Imagem de Como seriam os quartos de pinturas famosas na vida real? no megacurioso

Não seria uma má ideia reproduzir um quarto desses em sua casa. Bem conceitual, até

<p>Muitos artistas, na busca por retratar a si ou suas condi&ccedil;&otilde;es, transformavam suas realidades em arte, eternizando sua rotina, imagem, ideais e, at&eacute; mesmo, aposentos. A possibilidade que a liberdade art&iacute;stica, as viv&ecirc;ncias e o conhecimento de mundo ofertava, especialmente, aos pintores era ponto chave para suas obras marcarem &eacute;pocas, e algumas pinturas, com o tempo, tornaram-se cl&aacute;ssicas e memor&aacute;veis na mente de muitos.</p>

<p>Nomes como <a href="https://www.google.com/url?sa=t&amp;rct=j&amp;q=&amp;esrc=s&amp;source=web&amp;cd=1&amp;cad=rja&amp;uact=8&amp;ved=2ahUKEwiQ5tzzhMrnAhXMErkGHTXJDgIQFjAAegQIARAB&amp;url=http%3A%2F%2Fwww.megacurioso.com.br%2Fartes%2F43027-conheca-a-verdadeira-historia-sobre-a-orelha-de-van-gogh.htm&amp;usg=AOvVaw0uMvmiq-kUa9-YQ6EgB9va">Van Gogh</a>,&nbsp;Grant Wood, and Roy Lichtenstein, atrav&eacute;s de paletas de cores de muito destaque e da retrata&ccedil;&atilde;o fiel de ambientes seus ou conhecidos, foram conquistando cr&iacute;ticos e o p&uacute;blico das mais diversas formas, inclusive tornando-se inspira&ccedil;&atilde;o para f&atilde;s e apreciadores, que passaram a replicar tais quartos em suas resid&ecirc;ncias ou, at&eacute; mesmo, a alugar ambientes semelhantes como no caso de&nbsp;<a href="https://www.google.com/url?sa=t&amp;rct=j&amp;q=&amp;esrc=s&amp;source=web&amp;cd=1&amp;cad=rja&amp;uact=8&amp;ved=2ahUKEwjQ3MWbhsrnAhWmH7kGHajRDdYQFjAAegQIAhAB&amp;url=http%3A%2F%2Fwww.megacurioso.com.br%2Fpublicidade-e-marketing%2F44592-coca-cola-usa-o-calor-do-sol-para-gelar-bebidas-na-colombia.htm&amp;usg=AOvVaw3Y4qls2BT8OUqfCgV8ZQZ2">Leo Burnett</a>, de Chicago, que transformou a obra de Van Gogh, &quot;Quarto em Arles&#39;, em hospedagem do Airbnb.</p>

<p>Dessa vez, o grande respons&aacute;vel por transformar a arte em realidade foi a equipe do <a href="https://www.homeadvisor.com/r/what-rooms-from-famous-paintings-would-look-like-in-real-life/">HomeAdvisor</a> que, atrav&eacute;s de digitaliza&ccedil;&atilde;o e edi&ccedil;&otilde;es de imagens, recriou as obras de artes de seis grandes artistas atrav&eacute;s de modelos considerados ideais em compara&ccedil;&atilde;o com as pinturas, mostrando aos entusiastas de hist&oacute;ria da arte que &eacute; poss&iacute;vel ter um ic&ocirc;nico e cl&aacute;ssico quarto em sua casa.&nbsp;</p>

<p>A edi&ccedil;&atilde;o foi realizada com inten&ccedil;&atilde;o de retratar, de forma mais real poss&iacute;vel, os quadros dos artistas, ent&atilde;o foi necess&aacute;rio suavizar diversos tons e cores que, de fato, s&atilde;o dif&iacute;ceis de trazer para o dia-a-dia, como no caso das colora&ccedil;&otilde;es da obra de Van Gogh. Veja abaixo o resultado.</p>

<h2>Wassily Kandinsky &ndash; My Dining Room (1909)</h2>

<p><img alt="Real-life version of Kandinsky’s ‘My Dining Room’" height="573" src="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_fit,f_auto,fl_lossy,q_auto,w_728/v1581345644/shape/mentalfloss/616686-kandinsky.gif?itok=Jh-NCmuc" width="728" /></p>

<h2>Konstantin Korovin &ndash; Interior (1913)</h2>

<p><img alt="Real-life version of Konstantin Korovin’s ‘Interior’" height="549" src="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_fit,f_auto,fl_lossy,q_auto,w_728/v1581345767/shape/mentalfloss/616686-korovin.gif?itok=biVm0gPi" width="728" /></p>

<h2>Grant Wood &ndash; The Sun Shine on the Corner (1928)</h2>

<p><img alt="Real-life version of Grant Wood’s ‘The Sun Shine on the Corner’" height="806" src="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_fit,f_auto,fl_lossy,q_auto,w_728/v1581345894/shape/mentalfloss/616686-wood.gif?itok=S-Ekg1QI" width="600" /></p>

<h2>Roy Lichtenstein &ndash; Interior with Restful Paintings (1991)</h2>

<p><img alt="Real-life version of Roy Lichtenstein’s ‘Interior with restful paintings’" height="720" src="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_fit,f_auto,fl_lossy,q_auto,w_728/v1581345836/shape/mentalfloss/616686-lichtenstein.gif?itok=GtRTQ8A7" width="728" /></p>

<h2>Eduard Petrovich Hau &ndash; Empress Alexandra Feodorovna&rsquo;s Sitting Room (1855)</h2>

<p><img alt="Real-life version of Eduard Petrovich Hau’s ‘Empress Alexandra Feodorovna’s Sitting Room, Cottage Palace, St. Petersburg, Russia’" height="641" src="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_fit,f_auto,fl_lossy,q_auto,w_728/v1581345546/shape/mentalfloss/616686-hau.gif?itok=42YwLD0o" width="728" /></p>

<h2>Vincent van Gogh &ndash; The Bedroom (1888)</h2>

<p><img alt="Real-life version of Vincent Van Gogh's painting." height="570" src="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_fit,f_auto,fl_lossy,q_auto,w_728/v1581345314/shape/mentalfloss/01_atelier_decor_van_gogh.gif?itok=h1xQpqbz" width="728" /></p>

<p>Para quem curte trabalhar com design de interiores ou combina&ccedil;&atilde;o de cores, a arquitetura dos quartos &eacute; um prato cheio, al&eacute;m de uma oportunidade de inspira&ccedil;&atilde;o para recri&aacute;-los, quem sabe.</p>


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Como seriam os quartos de pinturas famosas na vida real?

Imagem de Fogos de artifício entram para a lista do Guinness World Record no megacurioso

Repercutindo mundialmente, apenas um homem foi capaz de criar, em fevereiro, um espetáculo com fogos de artifícios maior que qualquer outro feito no 4 de julho

<p style="margin-bottom: 11px; text-align: left;">Tim Borden &eacute; o melhor exemplo de que persist&ecirc;ncia: se algo n&atilde;o der certo na primeira vez, continue insistindo at&eacute; que voc&ecirc; consiga. Borden tentou estabelecer um recorde com fogos de artif&iacute;cio em fevereiro de 2019, mas a explos&atilde;o acabou acontecendo antes do tempo e estragou a meta estabelecida. Por&eacute;m, um ano depois, os fogos de artif&iacute;cio foram um completo sucesso e serviram para deixar a noite escura bem mais iluminada do que o normal.</p>
<p style="margin-bottom: 11px; text-align: left;">Antes de Borden, todos os recordes mundiais eram atingidos em Dubai e nos Emirados &Aacute;rabes Unidos, principalmente nas comemora&ccedil;&otilde;es de Ano Novo. O recorde mais recente havia sido alcan&ccedil;ado em uma comemora&ccedil;&atilde;o dessas, em janeiro de 2018, batida por Tim um bom tempo depois.</p>
<h2 style="margin-bottom: 11px; text-align: left;">Lan&ccedil;amento mais pesado da hist&oacute;ria</h2>
<p class="video-center"><span class="videobox"><iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/ZyjKbx36k90?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></span></p>
<p><span style="background-color: transparent;">Tim Borden conseguiu lan&ccedil;ar uma carga de 1,26 toneladas apenas de fogos de artif&iacute;cio, superando a sua tentativa anterior que falhou. Em 2019, o total da carga que ele tentou explodir equivalia a 1,13 toneladas e deveria ser lan&ccedil;ada a aproximadamente 1,5 quil&ocirc;metros do ch&atilde;o, mas acabou n&atilde;o funcionando.</span></p>
<p style="margin-bottom: 11px; text-align: left;">O recorde que Tim conseguiu com seus fogos de artif&iacute;cios foi transmitido via YouTube e &eacute; um evento fabuloso, al&eacute;m de interessante quando se analisa a complexidade da a&ccedil;&atilde;o.</p>
<p style="margin-bottom: 11px; text-align: left;">Como efeito de compara&ccedil;&atilde;o, o lan&ccedil;amento que Tim Borden realizou no Colorado chega a ser mais leve que um Toyota Corolla. Ou seja, havia tantos elementos pirot&eacute;cnicos que chegavam a pesar mais que um carro.</p>

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Fogos de artifício entram para a lista do Guinness World Record

Imagem de Carnaval em Trinidad e Tobago: folia caribenha no megacurioso

Neste país caribenho, a festa atual é muito animada e cheia de alegria, mas suas origens foram bem violentas

