Ciência
15/06/2012 às 14:45•1 min de leitura
Fonte: Divulgação/Folies Bergère
(Reuters) - Muitas penas serão leiloadas em Paris neste final de semana, quando os extravagantes arranjos de cabeça, as peles e os reduzidos trajes cintilantes dos espetáculos da Folies Bergère encontraram um novo lar com o maior lance.
Símbolo da joie de vivre da virada do século, a Folies Bergère era um palácio de frivolidade e de entretenimento popular, repleto de garotas quase nuas adornadas por franjas e babados exagerados. Agora, cerca de 6.000 trajes, pôsteres, programas e parafernália da coleção da ex-diretora Hélène Martini - apelidada de "a Imperatriz da Noite" - foram vendidos em 9 e 10 de junho pelos leiloeiros Bailly-Pommery & Voutier.
Plumas, lantejoulas, brilhos e todo tipo de recurso frufru estavam no leilão. De uma anágua florida de cinco camadas digno do mais entusiástico cancã a toucas avant-garde que não pareceriam fora de lugar em Las Vegas.
Estelle Danière, a última líder do coro da Folies, disse que ficou emocionada ao ver todos os antigos trajes em exibição na antiga bolsa de valores de Paris. "Se eles pudessem falar, o que diriam? Eles teriam muitas anedotas", disse Estelle, usando um traje de prata cintilante com uma fenda alta, a jornalistas na sexta-feira. "Espero que encontrem alguém que lhes dê uma segunda vida", ela disse. "Eles merecem - encontrar os holofotes de novo e fazer outro show".
Durante seus dias de glória, a Folies Bergère inspirou pintores como Manet e Toulouse-Lautrec, que retrataram as garçonetes e as dançarinas, além de seus admiradores de olhares provocativos.
Também forneceu uma plateia extasiada para os maiores talentos do music-hall, da estrela de cabaré de Montmartre Jane Avril a queridinha da época do jazz Josephine Baker, que virou lenda depois de sua primeira aparição trajando pouco mais do que uma saia feita de bananas.