Descubra tudo sobre a rinite vasomotora, uma condição que pode ser confundida com alergias, mas tem suas próprias características distintas.

Você já teve episódios de congestão nasal inexplicável, sem haver uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124813-as-3-alergias-sazonais-que-mais-afetam-as-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alergia</a> evidente como causa? Se sim, pode ser que você esteja enfrentando a rinite vasomotora, uma condição nasal que pode se manifestar de forma similar à rinite alérgica, mas com suas próprias peculiaridades.<h2>O que é a rinite vasomotora?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09151447601005.jpg" alt="Na rinite, especialmente na vasomotora, os tecidos nasais ficam inflamados e inchados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Na rinite, especialmente na vasomotora, os tecidos nasais ficam inflamados e inchados. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A rinite vasomotora é uma condição nasal complexa desencadeada por diversos fatores, incluindo mudanças climáticas, poluição do ar, odores fortes, estresse e certos medicamentos. Ela provoca inflamação e inchaço nos tecidos do nariz, ocasionando sintomas desagradáveis, como congestão nasal e coriza, frequentemente associados a alergias.O termo "vasomotora" se refere ao aspecto vascular da condição. Na rinite vasomotora, os tecidos dentro do nariz, incluindo os vasos sanguíneos, estão sujeitos a alterações na sua função e tamanho devido a estímulos externos. Esses estímulos podem desencadear uma resposta do sistema nervoso autônomo, que controla a função dos vasos sanguíneos, levando a mudanças na sua motilidade ou no seu calibre.Portanto, quando ocorrem estímulos irritantes, os vasos sanguíneos dentro do nariz podem se contrair ou dilatar excessivamente, ocasionando os sintomas característicos da condição. Ao contrário da rinite alérgica, no entanto, a vasomotora não é causada pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/conheca-8-dicas-para-enfrentar-as-alergias-sazonais" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exposição a alérgenos</a> como pólen, mofo ou pelos de animais.<h2>Quais são os sintomas e como tratar?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09152358369008.jpg" alt="Com o tratamento adequado, a rinite vasomotora pode ser controlada e os sintomas podem ser aliviados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Com o tratamento adequado, a rinite vasomotora pode ser controlada e os sintomas podem ser aliviados. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os sintomas típicos, como congestão nasal, coriza, gotejamento pós-nasal, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118684-por-que-os-seres-humanos-espirram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espirros</a> e redução do olfato, frequentemente se assemelham aos da rinite alérgica e podem ocorrer de maneira persistente ou intermitente. No entanto, o que diferencia a rinite vasomotora da alérgica é a falta de associação estrita com estações específicas do ano. Assim, compreender tanto as causas quanto os sintomas é essencial para um diagnóstico preciso e para o desenvolvimento de estratégias de tratamento eficazes.O tratamento da rinite vasomotora envolve várias abordagens. Em primeiro lugar, é fundamental evitar gatilhos como mudanças de temperatura e odores fortes. Além disso, o uso de umidificadores e a irrigação nasal com solução salina ajudam a manter as passagens nasais úmidas e reduzir a irritação. Medicações, como sprays nasais de corticosteroides, anticolinérgicos e anti-histamínicos, são frequentemente usadas para controlar a inflamação e a secreção nasal.Ou seja, a rinite vasomotora pode ser uma condição desafiadora de se lidar, especialmente porque seus sintomas podem se assemelhar aos de outras condições nasais, como a rinite alérgica. No entanto, com um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado, é possível gerenciar com eficácia os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.

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Rinite vasomotora: não é alergia, mas pode causar sintomas semelhantes

Segundo pesquisadores, os efeitos da menstruação no desempenho esportivo são muito diferentes do que o senso comum poderia imaginar.

<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126815-copa-do-mundo-feminina-4-recordes-em-que-mulheres-superaram-homens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Atletas femininas</a> têm tempos de reação mais rápidos e cometem menos erros quando estão menstruadas, indica um novo estudo feito pela University College London com mais de 200 atletas. Contudo, a pesquisa também demonstrou que elas sentem que seu desempenho é prejudicado em comparação com outras fases do ciclo menstrual.O estudo buscava entender o motivo das <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123524-quais-sao-as-lesoes-mais-comuns-no-futebol-e-como-preveni-las.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">taxas de lesões</a> serem muito mais elevadas em atletas do sexo feminino do que em homens. À medida que a popularidade dos esportes femininos aumentou, os números de lesões tiveram o mesmo resultado, o que gerou um debate sobre os eventuais motivos. As descobertas foram surpreendentes.<h2>Ciclo menstrual entre atletas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13190643347031.jpg" alt="Apesar de percepção contrária, atletas que menstruam atingiram pico cognitivo durante a menstruação. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Apesar da percepção contrária, atletas que menstruam atingiram pico cognitivo durante a menstruação. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Segundo os investigadores, os hormônios são a diferença mais óbvia entre pessoas que têm <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127854-como-o-ciclo-menstrual-afeta-o-funcionamento-e-a-estrutura-do-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciclos menstruais</a> e aquelas que não têm ou usam contracepção hormonal. Até então, o efeito que esses hormônios têm à medida que oscilam ao longo do ciclo menstrual não era claro, embora investigações passadas apontassem para alterações nas funções cerebrais que poderiam afetar o desempenho de uma atleta.“Mudanças na cognição espacial poderiam, em teoria, ser um fator de risco contribuinte para lesões, especialmente em esportes de ritmo acelerado que exigem precisão de milissegundos nas interações com objetos em movimento”, destacou a cientista esportiva da University College London, Flaminia Ronca, em artigo publicado.Conforme o estudo, atletas femininas muitas vezes relatam se sentirem desajeitadas <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120432-sincronizacao-menstrual-mito-ou-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">durante a ovulação</a> ou até mesmo uma piora no desempenho na última parte do ciclo menstrual. Porém, os dados que tentaram medir esses efeitos foram inconclusivos, demonstrando que a força e potência atingem um pico próximo à ovulação.<h2>Aumento de lesões</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13190720682033.jpg" alt="Estudo indica que variações hormonais podem aumentar riscos de lesões em mulheres. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Estudo indica que variações hormonais podem aumentar riscos de lesões em mulheres. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os resultados do estudo mostraram que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/4-atletas-olimpicos-que-provaram-que-idade-e-so-um-detalhe" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resistência das atletas</a> aparentemente diminuiu durante a menstruação, o que explicaria as taxas mais altas de lesões no sexo feminino — sobretudo em casos de ruptura dos ligamentos cruzados anteriores (LCA). Para medir essas informações, Ronca e colegas recrutaram 241 participantes para o seu estudo, sendo 96 atletas do sexo masculino, 105 atletas do sexo feminino que menstruavam e 47 que usavam contracepção hormonal.Os atletas foram submetidos a uma bateria de testes cognitivos online, projetados para imitar o que o cérebro dos esportistas precisam fazer durante os jogos. O estudo não conseguiu explorar diferenças individuais no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123565-reserva-cognitiva-o-que-e-e-por-que-deve-ser-fortalecida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desempenho cognitivo</a> ao longo das fases do ciclo menstrual. No entanto, as atletas que menstruaram tinham pior desempenho em tarefas cognitivas na fase folicular tardia do ciclo, à medida que se aproximam da ovulação, e na fase lútea posterior, pouco antes do sangramento.Mas seu desempenho atingiu um máximo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124450-a-vida-das-mulheres-menstruadas-nos-campos-de-concentracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">durante a menstruação</a>, mesmo que elas relatassem se sentir piores nessa fase. Como próxima etapa, os pesquisadores pretendem explorar como diferentes tipos de contraceptivos hormonais podem afetar a função cerebral das atletas, ou até mesmo protegê-las de lesões.&nbsp;

