Imagem de Amnésia Geracional: o fenômeno que assombra nosso passado e futuro no megacurioso

Conforme o tempo passa, as gerações estão esquecendo o que seus antepassados fizeram e se conformando com uma realidade distorcida

O que voc&ecirc; entende por tecnologia? Se observar uma foto de um homem sentado em uma cadeira usando um celular para falar com algu&eacute;m, o que voc&ecirc; apontaria como tecnol&oacute;gico? S&oacute; o celular?
Se a resposta foi sim, ent&atilde;o temos um problema. Ainda que possa parecer que toda tecnologia seja eletr&ocirc;nica, do celular ao computador, isso &eacute; apenas a tecnologia mais moderna. Por defini&ccedil;&atilde;o, tecnologia &eacute; a maneira como aplicamos conhecimento cient&iacute;fico para fins pr&aacute;ticos, ou seja, isso quer dizer que absolutamente tudo j&aacute; inventado pelo ser humano desde os prim&oacute;rdios da civiliza&ccedil;&atilde;o &eacute; considerado tecnologia.
Essa ideia errada sobre o que &eacute; esse conceito pode fazer parte da onipresen&ccedil;a que ele tem em nossa vida, afetando de maneira profunda como enxergamos o mundo ou, mais especificamente, a atualidade.
O autor do livro&nbsp;Guia do mochileiro das gal&aacute;xias, o brit&acirc;nico Douglas Adams, mencionou que as pessoas n&atilde;o pensam mais em cadeiras como tecnologia, por exemplo. &Eacute; por isso que muitas pessoas, principalmente da gera&ccedil;&atilde;o atual, chamada de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119725-geracao-z-e-sua-relacao-com-a-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gera&ccedil;&atilde;o Z</a>, t&ecirc;m sofrido um fen&ocirc;meno social chamado&nbsp;amn&eacute;sia geracional.
<h2>Esquecendo a pr&oacute;pria hist&oacute;ria</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/15/a-15123023091228.jpg" alt="a" />(Fonte: The Conversation)
Na edi&ccedil;&atilde;o de 9 de novembro de 2021 da revista&nbsp;Waterbucket, o doutor Daniel Pauly, considerado uma lenda viva no mundo da biologia marinha, argumentou: &ldquo;N&oacute;s transformamos o mundo, mas n&atilde;o nos lembramos dele. Ajustamos nossa linha de base para um novo n&iacute;vel, e n&atilde;o nos lembramos do que estava l&aacute;. E a pergunta &eacute;: por que as pessoas aceitam isso? Bem, porque elas n&atilde;o sabem como era antes&rdquo;.
Em outras palavras, existe uma tend&ecirc;ncia sistem&aacute;tica de cada gera&ccedil;&atilde;o esquecer que o mundo foi moldado pelos seus antecessores, e essa falta de conhecimento direto da condi&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica &eacute; uma falha em perceber a mudan&ccedil;a.
Esse tipo de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122488-por-que-nao-nos-lembramos-do-nascimento-e-da-primeira-infancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amn&eacute;sia</a>"&nbsp;tamb&eacute;m est&aacute; associada a v&aacute;rias &aacute;reas comuns, como a organizacional, cuja defini&ccedil;&atilde;o &eacute; a perda de mem&oacute;ria de como fazer as coisas. Quando isso acontece em empresas, elas se tornam incapazes de realizar algo que antes podiam, o que est&aacute; muito ligado &agrave; aposentadoria, geralmente de algu&eacute;m com muita experi&ecirc;ncia, e &agrave; falta de redistribui&ccedil;&atilde;o desse conhecimento funcional.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/15/a-15123103374229.jpg" alt="a" />(Fonte: Journalism)
&ldquo;Para saber para onde voc&ecirc; est&aacute; indo, voc&ecirc; precisa saber de onde veio. Caso contr&aacute;rio, sua mente se prende no passado recente. Conhe&ccedil;a sua hist&oacute;ria e seu contexto. Essas s&atilde;o as palavras-chave para superar a amn&eacute;sia geracional&rdquo;, escreveu Pauly, em 1995, em seu influente artigo&nbsp;Anecdotes and the shifting baseline syndrome of fisheries.&nbsp;
Se as gera&ccedil;&otilde;es mais novas se esquecem dos avan&ccedil;os e das mudan&ccedil;as positivas promovidas pelos seus antepassados, ent&atilde;o &eacute; uma quest&atilde;o de tempo para deixar de notar como seus predecessores tamb&eacute;m prejudicam o mundo.
Assim foi gerado um terceiro fen&ocirc;meno de amn&eacute;sia: a amn&eacute;sia geracional ambiental.
<h2>Conformismo e vis&atilde;o distorcida da realidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/15/a-15123143377231.jpg" alt="a" />(Fonte: NY Times)
Em entrevista ao&nbsp;Down to Earth, o psic&oacute;logo Peter H. Kahn Jr., diretor do Laborat&oacute;rio de Intera&ccedil;&atilde;o Humana com a Natureza e Sistemas Tecnol&oacute;gicos da Universidade de Washington, comentou que crian&ccedil;as que vivem em ecossistemas polu&iacute;dos constroem ideias de que essa realidade &eacute; basicamente normal, mesmo sendo ruim. Sendo assim, o que cada gera&ccedil;&atilde;o passa a ter como natureza se torna relativo, com base no que ela est&aacute; exposta.
Kahn Jr. ressalta que os humanos est&atilde;o come&ccedil;ando a substituir a intera&ccedil;&atilde;o humano-humano pela intera&ccedil;&atilde;o humano-m&aacute;quina, perdendo parte da profundidade e da autenticidade naturais da intera&ccedil;&atilde;o humano-humano e humano-natureza.
Em seu artigo The importance of children interaction with big nature, em coautoria com Thea Weiss, publicado na revista&nbsp;Children, youth and environments, Kahn Jr. examinou como as pessoas percebem e impactam o meio ambiente, descobrindo que a amn&eacute;sia geracional permite que o desenvolvimento continue de maneira implac&aacute;vel conforme as cidades crescem e os espa&ccedil;os abertos encolhem.
Em entrevistas, o psic&oacute;logo notou que, quando crian&ccedil;as eram questionadas da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120026-alem-da-respiracao-outras-formas-como-a-poluicao-nos-afeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polui&ccedil;&atilde;o do ar</a>, a maioria conseguia explic&aacute;-la e apontar outras cidades que estavam polu&iacute;das, mas nunca a pr&oacute;pria.
&ldquo;H&aacute; uma mudan&ccedil;a na linha de base do que consideramos o ambiente e, &agrave; medida que essa linha se torna empobrecida, nem a vemos. Se apenas tentarmos ensinar &agrave;s pessoas sobre a import&acirc;ncia da natureza, isso n&atilde;o funcionar&aacute;. Elas precisam interagir com ela&rdquo;, analisou Kahn Jr.
<h2>A miss&atilde;o mais dif&iacute;cil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/15/a-15123224165232.jpg" alt="a" />(Fonte: Anthropocene Magazine)
At&eacute; gera&ccedil;&otilde;es passadas superestimam como a natureza faz diferen&ccedil;a na forma como as pessoas veem e se movem no mundo, apesar de terem desfrutado desse contato quando menores. Kahn Jr. e Weiss estudaram a pr&eacute;-escola Fiddleheads Forest School, em Seattle (EUA), onde o diretor criou um curr&iacute;culo moldado em atividades ao ar livre que s&atilde;o essenciais para formar a percep&ccedil;&atilde;o de uma pessoa, desde imitar o canto de um p&aacute;ssaro at&eacute; saber proteger o corpo durante uma queda.
"Saber fazer isso n&atilde;o &eacute; um dado adquirido", disse Kahn Jr. &ldquo;Temos uma gera&ccedil;&atilde;o inteira que passa tanto tempo na frente das telas que, quando saem para a natureza, n&atilde;o sabem como interagir com ela ou se cuidar&rdquo;, ele disse.
Outra gama de pesquisadores j&aacute; relacionou como a exposi&ccedil;&atilde;o ao ar livre impacta diretamente as sa&uacute;des f&iacute;sica, mental e emocional de uma pessoa, contribuindo para o desenvolvimento da concentra&ccedil;&atilde;o e melhorando a comunica&ccedil;&atilde;o com terceiros. Mas &eacute; exatamente o contr&aacute;rio que t&ecirc;m acontecido, principalmente nas gera&ccedil;&otilde;es mais novas.
Para Kahn Jr., a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; simples: oferecer maior contato entre adultos e crian&ccedil;as com qualquer tipo de natureza que esteja ao alcance. No entanto, em um mundo cada vez mais urbano e digital, essa tarefa se torna uma miss&atilde;o quase imposs&iacute;vel.

