Imagem de "Brinicles": as estalactites de gelo mortais do oceano Antártico no megacurioso

Os brinicles se formam quando água super-salgada no oceano forma uma espécie de estalactite, que congela tudo em que encosta 

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártica</a> é o continente mais frio do planeta e, por isso, também há muita água congelada ao redor. Você já imaginou o que há por baixo dessas camadas de gelo? Mais água, é claro — mas também há os brinicles, um fenômeno natural que parece saído de um filme de terror.&nbsp;Os brinicles se formam a partir de um bloco de gelo na superfície e vão descendo, como dedos de gelo que podem solidificar instantaneamente tudo que tocam. Então, eles chegam ao fundo do oceano, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123625-6-animais-capazes-de-resistir-ao-frio-extremo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">congelando</a> tudo ao redor.&nbsp;A cena que descrevemos foi documentada pela primeira vez em 1974. Em 2013, uma equipe da BBC fez um time-lapse da formação de um brinicle. O que toma poucos segundos desse vídeo leva em torno de 5 a 6 horas para acontecer na natureza. Pobres estrelas-do-mar...<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Nf8b_IQv-rw?start=21" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><h2>O que são os brinicles e como eles se formam?</h2>Brinicle, na verdade, é uma palavra em inglês para o qual não encontramos uma boa tradução. Ele é uma união das palavras brine (salmoura) e icicle (estalactite de gelo). Ou seja, um brinicle é uma estalactite de salmoura congelada, basicamente.&nbsp;O fato de ser uma salmoura — ou seja, com grande concentração de sal — ajuda a explicar sua formação e porque os brinicles congelam tudo que veem pela frente.&nbsp;Trocando em miúdos, o que acontece é o seguinte: os brinicles se formam em mares bastante calmos, quando o mar está frio (–2 °C), mas a temperatura atmosférica está muito mais baixa, chegando a –40 °C. Então, blocos de gelo começam a se formar na superfície.&nbsp;Mas esse gelo é muito mais poroso do que aquele que conhecemos — e é nesses poros que começam as reações químicas que formam os brinicles. Isso porque, na formação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121635-gelo-frazil-o-fenomeno-que-atrai-turistas-mas-e-um-perigo-ambiental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gelo</a>, as impurezas são separadas da água, incluindo o sal. Todo esse sal forma a salmoura, que desce até se desprender do bloco de gelo.&nbsp;A partir daí, começamos a ver a estalactite de gelo das imagens. Como essa salmoura é mais pesada que a água ao redor, ela continua descendo. Ela também é muito mais gelada, o que possibilita solidificar tudo que encosta. É claro que, para que um brinicle chegue ao fundo do mar, ele deve estar bem calmo — caso contrário, a "estalactite" será quebrada.Mas, se isso acontecer, tudo será congelado instantaneamente.&nbsp;<h2>Uma estalactite, só que não</h2>Aliás, chamar o brinicle de estalactite é quase uma licença poética: ele não é formado por gelo sólido, mas sim por essa salmoura. Na realidade, tal fenômeno se assemelha mais a uma fonte hidrotermal, com jatos de água.&nbsp;Considerando que alguns cientistas acreditam que as fontes hidrotermais podem ter sido muito importantes para o início da vida no planeta, os brinicles têm grande peso em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/41777-confira-5-teorias-sobre-a-origem-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outra hipótese</a> — para alguns, a retirada do sal do gelo marinho pode ter produzido as condições ideais para as origens da vida na Terra.&nbsp;

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'Brinicles': as estalactites de gelo mortais do oceano Antártico

Imagem de Mineral nunca antes visto surge em queda de raio no megacurioso

Evento ocorreu na Flórida, e análise de pesquisadores mostrou que fenômeno gerou um mineral com características únicas

