Imagem de Os 6 planetas mais extremos que já foram descobertos no megacurioso

Conheça o mais novo, o mais velho, o mais frio, o mais quente, o maior e o menor de todos os planetas conhecidos até hoje

<h2>1. O mais quente</h2>
A temperatura de um planeta depende diretamente de dois fatores: a intensidade e a dist&acirc;ncia de sua estrela. No Sistema Solar, Merc&uacute;rio &eacute; um dos mais quentes, justamente por ser o mais pr&oacute;ximo do Sol. Ele tem uma temperatura m&eacute;dia de 430 &deg;C, enquanto o Sol alcan&ccedil;a 5,5 mil &deg;C. Merc&uacute;rio perde apenas para V&ecirc;nus, que registra 461&nbsp;&deg;C principalmente por conta do efeito estufa.
Por&eacute;m, isso n&atilde;o est&aacute; nem perto do planeta mais quente descoberto: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/102802-infernal-astronomos-detectam-o-planeta-mais-quente-de-que-se-tem-noticia.htm" target="_blank" title="Infernal! Astr&ocirc;nomos detectam o planeta mais quente de que se tem not&iacute;cia">KELT-9b</a>, que circunda a estrela HD 195689, alcan&ccedil;a impressionantes 4,3 mil &deg;C! Essa temperatura chega a ser mais alta do que a de algumas estrelas com massa menor do que a do Sol, por exemplo. Por ser extremamente quente, ele &eacute; um planeta gasoso tipo J&uacute;piter, j&aacute; que suas mol&eacute;culas est&atilde;o em constante ebuli&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/14/14150859998102.jpg" />A estrela KELT-9 (esq.) e seu planetinha KELT-9b
<h2>2. O mais frio</h2>
O OGLE-2005-BLG-390Lb, &agrave;s vezes chamado de Hoth, em homenagem ao planeta gelado de Star Wars, &eacute; o mais frio j&aacute; detectado at&eacute; hoje: ele atinge -223 &deg;C, apenas 50 graus acima do chamado zero absoluto. E ele nem &eacute; t&atilde;o distante assim de sua estrela &ndash; ficaria entre Marte e J&uacute;piter, por exemplo &ndash;, mas acontece que esta se trata de uma an&atilde;-vermelha, uma das que t&ecirc;m as menores temperaturas conhecidas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/14/14151119027103.jpg" />Exist&ecirc;ncia de vida no planeta mais gelado do Universo &eacute; bastante improv&aacute;vel
<h2>3. O maior</h2>
J&uacute;piter &eacute; o planeta com o maior raio do Sistema Solar: ele possui mais de 71 mil km, o equivalente a 11 vezes o da Terra. J&aacute; em termos de massa, caberiam 2 mil de nosso planeta dentro de J&uacute;piter. Ele &eacute; t&atilde;o grande que equivale a 2,5 vezes o total de massa de todos os outros planetas do Sistema Solar reunidos!
Mas J&uacute;piter &eacute; fichinha perto do planeta chamado DENIS-P J082303.1-491201 b: esse gigante tem 28,5 vezes a massa do maior planeta do Sistema Solar, levando alguns cientistas a considerarem que ele se trata, na verdade, de uma estrela an&atilde;-marrom.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/14/14151345447105.jpg" />Massa 28,5 vezes maior do que a de J&uacute;piter
<h2>4. O menor</h2>
Com um tamanho pouco maior do que a Lua, o planeta Kepler-37b &eacute; o menor que se tem conhecimento at&eacute; hoje. Ele foi descoberto em 2013 e fica localizado a 210 anos-luz da Terra. Esse planetinha tem uma temperatura semelhante &agrave; de Merc&uacute;rio, j&aacute; que orbita muito pr&oacute;ximo de sua estrela, a Kepler-37.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/14/14151448056108.jpg" />Comparativo entre a Lua e o Kepler-37b
<h2>5. O mais velho</h2>
Acredita-se que o Universo possua 13,8 bilh&otilde;es de anos. Cerca de 1,1 bilh&atilde;o de anos depois de seu surgimento foi a vez de o planeta mais velho aparecer: o PSR B1620-26 b &eacute; um gigante gasoso, com 2,5 vezes a massa de J&uacute;piter e uma idade estimada de 12,7 bilh&otilde;es de anos. Por ser muito antigo, &eacute; bastante prov&aacute;vel que n&atilde;o tenha elementos como carbono e oxig&ecirc;nio. Curiosamente, esse av&ocirc; de todos os planetas &eacute; mais velho inclusive do que as duas estrelas que ele orbita: uma de n&ecirc;utrons e uma an&atilde;-branca.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/14/14151641914128.jpg" />Matusal&eacute;m dos planetas tem quase 3 vezes a idade da Terra
<h2>6. O mais novo</h2>
Com apenas 2 milh&otilde;es de anos, o planeta V830 Tauri b &eacute; o mais recente do Universo. Ele ainda est&aacute; em processo de forma&ccedil;&atilde;o, colidindo com asteroides e outros corpos celestes. Sua estrela tem a mesma massa do Sol, mas o dobro do raio, ou seja, ainda n&atilde;o se contraiu at&eacute; a sua forma final. Esse sistema est&aacute; localizado a 427 anos-luz da Terra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/14/14152030739131.jpg" />"Planeta-beb&ecirc;" foi descoberto em 2013
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Os 6 planetas mais extremos que já foram descobertos

Imagem de Calor dos infernos: qual a maior temperatura possível no Universo? no megacurioso

Alguns físicos acreditam que, se conseguíssemos superar a maior temperatura possível, acabaríamos criando um buraco negro de energia

Acredita-se que a temperatura mais quente j&aacute; registrada no Universo aconteceu uma fra&ccedil;&atilde;o de segundo ap&oacute;s o Big Bang. Nesse tempo min&uacute;sculo, chamado de tempo de Planck, a temperatura chegou a incr&iacute;veis 141 x 1030 &deg;C. O valor &eacute; extremamente exorbitante, principalmente se pensarmos que o pr&oacute;prio Sol tem &ldquo;apenas&rdquo; 6 mil graus Celsius na sua superf&iacute;cie!
O Sol &eacute; fichinha at&eacute; mesmo perto de outras estrelas maiores do que ele. A WR104 possui uma massa 25 vezes maior do que a do Sol e, quando &ldquo;morrer&rdquo;, vai liberar uma energia gigantesca &ndash; algo que o Sol n&atilde;o conseguiria &ldquo;acumular&rdquo; mesmo durante toda a sua exist&ecirc;ncia. &Eacute; mole? Na Terra, a temperatura &ldquo;natural&rdquo; mais alta &eacute; a da lava de um vulc&atilde;o, que chega a 1090 &deg;C. Entretanto, usando colisores de part&iacute;culas, os cientistas j&aacute; conseguiram registrar 1 x 1018 &deg;C &ndash; sim, mais quente do que o Sol!
Outra curiosidade: a temperatura de Planck (141 x 1030 &deg;C) registra tamb&eacute;m a dist&acirc;ncia de Planck, que &eacute; o menor comprimento poss&iacute;vel de onda (161 x 10-26&nbsp;nan&ocirc;metros) e a menor dist&acirc;ncia poss&iacute;vel em nosso Universo. Se essa temperatura pudesser ser ainda mais elevada, n&atilde;o se sabe o que pode acontecer &ndash; inclusive se acredita que surgiria um Kugelblitz, que &eacute; o buraco negro formado a partir da energia.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/13/13181111387330.gif" width="634" height="474" />Estima-se que a maior temperatura do Universo seja 141 x 10&sup3;&deg; &deg;C
<h2>O outro lado</h2>
J&aacute; o zero absoluto &eacute; mais conhecido: ele fica a -273,15 &deg;C. Resumidamente, &eacute; a essa temperatura que a mat&eacute;ria praticamente para de se mover. Por&eacute;m, ela n&atilde;o para em definitivo: trata-se apenas de um movimento molecular t&atilde;o m&iacute;nimo que n&atilde;o produz nenhum calorzinho sequer.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/13/13181312481332.gif" width="633" height="302" />The winter is coming
***
*Publicado em 13/04/2016

