Imagem de Bactérias resistentes à radiação sobreviveriam a uma viagem a Marte no megacurioso

Apelidada de 'Conan, a Bactéria', a Deinococcus radiodurans foi levada ao espaço e exposta à radiação por três anos 

<head></head><body>Um estudo publicado na revista científica Frontiers in Microbiology&nbsp;na última quarta-feira (26) revelou que um tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/44605-primeira-superbacteria-encontrada-em-alimento-preocupa-especialistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactéria altamente resistente</a> à radiação sobreviveu fora da Estação Espacial Internacional (ISS) por três anos.&nbsp;Naturalmente resistentes à radiação, as bactérias Deinococcus radiodurans&nbsp;possuem uma notável capacidade para reparar seu DNA quando danificado. Isso permite ao microrganismo, apelidado de “Conan, a Bactéria”, sobreviver em ambientes superfrios, desidratados e na presença de ácidos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/27/27010100507043.jpg" alt="A Deinococcus radiodurans&nbsp;ficou exposta do lado de fora da estação espacial por três anos (Fonte: Wikimedia Commons)">A Deinococcus radiodurans&nbsp;ficou exposta do lado de fora da estação espacial por três anos (Fonte: Wikimedia Commons)<h2>Missão Tanpopo expôs a bactéria à radiação</h2>Uma equipe de cientistas, liderados pelo professor Akihiko Yamagishi, da Universidade de Farmácia e Ciências da Vida de Tóquio, decidiu investigar se esse nível de resistência poderia permitir que essas bactérias sobrevivessem no <a href="https://www.megacurioso.com.br/cosmologia/41820-poeira-cosmica-pode-ser-fonte-de-agua-e-ate-vida-no-espaco-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ambiente hostil do espaço</a>, particularmente expostas aos altos níveis de radiação ultravioleta.A experiência foi realizada por integrantes da missão espacial japonesa Tanpopo, que colocou partes secas da bactéria em placas de alumínio fixadas em painéis expostos do lado de fora da estação ISS, onde permaneceram por três anos.A principal finalidade do estudo foi testar a teoria chamada de "panspermia", segundo a qual microrganismos ou precursores químicos da vida se encontram presentes no espaço, sendo capazes de dar surgimento a ela quando atingem um planeta adequado.<h2>Conan, a Bactéria, o retorno</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Michael J Daly/Science Photo Library&nbsp;" data-fonte-url="https://images.newscientist.com/wp-content/uploads/2020/08/25141821/radiation_resistant_bacteria_web.jpg?width=800"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/27/27010359242044.jpg" alt="Deinococcus radiodurans&nbsp;(Fonte: Michael J Daly/Science Photo Library - Reprodução)">Deinococcus radiodurans&nbsp;(Fonte: Michael J Daly/Science Photo Library - Reprodução)Após retornarem à Terra, os cientistas reidrataram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115767-bacterias-avisam-outras-sobre-ataque-de-antibiotico-quando-morrem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as bactérias</a> que se encontravam nas amostras. Logo perceberam que as células que estavam na superfície da colônia morreram por conta da radiação. Porém, aquelas que estavam nas camadas inferiores, tiveram seu DNA protegido, e estavam intactas depois de 3 anos de exposição no espaço.&nbsp;“Se as bactérias podem sobreviver no espaço, [elas] podem ser transferidas de um planeta para outro”, afirma Yamagishi. Os resultados da pesquisa sugerem que a Deinococcus radiodurans é capaz de sobreviver a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115514-a-caminho-de-marte-sonda-chinesa-tira-foto-incrivel-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viagem da Terra a Marte</a>, o que poderia levar meses, ou até anos.Num comunicado à imprensa, o professor Yamagishi afirmou que, “se a panspermia é mesmo possível, a vida pode existir com uma frequência muito maior do que imaginávamos”.&nbsp;</body>

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Bactérias resistentes à radiação sobreviveriam a uma viagem a Marte

Imagem de Rússia divulga vídeo da maior explosão nuclear da história no megacurioso

A Bomba Czar, detonada em 1961, tinha um poder destrutivo 700 vezes maior do que a que destruiu a cidade de Hiroshima, no Japão

Imagens da maior bomba de todos os tempos, conhecida como Bomba Czar, foram recentemente divulgadas pela Rosatom, agência atômica russa. A explosão, datada em 30 de outubro de 1961, foi um teste realizado em um arquipélago da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156013-44-anos-russia-retoma-programa-exploracao-lunar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rússia</a> no Círculo Ártico.Os testes com armas nucleares na antiga União Soviética começaram em 1949. Nos anos 60, eles estavam a todo vapor, devido à corrida armamentista com os Estados Unidos. Em razão disso, em 1958, a URSS já tinha realizado 36 detonações controladas.<h2 data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">Registros da Bomba Czar</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/zDv-XPNOz2s" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>No vídeo de 40 minutos divulgado pela Rosatom, é possível ver as preparações para a detonação, imagens da nuvem de fumaça e o estrago causado pelo teste.&nbsp;A Bomba Czar era uma arma de hidrogênio RDS 220, com energia equivalente a 57 milhões de toneladas de TNT e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155924-bomba-hiroshima-completa-75-anos-ameaca-nuclear-ainda-assombra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um poder destrutivo 700 vezes maior do que a explosão que destruiu a cidade de Hiroshima, no Japão, durante o fim da Segunda Guerra Mundial.</a><h2 data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">Bombas de hidrogênio</h2>Enquanto a explosão das bombas atômicas é gerada apenas pela liberação repentina de energia após a fissão do núcleo de um elemento químico pesado, a detonação das bombas de hidrogênio inclui diversas etapas.&nbsp;Curiosamente, a primeira delas é a detonação de uma bomba atômica, que gera temperaturas de milhões de graus, forçando a aproximação dos núcleos de elementos leves (no caso, de isótopos de <a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/145691-explosao-deixa-carros-movidos-hidrogenio-parados-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hidrogênio</a>). Esse processo vai gerar o que conhecemos como fusão nuclear.<h2 data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">Explosão letal</h2><div data-block-id="9" data-block-type="unstyled" data-block-weight="58">Segundo a BBC, para que os pilotos dos aviões que derrubaram a Bomba Czar tivessem chance de viver, ela foi solta com um paraquedas no ar. A nuvem gerada pela explosão atingiu 64 quilômetros de distância — destruindo uma vila localizada a 54 km do ponto de detonação. A explosão aconteceu a 4 mil metros do solo e pôde ser vista a 1.000 km de distância.&nbsp;</div><a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/176542-russia-divulga-video-maior-explosao-nuclear-da-historia.htm">Rússia divulga vídeo da maior explosão nuclear da história</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Rússia divulga vídeo da maior explosão nuclear da história

