Imagem de 3 pessoas com deficiência que se reinventaram por meio do esporte no megacurioso

Em clima de paralimpíadas, confira as histórias de pessoas que se tornaram atletas após acidentes graves

<p>Ap&oacute;s uma descarga el&eacute;trica, o funcion&aacute;rio de uma concession&aacute;ria de energia foi internado em estado grave e, quando acordou no hospital, estava sem os bra&ccedil;os. Algo parecido aconteceu a uma jovem que caiu nos trilhos de um trem enquanto ia para a faculdade. Alguns anos antes, outro homem, v&iacute;tima do inesperado, perdeu o antebra&ccedil;o na plataforma de petr&oacute;leo onde trabalhava.</p>
<p>O que essas tr&ecirc;s hist&oacute;rias t&ecirc;m em comum, al&eacute;m do teor tr&aacute;gico, &eacute; o mesmo desfecho: a ressignifica&ccedil;&atilde;o da vida pelo esporte. Ap&oacute;s terem sofrido acidentes graves, M&aacute;rcio Miranda, de 45 anos, Nayara Ramalho, de 33, e Jos&eacute; Augusto de Souza Carvalho, de 54, tornaram-se atletas e hoje t&ecirc;m sonhos ambiciosos.&nbsp;M&aacute;rcio &eacute; corredor e Nayara &eacute; arremessadora, ambos querem estar nas Paralimp&iacute;adas de 2024, na Fran&ccedil;a. Jos&eacute; Augusto, lutador de jiu-j&iacute;tsu, planeja abrir uma escola para ensinar a modalidade a crian&ccedil;as.</p>
<p>Segundo a psic&oacute;loga cl&iacute;nica Giselem Santos, em casos assim, o exerc&iacute;cio f&iacute;sico refor&ccedil;a a consci&ecirc;ncia corporal, trabalhando o dom&iacute;nio da mente e do corpo em prol de um &uacute;nico objetivo. Esse processo tende a levar a uma maneira saud&aacute;vel de enxergar a si pr&oacute;prio.</p>
<p>Em clima de Paralimp&iacute;adas, o Mega Curioso conversou com os tr&ecirc;s esportistas para conhecer as trajet&oacute;rias deles e mostrar o papel do esporte na supera&ccedil;&atilde;o de traumas e na constru&ccedil;&atilde;o de sentido para uma nova vida. Veja s&oacute; que legal!</p>
<h2>De olho em Paris 2024</h2>
<p><span data-fonte="" data-fonte-url="" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/30/a-30165816627332.png" alt="a" /></span></p>
<p>M&aacute;rcio ainda se lembra do baque que foi sair do hospital sem os bra&ccedil;os em 2011. Pensando em como viveria a partir dali, j&aacute; que n&atilde;o poderia mais trabalhar com o que fazia antes, come&ccedil;ou a buscar formas de seguir a vida.</p>
<p>Por meio de um colega, descobriu a canoagem adaptada para pessoas com defici&ecirc;ncia e come&ccedil;ou a treinar, mas sua paix&atilde;o veio logo depois, assim que entrou em contato com o atletismo.&nbsp;Treinando na Associa&ccedil;&atilde;o Niteroiense dos Deficientes F&iacute;sicos (Andef), no Rio de Janeiro, passou a disputar campeonatos regionais como fundista e meio-fundista at&eacute; chegar ao nacional. Entre medalhas de ouro, prata e bronze, foi escolhido para conduzir a tocha das Paralimp&iacute;adas do Rio, em 2016, com um suporte adaptado.</p>
<p>Hoje, treinando na Marinha, em um grupo com mais de 100 paratletas, M&aacute;rcio tem como alvo participar dos pr&oacute;ximos jogos paral&iacute;mpicos. &ldquo;Vou fazer o poss&iacute;vel para estar entre os melhores at&eacute; l&aacute;&rdquo;, ele disse.</p>
<h2>De sedent&aacute;ria a atleta</h2>
<p><span data-fonte="" data-fonte-url="" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/30/a-30165751643331.png" alt="" /></span></p>
<p>Estudante de hist&oacute;ria, Nayara ia para a faculdade em 2012, quando um assalto come&ccedil;ou no trem em que estava. Assim que correu para pedir ajuda, a porta do vag&atilde;o se fechou, a jovem ficou presa pela mochila, caiu nos trilhos e perdeu o bra&ccedil;o direito.</p>
<p>Durante um tratamento no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro, ficou sabendo por um colega que poderia treinar na Marinha, em um projeto dedicado a paratletas.&nbsp;&ldquo;Eu era daquelas pessoas que pagam academia e n&atilde;o v&atilde;o, sabe? Mesmo assim quis encarar o desafio&rdquo;, ela contou. N&atilde;o demorou para o treinador perceber que sua for&ccedil;a no bra&ccedil;o esquerdo era pr&oacute;pria de uma boa arremessadora.</p>
<p>Logo se lan&ccedil;ou aos Jogos Paral&iacute;mpicos Universit&aacute;rios e, assim, foi se destacando no lan&ccedil;amento de dardos e no arremesso de peso. &ldquo;Como eu sempre fui sedent&aacute;ria, minha fam&iacute;lia s&oacute; acreditou mesmo que eu virei atleta quando viram minhas medalhas&rdquo;.</p>
<p>Depois de concluir a primeira gradua&ccedil;&atilde;o, come&ccedil;ou a cursar Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica e sonha estar nas Paralimp&iacute;adas de 2024. &ldquo;Agora, tudo que aprendo no curso, posso usar ao meu favor nos treinos&rdquo;, brincou a mo&ccedil;a.</p>
<h2>Dias de luta</h2>
<p><span data-fonte="" data-fonte-url="" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/30/a-30165733533330.jpg" alt="" /></span></p>
<p>Foi em 2007 que Jos&eacute; Augusto teve que amputar o antebra&ccedil;o esquerdo ap&oacute;s um acidente na plataforma de petr&oacute;leo onde trabalhava, no Rio de Janeiro. Depois de colocar uma pr&oacute;tese, o atleta, que j&aacute; era capoeirista, encontrou no jiu-j&iacute;tsu sua segunda paix&atilde;o por meio de um amigo. Diferente de M&aacute;rcio e Nayara, ele nunca treinou em modalidades adaptadas e enfrentou preconceito por isso.</p>
<p>&ldquo;No in&iacute;cio, quando viam minha pr&oacute;tese, n&atilde;o queriam lutar comigo&rdquo;, lembrou o atleta. A resist&ecirc;ncia nos campeonatos foi acabando, conforme Jos&eacute; ia se destacando no tatame. Hoje seus maiores sonhos s&atilde;o chegar &agrave; faixa preta e abrir uma escola para ensinar o que sabe a crian&ccedil;as. &ldquo;O esporte pode mudar a vida das pessoas e quero levar essa ideia para a meninada&rdquo;, planeja o lutador.</p>

thumb-image-2024-02-29T14:05:44.214Z

3 pessoas com deficiência que se reinventaram por meio do esporte

Imagem de Paraolimpíada ou Paralimpíada, qual o jeito certo de escrever? no megacurioso

Existe uma forma correta para se referir ao evento? Entenda o que diz a língua portuguesa e as recomendações de autoridades

