Imagem de Exposição da mãe a toxinas prejudica imunidade dos filhos  no megacurioso

Estudo da Universiade de Rochester sugere que grande exposição de mulheres a toxinas pode prejudicar o sistema de defesa fisiológico dos filhos e das gerações futuras

Que a exposi&ccedil;&atilde;o a polui&ccedil;&atilde;o prejudica a sa&uacute;de n&atilde;o &eacute; novidade para ningu&eacute;m, mas um estudo desenvolvido na Universidade de Rochester e publicado na iScience sugere que a exposi&ccedil;&atilde;o onipresente a polui&ccedil;&atilde;o industrial pode prejudicar a imunidade por gera&ccedil;&otilde;es, enfraquecendo as defesas do corpo contra infec&ccedil;&otilde;es, como o v&iacute;rus influenza, de m&atilde;es, filhos, netos, bisnetos, e por a&iacute; vai.

Paige Lawrence, do departamento de medicina ambiental do Centro M&eacute;dico da Universidade de Rochester, explica que o estudo sugere que os impactos no sistema imunol&oacute;gico podem ser sentidos por gera&ccedil;&otilde;es. Ela diz ainda que, apesar de outros estudos j&aacute; mostrarem que a exposi&ccedil;&atilde;o a poluentes pode impactar nas fun&ccedil;&otilde;es do sistema reprodutivo, respirat&oacute;rio e nervoso por v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es, a atual pesquisa mostra de forma in&eacute;dita que a exposi&ccedil;&atilde;o afeta tamb&eacute;m a imunidade.

Os pesquisadores explicam que o enfraquecimento multigeracional da imunidade&nbsp;pode ajudar a explicar varia&ccedil;&otilde;es durante epis&oacute;dios sazonais e de pandemia de gripe, uma vez que as vacinas anuais fornecem mais prote&ccedil;&atilde;o a algumas pessoas do que a outras. Al&eacute;m disso, durante os surtos de gripe pand&ecirc;mica, algumas pessoas ficam gravemente doentes, enquanto outras combatem a infec&ccedil;&atilde;o.

<div style="text-align:center">
<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/09/09215600307308.jpg" width="960" />
<figcaption>Fonte: Pixabay 
</figcaption>
</figure>
</div>

Alguns fatores, como idade e muta&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, podem explicar essa varia&ccedil;&atilde;o, mas a diversidade de respostas tem outros aspectos envolvidos. &ldquo;Quando voc&ecirc; &eacute; infectado ou recebe uma vacina contra a gripe, o sistema imunol&oacute;gico aumenta a produ&ccedil;&atilde;o de tipos espec&iacute;ficos de gl&oacute;bulos brancos em resposta. Quanto maior a resposta, maior o ex&eacute;rcito de gl&oacute;bulos brancos, aumentando a capacidade do corpo de combater com &ecirc;xito uma infec&ccedil;&atilde;o. Ter um ex&eacute;rcito de tamanho menor &mdash;&nbsp;o que vemos em v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es de ratos neste estudo &mdash;&nbsp;significa que voc&ecirc; corre o risco de n&atilde;o combater a infec&ccedil;&atilde;o com a mesma efic&aacute;cia&rdquo;, explica Lawrence.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Teste com ratos comprovou imunidade baixa em m&atilde;es, filhos, &ldquo;netos&rdquo; e &ldquo;bisnetos&rdquo;</h2>

Para realizar o estudo, pesquisadores expuseram camundongos prenhes &agrave; dioxina em n&iacute;veis ambientalmente relevantes. Subproduto comum da produ&ccedil;&atilde;o industrial e da incinera&ccedil;&atilde;o de res&iacute;duos, al&eacute;m de encontrada em alguns produtos de consumo, esses produtos qu&iacute;micos entram no sistema alimentar, sendo consumidos eventualmente por seres humanos. As dioxinas se acumulam &agrave; medida que avan&ccedil;am na cadeia alimentar e produtos alimentares de origem animal possuem maior concentra&ccedil;&atilde;o.

A produ&ccedil;&atilde;o e fun&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas T citot&oacute;xicas &mdash;&nbsp;gl&oacute;bulos brancos que defendem o organismo de pat&oacute;genos estranhos, al&eacute;m de procurar e destruir c&eacute;lulas com muta&ccedil;&otilde;es que podem levar ao c&acirc;ncer &mdash;&nbsp;foram prejudicadas quando os ratos foram infectados com o v&iacute;rus influenza A.&nbsp;E a resposta imune enfraquecida foi al&eacute;m. N&atilde;o apenas a prole das m&atilde;es expostas &agrave; dioxina apresentou imunidade deficiente, mas as gera&ccedil;&otilde;es subsequentes, incluindo at&eacute; os &ldquo;bisnetos&rdquo;, com efeito mais intenso nas f&ecirc;meas.

A hip&oacute;tese dos pesquisadores &eacute; de que a exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; dioxina altera a transcri&ccedil;&atilde;o de instru&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas, ou seja, n&atilde;o &eacute; a exposi&ccedil;&atilde;o que desencadeia uma muta&ccedil;&atilde;o, mas o mecanismo pelo qual os genes s&atilde;o expressos que se altera, sendo inclusive repassado para gera&ccedil;&otilde;es seguintes.

thumb-image-2024-02-29T14:04:17.081Z

Exposição da mãe a toxinas prejudica imunidade dos filhos 

Imagem de Em 1906, até restos mortais humanos eram misturados com a carne no megacurioso

O jornalista Upton Sinclair criou uma revolução ao denunciar em seu livro as condições da indústria da carne enlatada norte-americana

O t&iacute;tulo pode at&eacute; parecer tendencioso, por&eacute;m tudo n&atilde;o passa de mais um fato dantesco&nbsp;de nossa Hist&oacute;ria. Estamos falando da maior revolu&ccedil;&atilde;o industrial no ramo aliment&iacute;cio, que teve in&iacute;cio nos Estados Unidos e atingiu o mundo todo&nbsp;gra&ccedil;as ao livro-den&uacute;ncia escrito pelo ent&atilde;o&nbsp;jovem autor Upton Sinclair, intitulado como A Selva. Muito embora o romance pecasse em quest&otilde;es de literatura, com o manique&iacute;smo exacerbado e o apelo emocional pelo choque, foi a exposi&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria&nbsp;de carne enlatada americana e a explora&ccedil;&atilde;o da m&atilde;o de obra imigrante que se destacaram.



