Imagem de Gatos selvagens podem ser pets? Especialista explica as normas nacionais no megacurioso

Diferente do que vemos no TikTok, gatos selvagens estão apenas acostumados à convivência humana, mas isso não faz bem para eles

<head></head><body>Não sei você, caro leitor, mas eu comecei a receber muitos vídeos de gatos selvagens — ou melhor, felídeos silvestres — no TikTok. São espécies diferentes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115903-conheca-8-racas-apaixonantes-de-gatos-e-as-suas-origens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gato doméstico</a> que está conosco há milhares de anos, mas que são tratados da mesma maneira, como bichinhos de estimação, pelas pessoas nos vídeos.Pensando nisso, será que é saudável tratar essas espécies silvestres como animais de estimação? Isso é permitido por lei?&nbsp;Para tirar a limpo, nós conversamos com uma especialista. Dra. Valéria Teixeira (CRMV 3925/PR) é professora na PUC-PR, sócia-proprietária da clínica Vida Livre e presidente da Comissão de Animais Selvagens do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná.&nbsp;<h2>Animais silvestres não são pet</h2><div style="text-align: center;"><iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-0" src="https://www.instagram.com/reel/CoU7zAaDzP5/embed/captioned/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=432&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fpublisher%2Fedit%2FogqBW%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A702428%2C%22ls%22%3A701949.7999999523%2C%22le%22%3A702418.5%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="968" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-0" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe></div>A veterinária explica que os animais domésticos, como gatos e cachorros, passaram por um processo evolutivo que demorou <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121608-gato-egipcio-porque-o-felino-era-idolatrado-no-antigo-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">milhares de anos e incontáveis gerações</a>. Assim, os bichos realmente se adaptaram, comportamental e fisicamente, para conviver conosco. "É uma situação bem diferente", conta a Dra. Valéria.&nbsp;O gato doméstico é da espécie Felis catus.&nbsp;Já o caracal ou o serval — que vemos sendo tratados como pets no TikTok — são outras. Mesmo que façam parte da família Felidae, são de linhagens diferentes que não passaram por todo esse processo de domesticação.&nbsp;Isso quer dizer que é perigoso ter um caracal ou serval em casa? Não necessariamente. &nbsp;Esses animais são amansados, acostumados a conviver com humanos desde muito jovens — existem até leões ou tigres assim. Eles reconhecem os seres humanos como parentes, então dificilmente vão nos atacar por vontade própria.&nbsp;Por outro lado, esse é um processo que ocorreu apenas para aquele indivíduo, não para toda essa espécie. Então, ele ainda é um animal selvagem, que não nos entende como um gatinho ou cachorro. Por isso, esse animal pode esmagar, arranhar ou causar outras lesões na pessoa, uma vez que não ela não tem tanto controle sobre ele.&nbsp;<h2>Um animal morto para a natureza</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/11/11180803690004.jpg" alt="O serval é outra espécie de felídeo selvagem (Fonte: Wikimedia Commons)">O serval é outra espécie de felídeo selvagem (Fonte: Wikimedia Commons)Falando em instintos, há outra questão importante: cada espécie de animal silvestre tem seu ciclo circadiano. E forçar o bicho a conviver com humanos bagunça toda a rotina dele.Muitos felídeos são noturnos ou gostam de viver sozinhos em grandes áreas, por exemplo. Eles também têm grande sensibilidade em relação aos sons, os cheiros ou a luz — e seres humanos costumam viver em locais muito barulhentos e iluminados. Além disso, esses bichos se desenvolveram para caçar e comer presas inteiras — não para receber carne prontinha em uma tigela, sem esforço.&nbsp;Os gatos e cachorros domésticos já evoluíram para se adaptar a isso, mas espécies silvestres não. Então, para Valéria, a relação acaba se tornando artificial: os animais suportam (e até tem recompensas, como comida), mas porque foram obrigados a isso, indo contra sua natureza.&nbsp;Valéria é categórica ao dizer que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112235-trafico-de-guepardos-em-paises-arabes-pode-extinguir-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais silvestres adotados indevidamente</a> "estão mortos para a natureza". Afinal, como conviveram com humanos desde filhotes, eles não podem voltar para seus habitats. Até porque não aprenderam a caçar, brigar por território e outras questões essenciais. E eles também não vão se reproduzir, o que é a prioridade de todo animal.&nbsp;"A única função do ser vivo é perpetuar sua espécie. E esse animal não consegue mais fazer isso. Ele está sendo retirado de um pool genético, de toda uma estrutura da qual essa espécie e a natureza como um todo dependem", explica a veterinária.<h2>O dilema ético dos animais silvestres</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/11/11181546724005.jpg" alt="A jaguatirica é um felídeo silvestre da América do Sul (Fonte: Wikimedia Commons)">A jaguatirica é um felídeo silvestre da América do Sul (Fonte: Wikimedia Commons)Mas o que diz a lei brasileira sobre isso? Segundo Valéria, o assunto é complexo: cada estado tem sua própria regulação e uma lista de animais permitidos, mas uma regra nacional para isso ainda está em discussão. Além disso, existem leis contra o tráfico de animais, então você não pode apenas pegar um felídeo selvagem no mato e levar para casa porque achou fofinho.Dá vontade, mas você não pode.&nbsp;Quanto um animal é resgatado, o ideal é devolvê-lo à natureza. Também é possível fazer um criatório para pesquisa ou conservação — há muitos bichinhos que vivem em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118717-os-4-zoologicos-mais-antigos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zoológicos</a> ou santuários, não? Mas aí que está: quem vai fazer isso é um instituto, com especialistas, e não um cidadão comum que quer ter um pet diferentão.&nbsp;Sendo assim, se houver chance desse animal voltar para a natureza, é melhor que ele tenha o mínimo possível de contato com os humanos — e permaneça com seus instintos. Só se ele tiver de ficar "para sempre" conosco, é melhor que esteja amansado.Nesses casos, o tratador, o veterinário e outros profissionais poderão cuidar do animal sem ter problemas. Por outro lado, como Valéria explicou, esse animal "estará morto para a natureza" e jamais voltará ao seu habitat. Por isso, os veterinários e biólogos vão buscar compensar a natureza de outra forma — fazendo pesquisa ou reprodução em cativeiro, por exemplo."É um assunto complexo. Estamos numa linha tênue", comenta Valéria. De qualquer maneira, cuidar de um animal resgatado ou que nasceu em cativeiro por outros motivos é diferente de tirar o bicho da natureza apenas porque você quer um pet exclusivo.&nbsp;Em resumo: animal silvestre não é pet. Não siga essa trend do TikTok.</body>

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Gatos selvagens podem ser pets? Especialista explica as normas nacionais