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Calor dos infernos: qual é a maior temperatura possível no Universo?

Imagem de Afinal, o que é a realidade? Ela existe ou foi criada por nós, humanos? no site Mega Curioso

Essa é uma grande questão filosófica, científica, clínica e física; entenda um pouco mais sobre o assunto

Sem pensar muito, defina o termo &ldquo;realidade&rdquo;, para voc&ecirc; mesmo, de uma maneira simples. O que &eacute; real? Alguns cientistas por a&iacute; defendem a ideia de que nossa forma de ver o mundo deturpa os conceitos do que &eacute; real e do que n&atilde;o &eacute; &ndash; uma coisa meio &ldquo;Matrix&rdquo;, talvez.
O ator Morgan Freeman apresentou, recentemente, um programa a respeito das teorias que fundamentam as quest&otilde;es do buraco da minhoca, express&atilde;o usada pela F&iacute;sica para tratar de relatividades que podem ser aplicadas quando o assunto &eacute; tempo e/ou espa&ccedil;o. Freeman questiona, durante um momento de sua apresenta&ccedil;&atilde;o, o que &eacute; real. E completa: &ldquo;Como podemos ter certeza de que o Universo &agrave; nossa volta realmente existe? E como n&oacute;s podemos saber que o mundo que vemos corresponde ao que qualquer outra pessoa v&ecirc;?&rdquo;.
A quest&atilde;o &eacute; que nossos sentidos e, consequentemente, nossas percep&ccedil;&otilde;es, s&atilde;o falhos. O que voc&ecirc; v&ecirc; &eacute;, na verdade, um produto criado por seu c&eacute;rebro, que filtra infinitas informa&ccedil;&otilde;es, a todo momento, para que voc&ecirc; construa uma vis&atilde;o de mundo &uacute;til. Esse tipo de filtra&ccedil;&atilde;o &eacute; importante para que consigamos selecionar todas as informa&ccedil;&otilde;es de que dispomos e nos ater ao que &eacute; mais importante.
<h2>Ilus&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/6057615424121153.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://www.kapra.org/xe/freeboard/1184" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Kapra</a>
O problema &eacute; que essa filtragem pode nos enganar tamb&eacute;m, como acontece quando assistimos &agrave; apresenta&ccedil;&atilde;o de um m&aacute;gico. E os bons ilusionistas sabem disso e usam esses conceitos para criar boas performances. O psic&oacute;logo Lawrence Rosenblum, da Universidade da Calif&oacute;rnia, que tamb&eacute;m pratica truques de m&aacute;gica, acredita que, embora tenhamos essa capacidade de nos enganar com frequ&ecirc;ncia, &eacute; errado dizer que tudo o que consideramos como realidade seja constru&iacute;do por nosso c&eacute;rebro.
Freeman diz, em certo momento de sua apresenta&ccedil;&atilde;o, que &ldquo;n&oacute;s todos somos partes de uma comunidade feita de mentes&rdquo; e, embora a afirma&ccedil;&atilde;o possa soar meio &oacute;bvia, parece importante para essa discuss&atilde;o acerca do que &eacute; e do que n&atilde;o &eacute; real. Se pensarmos que todas as mentes &ndash; em um mundo com 7 bilh&otilde;es de pessoas &ndash; funcionam de maneira diferente, &eacute; l&oacute;gico que os conceitos de realidade s&atilde;o diferentes tamb&eacute;m.
Voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar, por exemplo, no poder concedido ao dinheiro? Dinheiro &eacute; papel, mas &eacute; um papel cujo valor &eacute; estipulado por n&oacute;s, humanos, e isso fez com que diferentes sociedades, ao redor do mundo, fossem criadas acostumadas a atribuir valores bizarros &agrave;queles peda&ccedil;os de papel que, se n&atilde;o fosse pelo poder que damos a eles, de nada valeriam. O dinheiro em si, portanto, de acordo com as afirma&ccedil;&otilde;es de Freeman, &eacute; uma fic&ccedil;&atilde;o, pois possui um valor criado por n&oacute;s &ndash; ao contr&aacute;rio de uma ma&ccedil;&atilde;, por exemplo, que &eacute; uma ma&ccedil;&atilde;, serve para alimentar, possui propriedades nutricionais sem que nada disso fosse determinado por uma mente humana.
<h2>Otimismo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/6057615424121221.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://www.sebraepr.com.br/PortalInternet/Noticia/ci.Pesquisador-de-Harvard-diz:-o-otimismo-%C3%A9-o-maior-indicador-de-sucesso-empresarial.print" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Sebraepr</a>
Freeman aponta tamb&eacute;m como ilus&atilde;o o otimismo, j&aacute; que, de acordo com estudos feitos pela neurocientista Tali Sharot, da Universidade de Londres, as pessoas costumam subestimar a probabilidade de que coisas ruins podem acontecer. Em contrapartida, superestimam a probabilidade da ocorr&ecirc;ncia de eventos positivos.
Sharot observou o trabalho cerebral de um volunt&aacute;rio, a fim de escanear as suas rea&ccedil;&otilde;es diante de uma quest&atilde;o hipot&eacute;tica. Nesse caso, foi pedido ao volunt&aacute;rio que pensasse nas chances de ele vir a ter c&acirc;ncer de pulm&atilde;o. Ap&oacute;s receber as reais probabilidades de que isso venha a acontecer, os lobos frontais do c&eacute;rebro do homem se manifestaram de maneira completamente diferente, como que em alerta. Quando a resposta &eacute; mais positiva do que se imagina, por&eacute;m, o c&eacute;rebro trabalha melhor.
Segundo Sharot, isso prova o quanto n&oacute;s, humanos, somos propensos ao otimismo, e isso pode estar relacionado ao fato de que o otimismo faz nosso c&eacute;rebro ter melhor desenvoltura. Tanto &eacute; assim que a Ci&ecirc;ncia j&aacute; sabe, por exemplo, que pessoas otimistas tendem a viver mais, ter uma sa&uacute;de melhor e, consequentemente, uma vida melhor. A quest&atilde;o &eacute;: o otimismo, por si s&oacute;, &eacute; positivo, mas ele &eacute; uma ferramenta de ilus&atilde;o criada por nosso c&eacute;rebro para nos deixar melhor.
Ser realista em alguns casos, contudo, &eacute; importante. Se algu&eacute;m bebe todos os dias e acha que n&atilde;o pode ser um alcoolista, essa pessoa est&aacute;, na verdade, fugindo da realidade. Para tudo &eacute; preciso ter bom senso, at&eacute; para ser otimista.
<h2>F&iacute;sica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/6057615424121251.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://www.picstopin.com/2560/grand-universe-wallpapers-get/http:%7C%7Cwallpapersget*com%7Cwallpapers%7C2012%7C04%7Cgrand-universe-2048x2560*jpg/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Picstopin</a>
Enquanto neurocientistas e psic&oacute;logos explicam a realidade pelo ponto de vista das atividades cerebrais de cada um, a F&iacute;sica tem outra forma de discutir o assunto: a mec&acirc;nica qu&acirc;ntica, aquele campo onde tudo o que h&aacute; de mais bizarro ocorre. Um el&eacute;tron, por exemplo, pode se comportar como uma part&iacute;cula ou uma onda, dependendo de como &eacute; medido. E os cientistas medem tanto a posi&ccedil;&atilde;o de uma part&iacute;cula quanto a sua din&acirc;mica em determinado momento. Nunca, por&eacute;m, se podem medir as duas coisas ao mesmo tempo.
O f&iacute;sico David Tong, da Universidade de Cambridge, diz que a F&iacute;sica Qu&acirc;ntica &eacute; a melhor teoria j&aacute; desenvolvida. Outro f&iacute;sico, Steven Nahn, acredita que a realidade &eacute; uma coisa real (&eacute; estranho, mas &eacute; isso mesmo), mas, segundo ele, isso n&atilde;o significa que n&oacute;s, meros humanos, conseguimos entender o que &eacute;, de fato, a realidade.
&Eacute; poss&iacute;vel, ainda, que o Universo tenha dimens&otilde;es desconhecidas por n&oacute;s, onde existam for&ccedil;as universais bem diferentes daquelas com as quais estamos habituados. O Universo pode ser, tamb&eacute;m, uma esp&eacute;cie de holograma, quando a quantidade de informa&ccedil;&atilde;o que determinado espa&ccedil;o pode conter &eacute; proporcional &agrave; &aacute;rea da superf&iacute;cie desse espa&ccedil;o. Isso sem falar na hip&oacute;tese de que o mundo tridimensional &eacute; apenas uma ilus&atilde;o e que, na verdade, o mundo seria bidimensional, apenas. Coisas da F&iacute;sica. E a&iacute;, depois de todas essas suposi&ccedil;&otilde;es sobre a realidade, o que voc&ecirc; acha de tudo isso?&nbsp;
*Publicado originalmente em 24/7/2013.