Imagem de Conheça a história das "donzelas de Hiroshima" no megacurioso

Mulheres que ficaram desfiguradas, após a bomba, receberam apoio de pastor e puderam fazer cirurgias para reconstruir seu corpo e suas vidas

Em agosto de 2020, <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/103176-fotos-mostram-hiroshima-antes-e-depois-da-explosao-da-bomba-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o lan&ccedil;amento das bombas at&ocirc;micas sobre Hiroshima e Nagasaki</a> completa 75 anos. Esse ataque acabou com a participa&ccedil;&atilde;o japonesa na Segunda Guerra Mundial e deixou mais de 120 mil mortos na hora &mdash; sem contar outros 125 mil que faleceram at&eacute; o final de 1945 e v&aacute;rios outros que morreram nos anos seguintes, como consequ&ecirc;ncia.&nbsp;
Dentre tantas pessoas, um grupo de 25 mulheres se tornou especialmente conhecido: "as donzelas de Hiroshima". Uma hist&oacute;ria impressionante sobre como a guerra pode transformar a vida das pessoas.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://supercurioso.com/doncellas-de-hiroshima/?utm_source=feedly&amp;utm_medium=rss&amp;utm_campaign=doncellas-de-hiroshima"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21005154869500.jpg" alt="Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o
<h2>Al&eacute;m da bomba, o ostracismo</h2>
Voltando para o in&iacute;cio da hist&oacute;ria, logo que ocorreu o incidente que arrasou Hiroshima, milhares de pessoas morreram e outras tantas ficaram gravemente feridas.&nbsp;
As mulheres que se tornariam "as donzelas de Hiroshima" foram <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/44925-11-fatos-sinistros-sobre-o-desastre-e-os-sobreviventes-de-hiroshima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atingidas pela bomba at&ocirc;mica</a> ainda na inf&acirc;ncia ou adolesc&ecirc;ncia, e as queimaduras deixaram-nas completamente desfiguradas. Em algumas, os ferimentos formaram queloides (um problema que ocorre quando a pele cresce demais na cicatriza&ccedil;&atilde;o). Outras ficaram com as m&atilde;os in&uacute;teis, sem movimentos.
Para piorar a situa&ccedil;&atilde;o, muitos sobreviventes da calamidade foram exclu&iacute;dos da conviv&ecirc;ncia comunit&aacute;ria, pois as pessoas tinham medo da radia&ccedil;&atilde;o ou se impressionavam com a apar&ecirc;ncia deles. Eles eram chamados de hibakusha&nbsp;(ou "pessoas afetadas pela bomba").
Al&eacute;m disso, em uma &eacute;poca pr&eacute;-movimentos feministas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/75330-5-conselhos-que-as-esposas-ouviam-nos-anos-50-para-agradarem-a-seus-maridos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">construir uma fam&iacute;lia era um dos principais projetos para uma jovem</a>. Por&eacute;m, essas mo&ccedil;as japonesas permaneceram "donzelas", usando o termo da &eacute;poca, pois suas chances de casamento foram extintas devido aos seus ferimentos.&nbsp;
No in&iacute;cio da d&eacute;cada de 1950, um pastor metodista de Hiroshima chamado Kiyoshi Tanimoto &mdash; que tamb&eacute;m sobreviveu &agrave; bomba &mdash; resolveu criar um grupo de apoio em sua igreja. Assim, essas pessoas, que sofriam exclus&atilde;o da comunidade, poderiam encontrar conforto entre outros que viviam a mesma experi&ecirc;ncia.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21011513055505.jpg" alt="As queimaduras de uma das donzelas seguiam o padr&atilde;o do kimono que ela usava quando foi atingida (Fonte: Wikimedia Commons)" />As queimaduras de uma das donzelas seguiam o padr&atilde;o do kimono que ela usava quando foi atingida. (Fonte: Wikimedia Commons)
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21011736901506.jpg" alt="Uma mo&ccedil;a que teve seu rosto desfigurado por queloides (Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Uma mo&ccedil;a que teve seu rosto desfigurado por queloides. (Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21012002924507.jpg" alt="Duas das donzelas, se recuperando das cirurgias (Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Duas das donzelas se recuperando de cirurgias. (Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Surgem "as donzelas de Hiroshima"</h2>
A situa&ccedil;&atilde;o das donzelas, em especial,&nbsp; compadeceu o pastor. Ent&atilde;o, ele resolveu angariar fundos para bancar cirurgias para elas, e algumas das mo&ccedil;as da igreja fizeram cirurgias pl&aacute;sticas no Jap&atilde;o, contudo o pa&iacute;s ainda n&atilde;o era t&atilde;o avan&ccedil;ado nessa &aacute;rea.
Assim, foi nesse momento que a hist&oacute;ria chegou ao jornalista americano Norman Cousins, que defendia <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111589-no-74-aniversario-da-bomba-atomica-hiroshima-pede-fim-de-armas-nucleares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o fim das bombas at&ocirc;micas</a>. Em 1953, ele come&ccedil;ou uma campanha a fim de trazer essas jovens aos Estados Unidos para elas realizarem os procedimentos no pa&iacute;s e, com isso, podendo ter um futuro melhor.&nbsp;
Ao todo, 25 mulheres viajaram do Jap&atilde;o aos Estados Unidos &mdash; onde foram entrevistadas por programas de TV e fizeram, ao todo, mais de 130 cirurgias. Desse modo, foi nos EUA que a express&atilde;o "as donzelas de Hiroshima" foi usada para descrev&ecirc;-las. Ao retornar, algumas das mo&ccedil;as puderam, enfim, encontrar um marido e formar suas fam&iacute;lias. Outras dedicaram suas vidas ao trabalho.&nbsp;

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Conheça a história das 'donzelas de Hiroshima'

Imagem de O kit científico para crianças que continha radiação no megacurioso

Lançado em 1950, o conjunto era chamado Gilbert U-238 Atomic Energy Lab e continha quatro elementos radiotivos

Nos anos 1950, foi lan&ccedil;ado um kit cient&iacute;fico que nunca seria aprovado nos dias atuais. O brinquedo foi produzido pela A.C. Gilbert Company, de New Haven, nos Estados Unidos, e durou apenas um ano no mercado.

O brinquedo foi batizado de Gilbert U-238 Atomic Energy Lab e custava US$ 50. O pre&ccedil;o era considerado muito alto para a &eacute;poca e foram vendidos menos de 5 mil kits. Na &eacute;poca, pouco se sabia sobre os riscos e as consequ&ecirc;ncias do contato com a radia&ccedil;&atilde;o.

<h2>Dentro do kit de radia&ccedil;&atilde;o</h2>

O kit era um dos mais elaborados conjuntos educacionais, ele continha quatro diferentes tipos de mineral de Ur&acirc;nio com baixo n&iacute;vel de radia&ccedil;&atilde;o: uma fonte beta-alfa (Pb-210), uma fonte beta pura (Ru-106), uma fonte gama (Zn-65) e uma fonte alfa de vida curta (Po-210).