<p style="margin-bottom: 11px;">Em Trinidad e Tobago, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/42243-leitores-e-folioes-que-tal-conferir-algumas-curiosidades-sobre-o-carnaval-.htm" target="_blank">Carnaval</a> &eacute; uma das festividades mais importantes, apresentando v&aacute;rios elementos culturais e festas cheias de empolga&ccedil;&atilde;o. Por l&aacute;, o ritmo mais importante da festa &eacute; a "soca", um estilo de m&uacute;sica afrocaribenho que &eacute; derivado do calypso.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="689" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10192255037115.jpg" width="862" /> <figcaption>(Fonte: RAPSO Imaging/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>As origens do Carnaval de Trinidad</h2>
<p style="margin-bottom: 11px;">Trinidad e Tobago foi o primeiro pa&iacute;s das ilhas caribenhas a comemorar o Carnaval. As celebra&ccedil;&otilde;es foram influenciadas pelo catolicismo e tiveram in&iacute;cio logo ap&oacute;s a chegada dos colonizadores franceses em 1783, quando trouxeram entre seus costumes, a comemora&ccedil;&atilde;o dessa festividade.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Infelizmente, a hist&oacute;ria carnavalesca em Trinidad &eacute; muito violenta e triste. Como contava com uma economia totalmente agr&aacute;ria, os fazendeiros decidiram usar escravos africanos para trabalhar em seus canaviais e suprir a falta de m&atilde;o de obra. Isto trouxe a principal caracter&iacute;stica do Carnaval no Caribe: uma forte influ&ecirc;ncia africana, tanto na m&uacute;sica quanto nas vestimentas. Por isso o uso caracter&iacute;stico de m&aacute;scaras e adornos.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="556" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10191303699100.jpg" width="850" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Em determinado ponto, a popula&ccedil;&atilde;o negra representava uma boa parte dos habitantes, e isso passou a causar atritos entre as etnias. Os colonizadores tentavam reprimir de todas as formas poss&iacute;veis o Carnaval no pa&iacute;s, chegando at&eacute; a abusar da for&ccedil;a policial, o que muitas vezes resultou em mortes e revolta da popula&ccedil;&atilde;o. Em 1833, a escravid&atilde;o foi abolida, e a festa deixou de ser comemorada em fundo de quintais e sal&otilde;es, finalmente tomando seu espa&ccedil;o nas ruas, como uma grande celebra&ccedil;&atilde;o popular.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Mas ainda n&atilde;o era um momento s&oacute; de alegria. Mesmo com o fim da escravid&atilde;o, o sentimento de inferioridade e hostilidade ainda perdurava. Para piorar os conflitos, imigrantes chineses vieram para trabalhar nas lavouras, o que passou a causar mais atrito ainda, s&oacute; que agora entre tr&ecirc;s etnias.</p>
<h3>Revoltas do Canboulay: ningu&eacute;m mexe com o Carnaval!</h3>
<p style="margin-bottom: 11px;">Um dos epis&oacute;dios mais violentos desse conflito entre etnias foram as revoltas do Canboulay. Eles ocorreram como uma forma de resist&ecirc;ncia dos descendentes de escravos libertos nas cidades de Trinidad e Tobago contra as tentativas da pol&iacute;cia brit&acirc;nica de abolir o Carnaval. Elas come&ccedil;aram em 1881, em Port of Spain, capital do pa&iacute;s, e nas cidades de San Fernando e Princes Town em 1884, sendo que nas duas &uacute;ltimas houve registros de fatalidades.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">O termo Canboulay deriva de <em>Cannes Brul&eacute;es</em> (que em franc&ecirc;s significa cana queimada) e era originalmente uma pr&aacute;tica racista dos antigos senhores de escravos, em sua maioria franceses, consistindo em brancos se pintando de negros e zombando das dan&ccedil;as, caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas e cren&ccedil;a dos negros. Quando a escravid&atilde;o foi abolida, os negros passaram a se apropriar desse termo, dando a ele um novo significado muito mais positivo. Ele passou a se tornar um s&iacute;mbolo para a comunidade e identidade negra, sendo atualmente muito importante em toda Trinidad e Tobago.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Os primeiros grupos a mudarem o Canboulay eram da popula&ccedil;&atilde;o negra pobre que habitava as <em>Barrack Yards</em>, um estilo de moradia que pode ser associado aos corti&ccedil;os. Eram nesses locais que o Carnaval passou a ser estruturado, com os moradores competindo em disputas musicais, de dan&ccedil;a e at&eacute; em combates f&iacute;sicos (ent&atilde;o n&atilde;o eram s&oacute; os italianos que curtiam trocar socos em festas).</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Cada <em>Barrack</em> tinha sua pr&oacute;pria banda musical, uma corte com um rei e rainha e pessoas destinadas a proteger os outros dois grupos, caso fosse necess&aacute;rio.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">As competi&ccedil;&otilde;es ajudavam a fortalecer a identidade dos grupos, algo fundamental para a sobreviv&ecirc;ncia deles durante a &eacute;poca carnavalesca. O senso de uni&atilde;o entre os participantes se originava de suas experi&ecirc;ncias sociais e da vida quase sempre agitada e turbulenta nas Yards.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Em 1877, o capit&atilde;o Arthur Baker assumiu o cargo de chefe de pol&iacute;cia de Trinidad, e sua miss&atilde;o era estabelecer a lei e a ordem entre as classes baixas (ficou claro que esse era o termo &ldquo;gentil&rdquo; que eles usavam para chamar os negros, n&eacute;?). Entre os anos de 1878 e 1880, Baker colocou em vigor v&aacute;rias medidas para combater a viol&ecirc;ncia no Carnaval. E em 1880, de surpresa, decidiu proibir a utiliza&ccedil;&atilde;o de tochas nos desfiles das bandas das Barracks, naquele momento, a popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o teve outra escolha a n&atilde;o ser acatar essa ordem de forma pac&iacute;fica.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="568" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10192031946112.jpg" width="850" /> <figcaption>Foto da encena&ccedil;&atilde;o da revolta. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Mas em 1881, quando o capit&atilde;o mais uma vez sem aviso algum decidiu proibir as tochas, que eram uma das caracter&iacute;sticas mais importantes dos desfiles do Canboulay. S&oacute; que dessa vez a popula&ccedil;&atilde;o estava pronta para as artimanhas de Baker e havia se organizado para resistir. Assim que a pol&iacute;cia deu a ordem para apagar as tochas, o povo se armou com pedras e garrafas que j&aacute; estavam separadas e entraram em conflito com as for&ccedil;as da lei na madrugada do dia 28 de fevereiro.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="431" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10192707675117.png" width="646" /> <figcaption>Outra foto da encena&ccedil;&atilde;o. (Fonte: RAPSO Imaging/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A briga durou a madrugada inteira, e acabou com os policiais dispersando a popula&ccedil;&atilde;o e voltando para o quartel. O mais interessante &eacute; que n&atilde;o foi apenas a comunidade negra que se envolveu na revolta. Os moradores vizinhos e outros foli&otilde;es que s&oacute; queriam curtir a festa tamb&eacute;m entraram no combate. A resolu&ccedil;&atilde;o dessa hist&oacute;ria rolou na tarde do mesmo dia, quando o governador Freeling discursou em pra&ccedil;a p&uacute;blica, prometendo aceitar as festas carnavalescas com as tochas e sem interfer&ecirc;ncia policial (o que j&aacute; havia acontecido na verdade, j&aacute; que as for&ccedil;as da lei foram obrigadas a se refugiarem no quartel depois da luta com os foli&otilde;es).</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Essas revoltas tiveram um grande impacto para o Carnaval caribenho no geral, e se tornaram uma parte muito importante da hist&oacute;ria e cultura trinit&aacute;ria, sendo celebradas na festa at&eacute; os dias de hoje.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="568" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10192148914113.jpg" width="850" /> <figcaption>Mais uma imagem da encena&ccedil;&atilde;o da revolta. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Carnaval na atualidade</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="431" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10192516410116.png" width="646" /> <figcaption>(Fonte: Chris Anderson/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Com o tempo, o Carnaval trinit&aacute;rio passou a popularizar-se cada vez mais, e foi se espalhando para ilhas vizinhas como a Jamaica, caindo no gosto do povo por ser uma festa alegre e com muita m&uacute;sica e divers&atilde;o. Atualmente, a temporada carnavalesca em Trinidad &eacute; muito agitada, contando com seus pr&oacute;prios eventos curiosos e estilo musical.</p>
<h3>Calinda</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="431" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10192825816118.png" width="646" /> <figcaption>Foto de um competidor carnavalesco de Calinda. (Fonte: Chad Lue Loy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A Calinda &eacute; uma esp&eacute;cie de luta com vara que normalmente &eacute; praticada durante o Carnaval trinit&aacute;rio, e surgiu durante a &eacute;poca do Canboulay. Um vocalista ou chantuelle entoava c&acirc;nticos conhecidos como lavways, que serviam como uma forma de chamada e resposta, usados para exaltar e animar os lutadores que combatiam utilizando varas. Por esse motivo, as m&uacute;sicas carnavalescas do pa&iacute;s s&atilde;o consideradas produtos desses c&acirc;nticos. O estilo de m&uacute;sica presente na Calinda foi gradualmente se transformando no Calipso moderno. J&aacute; as batalhas, cujas ra&iacute;zes se originam de uma arte marcial do Reino do Congo, viraram uma dan&ccedil;a, para evitar resultados violentos. A luta hoje &eacute; formalizada, e se tornou parte das competi&ccedil;&otilde;es anuais da festa no pa&iacute;s.</p>
<h3>Calipso e Soca</h3>
<p style="margin-bottom: 11px;">O Calipso surgiu em Trinidad e Tobago no s&eacute;culo 19 durante as manifesta&ccedil;&otilde;es populares da &eacute;poca, principalmente durante o Carnaval. As ra&iacute;zes desse estilo musical est&atilde;o ligadas &agrave; chegada dos escravos africanos, que como n&atilde;o podiam conversar uns com os outros, acharam uma forma de se comunicar atrav&eacute;s da m&uacute;sica. No final do s&eacute;culo 20, ele passou a fazer sucesso de diversas formas em todo mundo, com vers&otilde;es totalmente diferentes. Depois que as festas carnavalescas come&ccedil;aram a serem comemoradas no pa&iacute;s, o estilo foi se popularizando, ganhando at&eacute; suas pr&oacute;prias competi&ccedil;&otilde;es.</p>
<p><iframe width="560" height="315" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" src="https://www.youtube.com/embed/qU5BxwFVaN4"></iframe></p>
<p style="margin-bottom: 11px;">J&aacute; o Soca (que veio de Soul of Calypso, ou Alma do Calipso) se desenvolveu no come&ccedil;o dos anos 70, crescendo em popularidade com o passar desta mesma d&eacute;cada. Seu desenvolvimento como g&ecirc;nero musical inclui uma fus&atilde;o com o calipso, chutney, soul/funk, m&uacute;sica latina, kadans e ritmos tradicionais da &Aacute;frica Ocidental.</p>
<p><iframe width="560" height="315" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" src="https://www.youtube.com/embed/FPnsxU3vNRk"></iframe></p>
<p style="margin-bottom: 11px;">O "pai" do ritmo foi um homem trinit&aacute;rio chamado Garfield Blackman que ficou famoso como Lord Shorty em 1964, passando a assumir a alcunha de Ras Shorty I no come&ccedil;o dos anos 80. Ele come&ccedil;ou escrevendo m&uacute;sicas e atuando no Calipso, fazendo experi&ecirc;ncias com esse estilo musical atrav&eacute;s de uma mistura com elementos da m&uacute;sica indo-caribenha. A primeira can&ccedil;&atilde;o do m&uacute;sico a ser definida dentro do ritmo do Soca surgiu em 1975, com o nome Endless Vibrations. Ela foi t&atilde;o popular que dominou esta&ccedil;&otilde;es de r&aacute;dio, festas e clubes, e n&atilde;o somente em seu pa&iacute;s de origem, mas tamb&eacute;m em cidades como Nova York, Toronto e Londres.</p>
<h3>Panorama</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="432" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10193402907119.png" width="646" /> <figcaption>Banda com tambores de a&ccedil;o tocando no Festival Panorama (Fonte: Edison Boodoosingh/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Para alguns, o centro do Carnaval trinit&aacute;rio s&atilde;o os tambores de a&ccedil;o. Os aficcionados pelo instrumento musical acompanham os ensaios nas quadras de suas bandas favoritas por semanas, enquanto elas se preparam para a competi&ccedil;&atilde;o no Panorama. O evento &eacute; a maior vitrine para os tambores de a&ccedil;&otilde; no mundo inteiro, sendo o palco da competi&ccedil;&atilde;o entre as bandas durante o per&iacute;odo carnavalesco. As semi-finais ocorrem dois domingos antes da festa, e a grande final &eacute; no s&aacute;bado de Carnaval.</p>
<h3>Os dem&ocirc;nios de Paramin</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="431" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10193608673121.png" width="646" /> <figcaption>(Fonte: Atiba Williams/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Quando o sol se p&otilde;e na noite da segunda-feira do feriado, outro tipo de tradi&ccedil;&atilde;o carnavalesca se desdobra nas colinas da cidade de Paramin. Dem&ocirc;nios azuis competem anualmente em um evento impressionante das comemora&ccedil;&otilde;es de Trinidad e Tobago. A medida que a noite come&ccedil;a a cair, dem&ocirc;nios assustadores tomam as ruas e as colinas em um verdadeiro pandem&ocirc;nio. Eles dan&ccedil;am, cantam, batem suas latas de biscoito e sopram seus apitos, enquanto exigem o pagamento dos espectadores gritando &ldquo;Paguem o dem&ocirc;nio!&rdquo;. Mas &eacute; claro, isso &eacute; tudo parte da apresenta&ccedil;&atilde;o, ok?</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10193531126120.png" /> <figcaption>(Fonte: Shirley Bahadur/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Competi&ccedil;&otilde;es</h2>
<p style="margin-bottom: 11px;">Nenhuma festa carnavalesca est&aacute; completa sem as suas competi&ccedil;&otilde;es, e Trinidad e Tobago conta com v&aacute;rias delas. Al&eacute;m das bandas de a&ccedil;o no Panorama e os Dem&ocirc;nios Azuis em Paramin, esse &eacute; o momento dos melhores m&uacute;sicos de Calipso e Soca, dan&ccedil;arinos de limbo, lutadores de Calinda, figurinistas, personagens tradicionais da festa, al&eacute;m de reis e rainhas do Carnaval mostrarem todo o seu brilho e maestria.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">As guerras de Calipso culminam em uma competi&ccedil;&atilde;o chamada de O Rei do Calipso no domingo de Carnaval. Diferentes estilos s&atilde;o premiados, como o totalmente improvisado e o j&uacute;nior.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="431" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10193827532123.png" width="646" /> <figcaption>Competidor lutando pelo t&iacute;tulo de rei da banda. (Fonte: TDC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">As mais belas fantasias individuais, juniores e seniores, competem pelos t&iacute;tulos de rei e rainha das bandas, enquanto o Carnaval das Crian&ccedil;as (<em>Kiddies Carnival</em>) &eacute; o cen&aacute;rio garantido para os melhores designs da temporada e muita explos&atilde;o de fofura.</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10193713688122.png" /> <figcaption>(Fonte: Jason Audain/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Tamb&eacute;m existe um evento para personagens tradicionais antigos, como a <em>Dame Lorraine</em> (pessoas usando vestidos e enchimentos exagerados no busto e no traseiro, imitando as antigas matronas coloniais), o sinistro Ladr&atilde;o da Meia Noite (Midnight Robber) com seus discursos cheios de eloqu&ecirc;ncia, e o falante Pierrot Grenade.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="579" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10194521142124.jpg" width="400" /> <figcaption>A tradicional fantasia de <em>Dame Lorraine. </em>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>

