Imagem de Cientistas sugerem que Tábua de Nazaré não tem relação com Jesus no megacurioso

Vestígio histórico adquirido no final do século XIX pode ter se originado na Grécia, não no Oriente Médio

Adquirido em 1878 por Wilhelm Froehner, ex-curador do Museu do Louvre, em Paris, a T&aacute;bua de Nazar&eacute;, popularmente conhecida como Inscri&ccedil;&atilde;o de Nazar&eacute;, pode ter ganhado uma reviravolta total em suas origens, antes relacionadas diretamente com a hist&oacute;ria de Jesus, supostamente funcionando como um alerta para afastar ladr&otilde;es de sepulturas ap&oacute;s o desaparecimento do filho de Deus.&nbsp;
Uma nova evid&ecirc;ncia descoberta por&nbsp;Kyle Harper, investigador da Universidade de Oklahoma, indica que a origem do item, na verdade, est&aacute; relacionada com o imperador grego Nikias, tirano da ilha grega de Kos&nbsp;durante os anos 30 a.C., que teve sua sepultura profanada ap&oacute;s sua morte, fazendo com que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114102-arqueologos-encontram-sinais-de-cirurgia-cerebral-na-grecia-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imperador romano</a> Augusto criasse a t&aacute;bua &ldquo;para estabelecer a lei e a ordem no Mediterr&acirc;neo Oriental nos anos a seguir ap&oacute;s a derrota de Marco Ant&ocirc;nio e de Cle&oacute;patra na Batalha de &Aacute;ccio&rdquo;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/17/17143722976463.jpg" alt="(Fonte: Alamy Stock Photo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Alamy Stock Photo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s a extra&ccedil;&atilde;o de um peda&ccedil;o do artefato, os estudiosos n&atilde;o conseguiram encontrar quaisquer tipos de rela&ccedil;&atilde;o com o material do Oriente M&eacute;dio, mas encontraram evid&ecirc;ncias claras que o ligavam &agrave; geologia da ilha de Kos. &ldquo;O m&aacute;rmore estava muito ligado ao cristianismo porque Nazar&eacute; n&atilde;o &eacute; conhecida por mais nada a n&atilde;o ser Jesus de Nazar&eacute;. Andei fascinado com este mist&eacute;rio v&aacute;rios anos e, por isso, quis juntar-me a outros cientistas para usar a an&aacute;lise geoqu&iacute;mica para desvendar as origens da pedra&rdquo;, esclareceu o pesquisador, em entrevista ao <a href="https://www.newsweek.com/nazareth-tablet-jesus-greek-tyrant-1490414" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Newsweek</a>.
Com cerca de 2 mil anos de idade e 60 cent&iacute;metros de altura, a placa de m&aacute;rmore era conhecida como uma das maiores evid&ecirc;ncias do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114078-10-maneiras-como-o-coronavirus-mudou-a-pascoa-em-2020.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristianismo</a>, onde h&aacute; um &ldquo;&Eacute;dito de C&eacute;sar&rdquo; transcrito que amea&ccedil;a as pessoas a se afastarem de sepulturas. Por&eacute;m, mesmo que ainda n&atilde;o haja 100% de certeza sobre sua proced&ecirc;ncia, j&aacute; &eacute; poss&iacute;vel negar, de certa forma, sua rela&ccedil;&atilde;o com a antiga f&eacute; crist&atilde;.
<h2>Uma outra vis&atilde;o dos fatos</h2>
J&aacute; o arque&oacute;logo Robert Tykot, da Universidade do Sul da Fl&oacute;rida, acredita fielmente que a origem da 'Inscri&ccedil;&atilde;o de Nazar&eacute;' pode ter uma origem muito mais "malandra" do que a proposta pelos estudiosos, considerando que possa ter sido <a href="https://www.sciencenews.org/article/nazareth-inscription-origins-may-refute-ties-jesus-resurrection" rel="noopener noreferrer" target="_blank">forjada por um negociador mal intencionado</a> que inventou uma hist&oacute;ria sobre a t&aacute;bua, convencendo o falecido curador do Louvre a carreg&aacute;-la at&eacute; o local e deixar &agrave; mostra como sendo uma rel&iacute;quia verdadeira.

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Cientistas sugerem que Tábua de Nazaré não tem relação com Jesus

Imagem de Santuário medieval é descoberto por acidente na Inglaterra no megacurioso

Trabalhadores ferroviários encontraram o local enquanto trabalhavam próximos de Guildford, a 40 km de Londres

Enquanto trabalhavam em uma ferrovia, trabalhadores encontraram uma caverna que abriga um santu&aacute;rio medieval. De acordo com o jornal The Telegraph, que noticiou o caso, a constru&ccedil;&atilde;o pode ter sido feita no s&eacute;culo XIV.
Os ferrovi&aacute;rios estavam fazendo uma limpeza do t&uacute;nel que liga as cidades de Guildford e Portsmouth ap&oacute;s um deslizamento que aconteceu no local. Durante o expediente, acabaram encontrando rastros de uma constru&ccedil;&atilde;o antiga.
"A caverna continha o que pareciam ser santu&aacute;rios ou nichos decorativos, al&eacute;m de iniciais esculpidas e outras marcas", contou para o jornal o porta-voz da Archaeology South East. o bra&ccedil;o comercial do Instituto de Arqueologia do Col&eacute;gio Universit&aacute;rio de Londres.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09163216999003.jpg" alt="Caverna encontrada por trabalhadores ferrovi&aacute;ria escondia Santu&aacute;rio constru&iacute;do no s&eacute;culo XIV" />Caverna encontrada por trabalhadores ferrovi&aacute;ria escondia Santu&aacute;rio constru&iacute;do no s&eacute;culo XIV
<h2>Santu&aacute;rio misterioso</h2>
Outros detalhes tamb&eacute;m foram vistos pelos pesquisadores que realizaram uma investiga&ccedil;&atilde;o: o teto da constru&ccedil;&atilde;o estava coberto por uma poeira preta, que pode ter sido causada pela fuligem emitida pelos lampi&otilde;es e tochas dos fi&eacute;is que passavam pelo local.
Essa fuligem ser&aacute; analisada pela equipe de pesquisa, j&aacute; que pode dar pistas sobre quem utilizava o santu&aacute;rio e para qual finalidade ele foi constru&iacute;do, al&eacute;m de fornecer outras informa&ccedil;&otilde;es sobre o local.
A ideia mais apoiada &eacute; de que ele possa ter sido uma constru&ccedil;&atilde;o para a realiza&ccedil;&atilde;o de rituais religiosos, j&aacute; que outros santu&aacute;rios importantes tamb&eacute;m foram constru&iacute;dos durante o s&eacute;culo XIV.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09181120059093.jpeg" alt="Entrada do t&uacute;nel que abriga antigo santu&aacute;rio medieval" />Entrada do t&uacute;nel que abriga antigo santu&aacute;rio medieval&nbsp;&nbsp;