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Qual é o efeito da menstruação em atletas de alto desempenho?

Fora os efeitos colaterais, as pessoas podem acabar morrendo se adquirirem Ozempic falsificado.

É muito comum ouvir pessoas, principalmente ocidentais, criticando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126942-como-a-industria-de-cirurgia-estetica-coreana-destroi-sua-sociedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obsessão coreana por um ideal de beleza</a> inalcançável, fruto de uma estrutura calçada em ideias confucionistas seculares. Mas quando vemos uma onda de pessoas esvaziando prateleiras de farmácia em busca de um remédio feito para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124192-8-formas-de-lidar-com-a-diabetes-de-forma-tranquila.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabéticos</a> apenas para se beneficiar dos efeitos colaterais que traz para a aparência, é possível perceber que todos estão no mesmo barco quando o assunto é padrão de beleza.Conforme o relatório anual divulgado pela Novo Nordisk, empresa líder global de saúde dedicada a vencer a diabetes e outras doenças crônicas graves, disse que as vendas de Ozempic e Wegovy aumentaram 42% no primeiro trimestre de 2024, acumulando o equivalente a US$ 3,99 bilhões. A obsessão das pessoas pelo Ozempic, projetado para tratar diabetes tipo 2, requer prescrição médica, mas muitas pessoas estão usando em busca do emagrecimento e restrição de apetite que o medicamento proporciona.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20100212606029.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A maioria das cirurgias estéticas são feitas por mulheres. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 2022, cerca de 14,9 milhões de procedimentos estéticos foram feitos, sendo que, nada ironicamente, mais de 86% dos pacientes eram mulheres, conforme dados do Statista. O relatório Pesquisa Global anual sobre Procedimentos Estéticos/Cosméticos, da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), apontou que a lipoaspiração foi o procedimento mais comum em 2022, com mais de 2,3 milhões de casos.Se 72% das mulheres são mais propensas a se exercitar visando perder peso e seguir uma dieta do que os homens, como aponta a pesquisa da Murphy Research, apresentada no relatório State of Our Health: Exploring Gender Differences in Food and Fitness, é porque existe uma cultura fixada na magreza feminina. Como escreveu Naomi Wolf em seu O Mito da Beleza: a dieta é o sedativo político mais potente da história das mulheres. E é por isso que as tendências estéticas estão cada vez mais em alta, inclusive os riscos. Descubra agora o lado obscuro e mortal da obsessão da sociedade por Ozempic.<h2>Reféns da balança</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20100544320033.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Kelly Clarkson declarou ter feito uso de Ozempic para emagrecer. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Durante a cobertura do Oscar 2024, para o tipo de mídia sensacionalista focada na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123178-geracao-z-e-a-obsessao-pela-fama-a-qualquer-custo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vida das celebridades</a>, o que mais aguardavam não era descobrir qual filme levaria a categoria máxima da noite, mas qual estrela do cinema hollywoodiano poderia ou não ter usado Ozempic para perder peso.Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122115-paparazzi-a-historia-da-profissao-mais-polemica-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paparazzi</a> e repórteres esperavam identificar o denominado “rosto de Ozempic”, o efeito de quem emagrece rápido demais, causando a perda da elasticidade no rosto, e normalmente responsável por criar a famosa e temida papada. O medicamento possui a semaglutida como ingrediente ativo, que ajuda o corpo a reduzir os níveis de açúcar no sangue quando estão excessivamente elevados, podendo ajudar a prevenir <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128463-comer-mais-cedo-reduz-risco-de-doenca-cardiovascular-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças cardíacas</a>. Para os diabéticos, a droga reduz os níveis de açúcar no sangue, mas também afeta o apetite, ou seja, quando a pessoa injeta o remédio, os quilos começam a cair.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20100645712035.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Ozempic pode fazer perder até 15% do peso corporal rapidamente. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O potencial de perda de peso do Ozempic só ganhou destaque nos últimos três anos, quando um ensaio clínico confirmou um benefício surpreendente: aqueles que o tomam podem perder até 15% de seu peso corporal. Claro, o marketing da Novo Nordisk em promover isso tem sua parcela de comprometimento com esse novo movimento, mas principalmente a obsessão da sociedade e da mídia ao redor dos procedimentos estéticos, dietas ou treinos dos famosos.E as pessoas não parecem intimidadas pelos valores do remédio. Na Espanha, por exemplo, a Previdência Social paga por quatro doses de Ozempic quando é prescrito por um médico, saindo no valor de US$ 4,59; enquanto na saúde privada, o preço pode chegar a US$ 141 para a mesma quantidade de doses. No Brasil, o remédio custa em média mil reais.<h2>Pagando o preço</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20100840663036.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Devido aos efeitos colaterais do Ozempic, jovens estão buscando procedimentos estéticos projetados para pessoas acima de 50 anos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar de o Ozempic dar aquela sensação de estar sempre cheio e saciado com porções menores de comida, as náuseas, diarreia, vômito e constipação logo podem surgir. Em poucos meses, a mágica do medicamento que tirou os quilos indesejáveis da balança é compensada no espelho: nas pessoas acima dos 40 anos, a temida papada surge; nos jovens, o aspecto envelhecido da pele e a perda da elasticidade.Não se engane pensando que o Ozempic poderia ser boicotado pela indústria estética que poderia perder muitos clientes em potencial para lipoaspiração e outros procedimentos que visam o emagrecimento. O que aconteceu nessa nova tendência, porém, é que o remédio transformou a maneira como percebemos a beleza e o futuro da medicina estética.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20101030240039.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A demanda por Ozempic aumentou a procura por cirurgias estéticas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A demanda por Ozempic aumentou a procura pelos tipos de cirurgias estéticas e a maneira pelas quais os médicos as fornecem. Jovens estão considerando seriamente fazer alguns procedimentos projetados para pessoas acima dos 50 anos, como o lifting facial, após sofrerem com os efeitos colaterais causados pelo uso de Ozempic para fins estéticos."A perda de volume facial significa menos apoio e, posteriormente, as estruturas adjacentes podem cair mais intensamente. Tudo isso leva ao envelhecimento acelerado devido às dobras e rugas que aparecem, e uma perda de luminosidade no rosto", disse Moisés Amselem, médico estético especializado em rejuvenescimento facial em, em entrevista ao El País.<h2>Envenenando por dinheiro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20101221726041.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Existem toneladas de Ozempic falsificado sendo vendido no mundo todo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com os preços em alta, escassez mundial, pacientes desesperados e as redes sociais divulgando cada vez mais os "efeitos milagrosos" do Ozempic, a nova tendência atraiu atenção do crime transnacional, de falsificadores caseiros, manipuladores desonestos, médicos inescrupulosos e de clínicas e spas de legalidade duvidosa. Todos pensando em como fazer negócio com essa nova tendência.Em dezembro de 2022, o Food and Drug Administration (FDA) emitiu um alerta de que Ozempic falsificado havia sido detectado no fornecimento legítimo de medicamentos, fazendo a Novo Nordisk se movimentar para tentar correr atrás do prejuízo.A proliferação de Ozempic falsificado já se tornou um problema global desde então. Segundo as autoridades de fiscalização, muitos esquemas se concentram na produção ao nível industrial do medicamento, em um esforço para replicar a semaglutida, com sucesso desigual, gerando remédios cujos efeitos adversos são extremamente perigosos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20101312870042.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Alguns lotes falsificados de Ozempic possui apenas insulina modificada, que pode ser mortal para não diabéticos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O FDA relatou casos no mundo inteiro de pacientes que injetaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128645-novo-estudo-induz-a-producao-de-insulina-em-diabeticos-apos-48-horas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insulina&nbsp;</a>modificada para se parecer com Ozempic, o que para não diabéticos pode gerar desde tontura, dores de cabeça, danos cerebrais irreversíveis e até coma. Entre julho de 2022 e janeiro de 2024, o FDA registrou 12 relatos de pacientes estadunidenses prejudicados pelo medicamento falso, com sintomas que iam de perda da consciência a inchaço da garganta e do rosto.Versões falsas do Ozempic, cheias de impurezas misteriosas e armazenadas em condições inadequadas, chegaram a vários países, do Líbano ao Reino Unido, mostrando a articulação profissional dos falsificadores em conseguir se infiltrar em qualquer tipo de governo. Isso se deve porque as agências de aplicação de lei encarregadas de combater esse tipo de crime enfrentam vários obstáculos, como leis internacionais fracas a inexistentes, lobby de corrupção que apoia as redes de falsificação, sistemas fraudulentos de aplicação regulatória, entre outros.Como resultado, os criminosos saíram de instalações insalubres em bairros na periferia de algumas cidades e se inseriram na infraestrutura de países inteiros. Foi a corrupção que deu poder para que os falsificadores aprimorassem seus métodos, ficassem mais inteligentes no que fazem e, sobretudo, maiores.