<p>Voc&ecirc; j&aacute; se pegou pesquisando no Google se o certo era escrever "paraolimp&iacute;ada" ou "paralimp&iacute;ada"? Pois n&atilde;o se sinta sozinho. Essa &eacute; uma d&uacute;vida frequente na cabe&ccedil;a de muitos brasileiros, especialmente nesse per&iacute;odo em que os eventos esportivos est&atilde;o em alta.&nbsp;</p>
<p>No fim das contas, a verdade &eacute; que, independente da forma que for escrito, estar&aacute; errado e correto ao mesmo tempo. Isso tudo ocorre porque linguistas e organizadores do torneio t&ecirc;m uma vis&atilde;o diferente do assunto e usam caminhos distintos para nomear a competi&ccedil;&atilde;o. Por isso, vamos tentar entender melhor esse assunto.</p>
<h2>Origem do termo</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Athletics_at_the_1960_Summer_Paralympics#/media/File:Paralimpiadi_di_Roma_1960_-_Lancio_del_giavellotto_02.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25154136333323.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p>
<p>O termo <em>paralympic</em><em>,&nbsp;</em>que &eacute; registrado nos dicion&aacute;rios em ingl&ecirc;s, nasceu na d&eacute;cada de 1950 pela simples jun&ccedil;&atilde;o dos voc&aacute;bulos <em>paraplegic</em>&nbsp;e <em>olympic</em>. Isso ocorreu pelo fato de a 1&ordf; edi&ccedil;&atilde;o das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119728-oksana-chusovitina-a-ginasta-que-se-aposentou-apos-8-olimpiadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">olimp&iacute;adas</a> para pessoas com defici&ecirc;ncia (PCD) ser voltada apenas para aquelas que tinham algum tipo de paralisia.</p>
<p>Entretanto, daquele tempo para c&aacute; muito mudou. At&eacute; mesmo na l&iacute;ngua inglesa, levantou-se a hip&oacute;tese de substituir o <em>paralympics</em>&nbsp;por <em>paraolympics</em>, fazendo o prefixo "para"&nbsp;assumir o mesmo papel que tem em palavras como paramilitar, paradid&aacute;tico e param&eacute;dico, com significado de "semelhante" ou "paralelo".&nbsp;</p>
<p>Por conta disso, a maioria dos linguistas considera o termo "paraolimp&iacute;adas" como o correto para se referir ao evento, uma vez que atletas com diversos outros tipos de defici&ecirc;ncia tamb&eacute;m foram inclu&iacute;dos nas edi&ccedil;&otilde;es. O problema, por&eacute;m, &eacute; que os organizadores n&atilde;o t&ecirc;m a mesma vis&atilde;o.</p>
<h2>Nome oficial</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://www.bbc.com/portuguese/brasil-37303852"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25154005708319.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p>
<p>H&aacute; algum tempo, o Comit&ecirc; Paral&iacute;mpico Internacional (CPI) pede para que todos os comit&ecirc;s nacionais utilizem a palavra "paralimp&iacute;ada" e derivados para se referir aos jogos. Por isso, tem-se tornado mais comum ler "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119728-oksana-chusovitina-a-ginasta-que-se-aposentou-apos-8-olimpiadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jogos paral&iacute;mpicos</a>" e "atletas paralimp&iacute;cos" na imprensa, desde 2016.</p>
<p>Essa recomenda&ccedil;&atilde;o inclusive contraria a tend&ecirc;ncia dentro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118034-10-exemplos-de-como-a-lingua-portuguesa-pode-ser-confusa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">l&iacute;ngua portuguesa</a> de mudar a grafia de uma palavra conforme ela for se tornando mais popular entre as pessoas, uma vez que "paraolimp&iacute;ada" era muito mais utilizada pelos brasileiros. Isso foi inclusive motivo de pol&ecirc;mica entre estudiosos, que acusaram o Brasil de ter abandonado a autonomia de seu idioma para seguir regras internacionais.</p>
<p>Sendo assim, "paralimp&iacute;ada" &eacute; o correto de acordo com as normas do CPI, mas "paraolimp&iacute;adas" &eacute; o que mais traduz o significado certeiro do que a competi&ccedil;&atilde;o significa hoje, segundo a l&iacute;ngua portuguesa.&nbsp;</p>

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Paraolimpíada ou Paralimpíada, qual é o jeito certo de escrever?

Imagem de Zamperini, a vida do atleta olímpico que virou herói de guerra no megacurioso

A vida promissora do atleta quase acabou na Segunda Guerra Mundial

<p>Filho de imigrantes italianos, &nbsp;Louis Zamperini nasceu em 1917, no estado de Nova York. Era um jovem problem&aacute;tico, mas mudou de comportamento quando descobriu sua incr&iacute;vel <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119420-shizo-kanakuri-o-atleta-que-desapareceu-no-meio-de-uma-corrida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">habilidade para a corrida</a>.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte:Bettmann/ Getty/ eprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/louis-zamperini"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19104121352090.jpg" alt="(Fonte:Bettmann/ Getty/ eprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">(Fonte:Bettmann/ Getty/ eprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>Em 1933, ainda no 2&deg; ano do colegial, ele come&ccedil;ou a mostrar do que era capaz vencendo eventos escolares. Em 1934, conseguiu a proeza de quebrar o recorde da National Interscholastic Mile, na Calif&oacute;rnia, o qual manteve durante 22 anos. Quando estava no &uacute;ltimo ano do colegial, Zamperini venceu a milha de Los Angeles.</p>
<h2>Destaque ol&iacute;mpico</h2>
<p>Aos 19 anos, Zamperini conquistou uma vaga na equipe ol&iacute;mpica dos EUA ap&oacute;s vencer uma prova de 5 mil metros. Partiu para os jogos da Alemanha, e ent&atilde;o conheceu Hitler. Mesmo terminando em 8&deg; fez hist&oacute;ria: foi o 1&deg; estadunidense a cruzar a linha de chegada.</p>
<p>Ap&oacute;s as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119426-como-veteranos-de-guerra-criaram-o-basquete-em-cadeiras-de-rodas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Olimp&iacute;adas de 1936</a>, Zamperini continuou se dedicando ao atletismo. Chegou a competir com alguns dos mais lend&aacute;rios corredores dos Estados Unidos (EUA), como Archie San Romani, Gene Venzke e Glenn Cunningham.</p>
<h2>Her&oacute;i de guerra</h2>
<p>At&eacute; a Segunda Guerra Mundial, a carreira de Zamperini no atletismo se manteve em um alto padr&atilde;o. Alguns acreditam que, se as Olimp&iacute;adas de 1940 tivessem sido realizadas, seria bem prov&aacute;vel que Zamperini obtivesse bons resultados para os EUA.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte:Bettmann/ Getty/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/louis-zamperini"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19104439055097.jpg" alt="Zamperini (centro-direita) ao chegar a Hamilton Field, Calif&oacute;rnia, em 5 de outubro de 1945" /><span class="desc">Zamperini (centro-direita) ao chegar a Hamilton Field, Calif&oacute;rnia, em 5 de outubro de 1945.</span></span></p>
<p>Com o mundo vivendo o caos da Segunda Guerra, Zamperini, novamente, mostrou sua habilidade para superar extremos: o avi&atilde;o da For&ccedil;a &Aacute;rea dos EUA em que estava caiu no Oceano Pac&iacute;fico; ele e um amigo sobreviveram &agrave; queda, mas permaneceram por 47 dias &agrave; deriva no mar, sem &aacute;gua ou comida.</p>
<p>Ambos foram capturados pelos japoneses e, durante 2 anos, passaram por abusos e torturas.&nbsp;Seus triunfos e prova&ccedil;&otilde;es foram narrados na sua autobiografia:&nbsp;<em>Devil at My Heels</em>.&nbsp;</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Universal Pictures/Divulga&ccedil;&atilde;o))&nbsp;" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/louis-zamperini"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19104227320094.jpeg" alt="Zamperini e Angeline Jolie" /><span class="desc">Zamperini e Angelina Jolie.</span></span></p>
<p>O longa-metragem baseado em seu livro chegou aos cinemas em 2014. <em>Unbroken</em>&nbsp;foi dirigido pela atriz ganhadora do Oscar Angelina Jolie. Outro filme sobre sua vida, <em>Unbroken: Path to Redemption</em>, estreou em 2018.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte:Daily News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.dailynews.com/2014/12/22/review-unbroken-a-bloody-inspirational-movie-about-torrance-hero-louis-zamperini/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19103812398084.jpg" alt="Ubroken: filme narra a trajet&oacute;ria de Zamperini" /><span class="desc">Unbroken, o filme narra a trajet&oacute;ria de Zamperini.</span></span></p>
<p>Ap&oacute;s a Segunda Guerra, Zamperini dedicou-se a realizar a&ccedil;&otilde;es humanit&aacute;rias e a fazer palestras inspiradoras. Teve uma longa e impressionante vida: morreu com 97 anos de idade como&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109481-a-historia-de-desmond-doss-o-heroi-que-salvou-75-vidas-na-2-grande-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">her&oacute;i de guerra</a>, em 2014, na cidade de Los Angeles.</p>

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Louis Zamperini: a vida do atleta olímpico que virou herói de guerra

Imagem de Como são as instalações para atletas paralímpicos em Tóquio? no megacurioso