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Santuário medieval é descoberto por acidente na Inglaterra

Imagem de Antiga área de culto a deus guerreiro é descoberta no Iraque no megacurioso

Arqueólogos descobriram área com cerca de 5 mil anos de idade onde eram realizadas rituais dedicados ao deus mesopotâmico Ningirsu

X&iacute;caras, tigelas, potes, vasos de cer&acirc;mica quebrados e in&uacute;meros ossos de animais. A escava&ccedil;&atilde;o realizada por arque&oacute;logos em uma &aacute;rea de Girsu, conhecida como Uruku, no Iraque, terminou com a descoberta de uma antiga &aacute;rea de culto ao deus guerreiro&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42590-conheca-a-origem-da-expressao-olho-por-olho-dente-por-dente-.htm" target="_blank" title="Conhe&ccedil;a a origem da express&atilde;o 'olho por olho, dente por dente'">mesopot&acirc;mico</a> Ningirsu.
A &aacute;rea, afirmam os arque&oacute;logos, tem cerca de 5 mil anos de idade e era o local onde eram realizadas prociss&otilde;es, sacrif&iacute;cios de animais, festas de fogo e rituais dedicados a Ningirsu. Os itens encontrados estavam pr&oacute;ximo e dentro de uma favissa, um po&ccedil;o ritual de 2,5 metros de profundidade, explicaram Sebastien Rey, diretor do projeto Tello/Ancient Girsu, do Museu Brit&acirc;nico, e Tina Greenfield, zoarque&oacute;loga da Universidade de Saskatchewan, que trabalhou no projeto.
Al&eacute;m da &aacute;rea de culto e de objetos dedicados a Ningirsu, talvez uma das descobertas mais impressionantes foi de uma estatueta de bronze em forma de pato e com olhos feitos de concha. Segundo os arque&oacute;logos, ela pode ter sido dedicada a outra deusa, a Nanshe, que &eacute; associada &agrave; &aacute;gua, p&acirc;ntanos e aves aqu&aacute;ticas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/31/31105223941063.jpg" alt="Arque&oacute;logos encontraram diversos objetos utilizados em rituais na chamada &quot;din&aacute;stica primitiva&quot;" />Arque&oacute;logos encontraram diversos objetos utilizados em rituais na chamada "din&aacute;stica primitiva"
Os arque&oacute;logos explicaram ainda que provavelmente as x&iacute;caras e c&aacute;lices encontrados foram utilizados em um banquete religioso antes de descartados no po&ccedil;o em um ritual. J&aacute; os ossos de animais podem indicar, al&eacute;m do consumo, o sacrif&iacute;cio em rituais dedicados ao deus.
A equipe de escava&ccedil;&atilde;o encontrou ainda oito estruturas ovais cheias de cinzas. As cinzas provavelmente foi o que sobrou de grandes inc&ecirc;ndios rituais. J&aacute; as estruturas encontradas debaixo delas podem ser restos de lanternas ou lumin&aacute;rias de ch&atilde;o, acreditam os arque&oacute;logos. Al&eacute;m disso, eles estimam que a &aacute;rea de culto foi utilizada entre 2950 e 2350 a.C., em um per&iacute;odo chamado de &ldquo;din&aacute;stica primitiva&rdquo;.
<h2>Festivais religiosos e banquetes em honra a Ningirsu</h2>
Em e-mail enviado &agrave; Live Science, Rey e Greenfield afirmam que o grande n&uacute;mero de cer&acirc;micas cerimoniais encontradas, assim como a estrutura de piso queimado e da favissa conectada &agrave; &aacute;rea cultica, indicam que a popula&ccedil;&atilde;o de Girsu se reunia no local para festivais religiosos de honra aos deuses.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/31/31105300972065.jpg" alt="Muitos objetos estavam debaixo de uma espessa camada de cinza, que indica a realiza&ccedil;&atilde;o de grandes inc&ecirc;ndios rituais" />Muitos objetos estavam debaixo de uma espessa camada de cinza, que indica a realiza&ccedil;&atilde;o de grandes inc&ecirc;ndios rituais
No final do s&eacute;culo XIX e in&iacute;cio de s&eacute;culo XX foram encontradas tabuletas cuneiformes em Girsu. Nelas h&aacute; a descri&ccedil;&atilde;o de banquetes e prociss&otilde;es religiosas realizadas na &aacute;rea de culto. Segundo as inscri&ccedil;&otilde;es, um banquete religioso em honra a Ningirsu era realizado duas vezes por ano, com dura&ccedil;&atilde;o de tr&ecirc;s ou quatro dias.
Os arque&oacute;logos, que continuam trabalhando em Girsu, apresentaram as descobertas na reuni&atilde;o anual da American Schools of Oriental Reserach, em novembro de 2019, em San Diego.

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Antiga área de culto a deus guerreiro é descoberta no Iraque

Imagem de Pergaminhos do Mar Morto falsos estavam expostos no Museu da Bíblia no megacurioso

Os manuscritos foram descobertos em 1947 e em 2017, quando o museu foi inaugurado, 16 fragmentos de pergaminhos foram expostos como atrações principais