<img alt="" height="289" src="https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/917goVZ23qL.jpg" style="float:left" width="192" />&nbsp; &nbsp;&nbsp;<img alt="" height="287" src="https://media.nationalgeographic.org/assets/photos/000/346/34658_r646x902.jpg?0b681d7096c98fed718fba560e24539397ed0b91" width="206" />

(Fonte: Amazon/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp; /&nbsp; (Fonte: National Geographic Society/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp; &nbsp;&nbsp;



Talvez a doentia narrativa de&nbsp;Sweeney Todd &mdash;&nbsp;com Mrs. Lovett triturando os corpos assassinados pela vingan&ccedil;a do barbeiro diab&oacute;lico&nbsp;para acobertar o crime e incrementar o recheio de suas tortas &mdash; n&atilde;o fosse uma fic&ccedil;&atilde;o t&atilde;o absurda e distante do que o jovem jornalista presenciou. A diferen&ccedil;a era que os crimes eram outros,&nbsp;assim como o motivo&nbsp;das pessoas acabarem dentro da carne.

No ano de 1905, Sinclair foi contratado pelo jornal Appeal to Reason para fazer uma den&uacute;ncia nas f&aacute;bricas de carnes de Chicago &mdash; Swift e Armour. Durante meses, ele se fez passar por amigos ou parentes de oper&aacute;rios para conseguir trabalho. Sinclair foi com o intuito de investigar apenas as condi&ccedil;&otilde;es de trabalho das pessoas, mas acabou descobrindo um descaso ainda maior para com&nbsp;o ser humano como&nbsp;consumidor.

O que o homem viu foi que a higiene nas ind&uacute;strias basicamente n&atilde;o existia, tampouco era algo a ser levado em considera&ccedil;&atilde;o, tendo em vista que se tratava de uma &eacute;poca em que a linha de produ&ccedil;&atilde;o nunca podia parar,&nbsp;que a empresa tinha que&nbsp;vender sempre mais e&nbsp;gastar&nbsp;menos. O ambiente acumulava doen&ccedil;as e sujeiras. Os ratos andavam por todo o local, por debaixo e por cima das m&aacute;quinas e embalagens. Alimentavam-se dos restos que n&atilde;o eram limpos e devidamente descartados, inclusive andarilhavam pelas mercadorias prestes a serem despachadas e que ficavam amontoadas pelos cantos.



<img alt="" height="290" src="https://i.kinja-img.com/gawker-media/image/upload/s--5HnwvHz6--/c_fill,f_auto,fl_progressive,g_center,h_675,pg_1,q_80,w_1200/jqqpezmiv2spxas1xhir.jpg" width="515" />

(Fonte: Gizmodo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)



Nos dep&oacute;sitos, as ratoeiras recheadas com veneno&nbsp;n&atilde;o eram recolhidas pelos dirigentes. Os roedores&nbsp;ent&atilde;o morriam em meio a carne e, por vezes, eram processados junto a&nbsp;ela.

Salsichas, lingui&ccedil;as, presuntos e outros tipos de carnes que estavam em processo de apodrecimento ou j&aacute; mofados eram misturados com mat&eacute;ria prima boa para render mais e nem um&nbsp;grama ser desperdi&ccedil;ado. Os que ficavam aparentando ou cheirando mal eram devidamente maquiados com borato de s&oacute;dio e glicerina.



<img alt="" height="303" src="https://nails.newsela.com/s3/newsela-media/article_media/2017/05/lib-meat-Inspection-Act-1906-upton-sinclair-jungle-0724f346.png?crop=0%2C0%2C1366%2C768&amp;height=497&amp;horizontal_focal_point=center&amp;vertical_focal_point=center&amp;width=885" width="540" />

(Fonte: Newsela/Reprodu&ccedil;&atilde;o)



Os abatedouros mal separados dos estoques, banheiros e outros ambientes, eram uma cena de crime. Os animais levados para morrer n&atilde;o possu&iacute;am distin&ccedil;&atilde;o se estavam&nbsp;saud&aacute;veis ou&nbsp;doentes. Todos entravam para os ganchos e ganiam por horas a fio at&eacute; chegar o seu momento na esteira. O sangue coagulado que impregnava o madeirame e quase nunca era lavado&nbsp;respingava&nbsp;na &aacute;gua limpa armazenada. Ningu&eacute;m usava toucas, aventais ou m&aacute;scaras. Suor, cabelos, catarro de trabalhadores tuberculosos, germes e res&iacute;duos diversos entravam em contato direto com as carnes.

Crian&ccedil;as eram contratadas e for&ccedil;adas a trabalhar por horas sem parar, sob tantas amea&ccedil;as quanto os mais velhos. O maquin&aacute;rio sem manuten&ccedil;&atilde;o e a falta de prote&ccedil;&atilde;o ou instru&ccedil;&otilde;es adequadas era o lacre que faltava para fechar essa grande lata de abuso. Era comum as pessoas perderem dedos para as serras. Todos os dias Sinclair testemunhara um caso diferente. E esses membros ca&iacute;am na comida junto com o sangue, e a linha de produ&ccedil;&atilde;o seguia sem interrup&ccedil;&atilde;o. Nada era jogado fora. Nada parava. Em casos mais extremos, durante o preparo das sopas desidratadas, iam-se pessoas inteiras para dentro dos caldeir&otilde;es ferventes e gigantescos, sendo resgatados apenas os ossos. E a comida seguia&nbsp;sendo&nbsp;preparada. Sem desperd&iacute;cios.