Imagem de 5 formas bizarras de usar o muco na natureza no megacurioso

Usado como um sistema de proteção para os seres humanos, o muco possui propósitos muito criativos e divertidos dentro da natureza

<head></head><body>Entre os humanos, o muco é o fluido viscoso que produzimos para manter nossos tecidos úmidos e também filtrar o ar que respiramos. Inclusive, é essa substância que retém alérgenos e microrganismos antes que eles possam entrar no nosso corpo e nos deixar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123649-e-possivel-sentir-o-cheiro-de-alguem-doente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doentes</a>. &nbsp;Na natureza, no entanto, essa substância encontrou propósitos mais criativos e divertidos para existir, cumprindo funções diferentes entre as mais variadas espécies de criaturas. Ficou curioso para saber mais? Então veja só essa lista que separamos com cinco formas bizarras de como o muco é usado por outros animais!<h2>1. Comunicação de golfinhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09184032835313.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124103-como-a-invasao-da-russia-a-ucrania-esta-matando-golfinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golfinhos</a> são conhecidos por terem um sistema de comunicação refinado entre si. Porém, ao contrário do que acontece com os seres humanos, eles não produzem esses sons através de cordas vocais. Na realidade, os ruídos são produzidos dentro das passagens nasais.De acordo com pesquisadores, esses animais são capazes de conseguir tons tão variados e estranhos de sons devido ao muco presente em suas narinas, que vibra contra os tecidos presentes nessa parte do corpo e criam essa curiosa linguagem animal.<h2>2. Tubarões em ataque</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09184121344314.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Que os tubarões são predadores extremamente eficazes todo mundo sabe. No entanto, uma pesquisa feita em 2007 relevou que essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123921-as-10-criaturas-mais-bizarras-do-fundo-do-mar-encontradas-em-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criaturas</a> usam o muco como uma ferramenta essencial na hora de caçar suas presas. Segundo os pesquisadores, a "meleca" dos tubarões age como um condutor elétrico, que ajuda a farejar quando um peixe está ferido e sangrando.Os sais do sangue produzem um forte campo elétrico na água, que pode ser detectado por células sensíveis na pele do tubarão. Sem o muco, esses sinais elétricos não podem atingir o cérebro do tubarão, o que tornaria praticamente impossível detectar uma vítima.&nbsp;<h2>3. Rastro dos caracóis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09184306449317.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Quando um caracol desliza pelos cantos, podemos notar que ele deixa um considerável rastro de muco para trás. No entanto, a energia que esses animais precisam utilizar para criar essa meleca e facilitar seu movimento é absurda — mais do que outras criaturas gastam para nadar, caminhar ou voar.Sendo assim, esse mecanismo pode se tornar uma ameaça à sobrevivência desses animais em tempos de escassez de alimentos. Por esse motivo, é comum que os caracóis reutilizem rastros de muco deixados por outros de sua espécie, conservando assim mais energia.<h2>4. Medicina das salamandras</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Nature Picture Library/Alamy&nbsp;" data-fonte-url="https://www.theguardian.com/environment/2019/dec/08/wildlife-trafficking-science-technology-come-to-rescue-end-illegal-trade"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09184514919319.jpg" alt="(Fonte: Nature Picture Library/Alamy/Reprodução)">(Fonte: Nature Picture Library/Alamy/Reprodução)Conhecida por ser o maior anfíbio do mundo, a salamandra gigante chinesa é uma criatura um tanto quanto bizarra e de aparência inusitada. De qualquer forma, esse animal se tornou um verdadeiro queridinho dos cientistas pelas propriedades medicinais que o seu muco é capaz de entregar.A partir da forma bruta de gosma branca e pegajosa gerada pelas salamandras, os cientistas extraem um bioadesivo chamado SSAD, que pode ser usado para selar cortes e reduzir infecções, inflamações e cicatrizes em humanos.&nbsp;<h2>5. Espirro das esponjas marinhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09184833098323.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Mesmo que não tenham cérebro, músculos ou nervos, as esponjas do mar possuem uma habilidade um tanto quanto curiosa: espirrar por mais de 30 minutos consecutivos. Durante esse evento, elas expelirão bolhas cheias de muco e areia. Em 2022, novos estudos determinaram que esses espirros ocorrem para que as esponjas consigam se limpar.Sendo assim, 81% do lodo liberado por elas continha sedimentos inúteis. Para se livrar das partículas indesejadas, então, as esponjas exalam um material ranhoso por seus poros, que viaja pelo seu corpo se acumula ao longo de sua superfície. Ocasionalmente, esses seres vivos se contraem e empurram as bolhas cheias de sujeira para fora do seu corpo.</body>

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5 formas bizarras de usar o muco na natureza

Imagem de 5 espécies invasoras do Brasil que causam desequilibro ambiental no megacurioso

Até 2030, governo brasileiro planeja ter conseguido controlar os animais não nativos que se disseminaram pelo país

