Imagem de Quem inventou a pizza? A história do alimento mais amado do mundo no megacurioso

Nascida em Nápoles, a pizza logo se popularizou e segue sendo consumida pelo mundo todo

Provavelmente nenhuma comida seja mais amada no mundo todo quanto a pizza. Mas voc&ecirc; faz ideia onde come&ccedil;ou a tradi&ccedil;&atilde;o de colocar uma cobertura em cima de uma massa achatada de p&atilde;o?
Teoricamente, o in&iacute;cio dessa hist&oacute;ria &eacute; localizado em N&aacute;poles, durante o s&eacute;culo XVIII. Mas embora seja associada ao seu pa&iacute;s de origem, a It&aacute;lia, a ideia de criar uma combina&ccedil;&atilde;o entre p&atilde;o e outros ingredientes come&ccedil;ou bem antes disso. Confira!
<h2>Os antecedentes hist&oacute;ricos da pizza</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25133414923166.jpeg" alt="(Fonte: Magdalene's Pizza)" />(Fonte: RMN-Grand Palais/Mus&eacute;e d'Arch&eacute;ologie nationale/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Arque&oacute;logos encontraram algumas evid&ecirc;ncias de p&atilde;o fermentado assado h&aacute; cerca de 7 mil anos, na regi&atilde;o da Sardenha, a famosa ilha localizada no mar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111373-nova-ilha-se-formou-no-mediterraneo-e-ela-e-feita-de-toneladas-de-lixo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mediterr&acirc;neo</a>. Com o tempo, as pessoas come&ccedil;aram a agregar outros elementos a este p&atilde;o, como temperos, &oacute;leos, vegetais, carnes e especiarias.
Durante o s&eacute;culo VI a.C., soldados persas j&aacute; preparavam p&atilde;es achatados redondos, cobrindo-os com t&acirc;maras e queijo. J&aacute; os chineses montavam uma combina&ccedil;&atilde;o parecida em um p&atilde;o chato chamado de bing. Na &Aacute;sia, em pa&iacute;ses como na &Iacute;ndia, p&atilde;es semelhantes eram encontrados, como o&nbsp;paratha, o roti e o naan.
Contudo, o "vov&ocirc;" da pizza moderna provavelmente foi o p&atilde;o produzido no antigo Mediterr&acirc;neo &ndash; mais especificamente, na Gr&eacute;cia e no Egito. Nestes pa&iacute;ses, as pessoas usavam coberturas de &oacute;leos, especiarias e frutas, para preparar um prato muito parecido com a pizza que comemos hoje.
Por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, at&eacute; nas ru&iacute;nas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pompeia</a> (aquela cidade que foi totalmente dizimada pela erup&ccedil;&atilde;o do Monte Ves&uacute;vio, por volta de 79 d.C.) foram encontrados utens&iacute;lios de cozinha que podem ter sido usados para preparar pratos semelhantes a pizzas.
<h2>Quem inventou a pizza?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25134629400169.jpg" alt="(Fonte: Italiani)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Obviamente, estes "parentes" n&atilde;o eram exatamente a pizza moderna que conhecemos. A vers&atilde;o atual, como dissemos, teria se iniciado na regi&atilde;o de N&aacute;poles, tendo sido criada mais por necessidade do que pela vontade de experimentar algo diferente.
Durante os s&eacute;culos XVIII e XIX d.C., N&aacute;poles era um reino independente que abrigava uma alta porcentagem de trabalhadores pobres. Segundo a historiadora Carol Helstosky, que &eacute; autora do livro Pizza: A Global History, foi-se criando a necessidade de que houvesse uma refei&ccedil;&atilde;o barata e r&aacute;pida para que essas pessoas pudessem sobreviver.
Os pobres habitantes de N&aacute;poles come&ccedil;aram ent&atilde;o a preparar um p&atilde;o chato que era coberto por tomate, queijo, anchovas, &oacute;leo e alho. Enquanto isso, as classes mais ricas achavam esse novo costume alimentar simplesmente nojento.
Em 1889, o rei italiano Umberto I e a rainha Margherita de Savoy visitaram N&aacute;poles (que ent&atilde;o j&aacute; fazia parte da It&aacute;lia) e a rainha solicitou que gostaria de experimentar a melhor comida preparada na cidade. O chef real recomendou ent&atilde;o o estabelecimento de Raffaele Esposito, dono da Pizzeria Brandi.
Esposito trouxe para os nobres tr&ecirc;s pizzas: uma marinara, uma com anchovas e por fim uma coberta com tomate, mussarela e manjeric&atilde;o. A rainha gostou tanto desta &uacute;ltima que Raffaele Esposito a homenageou: nascia a&iacute; a Pizza <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/102342-voce-sabe-quando-aconteceu-a-primeira-entrega-de-pizza-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Margherita</a>.
Toda essa hist&oacute;ria fez com que o prato ganhasse notabilidade pelo mundo. E logo sua fama chegaria tamb&eacute;m na Am&eacute;rica.
<h2>A pizza chega &agrave; Am&eacute;rica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/firstpizza-com-lombardi-s-nyc-03125600146171.jpg" alt="firstpizza.com/Lombardi's NYC" />(Fonte: firstpizza.com/Lombardi's NYC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1905, um sujeito chamado Gennaro Lombardi abriu uma pizzaria chamada G. Lombardi's em Manhatan, Nova York. Segundo alguns historiadores, esta seria a primeira pizzaria americana, mas logo este tipo de restaurante se espalharia em outras cidades, como Chicago, Boston e Nova Jersey.
Havia algo em comum em quem criava esses restaurantes: eles eram descendentes de pessoas de N&aacute;poles, que haviam migrado para a Am&eacute;rica. O prato vai ent&atilde;o se estabelecendo na Am&eacute;rica, mas tamb&eacute;m na Europa.&nbsp;
Quando chegamos na d&eacute;cada de 1950, a pizza j&aacute; estava espalhada por todos os lugares. Em 1958, surge a primeira unidade do <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/56585-pizza-hut-testa-cardapio-capaz-de-ler-a-mente-dos-clientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pizza Hut</a>, inaugurada na cidade de Wichita, no Kansas. Um ano depois, surge outra rede, a Little Caesar's, no Michigan. Em seguida, nasce a Domino's, em Ypsilanti.
Mesmo passados tantos anos, a paix&atilde;o pela pizza permanece &ndash; e, inclusive, se torna cada vez mais forte. Em 2022, segundo dados da PMQ Pizza Magazine, o mercado mundial da pizza movimentou cerca de US$ 141,1 bilh&otilde;es.
S&oacute; nos Estados Unidos, h&aacute; mais de 75 mil pizzarias espalhadas por todos os estados. J&aacute; no Brasil, a regi&atilde;o que mais consome o prato &eacute; o Sudeste &ndash; 50% das pizzarias est&atilde;o l&aacute;. A cidade de S&atilde;o Paulo &eacute; a capital nacional da pizza, ficando atr&aacute;s somente de Nova York no consumo do prato.
Deu vontade de saborear uma? Pois anote a&iacute; a data para celebrar seu amor por esse alimento: no dia 10 de julho, comemoramos o Dia Mundial da Pizza. Bom apetite!

