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Cientistas explicam as consequências do sentimento de solidão e reforçam a necessidade de se manter conectado à sua rede de amigos

Robert L Berg, autor do livro The Second Fifty Years, define isolamento social como &ldquo;a aus&ecirc;ncia de intera&ccedil;&otilde;es sociais, contatos e rela&ccedil;&otilde;es com fam&iacute;lia, amigos, vizinhos ou mesmo no n&iacute;vel individual quando se considera a sociedade em um n&iacute;vel mais amplo&rdquo;. Muito al&eacute;m do &ldquo;hoje eu quero ficar um pouco quieto&rdquo;, o estresse causado pelo fen&ocirc;meno pode trazer problemas s&eacute;rios &agrave; sa&uacute;de, tanto mentais quanto emocionais e at&eacute; mesmo f&iacute;sicos. Por isso, especialistas buscam esclarecer a import&acirc;ncia do contato, mesmo que &agrave; dist&acirc;ncia, durante a pandemia do <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus/" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus">coronav&iacute;rus</a>.
Segundo relat&oacute;rio da Cigna, companhia global dedicada &agrave; manuten&ccedil;&atilde;o do bem-estar psicol&oacute;gico da popula&ccedil;&atilde;o, em 2020, tr&ecirc;s em cada cinco norte-americanos relataram um sentimento persistente de tristeza &ndash; um aumento de 7% em rela&ccedil;&atilde;o ao documento de 2018. Os mais afetados pela situa&ccedil;&atilde;o s&atilde;o jovens de 18 a 22 anos, presentes frequentemente em redes sociais, mas mais propensos a sentirem-se sozinhos. E isso &eacute; preocupante.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/31/31185333024051.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
&ldquo;H&aacute; fortes evid&ecirc;ncias de que isolamento social e solid&atilde;o aumentam consideravelmente o risco de mortalidade prematura, algo que vai muito al&eacute;m de indicadores de <a href="http://www.tecmundo.com.br/saude/" target="_blank" title="Sa&uacute;de">sa&uacute;de</a>&rdquo;, explica a Dra. Julianne Holt-Lunstad, professora de psicologia e neuroci&ecirc;ncia da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos. Como exemplo, ela cita um estudo que indica maior propens&atilde;o ao abuso de &aacute;lcool e consumo excessivo de cigarros nessas situa&ccedil;&otilde;es, resultando em riscos duas vezes maiores que os decorrentes de obesidade.
&ldquo;Estar conectado socialmente a outras pessoas &eacute; considerado uma necessidade humana fundamental. &Eacute; crucial para o bem-estar e a sobreviv&ecirc;ncia&rdquo;, ressalta a pesquisadora.
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151343-distanciamento-social-nao-distanciamento-fisico-segundo-oms.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Distanciamento social? N&atilde;o, distanciamento f&iacute;sico, segundo a OMS</a>
<h2>N&atilde;o &eacute; uma quest&atilde;o propriamente f&iacute;sica</h2>
Em 2012, uma pesquisa realizada na Su&iacute;&ccedil;a revelou que, independentemente da idade, indiv&iacute;duos que se consideravam mal integrados socialmente sofriam com sa&uacute;de debilitada, desordens musculoesquel&eacute;ticas, depress&atilde;o e abuso de drogas. Al&eacute;m disso, em 2019 a Sociedade Americana do C&acirc;ncer revelou que isolamento social aumenta o risco de morte para qualquer pessoa. Mais de 580 mil perfis foram analisados.
Entretanto, n&atilde;o &eacute; preciso estar fisicamente isolado para sentir os efeitos, de acordo com o Dr. Lawrence Palinkas, professor da Universidade do Sul da Calif&oacute;rnia. &ldquo;Tomemos como exemplo aqueles que vivem em lares assistidos ou de idosos com v&aacute;rios outros moradores. Pode ser que haja intera&ccedil;&atilde;o constante e, ainda assim, persista o sentimento de isolamento social, pois esse contato carrega a ideia de separa&ccedil;&atilde;o do restante da sociedade &ndash; especialmente se n&atilde;o houver aproxima&ccedil;&atilde;o psicol&oacute;gica, somente a f&iacute;sica&rdquo;, explica.
Lawrence ressalta que as pessoas podem se sentir inclu&iacute;das socialmente mesmo com a dist&acirc;ncia f&iacute;sica, citando como exemplo o uso de <a href="http://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/" target="_blank" title="Redes sociais">redes sociais</a>. Segundo ele, o que importa &eacute; a percep&ccedil;&atilde;o pessoal de pertencimento, sendo que, &agrave;s vezes, distanciamento f&iacute;sico n&atilde;o &eacute; o fator determinante para a solid&atilde;o &ndash; chegando a nem ser um fator em v&aacute;rios casos.
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151411-usar-tecnologia-controlar-ansiedade-durante-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 dicas para controlar a ansiedade durante pandemia com ajuda da tecnologia</a>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/31/31185535102055.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
<h2>Como o c&eacute;rebro reage?</h2>
O hipocampo, regi&atilde;o respons&aacute;vel pelo aprendizado e pela mem&oacute;ria, n&atilde;o apenas diminui de tamanho quando exposto ao isolamento a longo prazo, mas tamb&eacute;m perde a plasticidade e pode acabar se &ldquo;desligando&rdquo; completamente. Ao mesmo tempo, a am&iacute;gdala, que regula a resposta ao medo e &agrave; ansiedade, entra em a&ccedil;&atilde;o. Quanto mais tempo o confinamento dura, mais pronunciadas essas mudan&ccedil;as se tornam.
Robert King, que viveu 29 anos em um confinamento prisional solit&aacute;rio, explica como era passar cerca de 23 horas por dia sem contato f&iacute;sico algum e est&iacute;mulo sensorial m&iacute;nimo. Ao sair da pris&atilde;o, ele tinha grandes dificuldades para at&eacute; mesmo entender o que eram os rostos de outras pessoas que ele via &ndash; sendo incapaz de reconhec&ecirc;-los. Se deslocar por caminhos comuns tamb&eacute;m era um desafio que exigia apoio, j&aacute; que as capacidades de orienta&ccedil;&atilde;o e navega&ccedil;&atilde;o estavam comprometidas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/31/31185659305056.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
De acordo com o Dr. Craig Haney, professor de psicologia da Universidade da Calif&oacute;rnia, paranoia, alucina&ccedil;&otilde;es e ataques de p&acirc;nico s&atilde;o frequentes nos casos de isolamento social prolongado. Anthony Graves, um outro ex-detento, relembra: &ldquo;Eu via pessoas chegarem &agrave; pris&atilde;o completamente s&atilde;s e que, tr&ecirc;s anos depois, n&atilde;o vivam mais no mundo real. N&atilde;o tenho noites tranquilas de sono desde que fui liberado. Tenho transtornos de humor que causam colapsos mentais&rdquo;.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113773-5-formas-de-se-manter-ativo-em-casa-durante-quarentena.htm" target="_blank" title="5 formas de se manter ativo em casa durante quarentena">5 formas de se manter ativo em casa durante quarentena</a></li>
</ul>
Astronautas, apesar de treinados, tamb&eacute;m sofrem com a aus&ecirc;ncia de est&iacute;mulos quando est&atilde;o em miss&atilde;o.
<h2>Distanciamento f&iacute;sico &eacute; diferente de isolamento social</h2>
Uma das medidas-chave para combater o coronav&iacute;rus &eacute; o distanciamento f&iacute;sico &ndash; e isso n&atilde;o quer dizer que o mundo inteiro deva sofrer as consequ&ecirc;ncias do isolamento social. Um exemplo para aplacar o sentimento de solid&atilde;o &eacute; justamente desenvolver atividades conjuntas que dispensem a presen&ccedil;a f&iacute;sica de pessoas.
V&iacute;deos de vizinhan&ccedil;as inteiras cantando juntas de suas varandas ou janelas viralizaram recentemente e s&atilde;o um &oacute;timo exemplo disso. Dr. Phyllis Johnson, professor de sociologia da Universidade da Col&uacute;mbia Brit&acirc;nica, explica que o indiv&iacute;duo pode se sentir pertencente a esses &ldquo;rituais&rdquo; sem necessariamente estar pr&oacute;ximo dos outros integrantes.
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Johnson tamb&eacute;m recomenda atividades como preparar pratos diferentes do habitual, assistir a programas diversificados, aprender novas habilidades e por a&iacute; vai. &Eacute; de suma import&acirc;ncia estabelecer uma rotina para manter o senso de objetivo.
&ldquo;Todos os dias, eu e minha esposa levamos o cachorro para passear pela vizinhan&ccedil;a. Vemos muitos vizinhos com quem normalmente n&atilde;o interag&iacute;amos antes da pandemia e que agora parecem muito mais cordiais &ndash; em parte porque eles sentem a necessidade de interagir e em parte porque eles est&atilde;o passando muito tempo sozinhos. Acho que a li&ccedil;&atilde;o que tiramos disso &eacute; que a experi&ecirc;ncia que estamos tendo &eacute; coletiva. Estamos nessa juntos!&rdquo;, finaliza.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113861-vacina-contra-o-coronavirus-pode-ficar-pronta-ate-dezembro.htm" target="_blank" title="Vacina contra o coronav&iacute;rus pode ficar pronta at&eacute; dezembro">Vacina contra o coronav&iacute;rus pode ficar pronta at&eacute; dezembro</a></li>
</ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151644-isolamento-social-afetar-saude.htm">Como o isolamento social pode afetar a sua saúde?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Como o isolamento social pode afetar a sua saúde?