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Afinal, o que é a realidade? Ela existe ou foi criada por nós, humanos?

Imagem de Você já imaginou como seria sobrevoar Marte? no megacurioso

Cineasta analisou, selecionou e compilou dados de imagens 3D em alta resolução obtidas pela câmera HiRISE, da NASA

N&atilde;o h&aacute; d&uacute;vidas de que Marte povoa o imagin&aacute;rio humano; s&atilde;o in&uacute;meras as pesquisas e os esfor&ccedil;os dedicados a conhecer melhor o Planeta Vermelho. Inclusive, ontem mesmo (21) o presidente norte-americano, Donald Trump, assinou uma lei que financia a miss&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/102173-donald-trump-financia-nasa-e-torna-oficial-a-missao-marte-2033.htm" target="_blank">Marte 2033</a>.&nbsp;
Eis que, h&aacute; cerca de duas semanas, o cineasta finland&ecirc;s Jan Fr&ouml;jdman publicou na plataforma Vimeo um v&iacute;deo incr&iacute;vel, que simula como seria sobrevoar Marte. E como isso foi poss&iacute;vel? Durante tr&ecirc;s meses, ele analisou, selecionou e compilou manualmente dados de 33 mil pontos de refer&ecirc;ncia que aparecem nas imagens 3D em alta resolu&ccedil;&atilde;o obtidas pela c&acirc;mera HiRISE, da NASA.
Com extremo cuidado e apre&ccedil;o pelos detalhes, Jan &ldquo;costurou&rdquo; os registros da topografia e inclusive adicionou cores no processo. O resultado &eacute; t&atilde;o sensacional que parece a mais pura verdade, e n&atilde;o um fruto de edi&ccedil;&atilde;o. Mas o pr&oacute;prio cineasta alerta na descri&ccedil;&atilde;o da publica&ccedil;&atilde;o: &ldquo;Esse filme n&atilde;o &eacute; uma obra cient&iacute;fica. Como um entusiasta, apenas tentei visualizar o planeta &agrave; minha maneira&rdquo;.
Aperte o &ldquo;play&rdquo; e embarque nessa viagem!
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/bTFoaycB8ps" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
E a&iacute;, o que voc&ecirc; achou do v&iacute;deo? Conte para a gente nos coment&aacute;rios!

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Você já imaginou como seria sobrevoar Marte?

Imagem de Evidências apontam que o nosso Universo já foi um holograma no megacurioso

Físicos encontram vestígios de que o cosmos se comportava como uma holografia logo após o Big Bang