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Amnésia geracional: o fenômeno que assombra nosso passado e futuro

Imagem de Por que sofremos com a morte de pessoas que não conhecemos? no megacurioso

A morte de Elizabeth II nos leva à questão: por que mantemos luto por conta de pessoas que não chegamos a conhecer?

A morte da rainha <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120785-10-momentos-da-rainha-elizabeth-ii-antes-de-assumir-o-trono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Elizabeth II</a> tem gerado manifesta&ccedil;&otilde;es de luto vindas do mundo inteiro - mesmo de gente que n&atilde;o tem qualquer rela&ccedil;&atilde;o com o Reino Unido. Para alguns, &eacute; como se tivessem perdido uma tia, ou uma av&oacute;.
Mas ser&aacute; que h&aacute; alguma semelhan&ccedil;a entre a dor sentida pela morte de uma pessoa distante, como um &iacute;dolo, e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118673-quais-sao-as-fases-do-luto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luto</a> que surge da perda de um familiar? Segundo alguns especialistas, h&aacute; sim algumas similaridades entre estas dores, mas tamb&eacute;m diferen&ccedil;as cruciais.
<h2>A natureza do luto</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/14/s-14161855898131.jpg" alt="s" />(Fonte? Gettyimages)
Estar em luto &eacute; uma experi&ecirc;ncia complexa, e que se manifesta de maneiras diferentes entre as pessoas. Mas, em resumo, o luto se refere ao estado emocional que nos atinge quando nos sentimos no processo de perder algu&eacute;m e se estende para o per&iacute;odo em que enfrentamos a dor da perda.
Enlutar-se significa ter que refletir sobre o fato de que a nossa conex&atilde;o f&iacute;sica com aquele (ou aquilo) com quem temos v&iacute;nculos j&aacute; n&atilde;o existe mais. Por isso, o luto &eacute; amplo e vai al&eacute;m da sua conex&atilde;o com a morte. Podemos sentir essa sensa&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o a um diagn&oacute;stico de uma doen&ccedil;a, &agrave; perda de um emprego, ao t&eacute;rmino de um casamento, ao fato de termos alguma transforma&ccedil;&atilde;o no corpo, como cicatrizes, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122210-pessoas-nao-amputadas-tambem-podem-ter-a-dor-do-membro-fantasma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perda de um membro</a>, etc.
Cada um reage diferente ao luto, e n&atilde;o existe maneira de aprender a lidar com ele. Algumas pessoas, quando passam por este estado emocional, conseguem enfrentar sozinha esse mergulho na tristeza, apoiando-se nos amigos, nos familiares, nas convic&ccedil;&otilde;es pessoais e na f&eacute;; j&aacute; outros, precisam de uma ajuda especializada para lidar com a situa&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o h&aacute; nenhum dem&eacute;rito em nenhuma das duas situa&ccedil;&otilde;es.
<h2>O luto por pessoas famosas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/09/09195126108410.jpg" alt="(Fonte: Actu.fr)" />(Fonte: Actu.fr)
A tristeza pela perda de uma pessoa famosa, como a rainha, envolve o fato de que este indiv&iacute;duo, de alguma forma, nos "acompanhou" durante a vida. Uma vez que Elizabeth II viveu 96 anos, provavelmente poucos de n&oacute;s conhecemos o mundo sem a sua presen&ccedil;a, por exemplo.
A psic&oacute;loga Mariana Simonetti esclarece que o ser humano mant&eacute;m v&iacute;nculos afetivos de v&aacute;rios tipos e, quando eles s&atilde;o rompidos pela morte, emerge o sentimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121127-5-dicas-infaliveis-de-acabar-com-a-tristeza-em-dias-frios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tristeza</a>. "Os artistas s&atilde;o personalidades em que algumas pessoas buscam se espelhar. E para quem os acompanha rotineiramente, o falecimento deles passa a ser sin&ocirc;nimo de perda profunda", explicou ao site O Que Fazer em Caso de Morte.
Contudo, este luto &eacute; um tanto diferente em rela&ccedil;&atilde;o ao que desenvolvemos pela perda de &nbsp;pessoas pr&oacute;ximas, como parentes e amigos. Isto porque n&oacute;s n&atilde;o temos rela&ccedil;&otilde;es &iacute;ntimas com o indiv&iacute;duo famoso, como mem&oacute;rias entrela&ccedil;adas ou experi&ecirc;ncias compartilhadas.
Mas acontece um fen&ocirc;meno interessante neste caso: o luto &eacute; elaborado coletivamente, por meio de comunidades com quem compartilhamos nossas impress&otilde;es sobre o falecido. Provavelmente nenhum de n&oacute;s conheceu a rainha pessoalmente - por isso, nossas mem&oacute;rias sobre ela n&atilde;o s&atilde;o baseadas em fatos, mas em ideias que foram surgindo justamente por meio desses grupos que participamos.
Depois da morte, portanto, h&aacute; uma esp&eacute;cie de disputa sobre como esta pessoa ser&aacute; lembrada. H&aacute; os que falam de uma mem&oacute;ria mais maternal da rainha Elizabeth, ou de seu senso de dever e de seu humor ingl&ecirc;s, mas haver&aacute; tamb&eacute;m os que lembram do colonialismo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122915-por-que-a-monarquia-britanica-ainda-tem-tanto-poder.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Reino Unido</a> ou de outras quest&otilde;es negativas envolvendo a monarquia.
Contudo, &eacute; preciso lembrar que todos os lutos merecem ser legitimados. Por isso, se voc&ecirc; sofreu intensamente depois que um &iacute;dolo seu morreu, saiba que est&aacute; tudo certo.

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Por que sofremos com a morte de pessoas que não conhecemos?

