Imagem de The Handmaid's Tale: 5 curiosidades sobre o livro de Margaret Atwood no megacurioso

Descubra 5 fatos sobre o clássico livro de Margaret Atwood, traduzido no Brasil como O Conto da Aia.

<head></head><body>A escritora canadense Margaret Atwood escreveu seu romance&nbsp;O Conto da Aia (The Handmaid's Tale no original em inglês) em 1985. Na obra, ela imagina um futuro distópico que é ao mesmo tempo familiar e assustador. Nesta teocracia que foi instalada - a chamada República de Gileade — restaram poucas mulheres férteis, recrutadas para gerar os filhos da classe dominante.&nbsp;Trata-se de uma obra fascinante que se revela, infelizmente, cada vez mais próxima do tempo que vivemos. Mas mesmo que você tenha visto todas as temporadas da série The Handmaid's Tale,&nbsp;ainda há muito a aprender sobre o livro. Neste texto, contamos 5 fatos sobre ele.<h2>1. O livro foi parcialmente inspirado na Alemanha durante a Guerra Fria</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Toronto Star&nbsp;" data-fonte-url="https://images.thestar.com/rUeLu9Pr2rhn8t00TXu_UDVP4OY=/1086x1369/smart/filters:cb(1637773398931)/https://www.thestar.com/content/dam/thestar/opinion/contributors/2021/11/18/margaret-atwoods-feminist-paradox-the-art-and-complicated-politics-of-canadas-most-famous-author/_1_atwood003.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22200537383194.jpg" alt="(Fonte: Toronto Star)">(Fonte: Toronto Star)Os temas descritos por Margaret Atwood no livro foram parcialmente inspirados no fato de que a escritora vivia em 1984 na Alemanha, no auge da Guerra Fria. A escritora vivia no lado ocidental de Berlim, que ainda estava cercada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/85737-10-curiosidades-sobre-a-construcao-e-a-queda-do-muro-de-berlim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Muro de Berlim.</a>A partir de suas visitas a vários países da Cortina de Ferro, Atwood começou a pegar ideias e dar forma para a República de Gileade. “Eu experimentei a cautela, a sensação de estar sendo espionado, os silêncios, as mudanças de assunto, as maneiras oblíquas pelas quais as pessoas podem transmitir informações, e isso influenciou o que eu estava escrevendo”, declarou a escritora para o The New York Times.<h2>2. O livro foi todo escrito à mão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22200423386192.jpg" alt="(Fonte: Famous Writing Routines)">(Fonte: Famous Writing Routines)Margaret Atwood escreveu O Conto da Aia&nbsp;em 1984, no mesmo ano em que a Apple lançou o seu primeiro modelo de <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/140537-historia-macintosh-1984-dias-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Macintosh</a>. Ainda assim, ela usou o método antigo: escreveu todo o livro à mão em blocos de papel amarelos. Só depois que terminou que ela o transcreveu em uma máquina de escrever alugada.<h2>3. Atwood dedicou o livro para Mary Webster, considerada bruxa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22195223761185.jpg" alt="(Fonte: Broads you should know)">(Fonte: Broads you should know)O livro tem uma dedicatória a Mary Webster, uma moradora da cidade puritana de Hadley, Massachusetts - e que, segundo a tia de Margaret Atwood, seria uma ancestral sua. Em 1683, Mary Webster foi levada a julgamento por um suposto crime de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120070-por-que-a-bruxaria-esta-em-alta-na-sociedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxaria</a>, mas foi inocentada. No ano seguinte, um sujeito chamado Philip Smith estava morrendo e decidiu que Webster era a culpada pelo sofrimento que o acometia.Por consequência, os cidadãos da cidade resolveram matá-la. Eles tentaram enforcá-la, deixando-a pendurada durante a noite toda. Mas, quando voltaram pela manhã, ela ainda estava viva. O acidente rendeu a ela o apelido de Half Hanged Mary.O Conto da Aia foi dedicado à memória dela.<h2>4. Atwood não considera que o livro seja de ficção científica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22200721078196.jpg" alt="(Fonte: Britannica)">(Fonte: Britannica)Boa parte da crítica categoriza os livros de Margaret Atwood, incluindo O Conto da Aia, como sendo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121667-5-vezes-que-a-ficcao-cientifica-previu-o-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ficção científica</a>, mas ela não concorda com este rótulo. Seu argumento é que muito do que é descrito no livro já acontece no mundo de alguma forma. Atwood sempre afirmou que a República de Gilead pode acontecer a qualquer momento.<h2>5. O romance tem outras adaptações além da série</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22200013819188.jpg" alt="(Fonte: MUBI)">(Fonte: MUBI)É bem possível que você tenha conhecido essa história a partir da série The Handmaid's Tale, da Hulu. Mas esta não é a primeira nem a única adaptação do livro. Uma montagem teatral foi feita em 1989, na Tufts University em Medford, Massachusetts, poucos anos depois do lançamento da obra. Já em 2018 a montagem retornou aos palcos de Boston.Além disso, também houve uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112246-mulher-sem-teto-que-canta-opera-viraliza-nas-redes-sociais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ópera</a>, um balé, um programa de rádio e até um filme de 1990, estrelado por Natasha Richardson e Faye Dunaway. No Brasil, o filme foi lançado com o nome de A Decadência de uma Espécie. </body>

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The Handmaid's Tale: 5 curiosidades sobre o livro de Margaret Atwood