Esse papo de que o nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo" target="_blank">Universo</a> possa ser &mdash; ou tenha sido um dia &mdash; um holograma n&atilde;o &eacute; nada novo. Conforme explicamos em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo/40393-simulacoes-sugerem-que-o-universo-e-um-holograma.htm" target="_blank">mat&eacute;ria anterior</a> aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia" target="_blank">Mega Curioso</a>, essa <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo/46844-4-teorias-meio-malucas-mas-que-poderiam-explicar-o-nosso-universo.htm" target="_blank">teoria surgiu</a> no final dos anos 90, quando os f&iacute;sicos Leonard Susskind e Gerard Hooft propuseram que, tecnicamente, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/fisica-e-quimica" target="_blank">Leis da F&iacute;sica</a> como as conhecemos n&atilde;o precisam de tr&ecirc;s dimens&otilde;es (mais o tempo) para funcionar.
Ali&aacute;s, j&aacute; faz algum tempo que os cientistas est&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo/45434-cientistas-pretendem-descobrir-se-vivemos-em-um-holograma-bidimensional.htm" target="_blank">tentando provar</a> essa teoria e, agora, parece que um grupo deles pode ter se deparado com algo bem interessante. Um grupo internacional formado por astrof&iacute;sicos e f&iacute;sicos te&oacute;ricos acredita ter encontrado a primeira evid&ecirc;ncia observacional de que, nos primeiros est&aacute;gios de sua exist&ecirc;ncia, o nosso Universo era um holograma.
<h2>Universo bidimensional</h2>
Por mais estranha que pare&ccedil;a, a teoria do universo hologr&aacute;fico ajuda a explicar algumas inconsist&ecirc;ncias entre a teoria da relatividade e a f&iacute;sica qu&acirc;ntica. Veja, enquanto a relatividade trata de quest&otilde;es na escala de planetas e gal&aacute;xias, a f&iacute;sica qu&acirc;ntica governa quest&otilde;es em escala subat&ocirc;mica.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/03/03175410015357.gif" width="640" height="258" />
No entanto, as duas n&atilde;o conversam muito bem e n&atilde;o conseguem explicar como o Universo como conhecemos &mdash; assim como tudo o que existe nele &mdash; pode ter vindo do &ldquo;nada&rdquo; e expandido exponencialmente logo no in&iacute;cio de sua exist&ecirc;ncia, antes de moderar sua expans&atilde;o at&eacute; alcan&ccedil;ar a velocidade com a qual ele continua se ampliando atualmente.
Em outras palavras, o modelo padr&atilde;o do Big Bang sugere que, quando o Universo surgiu, logo nos primeiros est&aacute;gios, algo fez com que ele sofresse uma violenta expans&atilde;o, e essa &ldquo;infla&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica&rdquo; aconteceu a uma velocidade exponencial com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; da luz.
Entretanto, os cientistas ainda n&atilde;o conseguiram entender o mecanismo que levou algo que tinha dimens&otilde;es subat&ocirc;micas a se transformar em uma coisa substancialmente maior quase instantaneamente. E, de acordo com os f&iacute;sicos, a teoria hologr&aacute;fica ajuda a responder essas quest&otilde;es ao aplicar as leis da F&iacute;sica se pensarmos no Universo como um plano bidimensional.
<h2>Cosmos hologr&aacute;ficos</h2>
Voltando &agrave;s evid&ecirc;ncias, os cientistas se depararam com elas depois de analisar irregularidades na radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica de fundo em micro-ondas, isto &eacute;, ap&oacute;s investigar perturba&ccedil;&otilde;es na radia&ccedil;&atilde;o residual do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo/100802-saiba-que-a-teoria-do-big-bang-foi-proposta-originalmente-por-um-padre.htm" target="_blank">Big Bang</a>.
Os f&iacute;sicos, ent&atilde;o, fizeram uma s&eacute;rie de simula&ccedil;&otilde;es e aplicaram uma variedade de dados e teorias ao modelo, descobrindo que, apenas algumas centenas de milhares de anos ap&oacute;s o Big Bang, quando o Universo ainda era um &ldquo;bebezinho&rdquo;, ele se comportava como um holograma.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/03/03175658973361.jpg" />Esquema criado pelos cientistas mostrando a fase hologr&aacute;fica do Universo
Segundo um dos f&iacute;sicos envolvidos no estudo, a ideia &eacute; semelhante &agrave;quela dos hologramas convencionais nos quais uma imagem tridimensional est&aacute; codificada em uma superf&iacute;cie bidimensional &mdash; tal como acontece com aquelas imagenzinhas hologr&aacute;ficas que existem nos cart&otilde;es de cr&eacute;dito.&nbsp;No caso do nosso Universo, o cosmos inteiro, ou seja, tudo o que vemos, sentimos, ouvimos em tr&ecirc;s dimens&otilde;es &mdash; e at&eacute; a nossa percep&ccedil;&atilde;o da passagem do tempo &mdash;, estaria codificado em um plano bidimensional.
Outra analogia interessante seriam os filmes 3D a que assistimos no cinema. Embora n&atilde;o se trate de um holograma propriamente dito, n&oacute;s percebemos as imagens como tendo altura, largura e profundidade, quando, na verdade, elas se originam a partir de uma telona plana, certo? Pois, no caso do Universo, a diferen&ccedil;a seria que n&oacute;s somos capazes de tocar os objetos, e a proje&ccedil;&atilde;o se torna real a partir do nosso ponto de vista.
<h2>Realidade hologr&aacute;fica?</h2>
Vale destacar que o cosmos hologr&aacute;fico proposto pelos cientistas &eacute; ligeiramente diferente da ideia de holograma que a maioria de n&oacute;s tem em mente &mdash; como aqueles que s&atilde;o retratados em filmes como &ldquo;Star Wars&rdquo; e "Prometheus", por exemplo. Al&eacute;m disso, os f&iacute;sicos explicaram que o Universo n&atilde;o est&aacute; sendo projetado a partir de uma imensa tela plana. A an&aacute;lise dos dados cosmol&oacute;gicos apenas apontou que ele parece ter se comportado como se fosse assim logo que ele surgiu.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/03/03175533580359.gif" width="640" height="270" />
Os f&iacute;sicos esperam que sua pesquisa permita aumentar o nosso conhecimento sobre o Universo em seus est&aacute;gios iniciais de exist&ecirc;ncia. Al&eacute;m disso, considerando que eles realmente estejam certos sobre suas descobertas, e que as evid&ecirc;ncias sejam mesmo s&oacute;lidas, o novo desafio do time &eacute; explicar como aconteceu a transi&ccedil;&atilde;o do Universo de bidimensional para tr&ecirc;s dimens&otilde;es.

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Evidências apontam que o nosso Universo já foi um holograma

Imagem de Você sabia que há muitas razões pelas quais nós não deveríamos existir? no site Mega Curioso

Os físicos afirmam que nós somos apenas uma certa impureza em meio a um universo gigantesco de maravilhas e perfeições

N&oacute;s somos realmente muito sortudos por existir. E n&atilde;o estamos falando de motivos religiosos, sobre o amor ou nenhuma outra discuss&atilde;o filos&oacute;fica em rela&ccedil;&atilde;o ao pensamento e o mundo das ideias plat&ocirc;nico. Era muito improv&aacute;vel que seu pai tivesse conhecido a sua m&atilde;e e depois concebido voc&ecirc; em um momento exato e &uacute;nico. Isso tamb&eacute;m vale para os pais dos seus pais, para os pais deles, e assim por diante, at&eacute; tempos imemori&aacute;veis.
A vida em nosso universo sobrep&otilde;e probabilidades quase infinitas de erro, e isso &eacute; o jeitinho que a ci&ecirc;ncia encontrou de nos fazer sermos gratos por estarmos por a&iacute;. Mas n&atilde;o pense que isso n&atilde;o pode piorar, pois ao passo que aprofundamos um pouco mais a teoria das coisas em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; exist&ecirc;ncia de vida, a situa&ccedil;&atilde;o fica cada vez mais periclitante.
Se o universo tivesse optado por aumentar a for&ccedil;a eletromagn&eacute;tica mesmo em pouqu&iacute;ssimos fatores, pronto: as estrelas n&atilde;o seriam capazes de produzir materiais pesados, muito menos o planeta em que habitamos. Al&eacute;m disso, se o universo tivesse ficado com a densidade um pouquinho maior por apenas alguns minutos, ele teria entrado em colapso mesmo antes de ter a forma que conhecemos hoje.
<h2>Enfim, o qu&atilde;o mais hostil pode ser o Universo quanto &agrave; nossa exist&ecirc;ncia?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/8/materias/6347069683016282.jpg" alt="" width="600" height="302" />Fonte da imagem: <a href="http://www.slate.com/articles/health_and_science/science/2013/08/symmetry_in_the_universe_physics_says_you_shouldn_t_exist.single.html" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Slate</a>
As leis da F&iacute;sica parecem trabalhar contra n&oacute;s. Os f&iacute;sicos gostam de fingir que as equa&ccedil;&otilde;es que regem o Universo s&atilde;o composi&ccedil;&otilde;es ordeiras e elegantes. Na realidade, a hist&oacute;ria da F&iacute;sica se baseia no uso de princ&iacute;pios de simetria aplicados na constru&ccedil;&atilde;o de leis complexas (e muito complicadas) para o comportamento do Universo.
Albert Einstein, por exemplo, foi capaz de formular sua teoria especial da relatividade &mdash; aquela que nos forneceu a rela&ccedil;&atilde;o E = mc&sup2; &mdash; praticamente a partir da simples ideia de que n&atilde;o havia distin&ccedil;&atilde;o a se fazer entre observadores im&oacute;veis e aqueles que estavam em movimento uniforme.
Durante o s&eacute;culo passado, a matem&aacute;tica Emmy Noether foi capaz de provar que a simetria universal funciona com base em princ&iacute;pios f&iacute;sicos. Com isso, se o Universo inteiro funciona com base em simetria, podemos prontamente concluir que os seres humanos s&atilde;o uma esp&eacute;cie de caro&ccedil;o ou impureza, contribuindo para arruinar a beleza de todo o cosmos.
E quem se interessar ainda mais pela quest&atilde;o pode acessar diretamente o artigo do portal Slate, que aponta quatro raz&otilde;es pelas quais n&oacute;s n&atilde;o dever&iacute;amos existir (no idioma ingl&ecirc;s). Enfim, se os humanos n&atilde;o deveriam estar aqui ou se eles deveriam, o que importa &eacute; que estamos. Agora basta aproveitar!