Al&eacute;m de todos esses minerais, o kit trazia tamb&eacute;m um eletrosc&oacute;pio, contador Geiger (para medir a radia&ccedil;&atilde;o), um espectrosc&oacute;pio (para observar desintegra&ccedil;&otilde;es nucleares, uma c&acirc;mara de neves (para detectar part&iacute;culas de radia&ccedil;&atilde;o ionizante do Po-210).

<figure class="image"><img alt="" height="448" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10200303174130.jpg" width="500" />
<figcaption>O kit com a indica&ccedil;&atilde;o dos materiais que vinham dentro. (Fonte: A Cria&ccedil;&atilde;o/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

Fora os brinquedos, a caixa tamb&eacute;m trazia um manual, uma revista em quadrinhos chamada &ldquo;Dagwood Splits the Atom&rdquo; e um manual do governo sobre prospec&ccedil;&atilde;o de ur&acirc;nio. Neles era assegurada que o governo americano iria recompensar com US$ 10 mil quem descobrisse novas fontes de minerais preciosos.

Nos dias atuais, colecionadores chegam a pagar 100 vezes o valor do brinquedo para ter ele nas estantes.

<h2>A.C. Gilbert</h2>

Alfred Carlton Gilbert foi campe&atilde;o ol&iacute;mpico no Salto com Vara nos Jogos Ol&iacute;mpicos de Londres, em 1908. Ap&oacute;s sua carreira atl&eacute;tica, ele se tornou m&aacute;gico amador e criou uma empresa fornecedora de materiais e equipamentos para m&aacute;gica. Essa empresa virou uma das empresas mais famosa do ramos dos brinquedos, a A.C. Gilbert Company.

A companhia ficou muito conhecida pela cria&ccedil;&atilde;o, em 1911, do kit para crian&ccedil;as Erector Set, que era uma maleta para as crian&ccedil;as brincarem de constru&ccedil;&atilde;o. Nos anos 1920, criou conjuntos que ensinavam as crian&ccedil;as a mexer com qu&iacute;mica, foi quando nasceu o U-238 Atomic Energy Lab. &nbsp;

<figure class="image"><img alt="" height="768" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10200535627131.jpg" width="979" />
<figcaption>O Erector Set por dentro. (Fonte: Wikimedia)</figcaption>
</figure>

Al&eacute;m do mundo dos brinquedos, a empresa de Gilbert fabricou microsc&oacute;pios e alguns equipamentos para as aeronaves americanas durante a Segunda Guerra Mundial.

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O kit científico para crianças que continha radiação

Imagem de Fungo encontrado em Chernobyl pode proteger astronautas no megacurioso

Organismo seria capaz de 'blindar' astronautas da radiação emitida pelo espaço

Cientistas da Escola de Sa&uacute;de P&uacute;blica Johns Hopkins Bloomberg v&atilde;o iniciar no pr&oacute;ximo m&ecirc;s um estudo que envolve o uso de fungos para prote&ccedil;&atilde;o contra radia&ccedil;&atilde;o em astronautas.

Encontrado na regi&atilde;o em torno de&nbsp;Chernobyl &mdash; onde aconteceu <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/75544-5-fatos-surpreendentes-sobre-o-acidente-nuclear-de-chernobyl.htm">o pior desastre nuclear da humanidade</a> &mdash;, o fungo &eacute; resistente &agrave; radia&ccedil;&atilde;o, o que poderia trazer grandes benef&iacute;cios aos astronautas que ficam expostos a esse processo f&iacute;sico, em pequena escala, quando est&atilde;o no espa&ccedil;o.

<figure class="image"><img alt="(Fonte: Tô Longe de Casa/Reprodução)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10114120916110.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte: T&ocirc; Longe de Casa/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<h2>A descoberta</h2>

Esse organismo foi descoberto em 1991 nos reatores de Chernobyl&nbsp;crescendo nas paredes do aparelho. A criatura n&atilde;o s&oacute; &eacute; resistente &agrave; radia&ccedil;&atilde;o&nbsp;como tamb&eacute;m &eacute; atra&iacute;do por ela.

Por&eacute;m, s&oacute; agora os cientistas descobriram essas propriedades que podem ajudar na prote&ccedil;&atilde;o contra as emiss&otilde;es radioativas. O fungo tem altos n&iacute;veis de melanina, elemento respons&aacute;vel por tornar a pele mais escura. Al&eacute;m de absorver os raios de Sol, ele tamb&eacute;m pode &quot;sugar&quot; a radia&ccedil;&atilde;o e transform&aacute;-la em energia qu&iacute;mica. Este processo &eacute; chamado de radioss&iacute;ntese. E segundo uma publica&ccedil;&atilde;o feita em 2008 por Ekaterina Dadachova, ent&atilde;o da Faculdade de Medicina Albert Einstein &mdash;&nbsp;Nova York, esse n&atilde;o seria o primeiro exemplo de fungo deste tipo.&nbsp;

Essa descoberta n&atilde;o s&oacute; traria benef&iacute;cios &agrave;s pessoas e aos objetos no espa&ccedil;o, como para os seres humanos na Terra. O estudo analisar&aacute; os resultados enviados pelos tripulantes a bordo da Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional.

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Fungo encontrado em Chernobyl pode proteger astronautas

Imagem de Malware é encontrado computadores de usina nuclear na Índia no megacurioso

Sem causar danos nos sistemas internos, a principal suspeita é que se trate de espionagem

Na &uacute;ltima quarta (30), um malware foi encontrado na Usina Nuclear de Kudankulam. O ataque cibern&eacute;tico foi reconhecido pela estatal indiana Nuclear Power Corporation of India, respons&aacute;vel pelas usinas nucleares do pa&iacute;s. Segundo a Ars Technica, o software malicioso foi atribu&iacute;do a um grupo de cibercrime conhecido como Lazarus: o DTrack.&nbsp;

Segundo o diretor associado da NPCIL AK Nema, o assunto foi transmitido para a equipe nacional de resposta a emerg&ecirc;ncias de computadores na &Iacute;ndia, assim que foi notado, aparentemente desde 4 de setembro. O ataque na instala&ccedil;&atilde;o mais moderna do pa&iacute;s foi investigado pelo Departamento de Energia At&ocirc;mica da &Iacute;ndia. &quot;A investiga&ccedil;&atilde;o revelou que o PC infectado pertencia a um usu&aacute;rio que estava conectado &agrave; rede conectada &agrave; Internet para fins administrativos. As redes est&atilde;o sendo monitoradas continuamente&quot;, declarou Nema. Nenhum dano foi causado ao sistema da usina.