Imagem de Mostrar os tornozelos era obsceno na Era Vitoriana? no megacurioso

Tem mais mitos que verdades nessa história

<head></head><body>A chamada Era Vitoriana foi o período em que a rainha Vitória governou o Reino Unido. Ele se se estendeu de junho do ano de 1873 até o mês de janeiro de 1901, época em que a monarca morreu. Se você já viu ou leu algo que faz referência a esse período, é bem possível que tenha se deparado com a expressão The Ankle Taboo, isto é, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119762-6-mitos-e-verdades-sobre-o-efeito-do-salto-alto-no-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tabu do tornozelo</a>, em uma tradução livre.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21122441032150.jpg" alt="(Fonte: Quora/ Reprodução)">(Fonte: Quora/ Reprodução)Isso, porque, exibir o tornozelo naquela época era algo comparável à pornografia no caso das mulheres. Ou seja, era uma prática muito mal vista pela sociedade. A simples visão dessa parte do corpo feminino poderia causar choque, atrair olhares e gerar escândalos. Mas será mesmo que o tornozelo feminino era algo tão obsceno assim?<h2>Mais mitos que verdades</h2>É comum observarmos que em épocas passadas as mulheres eram obrigadas a esconder várias partes de seus corpos, como braços, punhos e os tornozelos. Tudo bem que, em vários momentos e culturas, isso era recomendado. No entanto, sobre a Era Vitoriana, isso está longe da realidade. E não é tão complicado entender o motivo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21154922639379.jpg" alt="(Fonte:Shutterstock)">(Fonte:Shutterstock)Por exemplo, se para alguns, os tornozelos eram motivos de escândalo e vergonha alheia, para outras pessoas, o termo The Ankle Taboo era apenas uma espécie de manifestação ou expressão criada para simbolizar a repressão à qual as mulheres da época estavam sujeitas.Mas, tem muito mais coisas nessa história...<h2>O mito do tornozelo obsceno</h2>Existem diversos aspectos históricos, práticos e comportamentais que tornam duvidosa a afirmação de que os tornozelos femininos jamais deveriam ser deixados a mostra. A seguir, vamos dar alguns exemplos bastante simples sobre por que isso não faz sentido.No período vitoriano, as carruagens eram o meio de transporte mais comum. Subir as escadas, entrar e sair desses veículos, provavelmente, deixavam muitos tornozelos femininos a vista de todos.Imagine uma poça d’água na rua. Será mesmo que as mulheres não levantariam suas longas saias e vestidos, tal como fazem hoje, para evitar sujar a barra da roupa, deixando à mostra seus tornozelos?E tem as moças. Muita gente não sabe, mas as meninas da Era Vitoriana usavam a bainha ou barra da saia mais curtas que as mulheres adultas, que adotavam saias mais longas após a maior idade.E se você fosse ao teatro para aproveitar uma noite de entretenimento, é bem provável que veria vários tornozelos e outras partes do corpo feminino durante as apresentações de peças e musicais.<h2>A possível origem dos tornozelos escandalosos</h2>Alguns historiadores acreditam que a origem do mito de que mostrar os tornozelos era algo obsceno durante o reinado da rainha Vitória teve origem em um grupo particular de mulheres: as prostitutas. Não é novidade que a Era Vitoriana foi um período particularmente extraordinário e exuberante para a prostituição.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21154926302381.jpg" alt="(Fonte:Shutterstock)">(Fonte:Shutterstock)Logo, mostrar os tornozelos, pernas e muitas outras partes do corpo, era algo inerente a rotina de trabalho para as garotas que mantinham os bordéis cheios. Com o tempo, essa “moda” ganharia adeptos em grupos, digamos, mais aristocráticos e de elite.Por exemplo, a partir de determinado momento houve um tempo durante a Era Vitoriana em que as pernas e tornozelos eram tão<a href="https://www.megacurioso.com.br/direito/88051-10-coisas-que-as-mulheres-ja-foram-proibidas-de-fazer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;valorizados pelas mulheres (</a>e homens) daquela época, que é possível encontrar até uma evolução nas vestimentas para essa parte do corpo.&nbsp;Entre o final do século XIX e o início da Era Eduardina (1901–1910), meias, saias, vestidos e calçados femininos passaram a ter uma decoração mais luxuosa, bordados mais bem trabalhados e estilos bem extravagantes, o que significa que não eram apenas as prostitutas que precisavam ou queriam mostrar partes de seus membros inferiores.Além disso, com a chegada da década de 1890, as mulheres do Reino Unido começaram a se tornar fisicamente mais ativas. Mais uma razão que desintegra o mito de que os tornozelos deveriam ser mantidos escondidos. Elas estavam mais envolvidas em esportes, mesmo que ainda eram <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118159-mulheres-e-calcas-a-luta-por-liberdade-no-ocidente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obrigadas a usarem saias longas</a>.Nos anos 1900, as mulheres que trabalhavam davam preferência para saias mais curtas devido à praticidade. As mais jovens também adotaram a ideia, pelos mesmos motivos atuais: estilo e atenção.A partir de 1911, as saias começaram a “subir” de uma forma geral. Até mesmo os mais elegantes vestidos permitiam que se observasse alguns tornozelos, mesmo que de relance.Já por ocasião da Primeira Guerra Mundial, com as mulheres adolescentes acordando para um novo mundo e começando a entender que tinham um papel na sociedade, os vestidos e meias que escondiam tudo até os tornozelos, praticamente se tornaram obsoletos e desapareceram do cenário da moda do Reino Unido.</body>

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Mostrar os tornozelos era obsceno na Era Vitoriana?

Imagem de A história real das guerreiras Agojie, mostradas em "A Mulher Rei" no megacurioso

A 'Amazonas do Daomé' realmente existiram, mas não exatamente como retratadas no filme; entenda