Atraso por conta da pandemia fez Comitê Olímpico pedir à cidade japonesa para retornar o foco no quesito acessibilidade

<p>Esta ter&ccedil;a-feira (24) marcou a inaugura&ccedil;&atilde;o oficial dos Jogos Paral&iacute;mpicos de T&oacute;quio 2020, evento que re&uacute;ne os principais atletas do mundo que t&ecirc;m algum tipo de defici&ecirc;ncia. Assim como nos jogos ol&iacute;mpicos, as paralimp&iacute;adas s&atilde;o uma competi&ccedil;&atilde;o de grande porte e que exigem um planejamento gigantesco por parte do Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Internacional (COI) e da cidade-sede.&nbsp;</p>
<p>Afinal, o que muda nas instala&ccedil;&otilde;es para poder receber os atletas paral&iacute;mpicos? Como &eacute; feito o planejamento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119607-a-importancia-da-acessibilidade-na-embalagem-dos-produtos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acessibilidade</a> dos jogos? Assim como na "vida real", a inclus&atilde;o &eacute; um tema de muito destaque tamb&eacute;m no meio esportivo e tem aberto espa&ccedil;o para muita discuss&atilde;o. Entenda.</p>
<h2>Complica&ccedil;&otilde;es na pandemia</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Rebecca_Meyers#/media/File:Paralympian_Becca_Meyers_-_51337008928.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25110619980096.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p>
<p>A ascens&atilde;o da pandemia de covid-19 causou uma s&eacute;rie de problemas para o COI. Nesse meio tempo, tanto os jogos ol&iacute;mpicos quanto os paral&iacute;mpicos tiveram que ser movidos de 2020 para 2021, causando um verdadeiro atraso no planejamento das equipes internacionais.</p>
<p>Al&eacute;m disso, as restri&ccedil;&otilde;es causadas por conta das recomenda&ccedil;&otilde;es do isolamento social se mostraram um problema para alguns atletas &mdash; especialmente para aqueles com algum tipo de defici&ecirc;ncia f&iacute;sica. Um grande exemplo disso foi o caso de Becca Myers, atleta paral&iacute;mpica de nata&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos.</p>
<p>Por conta dos limites impostos pelo Comit&ecirc; Paral&iacute;mpico dos EUA, todos os participantes teriam restri&ccedil;&otilde;es quanto &agrave; quantidade de acompanhantes. Por isso, Meyers teve que protocolar um pedido para que sua m&atilde;e lhe acompanhasse como Assistente de Cuidados Pessoais (PSA). Posteriormente, o pedido foi negado.</p>
<p>A atleta&nbsp;norte-americana, que &eacute; surda e cega, j&aacute; foi seis vezes medalhista e teve que ceder sua vaga por conta das limita&ccedil;&otilde;es. Entretanto, as dificuldades com acessibilidade das paralimp&iacute;adas n&atilde;o s&atilde;o exclusividade de T&oacute;quio.</p>
<h2>Dificuldades em outras edi&ccedil;&otilde;es</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Venues_of_the_Paralympic_Games#/media/File:Xx1164_-_Wheelchair_basketball_Tokyo_Games_-_3b_-_Scan.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25110745871100.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p>
<p>O reagendamento dos jogos paral&iacute;mpicos fez que Andrew Parsons, presidente do COI, chamasse a aten&ccedil;&atilde;o de T&oacute;quio para que a cidade japonesa n&atilde;o perdesse o foco em disponibilizar todos os recursos necess&aacute;rios para os atletas paral&iacute;mpicos. Em sua fala, Parsons expressou preocupa&ccedil;&atilde;o com o fato dos hot&eacute;is n&atilde;o estarem completamente prontos para acomodarem os participantes do evento com acessibilidade.</p>
<p>A falta de acessibilidade &eacute; um problema antigo. Em 2020, por exemplo, o website dos Jogos Paral&iacute;mpicos de Sydney n&atilde;o tinha a op&ccedil;&atilde;o de texto alternativo para que usu&aacute;rios cegos pudessem obter mais informa&ccedil;&otilde;es. Mais recentemente, muitos atletas tiveram problemas para se direcionar dentro das infraestruturas da Vila Ol&iacute;mpica no <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/100399-confira-10-momentos-marcantes-da-paralimpiada-2016.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio de Janeiro</a>&nbsp;em 2016.</p>
<p>Essa &eacute; uma batalha comum na vida das pessoas com defici&ecirc;ncia e tem sido foco central de discuss&atilde;o na disputa dos eventos esportivos. Por isso, T&oacute;quio tem como objetivo final mudar a realidade das paralimp&iacute;adas e abrir espa&ccedil;o para mais discuss&otilde;es sobre como receber esses atletas com maior seguran&ccedil;a e conforto.</p>
<h2>Par&acirc;metro de equidade &nbsp;</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:2020_Summer_Paralympics#/media/File:Opening_ceremony_cropped_Yoshihide_Suga_20210824_5.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25110858464102.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p>
<p>Um ponto interessante sobre as Paralimp&iacute;adas de T&oacute;quio &eacute; que essa &eacute; a primeira vez que esse evento ser&aacute; disputado nas mesmas arenas dos jogos ol&iacute;mpicos. Ent&atilde;o, o que foi feito para que os atletas pudessem se locomover sem maiores problemas? Segundo o manual do COI, existe um grande planejamento por tr&aacute;s desse processo.</p>
<p>Primeiramente, foram constru&iacute;das diversas faixas seguras de pedestres para que os atletas com defici&ecirc;ncia pudessem se locomover entre as acomoda&ccedil;&otilde;es e centros de transporte &mdash; sendo as vias largas o suficiente para abrigar o m&iacute;nimo de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115093-cadeira-de-rodas-off-road-leva-casal-aos-mais-desafiadores-terrenos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cadeira de rodas</a> por vez em vias &uacute;nicas e duas cadeiras de roda em vias duplas.</p>
<p>Al&eacute;m disso, o manual preza para que todos os trajetos estejam livres de obst&aacute;culos ou objetos que gerem o risco de trope&ccedil;os e acidentes. Sendo assim, postes de luz, placas, caixas de jornais e recipientes de lixo seriam mantidos fora do caminho para facilitar a vida dos deficientes visuais.&nbsp;</p>
<p>Por fim, todas as &aacute;reas de transporte foram constru&iacute;das para serem largas o suficiente com objetivo de abrigar os ve&iacute;culos de transporte de cadeiras de roda, que fazem o uso de rampas para levar e deixar os atletas nas arenas. As zonas de transporte de carga devem ser equipadas com pelo menos uma rampa de passeio.</p>
<h2>Infraestrutura moderna</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Venues_of_the_2020_Summer_Olympics#/media/File:DSS_at_the_Summer_Olympics_in_Tokyo_(51328785408).jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25111009105105.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p>
<p>O COI tem sido detalhista quanto ao seu plano de acessibilidade para os jogos paral&iacute;mpicos. O manual feito pelo comit&ecirc; ressalta a obrigatoriedade de instala&ccedil;&atilde;o de corrim&atilde;os em todas as rampas com inclina&ccedil;&atilde;o superior a 30 cm, sendo colocadas de ambos os lados para orientar os atletas.</p>
<p>Todas as escadas do evento devem ter a mesma altura e profundidade, al&eacute;m de uma superf&iacute;cie de aviso no topo do &uacute;ltimo degrau. Os m&oacute;veis e balc&otilde;es das instala&ccedil;&otilde;es foram projetados com uma pequena inclina&ccedil;&atilde;o para que indiv&iacute;duos com dificuldades de se manter em p&eacute; por muito tempo n&atilde;o enfrentem dificuldades.</p>
<p>Portas, elevadores e banheiros foram projetados para facilitar a locomo&ccedil;&atilde;o dos atletas e promover maior conforto &agrave;s PCDs. Para fechar a lista, quartos e banheiros s&atilde;o adaptados para permitir o uso de equipamentos de eleva&ccedil;&atilde;o e mobilidade dos esportistas.&nbsp;</p>
<p></p>

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Como são as instalações para atletas paralímpicos em Tóquio?