Descobertas de artefatos raros sempre causam &ecirc;xtase entre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110277-equipe-de-arqueologos-acredita-ter-descoberto-um-anel-de-poncio-pilatos.htm" target="_blank" title="Equipe de arque&oacute;logos acredita ter descoberto um anel de P&ocirc;ncio Pilatos">arque&oacute;logos</a>. Em 1947, a descoberta dos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105530-mais-um-fragmento-dos-manuscritos-do-mar-morto-acaba-de-ser-decifrado.htm" target="_blank" title="Mais um fragmento dos Manuscritos do Mar Morto acaba de ser decifrado">manuscritos do Mar Morto</a> surpreendeu o mundo e transformou os estudos religiosos, tornando os pergaminhos artigo de luxo. Eles eram alguns dos itens mais procurados pelos museus o que, &agrave;s vezes, pode gerar uma &ldquo;confus&atilde;o&rdquo;.
Inaugurado em 2017, o Museu da B&iacute;blia, em Washington, D.C., adquiriu 16 fragmentos que seriam, supostamente, parte do tesouro encontrado nas cavernas Qumran, perto do Mar Morto, em 1947. Os pergaminhos levavam status de atra&ccedil;&atilde;o principal, mas recentemente, o museu admitiu que eles s&atilde;o falsos. A maioria dos pergaminhos reais s&atilde;o mantidos no Santu&aacute;rio do Livro, em Israel.
Um ano ap&oacute;s a inaugura&ccedil;&atilde;o, o Museu da B&iacute;blia admitiu, n&atilde;o sem antes relutar, que cinco fragmentos haviam sido forjados. Eles foram retirados de exibi&ccedil;&atilde;o. Apesar disso, o museu acreditava que os outros 11 fossem reais, embora especialistas j&aacute; desconfiassem de pelo menos outros dois.
Agora, o museu foi for&ccedil;ado a admitir que todo o lote &eacute; falso. Em entrevista &agrave; National Geographic, o CEO Harry Hargrave disse que eles foram v&iacute;timas de falsas declara&ccedil;&otilde;es e de fraude. &ldquo;O Museu da B&iacute;blia est&aacute; tentando ser o mais transparente poss&iacute;vel&rdquo;, ressaltou.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/18/18232835626306.jpg" alt="Pergaminhos foram expostos como atra&ccedil;&atilde;o principal no museu" />Pergaminhos foram expostos como atra&ccedil;&atilde;o principal no museu
<h2>Museu da B&iacute;blia</h2>
Fundado por Hobby Lobby, o museu tem como grande investidor Steve Green, que depositou boa parte da riqueza que construiu com lojas de artesanato na compra de antiguidades origin&aacute;rias do Oriente M&eacute;dio.
Os manuscritos do Mar Morto foram autenticados como genu&iacute;no e com carbono que data entre 1900 e 2300 anos. Os textos, em sua maioria, s&atilde;o encontrados no Antigo Testamento, o que inclusive facilita a falsifica&ccedil;&atilde;o, uma vez que, basta &ldquo;escolher&rdquo; um trecho b&iacute;blico e copiar. Desde 2002 as falsifica&ccedil;&otilde;es come&ccedil;aram a ser identificadas no mercado paralelo, mas at&eacute; o momento, n&atilde;o havia registro de uma exibi&ccedil;&atilde;o falsa t&atilde;o famosa.
A investigadora de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/40661-conheca-3-das-maiores-fraudes-arqueologicas-da-historia.htm" target="_blank" title="Conhe&ccedil;a 3 das maiores fraudes arqueol&oacute;gicas da Hist&oacute;ria">fraudes</a> de arte Colette Loll afirmou que a tinta utilizada nos pergaminhos era moderna, mas o couro tem aproximadamente a idade dos verdadeiros. Os motivos pelos quais algu&eacute;m descobre couro de 2 mil anos e falsifica ainda s&atilde;o incertos.
William Kando &eacute; o nome de um dos vendedores dos fragmentos. Ele &eacute; filho do negociante de antiguidades Khalil Shahin, que descobriu e comprou muitos pergaminhos verdadeiros nos anos 1950. Al&eacute;m de Kando, Green tamb&eacute;m comprou os manuscritos de outros colecionadores.
Essa n&atilde;o &eacute; a primeira vez que Green se tem em &ldquo;encrenca&rdquo;. Em 2016, ele foi multado em US$ 3 milh&otilde;es por ter comprado 5,5 mil artefatos antigos que foram saqueados do Iraque ap&oacute;s a invas&atilde;o de 2003. Esses objetos foram contrabandeados ilegalmente para os Estados Unidos e custaram a ele US$ 1,6 milh&atilde;o.

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Pergaminhos do Mar Morto falsos estavam expostos no Museu da Bíblia

Imagem de Aquenáton, o faraó que exterminou o politeísmo no Egito Antigo no megacurioso

O faraó Aquenáton acabou com dois mil deuses egípcios durante seu império, instaurando o monoteísmo em uma grande revolução

O Egito vivia em paz e com prosperidade quando Aquen&aacute;ton tornou-se fara&oacute; e, juntamente com sua esposa, a famosa Nefertiti, decidiu revolucionar o sistema religioso eg&iacute;pcio, extinguindo os dois mil deuses adorados pela popula&ccedil;&atilde;o. O ano era 1353 a.C, aproximadamente, quando a ordem expressa chegou a todos: o &uacute;nico deus que deveria existir era o deus Sol, ou Aton, o criador de todos. O fara&oacute; possu&iacute;a poderes ilimitados e todos tiveram que obedecer, mesmo que considerassem isso uma heresia.

No quinto ano de seu reinado, Aquen&aacute;ton decidiu mudar-se de Tebas para se instalar ao norte do rio Nilo, passando mais uma mensagem de ruptura do passado. Nefertiti recebeu igualdade de poder e, juntos, ordenaram que constru&iacute;ssem uma cidade onde hoje fica Amarna, que chegou a ter 50 mil habitantes. O local, batizado de Ajetat&oacute;n &ndash; horizonte de Aton &ndash; foi escolhido depois que o fara&oacute; supostamente recebeu uma mensagem do Deus Sol.

<figure class="image"><img alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/05/05135916690079.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

O imp&eacute;rio come&ccedil;ou a ruir porque o povo n&atilde;o se acostumou com a ideia radical da extin&ccedil;&atilde;o de todos os outros deuses. Aquen&aacute;ton ordenou que todas as imagens de deuses antigos fossem destru&iacute;das, especialmente de Amon-R&aacute;, o deus maior do pante&atilde;o. Distante da imagem afetiva familiar que tentava transmitir, agora ele travava uma verdadeira batalha pelo fim de uma mem&oacute;ria milenar &ndash; e contra seu pr&oacute;prio povo.