Imagem de O que é "suicídio assistido", a prática utilizada por Godard? no megacurioso

Prática considerada legal em poucos países, o suicídio assistido consiste em dar fim consciente à vida contando com ajuda de outra pessoa

O chamado&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122896-o-que-explica-a-onda-de-mulheres-se-suicidando-na-india.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suic&iacute;dio</a>&nbsp;assistido &eacute; um procedimento no qual o paciente opta por morrer e, para tal, recebe a ajuda de outra pessoa para dar fim, de modo legal, &agrave; sua vida. Em geral, as pessoas que tomam tal decis&atilde;o possuem alguma doen&ccedil;a considerada terminal, para a qual n&atilde;o h&aacute; possibilidade de cura. &Eacute; comum que sintam muita dor, ou que a piora seja muito prov&aacute;vel.
O tema ganhou popularidade com o an&uacute;ncio da morte do cineasta franc&ecirc;s Jean-Luc Godard, 91 anos, na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira, 13, ap&oacute;s recorrer &agrave; pr&aacute;tica. Em entrevista ao jornal franc&ecirc;s&nbsp;Lib&eacute;ration, a fam&iacute;lia do diretor e roteirista afirmou que foi uma decis&atilde;o exclusiva dele, por&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/247402-setembro-amarelo-importancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sentir-se esgotado</a>.
Um futuro caso de suic&iacute;dio assistido deve tomar conta do notici&aacute;rio em breve. Isso porque o ator franc&ecirc;s Alain Delon, s&iacute;mbolo sexual nas d&eacute;cadas de 1960 e 1970, e famoso internacionalmente pelo longa-metragem&nbsp;O Sol por Testemunha, anunciou em mar&ccedil;o que pretende recorrer &agrave; pr&aacute;tica.
<h2>Qual a diferen&ccedil;a entre suic&iacute;dio assistido e eutan&aacute;sia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/14/q-14154339060125.jpg" alt="q" />(Fonte: Unsplash)
Na pr&aacute;tica, a diferen&ccedil;a entre eutan&aacute;sia e suic&iacute;dio assistido est&aacute; em quem aplica o rem&eacute;dio ou subst&acirc;ncia letal que causar&aacute; a morte. No caso da eutan&aacute;sia, um m&eacute;dico, amparado pela lei ou por uma autoriza&ccedil;&atilde;o legal, vai administrar alguma subst&acirc;ncia que acabar&aacute; com a vida de uma pessoa de modo indolor. Tanto o paciente quanto sua fam&iacute;lia precisam estar de acordo.
J&aacute; o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120243-animais-tambem-cometem-suicidio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suic&iacute;dio</a>&nbsp;assistido envolve a ajuda de um indiv&iacute;duo, que pode ser um m&eacute;dico, que ajudar&aacute; a pessoa a por fim &agrave; pr&oacute;pria vida, mas n&atilde;o ser&aacute; respons&aacute;vel por aplicar nenhum medicamento. Neste caso, ele precisar&aacute;, al&eacute;m do pr&oacute;prio desejo, de uma autoriza&ccedil;&atilde;o legal.
<h2>Quais pa&iacute;ses autorizam o suic&iacute;dio assistido</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/14/a-14154439276126.jpg" alt="a" />(Fonte: Unsplash)
Existem pouqu&iacute;ssimos pa&iacute;ses no mundo onde a pr&aacute;tica do suic&iacute;dio assistido &eacute; legal, e os mecanismos de acesso a ela diferem de local para local. Na Col&ocirc;mbia, a pr&aacute;tica foi descriminalizada este ano, igualando os requisitos aos da eutan&aacute;sia (doen&ccedil;a grave ou terminal), liberada no pa&iacute;s desde 1997.
Na&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119376-as-5-cidades-mais-antigas-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a>, cinco pa&iacute;ses permitem a pr&aacute;tica, com garantia na lei: Espanha, Holanda, B&eacute;lgica, Luxemburgo e Su&iacute;&ccedil;a. Na Espanha, o suic&iacute;dio assistido e a eutan&aacute;sia (doen&ccedil;a grave ou terminal) s&atilde;o legalizados desde 2021. Na Holanda e na B&eacute;lgica, as pr&aacute;ticas s&atilde;o legalizadas desde 2002, e tamb&eacute;m exigem comprova&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;a grave ou terminal.
Em Luxemburgo, a permiss&atilde;o existe desde 2009. J&aacute; na Su&iacute;&ccedil;a a pr&aacute;tica n&atilde;o &eacute; considerada crime desde a d&eacute;cada de 1940. O Canad&aacute; tamb&eacute;m prev&ecirc; em lei desde 2016, enquanto nos Estados Unidos dez estados j&aacute; deram o acesso &agrave; pr&aacute;tica em suas legisla&ccedil;&otilde;es. No Brasil, a eutan&aacute;sia e o suic&iacute;dio assistido s&atilde;o considerados crimes.
<h2>O que &eacute; uma doen&ccedil;a terminal?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/14/a-14154604622127.jpg" alt="a" />(Fonte: Unsplash)
Determinar o que venha a ser um paciente terminal &eacute; bastante complexo. O consenso entre a comunidade m&eacute;dica &eacute; que se trata de algu&eacute;m acometido por uma doen&ccedil;a ou condi&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o pode ser curada, e que pode levar &agrave; morte do paciente.
Para chegar a um veredito, uma s&eacute;rie de dados cl&iacute;nicos e exames laboratoriais, de imagem, funcionais, entre outros, devem ser feitos, de modo a oferecer o diagn&oacute;stico mais preciso. N&atilde;o existe uma lista de doen&ccedil;as definidas como terminais, mas algumas como&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122193-novo-tratamento-consegue-curar-pacientes-com-cancer-de-colon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&acirc;ncer</a>&nbsp;avan&ccedil;ado, dem&ecirc;ncia e&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237561-parkinson-doenca-ter-inicio-intestino-dizem-estudos-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Parkinson</a>&nbsp;s&atilde;o capazes de evoluir para tal condi&ccedil;&atilde;o.

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O que é 'suicídio assistido', a prática utilizada por Godard?

Imagem de A evolução cerebral e seu papel nas suas conexões neurais no megacurioso

Deve-se tomar cuidado para não confundir a causa com a consequência, principalmente em se tratando da relação entre o cérebro e a sociedade