<head></head><body>Em se tratando de raios, se eles não caem duas vezes no mesmo lugar, fica ainda mais difícil compreender com precisão quais efeitos a descarga elétrica pode deixar na superfície, mesmo quando deixa vestígios. Ainda assim, há quem esteja em busca de saber mais sobre os raios e mesmo sobre o seu poder destrutivo, principalmente quando há um evento raro envolvido.E por falar nisso, no caso que vamos tratar aqui, tivemos uma situação bastante incomum envolvendo um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121037-maior-raio-do-mundo-quebra-recorde-mundial-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raio</a> e que ocorreu em 2012: no bairro de New Port Richey, na Flórida, um raio atingiu uma árvore e acabou gerando um material nunca antes observado. O proprietário da área atingida, percebendo a presença de um novo e intrigante resquício, decidiu colocar o fulgurito (também chamado de "raio fossilizado") encontrado à venda.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14093724540103.jpg" alt="Nos Estados Unidos, a Flórida é famosa por ser um local com alta incidência de raios. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Nos Estados Unidos, a Flórida é famosa por ser um local com alta incidência de raios. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Investigando o mineral encontrado</h2>Por sorte, quem adquiriu o item foi Matthew Pasek, um geocientista da Universidade do Sul da Flórida. Após uma análise preliminar, Pasek, contando com a colaboração de Luca Bindi, da Universidade de Florença, na Itália, descobriu que o material formado pelo impacto era composto por um tipo único de fósforo. Ou seja, o evento acabou propiciando a apresentação de um novo tipo de mineral.Essa investigação rendeu um estudo publicado na Communications Earth &amp; Environment, relatando que nem mesmo experimentos conduzidos até então foram capazes de gerar um material com as mesmas características. Isso porque as próprias tentativas da equipe para chegar ao mesmo resultado não tiveram sucesso.Neste caso, segundo o estudo, além do raio queimar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124506-ferro-7-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-esse-mineral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ferro</a> presente nas raízes da árvore, o próprio carbono que estava presente na estrutura do organismo foi afetado, denotando que ocorreu uma descarga de alta intensidade. A partir disso, a combustão fez parte de uma reação que criou essa espécie rara de fulgurito.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;USF&nbsp;" data-fonte-url="https://www.usf.edu/images/news/2023/usf-geoscientist-discovers-new-phosphorus-material-after-new-port-richey-lightning-strike/snippet-newportrichey-fulguriterock-1.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14093816543105.jpg" alt="Fulgurito resultante do encontro do raio com uma árvore foi objeto de pesquisa. (Fonte: Universidade do Sul da Flórida/Matthew Pasek/Reprodução)">Fulgurito resultante do encontro do raio com uma árvore foi objeto de pesquisa. (Fonte: Universidade do Sul da Flórida/Matthew Pasek/Reprodução)<h2>Descobrindo um novo tipo de material</h2>Por fora, pode parecer uma rocha, embora seu formato, por si só, indique que houve derretimento de ferro no seu processo de formação. Por dentro, o objeto se assemelha a um cristal, com a presença desse material único. Ao que tudo indica, o fulgurito só poderia ser gerado em condições bastante específicas.Por se tratar do primeiro mineral que contém um grupo fosfito em sua composição, acaba sendo inviável explorar esse material. Talvez, o fulgurito torne possível até mesmo que esse novo mineral descoberto, uma vez considerado um material natural, seja oficialmente reconhecido como tal futuramente.Com o estudo, o objetivo de Pasek também é o de propor que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118074-como-raios-teriam-feito-surgir-vida-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fenômenos raros</a> como esse podem ser sido responsáveis por desenvolver outros tipos de minerais necessários para o desenvolvimento do nosso planeta no decorrer dos seus milhões de anos de história.</body>

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Mineral nunca antes visto surge em queda de raio

Imagem de Como se formam os hexágonos no chão dos desertos de sal? no megacurioso

Por muito tempo acreditou-se que os padrões hexagonais eram resultado do solo seco, mas, na verdade, é justamente o contrário

<head></head><body>Você já deve ter visto alguma imagem dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/99879-fotografo-faz-imagens-surpreendentes-do-salar-de-uyuni-na-bolivia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desertos de sal no Chile ou na Bolívia</a> e reparado naquele padrão hexagonal que se forma no chão. Essa é uma característica bastante comum deles e que pode ser vista em qualquer parte do planeta.Por muito tempo, acreditava-se que a formação dessas rachaduras eram consequência da seca, que partia a crosta de sal na superfície. Conforme essa rachadura se espalha e se divide, ela começaria a assumir esse formato. Um outra teoria afirmava que os hexágonos eram uma consequência do acúmulo de sal. Com o tempo, devido à pressão, ela começava a se partir formando os hexágonos.O problema é que nenhuma das duas teorias parecia ser suficiente para explicar porque esses padrões são tão grandes — cada hexágono costuma ter entre 1 e 2 metros. Pensando nisso, uma equipe com pesquisadores da Nottingham Trent University e da Universidade Tecnológica de Graz, na Áustria, decidiu tentar entender a explicação desses padrões e sua forma e tamanho icônicos.<h2>Água salina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/08/08101224661434.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Para conseguir entender melhor como esses padrões se formam, equipes que estudam dinâmica dos fluidos e geomorfologia se juntaram e começaram a realizar experimentos de laboratório como a água salina se move em solos arenosos. Eles somaram a isso, dois estudos de campo na Califórnia, onde observaram os padrões na natureza e coletaram algumas amostras. O que eles perceberam é que o fluxo da água salina no subsolo resulta nos padrões visíveis na superfície.Por mais que um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119071-yakhchal-geladeira-persa-de-2-500-anos-conservava-gelo-no-deserto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto</a> de sal pareça ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104639-isto-e-o-que-acontece-quando-chove-no-deserto-mais-seco-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um local muito seco</a>, seu solo possui uma camada de água salgada logo abaixo da crosta salina — essa camada é tão superficial, que é possível chegar a ela cavando com as mãos. Conforme essa salmoura evapora, a água subterrânea diretamente abaixo da superfície fica mais concentrada de sal, portanto, mais pesada do que a água doce que está abaixo.&nbsp;A partir de um determinado momento, essa diferença de salinidade faz com que a água mais salgada perto da superfície comece a descer, enquanto a água mais doce sobe de baixo — é um movimento semelhante à água quente e fria que circula por convecção em radiadores. Em locais com um teor de sal particularmente alto, o sal também cristaliza mais na superfície. Com o tempo, a crosta resultante forma as protuberâncias e bordas elevadas que criam o padrão de favo de mel.<h2>Por que hexágonos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/08/08103449430443.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A equipe também descobriu que o formato hexagonal é uma consequência da quantidade de movimentos que acontecem abaixo do sal. Caso acontecesse de maneira única, ele teria uma forma circular. Porém, como é um movimento que acontece ao mesmo tempo em velocidades diferentes, um ao lado do outro no solo, eles se "espremem" e produzem padrões hexagonais semelhantes a favos de mel, ao longo das bordas dos quais a água muito salgada afunda.Além de solucionar uma curiosidade, a compreensão da topografia dos desertos de sal ajuda a prever quanta poeira rica em minerais será desalojada das superfícies dos desertos de sal e lançada na atmosfera. Essa poeira, por sua vez, desempenha um papel importante na formação de nuvens e no transporte de minerais para os oceanos.</body>