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Carnaval em Trinidad e Tobago: folia caribenha

Imagem de Carnaval nos Estados Unidos: conheça o Mardi Gras de Nova Orleans! no megacurioso

A capital do jazz faz festa o ano inteiro, mas o Mardi Gras é o momento mais empolgante da cidade. Descubra mais sobre o evento com esta matéria

<p style="margin-bottom: 11px;">Em Nova Orleans, o clima festivo dura o ano inteiro. Colonizada por franceses e espanh&oacute;is e povoada por descendentes de escravos africanos, al&eacute;m de imigrantes alem&atilde;es, italianos e irlandeses, o local &eacute; uma grande mistura multicultural e racial que o diferencia de qualquer outro nos Estados Unidos. A capital do jazz est&aacute; sempre envolta em m&uacute;sica e comemora&ccedil;&otilde;es, mas seu per&iacute;odo mais agitado &eacute; durante o Mardi Gras, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113408-carnaval-saiba-tudo-sobre-a-mais-brasileira-das-festas.htm" target="_blank">Carnaval</a> de l&aacute;. Durante esta &eacute;poca, bandas e carros aleg&oacute;ricos tomam as ruas, principalmente no <em>French Quarter</em>, o bairro mais antigo e famoso da cidade.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="567" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10022015223019.jpg" width="850" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Origem</h2>
<p style="margin-bottom: 11px;">A comemora&ccedil;&atilde;o do <em>Mardi Gras</em> chegou &agrave; Am&eacute;rica do Norte em 1699, com o explorador franco-canadense Jean Baptiste Le Moyne Sieur de Bienville, e ao perceber que era a v&eacute;spera da grande festa carnavalesca, ele d&aacute; ao seu acampamento o nome de <em>Point du Mardi Gras</em> (Ponto do Mardi Gras). Algum tempo depois, explorador realizou um pequeno baile de gala no acampamento, que estaria posicionado 97 quil&ocirc;metros da atual cidade de Nova Orleans.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">A partir de 1703, os soldados e colonos franceses passaram a comemorar a festa na rec&eacute;m-fundada cidade de <em>Mobile</em>, que foi capital do territ&oacute;rio franc&ecirc;s de Louisiana at&eacute; o momento que o t&iacute;tulo foi transferido para Nova Orleans em 1718. A partir deste ponto, a data passa a ser oficialmente celebrada em elegantes bailes da alta sociedade, que servem como modelo para eventos similares at&eacute; hoje.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="394" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10022449015024.png" width="700" /> <figcaption>Um autom&oacute;vel decorado com flores para o Mardi Gras em Mobile, Alabama 1905. (Fonte: Bettmann Archive/Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Em 1837, mais de cem anos depois, a folia finalmente toma as ruas da atual capital com o primeiro desfile de <em>Mardi Gras</em>. Em 1856, quando atos violentos quase colocaram um fim em tudo, seis empres&aacute;rios se reuniram em uma sala de um clube no bairro franc&ecirc;s, para organizar uma sociedade chamada <em>Mistick Krewe of Comus</em>, com o intuito de formalizar o evento. Nesta &eacute;poca, houve uma parada com imensos carros aleg&oacute;ricos, que eram conduzidos por negros portando tochas.</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10022733124025.png" /> <figcaption>Celebra&ccedil;&otilde;es do Mardi Gras em Nova Orleans, por volta de 1800. (Fonte: Bettmann Archive/Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Depois disso, novos krewes come&ccedil;aram a surgir e a cidade passa a criar seus pr&oacute;prios carros aleg&oacute;ricos, que at&eacute; aquele ponto, eram fabricados na Fran&ccedil;a. Em 1872, o Gr&atilde;o-Duque russo, Aleixo Alexandrovich Romanoff, visita &agrave; cidade e &eacute; o convidado de honra do desfile do<em> </em>Rex (o rei do Carnaval). Romanoff ficou t&atilde;o encantado que decidiu oferecer as cores oficiais de sua fam&iacute;lia para o carnaval de Nova Orleans: roxo, dourado e verde.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="429" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10022149659022.jpg" width="579" /> <figcaption>Desfile do Rex por volta de 1900. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">E finalmente, em 1875, o governador do estado, Warmoth, assina o <em>Mardi Gras Act</em>, declarando o evento como um feriado oficial no estado de Louisiana.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="330" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10022305986023.jpg" width="508" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A evolu&ccedil;&atilde;o dos Krewes e desfiles ao longo do tempo, transformaram a festa carnavalesca em uma celebra&ccedil;&atilde;o que combina tradi&ccedil;&atilde;o cultural e muito agito, atraindo turistas de todo o mundo para celebrar no estilo de Nova Orleans.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Algumas condi&ccedil;&otilde;es como guerras e problemas econ&ocirc;micos, pol&iacute;ticos e clim&aacute;ticos (como o Furac&atilde;o Katrina) j&aacute; causaram o cancelamento de alguns ou de todos os principais desfiles do Mardi Gras, especialmente a Guerra da Secess&atilde;o, a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, mas a capital da Louisiana sempre encontrou um modo de curtir seu Carnaval.</p>
<h2>Atualidade</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="680" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10023406481026.jpg" width="1024" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">O Mardi Gras n&atilde;o se concentra em festas em clubes e desfiles em espa&ccedil;os particulares, como &eacute; comum nas nossas cidades do Rio de Janeiro e S&atilde;o Paulo. Uma forma de entender bem a festa por l&aacute; e atrav&eacute;s de uma compara&ccedil;&atilde;o bem superficial com Salvador, onde todo mundo se diverte nas ruas. Mas a capital da Louisiana se difere da baiana em um ponto muito importante: nada de trios el&eacute;tricos com artistas l&aacute; no alto, intoc&aacute;veis. Em Nova Orleans, pequenas bandas portando instrumentos de sopro caminham no meio de todos, com as pessoas pulando e dan&ccedil;ando atr&aacute;s.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="524" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10024607137034.jpg" width="931" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Os bares n&atilde;o costumam fechar e ficam lotados, sendo tomados pelos figurinos os mais bizarros. Como &eacute; o &uacute;nico momento no qual &eacute; liberado o consumo de bebidas alco&oacute;licas em p&uacute;blico, a galera aproveita para beber at&eacute; cair, enchendo as ruas com uma grande farra. O ponto principal de converg&ecirc;ncia dos foli&otilde;es &eacute; a Avenida Clair Borne; onde os mais curiosos e diferentes grupos se misturam, usando fantasias bem exc&ecirc;ntricas.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10023741090028.jpg" width="640" /> <figcaption>(Fonte: Turista Profissional/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Mas um detalhe &eacute; muito importante, a comemora&ccedil;&atilde;o acaba prontamente &agrave; meia-noite na Quarta-Feira de Cinzas, ent&atilde;o se decidir conhecer essa festa, n&atilde;o espere continuar as comemora&ccedil;&otilde;es at&eacute; a manh&atilde; de quarta-feira, como acontece muitas vezes aqui no Brasil.</p>
<h3><em>Parades</em>, os desfiles do Mardi Grass</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="415" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10024136418030.jpg" width="645" /> <figcaption>(Fonte: LouisianaTravel/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Outra parte importante das comemora&ccedil;&otilde;es carnavalescas de Nova Orleans s&atilde;o as chamadas <em>parades</em>, esp&eacute;cies de desfiles que acontecem em v&aacute;rias &aacute;reas da cidade. Nelas, algumas pessoas v&atilde;o a p&eacute; tocando instrumentos e fazendo coreografias no ch&atilde;o, enquanto outras seguem em cima de enormes carros aleg&oacute;ricos completamente decorados. &Eacute; o &uacute;nico momento no qual a popula&ccedil;&atilde;o em geral n&atilde;o pode se misturar aos integrantes do desfile, sendo apenas poss&iacute;vel observar das cal&ccedil;adas e aproveitar a vista.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="415" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10024344684032.jpg" width="645" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Mas isso n&atilde;o quer dizer que eles s&atilde;o menos queridos pelo p&uacute;blico, e a paix&atilde;o em acompanhar os desfiles &eacute; tanta que muitos costumam acampar de um dia para o outro s&oacute; para garantir uma vis&atilde;o privilegiada. Fam&iacute;lias estacionam seus carros nos canteiros por onde as <em>parades</em> ir&atilde;o passar, levando equipamentos sonoros, cadeiras, muita comida (os mais ousados aproveitam at&eacute; para fazer um churrasquinho) e tudo o que for preciso para ficar ali o dia inteiro.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="415" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10024242762031.jpg" width="645" /> <figcaption>O Krewe of Bacchus. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Ao longo do Mardi Grass, mais de 50 grupos realizam seus desfiles ao longo da cidade. Muitos come&ccedil;am duas semanas antes das celebra&ccedil;&otilde;es oficiais, mas os mais populares, como Endymion, Bacchus, Zulu e Rex que acontecem de s&aacute;bado at&eacute; a ter&ccedil;a de Carnaval.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="638" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10024434590033.jpg" width="850" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">O Zulu Parade &eacute; um dos mais ic&ocirc;nicos, e tudo come&ccedil;ou em 1916, com a cria&ccedil;&atilde;o do tradicional grupo The Zulu Social Aid &amp; Pleasure Club (Clube de Ajuda Social e Divers&atilde;o Zulu).</p>
<figure class="image"><img alt="" height="478" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10024733153035.jpg" width="850" /> <figcaption>(Fonte: Erika Goldring/Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Neste desfile, os integrantes s&atilde;o em sua maioria afro-americanos, que usam saias feitas de grama e pintam seus rostos de preto. Al&eacute;m disso, costumam atirar cocos pintados &agrave; m&atilde;o para quem estiver presente, e as pessoas lutam para pegar cada um deles. Segundo a tradi&ccedil;&atilde;o, quem consegue pegar um dos cocos tem sua boa sorte garantida.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="882" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10024907106036.jpg" width="887" /> <figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h3>M&aacute;scaras, Fantasias, Contas e o Rei do Carnaval</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="577" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10023956387029.jpg" width="850" /> <figcaption>(Fonte: Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Em Nova Orleans, as fantasias e m&aacute;scaras raramente s&atilde;o usadas publicamente por aqueles que n&atilde;o participam de um Krewe nos dias que antecedem a ter&ccedil;a de Carnaval (com exce&ccedil;&atilde;o nas festas, &eacute; claro). Mas seu uso &eacute; muito frequente no Mardi Gras - ou Ter&ccedil;a-feira Gorda - sendo que as leis contra a oculta&ccedil;&atilde;o da identidade com a utiliza&ccedil;&atilde;o de m&aacute;scaras s&atilde;o suspensas neste dia. Por motivos de seguran&ccedil;a, os bancos fecham e estabelecimentos que precisam continuar abertos colocam placas solicitando que as pessoas removam suas m&aacute;scaras antes de entrar.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="379" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10025323950038.jpg" width="676" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">E os foli&otilde;es capricham em suas fantasias e adere&ccedil;os, casais combinam suas roupas, grupos de amigos escolhem temas, fam&iacute;lias usam pe&ccedil;as similares e &eacute; poss&iacute;vel ver muitas fantasias criativas e bem-humoradas que servem at&eacute; como cr&iacute;ticas sociais em alguns casos.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="638" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10025133887037.jpg" width="850" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Outra caracter&iacute;stica muito peculiar desta comemora&ccedil;&atilde;o e que &eacute; imposs&iacute;vel de ser ignorada, s&atilde;o os colares de contas. Por toda a cidade, &eacute; poss&iacute;vel ver pessoas jogando colares de bolinhas coloridas ou usando dezenas desses acess&oacute;rios em seus pesco&ccedil;os.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="427" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10025432278039.jpg" width="640" /> <figcaption>(Fonte: Turista Profissional/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Estes colares s&atilde;o os enfeites mais tradicionais do Mardi Gras, e segundo os registros, come&ccedil;aram a surgir em 1872. Naquele ano, um grupo de empres&aacute;rios da cidade criou um rei para o Carnaval, que era chamado de Rex e atirava cord&otilde;es de am&ecirc;ndoas cobertas de a&ccedil;&uacute;car para o p&uacute;blico durante o seu desfile.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="346" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10025751278040.png" width="540" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Em 1900, as alas dos desfiles passaram a jogar colares mais baratos, feitos com contas de vidro. Essas pe&ccedil;as se tornaram um sucesso instant&acirc;neo tanto com os moradores da capital do jazz quanto entre os turistas que visitavam o local para aproveitar as festividades.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Acredita-se que um homem vestido de Papai Noel foi o primeiro a incorporar as contas em sua fantasia durante um desfile de Nova Orleans. A moda pegou e logo outras pessoas seguiram o exemplo, usando os acess&oacute;rios como parte de seus adere&ccedil;os carnavalescos. Atualmente, as contas s&atilde;o confeccionadas em pl&aacute;stico, um material muito mais seguro do que o vidro para ser arremessado e usado por foli&otilde;es embriagados.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="533" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10025942497041.png" width="800" /> <figcaption>Imagine s&oacute; dar uma pisadinha dessas em contas de vidro e usando um sapato com sola fina. (Fonte: The Washington Post/Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Mardi Gras World</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="411" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10030113247042.jpg" width="640" /> <figcaption>(Fonte: Turista Profissional/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Aqui no Brasil, n&oacute;s temos as famosas escolas de samba, que trabalham o ano inteiro para garantir desfiles impec&aacute;veis durante o Carnaval. E Nova Orleans tem sua pr&oacute;pria vers&atilde;o das nossas escolas: o Mardi Gras World.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="453" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10030249294044.jpg" width="640" /> <figcaption>(Fonte: Turista Profissional/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">O &ldquo;Mundo do Mardi Gras&rdquo; &eacute; um grande barrac&atilde;o onde s&atilde;o feitos os grandes bonecos, fantasias, alegorias e carros que tomam a cidade durante a &eacute;poca carnavalesca. Ele pode ser visitado o ano inteiro e funciona 7 dias por semana. Aqueles que decidirem visitar ver&atilde;o todo o tipo de artes&atilde;os trabalhando sem parar para garantir que a pr&oacute;xima festa tamb&eacute;m seja impec&aacute;vel.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="408" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10030226778043.jpg" width="640" /> <figcaption>(Fonte: Turista Profissional/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Al&eacute;m disso, o local oferece aos seus visitantes a oportunidade de vestir alguns trajes aut&ecirc;nticos da celebra&ccedil;&atilde;o, e a&nbsp;excurs&atilde;o tamb&eacute;m inclui um v&iacute;deo e um passeio sobre a hist&oacute;ria e os costumes do carnaval da cidade. O mais legal &eacute; que tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel experimentar um peda&ccedil;o do King Cake, um bolo especial e tradicional no Mardi Gras que possui as tr&ecirc;s cores oficiais, e &eacute; feito em homenagem aos Tr&ecirc;s Reis Magos.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="385" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10030427200045.jpg" width="580" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>