O novo filme&nbsp;A Mulher Rei&nbsp;(The Woman King, 2022), estrelado por Viola Davis, mostra uma l&iacute;der guerreira do ex&eacute;rcito feminino de Agojie (tamb&eacute;m chamado Ahosi, Mino ou Minon), que fazia parte do reino de Daom&eacute;, na&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122810-como-uma-rachadura-esta-dividindo-a-africa-em-duas-partes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&Aacute;frica Ocidental.</a>&nbsp;Ainda que a personagem interpretada por Viola seja ficcional, o ex&eacute;rcito realmente existiu e era composto por 6 mil guerreiras.
As chamadas "Amazonas de Daom&eacute;" estabeleceram o poderio de seu reino contra regi&otilde;es vizinhas. E o filme, dirigido por Gina Prince-Bythewood, procura fazer jus &agrave; hist&oacute;ria dessas mulheres guerreiras que dominaram parte da &Aacute;frica na d&eacute;cada de 1840.
<h2>A hist&oacute;ria real atr&aacute;s de&nbsp;A Mulher Rei</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/s-21115008291124.jpg" alt="s" />(Fonte: NPR)
O filme come&ccedil;a em 1823, ap&oacute;s um ataque bem sucedido das Agojie, libertando escravos que estavam nas m&atilde;os do Imp&eacute;rio Oyo em uma regi&atilde;o localizada no sudoeste da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121311-o-que-leva-o-grupo-boko-haram-a-sequestrar-criancas-na-nigeria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">Nig&eacute;ria</a>. Embora o povo de Daom&eacute; seja submisso a Oyo, nesta &eacute;poca estava havendo um princ&iacute;pio de rebeli&atilde;o coordenada pelo rei Ghezo (John Boyega) e a general Nanisca (Viola Davis). Ambos desprezam o com&eacute;rcio de pessoas escravizadas.
Ghezo, de fato, existiu e libertou Daom&eacute; em 1833. Contudo, h&aacute; algumas imprecis&otilde;es no que &eacute; retratado pelo filme, uma vez que o reino de Daom&eacute; teve um papel central do tr&aacute;fico de escravos, vendendo seus cativos para comerciantes europeus.
Na verdade, o rei Guezo s&oacute; concordou em retirar Daom&eacute; do tr&aacute;fico de escravos em 1852, por conta da press&atilde;o feita pelo governo brit&acirc;nico em cima de suas col&ocirc;nias. A partir de ent&atilde;o, o reino passou a focar na produ&ccedil;&atilde;o de &oacute;leo de palma, que era bem menos lucrativo. Por isso, o rei retomou logo em seguida o com&eacute;rcio de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121912-ha-centenas-de-restos-mortais-de-escravos-no-fundo-do-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravizados</a>.
<h2>Quem eram as Agojie?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/a-21115304110129.jpg" alt="a" />(Fonte: Smithsonian Mag)
As guerreiras Agojie eram, inicialmente, as esposas do rei. Entretanto, com o tempo, mulheres comuns da sociedade foram se voluntariando para participar deste ex&eacute;rcito. Era um grupo de mulheres&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120279-sob-pressao-da-caca-elefantes-estao-nascendo-sem-suas-presas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">ca&ccedil;adoras de elefantes</a>&nbsp;que logo se tornou parte da guarda do ex&eacute;rcito.
Por causa das guerras em curso, Daom&eacute; perdeu muitos homens e as mulheres come&ccedil;aram a substitu&iacute;-los cada vez mais no campo de batalha. Outra caracter&iacute;stica interessante para a &eacute;poca &eacute; que este ex&eacute;rcito usava uniforme, o que significava que ele queria ser reconhecido publicamente e temido pelos povos vizinhos.
Os historiadores dizem que as Agojie, por mais que tenham sido s&iacute;mbolo de for&ccedil;a e poder, tamb&eacute;m eram c&uacute;mplices de um sistema problem&aacute;tico. Afinal, elas estavam dentro de um sistema patriarcal e ligadas ao com&eacute;rcio de pessoas escravizadas.
Al&eacute;m disso, ser esposas do rei n&atilde;o significava ter muitas regalias. Na verdade, as Agojie eram como &ldquo;esposas de terceira classe&rdquo;: elas normalmente n&atilde;o compartilhavam sua cama ou tinham filhos com ele. Mas, por serem casadas com o rei, eram proibidas de fazer sexo com outros homens, o que quer dizer que se esperava que fossem celibat&aacute;rias.
Dentre os &ldquo;privil&eacute;gios&rdquo;, estava o acesso que as guerreiras tinham a um suprimento constante de tabaco e &aacute;lcool, e tamb&eacute;m de terem seus escravos particulares.
<h2>O treinamento das Agojie</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/d-21115559961131.jpg" alt="d" />(Fonte: History vs. Hollywood)
N&atilde;o era f&aacute;cil se tornar uma Agojie. Elas passavam por um treinamento intenso, o que inclu&iacute;a exerc&iacute;cios que as preparavam para batalhas sangrentas. Isso envolvia, por exemplo, ataques simulados a outros povos em que tinham que escalar descal&ccedil;as muros cheios de espinhos. Estas guerreiras passavam por toda essa dor sem reclamar.
O ex&eacute;rcito das Agojie se dividia em cinco ramos: as que lutavam na artilharia, as ca&ccedil;adoras de elefantes, as arqueiras, as mosqueteiras (que empunhavam mosquetes), e as que lutavam com navalhas. Uma parte importante de seu treinamento consistia em conseguir surpreender o inimigo, pegando-o desavisado.
As Agojie entraram em batalha contra o ex&eacute;rcito franc&ecirc;s na segunda metade do s&eacute;culo XIX, o que levou ao fim deste grupo e ao apagamento das suas mem&oacute;rias. A professora Lynne Ellsworth Larsen, que estuda as din&acirc;micas de g&ecirc;nero entre os Daom&eacute;, aponta que estas mulheres guerreiras perturbavam a compreens&atilde;o dos pap&eacute;is de g&ecirc;nero: &ldquo;A ostenta&ccedil;&atilde;o de ferocidade, poder f&iacute;sico e destemor destas mulheres foi manipulada ou corrompida &agrave; medida que os europeus come&ccedil;aram a interpretar isso de acordo com o seu contexto&rdquo;, contou.

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A história real das guerreiras Agojie, mostradas em 'A Mulher Rei'

Imagem de 4 mulheres que foram pioneiras no automobilismo no megacurioso

Mesmo que o setor automobilístico tenha sido sempre comandado por homens, há mulheres que ousaram desafiar esta barreira