<head></head><body>Nos últimos anos, uma criatura vinda de fora do Brasil passou a se alastrar rapidamente pelo litoral do país, desde o Sergipe até Santa Catarina. Apesar de ser um animal muito belo e parecer completamente inofensivo para quem olha de fora, essa espécie tem trazido diversos problemas para o nosso meio ambiente.Esse é o caso do coral-sol, que é apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a espécie responsável pela maior perda de biodiversidade do mundo. Para monitorar essa e outras quatro espécies que vêm causando problemas em território brasileiro, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) pretende tomar medidas drásticas para controlar as "pragas" até 2030. Conheça mais sobre esses cinco animais!<h2>1. Coral-sol</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09015431403000.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O coral-sol é uma espécie de azooxantelados que cresce em águas rasas, em recifes de corais e costões rochosos tropicais. Nativos dos oceanos Pacífico e Índico, esses animais acabaram se espalhando pelo Brasil. Essa criatura é conhecida por dominar as áreas invadidas, atacando corais vizinhos e diminuindo a diversidade local.&nbsp;O primeiro coral-sol em território brasileiro foi registrado ainda em 1951. Estima-se que chegaram aqui através dos cascos de navios, multiplicando-se principalmente entre as décadas de 1980 e 1990. Segundo o MMA, é possível encontrar espécimes de coral-sol no Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Espirito Santo, Santa Catarina e Ceará.<h2>2. Javali</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09015532352001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Sendo uma criatura nativa da Europa, Ásia e norte da África, o Javali foi introduzido no Brasil a partir da década de 1960, principalmente para o consumo de sua carne no sul do país. Esse animal está na lista das 100 piores espécies exóticas invasoras do mundo pela União Internacional de Conservação da Natureza.Por serem animais muito agressivos e de fácil adaptação, realizam reprodução descontrolada e não possuem predadores naturais. Isso gera uma série de impactos ambientais e socioeconômicos, principalmente em pequenos agricultores.<h2>3. Mexilhão-dourado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09015628050002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Originário da Ásia, o mexilhão-dourado é um molusco bivalve que chegou à América do Sul provavelmente de modo acidental na água de lastro dos navios cargueiros. Eles teriam entrado no Brasil pela Argentina, mas atualmente a espécie já foi detectada em quase toda a região Sul e em vários pontos do Sudeste e Centro-Oeste.Durante a fase larval, o mexilhão-dourado se locomove livremente pela água até terminar se alojando em superfícies sólidas, onde se fixa e cresce formando grandes colônias. Por ter uma grande capacidade de reprodução e dispersão, além de não ter predadores no Brasil, tornou-se uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120980-peixe-invasor-em-noronha-esta-em-se-reproduzindo-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécie invasora</a>.<h2>4. Sagui</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09015704408003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124000-4-fatos-sobre-o-sagui-pigmeu-o-menor-simio-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saguis</a> são animais muito carismáticos, engraçados e espertos, o que os tornaram uma das espécies exóticas invasoras mais conhecidas pela população. Nativos da região Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil, esses pequenos primatas foram introduzidos em locais distintos do seu habitat por consequência do tráfico de animais silvestres.Embora tenham a simpatia da população, são animais que exigem cuidados redobrados por transmitirem doenças contagiosas, sem contar que apresentam comportamento agressivo em alguns casos. Onde são inseridos, esses macaquinhos assumem postura territorialista, expulsando espécies nativas e tomando conta do ambiente. Por fim, são predadores de répteis, aves e seus ovos.<h2>5. Caramujo-gigante-africano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09015757085004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Atualmente, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120584-7-fatos-sobre-o-bizarro-caramujo-gigante-africano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caramujo-gigante-africano</a> é a espécie exótica invasora que mais causa danos ao meio ambiente e à agricultura no Brasil. Esses animais foram trazidos ao Brasil pelos criadores de escargot, um caramujo comestível muito apreciado pelo ser humano. Porém, não recebeu a mesma aceitação popular.A população desses animais se prolifera rapidamente em estações chuvosas. Quando dominam um ambiente, os caramujos-gigantes-africanos não apenas consomem as safras dos agricultores, mas também geram custos econômicos inimagináveis. Além disso, são portadores de organismos parasitas, incluindo organismos que prejudicam pessoas e plantas.</body>

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5 espécies invasoras do Brasil que causam desequilibro ambiental

Imagem de Conheça os 8 tipos de feijão produzidos no Brasil no megacurioso

Principal parceiro do arroz no almoço ou janta dos brasileiros, o feijão apresenta tipos bem variados entre si

O brasileiro n&atilde;o dispensa um bom prato de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117508-vilarejo-no-japao-ganha-fama-por-arte-em-plantacoes-de-arroz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arroz</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120502-deixar-o-feijao-de-molho-antes-de-cozinhar-e-correto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feij&atilde;o</a>, utilizando geralmente o feij&atilde;o carioca ou o preto para combinar com o gr&atilde;o branco. Por&eacute;m, o que muitos desconhecem &eacute; que existe uma variedade ainda maior desse alimento do que s&oacute; aquela dispon&iacute;vel no mercado.
Ficou curioso para conhecer mais alguns tipos de feij&atilde;o? Ent&atilde;o confira a lista a seguir:
<h2>1. Feij&atilde;o carioca</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/08/08155147833255.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Apresentando uma colora&ccedil;&atilde;o bege com listras marrons, &eacute; o tipo de feij&atilde;o mais comum do norte ao sul do pa&iacute;s. Ele se tornou bastante popular no Brasil a partir da d&eacute;cada de 1970 e ganhou esse nome por conta de sua semelhan&ccedil;a com o piau carioca.
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118964-por-que-feijao-carioca-se-no-rio-se-come-mais-o-feijao-preto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que "feij&atilde;o carioca" se no Rio se come mais feij&atilde;o preto?</a>
<h2>2. Feij&atilde;o preto</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Getty Images)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/brown-bowl-full-of-dry-black-beans-hands-full-of-imagem-royalty-free/1356917589"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/08/08155221759256.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Acredite: apesar do nome do primeiro tipo de feij&atilde;o, o preto &eacute;, de fato, o mais consumido por aqueles que moram no Rio de Janeiro.
Um dos principais ingredientes das feijoadas, ele &eacute; bastante rico em fibra e o segundo mais consumido em nosso territ&oacute;rio.
<h2>3. Feij&atilde;o branco</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/08/08155242355258.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O feij&atilde;o branco &eacute; um dos tipos que se afasta da combina&ccedil;&atilde;o com o arroz, sendo mais encontrado em saladas, sopas ou ensopados.
Pelo fato de n&atilde;o ser muito popular no Brasil, h&aacute; poucas &aacute;reas de plantio desse alimento que normalmente &eacute; mais consumido em S&atilde;o Paulo e no Rio Grande do Sul, junto com a lingui&ccedil;a calabresa ou com dobradinhas.
<h2>4. Feij&atilde;o fradinho</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/08/08155329513263.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Tal como o feij&atilde;o branco, o feij&atilde;o fradinho tamb&eacute;m &eacute; mais popular por conta de sua combina&ccedil;&atilde;o com ingredientes comuns de uma salada. Entretanto, ele tamb&eacute;m encontra outras utilidades: na Bahia, ele &eacute;&nbsp; utilizado nos famosos acaraj&eacute;s, apenas para citar um exemplo.
<h2>5. Feij&atilde;o vermelho</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/08/08155359493267.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O feij&atilde;o vermelho &eacute; outro tipo bastante consumido no Brasil, especialmente no famoso feij&atilde;o tropeiro. Mas tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel combin&aacute;-lo com sopas e carnes, ajudando a gerar bastante caldo para esses pratos.
<h2>6. Feij&atilde;o verde</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/08/08155516302279.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Quem mora no Sul ou Sudeste do Brasil talvez n&atilde;o conhe&ccedil;a muito o feij&atilde;o verde, mas ele &eacute; bastante popular no Nordeste. Ele possui mais prote&iacute;nas que a ervilha e a vagem, sendo utilizado como ingrediente principal ou secund&aacute;rio em diversos pratos.&nbsp;
<h2>7. Feij&atilde;o cavalo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/08/08155611416281.jpg" alt="(Fonte: fahrwasser/Deposit Photos)" />(Fonte: fahrwasser/Deposit Photos)
Uma das principais caracter&iacute;sticas do feij&atilde;o cavalo &eacute; a firmeza depois de cozido, fazendo com que n&atilde;o solte muito caldo em seu preparo. Por esse motivo, ele &eacute; muito popular em algumas regi&otilde;es do Sul, onde &eacute; servido como acompanhamento em churrascos.
<h2>8. Feij&atilde;o jalo</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Getty Images)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/jalo-beans-in-pot-and-wooden-spoon-on-bamboo-wood-imagem-royalty-free/1135799665"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/08/08155700924282.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Apesar de ser plantado em nosso pa&iacute;s, ele &eacute; pouco consumido localmente e acaba tendo grande parte da sua produ&ccedil;&atilde;o exportada para pa&iacute;ses &aacute;rabes. Quando encontrado &eacute; usado para engrossar feijoadas ou servir como base para o feij&atilde;o tropeiro.