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Das luxuosas fantasias venezianas à uma violenta batalha de laranjas, o Carnaval italiano tem muita história para contar

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Imagem de Carnaval de Salvador: o mais animado do Brasil no megacurioso

Salvador é o berço do Olodum e dos trios elétricos, e nessa matéria falamos mais sobre curiosidades e fatos do animadíssimo Carnaval baiano!

<p style="text-align: justify;">O <a href="http://nzn.me/m113408" target="_blank">Carnaval</a> em Salvador &eacute; um dos mais tradicionais e animados do pa&iacute;s. Durante os seis dias de festa, uma multid&atilde;o de foli&otilde;es toma as ruas, chegando a ocupar uma extens&atilde;o urbana de cerca de 25 quil&ocirc;metros, em um clima de pura farra e alegria. &Eacute; uma grande manifesta&ccedil;&atilde;o popular e cultural, reunindo uma enorme diversidade de estilos, arte e ritmos musicais.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="560" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03161630451074.jpg" width="820" /> <figcaption>(Fonte: Ant&ocirc;nio Cruz/ABr - Ag&ecirc;ncia Brasil/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">Nessa &eacute;poca, todos s&atilde;o bem-vindos para aproveitar&nbsp;a capital baiana e curtir&nbsp;o clima carnavalesco, mas nem sempre foi assim.</p>
<h2 style="text-align: justify;">Hist&oacute;ria</h2>
<p style="text-align: justify;">No in&iacute;cio de sua hist&oacute;ria, o Carnaval baiano era extremamente elitista, sendo aproveitado por poucos. Entre 1870 e 1890, era festejado em bailes de clubes e desfiles nos bairros da classe m&eacute;dia. Como <a href="http://nzn.me/m113402" target="_blank">em muitas cidades brasileiras</a>, esses eventos possu&iacute;am inspira&ccedil;&atilde;o europeia, com fantasias e carros aleg&oacute;ricos que seguiam o modelo italiano, e negros e mulatos eram impedidos de participar. &Eacute; &oacute;bvio que isso n&atilde;o os impediu de criar&nbsp;sua pr&oacute;pria vers&atilde;o da comemora&ccedil;&atilde;o, que era muitas vezes considerada como algo clandestino, e acontecia principalmente na Baixa do Sapateiro.</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03161838866078.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Banco de Dados/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">Em 1895, come&ccedil;aram a se organizar os primeiros grupos carnavalescos de tradi&ccedil;&atilde;o afro, como os afox&eacute;s. Foram precisos mais 40 anos para que a festa de influ&ecirc;ncia africana se espalhasse dos bairros populares para o Centro de Salvador. Essa mudan&ccedil;a foi definitiva e o primeiro passo para transformar a folia baiana no que ela &eacute; hoje.</p>
<h3 style="text-align: justify;">Afox&eacute; e blocos afro</h3>
<p style="text-align: justify;">O Afox&eacute; &eacute; um ritmo musical que teve sua origem no estado de Pernambuco, mas foi se espalhando rapidamente e logo tomou a Bahia. Esse ritmo, ao contr&aacute;rio do que muitos podem imaginar, est&aacute; longe de ser apenas um bloco carnavalesco, tendo v&iacute;nculos muito profundos com as manifesta&ccedil;&otilde;es religiosas dos terreiros de candombl&eacute;.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="594" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03163000435092.jpg" width="867" /> <figcaption>Bloco Il&ecirc; Ay&ecirc;. (Fonte: SecultBA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">Atualmente, al&eacute;m dos blocos desse estilo existem os afros, que se tornam cada vez mais numerosos, com muita riqueza visual e uma musicalidade pr&oacute;pria. Esse estilo de arte &eacute; t&atilde;o poderoso que ultrapassou as barreiras do Carnaval e conquistou seu espa&ccedil;o na cultura brasileira em geral. Os mais famosos nacionalmente, e que est&atilde;o sempre presentes na m&iacute;dia, s&atilde;o grupos como o Araketu e Il&ecirc; Aiy&ecirc;, conectados a blocos com os mesmos nomes.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="513" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03163434199100.jpg" width="768" /> <figcaption>Bloco Araketu. (Fonte: Marcos Costa/Agecom/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h3 style="text-align: justify;">Olodum</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="455" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03163122450096.jpg" width="720" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">O Olodum &eacute; um bloco afro muito famoso no Carnaval na capital baiana. Ele foi fundado em 25 de abril de 1979, durante o per&iacute;odo carnavalesco como op&ccedil;&atilde;o de lazer aos moradores do Maciel-Pelourinho, para garantir que tivessem direito de curtir a festa em um bloco e de maneira organizada.</p>
<p style="text-align: justify;">O mais legal &eacute; que tamb&eacute;m s&atilde;o uma ONG do movimento negro brasileiro, e suas a&ccedil;&otilde;es visam combater a discrimina&ccedil;&atilde;o racial, estimular a autoestima e o orgulho dos afro-brasileiros, al&eacute;m de defender e lutar pelos direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas tanto no estado quanto em todo o pa&iacute;s.</p>
<p style="text-align: justify;">Depois de sua estreia no carnaval de 1980, a banda Olodum ficou muito famosa n&atilde;o s&oacute; no Brasil, mas tamb&eacute;m no mundo inteiro. Eles chegaram a se apresentar pa&iacute;ses da Europa, no Jap&atilde;o e por quase toda Am&eacute;rica do Sul, al&eacute;m disso gravaram m&uacute;sicas com Pet Shop Boys, Caetano Veloso, Wayne Shorter, Herbie Hancock, Jimmy Cliff e Michael Jackson (<em>They don't care about us</em>).</p>
<p><iframe width="560" height="315" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" src="https://www.youtube.com/embed/QNJL6nfu__Q"></iframe></p>
<p style="text-align: justify;">O bloco, banda e ONG tamb&eacute;m possui uma escola, que ajuda no desenvolvimento da cidadania e preserva&ccedil;&atilde;o da cultura negra, oferecendo formas de conhecimentos adicionais al&eacute;m das que podem ser adquiridas atrav&eacute;s do nosso sistema formal de ensino.</p>
<p style="text-align: justify;">A Escola Olodum se transformou em um verdadeiro espa&ccedil;o de participa&ccedil;&atilde;o e express&atilde;o da comunidade negra. Atualmente, ela &eacute; uma refer&ecirc;ncia nacional e internacional por sua inova&ccedil;&atilde;o no trabalho com arte, educa&ccedil;&atilde;o e diversidade cultural.</p>
<h3 style="text-align: justify;">Ax&eacute; Music</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="540" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03163736371103.jpg" width="960" /> <figcaption>(Fonte: Daniel Munoz/Reuters/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">O ax&eacute;, ou ax&eacute; music, &eacute; um g&ecirc;nero musical que surgiu na Bahia em 1980, durante as manifesta&ccedil;&otilde;es populares do Carnaval de Salvador. O ritmo &eacute; uma grande mistura de ijex&aacute;, samba-reggae, frevo, reggae, merengue, forr&oacute;, samba duro, ritmos do candombl&eacute;, pop rock, e outros estilos afrobrasileiros e afrolatinos.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="426" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03164313590107.jpg" width="640" /> <figcaption>Margareth Menezes. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">Cantores como Daniela Mercury, Margareth Menezes e Luiz Caldas ajudaram a projetar o ax&eacute; music por todo o pa&iacute;s. Ele se espalhou rapidamente, gerando as famosas micaretas (que s&atilde;o uma esp&eacute;cie de Carnaval fora de &eacute;poca), e ganhou muito impulso na ind&uacute;stria musical, produzindo sucessos o ano inteiro.</p>
<p style="text-align: justify;">Infelizmente, muitos cr&iacute;ticos acreditam que esse estilo musical tem entrado em decl&iacute;nio nos &uacute;ltimos anos, n&atilde;o pela diminui&ccedil;&atilde;o de sua popularidade, mas sim porque as m&uacute;sicas novas n&atilde;o aparentam ter a mesma for&ccedil;a que as can&ccedil;&otilde;es antigas. Os principais grupos favoritos de ax&eacute; do pa&iacute;s continuam sendo os mesmos da d&eacute;cada de 1990 e in&iacute;cio dos anos 2000, e os novatos n&atilde;o conseguem atingir o mesmo n&iacute;vel de express&atilde;o de seus antecessores. Isso traz a preocupa&ccedil;&atilde;o de que o ritmo baiano n&atilde;o seja capaz de se renovar com uma nova gera&ccedil;&atilde;o, e perca sua relev&acirc;ncia quando seus representantes mais antigos decidam parar de se apresentar.</p>
<h2 style="text-align: justify;">Os trios que come&ccedil;aram como uma dupla</h2>
<p style="text-align: justify;">Al&eacute;m dos trios el&eacute;tricos serem uma parte ic&ocirc;nica do Carnaval de Salvador, eles permitiram a cria&ccedil;&atilde;o de uma nova ind&uacute;stria fora do eixo Rio-S&atilde;o Paulo. Antes de sua notoriedade, se algum artista queria se destacar no cen&aacute;rio cultural, era preciso vir para o sudeste. Com essa inova&ccedil;&atilde;o, os cantores nordestinos puderam alcan&ccedil;ar mais espa&ccedil;o no cen&aacute;rio da m&uacute;sica nacional.</p>