<img alt="" height="267" src="https://imgix.ranker.com/user_node_img/50064/1001274306/original/plants-regularly-employed-children-photo-u1?w=650&amp;q=50&amp;fm=pjpg&amp;fit=crop&amp;crop=faces" style="float:left" width="215" />&nbsp; &nbsp;&nbsp;<img alt="" height="262" src="https://nails.newsela.com/s3/newsela-media/article_media/extra/chicago_boilingvats.jpg?width=750&amp;compression=85" width="267" />

 &nbsp;(Fonte: Ranker/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp; &nbsp; &nbsp; /&nbsp;&nbsp;&nbsp; &nbsp;(Fonte: Newsela/Reprodu&ccedil;&atilde;o)



<h2>Mas n&atilde;o havia nenhuma fiscaliza&ccedil;&atilde;o?</h2>

Bem, claro que havia. Nos dias de inspe&ccedil;&atilde;o, os fiscais iam at&eacute; a sala da diretoria, recebiam uma grande quantia em dinheiro e partiam&nbsp;sem sequer olhar a f&aacute;brica.

Com a publica&ccedil;&atilde;o de A Selva, em 1906, que s&oacute; em duas semanas vendeu mais de 25 mil c&oacute;pias e horrorizou a popula&ccedil;&atilde;o, o presidente Theodore Roosevelt enviou o Comiss&aacute;rio do Trabalho&nbsp;Charles Neil&nbsp;e o assistente social&nbsp;James Bronson&nbsp;para fazer uma inspe&ccedil;&atilde;o nas f&aacute;bricas. No entanto, ainda que o aviso dessas batidas fosse antecipado e os donos tivessem tempo de se preparar, o que os dois encontraram n&atilde;o foi nada diferente do que Sinclair havia relatado em seu livro.

Cerca de quatro&nbsp;meses depois da publica&ccedil;&atilde;o do best-seller, Roosevelt assinou a lei do Ato das Drogas e Alimentos Puros, que deu origem ao FDA (Food and Drug Administration). No mesmo ano, entrou em vigor o Ato de Inspe&ccedil;&atilde;o de Carnes.

Com todos esses m&eacute;todos que visavam garantir uma fiscaliza&ccedil;&atilde;o r&iacute;gida em tudo o que era consumido nos Estados Unidos, para importa&ccedil;&atilde;o e exporta&ccedil;&atilde;o, atrav&eacute;s de testes e exames cient&iacute;ficos, a ind&uacute;stria da carne virou de cabe&ccedil;a para baixo e seguiu destino para um novo futuro. Talvez um pouco mais limpo e digno do que poderiam ter.

thumb-image-2024-02-29T14:04:17.024Z

Em 1906, até restos mortais humanos eram misturados com a carne

Imagem de Partículas de carbono negro são encontradas em placentas no megacurioso

Estudo recente detectou carbono negro nas paredes internas de placentas humanas na Bélgica

Fumar durante a gravidez pode causar graves problemas durante a gesta&ccedil;&atilde;o e implica&ccedil;&otilde;es s&eacute;rias na sa&uacute;de do beb&ecirc; &mdash; isso n&atilde;o &eacute; novidade para ningu&eacute;m. Mas&nbsp;um estudo realizado neste ano foi al&eacute;m e mostrou como viver em &aacute;reas com alta polui&ccedil;&atilde;o do ar pode gerar complica&ccedil;&otilde;es semelhantes &agrave;s do cigarro. Os cientistas analisaram os efeitos dessa contamina&ccedil;&atilde;o no desenvolvimento fetal e detectaram part&iacute;culas de carbono negro na placenta de v&aacute;rias mulheres na B&eacute;lgica.
Liberadas no ar pela queima de combust&iacute;veis f&oacute;sseis ou madeira, as part&iacute;culas de carbono negro podem gerar s&eacute;rios efeitos &agrave; sa&uacute;de e s&atilde;o um dos poluentes mais comuns encontrados diariamente. Todas as pessoas est&atilde;o expostas a elas, uma vez que s&atilde;o liberadas por carros, inc&ecirc;ndios florestais e fog&otilde;es a lenha, mas de acordo com os pesquisadores essa foi a primeira evid&ecirc;ncia de que as subst&acirc;ncias podem ultrapassar a barreira placent&aacute;ria.
Foram examinadas amostras de 28 mulheres: 10 que vivem em &aacute;reas com alto n&iacute;vel de polui&ccedil;&atilde;o, 10 que vivem em locais com baixo n&iacute;vel de polui&ccedil;&atilde;o, 5 que tiveram partos prematuros e 3 selecionadas de forma aleat&oacute;ria e que vivem em &aacute;reas com baixo n&iacute;vel de polui&ccedil;&atilde;o.
<img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/03/03202214647248.jpg" width="960" />
(Fonte: Pixabay)
Os cientistas identificaram, utilizando imagens de alta resolu&ccedil;&atilde;o para detectar as part&iacute;culas de carbono negro, que pequenas quantidades come&ccedil;aram a se formar nas paredes internas da placenta. Apesar disso, n&atilde;o foram descobertas evid&ecirc;ncias de que esses fragmentos possam atingir o feto.
A associa&ccedil;&atilde;o aos locais com alto n&iacute;vel de polui&ccedil;&atilde;o foi inevit&aacute;vel. Todas as mulheres tinham carbono negro na placenta, mas as que vivem em &aacute;reas com mais polui&ccedil;&atilde;o estavam sujeitas a aproximadamente 2,42 microgramas por metro c&uacute;bico da subst&acirc;ncia enquanto aquelas que vivem em locais menos polu&iacute;dos apresentaram cerca de 0,63 micrograma por metro c&uacute;bico &mdash; menos do que o dobro.
A professora associada da Escola de Meio Ambiente da Universidade de Auckland explica que, apesar de n&atilde;o existir evid&ecirc;ncias de que o carbono interaja com o feto, a toxina afeta a placenta, o que pode gerar complica&ccedil;&otilde;es durante a gravidez ou no momento do nascimento. Ela afirma ainda que a polui&ccedil;&atilde;o pode explicar o baixo peso dos beb&ecirc;s.
Os pesquisadores devem continuar monitorando os beb&ecirc;s avaliados para tentar determinar se o carbono negro pode afetar o desenvolvimento infantil.