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Conheça os 8 tipos de feijão produzidos no Brasil

Imagem de 7 mistérios das florestas tropicais que desafiam a ciência no megacurioso

A imensidão das florestas tropicais oferece muitas questões para a ciência responder — mas as dessa lista se mostraram um pouco mais difíceis

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciência</a> é feita de questionamentos e das experiências feitas para tentar respondê-los — e isso geralmente cria novas perguntas, mantendo a ciência viva. Florestas tropicais, como a nossa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119842-dia-da-amazonia-a-riqueza-do-patrimonio-natural-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a>, estão entre os locais que mais geram questionamentos. Afinal, são lugares imensos, com milhares de espécies de animais, plantas e seres vivos para estudar.Nesse artigo, nós listamos 7 questões sobre as florestas tropicais que ainda estão trabalhando para responder — e que estão se mostrando mais desafiadores que o comum. Novas hipóteses e pesquisas estão sempre surgindo, mas talvez a ciência demore para ter explicações definitivas para esses fenômenos.<h2>1. O "Sedahenge" do Peru</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30153932681271.jpg" alt="(Fonte: TroySAlexander/Tambopata Research Center)">(Fonte: TroySAlexander/Tambopata Research Center)Assim como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/121285-stonehenge-era-um-calendario-solar-na-antiguidade-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stonehenge é uma formação de pedras</a> que ninguém sabe de onde surgiu ou como foi construída, essas pequenas teias de aranha estão intrigando os cientistas há anos. Por isso, foram batizadas de Silkhenge — silk significa "seda", em inglês.As curiosas teias foram descobertas nas florestas tropicais do Peru, em 2013. Mas ninguém as viu sendo feitas e ainda não se sabe qual espécie de aranha é responsável por elas. A única coisa que os pesquisadores encontraram por perto foram filhotes de aranha – que ainda não tinham capacidade de criar teias e não sobreviveram após serem encontrados.Por enquanto, acredita-se que os Silkhenges possam servir para proteger os filhotes dessa espécie misteriosa de formigas ou para capturar ácaros que servem de alimento.<h2>2. O rio fervente de Mayantuyacu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30155334384273.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Rios e lagos com água quente são comuns em vários lugares — inclusive no Brasil, onde há vários <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/101814-15-destinos-que-o-brasileiro-precisa-descobrir-em-2017.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polos turísticos de águas termais</a>. Contudo, um rio que praticamente ferve é algo muito curioso... Esse é outro mistério encontrado nas florestas tropicais do Peru.&nbsp;O Shanay-Timpishka é um afluente do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120159-voce-sabia-que-o-rio-amazonas-tem-raizes-na-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio Amazonas</a> e não é muito grande: tem apenas 6,4 km de comprimento, 25 metros de largura máxima e 6 metros de profundidade máxima. Mas a sua água passa dos 80?°C ou 90?°C com frequência.&nbsp;Os cientistas não conseguem explicar porque esse rio é tão quente, já que não há atividade vulcânica ou fontes hidrotermais na região. A teoria mais aceita é que a água das chuvas cai pela terra, aquece e alimenta o calor do rio ao longo de seu curso.&nbsp;<h2>3. Uma baleia-jubarte no Pará</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30160827516289.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Saindo do Peru e indo para a Amazônia brasileira, temos um mistério parcialmente respondido: em 2019, uma baleia-jubarte foi encontrada num manguezal na Ilha de Marajó — bem acima de onde o Rio Amazonas encontra o mar. Como ela foi parar lá?As <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116977-fotos-com-baleias-jubarte-revelam-a-beleza-do-mundo-aquatico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baleias-jubarte</a> viajam bastante e passam por boa parte da costa brasileira em sua migração anual para a Antártida. Mas elas não costumam passar pela Região Norte, muito menos no mês de fevereiro, quando esta foi encontrada.&nbsp;Como se tratava de um filhote com cerca de um ano de vida, a hipótese mais provável é que ele se perdeu do grupo durante a migração anual. Perdido, o filhote acabou chegando ao rio e morreu na água doce. A água, então, jogou sua carcaça no manguezal.&nbsp;De qualquer maneira, achar baleias encalhadas na Região Norte do Brasil continua sendo um acontecimento muito raro.<h2>4. Um novo primata brasileiro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30162554153306.jpeg" alt="(Fonte: Adriano Gambarini/WWF Brasil)">(Fonte: Adriano Gambarini/WWF Brasil)Só para você ter ideia dos mistérios que a ciência ainda está desvendando sobre a Amazônia, quase 400 espécies foram descobertas em um só ano, entre 2014 e 2015. Entre elas, uma das mais interessantes é o Plecturocebus miltoni — ou zogue-zogue rabo-de-fogo.O nome científico é uma homenagem ao primatologista brasileiro Milton Thiago de Mello e o nome popular faz referência à cor chamativa do rabo do animal. Mas fora seu visual e o local onde vivem, pouco se sabe sobre eles: como esses primatas são ariscos e vivem no alto das árvores, é meio complicado observá-los.&nbsp;Sabe-se, contudo, que essa espécie é bem territorialista, come frutas, vocaliza bastante e vive em grupos pequenos — geralmente formados por um casal monogâmico e seus filhotes.Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119221-conheca-o-macaco-dourado-de-nariz-arrebitado-ameacado-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça o macaco-dourado-de-nariz-arrebitado, ameaçado de extinção</a><h2>5. As primeiras civilizações da América do Sul</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30163908253317.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A gente sabe que existiam humanos na América do Sul muito antes da chegada dos europeus, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118445-o-que-fez-cabral-em-1500-descobriu-ou-conquistou-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">por volta do ano 1500 d.C</a>. E também sabe que nosso continente foi o último onde os humanos colocaram seus pés, cerca de 12 mil anos atrás.&nbsp;Fora isso, a arqueologia sabe pouco sobre esses primeiros humanos que chegaram à América do Sul e como eles vivam. Foi apenas em 2017 que pesquisadores encontraram pinturas rupestres na floresta colombiana, mostrando animais como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117819-megaterio-conheca-as-preguicas-gigantes-que-viviam-nas-americas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">preguiças-gigantes</a> e mastodontes.&nbsp;A convivência de nossos ancestrais com essas espécies, já extintas, intriga os cientistas. Muitos estudos ainda devem ser feitos sobre essas pinturas para explicar como era a vida na América do Sul pré-histórica.&nbsp;<h2>6. A vida na tribo Piripkura</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/14cnpfBEWeo" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Esse outro mistério humano da Amazônia brasileira envolve uma história bem triste: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120623-a-etnia-indigena-brasileira-que-esta-prestes-a-desaparecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a tribo indígena Piripkúra está prestes a desaparecer</a>. Assim, a ciência jamais poderá estudar o seu idioma ou seus modos de vida.&nbsp;Os Piripkúra, que vivem no norte do Mato Grosso, foram uma dos últimas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106417-5-das-tribos-mais-isoladas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"tribos isoladas"</a> a se integrar com a sociedade brasileira, nos anos 1980. Porém, tão logo a "civilização" chegou em suas terras, o povo começou a definhar. Após décadas de confrontos com madeireiros, só três membros do povo Piripkúra continuam vivos.Um documentário de 2018 mostra o trabalho de um funcionário da FUNAI para encontrar os dois últimos homens Piripkúra, de modo a manter a demarcação de suas terras. Além deles, há cerca de 50 outros povos isolados na Amazônia.<h2>7. Uma nova floresta na África</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30165801362337.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para terminar a lista com uma curiosidade mais animadora, uma nova floresta foi encontrada em Moçambique, há menos de uma década. Descobrir uma nova parte do mundo é algo raro numa época onde o planeta está coberto de satélites e a gente conhece tudo, né?E veja só: foi justamente usando um satélite que o cientista Julian Bayliss descobriu o Monte Lico, em 2012 — ele estava <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/36071-5-lugares-misteriosos-avistados-atraves-do-google-earth.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explorando a região com o Google Earth</a>. Descobrir pode não ser a palavra correta, já que a pedra era visível, mas Bayliss foi o primeiro pesquisador que resolveu estudar esse local tão curioso.Trata-se de um paredão rochoso de 700 metros de altura com uma floresta no topo. Mesmo assim, a expedição de Bayliss encontrou artefatos humanos lá em cima! Uma hipótese é que tribos da região tenham enviado oferendas para agradecer pela água dos rios, que fluem do alto. Mas quase nada se sabe sobre esse povo e como eles conseguiram chegar lá.</body>