<div style="text-align:center">
<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="(Fonte: Pixabay)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/31/31135748367245.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption>
</figure>
</div>

<h2>Suspeita de espionagem</h2>

Por n&atilde;o ter ocorrido nenhum dano severo, a possibilidade de espionagem &eacute; a mais cogitada por especialistas. Sergio Caltagirone,&nbsp;diretor de intelig&ecirc;ncia na Dragos, acredita que o malware foi colocado propositalmente na usina com inten&ccedil;&atilde;o de espionar as opera&ccedil;&otilde;es e obter informa&ccedil;&otilde;es. Segundo o especialista, em entrevista para o &ldquo;Wall Street Journal&rdquo;, o mesmo software utilizado na f&aacute;brica j&aacute; foi identificado em outros ataques com o prop&oacute;sito de colher informa&ccedil;&otilde;es. Para ele, o programa pode ter sido modificado especificamente para penetrar a usina Kudankulam.

O ataque cibern&eacute;tico foi identificado na rede que envolvem os sistemas de tecnologia da informa&ccedil;&atilde;o, que, por serem conectados &agrave; internet, s&atilde;o mais vulner&aacute;veis a ataques externos. A usina tamb&eacute;m possui outra rede, a principal, que controla o sistema industrial e envolve diretamente o maquin&aacute;rio. Essa &uacute;ltima &eacute; isolada e n&atilde;o possui conex&otilde;es com a internet, na tentativa de evitar ataques.&nbsp;
<a href="https://www.tecmundo.com.br/seguranca/147344-malware-encontrado-computadores-usina-nuclear-india.htm">Malware é encontrado computadores de usina nuclear na Índia</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Malware é encontrado em computadores de usina nuclear na Índia

Imagem de Você sabia que pode comprar urânio pela internet? no megacurioso

Uma versão não radioativa do elemento químico pode ser encontrada na Amazon dos Estados Unidos

O ur&acirc;nio &eacute; normalmente associado &agrave; energia nuclear e &agrave; constru&ccedil;&atilde;o de poderosas armas de destrui&ccedil;&atilde;o em massa. Sem d&uacute;vidas, ele &eacute; um elemento qu&iacute;mico de uso exclusivo dos governos e das For&ccedil;as Armadas e que n&atilde;o pode ser adquirido por um cidad&atilde;o comum.
Mas voc&ecirc; sabia que &eacute; poss&iacute;vel ter um &ldquo;potinho&rdquo; de ur&acirc;nio em casa? Ele pode ser comprado de forma legal pela internet e est&aacute; &agrave; venda na Amazon dos Estados Unidos por US$ 40, cerca de R$ 160. O item dispon&iacute;vel &eacute; uma vers&atilde;o &ldquo;apenas para uso educacional e cient&iacute;fico&rdquo;.
Batizado de Uranium Ore, o produto &eacute; traz o ur&acirc;nio-238, o is&oacute;topo deste elemento qu&iacute;mico que &eacute; facilmente encontrado na natureza. Com uma taxa de decomposi&ccedil;&atilde;o extremamente lenta, ele pode durar 4,5 bilh&otilde;es de anos.
<div style="text-align: center;">
<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="472" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/24/24110711227676.jpg" width="500" /><lt-highlighter contenteditable="false" style="display: none;"><lt-div class="lt-highlighter__wrapper" spellcheck="false" style="width: 500px !important; height: 24px !important; margin-top: 479px !important;"><canvas class="lt-highlighter__canvas" height="22" style="display: none; margin-top: 0px !important; margin-left: 0px !important;" width="237"></canvas></lt-div></lt-highlighter> <figcaption data-gramm="false" spellcheck="false">Imagem da embalagem do Uranium Ore. (Fonte: Amazon.com/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
</div>
Diferente do perigoso ur&acirc;nio-235, ele n&atilde;o suporta rea&ccedil;&otilde;es em cadeia &mdash;&nbsp;nem&nbsp;pode ser utilizado para a fabrica&ccedil;&atilde;o de bombas at&ocirc;micas. Desta forma, em pequena quantidade, o produto n&atilde;o representa nenhum risco &agrave;&nbsp;sa&uacute;de. Obviamente, ele n&atilde;o deve&nbsp;ser ingerido.
Um certificado da fabricante Images Scientific Instruments Inc. comprova que o ur&acirc;nio-238 possui baixo n&iacute;vel de radia&ccedil;&atilde;o. Portanto, ele est&aacute; de acordo com as normas da Comiss&atilde;o Reguladora Nuclear e do Servi&ccedil;o Postal norte-americano.
Mas n&atilde;o se empolgue: infelizmente, a Amazon n&atilde;o envia o Uranium Ore para o Brasil.
<div style="text-align: center;">
<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="1500" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/24/24110752008677.jpg" width="1161" /><lt-highlighter contenteditable="false" style="display: none;"><lt-div class="lt-highlighter__wrapper" spellcheck="false" style="width: 581px !important; height: 48px !important; margin-top: 757.641px !important;"><canvas class="lt-highlighter__canvas" height="0" style="display: none; margin-top: 0px !important; margin-left: 0px !important;" width="0"></canvas></lt-div></lt-highlighter> <figcaption data-gramm="false" spellcheck="false">C&oacute;pia do certificado emitido pela fabricante comprovando que n&atilde;o h&aacute; riscos de radia&ccedil;&atilde;o. (Fonte: Amazon.com/Reprodu&ccedil;&atilde;o).</figcaption></figure>
</div>
<h2 dir="ltr">As curiosas avalia&ccedil;&otilde;es na Amazon</h2>
Quem visita a p&aacute;gina do Uranium Ore na Amazon encontra excelentes coment&aacute;rios sobre o item. Desde coisas b&aacute;sicas como &ldquo;excelente produto, p&eacute;ssima embalagem&rdquo; at&eacute; hist&oacute;rias bem criativas.
Por exemplo, um dos clientes relata que deixou o ur&acirc;nio perto do seu lagarto de estima&ccedil;&atilde;o e o resultado foi desastroso: &ldquo;Agora ele tem mais de 100 metros e est&aacute; destruindo T&oacute;quio&rdquo;.
Outro comprador adquiriu o produto para alimentar as aranhas dom&eacute;sticas e esperava adquirir poderes de um super-her&oacute;i ap&oacute;s ser mordido por elas. &ldquo;Infelizmente, a aranha falante diz que n&atilde;o vai me morder. Pelo menos, ela usa as teias para escrever mensagens motivacionais e me animar&rdquo;.
Para quem est&aacute; preocupado com a data de validade, um dos coment&aacute;rios desmente: &ldquo;Comprei esse produto h&aacute; 4,47 bilh&otilde;es de anos. Hoje, quando abri o pote, ele estava metade vazio&rdquo;.
Est&aacute; convencido sobre as qualidades&nbsp;do Uranium Ore?

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Você sabia que pode comprar urânio pela internet?