Sua revolu&ccedil;&atilde;o enfraqueceu &agrave; medida que seu ex&eacute;rcito n&atilde;o mais lhe obedecia. Um dos pa&iacute;ses vizinhos, que era protegido do Egito, pediu ajuda contra invas&otilde;es e n&atilde;o p&ocirc;de ser atendida. Era t&atilde;o grande a ocupa&ccedil;&atilde;o na persegui&ccedil;&atilde;o religiosa que o Egito perdeu at&eacute; mesmo territ&oacute;rios para outros pa&iacute;ses.

<h2>Sob comando do filho, Egito volta a prosperar</h2>

Aquen&aacute;ton morreu 13 anos depois da funda&ccedil;&atilde;o de sua cidade. Antes disso, j&aacute; vivia triste, pois tinha perdido suas filhas e sua esposa, Nefertiti. Quem assumiu foi seu filho Tutanc&acirc;mon, e s&oacute; por isso Aquen&aacute;ton n&atilde;o foi completamente esquecido na hist&oacute;ria. Muitos dos registros de sua revolu&ccedil;&atilde;o religiosa foram destru&iacute;dos, juntamente &agrave;s suas est&aacute;tuas.

Com Tutanc&acirc;mon, o Egito voltou a adorar todos os seus deuses, restaurando o poder e a prosperidade por l&aacute;. A vida voltou &agrave; normalidade e nenhum outro fara&oacute; ousou mudar a ordem vigente depois disso.

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Aquenáton, o faraó que exterminou o politeísmo no Egito Antigo

Imagem de Hans Schmidt: o padre demoníaco no megacurioso

Com uma mente pervertida e doentia, ele foi o primeiro padre da História a se sentar no banco dos réus