Quem veio primeiro, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121210-quem-veio-primeiro-o-ovo-ou-a-galinha.htm" target="_blank" title="Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?">o ovo ou a galinha</a>? Essa &eacute; uma quest&atilde;o cl&aacute;ssica que envolve a causa e a consequ&ecirc;ncia de uma determinada situa&ccedil;&atilde;o, que muitas vezes &eacute; dividida por uma linha t&atilde;o t&ecirc;nue que gera confus&otilde;es.
Digo isso pois recentemente li uma mat&eacute;ria sobre um livro chamado Desconstruindo a ansiedade,&nbsp;do neurocientista Judson Brewer. Nele, &eacute; apresentada a ideia de que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121412-crise-de-ansiedade-x-crise-de-panico-como-diferencia-las.htm" target="_blank" title="Crise de Ansiedade x Crise de P&acirc;nico: como diferenci&aacute;-las?">ansiedade</a>, um dos maiores males da atualidade, tem como um dos fatores de surgimento falhas da comunica&ccedil;&atilde;o entre o sistema l&iacute;mbico e o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal.
<h2>C&eacute;rebro perfeito</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/13/a-13172839753294.jpg" alt="a" />(Fonte: Gettyimages)
Minha linha de racioc&iacute;nio, por&eacute;m, n&atilde;o acompanha a do livro, pois nosso c&eacute;rebro, nosso organismo como um todo, &eacute; um mecanismo perfeito. Todos os milh&otilde;es de anos de evolu&ccedil;&atilde;o foram guiados pela perfei&ccedil;&atilde;o e autossufici&ecirc;ncia. &Eacute; no m&iacute;nimo contradit&oacute;rio afirmar que h&aacute; problemas em um sistema t&atilde;o fortemente moldado pelas necessidades do cen&aacute;rio.
No entanto, consigo entender as ra&iacute;zes dessa linha de pensamento, pois o c&eacute;rebro humano realmente est&aacute; tendo dificuldades para se adaptar &agrave;s grandes e r&aacute;pidas mudan&ccedil;as. A evolu&ccedil;&atilde;o do ser humano ocorreu em um processo bastante lento, ao contr&aacute;rio da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107821-quanto-a-humanidade-pode-evoluir-tecnologicamente-em-5-000-anos.htm" target="_blank" title="Quanto a humanidade pode evoluir tecnologicamente em 5 mil anos? ">evolu&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica</a> que torna produtos obsoletos a cada ano. Essas mudan&ccedil;as r&aacute;pidas no ambiente n&atilde;o s&atilde;o absorvidas totalmente pelo c&eacute;rebro.
Ou seja, as dificuldades de comunica&ccedil;&atilde;o entre algumas partes do c&eacute;rebro apresentadas no livro n&atilde;o s&atilde;o causadas por fatores puramente biol&oacute;gicos, mas por fatores externos.&nbsp;N&atilde;o &eacute; o c&eacute;rebro que &eacute; incapaz de assimilar a sociedade e sim n&oacute;s que a tornamos inassimil&aacute;vel.
<h2>Como funciona a ansiedade?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/13/a-13172923575295.jpg" alt="a" />(Fonte: Gettyimages)
A ansiedade &eacute; uma esp&eacute;cie de pend&ecirc;ncia que ocorre em determinadas situa&ccedil;&otilde;es. O c&eacute;rebro, ent&atilde;o, busca nas suas mem&oacute;rias experi&ecirc;ncias passadas semelhantes a essa para encontrar uma solu&ccedil;&atilde;o que se encaixe. Logicamente, quando se passa por situa&ccedil;&otilde;es tristes ou estressantes, o c&eacute;rebro recorre a lembran&ccedil;as tristes e estressantes, o que causa uma atmosfera densa.
Para se livrar dessa atmosfera, recorremos a &ldquo;p&iacute;lulas de prazer&rdquo;, por isso, quanto maior a ansiedade, maior a necessidade e sensa&ccedil;&otilde;es prazerosas compensat&oacute;rias.&nbsp;Quando n&oacute;s buscamos essas &ldquo;boas sensa&ccedil;&otilde;es&rdquo;, programamos nosso c&eacute;rebro para busc&aacute;-las cada vez mais, criando um v&iacute;cio, sempre usando as pend&ecirc;ncias da ansiedade como pontap&eacute; inicial para esse ciclo, alterando assim a anatomia do c&eacute;rebro prejudicando a sa&uacute;de mental.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; p&oacute;s-graduado em neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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A evolução cerebral e seu papel nas suas conexões neurais

Imagem de 7 tipos de descanso que evitam o burnout no megacurioso

É importante recorrer a formas de evitar o desenvolvimento da síndrome de burnout, hoje tida como uma doença ocupacional que afeta cada vez mais pessoas

<head></head><body>A sensação de cansaço frequente, por si só, pode não ser tão reveladora assim. Afinal, uma rotina muito atribulada pode facilmente contribuir para a permanência dessa fadiga. Mas quando falamos &nbsp;da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120655-burnout-o-que-e-e-porque-se-tornou-doenca-ocupacional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">síndrome de burnout</a>, isso fica diferente. Mesmo passando um tempo de férias ou se dedicando a outras atividades, a sensação de esgotamento não dá trégua.O burnout hoje já é conhecido como uma das principais causas de afastamento no trabalho. E mais do que um cansaço, ele provoca diversos sintomas, como dor de cabeça ou no corpo, problemas para dormir e mesmo alterações de humor. Apesar de serem sintomas aparentemente comuns a outras condições, é importante consultar um médico para obter um diagnóstico o quanto antes.E se a síndrome tem apresentado sinais de que pode se tornar um problema, significa que é importante investir em formas de se manter mais saudável. Segundo a Dra. Saundra Dalton-Smith, médica e autora do livro Sacred Rest: Recover Your Life, Renew Your Energy, Restore Your Sanity,&nbsp;existem 7 tipos de descansos, sendo cada um deles ideal para cada momento. Saiba quais são eles:<h2>1. Descanso Físico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06171142454884.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Uma das melhores formas de evitar o cansaço físico pode ser buscar se movimentar um pouco de hora em hora. Ou seja: nada de ficar trabalhando por horas sem tirar uns minutinhos. Respeitar o próprio limite também é importante, e se as horas de sono não estão sendo revigorantes o bastante, o ideal é dormir pelo tempo necessário para o corpo se recuperar para um novo dia, sem excessos. Praticar atividades físicas também é uma saída para dar mais energia e, por sua vez, tornar os momentos de repouso mais confortáveis.<h2>2. Descanso Mental</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06172758957014.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Já o cansaço mental pode ser desafiador, pois a mente não relaxa com tanta facilidade e pode ser necessário algum treino para isso. Mas a vantagem é que é há uma série de atividades que podem auxiliar na hora do descanso, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111650-meditacao-pode-ser-tao-benefica-quanto-tomar-uma-cerveja-com-amigos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meditar</a>, sair com os amigos, se afastar das redes sociais por um período e mesmo fazer uma lista de tarefas, evitando se preocupar com possíveis esquecimentos e deixar o dia a dia mais organizado.<h2>3. Descanso Emocional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/09/09131529631159.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Alguns relacionamentos podem exigir bastante da gente, e por isso é necessário buscar equilíbrio, respeitando tanto o espaço do próximo como o próprio limite, identificando as sensações que geram desconforto nas situações e buscando administrá-las melhor. Nas relações de trabalho, o cuidado deve permanecer sendo o mesmo. O descanso emocional pode auxiliar nesse sentido, permitindo ganhar fôlego também para os momentos mais desafiadores.&nbsp;<h2>4. Descanso Social</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/09/09132538851169.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Descanso social não significa apenas evitar eventos mais cheios ou não tão desejados, mas também investir na companhia de pessoas que promovam o bem estar. Os introvertidos, por sua vez, podem preferir ficar algum tempo sozinhos – e não há nada de errado com isso. Para quem tem dificuldades, pode ser útil adotar um critério bem simples: sentir-se confortável diante da companhia escolhida.<h2>5. Descanso Sensorial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/09/09131836617160.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Ele já pode variar de pessoa para pessoa. O som, ou melhor, o excesso de ruído, seja de pessoas falando alto, carros passando ou de eletrodomésticos, pode dificultar tanto a concentração para realizar tarefas quanto tornar mais difícil relaxar depois de um dia estressante. Por isso é necessário se conhecer bem para se afastar daquilo que incomoda com um momento mais relaxante.<h2>6. Descanso Criativo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06184044152064.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Reservar um período maior de descanso pode ser a salvação para quem precisa desenvolver ideias para um projeto, seja ele artístico ou não. Na falta de inspirações ou mesmo diante de uma situação de esgotamento, é importante dedicar um tempo para arejar as ideias, seja mudando de ambiente ou mesmo distraindo a mente com uma outra atividade. Nesse cenário, é importante não se cobrar.<h2>7. Descanso Espiritual</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06170338615876.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Existem diversas formas de lidar com o cansaço espiritual e de encontrar em outras atividades um estímulo para não deixar se abater. <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121570-6-beneficios-que-caminhar-diariamente-traz-para-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Caminhar</a> com o cachorro, assistir a um filme de comédia, ajudar em um projeto social, contar histórias para crianças e mesmo se dedicar em fazer o bem a um alguém querido são ser gestos que também proporcionam muito bem estar a quem os realiza, além de ajudar a dissipar aquela nuvem de pensamentos negativos que surge de vez em quando.Ou seja, se afastar completamente das atividades pode não ser a melhor saída para todos, pois é necessário encontrar no repouso uma forma de recarregar as energias, e não de simplesmente de matar o tempo. Descansar, portanto, não deve ser uma opção, mas uma regra exercida com sabedoria e equilíbrio. </body>