<p style="text-align: justify;">E tudo come&ccedil;ou em 1950, quando o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas do Recife tinha uma apresenta&ccedil;&atilde;o para fazer no Rio de Janeiro e, como a embarca&ccedil;&atilde;o na qual viajavam teria que fazer uma escala na capital baiana, a prefeitura da cidade os convidou para tamb&eacute;m se apresentarem por l&aacute;.</p>
<p style="text-align: justify;">No dia 31 de janeiro, o clube realizou seu desfile pelas ruas de Salvador, uma grande folia que contava com cord&otilde;es, pessoas fantasiadas e 65 m&uacute;sicos tocando fanfarras, um momento importante que iria revolucionar a hist&oacute;ria da m&uacute;sica popular brasileira.</p>
<p style="text-align: justify;">Obviamente que a multid&atilde;o logo ficou empolgada e passou a acompanhar o cortejo, mas quando estavam chegando em uma das principais ruas da cidade, um dos m&uacute;sicos pernambucanos acabou se ferindo, e o clube precisou interromper a apresenta&ccedil;&atilde;o. Isso foi extremamente frustrante para quem estava acompanhando a festa e para aqueles que esperavam ansiosamente para ver a folia nas pr&oacute;ximas ruas.</p>
<p style="text-align: justify;">Dois amigos, Antonio Adolfo Nascimento (que tinha o apelido de Dod&ocirc;) e Osmar &Aacute;lvares Macedo viram a empolga&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico com o frevo pernambucano, assim como a tristeza que a interrup&ccedil;&atilde;o do desfile provou. Dod&ocirc; era dono de uma oficina mec&acirc;nica, e ao avaliar a situa&ccedil;&atilde;o, ele e Osmar tiveram a ideia de adaptar um Ford 1929, conhecido popularmente como fobica na &eacute;poca, ligando um viol&atilde;o e um prot&oacute;tipo de guitarra a bateria do autom&oacute;vel e saindo pelas ruas executando as m&uacute;sicas recifenses. E assim come&ccedil;ava a dupla el&eacute;trica, Dod&ocirc; e Osmar.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="1067" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03164521730108.jpg" width="800" /> <figcaption>Est&aacute;tua de Dod&ocirc; e Osmar em Salvador. (Fonte: Andrevruas/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">O &ldquo;trio el&eacute;trico&rdquo; s&oacute; foi surgir no ano seguinte, quando os amigos trocaram o carro por uma pick-up Chrysler Fargo e chamaram Tem&iacute;stocles Arag&atilde;o para tocar um instrumento chamado triolim (guitarra tenor).</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03164936855110.jpg" /> <figcaption>Osmar e a fobica. (Fonte: Arquivo Pessoal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">Em 1952, eles adicionaram mais inova&ccedil;&otilde;es, chegando a um total de oito alto-falantes, geradores adicionais, e receberam o apoio da f&aacute;brica baiana de refrigerantes Fratelli Vita. J&aacute; em 1953 a inven&ccedil;&atilde;o passou a ser copiada por outros grupos, conhecidos como: 5 Irm&atilde;os, Ipiranga e Conjunto Atlas. Isso foi o ponto alto para consagrar o conceito do trio el&eacute;trico, e em 1959 os trios se apresentaram em Recife, sendo patrocinados pela Coca-Cola, mostrando de uma vez por todas que chegaram para ficar no circuito carnavalesco.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="469" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03165410777113.jpg" width="628" /> <figcaption>O trio j&aacute; com patroc&iacute;nio em 1952. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">Na d&eacute;cada de 1960, a Prefeitura de Salvador passou a promover concursos de trios el&eacute;tricos, tornando os desfiles dos trios uma tradi&ccedil;&atilde;o na Bahia. Na mesma &eacute;poca, eles come&ccedil;aram a se ligar a blocos, usando como identifica&ccedil;&atilde;o camis&otilde;es coloridos chamados na &eacute;poca de mortalhas (que seriam os av&ocirc;s dos abad&aacute;s), e passaram a isolar os demais foli&otilde;es usando cordas de separa&ccedil;&atilde;o. E em 1969, Caetano Veloso lan&ccedil;a a can&ccedil;&atilde;o Atr&aacute;s do Trio El&eacute;trico, que divulga a atra&ccedil;&atilde;o antes restrita aos dois estados nordestinos para todo o Brasil.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="566" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03165636168114.jpg" width="850" /> <figcaption>Trio El&eacute;trico Maraj&oacute; na d&eacute;cada de 70. (Fonte: Livro Historia do Carnaval da Bahia/reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">Por&eacute;m a profissionaliza&ccedil;&atilde;o dos trios s&oacute; come&ccedil;ou em 1970, assim como o modelo que &eacute; t&atilde;o conhecido atualmente. At&eacute; aquele momento, as m&uacute;sicas deste estilo de entretenimento eram todas instrumentais, com o primeiro cantor, Morais Moreira, subindo no trio el&eacute;trico do grupo Tapaj&oacute;s em 1978. O cantor explicou depois que a ideia de ter algu&eacute;m cantando surgiu depois de uma conversa com Gilberto Gil, que achava necess&aacute;rio "botar uma for&ccedil;a no trio", porque n&atilde;o aguentava mais escutar as mesmas coisas sendo tocadas.</p>
<p style="text-align: justify;">Com o decorrer dos anos, os ve&iacute;culos passaram a ser cada vez mais aperfei&ccedil;oados, e j&aacute; nos anos 80 existiam alguns com palcos girat&oacute;rios e elevadores autom&aacute;ticos.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="429" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03170102528116.jpg" width="807" /> <figcaption>(Fonte: M&aacute;rcio Reis/Ag Haack/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">Atualmente, al&eacute;m de sua import&acirc;ncia para o carnaval nordestino, o trio el&eacute;trico tamb&eacute;m se tornou um item estrat&eacute;gico para a administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica e para a economia local, auxiliando neg&oacute;cios no turismo cultural, ajudando no surgimento e manuten&ccedil;&atilde;o de novos artistas e organiza&ccedil;&otilde;es como blocos, afox&eacute;s, e trios independentes, al&eacute;m de gerar novos produtos (abad&aacute;s, discos, shows...). At&eacute; a pr&oacute;pria fabrica&ccedil;&atilde;o e aluguel dos ve&iacute;culos serve como uma forma de movimentar grandes fortunas todos os anos. E pensar que tudo isso come&ccedil;ou com dois amigos e uma fobica, hein?</p>
<h2 style="text-align: justify;">Carnaval em Salvador 2020</h2>
<p style="text-align: justify;">Em 2020, as comemora&ccedil;&otilde;es de carnaval em Salvador come&ccedil;am a partir dos dias 15 e 16 de fevereiro com o Fuzu&ecirc; e Furdun&ccedil;o, que antecedem a abertura oficial. Depois disso, a programa&ccedil;&atilde;o oficial vai durar do dia 20 at&eacute; 26 de fevereiro. Os eventos carnavalescos na cidade costumam atrair mais 1 milh&atilde;o de turistas todos os anos, e essa vez provavelmente n&atilde;o ser&aacute; diferente.</p>
<p style="text-align: justify;">O carnaval da capital baiana &eacute; muito popular pela energia contagiante de sua folia, e as festas v&atilde;o rolar em tr&ecirc;s principais circuitos: Dod&ocirc; (Barra-Ondina), Osmar (Campo Grande-Avenida Sete) e Batatinha (Centro Hist&oacute;rico).</p>
<figure class="image"><img alt="" height="698" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03170212137119.jpg" width="1024" /> <figcaption>Carnaval do Circuito Batatinha. (Fonte: F&aacute;bio Rodrigues Pozzebom/ABr - Ag&ecirc;ncia Brasil/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">Os camarotes e a maioria dos blocos do carnaval s&atilde;o pagos, e para participar &eacute; preciso adquirir um abad&aacute;. Mas para quem n&atilde;o pode ou n&atilde;o pretende gastar muito, a melhor op&ccedil;&atilde;o &eacute; acompanhar os blocos sem cordas e curtir a programa&ccedil;&atilde;o do Carnaval Pipoca que esse ano contar&aacute; com grandes atra&ccedil;&otilde;es nacionais como Ivete Sangalo, Alok, Bell Marques e v&aacute;rios outros.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="512" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03170259684120.jpg" width="768" /> <figcaption>(Fonte: Fabio Rocha/Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="text-align: justify;">Para quem estiver atr&aacute;s de uma programa&ccedil;&atilde;o mais alternativa, &eacute; legal dar uma conferida no Palco do Rock, na Villa Infantil e no Carnaval dos Bairros, que acontece em Cajazeiras, Periperi, Itapu&atilde;, Liberdade, Boca do Rio, Plataforma e Pau de Lima.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="320" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03170454012122.jpg" width="479" /> <figcaption>(Fonte: Valter Pontes/Secom/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>Em 2019, as festividades carnavalescas em Salvador contaram com mais de 200 atra&ccedil;&otilde;es e 700 apresenta&ccedil;&otilde;es nos circuitos oficiais.</p>