Imagem de 7 desastres industriais mais terríveis de todos os tempos no site Mega Curioso

Conheça algumas tragédias que ficaram marcadas na história e mudaram a vida de milhares de pessoas.

O termo &ldquo;desastre industrial&rdquo; designa qualquer acidente que tenha sido causado por companhias industriais, independente da causa da trag&eacute;dia ou do ramo de atua&ccedil;&atilde;o da empresa. Explos&otilde;es, inc&ecirc;ndios, vazamentos de res&iacute;duos t&oacute;xicos e ocorr&ecirc;ncia afins s&atilde;o desastres industriais que infelizmente t&ecirc;m se tornado cada vez mais comuns &ndash; enquanto alguns deles n&atilde;o podem ser considerado graves, outros marcaram hist&oacute;ria pelo alto n&uacute;mero de pessoas mortas, feridas ou indiretamente prejudicadas.
Conhe&ccedil;a abaixo os sete incidentes famosos por suas caracter&iacute;sticas e/ou danos a curto e longo prazo.
<h2>1) Desastre de Bhopal</h2>
Considerado por muitos como o pior acidente industrial de todos os tempos, o Desastre de Bhopal ganha este nome por ter acontecido na cidade de Bhopal, na &Iacute;ndia. Na madrugada do dia 3 de dezembro de 1984, cerca de 40 toneladas de gases t&oacute;xicos vazaram de uma f&aacute;brica de pesticidas de origem norte-americana conhecida como Union Carbide; estima-se que mais de 500 mil pessoas foram expostas ao isocianato de metila, um composto altamente danoso para o corpo humano.
Os efeitos foram imediatos: muitos moradores das redondezas sa&iacute;ram de suas casas j&aacute; sentindo n&aacute;useas, vomitando sangue e tendo s&eacute;rios problemas de vis&atilde;o. Ao menos 3 mil pessoas morreram. Sabe qual &eacute; a pior parte? Ainda existe em grande quantia de lixo t&oacute;xico nas redondezas da f&aacute;brica abandonada, e a popula&ccedil;&atilde;o de Bhopal ainda luta para tentar conseguir alguma indeniza&ccedil;&atilde;o do governo dos EUA.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/74289622218102258.jpg" alt="" />Uma crian&ccedil;a v&iacute;tima do Desastre de Bophal Fonte da imagem: <a href="http://lalitkumar.in/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Lalit Kumar</a>
<h2>2) Explos&atilde;o da Plataforma P-36</h2>
Considera a maior plataforma petrol&iacute;fera do mundo, a P-36 era operada pela Petrobr&aacute;s na Bacia de Campos, &agrave; 130km da costa do Rio de Janeiro. No dia 15 de mar&ccedil;o de 2001, duas explos&otilde;es nas colunas de sustenta&ccedil;&atilde;o mataram 11 integrantes da equipe de emerg&ecirc;ncia que estava a bordo, al&eacute;m de fazer com que a estrutura tombasse 16 grau. Em poucas horas, a plataforma j&aacute; estava inteiramente submersa.
Felizmente, todo o resto da tripula&ccedil;&atilde;o conseguiu ser salva &ndash; um total de 164 trabalhadores. De acordo com a Ag&ecirc;ncia Nacional de Petr&oacute;leo (ANP), a causa do incidente foi a &ldquo;n&atilde;o-conformidade quanto a procedimentos operacionais, de manuten&ccedil;&atilde;o e de projeto&rdquo;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/74289622218102614.jpg" alt="" />Barco tenta fazer manuten&ccedil;&atilde;o na plataforma Fonte da imagem: <a href="http://bluestarline.org/index.html" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Blue Star Line</a>
<h2>3) Acidente de Seveso</h2>
Em 10 de julho de 1976, os habitantes da pac&iacute;fica cidade de Seveso (It&aacute;lia) enfrentaram uma trag&eacute;dia realmente dif&iacute;cil de superar. Uma das f&aacute;bricas da companhia ICMESA &ndash; que na &eacute;poca era famosa por sua produ&ccedil;&atilde;o de pesticidas e fungicidas &ndash; teve dois de seus tanques afetados por rompimentos inexplic&aacute;veis. Isto causou a libera&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rios quilogramas de um composto conhecido como dioxina TCDD, que se espalhou por uma vasta plan&iacute;cie entre Mil&atilde;o e o lago de Como.
Embora o n&uacute;mero de v&iacute;timas humanas tenha sido relativamente baixo em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; outros incidentes semelhantes (cerca de 193 pessoas ficaram com sequelas de baixa gravidade), o Acidente de Seveso causou a morte de 3 mil animais e demandou o sacrif&iacute;cio de mais 7 mil, para evitar que o composto t&oacute;xico entrasse na cadeia alimentar da popula&ccedil;&atilde;o italiana.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/74289622218104753.jpg" alt="" />Cientistas investigam locais afetados Fonte da imagem: <a href="http://cerch.org/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/CERCH</a>
<h2>4) Desastre de Minamata</h2>
Embora seja comumente empregado em term&ocirc;metros e outros produtos que utilizamos no dia a dia, o merc&uacute;rio &eacute; uma subst&acirc;ncia bastante perigosa &ndash; e o Desastre de Minamata &eacute; bom exemplo para provar isto.
Tudo come&ccedil;ou em 1965, quando v&aacute;rios habitantes da pequena cidade de Minamata, no Jap&atilde;o, deram entrada em hospitais com exatamente os mesmos sintomas: convuls&otilde;es grav&iacute;ssimas, surtos de psicose, perda de consci&ecirc;ncia e febre alt&iacute;ssima. Todos morreram. As investiga&ccedil;&otilde;es apontaram que as v&iacute;timas tinham uma caracter&iacute;stica pitoresca em comum: todos consumiam uma quantidade plaus&iacute;vel de peixes pescados na ba&iacute;a de Minamata.