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Como se formam os hexágonos no chão dos desertos de sal?

Imagem de Um El Niño poderá secar a Amazônia? no megacurioso

Especialistas temem que o nível de severidade do fenômeno previsto para esse ano seja o maior de todos os tempos

<head></head><body>A primeira evidência de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/mundo-verde/98010-4-efeitos-perturbadores-do-el-nino-em-todo-o-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">El Niño</a> data de algum momento de 1600, quando pescadores sul-americanos notaram pela primeira vez um período de água excepcionalmente quente no Oceano Pacífico. E o estudo de 2022 do Dr. Jun Ying, do Segundo Instituto de Oceanografia, do Ministério dos Recursos Naturais da China, da Universidade de Exeter, aponta que o fenômeno tende a acontecer com mais frequência ainda nos próximos anos, atingindo um pico em 2040, sendo que ações significativas de mitigação para reduzir as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emissões de carbono</a> não serão suficientes.É por isso que os climatologistas acreditam que um El Niño próximo poderá secar a Amazônia, uma floresta que, teoricamente, é sempre úmida e impenetrável; quando, na verdade, sofre com secas periódicas quando as chuvas diminuem, estressando as árvores e fazendo os pântanos secarem.O ecossistema devastado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124245-7-misterios-das-florestas-tropicais-que-desafiam-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a>, explorado por grileiros e garimpeiros, e devastado pela queimada constantemente, pode atravessar em breve uma das piores secas de sua história.<h2>Como acontece</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03134815088427.jpg" alt="(Fonte: O Eco/Reprodução)">(Fonte: O Eco/Reprodução)Apesar de décadas de estudo, a formação do fenômeno El Niño continua sendo um enigma. O que se sabe é que ele está relacionado a dois importantes sistemas de circulação atmosférica: a Circulação de Hadley (um bolsão de correntes de ar que circula em todo o mundo nas latitudes tropicais) e na Circulação de Walker (o fluxo de ar nos trópicos na baixa atmosfera).Durante o evento, há uma mudança significativa nas pressões atmosféricas relativas: acima do Sudeste Asiático, a pressão aumenta, enquanto diminui no Pacífico Central. Sendo assim, os ventos predominantes enfraquecem, diminuindo o transporte de água de leste para oeste, com as mudanças nas pressões do ar progredindo à medida que a relação leste-oeste é invertida.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03134905818429.jpg" alt="(Fonte: Poder 360/Reprodução)">(Fonte: Poder 360/Reprodução)Com isso, um sistema de alta pressão é formado sobre o Sudeste Asiático e um de baixa pressão sobre o Pacífico Central. Os ventos que sopram para o oeste enfraquecem e a direção pode até ser invertida. Como resultado, a água quente da superfície flui do Sudeste Asiático para a América do Sul, geralmente produzindo bastante chuva na costa oeste seca da América do Sul. A água da superfície no Pacífico equatorial fica mais quente que a média e os ventos do leste sopram mais fracos do que o normal.O nome El Niño foi cunhado pelos pescadores sul-americanos, que perceberam o fenômeno pela primeira vez no século XVII e colocaram esse nome (niño significa "criança" em espanhol) em referência ao menino Jesus, porque o fenômeno atinge seu pico na época do Natal. Atualmente, os cientistas se referem ao El Niño como ENSO (El Niño-Southern Oscilation).<h2>Uma ameaça em potencial</h2><span class="img-fc" data-fonte="Revista Galileu" data-fonte-url="https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2021/07/em-tres-anos-efeitos-do-el-nino-mataram-3-bilhoes-de-arvores-na-amazonia.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03134957821431.jpg" alt="(Fonte: Revista Galileu/Reprodução)">(Fonte: Revista Galileu/Reprodução)Nos últimos anos, o planeta testemunhou uma diminuição nas condições frias de La Niña, o fenômeno oposto ao El Niño, dando lugar às condições quentes dele. Para a Amazônia, no entanto, isso significa seca.O evento da temporada de 2015-16, que carregou a maioria das características de um El Niño, afetou milhares de pessoas em todo o mundo, inclusive na África, América Central, Sudeste Asiático e nas Ilhas do Pacífico. Essas pessoas sofreram com chuvas abaixo ou acima da média, inundações, aumento da insegurança alimentar, taxas mais altas de desnutrição e tiveram os meios de subsistência devastados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03171241743599.jpg" alt="(Fonte: Al Jazeera/Reprodução)">(Fonte: Al Jazeera/Reprodução)Durante o período do fenômeno, as temperaturas da água no Oceano Pacífico (equatorial e oriental) estavam mais de 2 °C acima da média, como aconteceu apenas nos eventos de 1982-83 e 1997-98.E como observado por Juan Carlos Jiménez-Muñoz, físico e especialista em sensoriamento remoto da Universidade de Valência, o El Niño de 2015-16 gerou a temperatura do ar mais alta do século passado.&nbsp;Uma vez que o El Niño na Amazônia costuma suprimir a chuva, é esperado uma seca generalizada. Vale ressaltar, no entanto, que cada fenômeno é diferente, e ainda é muito cedo para dizer quão severo o El Niño de 2023 será.</body>