Imagem de Vitamina D: o que é e como obtê-la durante a quarentena no megacurioso

É muito importante ter hábitos saudáveis durante a quarentena, e um bom nível de vitamina D é essencial para manter o sistema imunológico trabalhando com força total

Durante a quarenta para conter a pandemia do novo coronav&iacute;rus, &eacute; muito importante manter h&aacute;bitos saud&aacute;veis. Uma alimenta&ccedil;&atilde;o rica em nutrientes e boas horas de sono s&atilde;o mais essenciais do que nunca para garantir que o sistema imunol&oacute;gico possa batalhar com for&ccedil;a total contra qualquer v&iacute;rus. Outro fator muito importante s&atilde;o as vitaminas, e uma delas, a D, pode parecer um pouco dif&iacute;cil de se obter nesse per&iacute;odo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/26/26114833895533.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay)
<h2>O que &eacute; a vitamina D?</h2>
A vitamina D &eacute; um pr&oacute;-horm&ocirc;nio que, quando associado ao paratorm&ocirc;nio (PTH), atua como importante regulador da quantidade de c&aacute;lcio e f&oacute;sforo no organismo, garantindo que os sais minerais sejam absorvidos no intestino. Tamb&eacute;m &eacute; considerada um micronutriente essencial lipossol&uacute;vel, ou seja, que pode se dissolver em lip&iacute;dios (a famosa gordura) e &eacute; armazenada em grandes quantidades, principalmente no f&iacute;gado. Al&eacute;m disso, tem duas formas:
<ul>
<li>Vitamina D2: tamb&eacute;m chamada de ergocalciferol, &eacute; de origem vegetal e pode ser obtida por meio de alimentos;</li>
<li>Vitamina D3: chamada de colecalficerol, &eacute; sintetizada na pele ap&oacute;s a exposi&ccedil;&atilde;o ao sol.</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/26/26115025567534.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay)
<h2>Os benef&iacute;cios da vitamina D</h2>
Quando a vitamina D &eacute; absorvida pelo corpo, transforma-se em um horm&ocirc;nio conhecido como calcitriol e age em processos importantes para o organismo, como equil&iacute;brio do sistema imunol&oacute;gico, controle da press&atilde;o arterial, prote&ccedil;&atilde;o contra a forma&ccedil;&atilde;o de tumores e problemas cardiovasculares, inibi&ccedil;&atilde;o de processos inflamat&oacute;rios e metaboliza&ccedil;&atilde;o de carboidratos. Um estudo realizado por cientistas brasileiros na Universidade Estadual de Londrina tamb&eacute;m comprovou que manter bons n&iacute;veis de vitamina D ajuda a evitar acidente vascular cerebral (AVC).
<h2>Falta de vitamina D pode causar depress&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/31/a-31184152524037.jpg" alt="a" />(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Uma pesquisa publicada no Journal of Post-Acute e Long-Term Care Medicine indica que a falta de vitamina D pode impulsionar o risco de depress&atilde;o em at&eacute; 75% em pessoas com mais de 50 anos.&nbsp;A an&aacute;lise contou com 3.965 pessoas acima de 50 anos que participaram do Estudo Longitudinal de Envelhecimento da Irlanda (TILDA em ingl&ecirc;s). Ap&oacute;s avalia&ccedil;&otilde;es iniciais, os pesquisadores acompanharam os participantes em momentos distintos, depois de dois e quatro anos.
Ap&oacute;s o per&iacute;odo de quatro anos, 400 pessoas haviam desenvolvido depress&atilde;o. Aqueles que apresentaram insufici&ecirc;ncia de vitamina D apresentaram um risco 75% maior para o problema.
Kalil Duailibi, psiquiatra e presidente do departamento cient&iacute;fico de psiquiatria da Associa&ccedil;&atilde;o Paulista de Medicina (APM), refor&ccedil;a a pesquisa e afirma que a rela&ccedil;&atilde;o entre o n&iacute;vel de vitamina D e a sa&uacute;de mental j&aacute; &eacute; estudada h&aacute; s&eacute;culos pela comunidade m&eacute;dica. &ldquo;Para se ter como exemplo, em textos do Tratado de Hip&oacute;crates j&aacute; havia men&ccedil;&otilde;es sobre o h&aacute;bito de tomar banho de sol para melhorar o humor&rdquo;, explica o psiquiatra.
Esta vitamina tamb&eacute;m pode ser &uacute;til para prevenir a depress&atilde;o e auxiliar no tratamento de pacientes que j&aacute; apresentam um quadro da doen&ccedil;a. Dualibi acredita ser fundamental verificar o n&iacute;vel de vitamina D nos pacientes com depress&atilde;o e fazer suplementa&ccedil;&atilde;o sempre que for preciso. &ldquo;Atendi um paciente frustrado por estar em tratamento h&aacute; tempos sem ter sucesso. Quando pedi exames, a vitamina D dele estava baix&iacute;ssima. Depois da suplementa&ccedil;&atilde;o, ele melhorou muito e nem precisei alterar as medica&ccedil;&otilde;es&rdquo;, disse o m&eacute;dico.
<h2>Principais fontes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/26/26115210380538.jpg" alt="(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />
Como existem dois tipos de vitamina D, &eacute; poss&iacute;vel obt&ecirc;-la de duas formas. A ergocalciferol est&aacute; presente em v&aacute;rios alimentos, como peixes gordurosos (salm&atilde;o, atum e sardinha), cogumelos cultivados sob a luz do sol, leite enriquecido e seus derivados (iogurte, manteiga, queijo etc.), cereais enriquecidos, &oacute;leo de f&iacute;gado de peixe e gema de ovo. Por&eacute;m, s&oacute; 10% a 20% do valor necess&aacute;rio da vitamina s&atilde;o adquiridos atrav&eacute;s da dieta, o que leva &agrave; segunda fonte muito importante: o sol. Os outros 80% a 90% necess&aacute;rios v&ecirc;m da exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; luz dos raios ultravioleta (UV).
<h2>Pegue sol</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/31/a-31183845492034.jpg" alt="a" />Fonte: Unsplash