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7 tipos de descanso que evitam o burnout

Imagem de Por que o Rei Charles III tem dedos inchados? no megacurioso

Muita gente tem se perguntado por que o Rei Charles III tem os dedos tão inchados e vermelhos. Contamos as possíveis explicações ao problema

<head></head><body>Muita gente tem comentado sobre as mãos do novo rei <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122905-o-que-esperar-do-rei-charles-iii-do-reino-unido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles III</a>, do Reino Unido. Com o aumento da circulação das fotos de Charles após a morte de sua mãe, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120785-10-momentos-da-rainha-elizabeth-ii-antes-de-assumir-o-trono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rainha Elizabeth II</a>, tem chamado atenção as imagens de seus dedos inchados e suas mãos vermelhas.Mas o que acontece com o novo rei? Os dedos inchados, na verdade, podem ser um sintoma de outras situações de saúde.<h2>As mãos inchadas de Charles</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/12/12115609443053.jpg" alt="(Fonte: Esquire)">(Fonte: Esquire)Vale lembrar que, em 2012, o próprio Charles, durante uma viagem para a Austrália, brincou sobre seus "dedos de salsicha", uma condição que ele sofre há anos. Os médicos especulam que o inchaço pode ser acarretado por várias causas, como retenção de água ou simplesmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119590-envelhecer-e-doenca-entenda-a-discussao-sobre-o-termo-velhice.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">velhice</a> (vale lembrar que Charles III tem 73 anos).Ao jornal Daily Star, Gareth Nye, professor da Universidade de Chester, no Reino Unido, disse que o problema é chamado de edema, ou oedema. “O edema é uma condição em que o corpo começa a reter fluidos nos membros, normalmente nas pernas e tornozelos, mas também nos dedos, o que os faz inchar”, explicou.Esta é uma situação mais comum em mulheres, por conta da presença do hormônio progesterona, mas pessoas mais velhas podem desenvolver a condição quando ficam muito tempo sentadas ou quando viajam para países de clima quente.<h2>Outras explicações para o problema do inchaço&nbsp;</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Daily Mail&nbsp;" data-fonte-url="https://i.dailymail.co.uk/1s/2022/09/12/03/62308785-11202679-If_neither_of_these_apply_to_the_royal_it_could_be_a_high_salt_d-a-10_1662951150013.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/12/12121405323066.jpg" alt="(Fonte: Daily Mail)">(Fonte: Daily Mail)Contudo, há outras possibilidades que talvez expliquem melhor o problema do inchaço nos dedos de Charles. Pode ser que o rei sofra de <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/23684-cientistas-afirmam-que-os-dinossauros-tambem-sofriam-de-artrite.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artrite</a>, uma condição mais comum com pessoas acima de 60 anos, e que costuma acontecer também nas articulações dos dedos. A artrite é uma doença inflamatória crônica que afeta os tecidos das articulações do corpo. Em casos mais avançados, podem fazer até com que a articulação perca a sua função - caso, por exemplo, de não conseguir mais mover o joelho ou o quadril.Outra explicação seria uma dieta rica em sal, causando a retenção de líquidos, ou uso de medicamentos específicos, como os indicados para pressão alta.Embora haja muita especulação com tom humorístico (como os memes que comparam os dedos de Charles com salsicha), há também uma preocupação com a saúde do monarca. Isto se agrava por conta de conjecturas feitas em torno da aparência de Elizabeth II um pouco antes de morrer.Em uma foto em que Elizabeth cumprimentava a nova primeira-ministra Liz Truss, muita gente comentou sobre sua mão com cor arroxeada, o que poderia indicar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118621-covid-19-e-uma-doenca-vascular-conclui-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doença vascular</a> periférica - o que significa que sua circulação sanguínea não estava funcionando bem, podendo indicar uma insuficiência cardíaca ou uma falência geral de órgãos.Uma vez que pode haver rumores sobre uma condição de natureza genética, é de esperar que a imprensa continue a falar sobre as mãos de Charles nos próximos meses e avalie a possibilidade de ele sofrer de alguma doença não revelada.</body>

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Por que o Rei Charles III tem dedos inchados?

Imagem de Depressão: conheça os 6 tipos mais comuns da doença no megacurioso

Com quase 6% da população afetada pela depressão, o Brasil é o país latino-americano com maior índice da doença

<head></head><body>A depressão e outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121452-conheca-6-transtornos-mentais-dos-mais-assustadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">distúrbios psicológicos</a> têm sido alguns dos maiores problemas contemporâneos quando o assunto são doenças relacionadas à saúde mental. Ainda há muitos tabus acerca desse grave problema, que tem afetado mais e mais pessoas em todo o mundo.Porém, a depressão é uma condição tratável, que pode ser revertida ou controlada a partir do uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122731-5-medicamentos-importantes-e-os-efeitos-colaterais-de-seu-uso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamentos</a>, além do acompanhamento psicoterapêutico - sem contar eventuais necessidades de mudanças comportamentais. Um fato que nem todos conhecem é que não há um único tipo de depressão, pelo contrário.Por esta razão, queremos abordar os deferentes tipos, as diferenças em seus sintomas e durações. Estima-se que o Brasil tenha 5,8% de sua população afetada pela depressão. Se você se identificar com algum dos sintomas aqui apresentados, não hesite em procurar ajuda especializada. Vamos à lista? Confira.<h2>1. Transtorno depressivo maior (depressão unipolar)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06230637664132.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)O transtorno depressivo maior é o tipo mais frequente e conhecido da <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/100658-8-sinais-sutis-de-que-voce-pode-estar-com-depressao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a>. Entre os sintomas mais comuns associados a ele estão, além da sensação de humor depressivo a maior parte do tempo:&nbsp;<ul><li>perda do interesse em executar as tarefas cotidianas</li><li>perda ou ganho de peso</li><li>dificuldades para dormir</li><li>agitação ou falta de energia física, ou mental</li><li>sensação de culpa</li><li>problemas para concentrar</li><li>pensamentos suicidas</li></ul>Um médico pode diagnosticá-lo se você apresentar cinco ou mais destes sintomas por um período igual, ou superior, a duas semanas. Claro que cada pessoa desenvolverá a depressão de uma maneira própria, mas, em geral, entre todos os sintomas, um deve ser humor deprimido ou perda de interesse nas atividades.<h2>2. Depressão bipolar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06230821901134.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Presente nesta lista, a depressão bipolar é diferente do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/230612-transtorno-bipolar-sintomas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtorno bipolar</a>, mas estão interligados. Isso porque o transtorno é recheado de episódios em que o humor varia de extremos de muita euforia para episódios de humor extremamente depressivo, semelhante à depressão unipolar. A esta alternância se dá o nome de "mania".Curiosamente, o uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121035-cogumelo-magico-e-eficaz-como-antidepressivo-dizem-pesquisadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antidepressivos</a> não costumam ser indicados nestes casos, porque não há estudos científicos que comprovem a efetividade do uso destes medicamentos no tratamento da depressão bipolar.<h2>3. Transtorno depressivo persistente (distimia)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06230918422135.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Entre os tipos de depressão, o transtorno depressivo persistente é a forma considerada crônica, pois sua duração mínima costuma ser de dois anos. Os indivíduos acometidos pela distimia, como também é conhecido o transtorno, ficam predominantemente tristes, desanimados, pessimistas, apáticos, irritados, com pouca energia e dificuldade de concentração. Os quadros mais graves da doença podem levar ao prejuízo da rotina e da qualidade de vida dos pacientes.<h2>4. Depressão pós-parto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06231210875136.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)A depressão periparto, também conhecida como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116623-gravidez-mulheres-compartilham-fotos-honestas-do-pos-parto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pós-parto</a>, atinge mulheres nas semanas e meses após o parto. Os sintomas costumam aparecer nas primeiras semanas após o parto, anda que não seja incomum surgirem durante a própria gestação. Os principais sintomas conhecidos são: extrema tristeza, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121412-crise-de-ansiedade-x-crise-de-panico-como-diferencia-las.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade</a> e exaustão.As mulheres com depressão pós-parto podem ter dificuldades de realizar as atividades de cuidado com o bebê, mas também consigo mesma. A título de curiosidade, 1 a cada 10 homens também costuma ser atingido por esse tipo de depressão.<h2>5. Transtorno disfórico pré-menstrual</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06232259039140.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)É importante não confundir o transtorno disfórico pré-menstrual, conhecida como TDPM, com a TPM. Caracterizada por tristeza, irritabilidade, desejo por isolamento e indisposição, seus sintomas podem até se assemelhar com a tensão pré-menstrual, mas eles são muito mais severos na TDPM.Assim como a TPM, o transtorno disfórico pré-menstrual ocorre por conta da baixa do estrogênio no organismo feminino. Além da administração de medicamentos antidepressivos, a TDPM pode ser tratada com uso de contraceptivos.<h2>6. Transtorno afetivo sazonal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06232116076139.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)O transtorno afetivo sazonal é um tipo de depressão maior que ocorre, geralmente, durante os meses que compõem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121915-como-os-animais-conseguem-sobreviver-ao-frio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inverno</a>. A causa para isso é que, durante essa estação, os dias são mais curtos, fazendo com que os indivíduos recebam menos luz solar.Os sintomas associados a este tipo de depressão são retração social, aumento do sono e ganho de peso. Além do uso de antidepressivos, é como que o tratamento envolva terapia de luz, que consiste em sentar-se em frente a uma caixa de luz especial por 15 a 30 minutos por dia.</body>