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Um El Niño poderá secar a Amazônia?

Imagem de Para que servem os balões de alta altitude? no megacurioso

Quais são as principais utilidades dos balões que ganharam a atenção da mídia após episódio de espionagem envolvendo China e Estados Unidos

<head></head><body>As últimas semanas têm sido bastante agitadas, com os Estados Unidos anunciando diversos&nbsp;avistamentos de objetos voadores não identificados — os famosos OVNIs — chegando até mesmo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124382-por-que-os-eua-estao-subitamente-abatendo-tantos-ovnis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">derrubar alguns deles</a>.Mas todo esse rebuliço começou com algo muito mais simples: um balão chinês de alta atitude. Teriam os EUA agido precipitadamente? E para que servia o tal balão da China?<h2>O infame balão chinês</h2>Enquanto os Estados Unidos explodiram o imenso dispositivo sob a justificativa de se tratar de um balão espião, que estaria coletando informações sigilosas e enviando para o país rival, os chineses por outro lado afirmavam se tratar apenas de um aparelho de pesquisa&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/meteorologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meteorológica</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27150434326308.jpg" alt="Balão chinês sobrevoou os céus dos Estados Unidos por dias até ser finalmente derrubado">Balão chinês sobrevoou os céus dos Estados Unidos por dias até ser finalmente derrubadoIndependente de quem esteja certo ou errado nesta história, a situação abriu espaço para uma discussão diferente: para que realmente servem estes balões de alta altitude?<h3>Monitorando o clima</h3>De acordo com o National Weather Service, o serviço nacional de monitoramento do clima dos Estados Unidos, cerca de 100 balões similares são lançados duas vezes ao dia de seus diversos escritórios localizados em todo o país norte-americano. Estes dispositivos são usados para coletar dados que são encaminhados a meteorologistas, que os utilizam para gerar simulações de clima baseadas nas informações coletadas pelos balões.Estes aparelhos podem subir a alturas de até 30,4 mil quilômetros e chegam a ficar até duas horas flutuando no ar. Por muitos anos, estes balões sobrevoam os céus de diversas nações sem fazer alarde mas, desde o incidente com o suposto dispositivo espião chinês, o governo dos EUA vem tomando medidas drásticas contra seus próprios balões meteorológicos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27151209394311.jpg" alt="Nem mesmo os balões da NASA estão a salvo da nova onda de ataques contra OVNIs nos EUA">Nem mesmo os balões da NASA estão a salvo da nova onda de ataques contra OVNIs nos EUAFalando ao jornal The New York Times, o cientista Terry Deshler da Universidade do Wyoming se disse chocado com a atuação das forças armadas norte-americanas. "Por muitos anos não ouvíamos nada sobre balões... Agora, estamos caçando qualquer tipo de objeto voador," afirmou.Quem também costuma lançar balões imensos em direção aos céus é a própria <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115390-nasa-usara-balao-gigantesco-para-levar-telescopio-a-estratosfera.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, que utiliza alguns muito maiores e mais duradouros do que os comumente usados por meteorologistas. Segundo o Smithsonian Magazine, todos os anos a NASA lança entre 10 e 15 balões do tamanho de estádios de futebol capazes de carregar pesos de mais de 3,6 mil quilos e voam a cerca de 23 quilômetros de altura.<h3>Outras fontes</h3>Além de cientistas e agências governamentais, existem ainda outras fontes lançando balões quase que diariamente nos céus dos Estados Unidos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27150906318310.jpg" alt="Centenas de balões de pesquisa são lançados diariamente nos céus dos EUA">Centenas de balões de pesquisa são lançados diariamente nos céus dos EUAEmpresas privadas muitas vezes lançam seus próprios aparelhos para monitorar os céus e coletar dados para seus produtos, por exemplo. Por fim, até mesmo pessoas normais como você e eu muitas vezes acabam soltando balões por puro hobby.Independentemente do dono, parece que&nbsp;balões agora estão definitivamente na mira dos EUA.</body>