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7 mistérios das florestas tropicais que desafiam a ciência

Imagem de Sidoarjo: conheça o vulcão que expele lama na Indonésia no megacurioso

Em 2006, os habitantes da ilha da Indonésia de Java foram pegos de surpresa pela erupção de um vulcão de lama que matou 13 pessoas

Uma trag&eacute;dia tomou conta da ilha de Java no dia 29 maio de 2006: naquela noite, um vulc&atilde;o de lama entrou em erup&ccedil;&atilde;o na regi&atilde;o, uma fenda se abriu no solo e passou a expelir grandes quantidades de &aacute;gua, lama fervente e g&aacute;s natural, o que causou a morte de 13 pessoas.
A piscina fumegante criada pelo vulc&atilde;o Sidoarjo, batizado em refer&ecirc;ncia &agrave; regi&atilde;o da Java Oriental onde surgiu, rapidamente cobriu mais de 25 quil&ocirc;metros quadrado de terra e est&aacute; crescendo a uma taxa estimada de 50 mil metros c&uacute;bicos a cada dia &mdash; o equivalente a uma d&uacute;zia de piscinas ol&iacute;mpicas. Segundo cientistas, espera-se que o vulc&atilde;o de lama continue em erup&ccedil;&atilde;o por talvez mais 20 anos. Mas como &eacute; que ele surgiu? Veja s&oacute;!
<h2>Perigo para os habitantes</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Eka Dharma/AFP&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/MN4iOP2wF-gzdCi0iPvMAWZwhfi1aomUUWW3RDGE_sU/rt:fit/w:1280/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy83ZmMyY2ExNjc0/ODRlODFlMzZfZmls/ZS0yMDIyMTIxNi0x/My1naDRyZzAuanBl/Zw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01161817840407.jpg" alt="(Fonte: Eka Dharma/AFP)" />(Fonte: Eka Dharma/AFP/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Assim que a erup&ccedil;&atilde;o do vulc&atilde;o Sidoarjo se intensificou, a lama come&ccedil;ou a se espalhar pelos campos da Java Oriental. Com medo do que poderia acontecer, os residentes evacuaram a regi&atilde;o na esperan&ccedil;a de esperar o incidente com seguran&ccedil;a. Por&eacute;m, a explos&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124191-o-legado-da-mineracao-ainda-destroi-a-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lama</a> nunca foi interrompida.
Semanas depois da primeira erup&ccedil;&atilde;o, a lama continuava se espalhando pela ilha e envolvendo aldeias inteiras. Em uma medida de desespero, o governo indon&eacute;sio come&ccedil;ou a construir diques para conter a lama e impedir que ela se espalhasse. A iniciativa conseguiu interromper a avalanche de res&iacute;duos, mas n&atilde;o antes que o fluxo de lama destru&iacute;sse uma d&uacute;zia de aldeias e for&ccedil;asse 60 mil pessoas a se mudarem.
De acordo com pesquisadores, a "lama Sidoarjo" &eacute; um exemplo de uma caracter&iacute;stica geol&oacute;gica conhecida como vulc&atilde;o de lama. Esse fen&ocirc;meno ocorre quando uma combina&ccedil;&atilde;o de lama, fluidos e gases entram em erup&ccedil;&atilde;o na superf&iacute;cie da Terra. O termo "vulc&atilde;o" &eacute; apenas uma compara&ccedil;&atilde;o com os vulc&otilde;es &iacute;gneos, onde a rocha derretida vem &agrave; superf&iacute;cie.
<h2>Vulc&otilde;es de lama</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mochammad Risyal/AFP&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/oX-Tj_vz1NAAwOlCqs1sYOX_u3lEXLwnTaHj24wSmz8/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy83ZmMyY2ExNjc0/ODRlODFlMzZfZmls/ZS0yMDIyMTIxNi03/NDUwLTI5ZnVtbi5q/cGVn.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01161900925409.jpg" alt="(Fonte: Mochammad Risyal/AFP)" />(Fonte: Mochammad Risyal/AFP/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em muitos casos, a lama liberada por esse tipo de "vulc&atilde;o" borbulha at&eacute; a superf&iacute;cie de forma bastante silenciosa. Por&eacute;m, algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123847-erupcao-de-vulcao-de-gelo-e-detectada-em-cometa-no-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erup&ccedil;&otilde;es</a> podem ser bastante violentas, sem contar que a maior parte do g&aacute;s que sai de um vulc&atilde;o de lama &eacute; metano &mdash; altamente inflam&aacute;vel. Portanto, esse g&aacute;s pode acabar entrando em chamas e criar espetaculares erup&ccedil;&otilde;es de fogo.
Esse tipo de vulc&atilde;o n&atilde;o &eacute; muito conhecido na maior parte das Am&eacute;ricas, mas &eacute; relativamente comum em outras partes do mundo, incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123940-com-brasil-em-12-premio-divulga-ranking-das-melhores-culinarias-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indon&eacute;sia</a>, Azerbaij&atilde;o, Trinidad, It&aacute;lia e Jap&atilde;o. Eles se formam quando fluidos e gases se acumulam sob press&atilde;o dentro da Terra e encontram uma rota de fuga para a superf&iacute;cie por meio de uma rede de fraturas no solo.
Ent&atilde;o, os fluidos sobem por essas rachaduras, carregando lama com eles. Al&eacute;m de serem fascinantes por si s&oacute;, os vulc&otilde;es de lama tamb&eacute;m s&atilde;o &uacute;teis para os cientistas como janelas para compreender as condi&ccedil;&otilde;es do interior do planeta. Esses vulc&otilde;es podem envolver materiais de at&eacute; 10 quil&ocirc;metros abaixo da superf&iacute;cie da Terra, de modo que sua qu&iacute;mica e temperatura podem fornecer informa&ccedil;&otilde;es &uacute;teis sobre os processos que acontecem debaixo do solo e n&atilde;o seriam revelados de outra maneira.&nbsp;