thumb-image-2024-02-29T14:04:16.391Z

Partículas de carbono negro são encontradas em placentas

Imagem de Máquinas de lavar podem espalhar bactérias entre lavagens no megacurioso

Artigo mostra que máquina de lavar é ambiente ideal para proliferação de bactéria resistente

O sonho de muitos adultos &eacute; uma m&aacute;quina de lavar moderna, eficiente e que, de prefer&ecirc;ncia, &ldquo;fa&ccedil;a tudo sozinha&rdquo;, afinal, na correria dos dias atuais&nbsp;n&atilde;o h&aacute; muito tempo a perder. Apesar de facilitar&nbsp;e muito a vida das pessoas, a m&aacute;quina de lavar pode tamb&eacute;m ser uma vil&atilde; e tanto. Pelo menos &eacute; o que descobriu um hospital alem&atilde;o ao indicar que elas podem ser um local ideal para prolifera&ccedil;&atilde;o de bact&eacute;rias, incluindo algumas resistentes capazes de infectar seres humanos.

A primeira autora do artigo que conta a descoberta, Ricarda M. Schmithausen, chama a aten&ccedil;&atilde;o para o cen&aacute;rio pouco comum para uma m&aacute;quina de lavar. O eletrodom&eacute;stico estava instalado em uma unidade de terapia intensiva neonatal e era utilizado para lavar itens para pais e beb&ecirc;s. 

Entre 2012 e 2013, testes realizados mostraram que alguns dos beb&ecirc;s rec&eacute;m-nascidos &ldquo;atendidos&rdquo; pela m&aacute;quina de lavar estavam carregando uma bact&eacute;ria resistente a medicamentos, a Klebsiella oxytoca. Apesar de n&atilde;o sofrerem com&nbsp;infec&ccedil;&otilde;es, os beb&ecirc;s tinham a bact&eacute;ria que &ldquo;pegou carona&rdquo; nas roupinhas de malha usadas para mant&ecirc;-los aquecidos e confort&aacute;veis.

A professora da Northwestern University&nbsp;que estuda a microbiologia de ambientes internos&nbsp;Erica Hartmann&nbsp;explica que em ambientes hospitalares &eacute; sabido que qualquer recipiente ou local que tenha &aacute;gua&nbsp;s&atilde;o ambientes propensos ao crescimento de bact&eacute;rias. Hartmann, que n&atilde;o participou do artigo, diz ainda que todos pensam em pias e esgotos e jamais imaginam que uma m&aacute;quina de lavar possa ser um ambiente favor&aacute;vel para as bact&eacute;rias. Mas&nbsp;elas s&atilde;o.

<img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/30/30195446545262.jpg" width="960" />

Foto: Pixabay

&ldquo;Regra&rdquo; b&aacute;sica de uma m&aacute;quina de lavar, a utiliza&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua morna e fria &eacute; fundamental para a economia de energia e reaproveitamento. Acontece que para matar a bact&eacute;ria Klebsiella oxytoca, a temperatura da &aacute;gua precisa estar acima de 60 graus celsius, descobriram os pesquisadores. A equipe ainda n&atilde;o conseguiu determinar como os micr&oacute;bios chegaram at&eacute; a m&aacute;quina de lavar, mas eles tamb&eacute;m foram encontrados em uma pia pr&oacute;xima. &ldquo;Como regra, isso normalmente n&atilde;o acontece atrav&eacute;s da rede de &aacute;gua conectada &agrave; m&aacute;quina de lavar, mas atrav&eacute;s da lavanderia que j&aacute; foi colonizada por esses pat&oacute;genos&rdquo;, explicaram os autores Daniel Exner e Schmithausen ao PopSci.

Os autores ressaltam que n&atilde;o &eacute; motivo para alarme, mas explicam que a m&aacute;quina de lavar pode espalhar bact&eacute;rias por meio das lavagens das roupas. &ldquo;&Eacute; importante saber que lavar a roupa em temperaturas normais de lavagem n&atilde;o elimina completamente as bact&eacute;rias. Mas&nbsp;as bact&eacute;rias est&atilde;o por toda parte, portanto, &eacute; improv&aacute;vel que a roupa represente um perigo espec&iacute;fico&rdquo;, disse.

Mas Hartmann faz, sim, uma recomenda&ccedil;&atilde;o importante: manter tudo seco. Locais com &aacute;gua parada s&atilde;o potenciais abrigos para bact&eacute;rias, portanto &eacute; fundamental estar atento &agrave; umidade e vazamentos.

thumb-image-2024-02-29T14:04:15.904Z

Máquinas de lavar podem espalhar bactérias entre lavagens

Imagem de Leite materno doado por bancos não é nutritivo para bebês no megacurioso

De acordo com estudo, níveis de zinco estão muito abaixo dos requisitos nutricionais necessários para bebês

Os bancos de leite espalhados por todo o mundo s&atilde;o uma alternativa potente para beb&ecirc;s prematuros e rec&eacute;m-nascidos que necessitam do leite materno e, por algum motivo, n&atilde;o conseguem acess&aacute;-lo &ldquo;naturalmente&rdquo;. Agora, um estudo da Universidade do Colorado pode ter implica&ccedil;&otilde;es em como esses bancos armazenam, preparam e distribuem o leite materno.