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Para que servem os balões de alta altitude?

Imagem de 'Geleira do Juízo Final' está perto de colapsar, dizem cientistas no megacurioso

O derretimento da formação de gelo pode elevar o nível do mar em até 3 metros, globalmente

<head></head><body>A geleira Thwaites, na Antártida, está derretendo mais rápido do que o esperado e ficando próxima de colapsar, podendo trazer sérias consequências para as cidades à beira-mar. É o que revelam dois novos estudos, publicados na revista Nature no dia 15 de fevereiro.Também conhecida como a “geleira do Juízo Final”, devido ao aumento do nível do mar que o seu derretimento pode provocar, a gigantesca plataforma de gelo está se tornando cada vez mais vulnerável ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106175-como-ficaria-a-terra-com-os-oceanos-4-mais-quentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento do oceano</a>. Nas investigações, os cientistas encontraram “formações de escadas” e rachaduras profundas que aceleram a sua quebra.As descobertas referentes ao fundo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124180-o-que-acontece-quando-um-iceberg-se-descola-de-sua-geleira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geleira</a> indicam um derretimento rápido nesta área e que a água quente e salgada estaria ampliando as fendas e rachaduras, aumentando a instabilidade da formação. Com isso, o colapso pode acontecer antes do previsto, embora a taxa de derretimento tenha sido menor do que as estimativas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/19/19015245837001.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)“O que descobrimos é que, apesar de pequenas quantidades de derretimento, ainda há um rápido recuo da geleira, então parece que não é preciso muito para empurrar a geleira para fora de equilíbrio”, explicou o oceanógrafo Peter Davis, líder de um dos estudos. Os dados mais recentes corroboram as informações divulgadas por uma investigação feita em 2021.<h2>Avanço nas pesquisas</h2>Localizada na Antártida Ocidental, a geleira Thwaites funciona como uma espécie de rolha, evitando o aumento do nível do mar. Mas ela já recuou cerca de 14 km desde os anos 1990, se expondo ainda mais às águas quentes.Pensando em conferir as mudanças causadas pelo aquecimento global, uma equipe formada por 13 cientistas dos Estados Unidos e do Reino Unido passou seis semanas por lá, entre o final de 2019 e o início de 2020. A pesquisa contou com o auxílio de um robô em formato de torpedo, que monitorou o fundo da estrutura pela primeira vez.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/19/19013410687000.jpg" alt="Icefin. (Fonte: Cornell University/Divulgação)">Icefin. (Fonte: Cornell University/Divulgação)Chegando a áreas antes inacessíveis, o instrumento robótico batizado de Icefin registrou imagens da porção subaquática da “Geleira do Fim do Mundo” e monitorou a temperatura, salinidade da água e as correntes oceânicas, entre outros dados. O dispositivo era operado remotamente.Antes da utilização do equipamento, os cientistas dependiam das imagens feitas por satélite para estudar o comportamento da geleira, o que dificultava obter um maior detalhamento. Agora, eles podem conferir as mudanças na formação de perto.<h2>Cidades costeiras em risco</h2>Mesmo com a aceleração detectada agora nestes estudos, o derretimento da “Geleira do Apocalipse” pode demorar de centenas a milhares de anos para acontecer. Mas a sua desintegração, quando ocorrer, deverá trazer <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120170-veja-em-imagens-como-o-aumento-do-nivel-do-mar-afetaria-as-cidades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sérias consequências para as cidades costeiras</a>, afetando a todos.Estima-se que a desintegração da estrutura de gelo na Antártida poderá aumentar o nível do mar em até 3 metros, globalmente, causando grandes mudanças nas cidades litorâneas. O seu colapso pode ainda influenciar outras geleiras próximas.</body>