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Quem inventou a pizza? A história do alimento mais amado do mundo

Imagem de Conheça Wojtek, o urso soldado que lutou contra nazistas na Segunda Guerra no megacurioso

Urso foi adotado pelo exército polonês ainda filhote e se tornou um membro do pelotão

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> guarda diversas hist&oacute;rias curiosas envolvendo soldados e seus feitos no campo de batalha. Por&eacute;m, o que dizer quando um desses membros de um pelot&atilde;o &eacute; nada mais, nada menos, que um urso?
Sim, voc&ecirc; leu corretamente. &nbsp;E &eacute; exatamente sobre o urso chamado Wojtek que falaremos neste artigo, confira!
<h2>De mascote a soldado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/wikimedia-commons-03121528365135.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A hist&oacute;ria de Wojtek na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123951-como-a-segunda-guerra-mundial-criou-um-dos-refrigerantes-mais-populares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> come&ccedil;a em 1942, quando ele foi adotado ainda filhote pelo 22&ordm; Pelot&atilde;o de Artilharia do ex&eacute;rcito polon&ecirc;s. Enquanto passavam por Hamad&atilde; (capital do Ir&atilde;), os soldados encontraram um garoto que trocou o animal por comida, iniciando a jornada de um dos combatentes mais improv&aacute;veis do confronto.
N&atilde;o demorou muito para que os soldados se aproximassem do urso, batizando-o com um nome que faz a jun&ccedil;&atilde;o de duas palavras: "guerreiro" e "feliz". H&aacute; relatos, inclusive, de que ele era tratado praticamente como um filho pelos soldados, que o alimentavam com leite comum e condensado em garrafas que simulavam uma mamadeira.
<span data-fonte="Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f1/Polish_22_Transport_Artillery_Company_watch_as_one_of_their_comrades_play_wrestles_with_Wojtek_their_mascot_bear_during_their_service_in_the_Middle_East..jpg" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/wikimedia-commons-03121606524138.jpg" alt="Wikimedia Commons" />Wojtek treinando com outro soldado do pelot&atilde;o. (Fonte: Wikimedia Commons)
O tempo passou e ele cresceu, bem como os perigos ao seu redor. Mesmo assim, ele evolu&iacute;a d&oacute;cil e obediente aos soldados do seu pelot&atilde;o, onde aprendeu a bater contin&ecirc;ncia e a marchar ao lado de seus amigos.
A conviv&ecirc;ncia com os humanos tamb&eacute;m fez com que o urso adotasse alguns outros h&aacute;bitos, como tomar caf&eacute; da manh&atilde;, beber cerveja e at&eacute; mesmo um curioso gosto por charutos e cigarros &ndash; que ele acabava comendo sempre que lhes eram oferecidos.
<h2>Trabalhando na guerra</h2>
Como a principal fun&ccedil;&atilde;o dos pelot&otilde;es de artilharia era levar muni&ccedil;&atilde;o e suprimento para outras companhias, a for&ccedil;a de Wojtek era essencial para a realiza&ccedil;&atilde;o dessas miss&otilde;es. Os soldados que serviram ao lado do urso dizem que ele era capaz de carregar sozinho uma caixa que era normalmente levada por quatro homens.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/wikimedia-commons-03121640183140.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1944, o animal j&aacute; estava totalmente integrado ao time. Neste ano, tamb&eacute;m, o s&iacute;mbolo presente na ins&iacute;gnia do 22&ordm; Pelot&atilde;o de Artilharia da Pol&ocirc;nia foi alterado, passando para o desenho de um urso carregando um m&iacute;ssil.
As &uacute;ltimas informa&ccedil;&otilde;es de Wojtek na Segunda Guerra Mundial contam que ele foi alistado como soldado para ter o direito de se unir ao pelot&atilde;o ingl&ecirc;s (que n&atilde;o permitia animais) nos confrontos que aconteceram na It&aacute;lia. Dessa forma, ele passou a ter n&uacute;mero, sal&aacute;rio e at&eacute; mesmo ranking, sendo promovido a cabo ao final do grande confronto.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 principais datas e acontecimentos da Segunda Guerra Mundial</a>
<h2>Aposentadoria de Wojtek</h2>
<span data-fonte="Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ec/Wojtek_%28bear%29_statue_in_Princes_Street_Gardens.jpg/1280px-Wojtek_%28bear%29_statue_in_Princes_Street_Gardens.jpg" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/wikimedia-commons-03121723471144.jpg" alt="Wikimedia Commons" />Monumento em homenagem a Wojtek na cidade de Edimburgo. (Fonte: Wikimedia Commons)
Ap&oacute;s os seus servi&ccedil;os durante a Segunda Guerra Mundial, Wojtek ainda permaneceu com o 22&ordm; Pelot&atilde;o de Artilharia da Pol&ocirc;nia at&eacute; 1947. Nesse per&iacute;odo, o urso j&aacute; era bastante popular n&atilde;o apenas com os soldados, mas tamb&eacute;m com a popula&ccedil;&atilde;o da Esc&oacute;cia (onde os combatentes estavam).
Com o fim dos seus servi&ccedil;os, o animal foi doado para o Zool&oacute;gico de Edimburgo, onde permaneceu at&eacute; 1963, quando faleceu &ndash; e at&eacute; que isso acontecesse, ele continuou recebendo a visita de seus amigos de pelot&atilde;o.
Atualmente, um memorial na cidade de Edimburgo com uma est&aacute;tua em tamanho real mant&eacute;m viva a mem&oacute;ria de Wojtek, que certamente se tornou um dos soldados mais "fora da curva" em um confronto de propor&ccedil;&otilde;es mundiais.

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Conheça Wojtek, o urso soldado que lutou contra nazistas na Segunda Guerra

Imagem de Os 5 tratamentos de fertilidade mais criativos da antiguidade no megacurioso

Há milhares de anos, os seres humanos adotavam métodos mais criativos para tentar aumentar as chances de gravidez