Imagem de Como surgiram os Jogos Paralímpicos? no megacurioso

O movimento paralímpico surgiu depois da Segunda Guerra Mundial como forma de reabilitar soldados feridos no conflito

<p>Se voc&ecirc; estava com saudade de virar a noite acompanhando todos os esportes poss&iacute;veis nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/olimpiadas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Olimp&iacute;adas de T&oacute;quio</a>, provavelmente vai gostar de saber que as competi&ccedil;&otilde;es voltaram a acontecer na Terra do Sol Nascente. Nesta ter&ccedil;a, 24 de agosto, est&atilde;o come&ccedil;ando os Jogos Paral&iacute;mpicos 2020, que tem esportes adaptados, al&eacute;m de modalidades exclusivas para atletas com defici&ecirc;ncia.&nbsp;</p>
<p>De alguns anos para c&aacute;, os jogos paral&iacute;mpicos est&atilde;o conquistando o prest&iacute;gio que merecem, acontecendo na mesma cidade e nas mesmas instala&ccedil;&otilde;es do que as olimp&iacute;adas. Isso faz todo sentido, j&aacute; que as paralimp&iacute;adas tamb&eacute;m s&atilde;o disputadas por atletas de alto n&iacute;vel, que dedicam suas vidas ao esporte &mdash; a diferen&ccedil;a &eacute; que algumas regras precisam ser adaptadas por conta das defici&ecirc;ncias de cada um.&nbsp;</p>
<p>A quest&atilde;o &eacute; que nem sempre as pessoas com defici&ecirc;ncia tiveram esse espa&ccedil;o. Isso tem tudo a ver com a origem dos jogos paral&iacute;mpicos, em 1948.</p>
<ul>
<li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119426-como-veteranos-de-guerra-criaram-o-basquete-em-cadeiras-de-rodas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Como veteranos de guerra criaram o basquete em cadeira de rodas?</strong></a></li>
</ul>
<h2>Dos jogos de Stoke Mandeville &agrave;s paralimp&iacute;adas</h2>
<p>A ideia de uma competi&ccedil;&atilde;o esportiva para pessoas com defici&ecirc;ncia surgiu com o neurologista Ludwig Guttmann. Ele era alem&atilde;o e trabalhava em um hospital judeu, mas teve que fugir para a Inglaterra com o in&iacute;cio da Segunda Guerra Mundial. No pa&iacute;s, ele come&ccedil;ou a trabalhar no Stoke Mandeville Hospital, cuidando de veteranos de guerra que ficaram parapl&eacute;gicos.</p>
<p>O esporte surgiu como uma ferramenta de reabilita&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica dos veteranos, bem como uma forma de aumentar a autoestima deles. Por isso, quando as Olimp&iacute;adas de Londres come&ccedil;aram em 1948, Guttmann criou um evento semelhante no Stoke Mandeville. Havia poucos atletas e apenas uma modalidade &mdash; tiro com arco &mdash;, mas foi o embri&atilde;o do movimento paral&iacute;mpico.</p>
<p>Depois de 1948, os jogos de Stoke Mandeville continuaram acontecendo todos os anos e se tornaram internacionais quando atletas da Holanda participaram da edi&ccedil;&atilde;o de 1952. Guttmann continuou seus esfor&ccedil;os pelo crescimento do evento e queria uni-lo ao movimento ol&iacute;mpico &mdash; at&eacute; que conseguiu levar os jogos de Stoke Mandeville para Roma, mesma cidade que ia sediar as olimp&iacute;adas de 1960. Essa &eacute; considerada a primeira paralimp&iacute;ada oficial.&nbsp;</p>
<p>A partir da&iacute;, houve alguns desafios: sedes como a Cidade do M&eacute;xico (1968) ou Munique (1972) alegaram n&atilde;o ter como sediar as paralimp&iacute;adas por quest&otilde;es de acessibilidade &mdash; mas outras cidades se ofereceram para realizar os jogos. At&eacute; que, em 1988, veio uma grande vit&oacute;ria para o movimento paral&iacute;mpico: a partir dos jogos de Seul, pouco depois desse evento, todas as paralimp&iacute;adas passaram a ocorrer na mesma sede e com as mesmas instala&ccedil;&otilde;es das olimp&iacute;adas.</p>
<p>Outro desafio era a cobertura midi&aacute;tica dos Jogos Paral&iacute;mpicos, ainda muito menor do que a dos Ol&iacute;mpicos. A partir de Sydney 2000, houve uma melhora significativa nesse sentido, com mais pessoas entendendo que eles s&atilde;o t&atilde;o interessantes quanto outros eventos esportivos. &nbsp;</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Paris2024/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.paris2024.org/en/the-history-of-the-paralympic-games/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/24/24162109648243.jpeg" alt="O basquete em cadeira de rodas foi um dos primeiros esportes dos jogos de Stoke Mandeville (Imagem: Paris2024/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">O basquete em cadeira de rodas foi um dos primeiros esportes dos Jogos de Stoke Mandeville. (Imagem: Paris2024/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119469-historia-das-olimpiadas-da-antiguidade-aos-tempos-modernos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Hist&oacute;ria das olimp&iacute;adas: da antiguidade aos tempos modernos</strong></a></p>
<h2>O Brasil nos jogos paral&iacute;mpicos</h2>
<p>Um fato bem interessante sobre os jogos paral&iacute;mpicos &eacute; que o Brasil &eacute; uma pot&ecirc;ncia neles! N&oacute;s enviamos atletas desde Heidelberg 1972 e participamos de todas as edi&ccedil;&otilde;es desde ent&atilde;o, conquistando 72 medalhas na Rio 2016, com 14 ouros. Esse foi o melhor desempenho do pa&iacute;s no geral, embora tenhamos conquistado mais ouros em Londres 2012, um total de 21.&nbsp;</p>
<p>O Brasil t&ecirc;m v&aacute;rios atletas que conquistaram v&aacute;rias medalhas, como as de Daniel Dias (s&oacute; ele tem 14 ouros e 24 medalhas no total), Andr&eacute; Brasil (7 ouros) e Clodoaldo Silva (6), todos nadadores paral&iacute;mpicos brasileiros de grande sucesso. No atletismo, podemos destacar &Aacute;dria Santos, com suas 13 medalhas em provas de velocidade, e Luiz Cl&aacute;udio Pereira, que obteve 5 medalhas de ouro nos lan&ccedil;amentos de dardo, peso e disco.</p>
<p>Al&eacute;m dessas duas modalidades, somos uma pot&ecirc;ncia no futebol de cinco &mdash; pentacampe&otilde;es ol&iacute;mpicos! &mdash; e bicampe&otilde;es no goalball (uma modalidade apenas paral&iacute;mpica, para times com tr&ecirc;s atletas cegos). A expectativa &eacute; de grande sucesso tamb&eacute;m nas Paralimp&iacute;adas de T&oacute;quio.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CPB/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cpb.org/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/24/24162123585244.jpeg" alt="O Brasil &eacute; uma pot&ecirc;ncia paral&iacute;mpica em esportes como o goalball (Imagem: CPB/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">O Brasil &eacute; uma pot&ecirc;ncia paral&iacute;mpica em esportes como o goalball. (Imagem: CPB/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<ul>
<li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119600-atletas-de-paises-tropicais-podem-competir-nas-olimpiadas-de-inverno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Atletas de pa&iacute;ses tropicais podem competir nas Olimp&iacute;adas de Inverno?</strong></a></li>
</ul>
<h2>Um evento esportivo de alto n&iacute;vel</h2>
<p>Como foi dito, as paralimp&iacute;adas tamb&eacute;m s&atilde;o uma competi&ccedil;&atilde;o esportiva de alto n&iacute;vel, com atletas que dedicam suas vidas ao esporte, e as diferen&ccedil;as s&atilde;o as adapta&ccedil;&otilde;es em regras, de acordo com cada defici&ecirc;ncia.&nbsp;</p>
<p>O futebol de cinco, por exemplo, demanda sil&ecirc;ncio e tem chocalhos na bola, permitindo que os atletas cegos usem os outros sentidos para criar jogadas. A nata&ccedil;&atilde;o e o atletismo t&ecirc;m divis&otilde;es por categorias, segundo as limita&ccedil;&otilde;es de mobilidade dos esportistas, por&eacute;m todas s&atilde;o muito competitivas. O v&ocirc;lei sentado e os esportes em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115093-cadeira-de-rodas-off-road-leva-casal-aos-mais-desafiadores-terrenos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cadeira de rodas</a> (como basquete) tamb&eacute;m s&atilde;o adapta&ccedil;&otilde;es, mas que n&atilde;o mudam o fato de serem esportes altamente competitivos.</p>
<p>&Eacute; interessante ter isso em mente para n&atilde;o desvalorizar a import&acirc;ncia das paralimp&iacute;adas como evento esportivo, mas tamb&eacute;m para n&atilde;o cair em fal&aacute;cias como "todos eles s&atilde;o vencedores" ou "eles s&atilde;o exemplos de supera&ccedil;&atilde;o". Os atletas com defici&ecirc;ncia merecem admira&ccedil;&atilde;o n&atilde;o pelas defici&ecirc;ncias, mas por serem pessoas muito dedicadas aos esportes, assim como os atletas ol&iacute;mpicos. Esse v&iacute;deo da influenciadora Mariana Torquato fala bem sobre isso.</p>
<p style="text-align: center;"></p>
<blockquote class="instagram-media" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/CS74FV6DbHW/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="13" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);">
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<p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/reel/CS74FV6DbHW/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" target="_blank">Uma publica&ccedil;&atilde;o compartilhada por Mariana Torquato (@marianatorquato)</a></p>
</div>
</blockquote>
<p></p>
<p>Ent&atilde;o, a partir de hoje e at&eacute; o dia 5 de setembro, n&oacute;s temos muitas competi&ccedil;&otilde;es paral&iacute;mpicas de alt&iacute;ssimo n&iacute;vel para acompanhar nas madrugadas &mdash; e ficamos na torcida para que os atletas brasileiros tragam muitas medalhas!</p>