A pesquisa, que utilizou 138 amostras de leite materno doado pelo The Mother&rsquo;s Milk Bank, analisou o perfil cal&oacute;rico e nutritivo usando o analisador Miris Human Milk, &uacute;nico produto aprovado e dispon&iacute;vel para testagem do leite materno. Os resultados mostraram uma densidade cal&oacute;rica mais baixa do que o esperado no leite.

A professora assistente de pesquisa no departamento de pediatria da Universidade de Rochester e coautora do estudo&nbsp;Bridget Young&nbsp;lembra que &eacute; importante observar que fortificadores s&atilde;o utilizados junto ao leite materno em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal para garantir que os beb&ecirc;s prematuros recebam os nutrientes necess&aacute;rios. &ldquo;No entanto, nosso estudo pode mudar a maneira como o leite materno de doadoras &eacute; usado em outros ambientes, como em creches ou em casa&quot;, destacou.

<img alt="" height="504" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/01/01174757781327.jpg" width="968" />

Foto: Pixabay

Nos Estados Unidos, tem sido cada vez mais comum a pr&aacute;tica de pais comprarem leite materno de doadoras nos bancos de leite e, nessas situa&ccedil;&otilde;es, &eacute; importante lembrar da observa&ccedil;&atilde;o de Young sobre a reposi&ccedil;&atilde;o nutritiva. Ela diz ainda que a padroniza&ccedil;&atilde;o dos n&iacute;veis de zinco no leite materno doado &eacute; dif&iacute;cil porque o processo de medi&ccedil;&atilde;o &eacute; bastante demorado. Al&eacute;m disso, o zinco diminui consideravelmente ao longo da lacta&ccedil;&atilde;o e, em geral, os bancos de leite t&ecirc;m um estoque limitado.

O estudo sugere, ent&atilde;o, uma nova equa&ccedil;&atilde;o, que se baseia no tempo p&oacute;s-parto da doadora de leite materno&nbsp;&mdash;&nbsp;espa&ccedil;o de tempo entre o parto e o in&iacute;cio da amamenta&ccedil;&atilde;o &mdash; e&nbsp;que poderia prever o n&iacute;vel de zinco na doadora e ajudar a padronizar os bancos de leite. &ldquo;Esse ainda &eacute; um campo emergente de pesquisa e prepara o terreno para novos trabalhos sobre esse assunto. Mas, demos um passo importante ao demonstrar novas descobertas sobre a composi&ccedil;&atilde;o do leite materno das doadoras e a maneira como poderemos otimizar essa importante forma de nutri&ccedil;&atilde;o para beb&ecirc;s&rdquo;, salientou.

A pesquisa foi publicada no The Journal of Pediatrics.

thumb-image-2024-02-29T14:04:15.828Z

Leite materno doado por bancos não é nutritivo para bebês

Imagem de Balança caseira poderá medir sinais de insuficiência cardíaca no megacurioso

Pesquisadores desenvolvem equipamento que utiliza inteligência artificial para monitoramento doméstico dos sinais de problemas no coração

Imagine se as tradicionais balan&ccedil;as de banheiro pudessem, al&eacute;m de ajudar a controlar o peso, monitorar pacientes com insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca diariamente? Essa realidade parece n&atilde;o estar muito distante segundo pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Georgia, que desenvolvem um dispositivo que utiliza intelig&ecirc;ncia artificial para esse objetivo.

A ideia &eacute; que, futuramente, a vers&atilde;o comercial do aparelho permita registrar um eletrocardiograma (ECG) a partir dos dedos do paciente e &mdash;&nbsp;mais importante &mdash;&nbsp;a pulsa&ccedil;&atilde;o de sua circula&ccedil;&atilde;o (BCG). Tudo isso apenas com o toque dos p&eacute;s&nbsp;nas placas de metal na base da balan&ccedil;a. Os dados seriam transmitidos ao m&eacute;dico, que&nbsp;em caso de altera&ccedil;&otilde;es&nbsp;poderia ligar para o paciente ajustando a medica&ccedil;&atilde;o, evitando a piora do quadro e sofrimentos desnecess&aacute;rios no hospital.

No recente estudo, os cientistas obtiveram sucesso no registro e processamento de dados de 43 pacientes com insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca.&nbsp;

<div style="text-align:center">
<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/02/02113217087054.jpg" width="990" />
<figcaption>A imagem da esquerda ilustra um cora&ccedil;&atilde;o saud&aacute;vel, a da direita um cora&ccedil;&atilde;o com sinais de insufici&ecirc;ncia. As paredes, muito finas, tornam a circula&ccedil;&atilde;o do sangue fraca.</figcaption>
</figure>
</div>

A pesquisa teve in&iacute;cio em 2011, quando o time da Georgia Tech procurava desenvolver um dispositivo implant&aacute;vel para monitoramento dom&eacute;stico de pacientes com a doen&ccedil;a. A solu&ccedil;&atilde;o da balan&ccedil;a, no entanto, mostra-se mais promissora, pois tem custos menores e pode atingir pacientes que tem resist&ecirc;ncia a fazer um implante.

<h3>Como essa balan&ccedil;a especial funciona.</h3>

O sinal da pulsa&ccedil;&atilde;o, chamado de balistocardiograma (BCG), foi uma medida muito utilizada pelos m&eacute;dicos cerca de 100 anos atr&aacute;s, mas com o tempo foi ultrapassada pelos exames de imagem. Ao uni-la &agrave; computa&ccedil;&atilde;o moderna, o novo equipamento pode resgatar sua utilidade.

Tr&ecirc;s algoritmos de machine learning foram utilizados no experimento para processar os BCGs, revelando padr&otilde;es que mostram a diferen&ccedil;a de quando a insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca de um paciente &eacute; compensada (mais saud&aacute;vel) para quando &eacute; descompensada (mais risco).