Atualmente, as pessoas tendem a ter mais cuidados em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; exposi&ccedil;&atilde;o solar em todo o mundo. Os motivos para isso s&atilde;o muito conhecidos, como conscientiza&ccedil;&atilde;o de maior do risco de c&acirc;ncer de pele, rotina que envolve v&aacute;rias horas trabalhando em locais fechados e deslocamento (de carro ou transporte p&uacute;blico) direto para casa. Isso tem causado v&aacute;rios casos de insufici&ecirc;ncia de vitamina D, que n&atilde;o consegue ser absorvida atrav&eacute;s de vidros. A solu&ccedil;&atilde;o &eacute; separar um tempinho para tomar sol. 
Vale lembrar que &eacute; o tom de pele que vai ditar quanto tempo de exposi&ccedil;&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio: pessoas com pele mais clara devem se expor em m&eacute;dia de 15 minutos a 20 minutos; j&aacute; as peles mais escuras precisam de cerca de 1 hora de sol; enquanto tons intermedi&aacute;rios podem receber de 30 minutos a 40 minutos de luz solar.
Essa diferen&ccedil;a ocorre porque quanto maior &eacute; o n&iacute;vel de melanina no organismo, mais a pele apresenta dificuldades de absorver os raios UV. Segundo Juliana Toma, dermatologista graduada pela Universidade Federal de S&atilde;o Paulo (Unifesp) e especialista em Oncologia Cut&acirc;nea pelo Hospital S&iacute;rio Liban&ecirc;s, as peles negras produzem at&eacute; seis vezes menos vitamina D do que as brancas.
<h3>&Eacute; preciso tomar sol no corpo todo?</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/26/26115627146545.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay)
N&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio. Para quem n&atilde;o quiser expor o rosto ou a cabe&ccedil;a, por exemplo, vale tomar sol diariamente nas pernas e nos bra&ccedil;os. Mas &eacute; importante lembrar que os raios solares do come&ccedil;o e do fim do dia s&atilde;o muito fracos, ent&atilde;o o hor&aacute;rio ideal &eacute; das 10h &agrave;s 15 h. E vale ressaltar que n&atilde;o adianta ficar torrando no sol 1 dia inteiro para compensar o resto da semana, afinal a pigmenta&ccedil;&atilde;o, o famoso bronzeado, age como uma barreira natural contra a a&ccedil;&atilde;o dos raios UV, o que s&oacute; dificulta a produ&ccedil;&atilde;o da vitamina. Ou seja, fique no sol pelo per&iacute;odo indicado pelo menos tr&ecirc;s vezes por semana.
<h3>Pode usar protetor solar?</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/26/26115718755547.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay)
Segundo um estudo divulgado pelo British Journal of Dermatology em 2019, o uso de protetor solar n&atilde;o impede a produ&ccedil;&atilde;o de vitamina D. Os resultados foram apoiados por uma revis&atilde;o de 75 artigos sobre o produto e a vitamina que tamb&eacute;m est&atilde;o dispon&iacute;veis no BJD. "A vitamina D, que &eacute; vital para a sa&uacute;de dos ossos, &eacute; produzida pela pele em resposta &agrave; radia&ccedil;&atilde;o ultravioleta da luz solar. No entanto, al&eacute;m de ser a principal fonte de vitamina D, a radia&ccedil;&atilde;o UV &eacute; a principal causa do c&acirc;ncer de pele, o tipo mais comum de c&acirc;ncer no Brasil", afirmou Paola Pomerantzeff, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Nos &uacute;ltimos anos, a preocupa&ccedil;&atilde;o mundial com a defici&ecirc;ncia de vitamina D gerou muitos debates sobre a melhor forma de alcan&ccedil;ar n&iacute;veis saud&aacute;veis desse pr&oacute;-horm&ocirc;nio e limitar o risco de c&acirc;ncer de pele. "Quest&otilde;es t&ecirc;m sido levantadas de que os m&eacute;todos de prote&ccedil;&atilde;o solar, incluindo o uso de protetor, podem estar contribuindo para a defici&ecirc;ncia de vitamina D. Contudo, tr&ecirc;s estudos separados conclu&iacute;ram que o uso de protetor solar n&atilde;o afeta o status de vitamina D na maioria das pessoas", explicou a dermatologista.
Os tr&ecirc;s estudos mencionados incluem uma pesquisa financiada pela Uni&atilde;o Europeia e conduzida por uma equipe do King's College London, um trabalho de pesquisadores&nbsp;do Instituto de Pesquisa M&eacute;dica Berghofer da Austr&aacute;lia e da Universidade Nacional da Austr&aacute;lia e uma revis&atilde;o que apresentou os resultados de um painel internacional de especialistas em endocrinologia, dermatologia e outras &aacute;reas.
<h2>Como proceder na &eacute;poca de quarentena?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/26/26120017458553.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mesmo sem sair de casa, &eacute; poss&iacute;vel encontrar um momentinho para tomar sol. Para quem mora em locais com sacada ou quintal, uma boa ideia &eacute; colocar uma cadeirinha nessa &aacute;rea e ficar ali pelo tempo indicado. &Eacute; poss&iacute;vel aproveitar para colocar a leitura em dia ou at&eacute; se distrair nas redes sociais e com algum jogo. N&atilde;o tem um espa&ccedil;o particular aberto? Ent&atilde;o pode ser na janela mesmo. S&oacute; n&atilde;o se esque&ccedil;a de abrir bem o vidro para expor os bra&ccedil;os ou as pernas (a escolha &eacute; livre!) aos raios UV.
<h2>E se usar suplementos?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/26/26120119161554.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay)
Nunca &eacute; uma boa ideia usar qualquer tipo de suplementa&ccedil;&atilde;o sem aconselhamento m&eacute;dico. Para saber se um paciente realmente precisa disso, o profissional precisa avaliar o estado geral de sa&uacute;de e solicitar um exame de dosagem chamado 25-hidroxivitamina D para avaliar se existe a necessidade de utilizar o suplemento e a forma correta de administr&aacute;-lo. Ent&atilde;o &eacute; melhor continuar com os banhos de sol sempre que puder.

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Vitamina D: o que é e como obtê-la durante a quarentena

Imagem de Gripe espanhola de 1918: omissões, cura falsa e medo no megacurioso

Nos momentos finais da Primeira Guerra Mundial, outra tragédia atingiu o mundo: a gripe espanhola