<head></head><body>É inegável que, até hoje, o setor automobilístico é ainda dominado pelos homens. O que é um fato bastante curioso, uma vez que desde sempre tivemos mulheres envolvidas com automobilismo, competindo inclusive em níveis mais altos e arriscando suas vidas em um esporte perigoso. Neste texto, apresentamos 4 destas pioneiras neste ramo.<h2>1. Camille du Gast</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/02/02161613024413.jpg" alt="(Fonte: Pemavel Veículos)">(Fonte: Pemavel Veículos)Em 1901, a francesa Camille du Gast era uma viúva rica que resolveu entrar no mundo da corrida de automóveis. Ela tinha então 33 anos e resolveu competir usando seu Panhard Levassor, o que atraiu a atenção da imprensa na época. Antes deste fato, Camille já tinha gerado repercussão quando, em 1895, havia pulado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/75818-7-perguntas-sobre-salto-de-paraquedas-que-voce-sempre-quis-fazer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paraquedas</a> a partir de um balão.Primeiramente, a viúva tentou entrar para a Copa Gordon Bennett de 1904. No entanto, ela não foi aceita: o Automobile Club de France anunciou que as mulheres, por serem "nervosas", não poderiam participar da corrida.Camille du Gast resolveu protestar e escreveu uma carta indicada para a organização. Por consequência, ela mudou de esporte e começou a correr de lancha, outra atividade certamente com muita adrenalina.<h2>2. Kay Petre</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/02/02160842654405.jpg" alt="(Fonte: Speedqueens)">(Fonte: Speedqueens)Kay Petre foi uma corredora canadense de muito destaque na década de 1930. Ela começou sua carreira ao competir na Corrida de Brooklands em 1932, depois de se mudar para a Inglaterra com o marido, o aviador Henry Petre.Mesmo sendo baixinha, Kay não tinha dificuldades para lidar com carros grandes. Ela pilotou um enorme V12 Delage em Brooklands em 1935, batendo os recordes femininos de velocidade. Kay ainda participou da famosa corrida de 24 horas de Le Mans e foi para a África do Sul para competir.Em 1937, Kay Petre sofreu um terrível acidente quando seu carro colidiu com o do piloto Reg Parnell durante um treino. Ela foi esmagada pelo seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122801-5-alternativas-de-mobilidade-sustentavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veículo</a> e ficou vários dias em coma, correndo risco de vida. O fato fez com que ela se aposentasse de vez das corridas, mas, a partir de então, Kay construiu uma carreira muito respeitada como jornalista especializada em automobilismo.<h2>3. Ethel Locke King</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/02/02161732033414.jpg" alt="(Fonte: BBC)">(Fonte: BBC)Ao lado de seu marido, Ethel Locke King era uma proprietária de terras bastante rica e apaixonada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121710-conheca-6-tipos-diferentes-de-carros-de-corrida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">automobilismo</a>. Em 1906, Ethel e o marido, Hugh, construíram um circuito de corrida dentro de sua propriedade.O projeto teve vários problemas e correu muitos riscos de nunca ser terminado. Mas, em julho de 1907, o Brooklands Motor Circuit foi finalmente inaugurado. Ethel liderou uma carreata em que a nova pista era apresentada. Nos anos seguintes, ela participou de várias corridas no mesmo lugar.Com o início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial,</a> a pista de Brooklands fechou e passou a ser usada para a produção de aviões militares. Ethel, no entanto, continuou trabalhando e se dedicou à criação de hospitais militares - um, inclusive, que ficava situado na sua própria casa.<h2>4. Margaret Wilcox</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/02/02162309020423.jpg" alt="(Fonte: Go Auto)">(Fonte: Go Auto)Margaret Wilcox nasceu em Chicago em 1838 e desenvolveu um trabalho como engenheira mecânica. No entanto, por causa das leis do estado de Illinois, ela não podia registrar patentes de suas criações no seu nome. Isto era feito no nome do seu marido.Uma de suas invenções mais interessantes foi o desenvolvimento de uma tecnologia que seria usada para aquecer vagões ferroviários de uma forma que redirecionava o ar quente da locomotiva para o resto do trem. A Ford mais tarde utilizou da invenção de Margaret Wilcox para seus veículos, tornando-se assim o primeiro protótipo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115945-por-que-o-asfalto-pode-poluir-mais-que-os-automoveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecedores de automóvel.</a>Em 1893, Wilcox finalmente conseguiu registrar a patente no seu nome, o que fez com que sua contribuição para o mundo automobilístico fosse finalmente reconhecida.</body>

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4 mulheres que foram pioneiras no automobilismo

Imagem de Programa Artemis: a missão da NASA para enviar humanos de volta à Lua no megacurioso

Programa servirá como uma base para futuras missões com destino a Marte

<head></head><body>Em julho deste ano foram comemorados os 53 anos do primeiro pouso na Lua. Desde então, outras seis missões tripuladas foram até o nosso satélite natural novamente. Porém, desde dezembro de 1972, quando a Missão Apollo 17 retornou para a Terra, não foram mais realizadas aterrissagens (ou "alunissagens", no caso) na Lua.Isso está para mudar com o <a href="https://www.tecmundo.com.br/videos/YJLNpJ5OBO4-missao-artemis-os-desafios-da-volta-a-lua-e-os-impactos-na-jornada-rumo-a-marte.htm?playlistId=PL7cCKVGMzqmZQwgjD6s7emQP3DCiJgIo_" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Programa Artemis</a>. Esta nova fase do programa espacial dos Estados Unidos pretende levar astronautas para a Lua novamente. Esse retorno ao satélite é a primeira etapa de um plano muito mais ambicioso da NASA, que tem como finalidade chegar até Marte.<h2>Missão Artemis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30121041749132.jpg" alt="(Fonte: NASA)">(Fonte: NASA)O Programa Artemis está em desenvolvimento desde 2017. Seu nome é uma referência à deusa grega da caça que estava ligada também à Lua. Além disso, segundo a mitologia, Artemis é irmã de Apolo, o que serve para conectar as duas missões com destino à Lua.Entre os principais objetivos da NASA para o Programa, os principais são desenvolver foguetes e trajes espaciais que poderão ser usados em missões futuras para Marte. O Programa Artemis também é uma das primeiras colaborações em larga escala da NASA com empresas comerciais, como SpaceX e Boeing.A NASA também espera estabelecer uma base na Lua, assim como uma estação que permanecerá em órbita do satélite (chamado de Portal Lunar), para facilitar outras missões espaciais. Isso deve permitir que, no futuro, astronautas possam permanecer alguns meses na Lua.&nbsp;Finalmente, a Lua pode contar com depósitos de minerais raros, o que justifica os gastos para a exploração científica e econômica. Vale destacar ainda que a Missão Artemis será a primeira a levar uma mulher e uma pessoa de cor para a Lua.<h2>As fases</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30112153260109.jpg" alt="O foguete do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) da NASA com a espaçonave Orion a bordo. (Fonte: NASA)">O foguete do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) da NASA com a espaçonave Orion a bordo. (Fonte: NASA)O Programa foi dividido inicialmente em três fases. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/243956-veja-rastrear-nave-missao-artemis-i-tempo-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A primeira será uma missão não tripulada</a>&nbsp; que funcionará como um teste do foguete que será usado — Space Launch System (SLS) — e do módulo Orion.&nbsp;O SLS decolará do Centro Espacial Kennedy na Flórida e, uma vez no espaço, o módulo Orion se desprenderá e viajará para a Lua. Nessa primeira etapa, o módulo permanecerá em órbita por cerca de 42 dias antes de retornar à Terra.O Artemis 2 será um voo espacial tripulado, que fará a viagem mais longa que um ser humano já teve no espaço. Depois do lançamento do SLS, a tripulação de quatro pessoas voará no módulo Orion para completar um sobrevoo lunar e retornará à Terra. A missão levará entre oito a dez dias e não irá pousar na Lua.A Missão Artemis 3 levará os astronautas a bordo do módulo Orion, para atracar no Portal Lunar e permanecer no espaço por 30 dias. O sistema de pouso humano levará dois astronautas até o Polo Sul da Lua, uma região ainda não visitada por humanos.Existem planos para ampliar o Programa, mas tudo dependerá do sucesso dessas três fases iniciais. O plano original era realizar o primeiro pouso tripulado na Lua em 2024, porém atualmente o Programa não prevê que isso aconteça antes de 2026.<h2>Quem vai participar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30121008430130.jpg" alt="(Fonte: NASA)">(Fonte: NASA)A NASA está desenvolvendo o projeto do Portal Lunar com <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205203-nasa-assina-acordos-artemis-exploracao-lua-7-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parceiros como a Agência Espacial Europeia</a>. Já para as missões tripuladas, foram atualmente escolhidos 18 astronautas, nove homens e nove mulheres.&nbsp;Em 2020, a NASA lançou uma campanha de recrutamento de novos astronautas. Entre as exigências, cada candidato tinha que ser um cidadão dos EUA e ter pelo menos um mestrado em um campo STEM (ciência, tecnologia, engenharia ou matemática). A equipe completa foi revelada em dezembro de 2020 e o anúncio de quem fará parte da Missão Artemis 2 ainda não foi divulgado.</body>