Ap&oacute;s mais investiga&ccedil;&otilde;es, foi constatado que uma f&aacute;brica local utilizava compostos de merc&uacute;rio na produ&ccedil;&atilde;o de PVC e jogava seus afluentes na ba&iacute;a da cidade afetada, contaminando peixes, moluscos e aves das redondezas. Hoje, estima-se que a quantia de v&iacute;timas fatais do incidente chegue &agrave; 900; se formos contabilizar os moradores que ficaram com sequelas graves, este n&uacute;mero certamente &eacute; muito maior.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/36612181229.jpg" alt="" />Ic&ocirc;nica fotografia de uma m&atilde;e com seu filho afetado pelo desastre Fonte da imagem: <a href="http://www.theamericanconservative.com/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/The America Conservative</a>
<h2>5) Inunda&ccedil;&atilde;o de Mela&ccedil;o de Boston</h2>
Ah, o mela&ccedil;o. Docinho, saboroso, empregado em receitas de dar &aacute;gua na boca e totalmente inofensivo, correto? Errado! Os habitantes de Boston, nos Estados Unidos, t&ecirc;m uma raz&atilde;o bem convincente para temer este composto. No dia 15 de janeiro de 1919, tanques de armazenamento da f&aacute;brica Purity Distilling Company se romperam e espalhou uma quantia incalcul&aacute;vel de mela&ccedil;o pelas ruas da cidade em uma velocidade de aproximadamente 56 km/h.
Ao menos 21 pessoas morreram e 150 ficaram feridas; vigas de ferrovias foram completamente destru&iacute;das e constru&ccedil;&otilde;es foram simplesmente demolidas pela for&ccedil;a da onda. V&aacute;rios pontos de Boston ficaram com camadas de mela&ccedil;o que chegavam aos 90 cm de altura; o desastre foi t&atilde;o grande que entrou para o folclore local e at&eacute; hoje muitos afirma ser poss&iacute;vel sentir o cheiro doce nos dias mais quentes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/74289622218104914.jpg" alt="" />&Aacute;rea destru&iacute;da pelo mela&ccedil;o Fonte da imagem: <a href="http://carmittapolicarpo.over-blog.com/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Gra&ccedil;a Vicente</a>
<h2>6) Acidente nuclear de Chernobyl</h2>
Voc&ecirc; provavelmente o conhece, mas &eacute; dif&iacute;cil n&atilde;o cit&aacute;-lo nesta mat&eacute;ria. O Acidente de Chernobyl &eacute; considerado a maior trag&eacute;dia nuclear da hist&oacute;ria, sendo imposs&iacute;vel calcular o n&uacute;mero total de v&iacute;timas (entre as fatais e indiretamente atingidas, que sofreram deformidades e sequelas desenvolvidas posteriormente).
Em 26 de abril de 1986, oper&aacute;rios da Usina Nuclear de Chernobyl, na Ucr&acirc;nia (que at&eacute; ent&atilde;o fazia parte da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica), surpreenderam-se com falhas no sistema enquanto realizavam manuten&ccedil;&otilde;es peri&oacute;dicas e costumeiras. Uma explos&atilde;o catastr&oacute;fica no quarto reator da usina resultou em inc&ecirc;ndios, explos&otilde;es e um derretimento nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu parte da Europa Oriental, Escandin&aacute;via e Reino Unido. A &aacute;rea mais afetada foi a cidade de Pripyat, da qual milhares de habitantes tiveram que ser evacuados &agrave;s pressas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/74289622218105248.jpg" alt="" />Pripyat, a cidade fantasma Fonte da imagem: <a href="http://s182.photobucket.com/user/marcelo_victor/library/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Photobucket Marcelo Victor</a>
Hoje, acredita-se que a trag&eacute;dia tenha sido ocasionada por uma s&eacute;rie de falhas humanas e t&eacute;cnicas &ndash; a usina tinha alguns equipamentos de seguran&ccedil;a em mal funcionamento e foi constatado que os oper&aacute;rios n&atilde;o realizaram os procedimentos da forma correta. Uma enorme cobertura de concreto conhecida como Sarc&oacute;fago de Chernobyl foi erguida em torno do quarto reator da usina para deter a libera&ccedil;&atilde;o de mais conte&uacute;do radioativo.
Por sua vez, Pripyat continua sendo uma cidade fantasma, embora seja poss&iacute;vel agendar uma visita guiada com a devida autoriza&ccedil;&atilde;o do governo ucraniano.
<h2>7) Explos&atilde;o da Deepwater Horizon</h2>
Sendo o evento mais recente da nossa lista, o incidente de Deepwater Horizon chama a aten&ccedil;&atilde;o pelas consequ&ecirc;ncias ao meio-ambiente. O evento ocorreu em 20 de abril de 2010, no Golfo do M&eacute;xico, Estados Unidos. A plataforma petrol&iacute;fera Deepwater Horizon sofreu uma enorme explos&atilde;o em uma das suas torres de sustenta&ccedil;&atilde;o, matando 11 pessoas e ferindo 17. A estrutura afundou completamente dois dias depois, derramando ao menos 5 milh&otilde;es de barris de petr&oacute;leo no mar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/7428962221810564.jpg" alt="" />Tentativa de controlar o inc&ecirc;ndio Fonte da imagem: <a href="http://www.prosebeforehos.com/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Prose Before Hos</a>
A British Petrolium &ndash; respons&aacute;vel pela opera&ccedil;&atilde;o da plataforma &ndash; s&oacute; conseguiu conter o vazamento tr&ecirc;s meses depois. Os danos ao ecossistema do Golfo do M&eacute;xico &ndash; onde vivem golfinhos, tartarugas, baleias, pelicanos e uma infinidade de outras esp&eacute;cies marinhas &ndash; ainda s&atilde;o incalcul&aacute;veis.