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Depressão: conheça os 6 tipos mais comuns da doença

Imagem de Alho: 7 coisas que você (provavelmente) não sabia sobre ele no megacurioso

Além de deixar qualquer comida mais saborosa, o alho também tem propriedades que fazem muito bem para a saúde

O alho chegou ao Brasil trazido pelos portugueses que precisavam de hortali&ccedil;as que pudessem ser armazenadas por meses sem apodrecer. Al&eacute;m de servir como condimento para comida, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122369-5-alimentos-poderosos-capazes-de-prevenir-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o alho &eacute; usado h&aacute; milhares de anos com fins medicinais</a>. Saiba mais sobre os diferentes usos desse tempero na lista que preparamos.
<h2>1. H&aacute; registros de seu uso h&aacute; 4 mil anos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06184606261069.jpg" alt="Alho &eacute; usado como tempero h&aacute; mil&ecirc;nios. (Fonte: Shutterstock)" />Alho &eacute; usado como tempero h&aacute; mil&ecirc;nios. (Fonte: Shutterstock)
Os primeiros registros do uso dessa hortali&ccedil;a datam de 4 mil anos na regi&atilde;o da Mesopot&acirc;mia. Al&eacute;m desse territ&oacute;rio, o alho tamb&eacute;m era utilizado entre eg&iacute;pcios e chineses. J&aacute; a sua dissemina&ccedil;&atilde;o no Ocidente se deu a partir de plantios na costa do mar Mediterr&acirc;neo.
<h2>2. A lenda de que ele serve contra vampiros tem origem incerta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06184608354070.jpg" alt="Origem da lenda de que alho combate vampiros &eacute; incerta. (Fonte: Shutterstock)" />Origem da lenda de que alho combate vampiros &eacute; incerta. (Fonte: Shutterstock)
Alguns estudiosos apontam que a cren&ccedil;a se deve ao fato de que por muitos anos comer alho era uma forma de espantar mosquitos, ou seja, espantar seres <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122627-camazotz-o-deus-morcego-da-mitologia-maia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sugadores de sangue</a>. J&aacute; em outra vers&atilde;o, a associa&ccedil;&atilde;o entre ambos surgiu a partir de uma doen&ccedil;a sangu&iacute;nea chamada porfiria.
De acordo com o Museu Carnegie de Hist&oacute;ria Natural, esse dist&uacute;rbio pode tornar a pele p&aacute;lida e encolher as gengivas dando a impress&atilde;o de que os dentes s&atilde;o maiores. E, como o alho parece acentuar os sintomas da doen&ccedil;a, pessoas com a enfermidade costumavam evitar seu consumo, da&iacute; teria surgido a teoria.

<h2>3. Os benef&iacute;cios para a sa&uacute;de s&atilde;o muitos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06184610901071.jpg" alt="Alho &eacute; aliado da sa&uacute;de. (Fonte: Shutterstock)" />Alho &eacute; aliado da sa&uacute;de. (Fonte: Shutterstock)
Alguns estudos sugerem que o consumo de alho pode equilibrar a press&atilde;o arterial, diminuir o colesterol, regular a fun&ccedil;&atilde;o imunol&oacute;gica e prevenir certos tipos de c&acirc;ncer. Al&eacute;m disso, um estudo realizado com funcion&aacute;rios de uma f&aacute;brica de baterias apontou que a alicina, um composto presente na hortali&ccedil;a, ajuda a proteger os &oacute;rg&atilde;os da toxicidade de metais pesados.
<h2>4. Seus usos medicinais foram descritos por eg&iacute;pcios e gregos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06184615495072.jpg" alt="Eg&iacute;pcios indicavam o uso do alho para 22 fins medicinais. (Fonte: Shutterstock)" />Eg&iacute;pcios indicavam o uso do alho para 22 fins medicinais. (Fonte: Shutterstock)
Os eg&iacute;pcios deixaram registrados em um papiro conhecido como Papiro Ebers 22 <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121748-6-beneficios-fantasticos-do-alho-para-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">benef&iacute;cios para a sa&uacute;de que o alho proporcionava</a>. Entre os gregos, a planta &eacute; citada em textos de Virg&iacute;lio, Pl&iacute;nio e Galeno que exaltavam as qualidades do condimento.&nbsp;
<h2>5. A China produz 80% do alho consumido no planeta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06184617620073.jpg" alt="Maiores produtores est&atilde;o na &Aacute;sia. (Fonte: Shutterstock)" />Maiores produtores est&atilde;o na &Aacute;sia. (Fonte: Shutterstock)
Tendo em vista que o alho tem sido usado na &aacute;sia h&aacute; mil&ecirc;nios, &eacute; de se esperar que os maiores produtores estejam l&aacute;. A China produz mais de 25 milh&otilde;es de toneladas do condimento por ano. Em segundo lugar est&aacute; a &Iacute;ndia com 5% da produ&ccedil;&atilde;o mundial.
<h2>6. Os chineses s&atilde;o tamb&eacute;m os maiores consumidores de alho</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06184619729074.jpg" alt="Consumo de alho na China &eacute; o maior do mundo. (Fonte: Shutterstock)" />Consumo de alho na China &eacute; o maior do mundo. (Fonte: Shutterstock)
O consumo m&eacute;dio na China &eacute; de impressionantes 14,3 kg de alho por pessoa, por ano. Os americanos consomem em m&eacute;dia 0,91 kg. J&aacute; no Brasil, segundo a Embrapa, o consumo &eacute; de aproximadamente 1,5 kg por ano.
<h2>7. O alho j&aacute; serviu como cola</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06184621729075.jpg" alt="Alho j&aacute; foi da cozinha para o ateli&ecirc;. (Fonte: Shutterstock)" />Alho j&aacute; foi da cozinha para o ateli&ecirc;. (Fonte: Shutterstock)
Hoje em dia, n&oacute;s temos acesso a cola em qualquer papelaria, mas no s&eacute;culo XIII, artes&atilde;o que trabalhavam com trabalhos finos como colar folhas de ouro ou prata em objetos da realeza se utilizavam de alho para fixar as pe&ccedil;as.
<ul>
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</ul>