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Programa Artemis: a missão da NASA para enviar humanos de volta à Lua

Imagem de Olga Benário: a revolucionária deportada aos nazistas por Vargas no megacurioso

A ministra do STF Cármen Lúcia propôs recentemente que a justiça peça perdão à família de Olga Benário pela sua deportação ilegal em 1936

<head></head><body>A ministra Cármen Lúcia levou ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/75397-contra-ou-a-favor-ministro-do-stf-fala-sobre-descriminalizacao-da-maconha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Supremo Tribunal Federal</a> a proposta de que a justiça peça perdão pela deportação da Olga Benário, mulher judia e esposa do líder revolucionário Luís Carlos Prestes.&nbsp;Olga era militante comunista e foi entregue pelo governo brasileiro, então nas mãos de Getúlio Vargas, aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/69517-conheca-12-dos-mais-crueis-homens-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazistas</a> em 1936, enquanto estava grávida de sete meses. Por consequência, ela foi torturada e morta em uma câmara de gás. 86 anos depois, Cármen Lúcia sugere que haja algum tipo de reparação à sua família e à sua história.<h2>Quem foi Olga Benário Prestes?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30142030608231.jpg" alt="(Fonte: Toda Matéria)">(Fonte: Toda Matéria)Nascida em 12 de fevereiro de 1908 em Munique, na Alemanha, Olga Gutmann Benário vinha de uma família rica. Seu pai, Leo Benário, era um advogado que fazia parte do Partido Social-Democrata Alemão e tinha um reconhecido trabalho junto aos pobres da cidade.Aos 15 anos, Olga teve o primeiro contato com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120195-comunismo-e-socialismo-existe-diferenca-entre-as-duas-coisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunismo</a>. Ela ingressou no Grupo Schwabing, e mudou-se para Berlim com o namorado Otto Braun. Na capital da Alemanha, passou a participar das organizações que combatiam o crescimento da extrema-direita encabeçada pelo nazismo.Em pouco tempo, Olga já tinha uma participação relevante dentro do Partido Comunista, sendo conhecida de muita gente. Ela foi presa pela primeira vez em 1926, após ter sido acusada de agitação contra a República de Weimar. A militante ainda era constantemente interrogada para dar informações sobre Otto Braun, que era acusado de traição à pátria.Quando, em 1928, Olga participou do ataque à prisão Moabit, onde Braun estava preso, ela passou a estar entre as pessoas mais procuradas da Alemanha. A jovem então fugiu de seu país e encontrou abrigo na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121602-como-sovieticos-de-1960-viam-os-100-anos-da-revolucao-em-2017.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">União Soviética</a>, onde completou seus estudos sobre marxismo. Em Moscou, aliás, ela receberia uma missão que mudaria sua vida para sempre: Olga foi encarregada de escoltar Luís Carlos Prestes ao Brasil.<h2>O encontro entre Olga e Prestes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30144931950251.jpg" alt="(Fonte: Aventuras na História)">(Fonte: Aventuras na História)O militar e político gaúcho Luís Carlos Prestes havia liderado, entre 1924 e 1927, a Coluna Prestes, um movimento que percorreu o interior do Brasil denunciando os desmandos dos governantes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121372-republica-velha-os-13-presidentes-do-brasil-de-1889-ate-1930.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira República</a>, especialmente Artur Bernardes. Com o desmonte da Coluna, ele tornou-se conhecido entre os comunistas do mundo todo, e foi residir em Moscou.Prestes foi eleito em 1934 para ser membro da comissão executiva da Internacional Comunista, e recebeu a incumbência de retornar ao Brasil para liderar um levante socialista. Olga foi encarregada, junto de uma comitiva, a acompanhar o político até o país.Segundo Anita, filha de Olga e Prestes, sua mãe recebeu a missão de passar-se por esposa do político durante a viagem. No entanto, eles realmente se apaixonaram no translado e vieram se casar.No Brasil, Luís Carlos Prestes recebeu a tarefa de liderar um movimento contra Getúlio Vargas. Ele tornou-se presidente de honra da ANL, movimento antifascista que pertencia ao PCB.O novo movimento liderado por Prestes ficaria conhecido como Intentona Comunista. Contudo, o levante fracassou muito rapidamente, e Olga Benário e Luís Carlos Prestes passaram a ser perseguidos pelo governo Vargas.Eles acabaram presos em 1936, e sofreram tortura pela polícia. Olga já estava grávida na ocasião, mas, mesmo assim, recusou-se a falar e a entregar informações sobre o seu grupo.<h2>A deportação de Olga aos nazistas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30145157176252.jpg" alt="(Fonte: Boitempo)">(Fonte: Boitempo)Por decisão do próprio presidente Getúlio Vargas, foi decretada a deportação de Olga Benário à Alemanha. A ordem era ilegal, uma vez que a militante estava grávida de uma criança brasileira. No entanto, o ato de Vargas foi apoiado pelo Congresso e pelo STF, e Olga foi colocada em um navio para ser entregue ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121119-o-experimento-nazista-que-raptava-criancas-em-busca-da-raca-superior.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">partido nazista</a> na Alemanha.Chegando em Hamburgo, Olga foi recebida pela Gestapo e levada até a prisão de Barminstrasse, em Berlim. Em 27 de novembro de 1936, ela deu à luz a filha do casal, Anita Leocádia Prestes. Por conta da pressão internacional feita pela avó da menina, ela foi entregue à família e não posta em um orfanato.Em 1942, Olga foi encaminhada para um campo de extermínio em Bernburg, onde seria executada em uma câmara de gás. Sua família, no entanto, só foi comunicada sobre sua morte em 1945, depois do fim do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122408-se-hitler-era-do-terceiro-reich-qual-eram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terceiro Reich</a>.</body>