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O lado obscuro e mortal da obsessão da sociedade por Ozempic

Entenda como o cérebro trabalha em conjunto com a bexiga e problemas que podem afetar esse casamento, talvez, inesperado.

Você está no cinema. O clímax do filme está prestes a começar e, de repente, o copão de refrigerante que você pediu começa a se manifestar na sua bexiga. "Consigo segurar?" é a pergunta que vem à sua cabeça, mas a resposta é: corre!Fazer xixi parece algo simples: você ingere uma quantidade satisfatória de líquidos e vai ao banheiro eliminá-los com uma certa frequência. Mas quando é que você sabe que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128514-por-que-o-xixi-e-amarelo-cientistas-finalmente-tem-a-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é hora do xixi</a>?<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10074419114000.jpg" alt="Prefira quantidades menores de refrigerante antes de entrar em um sessão longa de cinema. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Prefira quantidades menores de refrigerante antes de entrar em um sessão longa de cinema. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Algumas pistas físicas podem surgir, como um abdome inchado, desconforto ao sentar ou levantar e até escapes de urina. Mas é uma união entre células nervosas na sua bexiga e sinais de alerta disparados no seu cérebro que lhe dirão quando é hora de procurar um banheiro.Conheça um pouco mais sobre como nosso corpo trabalha para eliminar a urina e doenças que podem afetar esse sistema complexo.<h2>A anatomia do xixi</h2>Ao contrário do que alguns possam acreditar, não existe um caminho direto entre o estômago e a bexiga, por mais que pareça que a água que você tomou há cinco minutos já tenha cumprido seu papel e esteja querendo ser eliminada.A urina é produzida em um processo de filtragem sanguínea nos rins. Sim, eu disse filtragem sanguínea.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10080531896001.jpg" alt="O sistema urinário é o terror de qualquer estudante da saúde, perdendo somente para o sistema porta do fígado. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>O sistema urinário é o terror de qualquer estudante da saúde, perdendo somente para o sistema porta do fígado. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O sangue é filtrado <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/127433-cientistas-desenvolvem-rins-com-60-de-celulas-humanas-em-porcos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nos rins</a>, eliminando impurezas, resíduos de medicação e toda uma sorte de coisas que possam estar circulando em excesso no nosso organismo. Células maiores e mais pesadas, como proteínas e hemácias, não passam pelo filtro, retornando para a circulação normal.Todo esse filtrado ainda passa por processos mais especializados até se tornar nosso xixi, que depois de pronto, desce dos rins por dutos chamados ureteres e fica armazenado na nossa bexiga até a hora de ser eliminado pela uretra. É nessa última parte em que iremos focar e nos sinais de eliminação.<h2 style="text-align:justify;">Aliviando</h2><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122971-quanto-xixi-nossa-bexiga-consegue-comportar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nossa bexiga</a> possui diversas camadas e em cada uma delas existem células nervosas especializadas que dão sinais de que o órgão já atingiu, ou está perto de atingir, sua capacidade máxima.&nbsp;Quando somos bebês, esses sinais são bastante primitivos e as eliminações ocorrem por um reflexo desencadeado pela nossa medula espinhal. Mas conforme crescemos, esse reflexo passa a ser inibido, pois aprendemos a controlar, voluntariamente, a musculatura do assoalho pélvico.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10083249293009.jpg" alt="As células nervosas dão sinais de que a bexiga está "><figcaption>As células nervosas dão sinais de que a bexiga está "esticada" no seu limite, indicando que é hora de eliminar. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>No cérebro do adulto, esse sinal de "bexiga cheia" se torna mais sofisticado, envolvendo a ativação de áreas cerebrais que nos dizem não apenas que está na hora de eliminar o xixi, mas é seguro fazer isso.&nbsp;Isso acontece, pois há ativação das regiões de discernimento, controle motor, e da ponte cerebral, que devolverá a informação para a bexiga, garantindo que ela está cheia e que é hora dela ser "aliviada".Quando há falhas nessa comunicação cérebro-bexiga, seja por lesões na medula ou doenças neurológicas, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128937-nanocristais-de-ouro-podem-ajudar-com-doenca-parkinson-e-esclerose-multipla.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Parkinson</a> e Alzheimer, o reflexo espinhal primitivo pode retornar, ocasionando em incontinência urinária.Outros fatores que podem ocasionar no mau funcionamento da excreta da urina são problemas na própria bexiga e musculatura do assoalho pélvico. Caso você tenha passado por problemas com a eliminação de urina, procure um profissional da saúde.