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7 desastres industriais mais terríveis de todos os tempos

Imagem de Chernobyl brasileiro: Goiás teve um dos piores acidentes nucleares até hoje no megacurioso

A minissérie 'Chernobyl' está fazendo um grande sucesso no mundo, mas você sabia que um dos piores acidentes nucleares do mundo aconteceu aqui no Brasil?

Pouco mais de 30 anos depois, o pior acidente&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-nuclear/" target="_blank" title="Energia nuclear">nuclear</a> j&aacute; acontecido no mundo est&aacute; sendo recontado pela s&eacute;rie &ldquo;<a href="https://www.minhaserie.com.br/serie/1965-chernobyl" target="_blank">Chernobyl</a>&rdquo;, da HBO. A hist&oacute;ria dessa cat&aacute;strofe est&aacute; fresca na cabe&ccedil;a das pessoas e &eacute; bastante conhecida &mdash; inclusive, j&aacute; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141908-chernobyl-causou-o-pior-acidente-nuclear-historia.htm" target="_blank">falamos sobre ela</a> aqui no TecMundo &mdash;, mas o que poucas pessoas sabem &eacute; que um dos epis&oacute;dios mais preocupantes do mundo envolvendo radioatividade se passou no interior do Brasil.
Tudo aconteceu h&aacute; pouco mais de 30 anos, em setembro de 1987, apenas um ano e cinco meses ap&oacute;s o acidente da Usina Nuclear de Chernobyl. Em Goi&acirc;nia, capital do estado de Goi&aacute;s, um instituto de radiologia havia sido fechado e abandonou no pr&eacute;dio onde funcionava um aparelho usado para realizar radioterapia, uma modalidade de tratamento para eliminar tumores cancer&iacute;genos. Esse aparelho utiliza o is&oacute;topo c&eacute;sio-137 para gerar radia&ccedil;&otilde;es ionizantes com pequeno comprimento de onda e alta frequ&ecirc;ncia.
Quem mais sofreu foi sua sobrinha de seis anos de idade, Leide das Neves Ferreira, que acabou ingerindo o p&oacute; como se fosse sal de cozinha
O aparelho abandonado no pr&eacute;dio desocupado foi encontrado por catadores de sucata, que buscavam materiais dentro da antiga cl&iacute;nica para venderem para ferros-velhos. Foi o comprador da sucata dos catadores, Devair Ferreira, quem acessou o material radioativo &mdash; o c&eacute;sio-137 &mdash; que estava dentro do aparelho de radioterapia. Tratava-se de cloreto de c&eacute;sio, um sal muito parecido com o sal de cozinha (cloreto de s&oacute;dio), mas que emitia uma luz azulada quando em ambientes escuros. Essa caracter&iacute;stica chamou aten&ccedil;&atilde;o de Devair, que levou o c&eacute;sio para casa para mostrar para familiares e amigos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/06/06/a-06200322640095.jpg" alt="a" />Ferro-velho onde o c&eacute;sio-137 foi obtido no desmanche do aparelho de radioterapia (Foto: Yoshikazu Maeda / O Popular)
<h2 dir="ltr">Cat&aacute;strofe nuclear brasileira</h2>
A partir da&iacute;, o cen&aacute;rio para a cat&aacute;strofe estava montado: dentre os amigos e parentes de Devair que tiveram contato com o sal de c&eacute;sio-137, quem mais sofreu foi sua sobrinha de seis anos de idade, Leide das Neves Ferreira, que acabou ingerindo o p&oacute; como se fosse sal de cozinha, e a esposa do dono do ferro velho, Maria Gabriela. As duas morreram pouco mais de um m&ecirc;s depois do contato e foram sepultadas em caix&otilde;es de chumbo &mdash; da mesma forma que &eacute; mostrado no terceiro cap&iacute;tulo da miniss&eacute;rie &ldquo;Chernobyl&rdquo;, da HBO &mdash; para evitar a contamina&ccedil;&atilde;o do solo e dos arredores.
A radia&ccedil;&atilde;o provoca a degrada&ccedil;&atilde;o celular e causa danos &agrave; estrutura do DNA
O c&eacute;sio-137, por ser uma subst&acirc;ncia capaz de absorver humidade, tem uma grande capacidade de &ldquo;grudar&rdquo; em objetos, como roupas e utens&iacute;lios, o que espalhou o material radioativo por muitas partes de Goi&acirc;nia em poucos dias. Muitas pessoas em torno da fam&iacute;lia de Devair come&ccedil;aram a exibir sintomas de s&iacute;ndrome aguda da radia&ccedil;&atilde;o, que inclui n&aacute;useas, v&ocirc;mito e predisposi&ccedil;&atilde;o para infec&ccedil;&otilde;es e hemorragias. Pior ainda do que isso, a radia&ccedil;&atilde;o provoca a degrada&ccedil;&atilde;o celular e causa danos &agrave; estrutura do DNA.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/06/06/a-06201242026100.jpg" alt="a" />A menina Leide das Neves Ferreira, uma das v&iacute;timas fatais do acidente com c&eacute;sio-137
<h2 dir="ltr">Contamina&ccedil;&atilde;o radioativa</h2>
Demorou 15 dias ap&oacute;s os primeiros contatos com o c&eacute;sio-137 para que o alerta de contamina&ccedil;&atilde;o fosse dado em Goi&acirc;nia &mdash; depois que os m&eacute;dicos da cidade ligaram os pontos devido aos atendimentos cada vez mais frequentes de pessoas com os sintomas de s&iacute;ndrome aguda da radia&ccedil;&atilde;o e que a esposa de Devair comentou sobre o desmonte do aparelho radioterap&ecirc;utico.
Mais de 112 mil pessoas foram levadas pelo Cnen para o Est&aacute;dio Ol&iacute;mpico de Goi&acirc;nia e foram testadas em busca de n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o
Uma opera&ccedil;&atilde;o complexa foi organizada para descontaminar a cidade e minimizar o impacto da radia&ccedil;&atilde;o sobre as pessoas em Goi&acirc;nia. Ao todo, quatro pessoas morreram diretamente por causa da radia&ccedil;&atilde;o do c&eacute;sio-137 nos dias posteriores ao acidente &mdash; al&eacute;m da esposa e da sobrinha de Devair, dois funcion&aacute;rios de seu ferro-velho, respons&aacute;veis pela abertura do aparelho e a remo&ccedil;&atilde;o do chumbo que aproveitariam da m&aacute;quina, faleceram dias depois.
Devair e seu irm&atilde;o Ivo, pai da menina Leide, morreram anos depois, o primeiro de c&acirc;ncer em 1994, e o segundo com enfisema pulmonar em 2003, devido ao h&aacute;bito de fumar que adquiriu devido &agrave; depress&atilde;o pela perda da filha
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/06/06/a-06201435259102.jpg" alt="a" />Contaminadas gravemente, muitas pessoas buscaram tratamento m&eacute;dico no Rio de Janeiro (Foto: Lorisvaldo de Paula)
<h2 dir="ltr">Acidente de alto risco</h2>
Na &eacute;poca, logo ap&oacute;s o acidente, mais de 112 mil pessoas foram levadas pelo Cnen (Comiss&atilde;o Nacional de Energia Nuclear)&nbsp;para o Est&aacute;dio Ol&iacute;mpico de Goi&acirc;nia e foram testadas em busca de n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o. Dessas, 271 apresentaram contamina&ccedil;&atilde;o pelo c&eacute;sio-137. No anivers&aacute;rio de 25 anos do acidente, em 2012, em torno de 104 pessoas vieram a falecer nos anos ap&oacute;s o desastre por causa da contamina&ccedil;&atilde;o, seja decorrente de c&acirc;ncer ou de outros problemas, e cerca de 1.600 haviam sido afetadas diretamente pela radia&ccedil;&atilde;o.
O acidente com o c&eacute;sio-137 em Goi&acirc;nia foi considerado de n&iacute;vel 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de 1 at&eacute; 7, sendo que Chernobyl &eacute; classificada no valor m&aacute;ximo e Fukushima apresentou n&iacute;vel 6. De acordo com essa escala, o n&iacute;vel 5 apresenta &ldquo;libera&ccedil;&atilde;o de quantidade limitada de materiais radioativos com v&aacute;rias mortes ou grande quantidade dentro de uma instala&ccedil;&atilde;o.&rdquo;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/06/06/a-06200839920097.jpg" alt="a" />Pessoas sendo analisadas pelo Cnen em busca de tra&ccedil;os de radia&ccedil;&atilde;o no Est&aacute;dio Ol&iacute;mpico de Goi&acirc;nia (Foto: Yoshikazu Maeda / O Popular)
<h2>Rescaldo do acidente</h2>
A limpeza da &aacute;rea afetada pelo acidente com o c&eacute;sio-137 gerou 13,4 toneladas de res&iacute;duo radioativo que foram armazenadas em cont&ecirc;ineres especiais, enterrados sob uma montanha artificial de terra e camadas de concreto e chumbo para evitar a propaga&ccedil;&atilde;o de radioatividade.
Eu me contaminei e acabei virando uma fonte radioativa
Hoje, Odesson Alves Ferreira, outro irm&atilde;o de Devair, &eacute; presidente da Associa&ccedil;&atilde;o de V&iacute;timas do C&eacute;sio-137 (AVC&eacute;sio), formada para defender os direitos das v&iacute;timas da contamina&ccedil;&atilde;o. Ele tinha 32 anos na &eacute;poca do acidente e foi gravemente afetado. &ldquo;Eu me contaminei e acabei virando uma fonte radioativa. As pessoas que passaram por mim foram irradiadas por mim, inclusive a minha fam&iacute;lia&rdquo;, disse Ferreira para a BBC em uma entrevista em 2011.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/06/06/a-06201033934098.jpg" alt="a" />Parte do lixo at&ocirc;mico causado pelo acidente nuclear em Goi&acirc;nia (Foto: Yoshikazu Maeda / O Popular)
A hist&oacute;ria &eacute; profundamente triste e preocupante, mas, da mesma maneira que acontece com o caso de Chernobyl, retratado com perfei&ccedil;&atilde;o na miniss&eacute;rie da HBO, precisa servir como li&ccedil;&atilde;o e aviso sobre os perigos do uso de tecnologias nucleares sem cuidado. As consequ&ecirc;ncias s&atilde;o grav&iacute;ssimas e muita gente acaba pagando pelos erros de poucos, que geralmente saem ilesos quando coisas assim acontecem.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/142265-chernobyl-brasileiro-goias-teve-piores-acidentes-nucleares.htm">Chernobyl brasileiro: Goiás teve um dos piores acidentes nucleares até hoje</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Chernobyl brasileiro: Goiás teve um dos piores acidentes nucleares até hoje