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Alho: 7 coisas que você (provavelmente) não sabia sobre ele

Imagem de O que os bebês entendem quando seus pais cantam para eles? no megacurioso

Aquelas canções bobinhas que os pais inventam para se comunicar com seus filhos tem muito mais poderes do que parece

<head></head><body>Mesmo que você não seja um cantor muito afinado ou que nem goste muito de cantar, é provável que já tenha criado uma musiquinha boba para se comunicar com um bebê (ou com um pet). Pesquisas apontam que o ato de cantar para crianças pequenas cria uma forma de comunicação que é transcultural, ou seja, existe em todo o mundo e oferece padrões para que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122840-por-que-os-pais-sovieticos-deixavam-seus-filhos-dormindo-na-neve.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bebês</a> compreendam cada situação.<h2>"Parentês": uma língua quase universal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06183907879060.jpg" alt="Cantar para bebês é um ato encontrado em culturas do mundo todo. (Fonte: Shutterstock)">Cantar para bebês é um ato encontrado em culturas do mundo todo. (Fonte: Shutterstock)Cientistas de diversas universidades se uniram para analisar 1615 gravações de voz de 410 pais de 6 continentes e avaliar se havia semelhanças na forma como eles se comunicavam com seus bebês. Os resultados, publicados na revista Nature Human Behavior, mostram que em todas as culturas analisadas os adultos se comunicam com crianças de forma diferente daquela usada para falar com adultos.Mas o mais interessante é que essa forma de comunicação voltada apenas para os pequenos era muito semelhante entre todas as culturas, por isso recebeu até um nome: parentese, que é uma derivação da palavra parent em inglês, que significa pais.Segundo Courtney Hilton, psicóloga da Universidade de Yale e principal autora do estudo, nós falamos num <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122844-qual-e-a-diferenca-entre-som-e-ruido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tom mais alto</a>, com mais repetições e variações de entonação com os bebês. E esse padrão de canto e fala com os pequenos é idêntico em todos os lugares.<h2>Vantagens do canto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06183909897061.jpg" alt="Canto cria laços e é benéfico tanto para o bebê quanto para os pais. (Fonte: Shutterstock)">Canto cria laços e é benéfico tanto para o bebê quanto para os pais. (Fonte: Shutterstock)Um estudo publicado na revista Child Development aponta que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122219-o-que-acontece-quando-um-bebe-respira-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bebês</a> exibem maior sinal de alerta, felicidade ou calma quando as mães cantam para eles ao invés de falar normalmente. Outro estudo indicou que não é só o canto da mãe que chama mais atenção dos bebês, pais que cantam para seus filhos também conseguem criar maior interação com eles.Do lado oposto, o ato de cantar também ajuda os pais a se sentirem mais competentes. Pesquisadores da Universidade Paris Ouest Nanterre La Défense, descobriram que mães que cantaram para seus filhos enquanto eles estavam internados na UTI neonatal tiveram melhora nos sintomas de depressão pós-parto e aumento da autoestima. Além disso, segundo a pesquisadora Elise Piazza, da Universidade de Rochester, cantar cria um ciclo de feedback onde o prazer que o bebê expressa ao ouvir os pais cantando, motiva os pais a cantarem ainda mais e aumenta sua confiança no desempenho da paternidade e maternidade.É como se a música criasse um mundo a parte habitado apenas pelos pais e seu bebê. Um estudo publicado no Journal of Cognitive Neuroscience aponta que a música cria um ponto de encontro entre pais e filhos, no qual eles estão tão sincronizados emocionalmente que até mesmo seus batimentos cardíacos se igualam.</body>

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O que os bebês entendem quando seus pais cantam para eles?

Imagem de O que explica a onda de mulheres se suicidando na Índia? no megacurioso

O 'fenômeno', como enxergam os especialistas, é um problema social antigo que se agravou com a instauração da pandemia