thumb-image-2024-02-29T14:05:43.502Z

Como surgiram os jogos paralímpicos?

Imagem de Oksana Chusovitina, a ginasta que se aposentou após 8 Olimpíadas no megacurioso

Ginasta uzbeque viu o esporte se transformar ao longo de sua carreira e foi ovacionada pelos espectadores em Tóquio 2020

<p>O ano era 1992, e Oksana Chusovitina fez a sua estreia nos Jogos Ol&iacute;mpicos de Barcelona (Espanha). Essa tamb&eacute;m seria a primeira e &uacute;nica vez que competiria pela antiga Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica (URSS), mas estaria longe de ser a sua &uacute;nica participa&ccedil;&atilde;o nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119447-como-a-cerimonia-de-abertura-das-olimpiadas-mudou-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Olimp&iacute;adas</a>.</p>
<p>Ap&oacute;s ter realizado tr&ecirc;s an&uacute;ncios de aposentadoria &mdash; Sydney 2000, Londres 2012 e Rio 2016 &mdash; Chusovitina decidiu finalmente colocar um ponto-final na vida de ginasta e fez sua despedida das competi&ccedil;&otilde;es de T&oacute;quio 2020, sendo reverenciada pelas pessoas que estavam presentes no local. Vamos conhecer um pouco mais da hist&oacute;ria dessa lenda do esporte.</p>
<h2>Trajet&oacute;ria na gin&aacute;stica</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://fotos.web.sapo.io/i/Bdc082aa4/19818091_CUgah.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19092445730038.jpeg" alt="(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>Oksana Chusovitina n&atilde;o teve a hist&oacute;ria mais vitoriosa das Olimp&iacute;adas &mdash; foram oito participa&ccedil;&otilde;es e somente duas medalhas. Entretanto, com toda a certeza foi um dos enredos mais curiosos que o torneio j&aacute; registrou. Durante suas participa&ccedil;&otilde;es, a ginasta chegou a defender tr&ecirc;s bandeiras diferentes: Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica, Uzbequist&atilde;o e Alemanha.</p>
<p>Aos 17 anos, conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Ol&iacute;mpicos de 1992 representando a URSS. Depois da dissolu&ccedil;&atilde;o do Estado sovi&eacute;tico, representou o Uzbequist&atilde;o nos eventos de 1996, 2000 e 2004. Em 2006, tornou-se cidad&atilde; alem&atilde; e, com essa bandeira, participou das Olimp&iacute;adas de Pequim 2008, onde foi medalhista de prata, e das Olimp&iacute;adas de Londres 2012.</p>
<p>Dois anos ap&oacute;s sua segunda aposentadoria oficial, Chusovitina decidiu voltar aos campeonatos, mas novamente representando o Uzbequist&atilde;o. Aos 46 anos, tornou-se a ginasta feminina mais velha a competir em uma olimp&iacute;ada em toda a hist&oacute;ria. Apesar do singelo 14&deg; lugar, seu feito deixou muitos impressionados.</p>
<h2>Pr&oacute;ximos passos</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://static.globalnoticias.pt/oj/image.jpg?brand=OJ&amp;type=generate&amp;guid=fc6b20aa-0241-44ed-bd45-66f80828aaef&amp;w=768&amp;h=512&amp;t=20210725132352"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19092459887039.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>Mesmo ap&oacute;s oito olimp&iacute;adas e incont&aacute;veis idas e vindas no esporte, Oksana garante que n&atilde;o pretende abandonar a gin&aacute;stica de uma vez por todas ap&oacute;s a terceira <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118542-sindrome-de-burnout-da-direito-a-licenca-medica-e-ate-aposentadoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aposentadoria</a>. Em declara&ccedil;&atilde;o para a imprensa, a atleta revelou que tem planos de abrir uma academia de gin&aacute;stica em Tashkent, capital do Uzbequist&atilde;o.&nbsp;</p>
<p>O objetivo dela &eacute; conseguir inspirar outras ginastas com a sua hist&oacute;ria de vida a irem mais longe. "Se eu for um modelo para uma ou duas outras atletas mulheres que olhem para mim e decidam prolongar sua longevidade no esporte, estou honrada", ela ressaltou.</p>
<p>Quanto &agrave; possibilidade de retorno, Chusovitina garante que T&oacute;quio foi sua &uacute;ltima participa&ccedil;&atilde;o e explicou que a decis&atilde;o foi tomada pensando em sua fam&iacute;lia. &ldquo;Quero passar mais tempo com meu filho. Ele vai para a universidade neste ano, na It&aacute;lia, e quero estar perto&rdquo;, ela declarou.</p>

thumb-image-2024-02-29T14:05:43.413Z

Oksana Chusovitina, a ginasta que se aposentou após 8 olimpíadas

Imagem de Olimpíadas 2021: por que a Rússia foi banida e o que é ROC? no megacurioso

Você certamente estranhou quando viu uma bandeira diferente e a sigla 'ROC' nos placares de jogos russos, não?