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Você sabia que há muitas razões pelas quais nós não deveríamos existir?

Imagem de 5 questões sem resposta que tiram o sono dos físicos no site Mega Curioso

Não pense que é só você que não sabe dizer de onde viemos, quem somos nós ou para onde é que nós vamos...

A f&iacute;sica &eacute; a ci&ecirc;ncia que tenta explicar os fatores que regem toda a exist&ecirc;ncia, incluindo os mist&eacute;rios mais fundamentais da natureza e tudo mais que existe por alguma raz&atilde;o. Por isso, n&atilde;o &eacute; nem um pouco estranho que os f&iacute;sicos sejam atormentados pelas quest&otilde;es mais b&aacute;sicas&nbsp; em rela&ccedil;&atilde;o ao universo.
Justamente sobre esse assunto, uma revista americana chamada Symmetry Magazine (que, por acaso &eacute; publicada por dois laborat&oacute;rios fundados pelo governo dos Estados Unidos), pediu a um grupo de estudiosos do ramo para listarem as principais quest&otilde;es ainda n&atilde;o respondidas da f&iacute;sica. E os principais questionamentos foram os seguintes:
<h2>Qual ser&aacute; o destino de nosso universo?</h2>
Infelizmente, os f&iacute;sicos ainda n&atilde;o podem dizer se o mundo vai acabar &ldquo;em gelo ou em fogo&rdquo; (como disse poeticamente o autor Robert Frost). A solu&ccedil;&atilde;o para a quest&atilde;o proposta por Steve Wimpenny, da Universidade da California, depende amplamente das informa&ccedil;&otilde;es sobre a chamada energia escura &mdash; que consiste em uma esp&eacute;cie de &ldquo;forma hipot&eacute;tica&rdquo; de energia, que seria respons&aacute;vel pela acelera&ccedil;&atilde;o da expans&atilde;o do universo...
Portanto, ainda n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel chegar a conclus&atilde;o alguma.
<h2>O B&oacute;son de Higgs n&atilde;o faz nenhum sentido. Ent&atilde;o... Por que &eacute; que isso existe?</h2>
A quest&atilde;o proposta pelo f&iacute;sico Richard Ruiz, da Universidade de Pittsburgh, questiona a natureza e a funcionalidade da part&iacute;cula descoberta no ano passado. Se por um lado o B&oacute;son de Higgs ajuda muito a explicar como &eacute; que todas as outras part&iacute;culas t&ecirc;m massa, por outro ele levanta uma s&eacute;rie maior ainda de perguntas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/11/materias/13106471022161329.jpg" alt=" width="600" height="404" />Fonte da imagem: <a href="http://www.baixaki.com.br/www.shutterstock.com" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Shutterstock</a>
Por exemplo, o b&oacute;son de Higgs &eacute; a primeira part&iacute;cula fundamental j&aacute; descoberta dentro do modelo padr&atilde;o, que apresenta o Spin igual a zero. &ldquo;Isso &eacute; um setor inteiramente novo no que diz respeito ao estudo do modelo padr&atilde;o da f&iacute;sica de part&iacute;culas&rdquo;, diz Ruiz.
<h2>Como &eacute; que o universo &eacute; equilibrado a ponto de possibilitar a exist&ecirc;ncia de vida?</h2>
De acordo com as estat&iacute;sticas, n&oacute;s definitivamente n&atilde;o dever&iacute;amos estar aqui. A exist&ecirc;ncia de gal&aacute;xias, planetas, estrelas e at&eacute; mesmo das pessoas s&oacute; &eacute; poss&iacute;vel porque o universo inteiro esteve se expandindo na velocidade perfeita nos &uacute;ltimos milh&otilde;es de anos. Esse movimento de crescimento &eacute; governado pela for&ccedil;a da energia escura disputando com a for&ccedil;a gravitacional proveniente da massa de todo o universo, que &eacute; dominado pela presen&ccedil;a de mat&eacute;ria escura.
Em outro momento, se esses fatos n&atilde;o tivessem ocorrido da exata maneira com que tudo aconteceu, o universo poderia ter se expandido em uma velocidade grande demais para que as gal&aacute;xias e estrelas tivesse se formado ou, quem sabe, tudo simplesmente poderia ter entrado em um grande colapso. E &eacute; justamente essa a indaga&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o deixa o cientista Erik Remberg, do Fermilab (laborat&oacute;rio americano dedicado &agrave; f&iacute;sica avan&ccedil;ada), conseguir dormir.
<h2>De onde v&ecirc;m os neutrinos?</h2>
Teoricamente, prev&ecirc;-se que neutrinos de alt&iacute;ssimo n&iacute;vel de energia sejam resultantes do choque entre part&iacute;culas carregadas energeticamente (chamadas de &ldquo;raios c&oacute;smicos&rdquo;) com part&iacute;culas fot&ocirc;nicas (que emitem luz) nas camadas de radia&ccedil;&atilde;o e micro-ondas que est&atilde;o espalhadas por todo o universo. Mas &ldquo;o que coloca esse processo em movimento&rdquo; e &ldquo;como &eacute; que esses raios c&oacute;smicos s&atilde;o acelerados&rdquo;, s&atilde;o duas quest&otilde;es que simplesmente n&atilde;o possuem respostas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/11/materias/13106471022161410.jpg" alt=" width="600" height="619" />Fonte da imagem: <a href="http://www.baixaki.com.br/www.shutterstock.com" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Shutterstock</a>
&ldquo;N&oacute;s n&atilde;o podemos nem ao menos sondar de onde &eacute; que todas essas coisas saem&rdquo;, diz Abigail Vieregg, do Instituto Kavli de Cosmologia e F&iacute;sica (em Chicago, nos EUA), que tamb&eacute;m foi a realizadora da pergunta.
<h2>Por que o universo &eacute; feito de mat&eacute;ria e n&atilde;o de antimat&eacute;ria?</h2>
Como a pr&oacute;pria etimologia do termo indica, antimat&eacute;ria &eacute; realmente o inverso da mat&eacute;ria, contendo as mesmas propriedades e tudo mais, mas com a diferen&ccedil;a crucial de que ela &eacute; carregada energeticamente. &nbsp;Supostamente, o universo come&ccedil;ou com a mesma quantidade das duas coisas, at&eacute; que (de alguma forma desconhecida) a mat&eacute;ria conseguiu vencer o embate &mdash; mesmo que a maioria das subst&acirc;ncias tenham se aniquilado mutuamente logo ap&oacute;s o Big Bang.
Agora, por que raz&atilde;o a antimat&eacute;ria foi sobrepujada pela sua parte contr&aacute;ria &eacute; a que o cientista da Universidade do Colorado, Alysia Marino, gostaria muito de saber.
E a&iacute;, alguma dessas quest&otilde;es tamb&eacute;m tira o seu sono?

