Até quando vamos perder tempo procurando pelas caixas-pretas dos aviões?

24/03/2014 às 12:272 min de leitura

Toda vez que ocorre um desastre aéreo as benditas “caixas-pretas” se transformam em um dos principais focos dos investigadores. Afinal, esses equipamentos — que, por certo, são pintados de laranja e não de preto — registram tanto as conversas dos pilotos dentro da cabine de comando como dados sobre a performance das aeronaves durante os voos.

No caso de acidentes misteriosos então, as caixas-pretas muitas vezes representam a principal peça do quebra-cabeça para desvendar o que pode ter acontecido. No entanto, veja o exemplo do voo MH370 da Malaysia Airlines: se depois de duas semanas nem os destroços foram recuperados ainda, imagine quanto tempo será necessário para encontrar esse equipamento!

 width=Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia

Outro exemplo famoso é o do voo 477 da Air France que caiu no Atlântico em 2009, cujas caixas-pretas só foram recuperadas dois anos depois da tragédia. Segundo o Discovery News, a tecnologia necessária para enviar as informações registradas pelas caixas-pretas diretamente para as companhias aéreas ou fabricantes dos aviões já existe. Então, por que é que ela não é aplicada — e continuamos perdendo tanto tempo procurando por esses equipamentos?

Troca ou não troca?

 width=Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia

Alguns especialistas argumentam que uma mudança no sistema atual é mais do que necessária. Em contrapartida, outros alegam que, embora seja tecnicamente possível substituir os dispositivos em uso por novos equipamentos, é necessário avaliar se o altíssimo custo envolvido compensa a troca.

Segundo explicaram, as aeronaves modernas produzem vários terabytes de informação durante os voos, e esse volume enviado em tempo real sobrecarregaria tanto as transmissões por satélite como os servidores em terra. Como alternativa, os especialistas defendem que uma melhor comunicação entre pilotos e o controle de tráfego aéreo — especialmente no que se refere ao suporte na tomada de decisões críticas — seria mais eficaz.

Por outro lado, os que defendem que já passou da hora de substituir o sistema atual apontam que a operação de resgate das caixas-pretas do voo 477 da Air France, além de levar um tempo absurdo, custou US$ 30 milhões (perto de R$ 70 milhões). Conforme apontaram, esse montante é muito mais alto do que o custo de coletar dados via satélite de milhares de aeronaves que voam pelo planeta todos os dias.

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Como você viu, caro leitor, apesar de algumas aeronaves já enviarem suas posições através de satélites em vez de depender da cobertura dos sistemas de radar em solo, parece que o embate sobre a mudança de sistema está longe de terminar. Portanto, não deixe de compartilhar com a gente qual é a sua opinião sobre este tema nos comentários.

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