&quot;Em algu&eacute;m com insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca descompensada, o sistema cardiovascular n&atilde;o pode mais compensar a fun&ccedil;&atilde;o card&iacute;aca reduzida, ent&atilde;o o fluxo de sangue pelas art&eacute;rias &eacute; mais desordenado&nbsp;e o vemos no sinal mec&acirc;nico do BCG (balistocardiograma). Essa diferen&ccedil;a n&atilde;o aparece no ECG (eletrocardiograma) porque &eacute; um sinal el&eacute;trico&quot;, diz Omer Inan, que conduziu o estudo.

&ldquo;A caracter&iacute;stica mais importante foi o grau de varia&ccedil;&atilde;o do BCG, que significaria fluxo sangu&iacute;neo inconsistente. Se voc&ecirc; dividir a grava&ccedil;&atilde;o em intervalos de 20 segundos e os segmentos individuais diferirem muito um do outro, isso &eacute; um bom marcador de descompensa&ccedil;&atilde;o &quot;, completa ele.

thumb-image-2024-02-29T14:04:15.778Z

Balança caseira poderá medir sinais de insuficiência cardíaca

Imagem de Doença similar à leishmaniose — e mais grave — aparece no Brasil no megacurioso

A nova doença, ainda sem tratamento, já infeccionou 150 pessoas no país e matou pelo menos uma

Ao menos 150 pessoas est&atilde;o infectadas com uma doen&ccedil;a emergente no Brasil com sintomas muito semelhantes aos da leishmaniose visceral. A doen&ccedil;a foi descrita pela primeira vez por pesquisadores brasileiros em um artigo publicado no peri&oacute;dico &nbsp;Emerging Infectious Disease. O parasita respons&aacute;vel pela sua transmiss&atilde;o ainda &eacute; desconhecido, mas sabe-se que a enfermidade &eacute; mais grave e tamb&eacute;m mais resistente a tratamentos.

O primeiro caso apareceu em 2011, em Aracaju, Sergipe. O paciente era um homem de 60 anos que, ao dar entrada no hospital, apresentava sintomas da leishmaniose visceral j&aacute; em estado grave &mdash; situa&ccedil;&atilde;o incomum, visto que tal enfermidade costuma evoluir lentamente.

<div style="text-align:center">
<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="nova doença leishmaniose sergipe" src="https://abrilsaude.files.wordpress.com/2019/09/leishmania.jpg" />
<figcaption>(Fonte: Ag&ecirc;ncia Fapesp/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>
</div>

&ldquo;Ele n&atilde;o respondeu aos tratamentos convencionais, com quatro recidivas que resultaram em novas interna&ccedil;&otilde;es&rdquo;, explicou Roque Pacheco Almeida, imunologista da <a href="http://www.ufs.br/" target="_blank">Universidade Federal do Sergipe (UFS)</a>, que atendeu o caso. &ldquo;Em mais de 30 anos trabalhando com leishmaniose, com mais de 11 mil indiv&iacute;duos diagnosticados, nunca tinha visto nada parecido&rdquo;, afirmou o m&eacute;dico em um comunicado &agrave; imprensa.

O paciente ainda apresentou feridas na pele, algo caracter&iacute;stico da leishmaniose tegumentar, que costuma ser menos grave. Sem o tratamento adequado, uma vez que n&atilde;o se conhecia a doen&ccedil;a de fato, o homem acabou morrendo em 2012.

Esse caso fez com que pesquisadores da <a href="https://www2.ufscar.br/" target="_blank">Universidade Federal de S&atilde;o Carlos</a>, da <a href="https://www5.usp.br/" target="_blank">Universidade de S&atilde;o Paulo</a> e da UFS se interessassem pelo assunto e come&ccedil;assem a estudar sobre. A pesquisa&nbsp;demonstrou resultados&nbsp;que n&atilde;o deixam d&uacute;vidas sobre um fato: trata-se realmente de uma nova esp&eacute;cie de doen&ccedil;a que afeta os mam&iacute;feros e pode amea&ccedil;ar a sa&uacute;de, levando at&eacute; a morte.

<h2 dir="ltr">Afinal, o que se sabe sobre essa doen&ccedil;a?</h2>

<div style="text-align:center">
<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="Resultado de imagem para pessoa doente" src="https://www.altoastral.com.br/wp-content/uploads/2016/09/leucemia-tratamento.jpg" />
<figcaption>(Fonte: Alto Astral/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>
</div>

At&eacute; agora, nem a enfermidade propriamente dita, nem seu agente causador possuem nome. Os pesquisadores somente sabem que o parasita guarda semelhan&ccedil;as com o Crithidia fasciculata, uma esp&eacute;cie de protozo&aacute;rio que, em regra, infecta insetos, mas que n&atilde;o pode atingir mam&iacute;feros. A leishmaniose, por outro lado, &eacute; causada por agentes do g&ecirc;nero Leishmania.

Ambos s&atilde;o da mesma fam&iacute;lia do Trypanosoma cruzi, causador da doen&ccedil;a de Chagas. Apesar de ainda desconhecido, os cientistas fizeram an&aacute;lises gen&ocirc;micas que indicam que tal parasita provavelmente tamb&eacute;m seja dessa fam&iacute;lia.

Ap&oacute;s essa conclus&atilde;o, os pesquisadores cultivaram em laborat&oacute;rio o mesmo parasita que estava no corpo do senhor de 60 anos que faleceu. A partir disso, descobriu-se que al&eacute;m de humanos, camundongos podem ser igualmente infectados.