Hans Schmidt nasceu numa cidade chamada Aschaffenburg, na regi&atilde;o do estado da Baviera, em 1881. Filho de pai protestante e m&atilde;e cat&oacute;lica, esses pilares do lar que foram fundamentais para construir a sua psicologia infantil j&aacute; demonstraram abandono e neglig&ecirc;ncia desde o come&ccedil;o. Os pais possu&iacute;am um extenso hist&oacute;rico de graves doen&ccedil;as mentais e nunca foi descoberto o quanto isso influenciou diretamente no comportamento incomum do garoto.
De acordo com declara&ccedil;&otilde;es de parentes, o hobby favorito de Hans Schmidt era se refugiar depois da escola no matadouro da aldeia onde morava para assistir incansavelmente porcos e galinhas serem decapitados e terem o sangue drenado para um vasilhame at&eacute; que a carca&ccedil;a de seus corpos estrebuchasse uma &uacute;ltima vez. Disseca&ccedil;&atilde;o de animais tamb&eacute;m atra&iacute;a muito a aten&ccedil;&atilde;o do jovem, tanto que, tendo passado tempo demais assistindo, ele chegou ao ponto de saber exatamente como o corte seria feito apenas de olhar para o animal. Ele chegou a decapitar dois filhotes de gansos&nbsp;de seu pai e guardar a cabe&ccedil;a deles em seu bolso por v&aacute;rios dias.
<figure class="image"><img alt="" src="https://static.wixstatic.com/media/aa9cb5_e24662195c8a4fe5858f37916c828619~mv2.jpg/v1/fit/w_1024,h_1369,al_c,q_80/file.png" /> <figcaption>(Fonte: The Bodarks/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Hans tamb&eacute;m desenvolveu uma paix&atilde;o um tanto quanto exacerbada por rituais cat&oacute;licos romanos e passava boa parte do seu dia fingindo ser padre, chegando a improvisar um altar em seu quarto, realizar leituras da b&iacute;blia e fingir&nbsp;que estava coordenando&nbsp;missas.
Ao longo de sua adolesc&ecirc;ncia, ele passou a misturar as rela&ccedil;&otilde;es sexuais que tinha com homens e mulheres, envolvendo uma obsess&atilde;o religiosa em que ele se imaginava num ato purgativo, em meio ao sangue de animais mortos, como uma esp&eacute;cie de fetiche. Ele&nbsp;quase foi&nbsp;preso depois de ser acusado de falsificar e vender diplomas para alunos reprovados. No entanto, as acusa&ccedil;&otilde;es foram retiradas depois que o seu pai contratou um advogado que alegou problemas mentais.
Aos 25 anos de idade, em 1904, Hans Schmidt foi ordenado padre na Alemanha. Durante 4 anos ele serviu a igreja alem&atilde;, por&eacute;m nunca no mesmo lugar. A criatividade controv&eacute;rsia na maneira com que o homem conduzia as missas e serm&otilde;es, gerava discuss&otilde;es entre os paroquianos que sempre reclamavam da conduta do homem ao monsenhor e ao bispo local. Hans n&atilde;o recebia bem as cr&iacute;ticas e acabava se envolvendo numa confus&atilde;o com os seus superiores, causando a sua constante transfer&ecirc;ncia.
<h2>A minha amada Anna</h2>
<figure class="image"><img alt="" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/24/Anna_Aum%C3%BCller.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Em 1908, quando os superiores esgotaram as suas alternativas paroquiais para enviar Hans Schmidt, eles decidiram design&aacute;-lo pela primeira vez para uma igreja cat&oacute;lica romana que ficava nos Estados Unidos, chamada St. John, na cidade de Louisville, no estado do Kentucky. O homem imigrou para a Am&eacute;rica e, uma vez l&aacute;, ele bateu de frente com os l&iacute;deres cat&oacute;licos e com o pastor s&ecirc;nior, sendo for&ccedil;ado a se transferir para a Igreja de S&atilde;o Bonif&aacute;cio, que ficava a&nbsp;leste do centro de Manhattan, em Nova York.
Para o bem ou para o mal, Hans n&atilde;o era o &uacute;nico novato na igreja de S&atilde;o Bonif&aacute;cio. L&aacute;, ele conheceu a governanta e empregada, Anna Aumuller, uma imigrante do Imp&eacute;rio Austro-H&uacute;ngaro que havia sido contratada h&aacute; pouco tempo para prestar servi&ccedil;os aos sacerdotes. Eles rapidamente come&ccedil;aram a se aproximar, devido a natureza maliciosa do padre, e n&atilde;o demorou muito para que tivessem um caso &agrave;s escuras.
Em uma de suas centenas de conversas alienistas com Anna, com o intuito de fazer a mulher ceder aos seus encantos, Hans contou a ela que ouviu a voz de Deus ordenando para que ele a amasse. &Agrave; princ&iacute;pio, por&eacute;m, Anna tentou resistir &agrave;s investidas ostensivas do homem, mas acabou cedendo depois de ouvir essa esp&eacute;cie de &ldquo;mensagem divina&rdquo;. Para Anna era amor, enquanto que para Hans o envolvimento era puramente sexual, tanto que ele a submetia a diversos fetiches e bizarrices que cultivava desde a adolesc&ecirc;ncia e que tamb&eacute;m j&aacute; havia replicado v&aacute;rias vezes com prostitutas, homens e at&eacute; mesmo crian&ccedil;as.
Entretanto, uma vez mais, Hans Schmidt entrou em desacordo com o Sacerdote Superior da igreja e foi transferido para a par&oacute;quia&nbsp;de S&atilde;o Jos&eacute;, a oeste do Harlem. Especula-se que talvez eles tenham descoberto o caso dos dois e pedido pela mudan&ccedil;a de posto do homem para evitar um esc&acirc;ndalo.
A dist&acirc;ncia n&atilde;o foi o suficiente para impedir os amantes, pois em 26 de fevereiro de 1913, Hans Schmidt alugou um apartamento no centro de Manhattan onde ele poderia se encontrar com a mulher sempre que quisesse, e logo depois ele&nbsp;"se casou" com Anna&nbsp;numa cerim&ocirc;nia secreta que o pr&oacute;prio&nbsp;conduziu. Hans tamb&eacute;m ficou com a tarefa de escrever os nomes deles em uma certid&atilde;o de casamento e afirmou a Anna que ele deixaria o sacerd&oacute;cio para poder se dedicar ao amor deles. Paralelo a essas declara&ccedil;&otilde;es, Hans mantinha um relacionamento secreto com um dentista de Nova York chamado Ernest Muret, com quem, mais tarde, ele chegou a afirmar que teria aproveitado mais do que com a sua amada Anna.
<h2>"As vozes me dizem, Anna"</h2>
<figure class="image"><img alt="" src="https://3.bp.blogspot.com/-oqzgOaPz6V4/To5ZE5BpyhI/AAAAAAAAGMk/b4OVeDzPN0o/s1600/Urs+Graf.jpg" /> <figcaption>(Fonte: New Repecta/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Meses depois do cas&oacute;rio, enquanto Hans Schmidt e Anna Aumuller faziam sexo no altar-mor da igreja de S&atilde;o Jos&eacute; durante a madrugada, o padre recebeu o que afirmou se tratar de um mandamento de Deus, dizendo para que ele &ldquo;sacrificasse&rdquo; a sua amada Anna. De t&atilde;o forte que foi esse pseudo&nbsp;chamado, ele acabou contando ali mesmo para a mulher, que se horrorizou com a confiss&atilde;o e disse que era loucura da cabe&ccedil;a dele. Ela, por&eacute;m, apesar de assustada, n&atilde;o deu muita import&acirc;ncia ao coment&aacute;rio, mas, assim como da primeira vez, Hans n&atilde;o poderia tirar aquilo de seus pensamentos.
Dias depois, Anna, aos 21 anos de idade, informou ao padre que estava esperando um filho dele e que isso era uma mensgaem divina de que era o momento certo para que o homem largasse o sacerd&oacute;cio&nbsp;come&ccedil;asse&nbsp;a constituir uma fam&iacute;lia.
Na madrugada do dia 2 de setembro de 1913, Hans Schmidt deixou a igreja e foi at&eacute; o apartamento&nbsp;que havia alugado e onde tamb&eacute;m era o lar de Anna. Ele se esgueirou porta a dentro sem fazer barulho algum. Caminhou at&eacute; o quarto do casal e, ao lado da cama, desferiu um golpe certeiro na garganta de Anna com uma faca de a&ccedil;ougueiro de 30 cent&iacute;metros, rasgando um corte&nbsp;largo na carne dela. Ao inv&eacute;s de sair correndo, por&eacute;m, o padre se ajoelhou ao lado de sua amada em pura agonia e bebeu o seu sangue at&eacute; que estivesse satisfeito. Depois, enquanto Anna estrebuchava, ele a estuprou at&eacute; que ela moresse de hemorragia.
Ent&atilde;o, recordando-se de seus anos sentado num banquinho no matadouro de sua cidade natal, ele pacientemente desmembrou o corpo da mulher com uma serra. Separou a cabe&ccedil;a dela e cortou o corpo ao meio. Embrulhou os peda&ccedil;os em jornais, enrolou-os em len&ccedil;ois e fronhas, colocando uma pedra de xisto verde-cinza dentro de cada uma delas para que o corpo pudesse afundar. Hans descartou as partes de Anna no Rio Hudson e voltou para a igreja. Na manh&atilde; seguinte, dizendo se sentir revigorado, ele deu uma missa e administrou a Santa Comunh&atilde;o como se nada tivesse acontecido.
<h2>Nosso amor est&aacute; marcado</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="357" src="https://laurajames.typepad.com/photos/uncategorized/2007/04/25/schmidtanacondastandard_2.jpg" width="510" /> <figcaption>(Fonte: CLEWS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Tr&ecirc;s dias ap&oacute;s o assassinato, duas crian&ccedil;as que brincavam &agrave;s margens do Rio Hudson, em Nova Jersey, encontraram o tronco da mulher boiando, a cerca de 8km de onde fora arremessado, apesar de todos os peda&ccedil;os dela terem afundado naquela madrugada de 2 de setembro. Um pouco mais distante, na cidade de Weehawken, foi encontrado a parte inferior de Anna Aumuller.
O Departamento de Pol&iacute;cia de Nova York foi acionado e deram in&iacute;cio a per&iacute;cia no cad&aacute;ver da mulher. A investiga&ccedil;&atilde;o foi comandada pelo inspetor e detetive Faurot, que identificou que havia um monograma com a letra A nas fronhas. O s&iacute;mbolo era distinto o suficiente para que a pol&iacute;cia localizasse a empresa que o havia fabricado. Para a sorte deles, o local possu&iacute;a um registro comercial muito detalhado de todas as compras.
O arquivo levou a pol&iacute;cia ao apartamento de Hans e Anna. L&aacute;, eles encontraram as paredes e o ch&atilde;o incrustrados com sangue resseco e um cheiro forte de desinfetante. Havia duas barras de sab&atilde;o e uma escova na pia. Num ba&uacute;, um montante de cartas de Hans Schmidt endere&ccedil;adas a Anna Aumuller, denunciava a localiza&ccedil;&atilde;o do assassino. Em uma gaveta no criado-mudo, descobriram o detalhe final: fronhas com o monograma com a letra A.
Acompanhado dos policiais, Faurot foi at&eacute; a igreja de S&atilde;o Jos&eacute;&nbsp;interrogar Hans Schmidt sobre o apartamento. O padre n&atilde;o hesitou em confessar sobre o caso e o assassinato de sua amada Anna.
<h2>O primeiro</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="768" src="https://allthatsinteresting.com/wordpress/wp-content/uploads/2016/04/old-sparky.jpg" width="600" /> <figcaption>(Fonte: All That's Interesting/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
No dia 7 de dezembro de 1913, os advogados do padre, visto que a culpabilidade dele era indiscut&iacute;vel, usaram do hist&oacute;rico de doen&ccedil;a mental da fam&iacute;lia para endossar o crime cometido pelo homem, a fim de reduzir a senten&ccedil;a. Eles ainda refor&ccedil;aram que Anna teria o deixado ainda mais louco atrav&eacute;s de artimanhas de sedu&ccedil;&atilde;o que o colocaram&nbsp;em tenta&ccedil;&atilde;o.
Durante 23 dias, enquanto a m&iacute;dia fervia ao redor do caso, os advogados sustentaram o argumento da insanidade at&eacute; que o j&uacute;ri votou contra condena&ccedil;&atilde;o do padre. Um segundo julgamento foi marcado e, insatisfeito, o juiz Vernon Davis&nbsp;convenceu os jurados ao deixar bem claro quais eram as evid&ecirc;ncias e provocar o bom senso de cada um. Sendo assim, o j&uacute;ri popular condenou o homem por homic&iacute;dio em primeiro grau e o sentenciou &agrave; cadeira el&eacute;trica.
No dia 18 de fevereiro de 1916, Hans Schmidt foi eletrocutado e se tornou&nbsp;o primeiro padre a ser executado na hist&oacute;ria dos Estados Unidos. Antes de ter a sua carne frita, em sua defesa, que na verdade s&oacute; refor&ccedil;ava a sua mente torpe e doentia, ele confessou: &ldquo;Eu a amava, mas sacrif&iacute;cios devem ser consumados em sangue&rdquo;.

