir da expressão “todo poder aos sovietes”.<h2>A Revolução de Outubro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19145840099242.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nesse contexto, Lenin articulou um apoio das massas às suas ideias, unindo os trabalhadores urbanos e rurais. Em 24 de outubro de 2017, os bolcheviques conseguem tomar o poder em locais estratégicos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121830-entenda-a-relacao-entre-a-1-guerra-mundial-e-as-revolucoes-russas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Petrogrado</a>, dando espaço à chamada Revolução de Outubro.Com a ascensão dos bolcheviques, Lenin vira líder da Rússia e estabelece várias mudanças. Dentre elas, está a tomada das terras e propriedades da aristocracia e da Igreja Ortodoxa, e a concessão do poder aos camponeses para a realização da reforma agrária.&nbsp;<h2>Legado</h2>O regime estabelecido pelo líder é, até hoje, visto sob extrema controvérsia. Há os que defendam que ele decretou medidas que combatiam a desigualdade social, como a reforma agrária, além de realizar ações de combate ao analfabetismo. Por outro lado, há os que o definam como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119063-ditadura-militar-no-brasil-6-mentiras-contadas-sobre-o-regime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autoritário</a> que massacrou todas as forças contrárias às suas ideias.Nos últimos anos em que esteve no governo, Lenin enfrentou uma insurgência contrarrevolucionária formada a partir de 1918, o que levou à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119209-caso-dred-scott-a-decisao-que-impulsionou-a-guerra-civil-americana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil</a> Russa. Neste período, o governo implementou medidas que permitiam o confisco de grãos de camponeses contrários ao regime.O poder de Lenin passou a se deteriorar a partir de 1922, por conta, sobretudo, dos problemas de saúde que o acometeram. Ele sofreu derrames cerebrais e ficou muito fragilizado, dando margem para que houvesse disputas pelo poder. Quem acabou sucedendo o líder soviético foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121665-o-misterio-que-envolve-a-morte-do-ditador-josef-stalin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Josef Stalin</a>.Em 21 de janeiro de 1924, sua morte foi anunciada. Por conta disso, a cidade de Petrogrado foi renomeada como Leningrado e Lenin entrou para a história como um dos grandes símbolos do socialismo.</body>

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100 anos da morte de Lenin: quem foi o líder russo e qual é o seu legado?

Imagem de Múmias de Tarim: conheça o maior mistério arqueológico de todos os tempos no megacurioso

Centenas de corpos preservados pelas condições climáticas do vale do rio Tarim, na China, desafiam os arqueólogos pela sua cultura única e misteriosa

<head></head><body>Quando as chamadas múmias do Tarim foram descobertas pela primeira vez, no final do século XIX, os pesquisadores não tinham ideia <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128303-as-6-descobertas-arqueologicas-mais-importantes-de-2023.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">do tamanho do mistério cultural que estavam desenterrando</a>. Ao sondar cemitérios encontrados ao redor da bacia do rio de mesmo nome, no que é atualmente a região autônoma dos uigures de Xinjiang, na China, foram descobertos centenas de corpos de pessoas mortas há milhares de anos, naturalmente mumificados, que parecem estar dormindo.Arqueologicamente fascinantes, mesmo com o passar do tempo, algumas características foram mantidas intactas, como estilos de cabelo, vestimentas e acessórios de uma cultura remota. A primeira impressão foi de que eram migrantes indo-europeus daquela época.Mas as surpresas não pararam por aí. Quando submetidos a pesquisas modernas de DNA, os corpos bem preservados de cerca de quatro mil anos revelaram pertencer a um grupo étnico indígena da região, mas geneticamente diverso de outras populações vizinhas. Se os genes deram algumas pistas, a história e a cultura dessas pessoas ainda continuam um mistério.&nbsp;<h2>Quem eram as múmias da Bacia do Tarim?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Instituto de Relíquias Culturais e Arqueológicas de Xinjiang&nbsp;" data-fonte-url="https://media.cnn.com/api/v1/images/stellar/prod/211027075505-04-mummies-tarim-basin-china-bars.jpg?q=w_1015,c_fill/f_webp"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/15/15080933315002.jpg" alt="(Fonte: Instituto de Relíquias Culturais e Arqueológicas de Xinjiang/Reprodução)">(Fonte: Instituto de Relíquias Culturais e Arqueológicas de Xinjiang/Reprodução)A verdade é que, embora chamados de “múmias”, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/127521-cadaver-se-torna-mumia-naturalmente-em-16-dias-e-intriga-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esses corpos não foram submetidos a nenhum processo de mumificação</a>&nbsp;em rituais funerários, como os do antigo Egito. Eles são o resultado de uma decomposição superlenta, quase inexistente, devido ao ambiente frio, seco e salgado do Tarim que é, ao mesmo tempo, uma bacia hidrográfica (sem saída para o mar) e um deserto, o Taklimakan.As centenas de múmias já desenterradas foram datadas desde 500 a.C. até cerca de 2.100 a.C. Elas exibem cabelos louros, castanhos e ruivos, têm narizes grande e usam roupas confeccionadas de lã, pele ou couro de bovinos. A presença de feltro ou tecido sugere alguma ligação com a cultura da Europa Ocidental.&nbsp;Algumas das múmias já se tornaram icônicas, como o Homem Chärchän, com mais 1,80 metro de altura, cabelo avermelhado e barba densa, enterrado com uma saia xadrez. Outro personagem de destaque é a chamada Princesa de Xiaohe, uma mulher de 3.800 anos com cabelos claros, maçãs do rosto proeminentes, cílios preservados, roupas finas e joias.&nbsp;<h2>Por que as múmias se tornaram polêmicas?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/15/15083527674006.jpg" alt="(Fonte: Instituto de Relíquias Culturais e Arqueológicas de Xinjiang/Reprodução)">(Fonte: Instituto de Relíquias Culturais e Arqueológicas de Xinjiang/Reprodução)As múmias foram escavadas na atual Região Autônoma Uigur de Xinjiang, predominantemente habitada pelos uigures, um grupo étnico muçulmano com língua parecida com a turca. Eles chegaram a proclamar sua independência no início do século XX, mas a China retomou o controle da região em 1949.<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117407-jianmei-feng-foi-forcada-pelo-governo-da-china-a-abortar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como praticamente tudo se torna motivo de tensão com o governo central de Pequim</a>, com as múmias não foi diferente. Em 2011, a China retirou múmias de uma exposição itinerante por serem muito frágeis para o transporte, acrescentando um elemento político ao destino das múmias.</body>

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