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'Geleira do Juízo Final' está perto de colapsar, dizem cientistas

Imagem de O que acontece quando um iceberg se descola de sua geleira? no megacurioso

Caso recente de descolamento de iceberg do tamanho de Londres na Antártida chamou a atenção de internautas pelo mundo

<head></head><body>No penúltimo fim de semana de janeiro de 2023, um iceberg quase do tamanho da Grande Londres se desprendeu da sua plataforma de gelo Blunt, localizada na Antártida, segundo informações divulgadas pela British Antarctic Survey. As primeiras rachaduras no bloco de gelo foram descobertas há uma década, mas duas quebras mais significativas ocorreram nos últimos dois anos.Com mais de 1,5 mil km², os pesquisadores não esperavam que o iceberg fosse se desprender e garantiram que o evento não é resultado de mudanças climáticas no planeta. Então, o que realmente causa o descolamento desses enormes blocos de gelo e o que isso muda na região? Entenda todos os motivos nos próximos parágrafos!<h2>Efeito dos icebergs no mar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30131557049208.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Embora o caso de 2023 seja bastante chamativo, essa não é a primeira nem será a última vez que um iceberg se descola de uma geleira. Em 2021, por exemplo, uma peça de gelo de 105 km de comprimento e 25 km de largura foi detectada flutuando livremente no Mar de Weddell, uma grande baía no oeste da Antártida.&nbsp;Esse iceberg possui 4,3 mil km² e é considerado o maior do mundo, batizado de A-76. Entretanto, como a plataforma de gelo da qual este <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120330-5-relatos-tragicos-de-pessoas-que-sobreviveram-ao-naufragio-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">iceberg</a> se desprendeu já estava flutuando na água há algum tempo, o evento não chegou a afetar diretamente os níveis do mar naquela região. Mesmo assim, é preciso ressaltar que plataformas como essa ajudam a diminuir o fluxo de geleiras e correntes de gelo para o mar.Indiretamente, a perda de partes de uma plataforma de gelo eventualmente contribui para a elevação dos mares, segundo a National Snow And Ice Data Center (NSIDC). De acordo o NSIDC, a Antártida contém <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118725-como-os-navios-de-cruzeiro-flutuam-na-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água</a> congelada suficiente para elevar o nível global do mar em 60 metros — o que afundaria várias partes do nosso planeta.&nbsp;<h2>Surgimento dos icebergs</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30131559404209.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Como citado anteriormente, a maioria dos pesquisadores tem em mente que a mudança climática induzida pelo homem não foi responsável pelo surgimento do novo iceberg agora em janeiro. Inclusive, o surgimento de novos icebergs é normalmente visto como parte de um ciclo natural das plataformas de gelo que não geraram nada grande por décadas.Enquanto os cientistas enxergam como importante monitorar a frequência de todos os desprendimentos de icebergs, tudo o que está acontecendo agora é visto como um movimento bem esperado. Por mais que a quebra de agora não esteja ligada às mudanças climáticas, isso não significa que o evento seja uma regra.Ao passo que as temperaturas no mundo têm aumentado, a Antártida vem perdendo massa de gelo a uma taxa média de 150 bilhões de toneladas por ano. A Groenlândia, sendo uma das regiões mais afetadas, está derretendo cerca de 280 bilhões de toneladas por ano.A água derretida desses lençóis é responsável por cerca de um terço do aumento médio global do nível do mar desde 1993. Sendo assim, a melhor forma conhecida para mitigar esse desastre natural é a continuidade dos investimentos em energias limpas, descarbonização das indústrias e limitar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122876-como-o-aquecimento-global-afeta-a-gravidade-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a>.</body>

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O que acontece quando um iceberg se descola de sua geleira?

Imagem de Tempestades intensas: por que ocorrem mais no Hemisfério Sul? no megacurioso

Estudo lançado recentemente acredita ter descoberto o porquê de o Hemisfério Sul ter mais tempestades que o Hemisfério Norte