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Hans Schmidt: o padre demoníaco

Imagem de Paredes feitas de corpos humanos são encontradas sob catedral no megacurioso

A descoberta assustadora ocorreu na catedral de Saint-Bavo, em Ghent, na Bélgica

Um grupo de arque&oacute;logos do&nbsp;est&uacute;dio de restaura&ccedil;&atilde;o Ruben Willaert (Ruben Willaert BVBA), localizado na B&eacute;lgica, descobriu resqu&iacute;cios assustadores na catedral de Saint-Bavo, em Ghent. Segundo reportagem do <a href="https://www.brusselstimes.com/all-news/belgium-all-news/94984/walls-made-of-human-bones-discovered-under-ghent-cathedral-graveyard-thigh-shin-skulls-catacombs-van-eyck/">The Brussels Times</a>, in&uacute;meras paredes e v&aacute;rios muros constitu&iacute;dos de ossos humanos foram encontrados no subsolo do edif&iacute;cio, onde aparentemente canelas e coxas de corpos deteriorados de adultos empilhavam-se para fortificar as constru&ccedil;&otilde;es.
Nos arredores, e em um n&iacute;vel acima de onde as paredes foram encontradas, registros de cr&acirc;nios e estruturas &oacute;sseas completas tamb&eacute;m foram identificados. "Portanto, o cemit&eacute;rio ainda devia estar em uso algum tempo ap&oacute;s a constru&ccedil;&atilde;o das muralhas", disse um dos membros da equipe de descoberta.
Segundo&nbsp;Janiek De Gryse, l&iacute;der do projeto, durante entrevista para esse ve&iacute;culo de imprensa, a constru&ccedil;&atilde;o estaria vinculada aos s&eacute;culos XVII e XVIII, mas ainda h&aacute; "muita pesquisa a ser feita", j&aacute; que outros membros do time de exploradores acreditam que podem ser fortifica&ccedil;&otilde;es bem mais antigas, levantadas por volta do s&eacute;culo XV.
<figure class="image"><img alt="https://www.mirror.co.uk/science/creepy-wall-made-human-bones-21514343" height="409" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/19/19092537560457.jpg" width="615" /> <figcaption>Local de escava&ccedil;&atilde;o da parede de ossos, na catedral de Saint-Bavo. (Fonte: Ruben Willaert/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Uma das grandes inc&oacute;gnitas para os pesquisadores &eacute; o objetivo da constru&ccedil;&atilde;o do cemit&eacute;rio emparedado (descoberta in&eacute;dita na regi&atilde;o). Uma das teorias relata que os muros foram constru&iacute;dos para fazer uma esp&eacute;cie de remo&ccedil;&atilde;o local, abrindo espa&ccedil;o para abrigar mais corpos.&nbsp;&ldquo;Dado que os fi&eacute;is acreditavam na ressurrei&ccedil;&atilde;o do corpo, os ossos eram considerados a parte mais importante&rdquo;, explica o l&iacute;der da escava&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Por isso, &agrave;s vezes, casas de pedra eram constru&iacute;das contra as muralhas dos cemit&eacute;rios da cidade: para abrigar cr&acirc;nios e ossos longos no que &eacute; chamado de ossu&aacute;rio&rdquo;, ele tamb&eacute;m afirmou.
A catedral de Saint-Bavo, que estava em processo de prepara&ccedil;&atilde;o para receber turistas para visita&ccedil;&atilde;o, abriga os pain&eacute;is do ret&aacute;bulo&nbsp;de Adora&ccedil;&atilde;o do Cordeiro Sagrado, cl&aacute;ssica obra medieval produzida pelo artista&nbsp;Jan van Eyck. Por&eacute;m, diferentemente do que ocorreu com os T&uacute;neis de Paris, que se tornaram cen&aacute;rio de visita&ccedil;&atilde;o internacional, as paredes n&atilde;o se tornar&atilde;o atra&ccedil;&atilde;o tur&iacute;stica, pois em breve os ossos ser&atilde;o recolhidos para an&aacute;lise e estudos. "Este &eacute; um fen&ocirc;meno que ainda n&atilde;o encontramos aqui", concluiu De Gryse.