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Carnaval de Salvador: o mais animado do Brasil

Imagem de Carnaval de Recife e Olinda: lar do maior bloco de rua do mundo! no megacurioso

Mais detalhes e curiosidades sobre a festa carnavalesca nas duas cidades de Pernambuco

<p style="margin-bottom: 11px;">As festividades nordestinas de <a href="http://nzn.me/m113408" target="_blank">Carnaval</a> s&atilde;o muito famosas pela empolga&ccedil;&atilde;o e energia contagiante. E os carnavais de Recife e Olinda tamb&eacute;m s&atilde;o cheios de atrativos. Seu estilo &eacute; distinto e muito influenciado por tribos africanas e ind&iacute;genas que foram escravizadas durante o per&iacute;odo colonial.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Nesses dois locais, as pessoas t&ecirc;m a oportunidade de experimentar o esp&iacute;rito vibrante carnavalesco participando intensamente da festa, em vez de apenas assistir do lado de fora.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="479" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04065049083242.jpg" width="812" /> <figcaption>Legenda</figcaption></figure>
<h2>Hist&oacute;ria do Carnaval em Recife e Olinda</h2>
<p style="margin-bottom: 11px;">Recife foi um dos primeiros assentamentos portugueses aqui no Brasil&nbsp;e depois de um breve governo pelos holandeses entre 1630 e 1654, a regi&atilde;o voltou a ficar sob o controle lusitano, com a ind&uacute;stria da cana come&ccedil;ando a florescer. Nessa &eacute;poca, nossos colonizadores tentaram empregar ind&iacute;genas em seus campos de cana, o que n&atilde;o funcionou muito bem. Por conta disso, africanos escravizados foram trazidos para trabalhar nas planta&ccedil;&otilde;es e&nbsp;eles influenciaram a culin&aacute;ria, a arte, a m&uacute;sica e formas de dan&ccedil;a do Brasil &mdash; principalmente em Pernambuco.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">No fim do s&eacute;culo XVII, o <a href="http://nzn.me/m113402" target="_blank">famoso entrudo portugu&ecirc;s </a>come&ccedil;ou a mudar ao assimilar os costumes africanos. Al&eacute;m disso, existiam organiza&ccedil;&otilde;es chamadas Companhias, que se reuniam para celebrar a Festa de Reis. Elas eram constitu&iacute;das, em sua maioria, por negros, escravos ou n&atilde;o, que suspendiam seus trabalhos para comemorar o feriado cat&oacute;lico.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Com o fim da escravid&atilde;o, passaram a surgir agremia&ccedil;&otilde;es carnavalescas nos bairros mais populares de Recife, que tinham como inspira&ccedil;&atilde;o os maracatus e os festejos dos Reis Magos.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Toda essa mistura resultou no frevo e no passo, que deram ao Carnaval de Pernambuco o seu estilo &uacute;nico.</p>
<h2>Maracatu</h2>
<p style="margin-bottom: 11px;">Existem dois tipos de maracatu, o Maracatu Na&ccedil;&atilde;o e o de Baque Solto.</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04065212302243.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Tetraktys/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">No s&eacute;culo XVIII surgiu o Maracatu Na&ccedil;&atilde;o, uma mistura de ritmo musical, dan&ccedil;a, rituais e v&aacute;rias doutrinas religiosas. Ele tamb&eacute;m era chamado de Maracatu de Baque Virado, que encenava a coroa&ccedil;&atilde;o do Rei Negro, o Rei do Congo, e a coroa&ccedil;&atilde;o era realizada na Igreja de Nossa Senhora do Ros&aacute;rio.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="685" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04065341536245.jpg" width="1024" /> <figcaption>(Fonte: Prefeitura de Olinda/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Essa manifesta&ccedil;&atilde;o cultural &eacute; formada por um conjunto musical percussivo que acompanha um cortejo real. Os grupos apresentam um espet&aacute;culo repleto de simbologias, com extrema riqueza est&eacute;tica e muita musicalidade. O momento de maior destaque consiste na sa&iacute;da &agrave;s ruas para desfiles e apresenta&ccedil;&otilde;es no per&iacute;odo carnavalesco.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Os cortejos de maracatu s&atilde;o um modo de tentar representar as antigas cortes africanas. Ao serem vendidos como escravos, os negros trouxeram para o Brasil suas ra&iacute;zes e mantiveram seus t&iacute;tulos de nobreza. Eles s&atilde;o compostos por uma bandeira ou estandarte para abrir as alas. Logo em seguida, vem a dama do pa&ccedil;o, carregando a m&iacute;stica calunga, para representar todas as entidades espirituais do grupo.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="687" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04065255474244.jpg" width="1024" /> <figcaption>(Fonte: Ant&ocirc;nio Cruz/ABr - Ag&ecirc;ncia Brasil/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Depois seguem as yab&aacute;s (tamb&eacute;m chamadas de baianas) e, um pouco atr&aacute;s, a corte e o rei e a rainha dos maracatus. O interessante &eacute; que os t&iacute;tulos de realeza s&atilde;o passados de forma heredit&aacute;ria&nbsp;por representarem a nobreza da Na&ccedil;&atilde;o.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Nas laterais do cortejo v&atilde;o as escravas, ou catirinas, normalmente jovens usando vestimentas mais simples.</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04065449786246.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Prefeitura de Olinda/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Para manter o ritmo, existem os batuqueiros, que usam diversos instrumentos, como&nbsp;alfaias (uma esp&eacute;cie de tambor), caixas ou tar&oacute;is, ganz&aacute;s e ab&ecirc;s. Eles s&atilde;o normalmente conduzidos por mulheres que andam na frente do grupo&nbsp;e, sozinhas, j&aacute; s&atilde;o um espet&aacute;culo &agrave; parte.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">J&aacute; o Baque Solto, tamb&eacute;m conhecido como Maracatu Rural, n&atilde;o possui v&iacute;nculo religioso e est&aacute; ligado com o folclore pernambucano. Os personagens principais dessa manifesta&ccedil;&atilde;o s&atilde;o os Caboclos de Lan&ccedil;a, que s&atilde;o representados por trabalhadores rurais. Pessoas que com as mesmas m&atilde;os que cortam cana, cuidam da terra e carregam grandes pesos, tamb&eacute;m bordam suas fantasias e tocam o ritmo acelerado da m&uacute;sica.</p>
<h2>Frevo</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="948" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04065726083247.jpg" width="799" /> <figcaption>(Fonte: Prefeitura de Olinda/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">O frevo tem uma origem urbana, surgindo nas ruas do Recife nos fins do s&eacute;culo XIX e come&ccedil;o do s&eacute;culo XX. Ele nasceu da combina&ccedil;&atilde;o de marchas, maxixes e dobrados; e pode ser que as antigas bandas militares e as quadrilhas de origem europeia possam ter contribu&iacute;do tamb&eacute;m para a cria&ccedil;&atilde;o desse ritmo.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">O nome vem da palavra ferver, que por corruptela virou <em>frever</em>, dando origem a palavra frevo, que de acordo com o Vocabul&aacute;rio Pernambucano de Pereira da Costa passou ent&atilde;o a significar&nbsp;"efervesc&ecirc;ncia, agita&ccedil;&atilde;o, confus&atilde;o, rebuli&ccedil;o; apert&atilde;o nas reuni&otilde;es de grande massa popular no ir e ver em dire&ccedil;&otilde;es opostas durante o Carnaval".</p>
<figure class="image"><img alt="" height="542" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04065834724249.jpg" width="819" /> <figcaption>(Fonte: Prefeitura de Olinda/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A m&uacute;sica possui uma composi&ccedil;&atilde;o ligeira, perfeita para as folias carnavalescas. Os m&uacute;sicos queriam dar ao povo mais anima&ccedil;&atilde;o durante essa &eacute;poca de festa&nbsp;e as pessoas queriam algo barulhento e animado, com o qual pudessem extravasar a alegria e esquecer das dificuldades. Com o passar do tempo, o estilo ganhou caracter&iacute;sticas pr&oacute;prias que s&atilde;o acompanhadas por uma dan&ccedil;a inconfund&iacute;vel, o passo, com muitos movimentos soltos e acrob&aacute;ticos. Como sofreu v&aacute;rias influ&ecirc;ncias ao longo dos anos, come&ccedil;ou a ser dividido em tr&ecirc;s tipos. Elas s&atilde;o: de rua, can&ccedil;&atilde;o e de bloco.</p>
<h3>Estilos</h3>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04070314427251.jpg" /> <figcaption>(Fonte: S&eacute;rgio Bernardo/PCR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<ul>
<li style="margin-bottom: 11px;">O frevo de rua &eacute; basicamente o frevo comum, suas caracter&iacute;sticas n&atilde;o se assemelham com nenhum outro de tipo de m&uacute;sica brasileira ou internacional. Ele se diferencia dos outros dois tipos porque n&atilde;o possui letra, sendo feito unicamente para dan&ccedil;ar;</li>