<head></head><body>Talvez isso possa ser uma novidade para você, mas no Hemisfério Sul as tempestades são muito mais frequentes do que no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112393-verao-de-2019-foi-o-mais-quente-ja-registrado-no-hemisferio-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hemisfério Norte</a> (cerca de 24% a mais). A razão por trás desse fenômeno ainda é incerta, mas uma pesquisa recente parece ter indicado a resposta.De acordo com o estudo, publicado no periódico científico PNAS (Anais da Academia Nacional de Ciências, em tradução livre), as tempestades e os eventos climáticos mais recorrentes e extremos no Hemisfério Sul são induzidas por dois motivos: a topografia e a circulação oceânica.<h2 style="text-align: justify;">A topografia&nbsp;</h2>A publicação, encabeçada pela climatologista Tiffany A. Shaw, do Departamento de Ciências Geofísicas da Universidade de Chicago, determinou que a topografia responde por aproximadamente metade da assimetria da tempestade entre os hemisférios.Os resultados, alcançados via simulações feitas por computador usando diversos modelos climáticos, mostraram que a topografia elevada de uma região impactava diretamente na tempestuosidade, já que são barreiras naturais que impedem que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123534-afinal-e-possivel-mesmo-estocar-vento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ventos</a> passem.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/19/19195036067002.jpg" alt="Topografia montanhosa do Hemisfério Norte reduz a ocorrência de tempestades. (Shutterstock/ Reprodução)">Topografia montanhosa do Hemisfério Norte reduz a ocorrência de tempestades. (Shutterstock/ Reprodução)Sendo assim, as áreas com predominância de cadeias de montanhas – como na parte norte do globo – acabam sofrendo com a interrupção do fluxo de ar, diminuindo a incidência de tempestades.Quando os cientistas deixaram a topografia plana, perceberam que a assimetria praticamente desapareceu. &nbsp;&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">A circulação oceânica</h2>A circulação oceânica – circulação de correntes marítimas quentes e frias – é a outra chave da predominância de tempestades no Hemisfério Sul.Segundo os pesquisadores, a circulação oceânica transporta energia do Hemisfério Sul para o Hemisfério Norte, de modo a criar maior desequilíbrio do fluxo de energia que vai da superfície da linha do equador até o Polo Sul, mais precisamente a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártida</a>. Desse modo, surge a diferença energética entre os dois lados do planeta.<figure style="position: relative; display: inline-block;"> </figure><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/19/19195038167003.jpg" alt="A movimentação das águas dos oceanos também contribuem para o fenômeno. (Shutterstock/ Reprodução)">A movimentação das águas dos oceanos também contribuem para o fenômeno. (Shutterstock/ Reprodução)A circulação oceânica também interfere na dinâmica do Hemisfério Norte. Porém, devido ao derretimento do gelo do mar do Ártico e da neve que absorve a luz solar, a influência da circulação é anulada.<h2 style="text-align: justify;">O futuro climático</h2>Desde que começou a se observar as tempestades via satélite (década de 1980), os especialistas constatam que o fenômeno se tornou cada vez mais frequente no Hemisfério Sul, enquanto o Hemisfério Norte apresentou mudanças insignificantes.Entender o mecanismo por trás da assimetria climática entre os hemisférios é de suma importância para prever as mudanças que podem ocorrer no futuro.Cabe lembrar que nós, seres humanos, somos responsáveis pela mudança climática que se apresenta atualmente. Ter o conhecimento de como o planeta responde a essas mudanças é crucial para podermos nos preparar melhor para o que há de vir.</body>

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Tempestades intensas: por que ocorrem mais no Hemisfério Sul?

Imagem de Como se formam nuvens em forma de ondas no céu? no megacurioso

Curiosa formação de nuvens com formato de ondas do mar surpreendeu habitantes no Estado do Wyoming, nos Estados Unidos

<head></head><body>Imagine só a sensação de olhar para o céu e ver...&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/100714-voce-sabe-por-que-o-mar-tem-ondas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ondas do mar</a>!? Pois saiba que algo próximo disso aconteceu no Estado do Wyoming, nos Estados Unidos.O fato ocorreu no começo deste mês, mais especificamente no dia 6 de dezembro, quando moradores observaram uma estranha formação das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110019-mas-afinal-porque-as-nuvens-nao-caem-sobre-nossas-cabecas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nuvens</a> que dava a elas aparência semelhante à de ondas. Até mesmo a movimentação lembrava a forma como a água se movimenta no mar.<h2>Estranhas nuvens chamam a atenção nos céus dos EUA</h2>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122864-nuvem-arco-iris-o-que-causa-esse-fenomeno-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">belo fenômeno</a> ocorreu nas proximidades das montanhas Bighorn, na cidade de Sheridan, e foi capturado e compartilhado nas redes sociais pela norte-americana Rachel Gordon. À BBC, ela comentou um pouquinho sobre a experiência quase surreal. "Foi muito especial e logo soube que precisava registrar aquilo", disse ela à publicação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/16/16100957310086.jpg" alt="Norte-americana capturou belo fenômeno conhecido como instabilidade de Kelvin-Helmholtz">Norte-americana capturou belo fenômeno conhecido como instabilidade de Kelvin-HelmholtzA estranha formação tem uma explicação: conhecidas como&nbsp;instabilidade de Kelvin-Helmholtz, as nuvens ganham este formato quando uma corrente de ar passa mais rápido no alto em relação à movimentação do ar na parte mais baixa.&nbsp;"Parte da beleza das nuvens Kelvin-Helmholtz é que elas realmente mostram a fluidez da atmosfera," disse Matt Taylor, da BBC Weather. Ele explicou que "como as ondas no oceano, a atmosfera se move e responde ao ambiente ao seu redor," ressaltando ainda que o ar nos céus se move livremente, subindo e descendo sobre si mesmo. Taylor afirmou ainda que as imagens capturadas por Gordon são um dos mais impressionantes exemplos do fenômeno que ele já viu.Um fato curioso é que as nuvens Kelvin-Helmholtz, também conhecidas como nuvens flutuantes, são uma das possíveis inspirações para o quadro "<a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/30718-a-noite-estrelada-obra-de-van-gogh-ganha-versao-feita-com-fotos-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Noite Estrelada</a>" ("De sterrennacht", no título original em holandês), a famosa pintura de Van Gogh.</body>