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5 questões sem resposta que tiram o sono dos físicos

Imagem de Você já viu essas assombrações intergalácticas?  no megacurioso

Conheça algumas das coisas “assustadoras” que vivem no espaço

Se, aqui na Terra, h&aacute; quem adore ver formas e assombra&ccedil;&otilde;es onde menos se espera, saiba que tais &ldquo;figuras&rdquo; tamb&eacute;m existem por todo o Universo. Veja uma lista bem curiosa dessas &ldquo;apari&ccedil;&otilde;es&rdquo;:
1.&nbsp;Aqui est&aacute; uma m&atilde;o brilhante, verde como um zumbi, prestes a pegar algo vermelho. Ok, tirando todo esse papo de &ldquo;assombra&ccedil;&atilde;o&rdquo;, esta &eacute; uma nebulosa denominada &ldquo;M&atilde;o de Deus&rdquo;, pela NASA.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/07/07102815558096.jpg" width="600" height="660" />
2.&nbsp;O que dizer desta caveira gritando enquanto &eacute; consumida pelo fogo ardente? Calma, nenhum cr&acirc;nio foi maltratado para esta foto. Trata-se de um aglomerado de gal&aacute;xias conhecido como &ldquo;Perseus Cluster&rdquo;
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/07/07103350678105.jpg" width="600" height="407" />
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/07/07102837151097.jpg" width="600" height="454" />
3.&nbsp;Pobres esp&iacute;ritos aprisionados na poeira do espa&ccedil;o! Eu ficaria triste se n&atilde;o soubesse que eles s&atilde;o parte de uma nuvem de g&aacute;s chamada SH2-136
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/07/07102900463098.jpg" width="600" height="456" />Seria o Vingador, de &ldquo;Caverna do Drag&atilde;o&rdquo;, ali no meio?
4.&nbsp;Como este cr&acirc;nio foi parar no meio do Universo? Apresento-lhes o registro do asteroide 2015 TB145, que passou pela Terra no Halloween do ano passado. Coincid&ecirc;ncia? Eu acho que sim&nbsp;
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/07/07102948165099.jpg" width="600" height="576" />
5.&nbsp;Olhe bem para esta imagem: voc&ecirc; consegue ver uma maligna bruxa de perfil? Pois bem, n&atilde;o por menos ela foi denominada &ldquo;Nebulosa da cabe&ccedil;a de bruxa&rdquo; pela NASA
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/07/07103013962100.jpg" width="600" height="523" />
6.&nbsp;Se voc&ecirc; leu ou viu a obra &ldquo;O Senhor dos An&eacute;is&rdquo;, deve se lembrar do tem&iacute;vel &ldquo;Olho de Sauron&rdquo;. Apesar da semelhan&ccedil;a, ela &eacute; chamada formalmente de &ldquo;Fomalhaut&rdquo;
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/07/07103037227101.jpg" width="600" height="446" />
7.&nbsp;Mesmo que&nbsp;n&oacute;s tenhamos uma imagem bem diferente de como seriam os marcianos &ndash; seres verdes e baixinhos &ndash;, a NASA descobriu este rosto assustador no Planeta Vermelho. Apesar de o registro ser impressionante, a ag&ecirc;ncia espacial assegurou que tudo n&atilde;o passa de uma pilha peculiar de rochas
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/07/07103105711102.jpg" width="600" height="535" />
8.&nbsp;L&aacute; do alto, a cerca de 170 mil anos-luz de dist&acirc;ncia da Terra, dois olhos flamejantes da Nebulosa &ldquo;Cabe&ccedil;a de Fantasma&rdquo; nos observam
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/07/07103137523103.jpg" width="600" height="573" />
9.&nbsp;Calma! Isto n&atilde;o &eacute; uma aranha gigante intergal&aacute;ctica! &Eacute; apenas uma grande nebulosa ou, quem sabe, uma nuvem de g&aacute;s e poeira interestelar&nbsp;
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/07/07103205148104.jpg" width="600" height="518" />

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Você já viu essas assombrações intergalácticas? 

Imagem de Será que o universo poderia ter surgido a partir de um buraco negro? no megacurioso