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Como nosso corpo sabe quando temos que fazer xixi?

As viagens de carro podem nos levar a correr certos riscos que nós nem fazemos ideia.

Os carros configuram como um dos principais meios de transporte utilizados pelas pessoas do mundo todo. Hoje apontados como causadores de boa parte da poluição do planeta, eles também têm uma triste participação nos acidentes de trânsito.De acordo com o USA Today, a partir de 2024, os "acidentes de carro se tornaram a principal causa de morte nos Estados Unidos". Ou seja, os automóveis se tornaram tão populares e corriqueiros que acabamos esquecendo o quanto eles podem ser potentes e nos colocar em riscos que a gente nem imagina.<h2>1. Mexer no painel dirigindo pode ser tão perigoso quanto mexer no celular</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/04/04184819687292.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Diferente do que muita gente pensa, mexer no painel do carro pode ser mais arriscado que mexer no celular. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Todo carro mais moderno conta hoje com um painel eletrônico arrojado que desempenha várias funções. A ideia é que esses sistemas facilitem as nossas vidas e nos liberem para focar apenas na rua ou na estrada quando dirigimos. Na prática, contudo, não é bem assim.Segundo um estudo do Conselho Europeu de Segurança dos Transportes, "o uso do controle de toque resultou em tempos de reação ainda piores do que enviar mensagens de texto durante a condução". Ou seja, boa parte das pessoas, ao lidar com esses painéis, colocou-se em mais situações de risco do que se estivesse digitando no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/voce-sabe-o-que-significa-o-nome-wifi" rel="noopener noreferrer" target="_blank">celular</a>.&nbsp;Além disso, o estudo descobriu que os tempos de reação dos motoristas eram "mais de 50% mais lentos" ao usar telas sensíveis ao toque do carro e ao "controlar a posição do veículo na faixa e manter uma velocidade consistente e avançar para o veículo da frente".<h2>2. Carros escuros podem intensificar os riscos na estrada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/04/04184845013294.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Carros claros podem fazer você correr menos risco de acidentes. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A cor escolhida para o seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/as-5-marcas-de-carro-com-mais-chances-de-fazer-voce-ser-multado" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carro</a> pode também determinar a probabilidade de você se envolver em um acidente de carro. Um estudo publicado na Biblioteca Nacional de Medicina atestou que "houve um aumento significativo do risco de ferimentos graves em veículos marrons" e que "os riscos para carros pretos e verdes também foram aumentados".A razão para isso é relativamente simples: carros escuros podem se "apagar" na estrada e ter a sua visibilidade reduzida. Essa afirmação é corroborada por um estudo feito pela Universidade Monash, que pontuou que "veículos pretos, cinzas e prateados foram estimados como tendo os maiores riscos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/a-tragica-historia-de-dois-alpinistas-que-ousaram-escalar-o-everest" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acidente</a>" em comparação com carros de cores mais claras. Se você preza pela segurança, talvez deva comprar sempre carros brancos.<h2>3. Carros autômatos ainda não são totalmente seguros</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/04/04184921317296.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os carros totalmente autômatos ainda são projeções da ficção científica. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121140-carros-autonomos-saiba-quando-isso-sera-possivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carros autômatos</a> são uma relativa novidade no mercado automotivo, e nutrem certa expectativa nas pessoas, como se eles fossem veículos saídos da ficção científica. Mas, na verdade, eles não são assim tão impressionantes – ao menos não ainda.Os carros com recursos de <a href="https://www.tecmundo.com.br/carro/116608-significam-5-niveis-direcao-autonoma-carros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">direção autônoma</a> ainda podem colocar os motoristas em risco caso eles confiem totalmente na função de piloto automático do carro. É o que alerta a National Highway Traffic Safety Administration, que menciona que "os veículos autônomos estão envolvidos no dobro do número de acidentes por quilômetro rodado que os veículos tradicionais".<h2>4. A música na estrada pode trazer riscos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/04/04185748628300.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Se você é jovem, ouvir música na estrada pode torná-lo mais suscetível a risco de acidentes. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Quando você dirige seu carro na estrada, é bastante provável que, em algum momento, você ouça música. Mas um estudo publicado na Biblioteca Nacional de Medicina sugeriu que isso também pode ser um fator de risco, especialmente para motoristas mais jovens.A pesquisa foi conduzida com um grupo de condutores e descobriu que, enquanto eles escutavam música no carro, “todos os participantes cometeram pelo menos 3 deficiências de condução; 27 necessitaram de um aviso/ comando verbal e 17 necessitaram de uma intervenção de direção ou travagem para evitar um acidente".Além disso, a música de fundo no carro também levou a "erros de cálculo e imprecisões graves mais frequentes, violações e direção agressiva”. Mas há uma boa notícia, pelo menos: viajar ouvindo a música preferida, segundo o estudo, melhora o humor e o prazer no trajeto. Por isso, dá para escutar, mas é preciso só reforçar o cuidado.