<head></head><body>Se hoje os avanços tecnológicos fizeram com que a ciência progredisse em diversos campos da medicina, os nossos antepassados não tiveram os mesmos recursos para contornar algumas "falhas" humanas. Por exemplo, pessoas que desejassem realizar tratamentos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115279-taxa-de-fertilidade-cientistas-preveem-queda-de-nascimentos-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fertilidade</a> precisavam optar por métodos mais ousados e criativos.Enquanto a fertilização assistida e a criação de novos medicamentos ajudaram casais a procriar nos últimos anos, garantir a gravidez no passado poderia exigir algumas estratégias um tanto quanto ousadas. Para ilustrar esse tópico, nós separamos uma lista com cinco tratamentos de fertilidade que jamais seriam usados hoje em dia. Veja só!<h2>1. Poção de manteiga e leite</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03020118712000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Por volta do século IV a.C., um estranho método contraceptivo passou a ser sugerido por Hipócrates — importante fundador da medicina moderna. Apesar de seu sucesso em outras áreas da ciência, ele tinha a mania de falar sobre remédios para infertilidade de formas completamente questionáveis.Em um de seus ensaios, Hipócrates afirmou que mulheres que não desejassem engravidar deveriam, em jejum, comer manteiga vegetal e tomar o leite de uma mulher que deu à luz a um menino. Segundo ele, se a jejuadora vomitasse após beber tal poção, isso significava que ela "obviamente" engravidaria.<h2>2. Oferendas em piscina quente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03020144874003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A maioria das civilizações antigas acreditava em deuses e deusas responsáveis pelas formas como o mundo funcionava — inclusive quando o assunto era fertilidade. Os etruscos, por exemplo, tinham uma visão de que oferendas poderiam resolver quaisquer problemas para quem desejasse engravidar.Na Toscana, arqueólogos descobriram pequenas estátuas de bebês recém-nascidas que foram jogadas em fontes termais. A crença dizia que a fonte termal simbolizava a cura. Logo, jogar pequenas estátuas de bebês nesses lugares era um pedido para aumentar as chances de se tornar mãe.<h2>3. Chicoteando barrigas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03020216446005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um dos métodos antigos mais estranhos para melhorar a fertilidade em mulheres acontecia na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109442-13-fatos-fascinantes-e-malucos-sobre-os-antigos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma Antiga</a>, onde o deus Marte era celebrado em outubro. Nessa época do ano, ocorria um festival direcionado para o tratamento da infertilidade.Segundo historiadores, um dos rituais praticados nessa festa incluía padres correndo pelas ruas de Roma carregando chicotes feitos de pele de cabra, os quais eram usados para bater na barriga de mulheres que não conseguiam engravidar. Os motivos por trás da prática, no entanto, nunca foram descobertos.<h2>4. Sacrifício de virgens</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03020326715007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Na época do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106410-23-megacuriosidades-sobre-o-imperio-asteca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Asteca</a>, um método tenebroso para tratar a infertilidade incluía o sacrifício humano. Na visão dos astecas, uma deusa chamada Xochiquetzal era a responsável pelo processo inteiro. Então, eles selecionavam uma virgem para fingir ser a deusa e se casar com um guerreiro renomado — favorecendo a imagem da entidade.Um ano após esse ritual, a virgem seria sacrificada e teria sua pele removida. Em seguida, um dos sacerdotes de Xochiquetzal usaria essa pele como oferenda para a deusa, que por sua vez concederia bençãos de fertilidade e parto saudável para seus discípulos.<h2>5. Testículos de porco</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03020350168009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Na Inglaterra medieval, diversos médicos passaram a sugerir remédios bizarros para tratar a infertilidade. Um deles envolvia remover os testículos de um porco macho e secá-los. Uma vez que os órgãos estivessem secos, o paciente deveria triturá-los até transformá-los em pó, que seria misturado com vinho.Então, o vinho deveria ser bebido pelo paciente que almejasse garantir sua fertilidade — com garantia de três dias para funcionar. Curiosamente, o médico que escreveu essa receita nunca especificou se era a mulher ou o homem da relação quem deveria tomar a poção.</body>

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Os 5 tratamentos de fertilidade mais criativos da antiguidade

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Já ficou claro que, além de apagar a história de um povo, a prática também é muito lucrativa