Nova teoria sugere que o nosso cosmos nasceu da singularidade de um buraco negro

O consenso atual &eacute; de que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo" target="_blank">Universo</a> surgiu a partir do <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=Big+Bang" target="_blank">Big Bang</a>, uma explos&atilde;o que ocorreu h&aacute; cerca de 13,7 bilh&otilde;es de anos e deu origem a tudo o que existe no cosmos. Antes de ele acontecer, os f&iacute;sicos teorizam que tudo se concentrava em um ponto extraordinariamente denso, hiperquente e energ&eacute;tico conhecido como &ldquo;singularidade&rdquo; &mdash; ponto onde algo interessante ocorre: as leis que governam o espa&ccedil;o, o tempo, a mat&eacute;ria e a energia deixam de funcionar!
Mas, e antes da singularidade, o que existia? Afinal, algo deve ter afetado esse estado primordial e desencadeado o nascimento do Universo, certo? Pois, segundo Ethan Siegel, em um artigo publicado pela <a href="http://www.forbes.com/sites/startswithabang/2016/10/20/could-our-universe-have-arisen-from-a-black-hole/#1dc2963674e0" target="_blank">Forbes</a>, apesar de todas as tentativas de responder a essa quest&atilde;o, ningu&eacute;m conseguiu estabelecer o que havia antes daquela singularidade inicial.
<h2>O que sabemos</h2>
O problema com a singularidade &eacute; que n&atilde;o podemos olhar al&eacute;m da que havia antes do Big Bang, mas, de acordo com Ethan, ela ocorre em outra situa&ccedil;&atilde;o no Universo. Isso mesmo, caro leitor, a singularidade existe no interior dos buracos negros &mdash; e um grupo de f&iacute;sicos te&oacute;ricos de uma universidade canadense acredita que as duas singularidades (a que havia quando o cosmos nasceu e a existente nos buracos negros) podem ter muito em comum.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/25/25200205216435.jpg" />A singularidade &eacute; complexa
Segundo Ethan, o que sabemos sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo/100802-saiba-que-a-teoria-do-big-bang-foi-proposta-originalmente-por-um-padre.htm" target="_blank">Big Bang</a> &eacute; que, ap&oacute;s a singularidade, o Universo come&ccedil;ou a se expandir, passando, durante as primeiras fra&ccedil;&otilde;es de segundo depois da grande explos&atilde;o, por um per&iacute;odo de crescimento superacelerado conhecido como infla&ccedil;&atilde;o. J&aacute; com rela&ccedil;&atilde;o aos <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=Buraco+Negro" target="_blank">buracos negros</a>, o que sabemos &eacute; que, no nosso espa&ccedil;o tridimensional, eles formam um limite bidimensional &mdash; de onde n&atilde;o h&aacute; retorno &mdash; chamado horizonte de eventos.
<h2>Desvendando mist&eacute;rios</h2>
Segundo Ethan, a dificuldade que os cientistas encontram com a singularidade &eacute; que, para desvend&aacute;-la, eles precisariam calcular o que ela representa. S&oacute; que, conforme explicamos no in&iacute;cio da mat&eacute;ria, as leis que regem o funcionamento do cosmos v&atilde;o por &aacute;gua abaixo quando aplicadas &agrave; singularidade.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/25/25200242513436.jpg" />Precisar&iacute;amos de uma teoria unificada para desvendar seus mist&eacute;rios
Na verdade, para que os c&aacute;lculos pudessem ser feitos, deveria ocorrer uma unifica&ccedil;&atilde;o entre a <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=Teoria+Geral+da+Relatividade" target="_blank">Teoria Geral da Relatividade</a>, que lida com, digamos, coisas grandalhonas que existem no Universo, como gal&aacute;xias, estrelas, planetas etc., e a <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=Mec%C3%A2nica+Qu%C3%A2ntica" target="_blank">Mec&acirc;nica Qu&acirc;ntica</a>, que foca em coisinhas pequeninas, no n&iacute;vel das part&iacute;culas.
Mas, apesar de essa teoria universal n&atilde;o existir ainda, os cientistas podem fazer uma por&ccedil;&atilde;o de c&aacute;lculos com base em dados que eles conseguem obter a partir dos buracos negros &mdash; que possuem singularidade. &Eacute; poss&iacute;vel estimar, por exemplo, o que acontece tanto com o espa&ccedil;o-tempo ao longo do horizonte de eventos, da singularidade at&eacute; a &ldquo;boca&rdquo; desses monstros c&oacute;smicos, como o que ocorre no limite entre horizonte de eventos e o cosmos.
<h2>M&uacute;ltiplos universos?</h2>
Enfim... O interessante &eacute; que, matematicamente, segundo os cientistas da universidade canadense, n&atilde;o existe nada que impe&ccedil;a que o Big Bang tenha ocorrido como consequ&ecirc;ncia do colapso de uma megaestrela &mdash; e que deu origem a um buraco negro. Afinal, os resultados dos c&aacute;lculos sobre o que acontece no horizonte de eventos coincidem perfeitamente com os c&aacute;lculos sobre o que aconteceu no nascimento do nosso universo.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/25/25200332716437.jpg" />Seria o Big Bang consequ&ecirc;ncia do colapso de uma estrela?
Segundo o Ethan, quando o tal burac&atilde;o negro se formou, ele pode ter continuado a se expandir e crescer em quatro dimens&otilde;es conforme mais mat&eacute;ria foi sendo atra&iacute;da para o seu interior. Ainda segundo Ethan, o Universo pode ter surgido a partir da singularidade desse buraco negro imenso e poderia ser uma esp&eacute;cie de &ldquo;envolt&oacute;rio&rdquo; tridimensional que se encontra em seu horizonte de eventos.
Isso significaria que, cada vez que um buraco negro imenso se forma no nosso universo, ele poderia dar origem a um novo cosmos bidimensional? Pois, de acordo com Ethan, por mais que v&aacute;rios cientistas tenham tentado provar que n&atilde;o, a verdade &eacute; que a resposta a essa pergunta &eacute; talvez.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/25/25200448685438.jpg" />Ser&aacute; que se entr&aacute;ssemos por ali sair&iacute;amos por aqui?
Evidentemente, essa possibilidade n&atilde;o passa de teoria de momento, mas, de acordo com Ethan, o nosso universo &ldquo;poderia ser uma realiza&ccedil;&atilde;o an&aacute;loga de um buraco negro de quatro dimens&otilde;es com um horizonte de eventos tridimensional&rdquo;. Nesse caso, existe a possibilidade de que, se um dia chegarmos a cair em um buraco negro, de alguma forma, n&oacute;s possamos ser transportados at&eacute; um universo completamente novo. J&aacute; pensou?

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Será que o Universo poderia ter surgido a partir de um buraco negro?

Imagem de Saiba que a teoria do Big Bang foi proposta originalmente por um padre? no megacurioso

Ideia sobre a origem de tudo o que existe foi desenvolvida por um sacerdote católico

