Saúde/bem-estar
06/09/2022 às 13:00•2 min de leitura
É inegável que, até hoje, o setor automobilístico é ainda dominado pelos homens. O que é um fato bastante curioso, uma vez que desde sempre tivemos mulheres envolvidas com automobilismo, competindo inclusive em níveis mais altos e arriscando suas vidas em um esporte perigoso. Neste texto, apresentamos 4 destas pioneiras neste ramo.
(Fonte: Pemavel Veículos)
Em 1901, a francesa Camille du Gast era uma viúva rica que resolveu entrar no mundo da corrida de automóveis. Ela tinha então 33 anos e resolveu competir usando seu Panhard Levassor, o que atraiu a atenção da imprensa na época. Antes deste fato, Camille já tinha gerado repercussão quando, em 1895, havia pulado de paraquedas a partir de um balão.
Primeiramente, a viúva tentou entrar para a Copa Gordon Bennett de 1904. No entanto, ela não foi aceita: o Automobile Club de France anunciou que as mulheres, por serem "nervosas", não poderiam participar da corrida.
Camille du Gast resolveu protestar e escreveu uma carta indicada para a organização. Por consequência, ela mudou de esporte e começou a correr de lancha, outra atividade certamente com muita adrenalina.
(Fonte: Speedqueens)
Kay Petre foi uma corredora canadense de muito destaque na década de 1930. Ela começou sua carreira ao competir na Corrida de Brooklands em 1932, depois de se mudar para a Inglaterra com o marido, o aviador Henry Petre.
Mesmo sendo baixinha, Kay não tinha dificuldades para lidar com carros grandes. Ela pilotou um enorme V12 Delage em Brooklands em 1935, batendo os recordes femininos de velocidade. Kay ainda participou da famosa corrida de 24 horas de Le Mans e foi para a África do Sul para competir.
Em 1937, Kay Petre sofreu um terrível acidente quando seu carro colidiu com o do piloto Reg Parnell durante um treino. Ela foi esmagada pelo seu veículo e ficou vários dias em coma, correndo risco de vida. O fato fez com que ela se aposentasse de vez das corridas, mas, a partir de então, Kay construiu uma carreira muito respeitada como jornalista especializada em automobilismo.
(Fonte: BBC)
Ao lado de seu marido, Ethel Locke King era uma proprietária de terras bastante rica e apaixonada por automobilismo. Em 1906, Ethel e o marido, Hugh, construíram um circuito de corrida dentro de sua propriedade.
O projeto teve vários problemas e correu muitos riscos de nunca ser terminado. Mas, em julho de 1907, o Brooklands Motor Circuit foi finalmente inaugurado. Ethel liderou uma carreata em que a nova pista era apresentada. Nos anos seguintes, ela participou de várias corridas no mesmo lugar.
Com o início da Primeira Guerra Mundial, a pista de Brooklands fechou e passou a ser usada para a produção de aviões militares. Ethel, no entanto, continuou trabalhando e se dedicou à criação de hospitais militares - um, inclusive, que ficava situado na sua própria casa.
(Fonte: Go Auto)
Margaret Wilcox nasceu em Chicago em 1838 e desenvolveu um trabalho como engenheira mecânica. No entanto, por causa das leis do estado de Illinois, ela não podia registrar patentes de suas criações no seu nome. Isto era feito no nome do seu marido.
Uma de suas invenções mais interessantes foi o desenvolvimento de uma tecnologia que seria usada para aquecer vagões ferroviários de uma forma que redirecionava o ar quente da locomotiva para o resto do trem. A Ford mais tarde utilizou da invenção de Margaret Wilcox para seus veículos, tornando-se assim o primeiro protótipo dos aquecedores de automóvel.
Em 1893, Wilcox finalmente conseguiu registrar a patente no seu nome, o que fez com que sua contribuição para o mundo automobilístico fosse finalmente reconhecida.