No ano de 1918, uma violenta pandemia, chamada inicialmente de "la dansarina", atingiu o mundo e recebeu depois o nome de "gripe espanhola" porque era da imprensa da Espanha, uma das poucas n&atilde;o censuradas nos tempos de guerra, que vinham as maiores informa&ccedil;&otilde;es sobre a doen&ccedil;a. O Brasil acompanhou a trag&eacute;dia &agrave; dist&acirc;ncia, talvez por acreditar que o oceano seria uma barreira natural ao v&iacute;rus.&nbsp;
Mas, em setembro de 1918, o navio transatl&acirc;ntico Demerara, oriundo de Liverpool, na Inglaterra, aportou no Brasil trazendo imigrantes e brasileiros que participaram das opera&ccedil;&otilde;es de guerra. Junto com os passageiros, chegava uma muta&ccedil;&atilde;o mortal do v&iacute;rus H1N1.
As paradas do navio em Recife, Salvador e Rio de Janeiro, a capital da Rep&uacute;blica, foram como um rastilho de p&oacute;lvora atrav&eacute;s do qual a gripe se espalhou rapidamente pelo pa&iacute;s. Apresentando sintomas de uma gripe comum, a Influenza n&atilde;o possu&iacute;a um tratamento eficaz e dizimou grande parte da popula&ccedil;&atilde;o brasileira, notadamente as cidades do Rio e S&atilde;o Paulo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/27/27221400049428.jpg" alt="Fonte: El Pa&iacute;s/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: El Pa&iacute;s/Reprodu&ccedil;&atilde;o
<h2>A gripe espanhola no Brasil</h2>
De acordo com os jornais da &eacute;poca, a avenida Rio Branco no Rio e a avenida Paulista em S&atilde;o Paulo ficaram totalmente desertas. Os jogos de futebol eram realizados em est&aacute;dios vazios. Bancos, reparti&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas, teatros, bares e outros locais de encontros tiveram que fechar as portas tanto por falta de funcion&aacute;rios como tamb&eacute;m de clientes.
Como os m&eacute;dicos n&atilde;o conseguiam determinar uma medica&ccedil;&atilde;o eficaz, muitas propostas alternativas de cura foram apresentadas &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, a maioria por charlat&atilde;es querendo tirar vantagens da popula&ccedil;&atilde;o. Surgiram filtros de &aacute;gua e foi sugerido o quinino, usado contra a mal&aacute;ria, como um rem&eacute;dio eficiente. At&eacute; mesmo uma receita caseira, feita em S&atilde;o Paulo com cacha&ccedil;a, lim&atilde;o e mel, n&atilde;o conseguiu a cura, mas ficou conhecida como a "caipirinha". &nbsp;
Hospitais n&atilde;o tinham vagas, nem evitavam os &oacute;bitos. Transportados em bondes, corpos eram empilhados por presidi&aacute;rios trabalhando como coveiros. O final de 1918 trouxe uma esperan&ccedil;a: a elei&ccedil;&atilde;o do presidente Rodrigues Alves que, em seu primeiro mandato, livrou a capital da rep&uacute;blica das epidemias de febre amarela, peste e var&iacute;ola. Doente, o novo presidente n&atilde;o assumiu e veio a falecer em janeiro de 1919, de gripe espanhola.
At&eacute; hoje n&atilde;o se sabe ao certo a origem e nem o que fez da gripe espanhola uma doen&ccedil;a t&atilde;o avassaladora.

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Gripe espanhola de 1918: omissões, cura falsa e medo

Imagem de Covid-19 é mais letal que H1N1, apontam estatísticas da OMS no megacurioso

Gráficos demonstram contágio acentuado do novo Coronavírus em comparação com o H1N1

Estat&iacute;sticas divulgadas pela Oraganiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) demonstram a real letalidade do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113808-coronavirus-e-mais-contagioso-do-que-imaginamos-diz-estudo.htm" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus &eacute; mais contagioso do que imaginamos, diz estudo">novo coronav&iacute;rus</a>. Comparado com a crise com o v&iacute;rus H1N1, a "gripe su&iacute;na", a covid-19 se mostrou mais perigosa, com uma curva exponencial de &oacute;bitos contabilizados internacionalmente.
Muitos devem se lembrar da pandemia da gripe A, a popularmente conhecida como "gripe su&iacute;na". O per&iacute;odo de pandemia come&ccedil;ou em 11 de junho de 2009 e teve fim mais de um ano depois, no dia 10 de agosto de 2010. Contudo, mesmo antes da declara&ccedil;&atilde;o da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de sobre o estado pand&ecirc;mico, o v&iacute;rus Influenza j&aacute; fazia v&iacute;timas em v&aacute;rios pa&iacute;ses.
Ao longo de 18 meses, o H1N1 matou 18.449 pessoas pelo mundo &mdash; 2.160 deles brasileiros. Enquanto isso, o novo Coronav&iacute;rus j&aacute; causou 19.677 &oacute;bitos em apenas 3 meses, partindo da data da sua descoberta: 31 de dezembro de 2019.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/25/25133907783106.jpg" alt="Porcentagem de mortos pelo COVID-19, H1N1 e SARS por dias." />Porcentagem de mortos pelo COVID-19, H1N1 e SARS por dias.
Segundo cientistas, essa letalidade e a velocidade do cont&aacute;gio se d&atilde;o por caracter&iacute;sticas in&eacute;ditas do v&iacute;rus causador do covid-19. A familiaridade do ser humano com o H1N1 conteve boa parte da sua dissemina&ccedil;&atilde;o e muitos contaminados apresentaram sintomas leves, logo desenvolvendo imunidade contra o agente infeccioso.
Ao se falar de n&uacute;meros, o novo coronav&iacute;rus tem n&uacute;mero reprodutivo entre 2 e 3. Portanto, uma pessoa infectada deve levar o agente infeccioso para mais duas ou tr&ecirc;s pessoas ao longo do per&iacute;odo de contamina&ccedil;&atilde;o. Em 2009, o H1N1 n&uacute;mero reprodutivo de 1,5 e se tornou pandemia rapidamente. Sendo assim, o Sars-CoV-2 &eacute; assustadoramente mais contagioso.
<ul>
<li>LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113748-por-que-devemos-agir-agora-contra-o-coronavirus.htm" target="_blank" title="Por que devemos agir agora contra o novo coronav&iacute;rus?">Por que devemos devemos agir agora contra o coronav&iacute;rus?</a></li>
</ul>
Entretanto, &eacute; prov&aacute;vel que o &iacute;ndice de letalidade diminua significativamente ao longo do per&iacute;odo da pandemia de covid-19. Ao passo que a doen&ccedil;a &eacute; disseminada e mais pessoas s&atilde;o contaminadas com o v&iacute;rus e apresentem sintomas leves ou nulos, a rela&ccedil;&atilde;o entre a quantidade de mortos pela a quantidade de contaminados deve diminuir.
Mas n&atilde;o podemos nos animar tanto, embora o &iacute;ndice de letalidade diminua ao longo dos dias, a covid-19 &eacute; uma doen&ccedil;a mais mortal que a gripe comum &mdash; e a gripe su&iacute;na &mdash; e ainda deve fazer mais v&iacute;timas ao redor do mundo. Vale salientar que ainda n&atilde;o h&aacute; vacina e nem tratamento eficiente contra os sintomas ou o pr&oacute;prio covid-19. Al&eacute;m disso, h&aacute; uma enorme parcela da sociedade inclu&iacute;da no grupo de risco.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151396-covid-19-letal-h1n1-apontam-estatisticas-oms.htm">COVID-19 é mais letal que H1N1, apontam estatísticas da OMS</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Covid-19 é mais letal que H1N1, apontam estatísticas da OMS

Imagem de Vacina contra o coronavírus pode ficar pronta até dezembro no megacurioso

De acordo com a Moderna, companhia farmacêutica norte-americana, os profissionais da saúde serão os primeiros a serem vacinados

Como sabemos, n&atilde;o h&aacute; nenhuma vacina aprovada contra o <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus/" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus">coronav&iacute;rus</a>&nbsp;at&eacute; o momento. De acordo com grande parte das previs&otilde;es, a popula&ccedil;&atilde;o teria que esperar por muito tempo at&eacute; que uma vacina fosse desenvolvida, aprovada e finalmente comercializada.&nbsp;
No entanto, a companhia farmac&ecirc;utica norte-americana Moderna, espera que todas essas fases sejam alcan&ccedil;adas at&eacute; dezembro deste ano. Vale dizer que a empresa &eacute; uma das poucas que est&atilde;o trabalhando em uma potencial cura.
Segundo a companhia, a vacina ser&aacute; disponibilizada primeiramente para profissionais da sa&uacute;de que est&atilde;o na linha de frente contra a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151327-brasil-teria-17-mil-casos-coronavirus-segundo-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, como m&eacute;dicos e enfermeiros.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/25/25122158655037.jpeg" alt="(Fonte: Prefeitura do Rio/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Prefeitura do Rio/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Considerando o cen&aacute;rio atual, a FDA (ag&ecirc;ncia federal do Departamento de Sa&uacute;de e Servi&ccedil;os Humanos dos Estados Unidos) emitiu uma autoriza&ccedil;&atilde;o de emerg&ecirc;ncia acerca da atual pandemia.&nbsp;
Assim, com a ado&ccedil;&atilde;o de uma posi&ccedil;&atilde;o mais agressiva contra a covid-19 e a permiss&atilde;o de testes em seres humanos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113746-testes-de-vacina-contra-coronavirus-comecam-nos-eua.htm" target="_blank" title="Testes de vacina contra Coronav&iacute;rus come&ccedil;am nos EUA">n&atilde;o deve demorar muito tempo para que uma vacina seja desenvolvida</a>.&nbsp;Pelo menos &eacute; o que o CEO da Moderna, Stephane Bancels, pensa.&nbsp;
O CEO declarou que deve levar de 12 a 18 meses para que a vacina seja finalmente disponibilizada para a popula&ccedil;&atilde;o, devido &agrave; necessidade de testar a f&oacute;rmula para garantir que os resultados esperados sejam alcan&ccedil;ados e efeitos colaterais sejam evitados. Assim, com essa nova previs&atilde;o, a popula&ccedil;&atilde;o deve come&ccedil;ar a receber a vacina j&aacute; no pr&oacute;ximo ano.&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151394-vacina-coronavirus-deve-pronta-dezembro.htm">Vacina contra o Coronavírus pode ficar pronta até dezembro</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Vacina contra o coronavírus pode ficar pronta até dezembro