<h2 dir="ltr">Como ocorre sua transmiss&atilde;o?</h2>

<div style="text-align:center">
<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="Resultado de imagem para mosquito culex" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/660/cpsprodpb/F800/production/_90488436_thinkstockphotos-532570518.jpg" />
<figcaption>(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>
</div>

Os pesquisadores desconfiam que dois g&ecirc;neros de mosquito sejam os respons&aacute;veis por carregar e transmitir o parasita: o Culex, aquele pernilongo que costuma aparecer em noites de ver&atilde;o zumbindo nos&nbsp;ouvidos de brasileiros, e os anofelinos, relacionados &agrave; mal&aacute;ria.&nbsp;

Mais pesquisas ser&atilde;o necess&aacute;rias para que novas informa&ccedil;&otilde;es sejam descobertas e tratamentos possam ser desenvolvidos, mas uma coisa &eacute; ineg&aacute;vel: essa nova doen&ccedil;a possui potencial para se tornar um problema de sa&uacute;de p&uacute;blica, sobretudo se n&atilde;o receber a devida aten&ccedil;&atilde;o das autoridades.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:04:15.788Z

Doença similar à leishmaniose — e mais grave — aparece no Brasil

Imagem de Confirmada pelo menos 12 mortes relacionadas ao vaping adulterado no megacurioso

Mais de 800 casos de problemas de pulmão relacionados ao uso de certos óleos em cigarros eletrônicos foram registrados

O surto de problemas de pulm&atilde;o relacionados ao uso de cigarros eletr&ocirc;nicos adulterados tem subido consideravelmente nos &uacute;ltimos tempos. Na &uacute;ltima quinta-feira, o Centro de Controle de Doen&ccedil;as dos Estados Unidos anunciou que j&aacute; recebeu 805 casos do chamado &quot;vaping lung&quot; em&nbsp;46 estados e ilhas americanas. Tamb&eacute;m j&aacute; foram registradas uma d&uacute;zia de mortes em dez&nbsp;estados relacionadas ao uso do produto.

A ag&ecirc;ncia e departamentos de sa&uacute;de est&atilde;o investigando h&aacute; semanas a causa para o aumento repentino de doen&ccedil;as pulmonares graves conectadas ao uso do vape. A Food and Drug Administration (FDA) j&aacute; compartilhou com as autoridades estaduais que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111970-doenca-relacionada-ao-cigarro-eletronico-pode-ter-causa-descoberta.htm">muitos produtos utilizados pelos pacientes continham um &oacute;leo derivado da vitamina E</a>, mas ainda &eacute; cedo para confirmar se essa subst&acirc;ncia &eacute; respons&aacute;vel pelos problemas pulmonares dos usu&aacute;rios de cigarro eletr&ocirc;nico.&nbsp;

O problema se assemelha ao &quot;pulm&atilde;o de pipoca&quot; visto por pessoas que inalam produtos qu&iacute;micos durante o dia todo no trabalho. A CDC recebeu dados de 373 dos 805 casos totais e, por enquanto, 72% dos casos foram relatados em homens e 67% em pessoas de 18 a 34 anos.&nbsp;

<div style="text-align:center">
<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="400" src="https://cdn.pixabay.com/photo/2018/10/16/19/49/vape-3752319_960_720.jpg" width="600" />
<figcaption>Causa para problemas pulmonares relacionados ao uso do vape ainda n&atilde;o foi encontrada. (Fonte: Pixabay)</figcaption>
</figure>
</div>

At&eacute; agora, a &uacute;nica conex&atilde;o entre todos os casos foi o uso de cigarros eletr&ocirc;nicos, sendo que &quot;a maioria&quot; relatou usar produtos com THC e &quot;muitos&quot; usaram THC e nicotina, enquanto poucos dos pacientes com o problema usaram apenas a nicotina.

&quot;Quando voc&ecirc; tem milh&otilde;es de jovens inalando esse coquetel de produtos qu&iacute;micos que nunca foram testados quanto &agrave; seguran&ccedil;a da inala&ccedil;&atilde;o, esse tipo de manchete &eacute; previs&iacute;vel e tamb&eacute;m evit&aacute;vel&quot;, disse o cientista em sa&uacute;de ambiental da Chan School of Public Health da Universidade de Harvard Joseh Allen em entrevista ao site Popular Science.

thumb-image-2024-02-29T14:04:15.745Z

Confirmada pelo menos 12 mortes relacionadas ao vaping adulterado

Imagem de Saquinhos de chá liberam partículas de microplástico na bebida no megacurioso

Estudo detectou 11,6 bilhões de partículas de microplástico e 3,1 bilhões de partículas de nanoplástico em apenas uma infusão de chá

O h&aacute;bito milenar de tomar ch&aacute; foi ganhando facilidades ao longo dos anos. Se antes a erva era fervida diretamente na &aacute;gua e coada, os saquinhos de ch&aacute; chegaram para &ldquo;facilitar&rdquo; a vida dos amantes da infus&atilde;o, mas uma investiga&ccedil;&atilde;o realizada por pesquisadores do Departamento de Engenharia Qu&iacute;mica da Universidade McGill em Montreal, no Canad&aacute;, revelou que os saquinhos cl&aacute;ssicos liberam milh&otilde;es de part&iacute;culas de micropl&aacute;stico e nanopl&aacute;stico na bebida.

Diversos estudos mostraram, nos &uacute;ltimos anos, o quanto os micropl&aacute;sticos e nanopl&aacute;sticos que est&atilde;o presentes em alimentos e bebidas podem prejudicar a sa&uacute;de. Com o resultado da investiga&ccedil;&atilde;o, o alerta &eacute; dirigido &agrave; maioria dos saquinhos de ch&aacute; que possuem pl&aacute;stico em sua composi&ccedil;&atilde;o, em especial polipropileno, material muito resistente ao calor e que &eacute; utilizado para garantir a veda&ccedil;&atilde;o e dar consist&ecirc;ncia &agrave; embalagem.

E se voc&ecirc; &eacute; uma daquelas pessoas que pensam que os saquinhos de ch&aacute; s&atilde;o feitos de papel, p&eacute;ssima not&iacute;cia: at&eacute; 96% deles tem em sua composi&ccedil;&atilde;o o polipropileno.&nbsp;Antes do estudo da Universidade McGill j&aacute; havia&nbsp;suspeitas de que alguns pl&aacute;sticos, ao ter contato com a &aacute;gua quente, sofriam&nbsp;um colapso, migrando para a bebida &mdash;&nbsp;neste caso, o ch&aacute;. Agora, as hip&oacute;teses se confirmaram.