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Como se formam nuvens em forma de ondas no céu?

Imagem de NASA capta o som de um tempestade em Marte pela primeira vez no megacurioso

Áudio foi registrado pelo rover Perseverance e é a primeira gravação em áudio de um redemoinho marciano

O rover <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117838-perseverance-7-curiosidades-sobre-a-nova-rover-de-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Perseverance</a> da NASA conseguiu captar pela primeira vez o som de uma tempestade em <a href="https://www.megacurioso.com.br/marte/98970-afinal-por-que-marte-e-vermelho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>. O registro — que você pode conferir no vídeo abaixo — foi realizado em setembro de 2021, mas somente agora um estudo sobre ele foi publicado.A gravação acabou sendo uma obra do acaso, porque o microfone do Perseverance não funciona de modo contínuo. Ele grava cerca de três minutos por dia a cada poucos dias, o que significa que foi uma sorte conseguir a gravação da tempestade. Mesmo assim, não se trata de um registro inesperado, uma vez que cerca de 100 redemoinhos de poeira foram confirmados na Cratera de Jezero desde fevereiro de 2021, quando o Perseverance pousou no local.Roger Wiens é coautor do estudo e o responsável pela SuperCam do Perseverance — um conjunto de ferramentas que compõem a “cabeça” do rover. Ele afirma que, em alguns casos, o som pode oferecer mais informações sobre as condições do planeta vermelho do que outros tipos de registro.<h2>Ouvindo Marte</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/bheyhn5jGPQ?start=14" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O rover conseguiu registrar o ruído de tornados de poeira e areia, que também são um sinal de distúrbios na atmosfera. Como esse material pode causar danos nos equipamentos, a equipe espera entender como o levantamento de poeira funciona em marte. Assim, seria possível prever tempestades e evitar possíveis prejuízos em missões tripuladas.“É possível observar a queda de pressão, ouvir o vento, depois ter um pouco de silêncio que é o olho da pequena tempestade, e depois ouvir o vento novamente e observar o aumento da pressão”, explicou Wiens. “O vento é rápido – cerca de 40 km/h. Embora na Terra existam tempestades mais fortes, como a pressão do ar em Marte muito menor, lá os ventos empurram com cerca de 1% da pressão que a mesma velocidade do vento teria na Terra. Mesmo não sendo tão forte, ele possui energia o suficiente para lançar partículas de areia no ar para fazer um redemoinho de poeira”.Mas nem tudo referente às tempestades é ruim. Em 2018, o módulo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111235-escute-agora-o-1-martemoto-registrado-pela-sonda-insight-em-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">InSight</a> da NASA pousou em outra região de Marte, onde as tempestades não costumam acontecer. Isso fez com que seus painéis solares acumulassem poeira e perdesse a conexão com a Terra desde 2021. Agora, o módulo está praticamente inoperante e deve deixar de funcionar completamente em breve.Com isso, os futuros astronautas que explorarem Marte não terão que necessariamente se preocupar com ventos fortes derrubando habitats ou antenas de comunicação. A equipe acredita que as brisas que sopram poeira e areia dos painéis solares do rover podem ajudá-los a durar mais tempo.&nbsp;“Essas equipes de rovers veriam um lento declínio na potência dos aparelhos ao longo de alguns dias ou semanas, seguido por um aumento repentino. Isso aconteceria quando o vento limpar os painéis solares”, disse Wiens. “Assim como na Terra, há clima diferente em diferentes áreas de Marte. Usar todos os nossos instrumentos e ferramentas, especialmente o microfone, nos ajuda a ter uma noção mais real de como seria estar em Marte”.

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