<p>Muitos telespectadores provavelmente estranharam, durante as rec&eacute;m-encerradas Olimp&iacute;adas de T&oacute;quio, o fato de os representantes russos serem apresentados sem a bandeira oficial de sua na&ccedil;&atilde;o ou com o nome Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Russo (ROC) nos placares. Por&eacute;m, essa altera&ccedil;&atilde;o radical sofrida pela comitiva do pa&iacute;s ainda &eacute; resultado de um esc&acirc;ndalo ocorrido em 2015, quando atletas da R&uacute;ssia foram investigados por evid&ecirc;ncias de doping em massa patrocinados pelo governo local.</p>
<p>Na atual edi&ccedil;&atilde;o das Olimp&iacute;adas, 335 atletas considerados "neutros" representaram o ROC, mas sem poder fazer qualquer refer&ecirc;ncia &agrave; bandeira de seu pa&iacute;s. A alternativa encontrada pelo governo russo foi o meio mais vi&aacute;vel de levar os competidores que n&atilde;o fizessem men&ccedil;&atilde;o &agrave; federa&ccedil;&atilde;o e que deixassem claro a falta de comprometimento com ela, &uacute;nica forma de viabilizar a continuidade na carreira de atletas julgados como "limpos" pela Ag&ecirc;ncia Mundial Antidoping (WADA), que defendeu o direito de participa&ccedil;&atilde;o de pessoas n&atilde;o envolvidas no esc&acirc;ndalo.</p>
<h2>O esc&acirc;ndalo de doping</h2>
<p>No final de 2015, o Dr. Grigory Rodchenkov denunciou um suposto esquema de fraude estatal russo, afirmando que ajudou como um dos colaboradores na fabrica&ccedil;&atilde;o de subst&acirc;ncias il&iacute;citas. A acusa&ccedil;&atilde;o inspirou uma investiga&ccedil;&atilde;o minuciosa por parte da WADA, que levou cerca de 4 anos para concluir que dados foram alterados sem autoriza&ccedil;&atilde;o, evid&ecirc;ncias falsas foram plantadas e arquivos sofreram queima definitiva.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reuters&nbsp;" data-fonte-url="https://widerimage.reuters.com/photographer/dylan-martinez"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/05/05093217816033.jpg" alt="(Fonte: Reuters / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">(Fonte: Reuters / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>Durante esse tempo, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119358-lesbica-futurista-musica-brasileira-viraliza-no-tiktok-da-russia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">R&uacute;ssia</a> amargou o primeiro banimento de uma cerim&ocirc;nia esportiva internacional, quando foi eliminada dos Jogos Ol&iacute;mpicos de Inverno de 2018 por corrup&ccedil;&atilde;o. Sem colaborar com as investiga&ccedil;&otilde;es ou acatar as responsabilidades, o governo russo chegou a hackear os computadores do COI e da WADA, divulgando documentos confidenciais e at&eacute; amea&ccedil;ando trazer san&ccedil;&otilde;es contra membros das institui&ccedil;&otilde;es, algo que complicou ainda mais a vida da delega&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>A puni&ccedil;&atilde;o determinou que a R&uacute;ssia n&atilde;o poderia participar de competi&ccedil;&otilde;es internacionais at&eacute; 16 de dezembro de 2022, mas pode enviar representantes que n&atilde;o fa&ccedil;am refer&ecirc;ncia ao nome, &agrave;&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119395-o-poderoso-tamandua-bandeira-pode-rachar-concreto-com-as-garras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bandeira</a> e ao hino nacional. Al&eacute;m disso, eles podem utilizar abertamente uniformes com as cores do pa&iacute;s.</p>
<p>Com o decreto, os russos n&atilde;o podem sediar eventos esportivos internacionais em seu territ&oacute;rio e os dirigentes est&atilde;o permanentemente proibidos de comparecer tanto nas cerim&ocirc;nias quanto nos locais dos jogos.</p>

thumb-image-2024-02-29T14:05:41.769Z

Olimpíadas 2021: por que a Rússia foi banida? E o que é ROC?

Imagem de De prática promíscua a febre mundial: a origem do nado sincronizado no megacurioso

Apesar de ter ganhado destaque só nas Olimpíadas de 1984, a modalidade é mais antiga do que a própria competição

<p>Embora a modalidade do nado sincronizado tenha ganhado destaque apenas nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119552-o-atentado-as-olimpiadas-de-atlanta-e-a-cacada-a-eric-rudolph.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Ol&iacute;mpicos&nbsp;</a>de 1984, que aconteceram em 12 de agosto, em Los Angeles (Estados Unidos), a modalidade aqu&aacute;tica &eacute; mais antiga do que a pr&oacute;pria competi&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109442-13-fatos-fascinantes-e-malucos-sobre-os-antigos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma Antiga</a>, em 46 a.C., o imperador <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/40133-mito-ou-verdade-julio-cesar-foi-o-primeiro-bebe-a-nascer-de-cesariana-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">J&uacute;lio C&eacute;sar</a> confiscava lagos, cavava ou inundava anfiteatros para encenar grandes batalhas navais chamadas de "naumaquias", em que os prisioneiros eram for&ccedil;ados a lutar uns contra os outros at&eacute; a morte. E foram neles tamb&eacute;m que aconteceram as primeiras apresenta&ccedil;&otilde;es de nado sincronizado.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Pinterest&nbsp;" data-fonte-url="https://i.pinimg.com/originals/1b/40/93/1b4093956f7e68c6aae72cd3d943f79f.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/04/04182804171425.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>O poeta Martial do s&eacute;culo I d.C. escreveu uma s&eacute;rie de epigramas sobre os primeiros espet&aacute;culos no Coliseu, onde um grupo de mulheres desempenhava o papel de Nereidas, ou ninfas aqu&aacute;ticas, no anfiteatro inundado. Elas mergulhavam, nadavam e criavam forma&ccedil;&otilde;es elaboradas nas &aacute;guas.</p>
<p>No entanto, como elas se apresentavam nuas, acredita-se que elas faziam parte de uma classe social inferior na &eacute;poca ou eram escravas, visto que havia um estigma associado &agrave; exibi&ccedil;&atilde;o do corpo em local p&uacute;blico. Por vezes, elas eram chamadas de "nadadoras prom&iacute;scuas".</p>
<h2>A precursora</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NSA&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nfsa.gov.au/sites/default/files/09-2018/584701.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/04/04183003264429.jpg" alt="Annette Kellerman. (Fonte: NFSA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">Annette Kellerman. (Fonte: NFSA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>J&aacute; no s&eacute;culo XIX, a Inglaterra da era circense ficou famosa por adicionar n&uacute;meros aqu&aacute;ticos aos seus programas de entretenimento. Em estruturas elegantes e grandiosas, denominadas "pal&aacute;cios do povo", os shows aconteciam em palcos ou an&eacute;is centrais que eram revestidos de borracha e enchidos com &aacute;gua suficiente para acomodar pequenos barcos.</p>
<p>Os profissionais vitorianos tamb&eacute;m demonstravam a nata&ccedil;&atilde;o ornamental, com cambalhotas e piruetas no ar em tanques de vidro colocados em aqu&aacute;rios e teatros. Segundo o historiador David Day, da Universidade Metropolitana de Manchester, apesar desse tipo de esporte aqu&aacute;tico ter sido popularizado por homens, a princ&iacute;pio, n&atilde;o demorou muito para que um pequeno grupo de mulheres da classe trabalhadora tivesse a oportunidade de ganhar a vida fazendo as acrobacias na &aacute;gua.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Pinterest&nbsp;" data-fonte-url="https://i.pinimg.com/originals/66/d3/55/66d3557004480824a97cea1a0a3079ab.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/04/04183140749430.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>No come&ccedil;o do s&eacute;culo XX, em 1908, nos Estados Unidos, Annette Kellerman iniciou sua carreira nos espet&aacute;culos de <em>vaudeville</em> em Nova York como a "V&ecirc;nus do Mergulho", tornando-se a "m&atilde;e" do nado sincronizado moderno.</p>
<p>Campe&atilde; australiana de nata&ccedil;&atilde;o, Kellerman adicionou a dan&ccedil;a &agrave;s manobras aqu&aacute;ticas, e o <em>The New York Times</em> da &eacute;poca chamou o que ela fazia de "uma arte em forma&ccedil;&atilde;o". Ela se tornou uma celebridade, integrando o elenco de todos os filmes mudos com temas aqu&aacute;ticos que surgiram em <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118144-patricia-douglas-como-hollywood-tratou-sua-denuncia-de-abuso-sexual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hollywood</a>.</p>
<h2>A revolu&ccedil;&atilde;o</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c8/Katharine_Whitney_Curtis_Childhood_Swimming_Pose.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/04/04183328264431.jpg" alt="Katharine Curtis. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">Katharine Curtis. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>Em 1920, popularizaram-se os eventos que inclu&iacute;am nata&ccedil;&atilde;o, atua&ccedil;&atilde;o e m&uacute;sica que aconteciam em clubes aqu&aacute;ticos. Foi assim que surgiu o bal&eacute; aqu&aacute;tico e a nata&ccedil;&atilde;o &ldquo;r&iacute;tmica&rdquo;, por meio das equipes de mergulho profissional, sendo uma delas a Tarpon Club, da Universidade de Chicago. Sob a dire&ccedil;&atilde;o de Katherine Curtis, a equipe passou a usar m&uacute;sica para sincronizar os movimentos dos nadadores com as batidas.</p>
<p>Em 1934, sob o nome de Modern Mermaids, o clube se apresentou ao som de uma banda de 12 integrantes durante a Feira Mundial Century of Progress, em Chicago. O locutor Norman Ross usou o termo "nado sincronizado" pela 1&ordf; vez na hist&oacute;ria para descrever o desempenho dos 60 nadadores.</p>
<p>No final da d&eacute;cada, Curtis supervisionou a primeira competi&ccedil;&atilde;o entre equipes que faziam esse tipo de nata&ccedil;&atilde;o, escreveu o primeiro regulamento e transformou o nado sincronizado na modalidade que foi introduzida nas Olimp&iacute;adas de 1984.</p>

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De prática promíscua à febre mundial: a origem do nado sincronizado

Imagem de Atletas de países tropicais podem competir nas Olimpíadas de Inverno? no megacurioso

Estamos a 1 ano das próximas Olimpíadas de Inverno, em Beijing, mas será que o Brasil tem alguma chance?