<li style="margin-bottom: 11px;">O frevo can&ccedil;&atilde;o possui melodias bonitas, como <em>A Marcha n&deg; 1</em> do Vassourinhas, que &eacute; considerado um hino do Carnaval pernambucano, estando presente tanto nos bailes quanto nas ruas. Esse estilo tem muitos aspectos em comum com as marchinhas cariocas, tendo uma introdu&ccedil;&atilde;o e uma parte cantada;</li>
<li style="margin-bottom: 11px;">J&aacute; o frevo de bloco pode ter se inspirado em serenatas. Viol&otilde;es, banjos, cavaquinhos, e outros s&atilde;o utilizados para criar as m&uacute;sicas desse ritmo.</li>
</ul>
<h3>Dan&ccedil;a e Acess&oacute;rio</h3>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04070112208250.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Passarinho/Prefeitura de Olinda/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Pode parecer estranho, mas no frevo, os instrumentos musicais j&aacute; serviram como arma quando agremia&ccedil;&otilde;es rivais se chocavam, principalmente na &eacute;poca das revolu&ccedil;&otilde;es pernambucanas. A origem dos passos vem dos capoeiristas que andavam na frente das bandas, exibindo seus movimentos de luta para intimidar os grupos rivais. Atualmente, os golpes viraram passos de dan&ccedil;a, que foram evoluindo junto desse estilo musical efervescente.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Quando se pensa em frevo, logo vem a imagem da famosa sombrinha. Ela &eacute; um s&iacute;mbolo ic&ocirc;nico do ritmo&nbsp;e ajuda nas acrobacias. Mas no come&ccedil;o, n&atilde;o passava de um guarda-chuva que os capoeiristas carregavam pela necessidade de ter uma forma de arma disfar&ccedil;ada para ataque e defesa, j&aacute; que na &eacute;poca a pr&aacute;tica da capoeira era proibida. Os primeiros frevistas&nbsp;n&atilde;o levavam guarda-chuvas em bom estado, escolhendo aqueles que eram mais s&oacute;lidos e tinham uma boa arma&ccedil;&atilde;o. E como o tempo tudo transforma, logo esses velhos guarda-chuvas rasgados foram mudando, acompanhando a evolu&ccedil;&atilde;o da dan&ccedil;a&nbsp;e se convertendo atualmente na pequena sombrinha, colorida e nada amea&ccedil;adora.</p>
<h2>Recife: Galo da Madrugada e Tambores Silenciosos</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="460" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04070432787253.jpg" width="820" /> <figcaption>(Fonte: Governador Eduardo Campos/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A festa na capital de Pernambuco &eacute; um dos maiores eventos carnavalescos do mundo, atraindo mais de 1 milh&atilde;o de pessoas durante os seis dias de muita comemora&ccedil;&atilde;o. Em Recife, as comemora&ccedil;&otilde;es s&atilde;o livres para todos os p&uacute;blicos. Blocos e grupos t&ecirc;m permiss&atilde;o para tocarem o estilo de m&uacute;sica que quiserem e darem seu pr&oacute;prio show.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="476" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04070629287254.jpg" width="750" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">O Galo da Madrugada representa o in&iacute;cio do Carnaval na cidade.&nbsp;&Eacute;&nbsp;um bloco carnavalesco que sai todo s&aacute;bado de carnaval pelas manh&atilde;s de S&atilde;o Jos&eacute;, um dos bairros da regi&atilde;o central da capital, e &eacute; composto por carros aleg&oacute;ricos, dan&ccedil;arinos de frevo e v&aacute;rios trios el&eacute;tricos. O bloco foi consagrado pelo livro dos recordes como o maior do mundo desde 1995 e seu &uacute;nico rival em tamanho &eacute; o bloco carioca&nbsp;Cord&atilde;o da Bola Preta. O Galo se mant&eacute;m fiel &agrave;s antigas tradi&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o usando os cord&otilde;es de separa&ccedil;&atilde;o, ent&atilde;o todos que quiserem podem participar.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Al&eacute;m disso, a prefeitura realiza o Carnaval Multicultural, com disputas em diversas categorias de agremia&ccedil;&otilde;es carnavalescas. &Eacute; considerada uma das festas mais democr&aacute;ticas do mundo&nbsp;e os foli&otilde;es n&atilde;o precisam pagar para participar &mdash;&nbsp;s&oacute; precisam de vontade, alegria e muita disposi&ccedil;&atilde;o para se divertir durante a &eacute;poca comemorativa.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="543" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04070733834256.jpg" width="820" /> <figcaption>(Fonte: Ant&ocirc;nio Cruz/ABr - Ag&ecirc;ncia Brasil/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Um dos momentos emocionantes das comemora&ccedil;&otilde;es em&nbsp;Recife ocorre na segunda-feira. A Noite dos Tambores Silenciosos presta homenagem aos escravos africanos&nbsp;e ocorre logo depois do desfile de maracatus, em frente &agrave; Igreja de Nossa Senhora do Passo.</p>
<h2>Olinda: tradi&ccedil;&otilde;es e bonecos</h2>
<p style="margin-bottom: 11px;">O estilo carnavalesco de Olinda &eacute; relativamente recente, sendo marcado pela cria&ccedil;&atilde;o de agremia&ccedil;&otilde;es como o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores, em 1907, e o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, de 1912, e os dois ainda fazem parte das celebra&ccedil;&otilde;es na cidade.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="554" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04070936881259.jpg" width="800" /> <figcaption>(Fonte: Ant&ocirc;nio Cruz/ABr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A festa nessa cidade preserva muitas tradi&ccedil;&otilde;es da folia pernambucana e nordestina. A festa do frevo &eacute; totalmente democr&aacute;tica e popular, convivendo em harmonia com as outras manifesta&ccedil;&otilde;es culturais da cidade, como o maracatu. A cada ano que passa, as comemora&ccedil;&otilde;es de Carnaval se tornam ainda mais participativas&nbsp;devido aos esfor&ccedil;os do governo local em&nbsp;resgatar as caracter&iacute;sticas culturais e ampliar a integra&ccedil;&atilde;o popular durante a data.</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04071021615260.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Ant&ocirc;nio Cruz/ABr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A festa &eacute; aberta a todos, n&atilde;o existindo cobran&ccedil;a de ingressos ou necessidade de abad&aacute;s. As fam&iacute;lias trazem desde cedo suas crian&ccedil;as para participar da celebra&ccedil;&atilde;o&nbsp;e o pessoal da terceira idade tamb&eacute;m &eacute; convidado&nbsp;a participar da folia.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Em Olinda, o povo &eacute; o centro das festividades. A cidade n&atilde;o possui samb&oacute;dromos ou trios el&eacute;tricos, todas as ruas ficam dispon&iacute;veis para as pessoas curtirem&nbsp;e aproveitarem o ritmo musical que mais desejarem. Por causa disso, n&atilde;o h&aacute; programa&ccedil;&atilde;o carnavalesca local, s&oacute; o dia para come&ccedil;ar e terminar. Alguns blocos continuam suas atividades at&eacute; tarde da noite&nbsp;e outros s&oacute; acontecem no per&iacute;odo da manh&atilde;.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Todos os anos, as ruas e ladeiras da Cidade Alta s&atilde;o tomadas por centenas de agremia&ccedil;&otilde;es carnavalescas e tipos populares, como clubes de frevo, tro&ccedil;as, blocos, maracatus, caboclinhos, afox&eacute;s, diversas manifesta&ccedil;&otilde;es culturais que trazem uma mistura dos costumes e tradi&ccedil;&otilde;es de brancos, negros e &iacute;ndios.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="534" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04071154381262.jpg" width="800" /> <figcaption>(Fonte: Prefeitura de Olinda/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Um dos elementos mais famosos da folia olindense s&atilde;o os bonecos gigantes. Todos os anos s&atilde;o criados novos tipos e atualmente existem centenas desfilando por toda a cidade durante o Carnaval. Esses bonecos s&atilde;o parte da heran&ccedil;a europeia no local e sua origem vem das prociss&otilde;es do s&eacute;culo XV, quando acompanhavam os cortejos religiosos. O primeiro boneco a tomar as ruas da cidade foi o Homem da Meia-Noite, animando a festa desde 1932 e presente at&eacute; hoje.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="580" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04071101849261.jpg" width="800" /> <figcaption>(Fonte: Ant&ocirc;nio Cruz/ABr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A comemora&ccedil;&atilde;o na cidade n&atilde;o ficaria completa sem as fantasias. Figuras populares inspiradas em situa&ccedil;&otilde;es atuais se misturam com cria&ccedil;&otilde;es mais tradicionais, carregando sempre a cr&iacute;tica social que nunca deixa de estar presente no Carnaval da cidade.</p>