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Sidoarjo: conheça o vulcão que expele lama na Indonésia

Imagem de As 6 cidades mais sustentáveis do mundo no megacurioso

Saiba quais foram as cidades que ocuparam as primeiras posições no ranking de cidades mais sustentáveis em 2022

<head></head><body>Apesar dos desafios para atender uma agenda sustentável serem consideráveis para cidades que já possuem um modelo de desenvolvimento consolidado, não faltam oportunidades de investir em formas de promover a sustentabilidade.Avaliar quais locais são destaque nesse sentido, portanto, pode ser uma maneira de destacar projetos e ações que merecem ser espalhadas e adotadas ao redor do mundo.&nbsp;Pensando nisso, a partir de uma análise que considerou os impactos ambientais, sociais e econômicos, a Arcadis listou as cidades mais sustentáveis do planeta em 2022. Confira, agora, quais são elas:<h2>1. Oslo (Noruega)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01120013860176.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/Reprodução)Sob o ponto de vista ambiental, a capital da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116622-conheca-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-a-vida-na-noruega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Noruega</a> apresenta vários elementos que a fazem merecer a primeira posição, como a ampliação da frota de ônibus e de automóveis elétricos e a grande disposição de espaços verdes, a exemplo de ruas destinadas exclusivamente aos pedestres. Oslo também apresenta redução nos índices de poluição do ar, contribuindo tanto para a elevação da qualidade de vida da população quanto para atenuar os danos ambientais.<h2>2. Estocolmo (Suécia)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01120018902177.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/Reprodução)A capital sueca é considerada modelo em vários aspectos, não causando surpresa por aparecer na segunda posição. Além da preocupação com a poluição do ar e o incentivo ao uso de meios de transporte sustentáveis, como a bicicleta, a cidade de Estocolmo também é um polo de investimentos em energia verde. Na cidade, 99% do lixo gerado é reciclado – e a meta é zerar o desperdício.<h2>3. Tóquio (Japão)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01120020996179.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/Reprodução)O que torna a capital do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123903-conheca-o-imperio-japones-um-dos-mais-genocidas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a> um dos destaques, sendo a única cidade fora da Europa presente entre os primeiros colocados, é a promoção do uso de energias renováveis, com destaque nos esforços utilizar a tecnologia como meio de mitigar os problemas ambientais, o que contribui para o desenvolvimento de soluções inovadoras. Um dos planos ambiciosos que a cidade de Tóquio possui é o de zerar as emissões de carbono até 2050.<h2>4. Copenhague (Dinamarca)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01120023224181.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/Reprodução)A cidade de Copenhague, eleita capital verde europeia no ano de 2014 e famosa por ser uma das melhores do mundo para ciclistas, também está no topo do ranking de cidades sustentáveis, mostrando o quanto a constante adoção de práticas mostra resultados a médio e longo prazo. A cidade também é referência na produção de energia eólica captada em alto mar, fruto de projetos iniciados nos anos 1970.<h2>5. Berlim (Alemanha)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01120026209183.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/Reprodução)Além da grande presença de áreas verdes, a cidade é destaque em programas de redução na emissão de poluentes, estimulando a expansão do setor de energia renovável. Há outros projetos de caráter ambiental que atuam há décadas, como o de gestão dos resíduos sólidos, iniciado nos anos 1970, que promove o reaproveitamento dos materiais. Além disso, Berlim conta com uma excelente infraestrutura de transportes, contribuindo com a redução do uso de automóveis.<h2>6. Londres (Inglaterra)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01120028516184.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/Reprodução)A cidade inglesa também conta com uma lista de pontos que a colocam numa posição de destaque, dentre eles, a ampla presença de áreas verdades espalhadas, que possuem um papel importante para os problemas enfrentados pela poluição do ar. Ao todo, são mais de 3 mil parques. E não é de hoje que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119273-o-primeiro-semaforo-instalado-em-londres-no-sec-xix-trouxe-caos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Londres</a> se mostra disposta a superar desafios de grande magnitude, a exemplo da bem-sucedida despoluição do Rio Tâmisa (maior que o Rio Pinheiros, em São Paulo, para efeito de comparação), ocorrida entre 1958 e 1980.<h2>Afinal, onde estão as cidades brasileiras?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01120030838185.jpg" alt="(Shutterstock/Reprodução)">(Shutterstock/Reprodução)A cidade brasileira mais bem posicionada no ranking é São Paulo, na 84ª posição, seguida pelo Rio de Janeiro na 87ª. A capital fluminense também é citada no relatório como uma das cidades com potencial para se desenvolver nesse aspecto ambientalista, necessitando de maiores investimentos para isso.Apesar dos desafios vivenciados, é possível apostar em modelos mais sustentáveis de diversas formas. Afinal, como mostram algumas das cidades elencadas nas primeiras posições, isso não significa que os problemas tenham acabado, mas que é possível trilhar um caminho seguro rumo ao desenvolvimento sustentável.</body>

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As 6 cidades mais sustentáveis do mundo

Imagem de Síndrome de Realimentação: por que não se resolve facilmente a desnutrição? no megacurioso