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4 riscos que você (e outros) pode estar correndo em uma viagem de carro

Em 1940, o Código Penal brasileiro era modificado para descriminalizar o aborto provocado em casos de estupro. Em 2024, há a possibilidade que essa situação retroceda.

O Congresso brasileiro está em vias de avaliar o chamado "<a href="https://www.tecmundo.com.br/seguranca/275527-policia-reino-unido-investiga-primeiro-caso-estupro-virtual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">PL do Estupro</a>", um projeto de lei que visa criminalizar mulheres que realizarem aborto após as 22 semanas de gestação. Se isso acontecer, elas correriam o risco de serem acusadas de homicídio.A ideia é restringir mais as possibilidades de aborto legal no país, que é quando a mulher tem direito, por lei, de interromper a gravidez. Atualmente, as condições já são bem reduzidas: isso pode ocorrer em casos de gravidez por estupro, de risco de vida à mulher e de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/49288-4-pessoas-que-nasceram-com-condicoes-superestranhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anencefalia</a> fetal.A questão é que a proposta desse PL ignora certas situações recorrentes no país, como o caso de crianças estupradas, cuja gestação, muitas vezes, só é constatada depois das 22 semanas. Por isso, o projeto sinaliza um retrocesso, uma vez que, há mais de 80 anos, esse tema já entrava em pauta.<h2 tabindex="-1">Como o Brasil descriminalizou o aborto por estupro?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15115829486003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>No Código Penal de 1940, o aborto em caso de estupro foi descriminalizado pela primeira vez. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Esta história se iniciou durante o Estado Novo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121169-getulio-vargas-a-vida-do-polemico-presidente-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Getúlio Vargas</a>, com o projeto do Código Penal de 1940. Na época, juristas foram convocados para atualizar a lista de leis do país, tendo como espelho as legislações europeias da época. "A maior influência veio das leis italianas criadas durante o regime fascista de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120077-as-atrocidades-cometidas-por-mussolini-nao-conheceram-limites.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Benito Mussolini</a>, que já previam a exceção do aborto em caso de estupro", explicou o professor Sérgio Salomão Schecaira, professor de Direito Penal da USP, em entrevista à BBC.Estabeleceu-se então no código penas de 1 a 3 anos para a mulher que provoca o aborto em si mesma ou permite que outra pessoa o faça. Já quem realiza um aborto em uma gestante pode pegar até 20 anos de prisão, caso ela morra. Só poderia escapar dessa condenação em duas situações: o aborto ser necessário ou no caso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107842-como-a-biblia-influencia-a-cultura-do-estupro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estupro</a>.De acordo com a professora Maria Cristina Carmignani, que leciona História do Direito da USP, a exceção posta em lei aos casos de aborto refletia o contexto de sua época, e tinha pouco a ver com o direito da mulher ao próprio corpo. " Não era exatamente (para proteger) a honra da mulher, que era vista como a filha, irmã ou mulher de um homem. Era para proteger a honra destes homens. Se uma mulher fosse deflorada, isso manchava a honra da família toda", declarou à BBC.Antes dessa "evolução", o aborto havia sido expressamente criminalizado no Código Penal de 1830, criado no período imperial. Uma pessoa que ajudasse uma gestante a abortar poderia pegar até 5 anos de prisão, pena que era duplicada caso isso ocorresse sem consentimento.O mais curioso desse momento histórico é que a mulher que abortava não era então considerada uma criminosa. "Isso foi fruto do espírito liberal da época. Não se punia a mulher que fizesse um aborto, porque ela não estava fazendo mal a outra pessoa", complementa Carmignani. Ou seja, caso se expusesse a um aborto, ela estaria assumindo os riscos contra a própria vida.<h2 dir="ltr">A criminalização da mulher e a "honra" da família</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15115736369001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A única mudança na lei desde 1940 foi a inclusão da exceção por casos de anencefalia. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A mulher passou a ser vista como alguém passível a ser punida pelo aborto a partir do Código Penal de 1890, reformado após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120375-3-curiosidades-que-voce-nao-sabe-sobre-a-proclamacao-da-republica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Proclamação da República</a>. Ela passou a ficar suscetível a penas de 6 meses a 5 anos de prisão, mas poderia ter sua condenação abrandada caso o aborto tivesse sido feito para "ocultar a desonra própria".O atenuante da defesa da honra caiu no Código Penal de 1940, quando foi criada uma exceção aos casos de gravidez decorrente de um estupro. "Com o desenvolvimento da Ciência e da Medicina, passou a predominar a questão em torno da proteção da vida. Mas ainda era preciso ter no código um atenuante que substituísse a honra, que ressurge sob a ótica da violência", explica Maria Cristina Carmignani.O mais chocante aqui é que o estupro não era visto exatamente como uma violência contra a mulher, mas contra a sua família. Por conta disso, vigorou na lei que, se o estuprador se casasse com a vítima, ele poderia não ser punido – atenuante que só desapareceu no Brasil em 2005.Mudar a lei, contudo, não significava mudar os valores que circulam na cultura. "O conceito de honra se torna anacrônico em uma época em que passam a prevalecer os direitos individuais, porque a honra nunca foi individualizada, mas familiar. Mas ela reaparece no novo código com outro significado", afirma a antropóloga Lia Zanotta Machado, da Universidade de Brasília (UnB).Desde então, só teve uma mudança significativa na lei quanto ao crime do aborto, e ela decorre de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, em 2012, que incluiu a exceção dos casos de feto em anencefalia, um tipo de malformação cerebral que leva o bebê à morte ainda na gestação ou pouco tempo após nascer.&nbsp;De acordo com o professor Sérgio Salomão Schecaira, "todas as reformas penais apresentadas — e não foram poucas — que propunham novas regras para o aborto ficaram paradas. Por pragmatismo, passou-se a não tratar do aborto nestas propostas e a discutir temas menos conflituosos para conseguir avançar de alguma forma".&nbsp;A inserção de uma ideologia religiosa por muitos parlamentares, "sequestrando" a pauta, também tem feito que a questão não avance, e que muitas mulheres que sofreram violência (o que inclui sobretudo a camada mais vulnerável: as crianças), tenham agora a chance de ser ainda mais violadas, caso o PL seja aprovado.

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Há mais de 80 anos, o Brasil descriminalizava o aborto em caso de estupro

Medicamente que contém anticorpos humanos poderia tratar com mais segurança e eficácia as picadas das aranhas viúva negra europeia.