Em 15 de agosto de 2021, quando o grupo fundamentalista isl&acirc;mico <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119659-afeganistao-a-vida-a-partir-de-agora-com-o-controle-do-taliba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Talib&atilde;&nbsp;</a>conseguiu derrubar o governo do Afeganist&atilde;o pela segunda vez na hist&oacute;ria ao cercar a capital Cabul, ressurgiram uma s&eacute;rie de medos que precedem o legado sangrento do grupo.
Em meio a um hist&oacute;rico de repress&atilde;o massiva, vingan&ccedil;a, assassinato deliberado, feminic&iacute;dio e suspens&atilde;o dos direitos civis, tamb&eacute;m est&aacute; a destrui&ccedil;&atilde;o sistem&aacute;tica do patrim&ocirc;nio hist&oacute;rico da cultura isl&acirc;mica. Em entrevista ao National Geographic, Mohammad Fahim Rahimi, diretor do Museu Nacional do Afeganist&atilde;o, demonstrou seu medo: &ldquo;Temos grandes preocupa&ccedil;&otilde;es com a seguran&ccedil;a de nossa equipe e cole&ccedil;&otilde;es&rdquo;.
Isso porque mais de 80 mil artefatos est&atilde;o vulner&aacute;veis sob o poder de destrui&ccedil;&atilde;o do Talib&atilde;, que rejeita imagens de humanos, animais e n&atilde;o gosta do passado pr&eacute;-isl&acirc;mico. Em 26 de fevereiro de 2001, o Afeganist&atilde;o testemunhou a maior destrui&ccedil;&atilde;o de sua cultura quando o l&iacute;der do Talib&atilde;, Muhammad Omar, emitiu um decreto ordenando a elimina&ccedil;&atilde;o de todas as est&aacute;tuas e os santu&aacute;rios n&atilde;o isl&acirc;micos do pa&iacute;s.&nbsp;
Esse comportamento, no entanto, n&atilde;o &eacute; algo exclusivo do grupo terrorista, mas faz erguer a quest&atilde;o: por que conflitos armados tem como alvo a destrui&ccedil;&atilde;o do patrim&ocirc;nio da humanidade?
<h2>O problema do s&eacute;culo</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;South China Morning Post&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.i-scmp.com/sites/default/files/styles/940w/public/d8/images/canvas/2021/03/12/37ffd911-4099-443f-940d-e18102c59be1_3930c7ed.jpg?itok=sMayZmPY"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/28/28090558688010.jpg" alt="(Fonte: South China Morning Post/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: WAKIL KOHSAR/AFP/Getty Images) 
A UNESCO define como <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/103702-os-14-patrimonios-culturais-mundiais-do-brasil-de-acordo-com-a-unesco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">patrim&ocirc;nio cultural</a> artefatos, monumentos, edif&iacute;cios, s&iacute;tios e museus que fornecem uma variedade de benef&iacute;cios culturais; seja aqueles cujo significado &eacute; simb&oacute;lico, hist&oacute;rico, art&iacute;stico, etnol&oacute;gico, antropol&oacute;gico, cient&iacute;fico ou social. Tudo isso pode ser tang&iacute;vel ou n&atilde;o, incluindo pr&aacute;ticas, representa&ccedil;&otilde;es, express&otilde;es, conhecimentos e habilidades que comunidades, grupos e indiv&iacute;duos possam reconhecer como parte de seu patrim&ocirc;nio cultural.
&ldquo;O patrim&ocirc;nio, antes de ser um edif&iacute;cio, &eacute; uma consci&ecirc;ncia e responsabilidade. Quando o extremismo violento ataca a cultura e a diversidade cultural, tamb&eacute;m &eacute; necess&aacute;rio responder com cultura, educa&ccedil;&atilde;o, conhecimento, e explicar o significado dos locais ao compartilhar a mensagem de toler&acirc;ncia, inclus&atilde;o e humanidade que o patrim&ocirc;nio carrega&rdquo;, disse Irina Bokova, ex-diretora-geral da UNESCO.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/28/28090705388011.jpg" alt="(Fonte: Artnet News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte:&nbsp;Twitter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O patrim&ocirc;nio cultural come&ccedil;ou a ser visado durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123313-sobibor-a-fuga-historica-e-mais-bem-sucedida-de-um-campo-nazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto nazista</a> na Segunda Guerra Mundial, quando as tropas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm#:~:text=Al%C3%A9m%20do%20genoc%C3%ADdio%2C%20m%C3%A9todos%20de,pelo%20seu%20hist%C3%B3rico%20em%20roubos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a>, ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115756-o-homem-que-comecou-a-guerra-o-incidente-de-gleiwitz.htm#:~:text=Em%2031%20de%20agosto%20de,esta%C3%A7%C3%A3o%20estava%20em%20m%C3%A3os%20polonesas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">invadirem a Pol&ocirc;nia</a> para matar e escravizar os judeus, tamb&eacute;m tiveram como alvo todos os objetos de arte e cultura daquele povo. Esse comportamento de saque e destrui&ccedil;&atilde;o sistem&aacute;tica tamb&eacute;m se espalhou por v&aacute;rios pa&iacute;ses que o nazismo invadiu pela Europa, como Dinamarca e B&eacute;lgica, for&ccedil;ando os governos a estabelecerem redes subterr&acirc;neas e secretas de prote&ccedil;&atilde;o de seus bens.
Os conflitos do s&eacute;culo XXI no Oriente M&eacute;dio renasceram esse desejo, come&ccedil;ando pela destrui&ccedil;&atilde;o em rede internacional das est&aacute;tuas dos Budas de Bamiyan pelo Talib&atilde; na primeira tomada do governo afeg&atilde;o em mar&ccedil;o de 2001.
Noelle Higgins, professora associada de direito na Universidade de Maunooth, na Irlanda, comentou em seu livro A prote&ccedil;&atilde;o do patrim&ocirc;nio cultural durante o conflito armado: os paradigmas em mudan&ccedil;a (2020), que a destrui&ccedil;&atilde;o deliberada do patrim&ocirc;nio cultural se tornou uma marca dos conflitos recentes no Oriente M&eacute;dio e no Norte da &Aacute;frica.
<h2>O apagamento de um povo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/joseph-eid-afp-getty-images-02181249250332.jpg" alt="JOSEPH EID/AFP/Getty Images" />(Fonte: JOSEPH EID/AFP/Getty Images)
J&aacute; ficou claro para os comentaristas que ter o patrim&ocirc;nio cultural como alvo &eacute; uma maneira de atingir &agrave;s comunidades para as quais o patrim&ocirc;nio &eacute; uma parte essencial de sua identidade cultural &uacute;nica. Esse foi o objetivo do Estado Isl&acirc;mico (ISIS) quando atacaram Palmyra, visando privar o povo s&iacute;rio de seu conhecimento, identidade e hist&oacute;ria em uma verdadeira conduta de "limpeza cultural", como definiu Bokova.
Para os acad&ecirc;micos italianos Paolo Foradori, Serena Giusti e Alessandro Giovanni Lamonica, isso n&atilde;o foi tudo. O grupo usou sua iconoclastia como meio de controle para afirmar seu dom&iacute;nio absoluto sobre a popula&ccedil;&atilde;o, incluindo o contexto social e cultural em que a sociedade vive.
Em seu livro, Higgins argumentou que nenhuma das a&ccedil;&otilde;es dos terroristas foram arbitr&aacute;rias ou il&oacute;gicas, mas sim taticamente pensadas para perturbar a sociedade como parte de uma estrat&eacute;gia de expans&atilde;o.
Motiva&ccedil;&otilde;es financeiras tamb&eacute;m podem desempenhar um papel fundamental no ataque a um patrim&ocirc;nio cultural da humanidade, visto que muitos deles tem alto valor comercial nos mercados internacionais, podendo ser colocados em risco para arrecadar fundos. Foi o que o ISIS fez ao emitir licen&ccedil;as para escava&ccedil;&otilde;es arqueol&oacute;gicas, arrecadando impostos meio do tr&aacute;fico de objetos e lucrando milh&otilde;es de d&oacute;lares.

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Por que guerras tem como alvo destruir o patrimônio da humanidade?

Imagem de As 5 fortalezas que mais resistiram ataques inimigos no passado no megacurioso

Conheça a história por trás de alguns dos lugares mais engenhosamente projetados para resistir a ataques de invasores