Imagem de Príncipe Charles testa positivo para coronavírus no megacurioso

Apesar da notícia,  fontes afirmam que o membro da Família Real Britânica afirma que 'permanece com boa saúde' 

O coronav&iacute;rus est&aacute; se espalhando muito rapidamente pelo mundo e, agora, o segundo caso da doen&ccedil;a na Fam&iacute;lia Real Brit&acirc;nica foi confirmado: de acordo com a Clarence House, uma das resid&ecirc;ncias reais inglesas, o Pr&iacute;ncipe Charles testou positivo para a enfermidade.
Em depoimento de um porta-voz da fam&iacute;lia para a BBC, o jornal afirma que Charles est&aacute; apenas apresentando sintomas leves, mas que est&aacute; em boa sa&uacute;de. Ainda de acordo com a fonte, a Duquesa Cornwall tamb&eacute;m foi testada, mas n&atilde;o est&aacute; com a doen&ccedil;a.
&Eacute; importante lembrar que tanto o Pr&iacute;ncipe de Gales quanto sua duquesa est&atilde;o dentro do grupo de risco do coronav&iacute;rus, j&aacute; que possuem 71 e 72 anos, respectivamente. Pessoas que sofrem de doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas tamb&eacute;m precisam ter um maior cuidado.
Em uma nota oficial emitida pela Clarence House, foi afirmado que: "De acordo com conselhos m&eacute;dicos e governamentais, o pr&iacute;ncipe e a duquesa est&atilde;o se auto-isolando em casa na Esc&oacute;cia".
Na Nota, tamb&eacute;m &eacute; afirmado que n&atilde;o se sabe como o pr&iacute;ncipe contraiu o v&iacute;rus, por conta do alto n&uacute;mero de compromissos tidos por ele nas &uacute;ltimas semanas.
De acordo com a BBC, a imprensa do Pal&aacute;cio de Buckingham afirmou que o &uacute;ltimo contato da Rainha Elizabeth II com o filho se deu em 16 de mar&ccedil;o, e que de acordo com ela, ele estava saud&aacute;vel.
<h2>Rainha Elizabeth e o Coronav&iacute;rus</h2>
O Pal&aacute;cio tamb&eacute;m afirmou que a Rainha est&aacute; tomando todas as medidas cab&iacute;veis para garantir o seu bem-estar. Atualmente, Elizabeth est&aacute; isolada tamb&eacute;m em um castelo, em Windsor.
Al&eacute;m de Charles, o Pr&iacute;ncipe de M&ocirc;naco tamb&eacute;m est&aacute; com a doen&ccedil;a, tendo o seu an&uacute;ncio na &uacute;ltima quinta-feira (19). No Reino Unido, j&aacute; s&atilde;o mais de 8 mil casos de infectados e cerca de 422 pessoas mortas por conta do coronav&iacute;rus.

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Príncipe Charles testa positivo para coronavírus

Imagem de Brasil já teria 17 mil casos de coronavírus, segundo pesquisa no megacurioso

Nove em cada 10 casos não são testados ou detectados e não entram para as estatísticas oficiais

Segundo uma pesquisa do London School of Tropical Medicine, no Reino Unido, o Brasil j&aacute; poderia ter mais de 17 mil casos de covid-19, muito al&eacute;m dos 1.891 registrados oficialmente pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de em 23 de mar&ccedil;o.
Isso porque apenas pessoas que se deslocam a hospitais est&atilde;o sendo testadas para a presen&ccedil;a do <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus/" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus">coronav&iacute;rus</a>. Dessa maneira, um modelo matem&aacute;tico dessa institui&ccedil;&atilde;o prev&ecirc; que apenas 11% dos casos reais da infe&ccedil;&atilde;o s&atilde;o conhecidos e rastreados pelas autoridades brasileiras.
Esse baixo n&uacute;mero &eacute; consequ&ecirc;ncia, especialmente, do fato de cerca de 80% dos casos de covid-19 serem praticamente assintom&aacute;ticos ou causarem sintomas muito leves nos infectados. Dessa forma, essas pessoas n&atilde;o se deslocam a hospitais &mdash; que inclusive &eacute; a a&ccedil;&atilde;o correta segundo o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de &mdash;, e isso distorce as estat&iacute;sticas reais da doen&ccedil;a.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/24/covid-24095357715042.jpg" alt="covid" />Mapa global de covid-19 com dados levantados pelo Bing. (Fonte: Microsoft Bing/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O mesmo modelo matem&aacute;tico analisou a situa&ccedil;&atilde;o de outros pa&iacute;ses que tamb&eacute;m sofrem com o surto do coronav&iacute;rus. Coreia do Sul e Alemanha, que testaram intensivamente mesmo os cidad&atilde;os assintom&aacute;ticos, t&ecirc;m &iacute;ndices de detec&ccedil;&atilde;o muito melhores. O pa&iacute;s asi&aacute;tico supostamente conhece 88% de todos os casos de covid-19 dentro de suas fronteiras, enquanto o europeu chega a 75%.
<ul>
<li>LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113748-por-que-devemos-agir-agora-contra-o-coronavirus.htm" target="_blank" title="Por que devemos agir agora contra o novo coronav&iacute;rus?">Por que devemos agir agora contra o coronav&iacute;rus?</a></li>
</ul>
Entretanto, h&aacute; cen&aacute;rios bem mais complicados que o nosso. A It&aacute;lia, que enfrenta a pior da fase da epidemia neste momento, conhece apenas 4,6% dos casos reais da doen&ccedil;a, de acordo com o modelo. Na Espanha, onde a situa&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m &eacute; muito grave, s&atilde;o 5,3%.
A Fran&ccedil;a chega a 9,2% nessa conta, enquanto a B&eacute;lgica bate 12%, ambos bem pr&oacute;ximos do &iacute;ndice de conhecimento da infec&ccedil;&atilde;o no Brasil.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151327-brasil-teria-17-mil-casos-coronavirus-segundo-pesquisa.htm">Brasil j&aacute; teria 17 mil casos de coronav&iacute;rus, segundo pesquisa</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Brasil já teria 17 mil casos de coronavírus, segundo pesquisa

Imagem de Coronavírus: Itália supera China em número de mortos no megacurioso

Com 427 mortes adicionais nas últimas 24 horas, a Itália superou a China desde o início da pandemia de coronavírus.