<img alt="" height="638" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/28/28194535931026.jpg" width="960" />

Foto: Pixabay

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Quantidade de micropl&aacute;stico e nanopl&aacute;stico encontrada &eacute; muito superior a de outras bebidas e alimentos</h2>

Para chegar ao resultado, os pesquisadores utilizaram quatro tipos diferentes de ch&aacute; comercial com saquinhos diferentes que continham pl&aacute;stico. Depois de esvazi&aacute;-los, os lavaram e aqueceram em recipientes pr&oacute;prios para preparar o ch&aacute;, simulando assim uma prepara&ccedil;&atilde;o tradicional da bebida.

A &aacute;gua utilizada foi analisada por um microsc&oacute;pio eletr&ocirc;nico que detectou, em um &uacute;nico saquinho de ch&aacute;, milh&otilde;es de part&iacute;culas pl&aacute;sticas. Os resultados iniciais localizaram 11,6 bilh&otilde;es de part&iacute;culas de micropl&aacute;stico e 3,1 bilh&otilde;es de part&iacute;culas de nanopl&aacute;stico.

A quantidade de part&iacute;culas encontradas &eacute; muito superior &agrave;quelas detectadas em outros alimentos. O resultado &eacute; preocupante, de acordo com especialistas, que devem realizar estudos adicionais para determinar se os efeitos s&atilde;o sutis ou podem ser cr&ocirc;nicos nos seres humanos.

&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:04:15.548Z

Saquinhos de chá liberam partículas de microplástico na bebida

Imagem de Jovem de 25 anos perdeu 55 kg com o sonho de virar fisiculturista no megacurioso

Após ter encarado o desafio de perder grande parte de seu peso em dez meses, a paulistana Miriellen ganhou de presente uma cirurgia para retirar o excesso de pele

A jovem Miriellen, de&nbsp;25 anos de idade, que mora em Ca&ccedil;apava, S&atilde;o Paulo, sofreu com obesidade durante muito tempo at&eacute; decidir emagrecer de vez. Segundo o seu relato, desde o cinco&nbsp;anos ela sofria com o sobrepeso. Essa quest&atilde;o era um grande empecilho na vida dela que, na adolesc&ecirc;ncia, acabou entrando em depress&atilde;o por n&atilde;o estar satisfeita com o pr&oacute;prio corpo.
Depois de enfrentar diversos problemas, ela decidiu entrar na academia em 2017 e mudar sua vida completamente. Ela, que tinha 112 quilos &agrave; &eacute;poca, alcan&ccedil;ou os 57 quilos com muita determina&ccedil;&atilde;o e, principalmente, muita sa&uacute;de. Durante os dez&nbsp;meses em que focou na perda de peso, ela n&atilde;o s&oacute; praticou atividades f&iacute;sicas, mas&nbsp;tamb&eacute;m cortou refrigerantes, doces, frituras e alguns carboidratos.
Os exerc&iacute;cios f&iacute;sicos tomaram&nbsp;conta da rotina de Miriellen e se tornaram t&atilde;o importantes para ela que, n&atilde;o contente em ter superado o sobrepeso,&nbsp;decidiu&nbsp;tornar-se fisiculturista. Mas, depois de um emagrecimento t&atilde;o intenso, essa tarefa n&atilde;o era t&atilde;o f&aacute;cil assim, principalmente devido ao excesso de pele que ficou acumulado em seu corpo.&nbsp;
<div style="text-align: center;">
<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="1238" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/30/30145401383135.jpg" width="990" /> <figcaption>(Fonte: G1 Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
</div>
<h2 dir="ltr">O presente</h2>
A hist&oacute;ria teve uma reviravolta&nbsp;quando a imagem de Miriellen foi postada em um site de perda de peso sem sua autoriza&ccedil;&atilde;o. A pessoa que publicou a foto da paulista no site fez uma edi&ccedil;&atilde;o, de modo que o excesso de pele n&atilde;o ficasse t&atilde;o aparente. A fisioterapeuta Silvani Rodrigues de Rio Preto estava navegando pelo site quando se deparou com a postagem e resolveu questionar a imagem, j&aacute; que isso n&atilde;o era nem um pouco comum em casos intensos de emagrecimento.
O pai da jovem ficou sabendo da divulga&ccedil;&atilde;o da imagem e entrou no site. Ele viu o coment&aacute;rio da fisioterapeuta e revelou que Miriellen, na verdade, estava lutando para conseguir uma abdominoplastia. Eles come&ccedil;aram a conversar e Silvani conheceu a hist&oacute;ria de supera&ccedil;&atilde;o da mo&ccedil;a mais afundo. A partir disso, ela come&ccedil;ou a acompanhar a jovem nas redes sociais e descobriu que ela tinha o sonho de virar fisiculturista.
<div style="text-align: center;">
<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="1240" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/30/30145451416136.jpg" width="990" /> <figcaption>(Fonte: G1 Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
</div>
Comovida com toda a situa&ccedil;&atilde;o, ela conversou com seu marido, que trabalha como&nbsp;cirurgi&atilde;o pl&aacute;stico e, juntos, decidiram dar uma cirurgia&nbsp;de presente para a paulista. O procedimento&nbsp;aconteceu em um hospital de Mirassol, no estado de&nbsp;S&atilde;o Paulo, e&nbsp;durou aproximadamente tr&ecirc;s&nbsp;horas. O m&eacute;dico respons&aacute;vel por realizar a cirurgia, Eduardo Prampero, afirmou que foram retirados cerca de 2,3 quilos de pele. "O sonho continua, mas eu tenho a consci&ecirc;ncia de que vai demorar,&nbsp;porque agora tenho que me recuperar bem. Acho que pelo menos uns dois anos para eu estar preparada&rdquo;, afirmou a jovem.

Nutrição e Saúde

Novidades