Imagem de Atração radioativa: descobriram baldes com urânio em museu no Grand Canyon no megacurioso

Todo mundo sabe que devemos manter dist&acirc;ncia de subst&acirc;ncias radioativas, certo? Pois imagine o susto que os respons&aacute;veis pelo Museu do Grand Canyon, uma popular atra&ccedil;&atilde;o nos EUA, n&atilde;o levaram ao descobrirem que algu&eacute;m deixou baldes de ur&acirc;nio no interior do edif&iacute;cio e que milhares de pessoas foram expostas a perigosos n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o!
<h2>Atra&ccedil;&atilde;o radioativa</h2>
A descoberta aconteceu totalmente por acaso &ndash; quando o filho de um dos funcion&aacute;rios do Grand Canyon resolveu &ldquo;brincar&rdquo; no interior do museu com seu contador Geiger, um instrumento usado para medir a radia&ccedil;&atilde;o ionizante, e o aparelho soou o alarme. Mais precisamente, o dispositivo detectou radia&ccedil;&atilde;o em uma sala dedicada a animais empalhados, e os oficiais mobilizados para checar a situa&ccedil;&atilde;o encontraram tr&ecirc;s recipientes cheios at&eacute; o topo com min&eacute;rio de ur&acirc;nio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/21/21113226068280.jpg" alt="" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Science Alert/AZ Central/Elston Stephenson)
Segundo as autoridades, um dos recipientes (um balde de 19 litros) estava t&atilde;o cheio que nem fechava direito, e o pior: o material estava ali, esquecido em um canto, h&aacute; quase 2 d&eacute;cadas! Isso significa que, durante esse tempo todo, turistas, funcion&aacute;rios, crian&ccedil;as e excurs&otilde;es escolares passaram pertinho de uma perigosa fonte de radia&ccedil;&atilde;o &ndash; sem saber.
E mais: os recipientes ficavam em um local onde normalmente os visitantes paravam para ouvir palestras ou assistir a demonstra&ccedil;&otilde;es no museu e, portanto, calcula-se que milhares de pessoas tenham sido expostas &agrave; radia&ccedil;&atilde;o. Segundo as estimativas, os n&iacute;veis de exposi&ccedil;&atilde;o seriam 4 mil vezes superiores ao considerado seguro para crian&ccedil;as, e 400 vezes para adultos.
No entanto, era comum que estudantes ficassem por ali durante as palestras &ndash; que podiam durar mais de meia hora &ndash;, ent&atilde;o imagine o perigo! Para se ter ideia, para adultos, menos de 30 segundos de perman&ecirc;ncia ao lado dos recipientes j&aacute; seriam suficientes para causar exposi&ccedil;&atilde;o, e no caso dos pequenos bastariam s&oacute; 3 segundos para que eles fossem expostos &agrave; radia&ccedil;&atilde;o.
<h2>Den&uacute;ncia</h2>
A descoberta aconteceu em mar&ccedil;o do ano passado, mas a not&iacute;cia s&oacute; foi divulgada agora porque o respons&aacute;vel pela seguran&ccedil;a do Parque, Elston Stephenson, entrou em contato diversas vezes com autoridades competentes, cansou de esperar que tomassem provid&ecirc;ncias e resolveu denunciar a situa&ccedil;&atilde;o compartilhando a informa&ccedil;&atilde;o com a imprensa.
De acordo com Stephenson, ele s&oacute; foi informado da exist&ecirc;ncia dos recipientes contendo o ur&acirc;nio em junho, e eles primeiro foram transladados a outra sala do edif&iacute;cio. Depois, os conte&uacute;dos dos baldes foram descartados &ndash; em seguran&ccedil;a, dizem &ndash; em uma mina abandonada. Incrivelmente, os recipientes radioativos voltaram a ser levados ao museu, mas foram encontrados em novembro e removidos de l&aacute;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/21/21113315537281.jpg" alt="" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o/CNN)
Segundo os oficiais do museu, os n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o no local j&aacute; foram controlados e voltaram ao normal, ent&atilde;o n&atilde;o h&aacute; mais riscos aos visitantes. No entanto, o caso ainda est&aacute; em investiga&ccedil;&atilde;o, e os respons&aacute;veis pela institui&ccedil;&atilde;o aconselharam funcion&aacute;rios e membros do p&uacute;blico preocupados com poss&iacute;veis consequ&ecirc;ncias &agrave; sa&uacute;de a buscarem orienta&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica.
De acordo com o que foi apurado e divulgado, os recipientes contendo o ur&acirc;nio se encontravam no por&atilde;o da sede da administra&ccedil;&atilde;o do parque e, por alguma raz&atilde;o, foram levados ao museu quando o local foi inaugurado, no ano 2000. Contudo, ningu&eacute;m sabe dizer de onde surgiram os baldes nem quem foi o respons&aacute;vel por armazenar o material no Grand Canyon.

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