A It&aacute;lia ultrapassou a China nesta quinta-feira (19) no n&uacute;mero de mortes por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113786-quanto-tempo-a-pandemia-de-coronavirus-pode-durar.htm" target="_blank" title="Quanto tempo a pandemia de Coronav&iacute;rus pode durar?">coronav&iacute;rus</a>, com 427 mortes em 24 horas atingindo um total de 3.405, segundo uma contagem baseada em dados oficiais. A It&aacute;lia torna-se, portanto, o primeiro pa&iacute;s em n&uacute;mero de mortes devido &agrave; epidemia de Covid-19, &agrave; frente da China (3.245), Ir&atilde; (1.284) e Espanha (767). A It&aacute;lia, que registrou um total de 41.035 casos, listou oficialmente suas duas primeiras mortes em 22 de fevereiro.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/19/19191608032049.jpg" alt="Fonte: Reuters/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: Reuters/Reprodu&ccedil;&atilde;o
<h2>Mais de 1 mil mortos na semana passada</h2>
H&aacute; uma semana, a It&aacute;lia tinha 1.016 mortos: seu n&uacute;mero, portanto, mais do que triplicou desde ent&atilde;o. A It&aacute;lia registra 56 mortes por milh&atilde;o de habitantes, &agrave; frente da Espanha, com 16 mortes por milh&atilde;o. A China registra 2,2 mortes por milh&atilde;o de habitantes. Mais de dois ter&ccedil;os das mortes registradas na Europa desde o in&iacute;cio da pandemia ocorreram na It&aacute;lia.
A Lombardia, uma regi&atilde;o que inclui Mil&atilde;o, capital econ&ocirc;mica do pa&iacute;s, continua sendo a regi&atilde;o italiana mais afetada, com quase 20 mil casos e 2.168 mortes, seguida por Em&iacute;lia-Romanha (regi&atilde;o de Bolonha, 5.214 casos e 531 mortes), e Veneto (regi&atilde;o de Veneza, 3.484 casos e 11 mortes).
<ul>
<li>LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113748-por-que-devemos-agir-agora-contra-o-coronavirus.htm" target="_blank" title="Por que devemos agir agora contra o novo coronav&iacute;rus?">Como se proteger adequadamente do coronav&iacute;rus?</a></li>
</ul>
Al&eacute;m disso, por v&aacute;rios dias, o Piemonte (regi&atilde;o de Turim, nordeste da It&aacute;lia) sofreu um aumento significativo em seu n&uacute;mero de casos, que dobrou desde 16 de mar&ccedil;o para 2.932 casos (incluindo 115 mortes).
<h2>Suspens&atilde;o das aulas em todo o mundo</h2>
Na tentativa de limitar a propaga&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, as restri&ccedil;&otilde;es &agrave; liberdade de movimento est&atilde;o aumentando e mais de meio bilh&atilde;o de pessoas em todo o mundo s&atilde;o chamadas por suas autoridades a permanecer confinadas em suas casas.
Segundo a UNESCO, as escolas de quase metade do mundo est&atilde;o fechadas. Alunos brit&acirc;nicos v&atilde;o se juntar a eles na sexta-feira.
O Brasil fechou nesta quinta-feira (19) por 15 dias todas as suas fronteiras terrestres, exceto com o Uruguai. Os Estados Unidos, que ultrapassaram a marca dos 10 mil casos, instaram os americanos a parar de viajar para o exterior.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/19/19191959117051.jpg" alt="Fonte: GettyImages" />Fonte: GettyImages
A preocupa&ccedil;&atilde;o est&aacute; nos pa&iacute;ses mais pobres, onde a conten&ccedil;&atilde;o ser&aacute; imposs&iacute;vel, como nas grandes favelas asi&aacute;ticas. Al&eacute;m disso, tr&ecirc;s bilh&otilde;es de pessoas nem t&ecirc;m as armas mais b&aacute;sicas contra o v&iacute;rus, que s&atilde;o a &aacute;gua corrente e o sab&atilde;o, alertam especialistas da ONU.
"Milh&otilde;es de vidas est&atilde;o em risco se o mundo n&atilde;o estiver unido, especialmente em rela&ccedil;&atilde;o aos pa&iacute;ses menos ricos", alertou quinta-feira o secret&aacute;rio-geral da ONU Ant&oacute;nio Guterres.

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Coronavírus: Itália supera China em número de mortos

Imagem de Cachorros e gatos pegam coronavírus? no megacurioso

A preocupação com os pets está deixando essa pulga atrás da orelha de muitas pessoas

<head></head><body>O novo coronavírus, causador da doença COVID-19, está se alastrando pelo mundo todo, obrigando pessoas a fazer quarentena e se isolar durante esta pandemia. Em meio a todo esse caos, muitas pessoas estão se perguntando: mas esse tal de novo coronavírus pode afetar os cachorros e gatos também?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/19/19163740976078.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)<h2>Os pets são transmissores?</h2>Bom, primeiro é importante deixar claro que os animais domésticos não são transmissores da COVID-19. Ao que tudo indica, ela é uma zoonose que veio dos morcegos e o coronavirus, de alguma maneira, conseguiu sofrer uma mutação e começar a afetar os humanos. Porém, não tem nada a ver com cães e gatos.A confusão existente sobre a possibilidade de transmissão da doença por meio dos pets veio graças a uma afirmação infeliz feita por uma cientista chinesa em meio ao surto que estava acontecendo em Wuhan. Essa informação equivocada acabou gerando muitos abandonos e sacrifícios de animais domésticos no país asiático.<h2>Eles podem sofrer por coronavírus?</h2>Sim, mas, por enquanto, tudo indica que não podem ter o COVID-19. O professor doutor da USP, Paulo Eduardo Brandão, em entrevista ao Vet Smart, conta que o caso de um pet com a nova doença, que foi divulgado na China, acabou se tornando uma grande fake news.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/QN46qpuDOuo" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há nenhuma evidência de que os animais de estimação possam ser contaminados pelo COVID-19. Entretanto, cães e gatos podem pegar uma versão canina e felina dos coronavirus, que age de uma maneira completamente diferente e pode ser evitada por meio de vacinas anuais.Nos cachorros, existem duas espécies: entérico canino (CCoV) e o respiratório canino (CRCoV). O primeiro, e mais comum, gera um problema gastroentérico, que deixa os cães com diarréia e é transmitido por meio das fezes. O segundo, que são casos mais raros, pode chegar a causar problemas respiratórios. Ambas coronaviroses, mesmo que comuns, podem ser fatais.Nos gatos, a doença afeta a região abdominal, gera Peritonite Infecciosa Felina (PIF) e é causada pelo coronavírus felino (FCov). Alguns sintomas da doença são febre, perda de peso, falta de apetite e sinais neurológicos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/19/19164055273083.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Dessa forma, até o momento não existe nenhuma evidência de que o COVID-19 possa afetar os pets. Entretanto, é importante não esquecer de proteger os cachorrinhos e gatinhos, anualmente, com as devidas vacinas contra os coronavírus caninos e felinos.</body>

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Cachorros e gatos pegam coronavírus?

Imagem de Quantos podem morrer pelo coronavírus no Brasil? Cientistas respondem! no megacurioso

Pesquisadores realizam um modelo matemático capaz de prever casos e mortes pela COVID-19 nos próximos meses no Brasil