Saiba mais sobre a síndrome que está afetando os indígenas da tribo Yanomami

<head></head><body>Nos últimos dias, veio a público o cenário desolador pelo qual a Tribo Yanomami, que habita a região amazônica próximo à fronteira com a Venezuela, tem passado. Após sofrer com anos de desassistência, que se refletiram tanto na falta de cobertura sanitária quanto na ausência na disponibilização de recursos, inclusive na pandemia de covid-19, as consequências foram as piores possíveis.Denúncias já haviam apontado que população era vítima da contaminação com mercúrio, resultado da expansão dos garimpos ilegais. Além de afetar a população local e as gerações futuras, já que a concentração de substâncias tóxicas também prejudica a gravidez, a concentração explica a maior ocorrência de malária entre os indígenas.Não bastasse isso, os povos passaram a sofrer com desnutrição grave. Os relatos de quem visitou a região são unânimes, apontando que se trata de uma tragédia humanitária comparável à vivenciada por povos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121215-os-5-paises-mais-pobres-do-mundo-em-2021.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">áfrica subsaariana</a>. Nesse cenário de guerra, pelo menos 99 crianças indígenas morreram e 1000 adultos necessitaram de atendimento médico emergencial.<h2>Fome e seus impactos na saúde</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/26/26154954604379.jpg" alt="Indígenas sofrem com desnutrição grave. (Fonte: Shutterstock)">Indígenas sofrem com desnutrição grave. (Fonte: Shutterstock)Depois de passar por um período prolongado num regime de subnutrição, mudanças bruscas na dieta trazem riscos que não são tão evidentes e geram preocupação. Tudo isso porque o organismo tende a desenvolver a Síndrome de Realimentação&nbsp;(SR).&nbsp;Com esse risco, reintroduzir uma dieta balanceada é uma tarefa ainda mais complicada do que se parece.Essa condição pode afetar pessoas que perderam mais de 10% do seu peso, que sofrem de algum tipo de distúrbio alimentar, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/42318-4-casos-surpreendentes-de-anorexia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anorexia</a> e bulimia, ou mesmo desnutrição devido à má absorção dos alimentos pelo organismo, além da presença de outras doenças, como o câncer.Assim como ocorre a perda da massa corporal, também há mudanças no metabolismo, visando adaptar o corpo à nova realidade, fazendo com que ele fique mais lento e exigindo menos nutrientes. Nesse sentido, a deficiência de fosfato, potássio e magnésio costumam ser as mais comuns, mas devido às mudanças na concentração de sódio e água, também pode ocorrer desidratação.<h2>Efeitos da Síndrome de Realimentação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/26/26154956744380.jpg" alt="Subnutrição gera danos profundos ao organismo. (Fonte: Shutterstock)">Subnutrição gera danos profundos ao organismo. (Fonte: Shutterstock)Quando a dieta é retomada, o organismo ainda não está pronto para processá-la justamente devido à falta de nutrientes, e pode desenvolver uma série de complicações, como problemas respiratórios, convulsões, fraqueza cardíaca, tontura, e provocando até mesmo a falência de órgãos, caracterizando a Síndrome de Realimentação. Ou seja, para um povo já atingido pela fome, a solução é muito mais complicada que "somente alimentar".Por isso, o processo de reintrodução da alimentação deve ocorrer de forma gradual e com acompanhamento especializado, evitando que qualquer sinal de alerta passe despercebido. Para tanto, também deve ser realizado um exame de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a> para identificar as deficiências nutricionais e, assim, proporcionar uma alimentação adequada.O tempo necessário para que a dieta seja plenamente restabelecida pode ser maior que o esperado, levando semanas. Ter um massacre dessa magnitude em nosso próprio país torna ainda mais evidente o quanto mudar esse cenário pode ser desafiador. Por ora, o Governo Federal adotou medidas emergenciais para ampliar a assistência aos mais de 30 mil yanomamis.</body>

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Síndrome de Realimentação: por que não se resolve facilmente a desnutrição?

Imagem de Como seria o planeta sem estradas? no megacurioso

Já parou para pensar nessa possibilidade?