Ao longo da hist&oacute;ria da humanidade, guerras entre povos se tornaram algo comum. Afinal, uma das maiores formas de mostrar domin&acirc;ncia era conquistar novas terras e impor seus costumes sobre outra na&ccedil;&atilde;o. Na arte da guerra, no entanto, atacar n&atilde;o &eacute; a &uacute;nica estrat&eacute;gia poss&iacute;vel para se vencer batalhas.
Muitos povos se especializaram em defender seus territ&oacute;rios, construindo fortalezas praticamente impenetr&aacute;veis e que geravam uma enorme dor de cabe&ccedil;a para qualquer invasor que se atrevesse batalhar. Pensando nesse tema, n&oacute;s separamos uma lista com cinco <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121343-castelo-de-eltz-a-fortaleza-alema-de-850-anos-que-permanece-imutavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fortalezas</a> que simplesmente foram um pesadelo para se conquistar no passado. OIha s&oacute;!
<h2>5. Massada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/fonte-getty-images-02160312055261.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Localizada no litoral sudoeste do Mar Morto, a fortaleza de Massada era conhecida por ter sido constru&iacute;da em um planalto isolado que se eleva a 434 metros do solo &aacute;rido do deserto na regi&atilde;o. No s&eacute;culo II a.C., o local foi ainda mais fortificado pelos asmoneus, at&eacute; que Herodes, o Grande, assumiu o trono.
Herodes cercou o per&iacute;metro da fortaleza com uma parede dupla de 1,3 mil metros de comprimento e 6 metros de altura. A muralha era pontuada por mais de 30 torres e quatro port&otilde;es. Todas essas defesas s&oacute; foram quebradas em 72 d.C., quando 15 mil romanos sitiaram o povo judeu &mdash; que cometeu suic&iacute;dio em massa para n&atilde;o ser escravizado.
<h2>4. Monte Saint-Michel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/fonte-getty-images-02160424766262.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Constru&iacute;do em uma ilha de mar&eacute; rochosa na costa da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122656-como-palavras-cruzadas-quase-revelaram-a-invasao-da-normandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Normandia</a>, o Monte Saint-Michel s&oacute; podia ser alcan&ccedil;ado a p&eacute; na mar&eacute; baixa. Quando a mar&eacute; estava em alta, o n&iacute;vel da &aacute;gua aumentava em at&eacute; 15 metros. &Agrave;s vezes, as mar&eacute;s mudavam t&atilde;o rapidamente que transformavam a ba&iacute;a em areia movedi&ccedil;a.
Se a natureza n&atilde;o fosse empecilho suficiente para os invasores, os reis franceses Filipe II e Lu&iacute;s IX fortaleceram ainda mais a ilha com muralhas defensivas exteriores. As defesas de Monte Saint-Michel seguiram sendo atualizadas durante a Guerra dos Cem Anos e s&oacute; foram cair em 1421, sobrevivendo aos ataques ingleses por 30 anos.
<h2>3. &nbsp;Kumbhalgarh</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/fonte-getty-images-02160611169263.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Localizada no estado de Rajasthan, no norte da &Iacute;ndia, a fortaleza de Kumbhalgarh &eacute; cercada por montanhas de mil metros acima do n&iacute;vel do mar. Al&eacute;m disso, a estrutura conta com muralhas defensivas de 32 km de extens&atilde;o, com larguras variando de 4,5 a 7,6 metros &mdash; o suficiente para que oito cavalos corressem lado a lado pelos corredores.
Ao todo, eram sete port&otilde;es imponentes com colossais portais de ferro cravejadas marcando as entradas e escondendo elefantes prontos para atacar. Desde que foi constru&iacute;da no s&eacute;culo XV, a fortaleza permaneceu invenc&iacute;vel a numerosos ataques. A &uacute;nica exce&ccedil;&atilde;o aconteceu em 1576, quando o imperador Akbar, Shahbaz Khaz, envenenou todo o abastecimento de &aacute;gua da regi&atilde;o.
<h2>2. Castelo de San Marcos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/fonte-getty-images-02160805040264.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Erguido pelos espanh&oacute;is entre 1672 e 1695 em Saint Augustine, nos Estados Unidos, o castelo de San Marcos &eacute; o mais antigo forte costeiro existente nos EUA. O local foi constru&iacute;do em posi&ccedil;&atilde;o privilegiada para facilitar que tiros de canh&atilde;o fossem mais efetivos para quem estivesse defendendo do que atacando.
Al&eacute;m disso, as paredes do forte eram feitas de coquina, um calc&aacute;rio local com milh&otilde;es de bols&otilde;es de ar microsc&oacute;picos, o que fazia com que disparos inimigos fossem desviados. San Marcos nunca foi tomado &agrave; for&ccedil;a por invasores, mas foi cedido por tratado aos brit&acirc;nicos ap&oacute;s a Guerra dos Sete Anos.
<h2>1. Su&iacute;&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/fonte-getty-images-02161353159267.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Protegida de todos os lados por imponentes montanhas alpinas, a Su&iacute;&ccedil;a se comporta como a maior fortaleza a ter sobrevivido ao longo da hist&oacute;ria humana. O chamado Reduto Nacional Su&iacute;&ccedil;o &eacute; um complexo de bunkers, t&uacute;neis, abrigos, armaz&eacute;ns e outras instala&ccedil;&otilde;es militares escondidas nas montanhas que cercam o pa&iacute;s.
Durante a Guerra Fria, estradas, pontes e ferrovias foram equipadas com explosivos para garantir sua destrui&ccedil;&atilde;o completa em caso de invasores. Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, toda a popula&ccedil;&atilde;o local foi instru&iacute;da a nunca se render em caso de invas&atilde;o alem&atilde;. Caso fosse necess&aacute;rio, o recomendado era fugir para as montanhas e lutar individualmente.&nbsp;
Dessa forma, os nazistas nunca ousaram mexer com os su&iacute;&ccedil;os durante a guerra.

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As 5 fortalezas que mais resistiram ataques inimigos no passado

Imagem de Como o escritor francês Voltaire ganhou uma fortuna na loteria? no megacurioso

Aproveitando uma brecha na loteria da época, o filósofo conseguiu juntar uma bela fortuna para viver confortavelmente

Fran&ccedil;ois-Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire, era um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121150-conheca-6-dos-principais-filosofos-iluministas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fil&oacute;sofo iluminista</a> muito famoso por seu talento como escritor, cr&iacute;ticas ao cristianismo e pela defesa da liberdade de cren&ccedil;a e express&atilde;o.
Ele foi autor de obras de teatro, poemas, romances, ensaios, livros cient&iacute;ficos e hist&oacute;ricos, mas provavelmente n&atilde;o seria respons&aacute;vel por tantos textos importantes se n&atilde;o tivesse explorado uma falha da loteria da &eacute;poca.
<h2>Explorando o sistema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/fonte-getty-images-02161821400272.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Em 1719, a Fran&ccedil;a passava por uma crise financeira, o que levou o governo a encontrar formas de reduzir o problema. Uma das solu&ccedil;&otilde;es escolhidas foi criar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123777-como-a-loteria-de-elizabeth-i-prometeu-tirar-pessoas-da-prisao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">loteria</a>, com os t&iacute;tulos das d&iacute;vidas sendo emitidos pela Prefeitura de Paris, e somente os donos desses d&eacute;bitos poderiam participar do sorteio.
Voltaire era um desses indiv&iacute;duos, e ap&oacute;s analisar bem as regras da premia&ccedil;&atilde;o, decidiu conversar sobre elas com o matem&aacute;tico Charles-Marie de La Condamine, um de seus grandes amigos, sobre uma forma de explorar esse sistema.
Os dois perceberam que os bilhetes custavam s&oacute; um mil&eacute;simo do valor real da d&iacute;vida, sendo assim, pessoas com cotas pequenas tinham chance de participar pagando bem menos do que aquelas que deviam quantias exorbitantes.
Com isso em mente, os amigos decidiram juntar mais pessoas com encargos baixos e comprar a maior quantidade poss&iacute;vel de entradas na loteria, algo que valeu a pena por ter rendido um milh&atilde;o de francos, uma verdadeira bolada naquela &eacute;poca.
<h2>Nadando em dinheiro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/getty-images-02161916901275.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
A partir de janeiro de 1729, os sorteios come&ccedil;aram a ocorrer no oitavo dia de cada m&ecirc;s, e enquanto o primeiro foi dividido entre muitos, do segundo em diante isso come&ccedil;ou a mudar, com um aumento palp&aacute;vel de bilhetes ganhadores pertencendo a um &uacute;nico indiv&iacute;duo e sendo adquiridos pelo menor pre&ccedil;o.
O pr&oacute;prio Condamine ganhou uma fortuna nessa hist&oacute;ria, e Voltaire, que havia decidido que n&atilde;o faria parte do grupo de escritores que n&atilde;o conseguiam se sustentar, usou sua parte para comprar uma casa de campo, investir em im&oacute;veis e conceder empr&eacute;stimos.&nbsp;
Quando as autoridades francesas finalmente perceberam a falha, decidiram mudar as regras. Por&eacute;m, a esse ponto, o famoso fil&oacute;sofo j&aacute; havia juntando um excelente "p&eacute; de meia" de cerca de meio milh&atilde;o de francos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25135342828174.jpg" alt="Castelo de Ferney, uma das propriedades luxuosas de Voltaire. (Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Castelo de Ferney, uma das propriedades luxuosas de Voltaire. (Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Michel Robert Le Peletier des Forts, o controlador-geral de Finan&ccedil;as da &eacute;poca, chegou at&eacute; a denunciar o grupo, afirmando que agiram de forma ilegal. Por&eacute;m, o pr&oacute;prio conselho real foi contra a acusa&ccedil;&atilde;o, explicando que as pessoas n&atilde;o haviam violado as regras e que n&atilde;o tinham culpa se a loteria fora concebida com uma brecha.
No fim, encontrar uma forma de explorar o sistema e sair impune pode ter sido um grande golpe de sorte, mas Voltaire estava ciente que para levar a vida como queria, precisaria juntar dinheiro de alguma forma. E como a famosa <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122593-quem-sao-os-escritores-mais-produtivos-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escritora</a> Virginia Woolf bem disse "&eacute; preciso ter dinheiro e casa pr&oacute;pria para escrever", e o franc&ecirc;s realmente provou isso com sua hist&oacute;ria.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120835-6-descobertas-absurdas-que-deixaram-pessoas-normais-milionarias.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 descobertas absurdas que deixaram pessoas normais milion&aacute;rias</a>