<p>Infelizmente, as Olimp&iacute;adas de T&oacute;quio chegaram ao fim no in&iacute;cio de agosto &mdash; o que &eacute; um problema para quem curtiu muito assistir a todos os tipos de esportes diferentes na madrugada, nessas &uacute;ltimas semanas. Por sorte, n&oacute;s ainda temos as Paralimp&iacute;adas no final do m&ecirc;s e mais uma edi&ccedil;&atilde;o dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/olimpiadas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Ol&iacute;mpicos</a> j&aacute; no ano que vem: s&atilde;o as Olimp&iacute;adas de Inverno, em Beijing.&nbsp;</p>
<p>Inclusive, quando duas su&iacute;&ccedil;as eliminaram a nossa dupla Rebecca e Ana Patr&iacute;cia, no v&ocirc;lei de praia, muitas pessoas comentaram ironicamente que o Brasil iria se vingar ganhando do pa&iacute;s europeu no bobsled ou no snowboarding. Isso levanta a quest&atilde;o: o Brasil participa dos Jogos Ol&iacute;mpicos de Inverno? Se sim, como um pa&iacute;s tropical consegue participar?</p>
<h2>Do calor tropical &agrave; neve</h2>
<p>O time <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/70079-proxima-parada-jamaica-conheca-os-encantos-do-pais-de-bob-marley.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jamaicano</a> de bobsled nos Jogos de Calgary de 1988 &eacute; o caso mais memor&aacute;vel de um pa&iacute;s tropical competindo nas Olimp&iacute;adas de Inverno. A equipe fez tempos bem longe do p&oacute;dio, mas virou a sensa&ccedil;&atilde;o daquelas Olimp&iacute;adas &mdash; tanto que inspirou o filme&nbsp;<em>Jamaica Abaixo de Zero</em>, cl&aacute;ssico da <em>Sess&atilde;o da Tarde</em> nos anos 1990.&nbsp;</p>
<p>Algumas d&eacute;cadas antes deles, o M&eacute;xico j&aacute; havia enviado uma equipe, tamb&eacute;m do bobsled, para a edi&ccedil;&atilde;o de St. Moritz 1928; por&eacute;m, foi a partir dos anos 1980 que os pa&iacute;ses mais quentes resolveram se aventurar nos esportes de neve. Isso inclui o Brasil.</p>
<p>A primeira participa&ccedil;&atilde;o do Brasil nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105844-jogos-olimpicos-de-inverno-2018-os-4-novos-esportes-desta-edicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Olimp&iacute;adas de Inverno</a> foi em Albertville 1992, com sete atletas do esqui alpino. Desde ent&atilde;o, participamos em todas as outras edi&ccedil;&otilde;es, enviando 10 brasileiros para PyeongChang 2018. N&oacute;s temos at&eacute; uma Confedera&ccedil;&atilde;o Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) e a Confedera&ccedil;&atilde;o Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), que atuam em conjunto com o Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Brasileiro.</p>
<p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119572-por-que-o-brasil-nao-ganha-mais-medalhas-nas-olimpiadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medalha ainda n&atilde;o veio</a>, mas nosso melhor resultado foi o nono lugar de Isabel Clark Ribeiro, em Turim 2006. Ah, e o Brasil tamb&eacute;m tem um time de bobsled: o baiano Edson Bindilatti ficou interessado pelo esporte justamente depois de assistir a&nbsp;<em>Jamaica Abaixo de Zero</em>.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/SSfajPwrDTQ" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<h2>Como treinar no calor?</h2>
<p>As su&iacute;&ccedil;as at&eacute; podem praticar v&ocirc;lei de praia sem praia (nas areias de um rio, talvez?), mas treinar um esporte de gelo no calor brasileiro parece um pouco mais dif&iacute;cil. Mesmo com essa friaca do inverno 2021, neve ainda &eacute; algo raro por aqui.&nbsp;</p>
<p>Mas a verdade &eacute; que a situa&ccedil;&atilde;o dos atletas brasileiros de inverno &eacute; bem melhor do que a do time jamaicano do filme: existe um n&uacute;cleo de treinamentos em S&atilde;o Paulo, onde &eacute; poss&iacute;vel praticar as empurradas do bobsled e fazer a prepara&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica para as provas, mesmo sem gelo. H&aacute; at&eacute; uma arena de curling em S&atilde;o Paulo &mdash; a &uacute;nica da Am&eacute;rica Latina. J&aacute; que a bocha &eacute; t&atilde;o popular no Brasil, o COB deveria investir nesse esporte, n&atilde;o?</p>
<p>Voltando ao assunto: outros atletas, como a patinadora Isadora Williams e o esquiador Michel Macedo moram em outros pa&iacute;ses e treinam l&aacute; mesmo, mas escolheram representar as cores do Brasil. Isadora foi nossa porta-bandeira em PyeongChang, junto de Edson Bindilatti.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;COB/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cob.org.br/pt/galerias/noticias/a-um-ano-de-pequim-2022-time-brasil-mira-evolucao-nos-esportes-de-inverno/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/06/06183142938152.jpeg" alt="Imagem: COB/Reprodu&ccedil;&atilde;o" /><span class="desc">Imagem: COB/Reprodu&ccedil;&atilde;o</span></span></p>
<ul>
<li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119517-o-historico-de-neve-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>O hist&oacute;rico de neve no Brasil</strong></a></li>
</ul>
<h2>Hist&oacute;rias de supera&ccedil;&atilde;o</h2>
<p>Em entrevistas, Edson j&aacute; afirmou que os brasileiros s&atilde;o muito bem recebidos por todos ao chegarem &agrave;s Olimp&iacute;adas de Inverno &mdash; e ele sabe do que est&aacute; falando, pois j&aacute; est&aacute; na 5&ordf; participa&ccedil;&atilde;o, desde Salt Lake City 2002. &Eacute; bem comum que as hist&oacute;rias de atletas de pa&iacute;ses tropicais chamem aten&ccedil;&atilde;o em qualquer edi&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</p>
<p>Uma das hist&oacute;rias mais incr&iacute;veis &eacute; a do queniano Philip Boit, que era corredor e foi chamado para representar seu pa&iacute;s no esqui cross-country, uma prova longa. Ele chegou em &uacute;ltimo, mas recebeu um abra&ccedil;o do medalhista de ouro da prova &mdash; que ficou esperando 20 minutos para parabenizar o colega.&nbsp;</p>
<p>A t&iacute;tulo de curiosidade, o pa&iacute;s mais bem-sucedido n&atilde;o poderia ser outro: a gelada Noruega &mdash; acompanhada pelos Estados Unidos (sempre eles) e outros pa&iacute;ses com neve, como &Aacute;ustria, Alemanha, Canad&aacute; e Su&eacute;cia. Do Hemisf&eacute;rio Sul, apenas a Austr&aacute;lia teve algum sucesso nas Olimp&iacute;adas de Inverno &mdash; e a hist&oacute;ria de seu primeiro ouro &eacute; megacuriosa.&nbsp;</p>
<p>Steven Bradbury chegou &agrave; final dos mil metros na patina&ccedil;&atilde;o em velocidade. Ele estava na &uacute;ltima coloca&ccedil;&atilde;o e era l&aacute; que iria ficar &mdash; s&oacute; estar nas Olimp&iacute;adas de Inverno j&aacute; &eacute; uma vit&oacute;ria para um "atleta tropical", n&eacute;? At&eacute; que, faltando poucos metros para a prova acabar, todos os outros concorrentes ca&iacute;ram e se embolaram. Steven s&oacute; precisou ficar de p&eacute; e passar da linha de chegada para garantir a medalha de ouro.&nbsp;</p>
<p>&Eacute; com essa hist&oacute;ria que a gente se despede por hoje. Abaixo, veja o v&iacute;deo da medalha de ouro da Austr&aacute;lia na patina&ccedil;&atilde;o de velocidade.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/fAADWfJO2qM" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<ul>
<li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/119540-8-acontecimentos-bizarros-na-historia-das-olimpiadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>8 acontecimentos bizarros da hist&oacute;ria das Olimp&iacute;adas</strong></a></li>
</ul>

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Atletas de países tropicais podem competir nas Olimpíadas de Inverno?