Como indicado em um estudo feito pelo Centro de Controle e Preven&ccedil;&atilde;o de Doen&ccedil;as (CDC), o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122245-harakiri-o-cruel-ritual-de-suicidio-dos-samurais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suic&iacute;dio</a> &eacute; um problema de sa&uacute;de p&uacute;blica que afeta mais de 800 mil pessoas em n&iacute;vel global todos os anos.
Entre os pa&iacute;ses da Organiza&ccedil;&atilde;o para Coopera&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Econ&ocirc;mico (OCDE), a Coreia do Sul lidera o ranking onde pessoas mais se suicidam na propor&ccedil;&atilde;o de casos por 100 mil habitantes em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s demais na&ccedil;&otilde;es. A American Foundation for Suicide Prevention fez um levantamento em 2020 que indicou que os adultos entre 25 e 34 anos s&atilde;o os que mais abrem m&atilde;o da pr&oacute;pria vida.
No mesmo ano, tamb&eacute;m foi registrado que os homens est&atilde;o mais propensos a morrerem por suic&iacute;dio 3,88 vezes mais do que as mulheres. Estima-se que, em m&eacute;dia, ocorrem 130 suic&iacute;dios de homens por dia, sendo que em 52,83% dos casos, a<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122021-posse-de-armas-um-problema-que-destroi-a-sociedade-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rmas de fogo</a> s&atilde;o os principais meios.
Os especialistas est&atilde;o chamando de fen&ocirc;meno uma onda de suic&iacute;dios de mulheres na &Iacute;ndia&nbsp;que come&ccedil;ou em 2020.
<h2>A outra pandemia</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;iStock&nbsp;" data-fonte-url="https://media.istockphoto.com/photos/an-indian-female-staring-down-in-worry-and-depression-in-black-with-picture-id1167798969?k=20&amp;m=1167798969&amp;s=170667a&amp;w=0&amp;h=pgPuVCib7ZSfsfrN06QoTbk_097ntSucx-OxwqNd1Ec="><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05175051434285.jpg" alt="(Fonte: iStock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: iStock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os notici&aacute;rios e informes do mundo todo fizeram da &Iacute;ndia uma das vitrines da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122872-por-que-ter-alergias-reduz-o-risco-de-contrair-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia do coronav&iacute;rus</a> no quesito m&aacute; administra&ccedil;&atilde;o dos casos, resultando em mais de 500 mil mortes at&eacute; ent&atilde;o.
Como consequ&ecirc;ncia disso, em abril de 2020, notici&aacute;rios indianos registraram que duas mulheres no estado central de Madhya Pradesh se mataram ap&oacute;s perderem seus entes queridos para a doen&ccedil;a. Logo em seguida, a filha de uma dessas mulheres morreu ap&oacute;s pular de seu apartamento em um bairro industrial do distrito de Raisen.
Algo parecido aconteceu na cidade de Dewas, a cerca de 200 quil&ocirc;metros dos casos, quando outra mulher se suicidou uma semana depois que perdeu tr&ecirc;s membros de sua fam&iacute;lia para &agrave; COVID-19.
De acordo com uma assistente social da Linha Direta de Preven&ccedil;&atilde;o ao Suic&iacute;dio de Jeevan, em entrevista &agrave; DW, as mulheres j&aacute; sofriam de<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122704-excesso-de-empatia-pode-afetar-sua-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;depress&atilde;o&nbsp;</a>n&atilde;o diagnosticada e n&atilde;o tratada, e a pandemia apenas exacerbou a condi&ccedil;&atilde;o.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;India New England News&nbsp;" data-fonte-url="https://indianewengland.com/saheli-and-a-first-hand-account-of-domestic-violence-and-abandonment-from-banglore-to-boston/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05175252960287.jpg" alt="(Fonte: India New England News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: India New England News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
E elas n&atilde;o foram as &uacute;nicas. O primeiro ano da pandemia aumentou em 25% a preval&ecirc;ncia global de transtorno de ansiedade e depress&atilde;o, de acordo com um resumo cient&iacute;fico divulgado pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), destacando que a disponibilidade de servi&ccedil;os de sa&uacute;de mental tamb&eacute;m foi afetada pela pandemia.
Em resposta a isso, 90% dos pa&iacute;ses pesquisados j&aacute; inclu&iacute;ram sa&uacute;de mental e apoio psicossocial em seus planos de resposta &agrave; COVID-19, mas a falta de informa&ccedil;&otilde;es sobre o impacto emocional da doen&ccedil;a ainda &eacute; muito grande.&nbsp;
&ldquo;Este &eacute; um alerta para que todos os pa&iacute;ses prestem mais aten&ccedil;&atilde;o &agrave; sa&uacute;de mental e fa&ccedil;am um trabalho melhor no apoio mental de suas popula&ccedil;&otilde;es&rdquo;, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
<h2>Solid&atilde;o e abusos</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Outlook India&nbsp;" data-fonte-url="https://www.outlookindia.com/website/story/india-news-rise-in-domestic-violence-across-all-strata-of-society-in-the-coronavirus-lockdown-period/350249"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05175348105288.jpg" alt="(Fonte: Outlook India/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Outlook India/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na &Iacute;ndia, um suic&iacute;dio de mulher casada e dona de casa acontece a cada 25 minutos. Dados divulgados pelo National Crime Records Bureau (NCRB) mostram que 22.372 mulheres tiraram a pr&oacute;pria vida no ano passado. Isso equivale a uma m&eacute;dia de 61 suic&iacute;dios por dia. Elas representam 14,6% do total dos 153.052 suic&iacute;dios registrados no pa&iacute;s do sul da &Aacute;sia em 2020, e mais de 50% do n&uacute;mero total de mulheres que se mataram. A na&ccedil;&atilde;o apresenta tamb&eacute;m o maior n&uacute;mero de suic&iacute;dios, com homens liderando 1/4 ao n&iacute;vel global, enquanto as mulheres indianas representam 36% de todos os suic&iacute;dios na faixa et&aacute;ria de 15 a 39 anos.
Na maioria dos casos, os relat&oacute;rios culpam as suicidas por problemas familiares ou quest&otilde;es relacionadas ao casamento. Mas existe uma rede de problemas e lacunas no sistema e na sociedade que agravam o problema.
A come&ccedil;ar que depress&atilde;o e ansiedade ainda s&atilde;o tabus na &Iacute;ndia, portanto, poucas mulheres procuram ajuda profissional, em sua maioria devido &agrave; vergonha associada &agrave; doen&ccedil;a, e tamb&eacute;m porque n&atilde;o se sentem &agrave; vontade para falar abertamente sobre seus sentimentos e experi&ecirc;ncias.
Um grupo menos socialmente consciente e financeiramente dependente, as donas de casa s&atilde;o privadas de uma alternativa para conseguir fazer um tratamento, acabando abandonadas para lutar contra algo que n&atilde;o sabem explicar, at&eacute; que alcance um n&iacute;vel insustent&aacute;vel.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05175657564290.jpg" alt="(Fonte: The Stories of Change/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Stories of Change/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica entra como um agravante na situa&ccedil;&atilde;o. Em uma pesquisa feita pelo governo indiano, cerca de 30% de todas as mulheres alegaram que enfrentam viol&ecirc;ncia conjugal, que pode come&ccedil;ar j&aacute; nos 18 anos, a idade em que as jovens indianas costumam se casar.
De repente, sua vida se resume a arrumar a casa, cozinhar e cuidar dos filhos. Imediatamente, todo o tipo de restri&ccedil;&atilde;o &eacute; colocada sobre ela, reduzindo suas chances de liberdade pessoal, incluindo acesso a algum dinheiro pr&oacute;prio.
Em um ambiente que pode ser nocivo, sendo submetidas a todos os tipos de abusos e humilha&ccedil;&otilde;es dom&eacute;sticas, &eacute; uma quest&atilde;o de tempo para que todos seus anseios sejam lentamente extintos, dando espa&ccedil;o ao desespero e decep&ccedil;&atilde;o sistem&aacute;ticos sobre a pr&oacute;pria exist&ecirc;ncia.
Em mulheres mais velhas, o Dr. Verma Srivastava alega que as raz&otilde;es para o suic&iacute;dio s&atilde;o diferentes. Muitas delas acabam enfrentando a chamada "s&iacute;ndrome do ninho vazio", quando se encontram sem seus filhos por perto, depois que esses cresceram e deixaram a casa. Sintomas da perimenopausa podem causar depress&atilde;o e crises de choro, podendo levar ao suic&iacute;dio.
<h2>Vencendo o sil&ecirc;ncio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05175840869297.jpg" alt="(Fonte: The Borgen Project/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Borgen Project/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Muitas mulheres que permanecem em situa&ccedil;&otilde;es ativas de viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica mant&ecirc;m sua sanidade apenas devido ao apoio informal que recebem&rdquo;, disse a psic&oacute;loga Chaitali Sinha &agrave;&nbsp;DW.
Nos 3 anos que trabalhou em um hospital psiqui&aacute;trico do governo em Mumbai, aconselhando sobreviventes de tentativas de suic&iacute;dio, ela descobriu que as mulheres formavam pequenos grupos de apoio enquanto viajavam em trens locais ou com vizinhos durante compras no mercado.
Portanto, apesar da dificuldade, elas conseguiam vencer o sil&ecirc;ncio e compartilhar o que estavam sentindo de igual para igual. Mas a instaura&ccedil;&atilde;o da pandemia privou muitas delas dos m&eacute;todos paliativos de lidar com o problema, potencializando gatilhos que levaram &agrave; alta em suic&iacute;dios.
Os especialistas em sa&uacute;de mental acreditam que a mudan&ccedil;a no problema deve acontecer da base da sociedade, aumentando a participa&ccedil;&atilde;o feminina na for&ccedil;a de trabalho, conex&atilde;o com familiares, amigos, comunidade, apoio social e independ&ecirc;ncia financeira.
No entanto, isso s&oacute; deve acontecer quando a sociedade enxergar tratar as mulheres de maneira diferente.

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