Como voc&ecirc; sabe, a teoria do Big Bang &eacute; a mais aceita atualmente para explicar a origem do Universo &mdash; e, portanto, de tudo o que existe. Sendo assim, parece um contrassenso que, originalmente, ela tenha sido proposta por um homem profundamente religioso. Um padre. Cat&oacute;lico. Apost&oacute;lico e romano!
Pois &eacute;, caro leitor, apesar de muita gente acreditar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/religiao" target="_blank" title="Religi&atilde;o">Religi&atilde;o</a>&nbsp;e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">Ci&ecirc;ncia</a>&nbsp;n&atilde;o podem caminhar juntas, quem esbo&ccedil;ou a teoria do Big Bang foi o belga Georges Lama&icirc;tre, que, al&eacute;m de padre, era astr&ocirc;nomo e professor de F&iacute;sica na Universidade Cat&oacute;lica de Louvain (1834 a 1968 &mdash; depois ela foi desmembrada e convertida em outras duas universidades), uma das institui&ccedil;&otilde;es de ensino mais respeitadas da B&eacute;lgica.
<h2>Curr&iacute;culo not&aacute;vel</h2>
Lama&icirc;tre nasceu em meados de 1894, e foi durante o ensino secund&aacute;rio em um col&eacute;gio jesu&iacute;ta que ele come&ccedil;ou pensar em seguir a vida religiosa &mdash; e a desenvolver um forte interesse pela Ci&ecirc;ncia. Mas, antes de se tornar professor (e padre), ele serviu ao ex&eacute;rcito belga durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/45079-100-anos-da-primeira-guerra-mundial-20-curiosidades-que-voce-precisa-saber.htm" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, se formou em <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/arquitetura-e-engenharia" target="_blank" title="Arquitetura e Engenharia">Engenharia</a>&nbsp;Civil e concluiu um doutorado em <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/matematica-e-estatistica" target="_blank" title="Matem&aacute;tica e Estat&iacute;stica">Matem&aacute;tica</a>.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/19/19163142476230.jpg" />Esse a&iacute; &eacute; o Lama&icirc;tre durante uma de suas aulas
O belga s&oacute; entrou para o semin&aacute;rio em 1923, depois de concluir os estudos e, ap&oacute;s ser ordenado como padre, ele foi estudar Astronomia tanto na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, como na Universidade de Harvard e tamb&eacute;m no MIT &mdash; Massachusetts Institute of Technology &mdash;, ambas nos EUA. Ali&aacute;s, foi nessa &eacute;poca que ele concluiu um segundo doutorado.
<h2>Estudos obscuros</h2>
Na verdade, as primeiras suspeitas de que o cosmos se encontra em expans&atilde;o surgiram por volta de 1917, depois que <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=Albert+Einstein" target="_blank">Albert Einstein</a> aplicou sua famosa <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=Teoria+da+Relatividade" target="_blank">Teoria Geral da Relatividade</a> ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo" target="_blank" title="Universo">Universo</a>&nbsp;como um todo.
Quando fez isso, o f&iacute;sico alem&atilde;o percebeu que suas equa&ccedil;&otilde;es apontavam que o espa&ccedil;o estava se expandindo ou contraindo &mdash; e foi a&iacute; que ele incluiu a &ldquo;constante cosmol&oacute;gica&rdquo; &agrave; coisa toda para criar um modelo de Universo constantemente est&aacute;tico, imut&aacute;vel e do mesmo tamanho. Mais tarde, Einstein admitiu estar equivocado e, em 1922, foi a vez de o cientista russo Alexander Friedman retomar os c&aacute;lculos do alem&atilde;o e desenvolver suas pr&oacute;prias equa&ccedil;&otilde;es.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/19/19163312898231.jpg" />Lama&icirc;tre batendo papo de boas com Einstein
Ent&atilde;o, em 1927, o padre cat&oacute;lico resolveu publicar um estudo no qual apresentava suas pr&oacute;prias solu&ccedil;&otilde;es para as equa&ccedil;&otilde;es de Einstein. Lama&icirc;tre prop&ocirc;s que existe uma rela&ccedil;&atilde;o entre a dist&acirc;ncia de uma gal&aacute;xia e o que na F&iacute;sica &eacute; conhecido como &ldquo;<a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo100344-por-que-o-universo-observavel-e-muito-maior-do-que-a-sua-idade.htm" target="_blank">desvio para o vermelho</a>&rdquo;, ou seja, a forma como as ondas de luz se comportam com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; velocidade relativa entre uma fonte emissora (no caso, a gal&aacute;xia) e um observador.
Basicamente, quanto mais distante uma gal&aacute;xia se encontra de n&oacute;s, mais a luz emitida por ela tende para o espectro do vermelho &mdash; ou baixa frequ&ecirc;ncia &mdash;, e Lama&icirc;tre argumentou que, em sua viagem at&eacute; a Terra, a luz emitida por uma gal&aacute;xia variava na mesma frequ&ecirc;ncia que a expans&atilde;o do cosmos. Al&eacute;m disso, segundo ele, quanto mais longa fosse a viagem feita pela luz, maior era a expans&atilde;o do Universo e, portanto, maior era o desvio para o vermelho.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/19/19163413976233.jpg" />Colegas geniais
O padre apoiou suas conclus&otilde;es em estudos de outros cientistas renomados, assim como em medi&ccedil;&otilde;es de dist&acirc;ncias de gal&aacute;xias conduzidas por Edwin Hubble e Milton Humason, s&oacute; que ningu&eacute;m leu o estudo! No fim, Einstein aprovou os c&aacute;lculos de Lama&icirc;tre e, algum tempo depois, outros pesquisadores &mdash; entre eles, o pr&oacute;prio Hubble &mdash; chegaram &agrave;s mesmas conclus&otilde;es que o belga, mesmo sem conhecer seu trabalho.
Curiosamente, devido ao fato de a publica&ccedil;&atilde;o de Lama&icirc;tre n&atilde;o ser conhecida na &eacute;poca, quem acabou levando a fama anos mais tarde sobre a descoberta de que o Universo se encontra em constante expans&atilde;o foi Hubble &mdash; tanto que a rela&ccedil;&atilde;o entre o desvio para o vermelho e a dist&acirc;ncia de uma gal&aacute;xia ficou conhecida como &ldquo;Lei de Hubble&rdquo;.
<h2>No princ&iacute;pio n&atilde;o havia nada...</h2>
Lama&icirc;tre n&atilde;o se deixou abalar pelo fato de suas publica&ccedil;&otilde;es n&atilde;o serem incrivelmente populares na &eacute;poca e continuou desenvolvendo suas teorias. Ent&atilde;o, em 1931, ele prop&ocirc;s que o Universo teria se originado a partir de um &uacute;nico quantum. Segundo o padre, o cosmos devia ser incrivelmente pequeno quando surgiu e que ele era uma coisa &ldquo;finita&rdquo; em seu nascimento.
&Eacute; claro que, em um primeiro momento, essa teoria &mdash; apresentada por um padre cat&oacute;lico &mdash; foi recebida com um pouco de ceticismo pela comunidade cient&iacute;fica. Afinal, a ideia de um in&iacute;cio onde havia o nada era muito pr&oacute;xima do surgimento de tudo descrito na B&iacute;blia. Para piorar, Pio XII, o Papa da &eacute;poca, usou a proposta de Lama&icirc;tre para sair dizendo que ela confirmava a descri&ccedil;&atilde;o da cria&ccedil;&atilde;o presente no livro G&ecirc;nesis.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/19/19163343492232.jpg" />Lama&icirc;tre e o Papa Pio XII
Lama&icirc;tre negou as alega&ccedil;&otilde;es do pont&iacute;fice delicadamente, afirmando que sua proposta n&atilde;o passava de uma teoria cient&iacute;fica. Mas a ideia dele decolou depois que Albert Einstein disse que se tratava da &ldquo;mais bela e satisfat&oacute;ria explica&ccedil;&atilde;o para a cria&ccedil;&atilde;o&rdquo; que ele j&aacute; havia ouvido. A teoria do padre cat&oacute;lico genial s&oacute; foi confirmada em 1964, com a descoberta da radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica de fundo em micro-ondas, que nada mais &eacute; do que a radia&ccedil;&atilde;o residual do Big Bang.
O padre s&oacute; soube que sua teoria sobre a origem do Universo havia sido confirmada em 1966. Infelizmente, Lama&icirc;tre estava no hospital se recuperando de um ataque card&iacute;aco &mdash; e faleceu apenas duas semanas depois. O belga sempre defendeu suas ideias com convic&ccedil;&atilde;o e fervor e nunca buscou fama pessoal. Ele recebeu v&aacute;rios pr&ecirc;mios e t&iacute;tulos em reconhecimento de seu trabalho e &eacute; prova de que Ci&ecirc;ncia e Religi&atilde;o podem ter uma rela&ccedil;&atilde;o de respeito m&uacute;tuo.
* Gostar&iacute;amos de agradecer ao nosso leitor Matheus Campos pela sugest&atilde;o de pauta. Valeu, Matheus!

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