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Paredes feitas de corpos humanos são encontradas em catedral

Imagem de Por que os muçulmanos não comem carne de porco? no megacurioso

Entenda as razões da interdição ao consumo da carne desse animal para quem segue o Islã

As variadas culturas t&ecirc;m diferentes concep&ccedil;&otilde;es acerca do mundo como um todo e isso inclui obviamente a alimenta&ccedil;&atilde;o. Em determinadas culturas, certos tipos de alimentos s&atilde;o interditados ao consumo. Um exemplo disso &eacute; o fato dos mu&ccedil;ulmanos (e judeus) n&atilde;o poderem&nbsp;comer <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112889-carne-de-porco-crua-faz-homem-abrigar-mais-de-700-tenias.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiM5Zem4cnnAhVJHLkGHYS1A0sQFjAAegQIAhAC&amp;usg=AOvVaw2dYq9KmGyiWdTu4Yumx5DC">carne </a>de porco.

O porco &eacute; um dos animais mais utilizados na <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=http://www.megacurioso.com.br/comidas-e-bebidas/82679-os-ingredientes-mais-caros-da-gastronomia-de-luxo.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjq1b244cnnAhWuJ7kGHXo8DXEQFjAAegQIAhAC&amp;usg=AOvVaw3XI56j2F5neEkZM58-G9gF">gastronomia</a> de diferentes partes do mundo. Talvez seja por isso que o costume dos mu&ccedil;ulmanos de n&atilde;o ingerir a carne desse animal desperte a curiosidade das demais pessoas.

<h2>Porco &eacute; proibido!</h2>

A primeira raz&atilde;o para essa proibi&ccedil;&atilde;o &eacute; que, de acordo com o <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=http://www.megacurioso.com.br/religiao/103142-alcorao-descubra-21-fatos-sobre-o-livro-sagrado-dos-muculmanos.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwj146vF4cnnAhX3ErkGHXkMDQMQFjAAegQIBBAC&amp;usg=AOvVaw3zaRjPwY1H70Mdx7M7Fdma">Alcor&atilde;o</a>, o livro sagrado do islamismo, Allah teria dito o seguinte:

&quot;Ele vos proibiu, apenas a carne do animal morto, e o sangue, e a carne de porco...&quot; (Alcor&atilde;o, 2:173).

<figure class="image"><img alt="" height="642" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/11/11115952512211.jpg" width="960" />
<figcaption>Fonte: DelaCole/Reprodu&ccedil;&atilde;o.</figcaption>
</figure>

A &uacute;nica exce&ccedil;&atilde;o a esse regra seria nos casos em que a pessoa corre risco de vida e ela n&atilde;o tem como obter nenhum outro tipo de alimento. Ou seja, ela s&oacute; pode comer esse tipo de carne caso a vida dela dependa disso.

Isso se baseia no princ&iacute;pio isl&acirc;mico do shar&#39;i, que diz: &quot;Em casos de necessidade, as coisas &#39;haraam&#39; s&atilde;o permitidas&quot;. S&oacute; para esclarecer, &#39;haraam&#39; seriam os atos il&iacute;citos e halaal, as coisas l&iacute;citas.

A carne de porco &eacute; considerada impura, maligna e ilegal e isso explicaria, nesse mesmo sentido, sua proibi&ccedil;&atilde;o.

<h2>A higiene do animal</h2>

Uma outra explica&ccedil;&atilde;o sobre a proibi&ccedil;&atilde;o da ingest&atilde;o da carne deste animal seria a higiene no mesmo. Como ele se mexe e remexe na lama, e come as pr&oacute;prias fezes, o porco ent&atilde;o n&atilde;o seria uma animal muito saud&aacute;vel e, portanto, n&atilde;o seria&nbsp;recomendado com&ecirc;-lo, pois a ingest&atilde;o da carne poderia provocar doen&ccedil;as e infec&ccedil;&otilde;es.

No entanto, isso n&atilde;o &eacute; inteiramente verdade. Ele n&atilde;o &eacute; sujo por si s&oacute; &mdash; na verdade, depende das condi&ccedil;&otilde;es proporcionadas por quem o cria. Se ele tiver &aacute;gua limpa e comida em abund&acirc;ncia, dificilmente recorrer&aacute; &agrave;s m&aacute;s pr&aacute;ticas de higiene.

<h2>Transmiss&atilde;o de doen&ccedil;as</h2>

A carne su&iacute;na pode transmitir algumas doen&ccedil;as, como a triquinose, a cisticercose e hepatite E. Mas essa &eacute; uma descoberta recente, ent&atilde;o &eacute; pouco improv&aacute;vel que isso tenha tido alguma influ&ecirc;ncia na&nbsp;origem da proibi&ccedil;&atilde;o.

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Por que os muçulmanos não comem carne de porco?

Imagem de Senet, o jogo para falar com os mortos no Egito Antigo no megacurioso

Parecido com a famosa Ouija, ele era jogado por egípcios antigos há mais de 5 mil anos

Eg&iacute;pcios antigos eram competitivos em tudo, desde a obten&ccedil;&atilde;o de recursos naturais e guerras at&eacute; a pr&aacute;tica de jogos de tabuleiro. Visto pela primeira vez no Egito Antigo, h&aacute; aproximadamente 5 mil anos, Senet (que significa &quot;passagem&quot;) foi um jogo parecido com o gam&atilde;o, mas&nbsp;que explorava uma fascina&ccedil;&atilde;o m&oacute;rbida pela morte, algo parecido com a T&aacute;bua de&nbsp;Ouija. O jogo se tornou bastante popular no vale do rio Nilo na&nbsp;&eacute;poca.

O tabuleiro de Senet consistia em tr&ecirc;s linhas com 10 casas por linha e, de acordo com a revista Science, dois jogadores deveriam mover pe&otilde;es ao redor do tabuleiro&nbsp;depois de &quot;jogar bast&otilde;es&quot;, uma vers&atilde;o antiga dos dados.

A refer&ecirc;ncia mais antiga encontrada do jogo &mdash; al&eacute;m de alguns fragmentos que algumas pessoas acreditam fazer parte do kit de Senet &mdash; &eacute; uma pintura na tumba de Hesy-Ra, um alto oficial (e, possivelmente, o primeiro dentista da hist&oacute;ria) do Egito Antigo, que viveu durante a terceira dinastia, sob o reinado do fara&oacute; Djoser, por volta de 2600 a.C..