Dois pesquisadores montaram um <a href="https://github.com/wlyra/covid19/blob/master/covid19.ipynb">modelo matem&aacute;tico</a> em Python, que prev&ecirc; desastres para o coronav&iacute;rus no Brasil caso n&atilde;o sejam tomadas medidas para conter a epidemia no pa&iacute;s. Os autores desse feito s&atilde;o Jos&eacute; Dias do Nascimento J&uacute;nior &mdash; professor e doutor em Astrof&iacute;sica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e astr&ocirc;nomo associado ao&nbsp;Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics&nbsp;&mdash; e Wladimir Lyra, doutor da New Mexico State University.
Pelo mundo, pesquisadores de todas as &aacute;reas demonstram esfor&ccedil;os para controlar e prever casos de coronav&iacute;rus com o objetivo de auxiliar as pessoas nas decis&otilde;es diante da pandemia que se alastra pela humanidade.&nbsp;
<h2 dir="ltr">A ideia do modelo de predi&ccedil;&atilde;o da COVID-19</h2>
O estudo realizado pelos pesquisadores surgiu devido &agrave; pandemia do novo <a href="https://www.tecmundo.com.br/coronavirus">coronav&iacute;rus</a> (COVID-19), que est&aacute; tomando o mundo e j&aacute; chegou a mais de 4 mil v&iacute;timas fatais no planeta.
Jos&eacute; Dias do Nascimento J&uacute;nior explica que ap&oacute;s o in&iacute;cio do surto come&ccedil;ou a pesquisar o assunto e as maneiras de contribuir e colaborar para diminuir a pandemia. &ldquo;Assim que come&ccedil;aram aparecer as primeiras rea&ccedil;&otilde;es globais, comecei a me perguntar sobre as hip&oacute;teses dos modelos utilizados no estudo da propaga&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus. Quais equa&ccedil;&otilde;es seriam v&aacute;lidas e sob quais aspectos. O novo surto demonstrava que iria fazer hist&oacute;ria, e eu j&aacute; sabia de outras pesquisas, das limita&ccedil;&otilde;es de algumas condi&ccedil;&otilde;es matem&aacute;ticas utilizadas nos modelos. Foi a&iacute; que encontrei Wladimir Lyra em conversas da rede social&rdquo;, conta Nascimento.
&nbsp;Lyra afirma que a ideia de ambos se complementam e, partir disso, as hip&oacute;teses evolu&iacute;ram em um modelo para "matematizar" os casos de coronav&iacute;rus j&aacute; existentes e novos. &ldquo;A ideia e o motivo da pesquisa se devem &agrave; presente pandemia do coronav&iacute;rus, para compreender a din&acirc;mica da propaga&ccedil;&atilde;o da infec&ccedil;&atilde;o. Pela leitura de artigos cient&iacute;ficos na &aacute;rea de Epidemiologia Matem&aacute;tica, deparei-me com o modelo SIR, que foi o primeiro a buscar 'matematizar' uma epidemia&rdquo;, ele destaca.
O doutor da New Mexico State University explica que percebeu semelhan&ccedil;as entre as equa&ccedil;&otilde;es de modelos matem&aacute;ticos de epidemias e as que ele estuda diariamente. Por isso, havia meios de resolv&ecirc;-las e assim agregar conhecimento ao campo de estudo do corona. &ldquo;N&atilde;o &eacute; nada que j&aacute; n&atilde;o tenha sido feito no campo de Epidemiologia, foi um projeto para eu aprender sobre o assunto&rdquo;, ele afirmou.
A COVID-19 &eacute; provocada por uma fam&iacute;lia de v&iacute;rus que gera infec&ccedil;&otilde;es respirat&oacute;rias e foi descoberta em 31 de dezembro de 2019 na China. No Brasil, de acordo com as secretarias estaduais de sa&uacute;de, j&aacute; s&atilde;o 413 casos confirmados, mais de 30% em rela&ccedil;&atilde;o ao &uacute;ltimo balan&ccedil;o divulgado pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de em 17 de mar&ccedil;o. Nessa data, foram contabilizadas 291 pessoas infectadas pelo v&iacute;rus, sendo registrada uma morte pela COVID-19 no estado de S&atilde;o Paulo.
<h2 dir="ltr">Como funciona o modelo</h2>
Diante do caos da pandemia, Lyra explica que o estudo dele e de Nascimento "matematiza" a din&acirc;mica da propaga&ccedil;&atilde;o de uma infec&ccedil;&atilde;o e pode auxiliar no combate dela.&nbsp;
O trabalho considera que a popula&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s seja dividida em quatro categorias: suscet&iacute;veis, infectados, curados e mortos. Essas categorias interagem segundo regras preestabelecidas:&nbsp;
<ul>
<li>Quando infectados e suscet&iacute;veis interagem, uma parcela &eacute; removida da&nbsp;categoria suscet&iacute;veis e colocada na categoria infectados.</li>
<li>Parte dos infectados se curam em um dado intervalo de tempo. Estes s&atilde;o&nbsp;removidos da categoria infectados e colocados na categoria curados.</li>
<li>Outra parte dos infectados morrem devido &agrave; doen&ccedil;a. Estes s&atilde;o removidos da categoria infectados e colocados na categoria mortos.</li>
<li>Os curados desenvolvem imunidade e, portanto, n&atilde;o s&atilde;o colocados de volta na categoria suscet&iacute;vel.&nbsp;</li>
</ul>
A &uacute;ltima regra significa que curados e mortos tamb&eacute;m podem ser acrescentados juntos na mesma categoria, de &ldquo;removidos&rdquo; da pandemia. Isso resultou no nome do modelo:&nbsp;SIR (Suscet&iacute;veis-Infectados-Removidos). Essas regras s&atilde;o "matematizadas" e as equa&ccedil;&otilde;es, resolvidas para revelar a evolu&ccedil;&atilde;o da epidemia. Por exemplo, na regra A, a quantidade removida &eacute; proporcional ao n&uacute;mero de pessoas infectadas e ao de suscet&iacute;veis.
A base de dados utilizada na pesquisa dos cientistas foi mantida e atualizada pelo Centro de Ci&ecirc;ncias de Sistemas e Engenharia (CSSE, em ingl&ecirc;s) da Universidade de Johns Hopkins. Os dados s&atilde;o divididos em casos de infec&ccedil;&atilde;o, remiss&atilde;o e fatalidades. A base de dados &eacute; atualizada frequentemente e cont&eacute;m detalhes como datas e distribui&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica.&nbsp;
A partir desses par&acirc;metros foram calculadas as taxas que entraram no modelo. Os componentes do modelo aplicados &agrave; epidemia do coronav&iacute;rus resultaram em um cont&aacute;gio muito r&aacute;pido. Os dados da It&aacute;lia mostram que 1 pessoa infectada passa o v&iacute;rus a 3 ou 4 pessoas, em m&eacute;dia, antes de se curar ou morrer pela infec&ccedil;&atilde;o; com isso, o n&uacute;mero de casos dobra a cada 4 dias.
Lyra explica que h&aacute; apenas duas maneiras de finalizar essa epidemia. &ldquo;A primeira &eacute; quando muitas pessoas foram infectadas e desenvolveram imunidade ao se curar. Quando isso acontece, n&atilde;o existem mais pessoas suscet&iacute;veis e, portanto, segundo a regra (A) do modelo, n&atilde;o h&aacute; novas infec&ccedil;&otilde;es poss&iacute;veis. Obviamente esse caso &eacute; terr&iacute;vel, foi praticamente toda a popula&ccedil;&atilde;o infectada em algum momento durante a epidemia, e o n&uacute;mero de mortos pode ser assustador&rdquo;, ele alerta.
O professor resume que &ldquo;a segunda maneira de terminar a epidemia &eacute; quando a taxa de infec&ccedil;&atilde;o &eacute; menor do que a taxa de remiss&atilde;o e, ent&atilde;o, a epidemia &eacute; contida. A quarentena (ou vacina) funciona por diminuir a taxa de infec&ccedil;&atilde;o. O tratamento funciona para aumentar a taxa de remiss&atilde;o. Sem tratamento ou vacina, temos apenas a quarentena como medida eficaz&rdquo;.