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Como o escritor francês Voltaire ganhou uma fortuna na loteria?

Imagem de Os Conselhos Judaicos que entregavam seus semelhantes ao nazismo no megacurioso

Até hoje o capítulo é considerado espinhento e controverso para a comunidade judaica

De outubro de 1940 at&eacute; maio de 1943, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119286-como-os-judeus-combateram-o-mortal-tifo-no-gueto-de-varsovia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gueto de Vars&oacute;via</a>, na Pol&ocirc;nia, serviu como um grande cativeiro a c&eacute;u aberto. L&aacute;, os judeus foram mantidos pelo ex&eacute;rcito da SS de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm#:~:text=Al%C3%A9m%20do%20genoc%C3%ADdio%2C%20m%C3%A9todos%20de,pelo%20seu%20hist%C3%B3rico%20em%20roubos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> para que fossem submetidos &agrave; fome, ao trabalho for&ccedil;ado, doen&ccedil;as mortais e execu&ccedil;&atilde;o sistem&aacute;tica.
Estima-se que cerca de 400 mil judeus foram selados dentro de 2,4% do territ&oacute;rio da cidade, sem acesso &agrave; sa&uacute;de ou &agrave; higiene adequada. Por conta das condi&ccedil;&otilde;es sanit&aacute;rias e ao regime de massacre, mais de 80 mil pessoas morreram at&eacute; julho de 1942, quando come&ccedil;aram a ser deportados para encontrarem seu fim nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121561-campo-de-concentracao-uma-historia-muito-anterior-a-auschwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campos de concentra&ccedil;&atilde;o</a>.
Ao longo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm#:~:text=O%20combate%20envolveu%20milh%C3%B5es%20de,do%20Eixo%20contra%20os%20Aliados." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial,</a> o Terceiro Reich estabeleceu pelo menos mil guetos ao territ&oacute;rio da Pol&ocirc;nia ocupada e anexada pelos alem&atilde;es. Para administr&aacute;-los, os nazistas criaram os Judenrat, ou Conselhos Judaicos, considerada a pol&iacute;cia do gueto, que eram os pr&oacute;prios judeus, destinados a punir, torturar e at&eacute; matar os seus semelhantes.
<h2>Cooperar ou morrer</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25234452644020.jpg" alt="(Fonte: Facing History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jewish Chronicle/Heritage Images/Getty Images)
Essa certamente foi a caracter&iacute;stica mais sadicamente inteligente do nazismo. A SS, a pol&iacute;cia do Estado, foi uma tropa constitu&iacute;da por homens de elite, todos selecionados com base na pureza racial e na fidelidade incondicional ao Partido Nazista. Apesar de serem muitos, eles n&atilde;o eram o suficiente para dar conta de toda a estrutura do Holocausto. Al&eacute;m disso, eles estavam em uma posi&ccedil;&atilde;o de muito prest&iacute;gio para se submeterem a tarefas b&aacute;sicas.
Por isso, durante a etapa inicial do Holocausto na Alemanha, existiram os Sonderkommandos no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123313-sobibor-a-fuga-historica-e-mais-bem-sucedida-de-um-campo-nazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo de concentra&ccedil;&atilde;o de Sobibor,</a> que eram os trabalhadores escravos judeus respons&aacute;veis pela tarefa de remover cad&aacute;veres gaseados dos seus semelhantes das c&acirc;maras, esfregar sangue e excrementos dos torturados, cremas corpos, separar roupas, bagagens e outros v&aacute;rios tipos de obriga&ccedil;&otilde;es. No final, eles acabaram mortos tamb&eacute;m, mas isso fazia parte do processo de tortura nazista para quebrar a identidade e humanidade dos judeus.
Nos guetos espalhados pela Pol&ocirc;nia, a come&ccedil;ar pelo de Vars&oacute;via, n&atilde;o foi nada diferente. Os conselhos judaicos montados pelos alem&atilde;es serviam como fiscais e um bra&ccedil;o da pol&iacute;cia nazista dos guetos, e foi composto por judeus residentes dessas &aacute;reas que foram obrigados a cumprir ordens dos nazistas divulgando informa&ccedil;&otilde;es sobre seus semelhantes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25234544480021.jpg" alt="(Fonte: Holocaust Encyclopedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: United States Holocaust Memorial Museum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Eles tiveram que entregar seus pr&oacute;prios amigos, familiares e vizinhos para que fossem exterminados nas imedia&ccedil;&otilde;es ou enviados para os campos de exterm&iacute;nio. Qualquer um que se recusasse a cumprir as ordens era assassinado por insubordina&ccedil;&atilde;o.
Ser escalado para se tornar um membro desses conselhos judaicos era como colocar uma corda no pr&oacute;prio pesco&ccedil;o por tempo indeterminado, pois n&atilde;o s&oacute; os colocava na mira dos pr&oacute;ximos a serem dizimados, como tamb&eacute;m prolongava a sensa&ccedil;&atilde;o. Por isso eles tiveram que andar em uma corda bamba quase imposs&iacute;vel, onde foram odiados tanto pelos alem&atilde;es quanto pelo pr&oacute;prio povo, que os via como traidores e colaboradores.
<h2>A eterna controv&eacute;rsia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25234654161022.jpg" alt="(Fonte: Holocaust Encyclopedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: United States Holocaust Memorial Museum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Tomasz (Toivi) Blatt, um dos prisioneiros que escapou durante a fuga de Sobibor e viveu como mensageiro no subsolo polon&ecirc;s at&eacute; o fim da guerra, disse que os militares nazistas chegavam pela manh&atilde; nos guetos e informavam ao conselho judaico para entregar 500 ou 200 homens. Se n&atilde;o fossem capazes de fazer isso, eles iam de casa em casa, batendo, atirando e matando quem vissem pela frente, at&eacute; atingir a meta do dia.
Por isso, foi comum muitos membros terem tirado a pr&oacute;pria vida ao ficar na corda bamba de entregar um dos seus ou n&atilde;o, como foi o caso de Adam Czerniakow, que se suicidou em 23 de julho de 1942, um dia ap&oacute;s o in&iacute;cio das deporta&ccedil;&otilde;es para os campos.
Esses conselhos tentaram fornecer servi&ccedil;os comunit&aacute;rios b&aacute;sicos para as popula&ccedil;&otilde;es judaicas guetizadas, por&eacute;m nem sempre tiveram sucesso devido &agrave;s pol&iacute;ticas nazistas que precisavam seguir. At&eacute; hoje, os conselhos s&atilde;o um assunto controverso e espinhento na hist&oacute;ria do Holocausto para a comunidade judaica, que n&atilde;o aceita a coopera&ccedil;&atilde;o dos seus pr&oacute;prios com o nazismo, acreditando que esses garantiriam a sobreviv&ecirc;ncia de pele menos uma parte da popula&ccedil;&atilde;o.