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Olga Benário: a revolucionária deportada aos nazistas por Vargas

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Muitas ideias e conceitos que hoje são circulam na sociedade vieram do pensamento das primeiras feministas nos Estados Unidos

<head></head><body>Em 1976, quando a poeta e ativista Audre Lorde lançou sua coletânea de poesias Coal, ela talvez nem imaginasse o impacto que sua obra teria. O livro a colocou definitivamente como uma defensora das mulheres, da negritude e da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103515-em-paises-com-equidade-de-genero-mulheres-sao-mais-inteligentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">equidade</a>. Seus trabalhos sequentes, como Sister Outsider, a posicionariam definitivamente como uma porta-voz das pessoas marginalizadas - em especial, das mulheres negras, que estavam à margem até do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121296-6-marchas-muito-importantes-para-o-movimento-feminista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento feminista</a>.Audre Lorde se tornou desde então muito "citável". Suas frases seguiram reverberando - e, muitas vezes, fora do contexto original. Neste texto, portanto, trazemos várias ideias e conceitos que foram forjados a partir do pensamento de várias feministas negras.<h2>1. A ideia do autocuidado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22195918620489.jpg" alt="(Fonte: Editora Elefante)">(Fonte: Editora Elefante)Uma das frases mais conhecidas de Audre Lorde é esta: "cuidar de mim não é auto-indulgência, é autopreservação, e isso é um ato de guerra política". A citação está no livro&nbsp;A Burst of Light, uma compilação de textos de Lorde de 1988 falando sobre o sistema de saúde e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122193-novo-tratamento-consegue-curar-pacientes-com-cancer-de-colon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer</a> que havia invadido o seu corpo.&nbsp;A partir daí, a ideia do autocuidado foi se tornando mais popular, a ponto de ter se esvaído do seu sentido original, que era vinculado à questão da resistência das mulheres negras e sua luta política, e se associado no senso comum mais aos cuidados estéticos.<h2>2. A ideia de interseccionalidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22202619025494.jpg" alt="(Fonte: Politize)">(Fonte: Politize)Em 2022, o Coletivo de História Afro-Americana do Museu Nacional de História Americana criou um projeto de podcast chamado Collected, que visa recontextualizar estes termos em seu contexto original. “Percebemos que, no discurso público, principalmente na mídia e nas redes sociais, há vários termos, ideias e práticas feministas negras circulando. Mas elas estão sempre desconectadas das pensadoras feministas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120548-por-que-pessoas-negras-tiveram-sua-raca-apagada-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">negras</a> que as criaram, do contexto em que foram criadas e, em alguns casos, do próprio significado que as criadoras originais estavam pensando quando as elaboraram”, falou Krystal Klingenberg, uma das curadoras do projeto.A ideia de interseccionalidade, assim como autocuidado, também remete a estas estudiosas e feministas negras. A interseccionalidade (ou teoria interseccional) estuda a sobreposição de identidades sociais ligadas à opressão ou dominação, tais como gênero, classe, raça, <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/85364-cientistas-podem-ter-descoberto-que-orientacao-sexual-e-genetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orientação sexual</a>, idade, etc.&nbsp;Assim, pensa-se como as desigualdades se manifestam a partir de cruzamentos entre essas identidades: o que, por exemplo, uma mulher negra passa em relação a uma mulher branca lésbica, ou uma mulher pobre, e assim por diante.<h2>3. A ideia das políticas identitárias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22202146073493.jpg" alt="(Fonte: Making Gay History)">(Fonte: Making Gay History)O termo "política identitária" foi criado em 1974 pela feminista negra Barbara Smith. Ele reagia às primeira e segunda ondas feministas, que encorajavam as mulheres a se unirem, o que de alguma forma ignorava que as experiências das mulheres não eram todas iguais. Quando todas se uniam, havia sempre as que ficavam para trás.O conceito da política identitária propõe-se a questionar se as medidas que são tomadas em prol da luta pelas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112236-china-esta-matando-minorias-para-revender-orgaos-diz-tribunal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">minorias</a> são sentidas (ou não) por todas as pessoas da mesma forma. Como a resposta é obviamente não, sugere a reflexão sobre o que se pode fazer sobre isso.Para muita gente, este seria um conceito problemático, pois promoveria a desunião dos grupos minoritários, ao "hierarquizar" as opressões - o que é uma leitura deturpada da ideia original da feminista.No&nbsp;podcast Collected,&nbsp;Barbara Smith explicou sobre a ideia em torno do conceito. “Não estávamos dizendo que éramos superiores a quaisquer outros grupos de pessoas oprimidas. Não achávamos que éramos as únicas pessoas na Terra que eram oprimidas. Queríamos apenas afirmar que, diferentemente do movimento de mulheres e do movimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116820-a-origem-do-20-de-novembro-o-dia-nacional-da-consciencia-negra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">libertação negra</a> da época, havia um conjunto particular de situações, circunstâncias, experiências e opressões que as mulheres negras vivenciavam e que precisávamos lidar com isso", falou. </body>

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Você sabia que esses conceitos vieram do feminismo negro?

Imagem de Escócia se torna pioneira no combate à pobreza menstrual no megacurioso

Lei promulgada na última semana na Escócia garantirá que produtos menstruais sejam de acesso gratuito à população