<figure class="image"><img alt="Pintura na tumba da rainha Nefertari que representa a rainha jogando Senet" height="636" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/12/12132156579335.jpg" width="637" />
<figcaption>Fonte: Popular Mechanics / Dea / G. Dagli Orti / Getty Images</figcaption>
</figure>

Existe ainda uma pintura da rainha Nefertari, na parede de sua tumba, jogando Senet contra um oponente que n&atilde;o pode ser visto na representa&ccedil;&atilde;o. Na tumba de Tutanc&acirc;mon, ao menos cinco kits do jogo foram enterrados com o antigo fara&oacute; eg&iacute;pcio.

Eventualmente, h&aacute; cerca de 4.300 anos, o Senet tomou um significado cultural mais profundo em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; conex&atilde;o com mortos. Apesar de similar ao modelo original, relatos sobre uma nova vers&atilde;o indicam que uma alma teria atravessado da vida, como a conhecemos, at&eacute; o Duat &mdash; o submundo eg&iacute;pcio &mdash; em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; vida ap&oacute;s a morte.

<h2>Eg&iacute;pcios fizeram altera&ccedil;&otilde;es no tabuleiro ao longo do tempo</h2>

O artigo na Science relata que h&aacute; mais de 3 mil anos o jogo de tabuleiro teve mudan&ccedil;as em seu design. Ao inv&eacute;s de tr&ecirc;s linhas simples e verticais, normalmente vistas na 28&ordf; casa do tabuleiro, algumas vers&otilde;es come&ccedil;aram a apresentar um hier&oacute;glifo de tr&ecirc;s p&aacute;ssaros, s&iacute;mbolo bastante difundido como uma representa&ccedil;&atilde;o da alma humana entre os antigos eg&iacute;pcios.

<figure class="image"><img alt="Tabuleiro de Senet" height="276" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/12/12131911817334.jpg" width="765" />
<figcaption>Fonte: Popular Mechanics / Reprodu&ccedil;&atilde;o</figcaption>
</figure>

Um tabuleiro de Senet, presente no Rosicrucian Egyptian Museum, nos Estados Unidos, mostra algumas das mudan&ccedil;as desde sua origem at&eacute; a evolu&ccedil;&atilde;o para se tornar um artefato religioso.

A 27&ordf; casa deste tabuleiro em particular mostra um hier&oacute;glifo de &aacute;gua onde, tradicionalmente, em outros modelos nesta mesma casa havia um &quot;X&quot;. Isto possivelmente representa o corpo de &aacute;gua que uma alma precisa atravessar ao longo de sua jornada para chegar ao Duat. Esta altera&ccedil;&atilde;o foi mantida pelos pr&oacute;ximos 800 anos, quando o jogo come&ccedil;ou a diminuir sua popularidade at&eacute; que o os eg&iacute;pcios pararam de jogar.

Embora eventualmente deixado de lado, a hist&oacute;ria do Senet permanecer&aacute; eternamente registrada em hier&oacute;glifos, artefatos eg&iacute;pcios antigos e na pr&oacute;pria humanidade. O tabuleiro de Ouija &eacute; um indicativo que n&oacute;s, humanos, ainda n&atilde;o perdemos fasc&iacute;nio pela vida ap&oacute;s a morte.

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Senet, o jogo para falar com os mortos no Egito Antigo

Imagem de Cemitério grego possuía tábuas com inscrições amaldiçoadas no megacurioso

Datadas com mais de 2.500 anos, as inscrições confirmam uma tradição antiga e proibida do povo grego

Na Gr&eacute;cia, por volta do do s&eacute;culo 5 a.C., surgiu a tradi&ccedil;&atilde;o de lan&ccedil;ar maldi&ccedil;&otilde;es em busca de&nbsp;benef&iacute;cio pr&oacute;prio. Entre os principais motivos para o ato est&atilde;o a busca pela vit&oacute;ria em um processo jur&iacute;dico, sucesso na vida profissional, ser campe&atilde;o no &acirc;mbito esportivo e motivos mais pessoais, como amor e &oacute;dio por uma pessoa espec&iacute;fica.
Um grupo de pesquisa alem&atilde;o encontrou artefatos que comprovam essa pr&aacute;tica. Com mais de 2.500 anos, inscri&ccedil;&otilde;es feitas com o intuito de enfeiti&ccedil;ar os outros estavam em Atenas, na Gr&eacute;cia, no antigo cemit&eacute;rio de Cer&acirc;mico.
<figure class="image"><img alt="(Fonte: Instituto Arqueol&oacute;gico Alem&atilde;o/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/07/07131034155160.jpg" width="990" /> <figcaption>(Fonte: Instituto Arqueol&oacute;gico Alem&atilde;o/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>A pr&aacute;tica da maldi&ccedil;&atilde;o</h2>
No total, foram encontradas 30 t&aacute;buas de chumbo com as inscri&ccedil;&otilde;es almadi&ccedil;oadas. Para al&eacute;m delas, os pesquisadores do Instituto Arqueol&oacute;gico Alem&atilde;o listaram tamb&eacute;m outros itens encontrados no cemit&eacute;rio de Cerameico, como copos, panelas, moedas org&acirc;nicas e artefatos de madeira.
Para que as inscri&ccedil;&otilde;es fossem feitas, era preciso contratar profissionais nas "artes obscuras". Para a popula&ccedil;&atilde;o, certas pessoas tinham poderes sobrenaturais, o que era considerado essencial para que os feiti&ccedil;os fossem realmente concretizados. Mesmo que a pr&aacute;tica fosse, de fato, existente, Atenas a condenava e a lei proibia.
Uma outra caracter&iacute;stica interessante dos rituais &eacute; a hist&oacute;ria de origem: de acordo com os pesquisadores, a arte de amaldi&ccedil;oar come&ccedil;ou quando, durante um julgamento, por volta do s&eacute;culo 5 a.C., um dos indiv&iacute;duos, ao argumentar seu ponto, teve sua mand&iacute;bula quebrada por nenhum motivo aparente. Para quem assistiu a cena de perto, pareceu que tinha sido obra do sobrenatural, uma maldi&ccedil;&atilde;o posta sobre o defensor.
Foi o ponto de partida ideal para aqueles que queriam uma a&ccedil;&atilde;o semelhante sobre seus inimigos.

Religião

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