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Os Conselhos Judaicos que entregavam seus semelhantes ao nazismo

Imagem de O soldado de 113 anos do exército brasileiro que lutou a Guerra do Paraguai no megacurioso

Soldado entrou para o exército com 15 anos, lutou na Guerra do Paraguai e recusou sua aposentadoria, permanecendo ativo na corporação até 1935

<head></head><body>O exército é feito por homens comuns, mas <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/35975-soldado-japones-lutou-por-29-anos-sem-saber-que-a-guerra-havia-terminado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algumas histórias acabam se sobressaindo</a> e chamando a atenção de muitas pessoas. Uma delas é a de Anísio Manoel de Souza, que pode ser considerado o soldado mais velho da nossa força de defesa.E o que faz dele tão especial e por que ficou ativo por tanto tempo? É exatamente sobre isso que falaremos nas linhas a seguir.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122202-jean-thurel-conheca-o-soldado-mais-velho-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jean Thurel: conheça o soldado mais velho da história</a></li></ul><h2>De escravo a defensor da pátria</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20222926811004.jpg" alt="Anísio Manoel de Souza pode ser considerado o militar mais velho do Exército brasileiro. (Fonte: Foco no Fato/Reprodução)">Anísio Manoel de Souza pode ser considerado o militar mais velho do Exército brasileiro. (Fonte: Foco no Fato/Reprodução)Anísio nasceu na cidade de São Gabriel, no Rio Grande do Sul. Ele era escravo, mas viu sua vida mudar aos 15 anos, quando decidiu se alistar ao exército de maneira voluntária. Isso aconteceu em 1837, o que já o colocou na linha de frente ao integrar as tropas de Bento Gonçalves durante a Guerra dos Farrapos.Com a assinatura do Tratado do Poncho Verde (que colocou um fim à Revolução Farroupilha), nosso personagem ganhou sua alforria, mas ainda assim permaneceu no exército e participou de outras batalhas, entre elas a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121444-relembre-5-guerras-das-quais-o-brasil-participou.htm#:~:text=Guerra%20do%20Paraguai&amp;text=Esse%20confronto%20aconteceu%20entre%201864,do%20Rio%20Paraguai%20em%201864." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra do Paraguai</a>, que aconteceu de 1864 a 1970.Pouco se sabe sobre as suas ações exatas nesse confronto, mas há relatos de que ele acabou gravemente ferido durante a batalha de Tuiuti, em 1866. Ele passou um tempo e se recuperando e depois voltou para casa, tendo seus feitos no confronto reconhecidos pelos militares como heroicos - tanto é que, após retornar do confronto, ele foi promovido a cabo, patente carregada por Anísio em todo restante da carreira.Apesar de não haver confirmações oficiais, especula-se que ele só não evoluiu ainda mais na carreira militar pelo fato de ter nascido escravo.<h2>Permanência na corporação</h2>Ainda que sem perspectiva de promoção ou qualquer outro tipo de reconhecimento, Anísio ainda permaneceu atuando no exército por muitos anos que vieram posteriormente - e coloca "muitos anos" nessa conta, já que ele fez parte da corporação até 1935, quando estava já no alto dos 113 anos.Algumas pessoas inclusive chegaram a questionar os motivos que faziam com que permanecesse na corporação mesmo com idade tão avançada, sem aproveitar o benefício da idade para descansar. Em sua defesa, era comum dizer que teria bastante tempo para descansar depois, e por conta disso se recusava a assinar a papelada que lhe daria o direito de ficar em uma rede de pernas para o ar.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124735-homens-toupeira-os-soldados-que-ajudaram-a-definir-a-1-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homens-toupeira: os "soldados" que ajudaram a definir a 1ª Guerra</a></li></ul>Anísio permaneceu lúcido até o fim de sua vida (possivelmente relembrando alguns de seus vários momentos nos campos de batalha), falecendo em 1935 enquanto estava sentado em uma cadeira olhando para a porta. A causa de sua morte foi uma parada cardíaca. </body>

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O soldado de 113 anos do exército brasileiro que lutou a Guerra do Paraguai

Imagem de Crucificação: qual foi o primeiro povo a crucificar seus inimigos? no megacurioso

A crucificação se tornou famosa pelos romanos, mas outros impérios também crucificavam seus inimigos