<head></head><body>Desde a semana passada, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121947-7-curiosidades-sobre-a-escocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escócia</a> se tornou pioneira em garantir que mulheres do país não sofram mais com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119569-pobreza-menstrual-um-problema-de-politica-publica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pobreza menstrual</a>. A partir de agora, absorventes e tampões serão distribuídos à população. A iniciativa é mais um passo importante para a nação, que desde 2018 já distribui produtos menstruais gratuitamente em escolas, faculdades e universidades de todo o país.Chamado de Lei de Produtos do Período, o projeto entra em vigor após 2 anos de sua aprovação no Parlamento escocês. O objetivo da iniciativa é garantir a erradicação da pobreza menstrual. A legislação, agora, dará direito a que absorventes, internos e externos, sejam disponibilizados em centros comunitários, clubes e farmácias.A medida foi celebrada nas redes sociais não apenas por militantes da causa, mas por Monica Lennon, autora do projeto, que passou os últimos meses dialogando com seus pares sobre a importância dele.<h2>O que é pobreza menstrual?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22111630195110.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Recebe o nome de pobreza menstrual a situação em que pessoas, devido à baixa renda, não são capazes de adquirir ou ter acesso a produtos adequados para a menstruação. Na Escócia, uma pesquisa feita em 2018 com 2 mil pessoas descobriu que 25% das entrevistadas tiveram problemas para comprar produtos menstruais. No mesmo ano, o país se tornou o primeiro a oferecer produtos do gênero para estudantes.A Young Scot, instituição que havia feito a pesquisa, acompanhou os entrevistados após a medida e descobriu que 84% deles afirmou que a iniciativa teve muito impacto em sua vida. A mesma pesquisa havia identificado que, além da pobreza menstrual, o estigma que cerca a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/243201-ciclo-menstrual-6-aplicativos-controlar-menstruacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">menstruação</a> criava um embaraço entre garotas no momento de comprar os produtos.<h2>Como o governo escocês vai garantir os produtos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22111824406112.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)A lei federal exigirá que os governos locais garantam o acesso gratuito aos produtos menstruais. Cada um dos 32 conselhos do país deverá decidir os arranjos práticos a serem implementados, mas não poderão fugir à obrigatoriedade de disponibilizar variedade de produtos com "razoável facilidade" e "razoável dignidade", como aponta o documento.As mulheres não terão que preencher nenhum documento, tampouco justificar a razão ou a quantidade que desejam. Desde 2017, mais de 27 milhões de libras foram gastas pelo governo escocês para melhorar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/101811-conheca-os-10-paises-com-melhor-qualidade-de-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">qualidade de vida</a> das <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/75585-21-mulheres-incriveis-que-mudaram-o-mundo-para-melhor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres</a>, especificamente sobre a questão menstrual.<h2>O PL dos absorventes no Brasil</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22111741831111.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Recentemente, a pobreza menstrual virou tema no Brasil, após o presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122611-a-eleicao-em-que-bolsonaro-defendeu-o-uso-da-urna-eletronica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jair Bolsonaro</a> (PL) vetar o trecho do PL 4.968/2019, que tratava da distribuição gratuita de absorventes. À época, Bolsonaro justificou o veto afirmando que o Congresso não havia indicado a fonte de custeio ou medida compensatória.O PL, de autoria da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), foi aprovado em setembro de 2021. Ele garantiria que 5,6 milhões de mulheres receberiam absorventes, cerca de 8 unidades por mês, através do programa Atenção Primária à Saúde do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118141-10-servicos-que-o-sus-oferece-e-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">SUS</a> e do Fundo Penitenciário Nacional. O custo estimado era de R$ 84,5 milhões por ano.O veto foi derrubado no dia 10 de março deste ano com ampla maioria. O texto obriga o poder público a promover campanhas informativas e autoriza gestores da educação a realizar gastos necessários para o atendimento da lei.</body>

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Escócia se torna pioneira no combate à pobreza menstrual

Imagem de Pé de lótus: a tradição chinesa que deformou os pés das mulheres no megacurioso

Aos 7 anos, seus pés eram amarrados para que elas andassem sobre os ossos até que quebrassem. Tudo isso para terem algum futuro

<head></head><body>Há séculos a sociedade patriarcal exige demais das mulheres sem nunca considerar que isso as destrói psicológica e fisicamente. As culturas mudam de país para país, mas o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118144-patricia-douglas-como-hollywood-tratou-sua-denuncia-de-abuso-sexual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abuso da mulher</a>, não, e um exemplo disso é a prática chinesa do século X de foot binding, também conhecido como "amarração dos pés".Com início durante o período das Cinco Dinastias e Dez Reinos, se espalhando pelas classes sociais mais baixas no reinado Qing, compreendido entre 1635 a 1912, a prática começou porque as mulheres foram ensinadas que seus pés precisavam ser muito pequenos, ressaltando a delicadeza feminina, se quisessem parecer mais atraentes aos homens para um possível casamento.Em um procedimento doloroso, elas esmagaram seus pés repetidamente ao longo dos anos para que coubessem em micro sapatos de seda, tendo que reaprender a andar, firmando os pés no chão em uma posição desconhecida que causava uma dor excruciante, acarretando problemas definitivos para a saúde.Essa é a história das mulheres popularmente conhecidas como “pés de lótus”.<h2>Vítimas da sociedade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22164955641377.jpg" alt="(Fonte: History of Yesterday/Reprodução)">(Fonte: History of Yesterday/Reprodução)Mas isso não era tudo, claro. Milhares de meninas chinesas não foram submetidas ao procedimento ao longo dos séculos só para parecerem mais atraentes para um homem – tudo o que realmente importava naquela época, afinal, uma mulher solteira era o mesmo que uma mulher morta –, essa foi uma tática da sociedade para mantê-las em casa e longe dos assuntos que não as pertenciam, ou seja, tudo o que não envolvesse artesanato, como fiar algodão e o trabalho doméstico. Mais um mecanismo de repressão de sua liberdade.Centenas de estudos antropológicos sobre a condição e seus impactos sociais, além das vítimas ainda vivas em cantos isolados da China, são tudo o que existe atualmente, visto que as consequências médicas foram deliberadamente negligenciadas, mesmo após a queda da prática.Acredita-se que a condição de pé de lótus surgiu com Lady Huang Sheng, esposa de um membro do clã imperial, que morreu em meados de 1243, de acordo com arqueólogos que descobriram pés minúsculos e deformados envoltos em tecidos e colocados em sapatos parecidos como uma lótus.O formato dos pés teria sido inspirado em uma dançarina da corte do século X, chamada Yao Niang, que amarrou seus pés na forma de uma lua para poder dançar na ponta dos pés para o imperador Li Yu, dentro de um lótus dourado de 1,80 metro, enfeitado com fitas e pedras preciosas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22165629147381.jpg" alt="(Fonte: The Independent/Reprodução)">(Fonte: The Independent/Reprodução)Por algum motivo, o excesso de delicadeza, que acabava até fortificando outros músculos do corpo da bailarina devido ao peso constante nas pontas dos pés, como os músculos do glúteo, provocou um tipo de conotação erótica que chamou a atenção dos homens, que procuravam incessantemente por mulheres com os mesmos atributos. Diante disso, as damas da corte começaram a amarrar os pés para tentar adquirir um corpo similar. No final das contas, um pé pequeno na China estava para uma cintura estreita na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115045-vitimas-da-moda-as-roupas-assassinas-da-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inglaterra vitoriana</a>.Os anos se encarregaram de transformar obrigatório um pé de 10 centímetros, conhecido como lótus dourado, o mais respeitado da categoria dos pés de lótus. Os pés abaixo da média, aqueles acima de 15 centímetros de comprimento, foram chamados de lótus de ferro, os que seriam descartados pelos homens. Uma mulher com um pé naquelas dimensões não tinha um futuro.<h2>Anos de sofrimento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22171548001401.jpg" alt="(Fonte: ThoughtCo./Reprodução)">(Fonte: ThoughtCo./Reprodução)Um projeto sobre pés de lótus publicado em 2015 pelo fotógrafo Jo Farrell, intitulado Farrell Living History: Bound Feet Women of China, focado em documentar práticas culturais desaparecidas, começou em 2005 na província de Shandong, com uma idosa chamada Zang Yun Ying, avó de um taxista de Xangai que acabou mencionando ao profissional sobre ela ter os pés enfaixados, resquício de uma prática tão antiga que quase não existia mais testemunhas vivas.Ao longo de 9 anos de busca e desenvolvimento do projeto pela China, Farrell conseguiu rastrear 50 mulheres com idades avançadas diferentes, das quais a mais velha tinha 103 anos. Ao entrevistá-las, ele relatou ao The Guardian que o primeiro ano de amarração dos pés é considerado "o mais dolorido", porque as jovens, normalmente com 7 anos, tiveram que andar sobre os pés grudados em pontos triangulares até que seus dedos quebrassem. Os pés também foram espancados para que se partissem por inteiro, depois banhados com ervas e óleos para que a pele machucada se soltasse, e amarrados nos sapatos de lótus.“Depois disso, os dedos dos pés ficavam dormentes e, 50 ou 60 anos depois, elas paravam de sentir dor, ou de sentir os pés. Ficava tudo entorpecido”, relatou Farrell.Em meados da década de 1950, a amarração dos pés foi proibida por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116128-a-grande-fome-de-mao-milhares-de-chineses-foram-canibalizados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mao Zedong</a>, que ordenou que fiscais anti-amarração dos pés envergonhassem publicamente uma mulher com pés de lótus, uma vez que a tradição antiga não representava o futuro moderno que o país visava.</body>