<head></head><body>Desde o século XX que cultivamos a ideia de um futuro altamente modernizado, em que aconteceriam as especulações feitas por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119206-sindrome-de-frankenstein-o-medo-da-rebeliao-das-maquinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mary Shelley</a> ainda em 1818 sobre a dominação das máquinas sobre a humanidade.Esse delírio com a possibilidade foi chamado, em alguns casos, de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121649-retrofuturismo-a-maneira-de-idealizar-um-futuro-melhor-e-avancado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">retrofuturismo</a>, que propôs que o mundo seria dominado por carros voadores, armas de raio, cidades flutuantes, e um estilo de vida global belo e engenhoso — o que adiciona, ainda mais, um tom utópico para a coisa.Bem pouco disso chegou a acontecer – e não exatamente da maneira que os soviéticos, por exemplo, imaginavam que seria antes do início da década de 1920.Em meio a isso que surgiu a ideia:&nbsp;como seria o mundo sem estradas?<h2>O início de tudo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20154040953254.jpg" alt="(Fonte: Reader's Digest/Reprodução)">(Fonte: Reader's Digest/Reprodução)O mundo tem cerca de 64 milhões de quilômetros apenas em estradas, entre regiões pavimentadas e não pavimentadas. Sua existência é uma resposta direta à <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123046-desglobalizacao-como-o-controverso-movimento-afeta-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">globalização</a> e o crescimento populacional do planeta, contribuindo de maneira crucial para o desenvolvimento econômico que traz benefícios sociais importantes para qualquer nação – sobretudo na luta contra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123633-6-formas-como-a-pobreza-definiu-o-rumo-das-civilizacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pobreza</a>.O antigo provérbio “Todos os caminhos levam à Roma” – que hoje pode ser interpretado como “todas as escolhas levam ao mesmo resultado” –, documentado pela primeira vez por Geoffrey Chaucer em 1391, faz referência literal à engenhosidade única e altamente tecnológica do sistema de estradas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Romano</a>.As estradas foram fundamentais para o movimento terrestre de exércitos, funcionários, civis e o transporte de comunicações oficiais e mercadorias. Elas foram construídas em vários tipos, de pequenas e locais até rodovias largas e de longa distância feitas para conectar cidades, grandes vilas e bases militares.Com o passar dos séculos e o aumento da população mundial, as estradas acabaram se tornando um problema. Em 1863, quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/roteiros/83919-metro-de-londres-completa-150-anos-e-tem-seu-mapa-revisitado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Londres inaugurou a primeira linha de metrô do mundo</a>, a iniciativa queria desafogar um pouco o tráfego da cidade que crescia cada vez mais com a industrialização.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20155133893260.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/Reprodução)A princípio, apenas considerado um atalho não muito popular, visto que os trens eram movidos a vapor, o metrô ganhou o gosto público com a modernização de seus meios, principalmente na transição para a eletricidade. Rapidamente, ele se tornou influente entre os pedestres e uma grande atração turística, principalmente por transportar pessoas pela cidade com rapidez e eficiência sem que ninguém visse.A ideia de algo subterrâneo, segundo o geógrafo cultural Bradley Garrett, da Universidade de Dublin, dá a ilusão de perfeição. “Há quase algo mágico nisso”, disse ele. Entre os trens, linhas de alta tensão, tubulações, cabos e esgotos, as estradas estão entre um dos desejos da sociedade.<h2>Um mundo ideal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20155446792265.jpg" alt="(Fonte: Newsweek/Reprodução)">(Fonte: Newsweek/Reprodução)Em um futuro em que a sustentabilidade é a aposta principal para que os humanos possam continuar vivendo em harmonia com o planeta, as estradas não parecem se encaixar. Isso porque essas tiras de asfalto que cruzam cidades, países, espaços verdes e ecossistemas não só transformam a vida cotidiana mais caótica quanto altera de maneira irreversível a paisagem.Pelo caminhar do desenvolvimento, é previsto que as estradas cresçam ainda mais, cerca de 25 milhões de quilômetros até 2050, à medida que a população mundial aumenta, o que significa que mais carros dominarão as ruas. Estima-se que até 2040 haja dois bilhões de automóveis circulando pelo mundo, com níveis totais de tráfego aumentando em mais de 50%.Existe o compromisso de muitas nações entrarem em neutralidade na emissão de carbono até lá, mas a ideia de que as estradas vão parar de crescer não está nem um pouco à vista. Isso pode garantir a dra. Niamh Collard, autora da pesquisa “Estradas e a política do pensamento: abordagens etnográficas para o desenvolvimento de infraestrutura no sul da Ásia”.&nbsp;“O domínio das estradas e a compreensível aspiração à mobilidade que elas inspiram permanecem tão fortes como sempre”, disse ela ao SOAS University of London.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20160136729275.jpg" alt="(Fonte: Discover Magazine/Reprodução)">(Fonte: Discover Magazine/Reprodução)Em um mundo ideal, a realocação das estradas para o subterrâneo resultaria em mais espaço, ou seja, mais terra para agricultura e renaturalização, ajudando a aumentar a vida selvagem e extrair carbono do ar.Grandes extensões verdes significam maior absorção de água, muito diferente do concreto não pérvio, fornecendo proteção contra inundações. Em um cenário em que a crise climática aumenta, as árvores poderiam reduzir as temperaturas em até 40% durante o dia, uma realidade utópica para o momento – e para futuro, pelo visto.A iniciativa da cidade de Boston, nos EUA, em transformar a Insterstate 93, principal estrada no coração da cidade, em um túnel com 5,6 quilômetros –, criou mais de 121 hectares de terra aberta. O Big Dig, como foi chamado o megaprojeto, conectou mais a população em um espaço verde com fontes, exposições de arte e festivais de música.Além disso, o benefício de um mundo sem estradas, fora diminuir a barreira física da segregação social, também forneceria mais espaço para moradias. Em 2021, um relatório que analisou os impactos do fechamento de rodovias em Seattle descobriu que poderia religar os bairros e oferecer espaço para 0,44 milhão de metros quadrados de casas.Triste é saber que isso em grande escala é uma realidade cada vez mais utópica.</body>

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Como seria o planeta sem estradas?

Imagem de Como países estão trabalhando para limitar emissões de carbono? no megacurioso

Conheça algumas das medidas práticas que estão sendo tomadas por governos nacionais para cortar as emissões de carbono

<head></head><body>Após a virada do ano, os Estados Unidos decidiram começar o ano de 2023 com um planejamento ambicioso: reduzir a poluição de carbono gerada pelo país. Inspirado pelo que tem acontecido na Califórnia, o governo do estado de Washington decidiu lançar o programa "cap-and-invest", que estabelece um "limite" estadual para as emissões de gases de efeito estufa (GEE) — diminuindo constantemente com o tempo.Sendo assim, as "licenças" de poluição, que permitem uma empresa ter uma cota de emissões por ano, se tornarão cada vez mais caras, o que é um incentivo para que o mercado se torne ecologicamente correto e arrecade mais dinheiro para combater as mudanças climáticas. Porém, essas não são as únicas mudanças efetivas que vêm acontecendo em âmbito global para frear as emissões de carbono. Veja só!<h2>Incentivos em energia limpa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/17140227480265.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Segundo o relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia, aproximadamente um terço da capacidade global de produção de eletricidade atualmente vem de fontes de baixo carbono — sendo 26% de fontes renováveis e cerca de 10% oriundas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123756-tecnica-de-fusao-nuclear-pode-gerar-energia-limpa-infinita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia nuclear</a>.O restante, no entanto, ainda vem de combustíveis fósseis responsáveis pelas grandes taxas de emissão de GEEs. Contudo, o objetivo é que o investimento anual em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123923-existe-uma-maneira-de-produzir-energia-limpa-inesgotavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia limpa</a> triplique até 2030 caso o mundo ainda queira atingir emissões líquidas zero até o ano de 2050.Nos últimos anos, os Estados Unidos têm demonstrado esforços incessantes para diminuir os índices de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124043-a-china-esta-matando-o-mundo-com-seus-nevoeiros-de-poluicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poluição</a> e apresentar progressos para reduzir o uso de combustíveis fósseis. Em 2022, a energia limpa representou 67% da nova capacidade de geração elétrica em solo norte-americano.&nbsp;<h2>Medidas internacionais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/17140229939266.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Engana-se quem pensa que os EUA são o único país em busca de diminuir as taxas de emissão de gases poluentes. Por exemplo, a Alemanha começou a oferecer passagens mensais de transporte público por 9 euros desde junho do ano passado. Isso fez com que mais de 52 milhões de pessoas aproveitassem essa medida e reduzissem consideravelmente o uso de carros no país.No ano passado, as emissões de dióxido de carbono (CO²) caíram em 1,8 milhão de toneladas na região, segundo a principal organização de transporte público da Alemanha. A Suécia, por sua vez, implementou políticas ambiciosas de impostos sobre o carbono, o que vem contribuindo para a descontinuação dos combustíveis fósseis no país.A Noruega é outro que tem demonstrado resultados impressionantes, com um rápido aumento da energia renovável que estimula a produção local. Por fim, o maior exemplo de país onde o crescimento econômico e as emissões de CO2 divergem cada vez mais talvez seja o Reino Unido. Entre 2000 e 2014, os britânicos atingiram seis anos de dissociação absoluta, onde o Produto Interno Bruto (PIB) real cresceu enquanto as emissões de carbono diminuíram.Sendo assim, os novos modelos de negócio demonstram que a ideia de que o uso de combustíveis fósseis e outras medidas industrializadas bastante poluentes estavam diretamente atreladas ao sucesso financeiro é bastante retrógrada, provando que o mundo atual pode ser bem-sucedido e limpo.</body>

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