<head></head><body>A pena de morte é até hoje um tema polêmico. Contudo, esse debate não começou hoje. Povos antigos tinham na execução de condenados uma forma de punir aqueles que erraram, mas, também, de amedrontar outros indivíduos visando evitar que também afrontassem a liderança local — e um dos piores modos de se matar alguém durante a história <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106933-fatos-que-voce-talvez-nao-saiba-sobre-a-pena-de-crucificacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi a crucificação.</a>É natural que quando falemos em crucificação pensemos na trajetória de Jesus Cristo, mas, durante séculos, outras pessoas menos famosas foram condenadas a morrer na cruz, uma tortura incorporada como método punitivo em várias civilizações.<h2>Qual foi o primeiro povo a crucificar seus inimigos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/19/19123707315138.jpg" alt="A tortura era parte da cultura dos assírios. Fonte: Getty Images">A tortura era parte da cultura dos assírios. Fonte: Getty ImagesEmbora os romanos tenham deixado essa forma de matar eternamente famosa, essa ideia não surgiu em Roma. Séculos antes, os assírios já crucificavam — e é creditada a eles a criação desse método.Os assírios criaram um império mesopotâmico em um território que hoje compreenderia partes da Turquia, do Iraque e da Palestina, chegando em épocas até o Egito. Essa civilização, também chamada de neo-assíria, teria surgido no ano de 900 a.C. e sobrevivido até o ano de 600 a.C.Eles se impunham pela violência e crucificar aqueles que consideravam inimigos era uma forma de amedrontar as pessoas que sobreviviam, além de fazer crescer a fama dos seus guerreiros.Outras civilizações, como os babilônicos e os persas, incorporaram a crucificação como método punitivo, até que essa tortura chegasse ao Império Romano.<h2>O que tornava a crucificação tão cruel?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/19/19123759005139.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesMuitos métodos odiosos de tortura foram e ainda são aplicados aos prisioneiros, mas a crucificação traz requintes de crueldade que surpreendem.Em primeiro lugar, há a espetacularização da morte. Métodos de tortura, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124781-como-operacao-condor-ensinou-a-tortura-ao-brasil-da-ditadura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">empregados pela Ditadura Militar brasileira</a>, eram feitos às escondidas, por exemplo. Na crucificação, a morte era acompanhada por todos os cidadãos da cidade — para não ver o chicoteamento do condenado era preciso se esforçar, pois ele começava nas vias públicas.Em seguida, temos o tempo que se levava para que a morte ocorresse. Dependendo dos ferimentos, o condenado agonizava por dias. Como os guardas romanos só poderiam abandonar o local após a morte do prisioneiro, muitos aceleravam o processo. O crucificado lidava com hemorragias, insolação, desidratação, confusão mental, dificuldade para respirar, parada cardíaca, entre outras situações que lhe traziam dor.O filósofo romano Cícero teria deixado clara a sua indignação com a crucificação: "Somente a palavra 'cruz' por si só deveria estar longe não apenas do corpo de um cidadão romano, mas também de seus pensamentos, de seus olhos, de seus ouvidos.".<h2>Quando a crucificação deixou de ser aplicada?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/19/19123838401140.jpg" alt="Busto de Constantino I Fonte: Getty Images">Busto de Constantino I Fonte: Getty ImagesA crucificação deixou de ser usada apenas 400 anos após a morte de Jesus. Foi durante o governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/42226-5-das-primeiras-seitas-cristas-mais-estranhas-que-ja-existiram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Constantino I</a>, o primeiro imperador romano a se tornar cristão.Em 2018, arqueólogos italianos divulgaram um estudo sobre um cadáver de um homem de 30 anos crucificado na Itália. Trata-se da segunda evidência arqueológica de crucificação realizada pelo Império Romano — o primeiro havia sido encontrado em 1968, em Jerusalém.Em sua sepultura, não havia nenhuma informação sobre a sua identidade, mas sabe-se que ele não era romano, pois essa pena só era aplicada a escravos, estrangeiros — como os judeus — e, posteriormente, cristãos.</body>

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Crucificação: qual foi o primeiro povo a crucificar seus inimigos?

Imagem de Tosher: os homens que viviam dos objetos perdidos nos esgotos no megacurioso

Considerada a 'aristocracia do trabalho', a profissão do século XIX de Londres além de suja era perigosa

<head></head><body>O Reino Unido do século XIX, mais especificamente Londres, chegou a acumular por dia mais de 1 mil toneladas de esterco que os mais de 300 mil cavalos de comércio e uso pessoal deixavam depois que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124831-em-1920-pessoas-tinham-que-ser-convencidas-que-eletricidade-era-util.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Industrial</a> fez da capital o coração do comércio na Europa.Em uma época em que não havia <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114891-o-grande-fedor-de-1858-que-quase-intoxicou-londres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema de saneamento básico</a> adequado, Londres não só se tornou caótica com a quantidade de pessoas, mas também um foco pulsante de todos os tipos de epidemias possíveis, com a podridão do rio Tâmisa, as toneladas de fezes de cavalos no chão fuliginoso das ruas e o fedor tóxico dos dejetos de milhares de habitantes nos canais de água.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20103015418096.jpg" alt="(Fonte: Museum of London/Reprodução)">(Fonte: Museum of London/Reprodução)Antes de Joseph William Bazalgette encabeçar o projeto para construir uma nova rede de esgoto, os ricos contratavam os pobres para descer nas fossas e recolher os dejetos, bem como a prefeitura recrutava os denominados <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118313-homens-do-solo-os-catadores-de-fezes-publicos-do-seculo-xix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homens do solo noturno</a> para limpar as ruas.Foi em meio a essa nojeira que nasceu a profissão de&nbsp;tosher, os homens que viviam de resgatar pertences dos esgotos de Londres.<h2>Procurando riqueza no esgoto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20103743736102.jpg" alt="(Fonte: My London News/Reprodução)">(Fonte: My London News/Reprodução)A Revolução Industrial evidenciou todos os problemas de classe que já existiam na época e a deficiência de uma sociedade em expansão apenas piorou esse cenário, que empobreceu de tal forma que o termo "miserável" usado por Victor Hugo passou a beirar um eufemismo para retratar tudo o que acontecia.Se havia homens e crianças que passavam dias e madrugadas com fezes até o pescoço em fossas dos ricos para limpá-las ou em galerias para desafogar um pouco o sistema de esgoto pré-histórico de Londres, não é de se espantar que alguns ao menos tentariam tirar proveito da situação quando se deparassem com a quantidade de objetos que as pessoas deixavam ir pelo ralo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20103829900103.jpg" alt="(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)">(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)Enquanto a aristocracia achava o pobre "inventivo" por sua persistência em prosperar, o mesmo via isso como única alternativa para não morrer, literalmente, de fome. Por isso várias ocupações foram surgindo ao longo do tempo em meio à crise, como a de tosher, que consistia em garimpar esgoto bruto nas galerias sob as ruas londrinas em busca de objetos de valor que pudessem ser úteis para venda.Claro, esses homens nem sempre tinham sorte de achar algo de valor que realmente os fossem tirar daquela situação, por isso fragmentos de ossos, corda, diversos pedaços de metal, talheres de prata e, se tivessem sorte, moedas já estavam de bom tamanho e foram o suficiente para fazer deles "ricos".<h2>A era do declínio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20103918765105.jpg" alt="(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)">(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)O termo tosher vem da palavra "tosh", uma gíria londrina para indicar coisas de valor retiradas de ralos e esgotos. Esses homens costumavam trabalhar na costa do Tâmisa em vez dos esgotos, também se empenhando em depósitos de lixo e em casas que pegavam fogo devido à queima não controlada de carvão doméstico.Apesar disso, os esgotos foram o lugar em que mais prosperaram na profissão e que, apesar de um trabalho literalmente sujo e que incorria um grande mal para a saúde, era considerado decente. Eles chegavam a faturar uma média de seis xelins por dia, cerca de US$ 50 atualmente, o suficiente para classificá-los como a "aristocracia da classe trabalhadora". Por ano, a profissão de tosher arrecadava, no geral, mais de 20 mil euros.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20143950339294.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia/Reprodução)A profissão se tornou mais cobiçada, apesar de perigosa, depois de 1840, quando se tornou ilegal entrar na rede de esgoto sem permissão das autoridades. O mercado foi dividido com os informantes que recebiam uma recompensa de 5 euros a qualquer um que denunciasse os infratores de bueiros."Eles temem que sufoquemos, mas não se importam se passarmos fome", foi a frase que marcou o período em que o ofício declinou em Londres.</body>

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