Ciência
07/02/2020 às 11:39•1 min de leitura
Na Grécia, por volta do do século 5 a.C., surgiu a tradição de lançar maldições em busca de benefício próprio. Entre os principais motivos para o ato estão a busca pela vitória em um processo jurídico, sucesso na vida profissional, ser campeão no âmbito esportivo e motivos mais pessoais, como amor e ódio por uma pessoa específica.
Um grupo de pesquisa alemão encontrou artefatos que comprovam essa prática. Com mais de 2.500 anos, inscrições feitas com o intuito de enfeitiçar os outros estavam em Atenas, na Grécia, no antigo cemitério de Cerâmico.
No total, foram encontradas 30 tábuas de chumbo com as inscrições almadiçoadas. Para além delas, os pesquisadores do Instituto Arqueológico Alemão listaram também outros itens encontrados no cemitério de Cerameico, como copos, panelas, moedas orgânicas e artefatos de madeira.
Para que as inscrições fossem feitas, era preciso contratar profissionais nas "artes obscuras". Para a população, certas pessoas tinham poderes sobrenaturais, o que era considerado essencial para que os feitiços fossem realmente concretizados. Mesmo que a prática fosse, de fato, existente, Atenas a condenava e a lei proibia.
Uma outra característica interessante dos rituais é a história de origem: de acordo com os pesquisadores, a arte de amaldiçoar começou quando, durante um julgamento, por volta do século 5 a.C., um dos indivíduos, ao argumentar seu ponto, teve sua mandíbula quebrada por nenhum motivo aparente. Para quem assistiu a cena de perto, pareceu que tinha sido obra do sobrenatural, uma maldição posta sobre o defensor.
Foi o ponto de partida ideal para aqueles que queriam uma ação semelhante sobre seus inimigos.