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Pé de lótus: a tradição chinesa que deformou os pés das mulheres

Imagem de 6 fatos inspiradores sobre Rosa Parks no megacurioso

Conheça mais sobre a vida de uma das maiores ativistas de direitos civis na história dos Estados Unidos

<head></head><body>No dia 1º de dezembro de 1955, uma mulher negra entrou para a história dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119020-ruby-bridges-a-garotinha-que-enfrentou-a-segregacao-racial-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a>. Rosa Parks ficou conhecida por se recusar a ceder seu assento no ônibus para uma pessoa branca, um crime que era passível de prisão segundo as leis da segregada cidade de Montgomery, no Alabama.Foi esse ato silencioso de desafio às regras estabelecidas que deu início ao Movimento dos Direitos Civis, o qual traria grandes mudanças à sociedade norte-americana. Porém, a história não para por aí. Veja só mais seis fatos inspiradores a respeito da vida de Rosa Parks!<h2>1. Insistência nos estudos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/23/23031345961024.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Embora Rosa Parks sempre tenha sido uma pessoa muito estudiosa e dedicada, ela precisou abandonar o colégio aos 16 anos para cuidar de sua vó que estava no leito de morte. Aos 19 anos, no entanto, o marido de Parks, Raymond, insistiu para ela concluir o ensino médio.Foi assim que ela quebrou mais uma marca em sua vida. Embora apenas 7% dos negros americanos conseguissem tirar um diploma do colegial naquela época, Parks contrariou todos os números e se graduou em 1933.<h2>2. Participação política</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/23/23031418729026.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Apesar de Parks ter conquistado maior reconhecimento após sua prisão em 1955, a sua luta por direitos iguais não começou ali. Em 1943, ela já havia se juntado à Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP) de Montgomery, onde serviu como secretária até 1956.&nbsp;Parte da sua agenda consistia em viajar pelo estado do Alabama e entrevistar vítimas de discriminação e testemunhas de linchamento. Depois de se mudar para Detroit, ela então começou a trabalhar como assistente do deputado John Conyers, com quem atuou para encontrar moradia para pessoas desabrigadas.<h2>3. Incidente no ônibus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/23/23030600319015.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O motorista James Blake, que conduzia o ônibus no qual Rosa Parks foi presa em 1955 e quem a denunciou, já havia causado problemas para a ativista anteriormente. Em 1943, Blake insistiu para que Parks saísse do veículo e entrasse novamente pelas portas dos fundos — uma regra para passageiros que usavam sistemas de ônibus segregados.Em vez de esperar que ela desse a volta, Blake foi embora assim que Parks pisou para fora do ônibus. Ela evitou o motorista por 10 anos, até não ter prestado atenção no fatídico dia de sua prisão.&nbsp;<h2>4. Influência como ativista</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/23/23030644133016.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Parks nunca planejou em ser uma grande influenciadora, mas foi justamente o que aconteceu após sua prisão. Nessa época, vários grupos de direitos civis usaram seu protesto silencioso como uma oportunidade de combater leis de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119543-como-os-carros-contribuiram-para-o-fim-da-segregacao-racial-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">segregação</a> inconstitucionais no sul dos Estados Unidos.O boicote aos ônibus de Montgomery começou poucos dias depois de sua prisão, o que fez com que a Suprema Corte dos EUA considerasse ilegal a existência de ônibus segregados na região. Além disso, muitos historiadores enxergam que esse momento foi o que casou a legislação federal dos direitos civis no país na década de 1960.<h2>5. Segunda prisão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/23/23030732291017.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Não muito tempo depois de sua histórica prisão em 1955, Parks enfrentaria problemas com a lei novamente no dia 22 de fevereiro de 1956. Desta vez, ela acabou sendo presa com mais 100 colegas manifestantes por violar as leis de segregação durante o boicote aos ônibus de Montgomery.&nbsp;O evento foi tão significativo quando da primeira vez e só colocou mais lenha na fogueira a respeito da necessidade de mudar as coisas dentro do estado do Alabama.<h2>6. Velório público</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/23/23030918294020.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Após a sua morte em 2005, Rosa Parks foi velada publicamente sob a rotunda do <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117282-os-simpsons-serie-pode-ter-previsto-a-invasao-do-capitolio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Capitólio dos Estados Unidos</a>, em Washington D.C. Essa honra não somente é dada para os cidadãos mais ilustres do país, mas principalmente para aqueles que ocuparam cargos públicos por longos anos.Parks continua até hoje sendo um dos quatro cidadãos comuns a receberem tal tipo de honraria e também a única mulher entre todos.&nbsp;</body>

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