Cientistas da Universidade Técnica de Braunschweig, na Alemanha, desenvolveram um novo tipo de antídoto para picadas de aranhas <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124948-viuva-negra-o-que-acontece-quando-somos-picados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viúva negra</a>. De acordo com os estudos, o medicamento utiliza anticorpos humanos para mitigar os efeitos das toxinas dolorosas dos aracnídeos. O novo tratamento promete ser mais efetivo do que os antídotos existentes, mas ainda precisará de mais testes até estar disponível para pacientes.As viúvas negras europeias são criaturas especialmente perigosas, pois injetam uma perigosa toxina chamada alfa-latrotoxina ao morderem suas vítimas. Essa toxina ataca o sistema nervoso e pode desencadear uma condição chamada latrodectismo, que causa imensas dores no corpo, dores de cabeça e náuseas. Sem tratamento adequado, a condição pode ser fatal.<h2>Criação de um novo antídoto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13182454245015.jpg" alt="Novo antídoto para picadas de viúvas negras europeias é feito com anticorpos humanos. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Novo antídoto para picadas de viúvas negras europeias é feito com anticorpos humanos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Segundo os dados coletados pelos investigadores, indivíduos mordidos por uma viúva negra europeia normalmente recebem analgésicos, como opioides e benzodiazepínicos, para tratar seus sintomas. Além disso, essas pessoas podem receber um antídoto feito com anticorpos extraídos de cavalos injetados com alfa-latrotoxina e desenvolveram imunidade.Uma vez injetados no corpo humano, os anticorpos de cavalo ajudam a fortalecer a resposta imunológica e combater os efeitos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118293-4-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-venenos.htm#:~:text=Defini%C3%A7%C3%A3o%20de%20veneno&amp;text=Venenos%20s%C3%A3o%20qualquer%20tipo%20de,projetados%20em%20laborat%C3%B3rio%20e%20chumbo." rel="noopener noreferrer" target="_blank">veneno</a> no sistema nervoso. Porém, como o antídoto tem origem animal, ele também pode ser reconhecido como um "corpo estranho" pelo nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118774-o-que-e-o-sistema-imunologico-e-como-ele-funciona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema imunológico</a>. Em pequenos casos, isso pode desencadear reações alérgicas potencialmente fatais.Para evitar esses problemas, os pesquisadores procuraram anticorpos humanos gerados em laboratório — todos eles tendo a alfa-latrotoxina como alvo. Como os novos componentes contêm componentes exclusivamente humanos, eles não desencadeariam respostas imunológicas perigosas e, portanto, seriam mais eficientes no combate as mordidas de uma viúva negra.<h2>Expectativa para o futuro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13182551079017.jpg" alt="Novo antídoto pode demorar mais de uma década até ser oficialmente aprovado. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Novo antídoto pode demorar mais de uma década até ser oficialmente aprovado. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Até o momento, o novo antídoto só foi testado em laboratório. Porém, a expectativa dos investigadores é que mais testes poderiam eventualmente fornecer aos pacientes um novo antídoto mais seguro e eficaz. Para esse novo tratamento, os pesquisadores testaram mais de 10 bilhões de anticorpos diferentes em laboratório para determinar se algum deles era capaz de se ligar e neutralizar a alfa-latrotoxina.Ao todo, eles identificaram 45 anticorpos humanos com essa função, sobretudo um chamado MRU44-4-A1 — que mostrou níveis extraordinários de neutralização da toxina. Embora os anticorpos recentemente produzidos pareçam funcionar para a toxina L. tredecimguttatus, encontrada em aranhas na região do Mediterrâneo, a equipe descobriu que apenas dois anticorpos eram eficazes contra o veneno L. mactans, produzido pelas viúvas negras da América do Norte.Por esse e outros motivos, pode levar anos até que o novo antídoto para picadas de viúvas negras chegue ao mercado. Afinal, seriam necessários alguns anos de investigação para testar sua segurança e eficácia em células de animais. Depois, esses resultados precisariam ser replicados em ensaios clínicos com humanos, o que poderia levar mais 10 anos. Sendo assim, por mais animadora que a pesquisa seja, ainda precisamos ter um pouco de paciência.&nbsp;

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Novo antídoto para picadas de viúva negra usa anticorpos humanos e pode ser mais eficaz

A aprovação da "PL do Estupro" pode colocar o Brasil do lado dos países mais restritivos quanto ao aborto.