Imagem de Jogos Olímpicos de 1956 tiveram duas cidades por causa dos cavalos no megacurioso

Olimpíadas foram disputadas em Melbourne, mas o hipismo precisou acontecer em Estocolmo, por conta das regras australianas 

<p>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/olimpiadas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Ol&iacute;mpicos</a> sempre t&ecirc;m uma cidade-sede, como &eacute; o caso de T&oacute;quio em 2021, do Rio em 2016, Londres em 2012 e por a&iacute; vai. Algumas modalidades n&atilde;o podem ser sediadas em uma cidade s&oacute;, como o futebol, porque precisa de muitos est&aacute;dios; por&eacute;m, a regra do Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Internacional permite que algumas partidas sejam transferidas para outras cidades no mesmo pa&iacute;s. &Eacute; assim que Paris vai sediar as Olimp&iacute;adas de 2024 sem ter mar, j&aacute; que o surfe vai acontecer no Taiti (que pertence &agrave; Fran&ccedil;a).&nbsp;</p>
<p>Por&eacute;m nenhum caso na hist&oacute;ria ol&iacute;mpica se assemelha ao que aconteceu nos Jogos de 1956, que foram disputados em Melbourne (Austr&aacute;lia) e Estocolmo (Su&eacute;cia), cada cidade de um lado do mundo e com 6 meses de diferen&ccedil;a entre suas partes das Olimp&iacute;adas. Tudo isso aconteceu por causa dos cavalos do hipismo.</p>
<p><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119456-olimpiadas-como-e-a-preparacao-dos-cavalos-do-hipismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Entenda como &eacute; a prepara&ccedil;&atilde;o dos cavalos do hipismo</strong></a></p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Terra/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.terra.com.br/esportes/lance/curiosidades-olimpicas-jogos-de-1956-tiveram-o-primeiro-dream-team,d7750cf0d156b8fd8e2117e03b676b8drtrdveeb.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/31/31183944742001.jpeg" alt="O acendimento da pira ol&iacute;mpica em Melbourne 1956 (Imagem: Terra/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">O acendimento da pira ol&iacute;mpica em Melbourne, em 1956. (Imagem: Terra/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<h2>Olimp&iacute;adas do outro lado do mundo</h2>
<p>Em 1949, o Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Internacional elegeu Melbourne, uma das maiores cidades da Austr&aacute;lia, como sede das Olimp&iacute;adas de Ver&atilde;o de 1956 (a t&iacute;tulo de curiosidade, os australianos desbancaram Buenos Aires, aqui do lado, na Argentina). Era a primeira vez que as Olimp&iacute;adas aconteciam fora do eixo Estados Unidos-Europa e no Hemisf&eacute;rio Sul.&nbsp;</p>
<p>Em vista disso, na mesma hora, os praticantes de hipismo ficaram preocupados: como levar nossos cavalos para competir t&atilde;o longe? Vale lembrar que, no in&iacute;cio dos anos 1950, as viagens de avi&atilde;o n&atilde;o eram t&atilde;o acess&iacute;veis nem t&atilde;o r&aacute;pidas quanto seriam com os avi&otilde;es a jato que surgiram alguns anos depois.&nbsp;</p>
<p>S&oacute; que a dist&acirc;ncia n&atilde;o seria o &uacute;nico problema para os cavaleiros em Melbourne: a Austr&aacute;lia tinha regras extremamente r&iacute;gidas para quarentena de cavalos, como forma de prevenir a febre equina, um grande problema da &eacute;poca.</p>
<p>At&eacute; hoje, esse tipo de medida &eacute; comum. A mat&eacute;ria sobre a prepara&ccedil;&atilde;o dos cavalos do hipismo mostrou alguns animais que v&atilde;o competir em T&oacute;quio ficando algumas semanas na Alemanha para evitar a febre e outras doen&ccedil;as. O problema &eacute; que a quarentena australiana da &eacute;poca era de 6 meses.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Folha de S&atilde;o Paulo/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119456-olimpiadas-como-e-a-preparacao-dos-cavalos-do-hipismo.htm"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/31/31183848570000.jpeg" alt="O cavalo Edgar, estrela do hipismo brasileiro, precisou passar por uma quarentena, na Alemanha (Imagem: Folha de S&atilde;o Paulo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">O cavalo Edgar, estrela do hipismo brasileiro, precisou passar por uma quarentena na Alemanha. (Imagem: Folha de S&atilde;o Paulo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<h2>E agora, Edgar?</h2>
<p>Na &eacute;poca, o COI e os praticantes do hipismo tentaram argumentar que,&nbsp;com essa quarentena, seria impratic&aacute;vel ter o hipismo em Melbourne e em qualquer outro lugar da Austr&aacute;lia (como &eacute; feito com o futebol, por exemplo), j&aacute; que as regras valiam para o pa&iacute;s inteiro. Cogitou-se at&eacute; mudar a sede daquelas Olimp&iacute;adas para Roma, que j&aacute; tinha sido selecionada para os jogos de 1960 e estava adiantada nas prepara&ccedil;&otilde;es.</p>
<p>Tamb&eacute;m havia outro problema: como os jogos seriam no Hemisf&eacute;rio Sul, o ver&atilde;o e o inverno acontecem no oposto do Hemisf&eacute;rio Norte, e as Olimp&iacute;adas s&atilde;o de Ver&atilde;o (ao contr&aacute;rio das Olimp&iacute;adas de Inverno). Desse modo, os jogos de Melbourne estavam programados para novembro e dezembro de 1956 &mdash; outro "inc&ocirc;modo" para os atletas europeus acostumados a descansar nessa &eacute;poca.&nbsp;</p>
<p>No meio de todas essas discuss&otilde;es, o COI chegou a uma conclus&atilde;o in&eacute;dita: os jogos iam ficar mesmo em Melbourne e apenas o hipismo iria para Estocolmo, na Su&eacute;cia, do outro lado do mundo. Por causa das esta&ccedil;&otilde;es, o COI escolheu fazer o evento no ver&atilde;o europeu mesmo, de 10 a 17 de junho &mdash; <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119445-por-que-as-olimpiadas-comecam-antes-da-cerimonia-de-abertura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 meses antes do in&iacute;cio oficial dos jogos</a>.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Twitter/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://twitter.com/copaalemdacopa/status/1420115261609349125/photo/1"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/31/31184007086002.jpeg" alt="Imagem do hipismo em Estocolmo 1956, que aconteceu seis meses antes do resto dos jogos e do outro lado do mundo (Imagem: Twitter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">Imagem do hipismo em Estocolmo no ano de 1956, que aconteceu 6 meses antes do resto dos jogos e do outro lado do mundo. (Imagem: Twitter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p><strong>Leia tamb&eacute;m: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119445-por-que-as-olimpiadas-comecam-antes-da-cerimonia-de-abertura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Por que as Olimp&iacute;adas come&ccedil;am antes da cerim&ocirc;nia de abertura?</strong></a></p>
<p>Houve duas cerim&ocirc;nias de abertura: uma em Estocolmo e outra em Melbourne, com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119458-veja-o-acendimento-da-pira-olimpica-nos-ultimos-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">duas piras ol&iacute;mpicas acesas</a>. Comumente, essas s&atilde;o as Olimp&iacute;adas de Melbourne 1956, mas em algumas fontes do pr&oacute;prio COI &eacute; poss&iacute;vel ver men&ccedil;&otilde;es a Melbourne e Estocolmo, com as duas cidades dividindo o status de serem sedes das Olimp&iacute;adas. Algo assim nunca mais aconteceu na hist&oacute;ria.&nbsp;</p>
<p>As Olimp&iacute;adas de Inverno de 2026 acontecer&atilde;o em duas cidades, Mil&atilde;o e Cortina D'Ampezzo, na It&aacute;lia, mas elas se uniram para apresentar uma candidatura conjunta. Sobre isso, ali&aacute;s, os Jogos de Inverno de 2030 ainda est&atilde;o sem sede: por que a gente n&atilde;o faz uma candidatura conjunta de Curitiba e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119517-o-historico-de-neve-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">das outras cidades com neve</a>?</p>

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