A base de dados do CSSE consultada pelos cientistas durante a pesquisa apresenta informa&ccedil;&otilde;es de todos os pa&iacute;ses atingidos pela epidemia. Os principais utilizados no modelo foram: China, Coreia do Sul, It&aacute;lia, Su&eacute;cia, Estados Unidos e Brasil.&nbsp;&nbsp;
<h2 dir="ltr">O modelo alerta para at&eacute; 2 milh&otilde;es de mortes no Brasil no pior cen&aacute;rio previsto</h2>
O modelo dos pesquisadores quando aplicado ao estado de epidemia no Brasil mostra que cada pessoa infectada est&aacute;, em m&eacute;dia, infectando 6 pessoas. A partir dessa taxa, o n&uacute;mero de casos dobra entre 2 e 3 dias. Lyra anuncia que &ldquo;se continuar dessa maneira, sem fazermos nada, a epidemia ter&aacute; seu pico daqui a 50 dias, no come&ccedil;o de maio, com 53% da popula&ccedil;&atilde;o infectada ao mesmo tempo. Isso significa mais de 100 milh&otilde;es de casos. Os hospitais n&atilde;o t&ecirc;m capacidade de lidar com esse n&uacute;mero. E, ao final da epidemia, ter&iacute;amos 2 milh&otilde;es de mortos&rdquo;.
O modelo apresentado pelos pesquisadores gerou dois gr&aacute;ficos que resultam na quantidade de mortos no Brasil nos pr&oacute;ximos meses e evidenciam um quadro assustador para a popula&ccedil;&atilde;o brasileira. Esse pior cen&aacute;rio representa a condi&ccedil;&atilde;o na qual as&nbsp;restri&ccedil;&otilde;es&nbsp;sociais n&atilde;o s&atilde;o seguidas.
<h3 dir="ltr">Gr&aacute;fico da predi&ccedil;&atilde;o total de n&uacute;meros de mortos no Brasil = 2.009.177</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/19/grafico-coronavirus-19110727752036.png" alt="Gr&aacute;fico Coronav&iacute;rus" />
(Fonte: Modelo matem&aacute;tico de Wladimir Lyra e Jos&eacute; Dias do Nascimento)
O modelo foi rodado em 16 de mar&ccedil;o de 2020, e os cientistas identificaram que a primeira morte pelo coronav&iacute;rus ocorreria dentro de 5 dias. &ldquo;Ontem (16 de mar&ccedil;o), uma previs&atilde;o do modelo foi que a primeira morte no Brasil ocorreria em algum momento nos pr&oacute;ximos 5 dias. Quando acordei de manh&atilde; no dia 17 e fui ler as not&iacute;cias, t&iacute;nhamos o primeiro caso fatal&rdquo;, confirmou Lyra.
Os cientistas alertam que se n&atilde;o foram tomadas medidas de preven&ccedil;&atilde;o, e se a popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o praticar o distanciamento social, os resultados do modelo v&atilde;o se concretizar. &ldquo;Sem tratamento ou vacina, a &uacute;nica forma dessa epidemia parar naturalmente &eacute; ela correr seu curso, infectando centenas de milh&otilde;es e matando milh&otilde;es de pessoas. O modelo prev&ecirc; 2 milh&otilde;es de mortos no Brasil se n&atilde;o fizermos nada. Para evitar isso, a popula&ccedil;&atilde;o tem que parar de sair de casa, praticar distanciamento social. Apenas isso vai evitar o cont&aacute;gio&rdquo;, argumenta Lyra.
Lyra ainda destaca que o distanciamento&nbsp;social n&atilde;o evita o estado final da epidemia, mas atrasa de forma que o sistema de sa&uacute;de n&atilde;o sobrecarregue at&eacute; o desenvolvimento de um tratamento ou vacina. "Uma vez retornada a vida cotidiana a epidemia vai correr de novo, mas o atraso que o distanciamento social proporciona &eacute; fundamental pra dar tempo para o sistema de sa&uacute;de n&atilde;o se sobrecarregar com muitos casos ao mesmo tempo e tamb&eacute;m, esperamos, para dar tempo de desenvolver tratamento ou vacina", explica Lyra.
Os pesquisadores destacam a import&acirc;ncia de todas as &aacute;reas olharem a pandemia e realizarem esfor&ccedil;os para criar maneiras e caminhos que evitem ou ajudem o mundo a conter os casos.
&ldquo;Devo dizer que eu n&atilde;o sou epidemi&oacute;logo, sou astr&ocirc;nomo e astrof&iacute;sico especializado em matem&aacute;tica aplicada e modelos computacionais. Comecei esse projeto ao ler sobre modelos matem&aacute;ticos de evolu&ccedil;&atilde;o de epidemias e ver que as equa&ccedil;&otilde;es eram bem parecidas com outras com as quais trabalho todo dia. Tinha, portanto, as ferramentas para resolv&ecirc;-las em um modelo simplificado&rdquo;, alega Lyra.
O professor Jos&eacute; Dias do Nascimento J&uacute;nior demonstra que, no momento atual da popula&ccedil;&atilde;o, a ci&ecirc;ncia &eacute; globalizada, e qualquer par&acirc;metro cient&iacute;fico n&atilde;o pode ser tratado como algo simples e exclu&iacute;do na hora de tomar decis&otilde;es para conter a epidemia.
&ldquo;Estamos passando por um per&iacute;odo c&iacute;clico de problemas. Isso vai do aquecimento global a grandes epidemias. Estamos hoje fazendo uma ci&ecirc;ncia globalizada, na qual par&acirc;metros n&atilde;o podem ser tratados como sistemas simples. O pr&oacute;prio planeta em que vivemos e sua popula&ccedil;&atilde;o humana s&atilde;o completamentes conectados a um grande sistema complexo&rdquo;, afirma Nascimento.
As epidemias foram encontradas em diversos momentos da humanidade, mas segundo ele ainda n&atilde;o h&aacute; um modelo f&iacute;sico completo e totalmente eficiente para auxiliar nas decis&otilde;es de maneira r&aacute;pida e eficaz. &ldquo;Durante nossa hist&oacute;ria, encontramos repetidamente grandes epidemias, como a Peste (Peste Negra) no s&eacute;culo 14, a Gripe Espanhola em 1918 e, mais recentemente, a Gripe Su&iacute;na em 2009. Apesar de todas essas epidemias afetarem severamente a popula&ccedil;&atilde;o global, ainda n&atilde;o temos um modelo f&iacute;sico eficiente que nos ajude a tomar decis&otilde;es certas em pequeno espa&ccedil;o de tempo&rdquo;, confirma Nascimento.&nbsp;
Conforme esse pesquisador, os estudos anal&iacute;ticos de dados podem auxiliar em aspectos diante de uma doen&ccedil;a que se alastra rapidamente pelo mundo. As previs&otilde;es baseadas em equa&ccedil;&otilde;es podem gerar decis&otilde;es que ir&atilde;o melhorar as maneiras de lidar com o problema enfrentado.
&ldquo;As abordagens anal&iacute;ticas para estudar e modelar a natureza sist&ecirc;mica da dissemina&ccedil;&atilde;o de uma doen&ccedil;a infecciosa s&atilde;o um belo exemplo de como a ci&ecirc;ncia opera (modelo SIR). E, partir das previs&otilde;es feitas com um punhado de equa&ccedil;&otilde;es simples, percebe-se o poder da ci&ecirc;ncia em revelar comportamentos futuros&rdquo;, enfatiza Nascimento.
Ele ainda pondera a import&acirc;ncia de pol&iacute;ticas que incentivem a ci&ecirc;ncia a realizar o trabalho em momentos como o da pandemia do novo coronav&iacute;rus. &ldquo;Sem d&uacute;vida acredito que trabalhos como esse devem ser parte dos esfor&ccedil;os colocados nas pol&iacute;ticas de sa&uacute;de p&uacute;blica. Apesar de muitas quest&otilde;es terem sido respondidas, muitas outras permanecem em aberto, por&eacute;m a ci&ecirc;ncia &eacute; sempre a b&uacute;ssola necess&aacute;ria para a prote&ccedil;&atilde;o nesses casos&rdquo;, anuncia Nascimento.
Os resultados que os cientistas encontraram comp&otilde;em um artigo&nbsp;cient&iacute;fico, que ser&aacute; submetido para uma revista cient&iacute;fica na &aacute;rea da F&iacute;sica.
<h2 dir="ltr">Como prevenir a COVID-19?&nbsp;</h2>
O TecMundo criou um infogr&aacute;fico com as 4 principais maneiras de se prevenir contra o coronav&iacute;rus de acordo com o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de do Brasil.
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