O Congresso brasileiro está atualmente discutindo um projeto de lei que tem sido chamado popularmente de "PL do Estupro". Trata-se de um projeto que tenta aprovar uma mudança na legislação, acabando com o acesso das mulheres ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124757-aborto-entenda-como-e-uma-gravidez-de-ate-10-semanas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aborto legal</a> quando a gestação passar das 22 semanas.Caso o projeto seja aprovado, mulheres que fizessem aborto nessa condição poderiam ter que responder na justiça por homicídio simples. Ou seja, no caso de elas terem sido estupradas, a pena pode ser maior do que dada ao seu estuprador.O fato é que o Brasil tem já uma legislação bastante restritiva quanto ao direto ao aborto, e só o autoriza em três condições: em casos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123151-6-sinais-de-que-voce-pode-estar-gravida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidez</a> por estupro, de risco de vida à mulher e de anencefalia fetal. Se aprovada, o país pode se equiparar a outros países que possuem legislação semelhante.<h2>A atual situação nos Estados Unidos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15164012618011.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Estados Unidos retrocedeu sua legislação quanto ao aborto em 2022. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 2022, nove juízes do Supremo Tribunal dos Estados Unidos votaram para reverter a decisão <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125226-mifepristona-a-polemica-sobre-a-pilula-do-aborto-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roe vs. Wade</a>, de 1973, que era vista como a mais importante no direito ao aborto e do direito das mulheres sobre os seus corpos. Isso passou a dar liberdade aos estados para que mudassem suas leis quanto ao aborto.Dos estados americanos que mais impõem restrições à interrupção da gravidez, há 14 que proíbem o procedimento em todos os casos ou com poucas exceções: Alabama, Arkansas, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Idaho, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Missouri, Oklahoma, Tennessee, Texas, West Virginia e Wisconsin.<h2>O caso da Irlanda e da Polônia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15164039384013.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Irlanda e Polônia sofreram reveses na sua legislação quanto ao direito ao aborto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Irlanda está entre os países que, até 2013, tinha uma das legislações mais rigorosas do mundo contra o aborto. Uma mulher que engravidasse ao se tornar vítima de estupro ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/polemica/89249-tudo-em-familia-conheca-5-casos-famosos-de-incesto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incesto</a>, por exemplo, poderia pegar até 14 anos de prisão caso abortasse.Um começo de mudança se deu por conta da comoção popular ocorrida pela morte de Savita Halappanavar, uma dentista de origem indiana, residente na Irlanda, que morreu de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113206-sepse-tem-relacao-em-uma-a-cada-cinco-mortes-no-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sepse</a> depois que seu pedido de aborto foi negado por motivos legais. Caso sua gestação tivesse sido interrompida, ela poderia ter sido salva.Na Polônia, uma lei foi introduzida em 2021 que provoca uma proibição quase completa do aborto, que passou a ser permitido apenas para casos de anomalias fetais graves e irreversíveis. Isso levou à ocorrência de manifestações em massa na Polônia em novembro de 2021, depois que uma mulher aos 22 anos morreu por não ter direito a um procedimento que salvaria a sua vida.<h2>Outros países altamente restritivos quanto ao acesso ao aborto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15163916592005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Há 24 países no mundo que restringem totalmente o aborto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>De acordo com o mapa do Centro para os Direitos Reprodutivos, que é uma organização global de defesa jurídica, há 24 países no mundo onde o aborto é completamente proibido. Eles incluem Andorra e Malta, na Europa, e Chile, República Dominicana, El Salvador e Nicarágua, na América Latina.&nbsp;Já no Oriente Médio, todos os países autorizam o aborto caso a vida da mãe esteja em perigo. O Afeganistão – um país que pratica a violação dos direitos das mulheres pelo governo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119659-afeganistao-a-vida-a-partir-de-agora-com-o-controle-do-taliba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Talibã</a> – promove penas variadas à mulher que provocar o aborto, que podem chegar a sete anos de prisão.<h2>O caso da Indonésia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15163855932003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Na Indonésia, uma mulher pode pegar 12 anos de prisão caso faça um aborto. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Indonésia também é conhecida pela rigidez na criminalização do aborto, podendo condenar uma mulher a até quatro anos de prisão, caso ela não esteja entre as exceções legais. Quem pratica o aborto em uma mulher grávida pode receber até 12 anos de pena, no caso de haver agravantes.As leis da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124234-sidoarjo-conheca-o-vulcao-que-expele-lama-na-indonesia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indonésia</a> permitem a realização do aborto para salvar a vida da mulher, caso ela esteja em risco. Entretanto, no caso de estupro ou na inviabilidade fetal, mas sem colocar a mulher em risco, é necessário pedir a autorização do cônjuge para realizar o procedimento.<h2>A situação do Brasil</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15163827339001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Nos últimos anos, o Brasil sinalizo a retrocessos no direito ao aborto legal. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A legislação brasileira considera que o aborto é ilegal, exceto quando envolve três situações: ocorrida em casos de estupro, por causar riscos para a vida da mãe ou quando o feto tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/49288-4-pessoas-que-nasceram-com-condicoes-superestranhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anencefalia</a> (essa última situação foi incluída na legislação em 2012, por conta de uma decisão do Supremo Tribunal Federal).Nessas situações, a mulher tem direito ao aborto legal. Para isso, ela precisa passar por uma avaliação feita por um médico e por pelo menos três outros especialistas clínicos. Entretanto, os últimos anos de governo de extrema direita no país trouxeram episódios que expuseram a intenção de restringir esse direito, como um regulamento do Ministério da Saúde que exigia que os profissionais médicos recolhessem provas e denunciassem à polícia qualquer pessoa que pretenda a interrupção legal de uma gravidez após um estupro.O PL que está sob análise pode ter ainda mais efeitos nocivos, uma vez que há pessoas vulneráveis, como as crianças, que nem sabem que foram estupradas ou só têm a gestação constatada após as 22 semanas. Por isso, caso aprovada, a lei deverá jogar o Brasil entre as nações mais atrasadas neste direito das mulheres.

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Polônia, Indonésia e... Brasil? Quais países do mundo proíbem qualquer tipo aborto?

Rei Viserys, de House of the Dragon, sofre com hanseníase na série, mas nem tudo que o programa mostrou sobre a doença estava correto.

Interpretado pelo ator britânico Paddy Considine, o Rei Viserys de <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/254053-house-of-the-dragon-teorias-loucas-serie.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">House of the Dragon</a> começou a desenvolver, na primeira temporada, uma doença misteriosa que, aos poucos, foi desfigurando sua face. Em uma entrevista ao podcast da Entertainment Weekly, o ator confirmou que se tratava de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127466-a-dolorosa-historia-das-pessoas-com-lepra-no-brasil-do-seculo-xx.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma forma de hanseníase</a>.Anteriormente chamada de lepra, a enfermidade teve seu nome modificado oficialmente no Brasil para hanseníase em 1976, de modo a diminuir o estigma e o preconceito com a doença. Ela não é altamente contagiosa, pode afetar qualquer pessoa e evolui lentamente, como mostrado no seriado. Mas, se o personagem fez as pessoas tornarem a falar a respeito da doença, também escorregou na representação dela.<h2>1. Pessoas com hanseníase não ficam assustadoramente desfiguradas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/05/05151020118225.jpeg" alt="Enfermos podiam acabar com pequenas desfigurações, mas não se tornavam monstros. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Enfermos podiam acabar com pequenas desfigurações, mas não se tornavam assustadores. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na primeira temporada de House of the Dragon, um dos detalhes que mais chamam a atenção do espectador é como o Rei Viserys vai, aos poucos, assumindo uma feição meio assustadora por conta da hanseníase. Porém, ainda que desfigurações realmente possam ocorrer, elas não conferem a um enfermo esse ar de monstruosidade, nem mesmo em tempos remotos.Globos oculares expostos e propensos a queda e buracos nas bochechas são improváveis, e fazem mais parte da licença criativa do grupo de roteiristas da série. Todavia, é importante pontuar que, ainda que pouco usual, a doença pode levar o indivíduo acometido a ter perda de sensibilidade ocular, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127108-como-as-telas-prejudicam-a-saude-dos-nossos-olhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">redução da lubrificação dos olhos</a> e, por fim, cegueira.Segundo estimativas da The Leprosy Mission, organização internacional focada na busca da cura da doença, um em cada cinco casos graves de hanseníase resulta em danos oculares que ameaçam a visão.<h2>2. Os sintomas do Rei Viserys não foram os comuns a pessoas com hanseníase</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/05/05150358326220.png" alt="Irmã Maria do Sagrado Coração exerceu a medicina na ïndia, onde cuidou de pacientes com hanseníase. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Irmã Maria do Sagrado Coração exerceu a medicina na Índia, onde cuidou de pacientes com hanseníase. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na série da HBO, Viserys não apresentou os sintomas mais comuns para hanseníase. Era de se esperar que, ao não tratar a enfermidade, suas mãos, pés e olhos sofressem danos, mas essas partes de seu corpo passaram quase ilesas.A <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271361-bacterias-superpoderosas-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactéria</a> Mycobacterium leprae, causadora da doença, tende a se instalar principalmente em joelhos e cotovelos, o que leva que mãos e pés sejam afetados. Era de se esperar, pelo que foi apresentado no programa, que o rei tivesse sérios danos nos nervos dos dedos, ou a perda da musculatura do pé, levando que ele ficasse caído e se arrastasse no chão.<h2>3. As famílias de doentes não acompanhavam os enfermos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/05/05150803999222.jpeg" alt="Quando a doença era diagnosticada, a família costumava se afastar com medo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Quando a doença era diagnosticada, a família costumava se afastar com medo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Faz parte do enredo comovente de House of the Dragon a família do Rei Viserys aparecer o apoiando quando descobre que ele está adoecendo. Entretanto, é parte da realidade triste de pessoas com hanseníase, tanto antigamente como nos dias atuais, que o estigma que acompanha a doença leve à rejeição de seus familiares.<h2>4. Indivíduos com hanseníase costumam desenvolver problemas de saúde mental</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/05/05150619800221.jpeg" alt="Hanseníase afeta a saúde mental, agravada pelo distanciamento de familiares. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Hanseníase afeta a saúde mental, agravada pelo distanciamento de familiares. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Outro aspecto sobre a hanseníase abordado de maneira equivocada na série envolve os problemas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124189-8-formas-praticas-e-peculiares-para-cuidar-da-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saúde mental</a> dos doentes. O estigma e os problemas decorrentes da enfermidade, que podem incluir incapacidades de longo prazo e dor crônica, somados à perda do apoio e da presença de amigos e familiares, pode causar graves problemas ao bem-estar psicológico dos pacientes.De acordo com estimativas da The Leprosy Mission, cerca de 50% dos afetados pela hanseníase têm <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/taxas-de-suicidio-podem-ser-diminuidas-com-reducao-da-poluicao-do-ar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pensamentos suicidas</a> em algum momento de suas vidas. Pode até ser que os produtores de House of the Dragon tenham imaginado algo do gênero para o Rei Viserys. No entanto, na tela, ele não foi retratado enfrentando essa situação.Nem todos os pacientes com hanseníase desenvolvem problemas de saúde mental, mas especialistas apontam que esta é uma característica relativamente comum e que seria de se esperar que isso aparecesse no personagem.

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4 fatos sobre hanseníase que House of the Dragon nos ensinou errado

Entenda como as ondas de calor afetam nosso corpo e quais pessoas correm maior risco com as altas temperaturas.

À medida que as ondas de calor se tornam uma ocorrência cada vez mais comum, surge uma crescente preocupação em relação aos seus impactos na saúde humana. Afinal, o aumento das temperaturas, muitas vezes associado às <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127091-nacoes-em-risco-5-paises-vulneraveis-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>, eleva o risco de uma série de complicações médicas.Nesse contexto, é preciso identificar os grupos mais vulneráveis e implementar estratégias eficazes de proteção para preservar o bem-estar durante esses episódios climáticos desafiadores.<h2>Efeitos do calor no organismo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09190602080018.jpg" alt="À medida que esquenta, nosso corpo precisa se esforçar mais para manter a temperatura interna. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>À medida que esquenta, nosso corpo precisa se esforçar mais para manter a temperatura interna. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As altas temperaturas desencadeiam uma série de adaptações fisiológicas no corpo humano. Quando expostos ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127223-quao-perigoso-e-o-calor-extremo-para-os-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calor extremo</a>, os mecanismos de regulação térmica do corpo entram em ação. Isso inclui a dilatação dos vasos sanguíneos periféricos para liberar calor para o ambiente e o aumento da sudorese para evaporar o calor da pele.No entanto, em temperaturas muito elevadas, o sistema de resfriamento pode se tornar ineficaz, levando a um superaquecimento corporal. Isso pode resultar em desidratação, aumento da frequência cardíaca, pressão arterial baixa e até mesmo insolação, com sintomas que vão desde tontura e náusea até confusão mental e convulsões.<h2>Grupos vulneráveis e medidas de prevenção</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09190957454020.jpg" alt="Alguns grupos são mais afetados pelas ondas de calor. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Profissionais que trabalham ao ar livre fazem parte dos grupos mais afetados pelas ondas de calor. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Alguns <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128703-ondas-de-calor-impactam-mais-idosos-mulheres-e-pessoas-pretas-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grupos</a> são mais vulneráveis aos efeitos adversos causados pelo calor extremo. Idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas, gestantes e trabalhadores ao ar livre estão entre os mais afetados. Condições pré-existentes, como doenças cardíacas e diabetes, também aumentam o risco de complicações relacionadas ao calor. Além disso, o uso de medicamentos como diuréticos e anti-hipertensivos podem agravar os efeitos do calor, aumentando o risco de desidratação e quedas na pressão arterial.Para se proteger durante as ondas de calor, é essencial adotar medidas preventivas. Isso inclui manter-se hidratado, evitar a exposição direta ao sol durante as horas mais quentes do dia, procurar locais frescos ou com ar condicionado, usar roupas leves e soltas, e tomar banhos frios para reduzir a temperatura corporal.É importante também ficar atento aos sinais de alerta de exaustão pelo calor e buscar ajuda médica se necessário. Além disso, a conscientização sobre as mudanças climáticas e a adoção de medidas de mitigação são fundamentais para enfrentar os desafios do calor extremo no futuro.As ondas de calor representam um desafio significativo para a saúde pública, e sua frequência e intensidade tendem a aumentar com as mudanças climáticas. Proteger-se do calor extremo requer não apenas ações individuais, como hidratação adequada e busca por locais frescos, mas também esforços coletivos para mitigar os impactos das mudanças climáticas. A educação pública e a implementação de políticas de adaptação são essenciais para proteger as comunidades vulneráveis e garantir a segurança de todos durante os períodos de calor intenso.

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