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Carnaval de Recife e Olinda: lar do maior bloco de rua do mundo!

Imagem de Como funciona uma Escola de Samba? no megacurioso

As escolas de samba são uma parte fundamental do Carnaval no Brasil, então não podíamos deixar de contar um pouco mais sobre elas

<p style="margin-bottom: 11px;">&Eacute; imposs&iacute;vel falar de <a href="http://nzn.me/m113408" target="_blank">Carnaval</a> sem pensar nas escolas de samba, certo? Elas s&atilde;o uma das institui&ccedil;&otilde;es culturais mais famosas no Brasil e sua presen&ccedil;a dentro das comunidades &eacute; extremamente importante. Agora, &eacute; hora de falar mais sobre elas.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="489" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04114005363457.jpg" width="670" /> <figcaption>(Fonte: Marcelo Fonseca/Estad&atilde;o Conte&uacute;do/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Ranchos carnavalescos e a cria&ccedil;&atilde;o das escolas de samba</h2>
<p style="margin-bottom: 11px;">Os ranchos carnavalescos surgiram no final do s&eacute;culo XIX eram associa&ccedil;&otilde;es que realizavam cortejos de carnaval, contando sempre com a presen&ccedil;a de Rei e Rainha, que desfilavam ao som das chamadas marcha-rancho.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="304" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04114154691460.jpg" width="424" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Eles provavelmente foram derivados da cultura africana, como Congos e Cucumbis, mas enquanto os dois &uacute;ltimos eram mais difundidos entre as camadas mais populares, os ranchos costumavam ser mais &ldquo;chiques&rdquo;.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Seus desfiles envolviam uma alegoria muito parecida com um cortejo, e costumavam utilizar instrumentos de sopro e corda.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">As marchas-rancho, como o pr&oacute;prio nome indica, possu&iacute;am um ritmo muito mais lento do que as m&uacute;sicas das atuais escolas de samba. A famosa marchinha Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, &eacute; um exemplo do estilo musical do rancho.</p>
<p><iframe width="560" height="315" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" src="https://www.youtube.com/embed/m_vaRKqCDYM"></iframe></p>
<p style="margin-bottom: 11px;">As escolas de samba surgiram como um produto das transforma&ccedil;&otilde;es de manifesta&ccedil;&otilde;es culturais do <a href="http://nzn.me/m113402" target="_blank">carnaval do Rio de Janeiro</a> juntamente com a cria&ccedil;&atilde;o do samba moderno. Para especialistas na hist&oacute;ria carnavalesca, o surgimento dessas escolas come&ccedil;a em 1928, com a cria&ccedil;&atilde;o da Deixa Falar no Rio de Janeiro.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">A ideia era criar um bloco de carnaval diferente, que dan&ccedil;asse e evolu&iacute;sse com o samba, e diferentemente dos ranchos, que n&atilde;o utilizasse instrumentos de sopro.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Ainda em 1929, foi organizado o primeiro concurso de samba na casa do jornalista que tamb&eacute;m &eacute; o fundador da Mangueira. E em 1932, o jornalista Mario Filho organizou e patrocinou o primeiro desfile das escolas na ic&ocirc;nica Pra&ccedil;a Onze.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="482" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04114451003464.jpg" width="1024" /> <figcaption>Participantes da escola Esta&ccedil;&atilde;o Primeira Mangueira. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Neste primeiro concurso, 19 escolas participaram, e os pr&eacute;-requisitos para o concurso inclu&iacute;am ter mais de 100 pessoas, um samba in&eacute;dito, n&atilde;o usar instrumentos de sopro, ter uma ala de baianas, entre outros. O vencedor foi a Esta&ccedil;&atilde;o Primeira de Mangueira, com a Portela ficando em segundo lugar (na &eacute;poca, a escola se chamava Osvaldo Cruz). Com o sucesso, ele foi oficializado e passou a acontecer anualmente na Pra&ccedil;a Onze at&eacute; 1941.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Ao longo do tempo, as escolas de samba come&ccedil;aram a incorporar certos aspectos dos ranchos, como a cria&ccedil;&atilde;o de um enredo para o desfile e a apresenta&ccedil;&atilde;o de um casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira.</p>
<h2>Elementos de uma escola de samba</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="466" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115138457474.jpg" width="700" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Nos desfiles, cada detalhe apresentado pelas escolas &eacute; muito importante. V&aacute;rios elementos precisam ser apresentados em um desfile de uma escola de samba, e alguns deles s&atilde;o quesitos que recebem notas dos jurados. Outros, como a ala das baianas, n&atilde;o s&atilde;o considerados como quesitos, mas se n&atilde;o forem exibidos, tamb&eacute;m podem levar &agrave;&nbsp;perda de pontos.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="620" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04114639191467.jpg" width="860" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A comiss&atilde;o de frente &eacute; o primeiro grupo a desfilar de uma escola de samba e uma condi&ccedil;&atilde;o obrigat&oacute;ria. Sua fun&ccedil;&atilde;o &eacute; saudar o p&uacute;blico e os jurados e apresentar a sua escola. Normalmente, ela consiste de 10 a 15 pessoas que realizam uma coreografia, para introduzir o enredo. Antigamente, esses grupos eram formados por membros da velha guarda da escola, que carregavam bast&otilde;es, como se estivessem protegendo a agremia&ccedil;&atilde;o.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="577" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04114839004468.jpg" width="960" /> <figcaption>(Fonte: Felipe Araujo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Com o passar dos anos, as escolas come&ccedil;aram a investir em artistas pl&aacute;sticos, core&oacute;grafos e bailarinos profissionais para enriquecer a apresenta&ccedil;&atilde;o. Como existe para saudar e empolgar o p&uacute;blico, obrigatoriamente precisa ser a primeira, e tirando essa regra, n&atilde;o existe nenhuma outra sobre a ordem dos outros elementos durante o desfile.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="466" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04114949785470.jpg" width="700" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">O abre-alas &eacute; a primeira alegoria apresentada pela escola e n&atilde;o precisa obrigatoriamente fazer parte do enredo. Normalmente, esse carro traz o s&iacute;mbolo de sua escola, como a &Aacute;guia da Portela, ou o Tambor da Mangueira. Sua fun&ccedil;&atilde;o &eacute; impressionar os jurados e o p&uacute;blico, levando o encanto dos gigantes do samba para todo o mundo.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="620" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115016519471.jpg" width="860" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A ala das baianas, mesmo n&atilde;o sendo um quesito, &eacute; de extrema import&acirc;ncia para uma escola de samba e deve contar com pelo menos 70 participantes. &Eacute; um dos momentos mais aguardados dos desfiles e fica reservada para as mulheres mais experientes das escolas. No in&iacute;cio da hist&oacute;ria das escolas, s&oacute; os homens participavam dessa ala. Ela representa as antigas baianas quituteiras tamb&eacute;m conhecidas como &ldquo;tias do samba&rdquo; que acolhiam os sambistas em seus lares no in&iacute;cio do s&eacute;culo 20, em uma &eacute;poca na qual o ritmo ainda reprimido pela pol&iacute;cia.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="733" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115049004472.jpg" width="1100" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Os carros aleg&oacute;ricos, junto com as fantasias, apresentam visualmente o tema da escola. Eles s&atilde;o julgados dentro do quesito alegorias e adere&ccedil;os, mas tamb&eacute;m s&atilde;o essenciais no quesito enredo. As alegorias englobam os elementos cenogr&aacute;ficos, como luzes, telas e adere&ccedil;os. Seu design, originalidade e efeitos podem render muitos pontos. Elas servem como uma divis&atilde;o de setor do enredo, e sintetizam v&aacute;rios elementos da hist&oacute;ria.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="620" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115109082473.jpg" width="860" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">O mestre-sala e a porta-bandeira s&atilde;o os componentes mais importantes, com a responsabilidade de conduzir a bandeira da escola durante o desfile, que &eacute; considerada um dos s&iacute;mbolos mais emblem&aacute;ticos da apresenta&ccedil;&atilde;o. A fun&ccedil;&atilde;o original do mestre-sala era proteger a porta-bandeira, porque as agremia&ccedil;&otilde;es rivais tinham o costume de roubar as bandeiras de seus concorrentes.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="445" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115312394475.jpg" width="620" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A roupa da dupla &eacute; tradicionalmente confeccionada nas cores da escola, recebendo adapta&ccedil;&otilde;es para o enredo escolhido no ano, mas sempre com acabamentos luxuosos. O desempenho do casal &eacute; um dos quesitos de julgamento, um peso muito grande se considerarmos que &eacute; atribu&iacute;do somente a duas pessoas.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="620" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115339285476.jpg" width="860" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A bateria &eacute; o cora&ccedil;&atilde;o de uma escola, sendo formada por um grupo de 250 a 300 percussionistas que ficam respons&aacute;veis pela energia e evolu&ccedil;&atilde;o do ritmo durante toda a apresenta&ccedil;&atilde;o. Ela costuma apresentar instrumentos como o surdo de primeira (respons&aacute;vel pela marca&ccedil;&atilde;o do samba), o surdo de segunda e o surdo de terceira; repique, caixa de guerra, chocalho, tamborim, cu&iacute;ca, agog&ocirc;, reco-reco e prato.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="466" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115358426477.jpg" width="700" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Cada escola pode fazer suas varia&ccedil;&otilde;es nessa composi&ccedil;&atilde;o, mas os instrumentos de sopro continuam fora dessa festa. O mestre de bateria tem o fator crucial entrada no recuo na avenida, coordenando o ritmo para que os outros m&uacute;sicos sigam o compasso e n&atilde;o deixem "buracos" no desfile ao fazerem a curva para a &aacute;rea reservada. Ela forma um quesito espec&iacute;fico, mas tamb&eacute;m influencia outros, como harmonia musical e samba-enredo.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="466" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115416051478.jpg" width="700" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A madrinha de bateria n&atilde;o &eacute; uma presen&ccedil;a obrigat&oacute;ria no desfile, a menos que fa&ccedil;a parte do enredo. Algumas escolas escolhem mulheres de sua comunidade para essa posi&ccedil;&atilde;o, enquanto outras optam por famosas para essa fun&ccedil;&atilde;o.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="733" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115435019479.jpg" width="1100" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">O puxador &eacute; respons&aacute;vel pelo andamento do samba-enredo durante o desfile, o m&uacute;sico normalmente possui o aux&iacute;lio de um grupo de cantores de apoio, e desfilam juntos em cima ou ao lado do carro de som, logo depois da bateria. O nome vem do princ&iacute;pio que todos os integrantes da escola devem cantar o samba durante a apresenta&ccedil;&atilde;o, ent&atilde;o a m&uacute;sica precisa ser apenas iniciada, ou puxada, pelo artista. A afina&ccedil;&atilde;o dos cantores &eacute; julgada no quesito harmonia.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="733" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115454113480.jpg" width="1100" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A velha guarda tem uma import&acirc;ncia fundamental para as escolas de samba e preserva&ccedil;&atilde;o da cultura do estilo musical. A miss&atilde;o dos integrantes &eacute; transmitir a hist&oacute;ria das agremia&ccedil;&otilde;es para a pr&oacute;xima gera&ccedil;&atilde;o, mantendo viva as tradi&ccedil;&otilde;es. Normalmente, a velha guarda usa roupas de gala nas cores da escola, e fica na ala que fecha o cortejo, com seus membros mais simb&oacute;licos presentes no &uacute;ltimo carro aleg&oacute;rico ou no abre-alas. Cada escola tem sua forma de escolher os membros, mas no geral, elas avaliam os anos de servi&ccedil;o prestados e integrantes que se destacaram como ritmistas, mestre-salas e passistas.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="733" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115518629481.jpg" width="1100" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">As alas s&atilde;o as se&ccedil;&otilde;es nas quais os participantes do desfile s&atilde;o divididos e cada uma possui um papel bem definido. Cada uma conta com seu pr&oacute;prio presidente para orientar os demais participantes durante o desfile, evitando assim os infames &ldquo;buracos&rdquo;. Antes da apresenta&ccedil;&atilde;o, o papel dessa pessoa &eacute; garantir que todos os trajes ser&atilde;o confeccionados dentro do prazo.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="470" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115630957482.jpg" width="700" /> <figcaption>Pep&ecirc; e Nen&eacute;m ser&atilde;o passistas para a escola Camisa Verde e Branco no Carnaval de 2020. (Fonte: Thiago Duran/Agnews/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Os passistas s&atilde;o mo&ccedil;as e rapazes das comunidades das escolas, e esta ala geralmente &eacute; composta pelos 20 melhores dan&ccedil;arinos da agremia&ccedil;&atilde;o. Seu papel &eacute; encantar os espectadores, trazendo alegria e descontra&ccedil;&atilde;o para o desfile, sempre incentivando a participa&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Os carnavalescos est&atilde;o por tr&aacute;s dos desfiles, sendo normalmente os respons&aacute;veis por escolher o tema para o ano, criar e desenvolver as fantasias e carros aleg&oacute;ricos, al&eacute;m de cuidar da dire&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica do espet&aacute;culo e acompanhar os ensaios. Algumas escolas investem em comiss&otilde;es de carnaval, usando um conjunto desses profissionais para as decis&otilde;es sobre a apresenta&ccedil;&atilde;o.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Por &uacute;ltimo, mas n&atilde;o menos importante, temos o enredo e o samba-enredo. O enredo &eacute; o tema a ser desenvolvido pela escola durante toda a apresenta&ccedil;&atilde;o. Ele precisa ter um come&ccedil;o meio e fim. Seu tema pode ser hist&oacute;rico, cr&iacute;tico, exaltar personagens, lugares e at&eacute; outras artes. O samba-enredo &eacute; a tradu&ccedil;&atilde;o musical do tema, ajudando o p&uacute;blico a entend&ecirc;-lo melhor, al&eacute;m de motivar os participantes a desfilarem com mais empolga&ccedil;&atilde;o. No come&ccedil;o, eles possu&iacute;am uma primeira parte e a segunda era improvisada, mas no final dos anos 40 o improviso foi proibido.</p>
<h2>Escolas de samba e a comunidade</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="500" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115927910488.jpg" width="667" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Cada escola de samba tem sua quadra, que age como uma esp&eacute;cie de quartel-general, e durante o ano inteiro v&aacute;rios eventos da comunidade ocorrem ali, como almo&ccedil;os nos fins de semana, feijoadas, shows de cantores populares, al&eacute;m de projetos comunit&aacute;rios voltados principalmente para crian&ccedil;as e a terceira idade.</p>
<p>No per&iacute;odo de Carnaval, as quadras abrem suas portas e todos est&atilde;o convidados para participar das eliminat&oacute;rias para a escolha do ritmo do samba que ir&aacute; embalar escola nos desfiles. Cada eliminat&oacute;ria &eacute; uma grande festa, que s&oacute; vai ficando melhor at&eacute; o dia da grande final.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="500" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/04/04115945285489.jpg" width="667" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>Depois da escolha do samba, elas abrem todas as semanas para receberem visitantes que desejam aprender a cantar a m&uacute;sica escolhida, dan&ccedil;ar e se divertir a noite inteira. Estes eventos contam com a participa&ccedil;&atilde;o dos principais elementos das escolas, como a bateria, int&eacute;rpretes e a velha guarda. Ali, o samba &eacute; expresso em sua mais pura ess&ecirc;ncia, com um p&uacute;blico de todas as idades torcendo pela escola e participando da luta pelo campeonato.</p>

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Como funciona uma Escola de Samba?

Imagem de Carnaval do Rio de Janeiro: origens e histórias no megacurioso

Confira mais detalhes sobre como a comemoração se iniciou e o que podemos esperar para o Carnaval 2020 na Cidade Maravilhosa

<p style="margin-bottom: 11px;">O <a href="http://nzn.me/m113408" target="_blank">Carnaval</a> carioca &eacute; uma festa popular mundialmente famosa, atraindo todos anos uma multid&atilde;o de turistas brasileiros e estrangeiros que desejam acompanhar os desfiles das escolas de sambas, participar dos blocos de ruas, bailes e das festas super badaladas que ocorrem na Cidade Maravilhosa. Mas voc&ecirc;s sabem como tudo isso come&ccedil;ou?</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02202324782059.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Marcelo de Jesus/UOL/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Hist&oacute;ria</h2>
<p style="margin-bottom: 11px;">Al&eacute;m das <a href="http://nzn.me/m113401" target="_blank">famosas origens do Carnaval</a>, com inspira&ccedil;&otilde;es em comemora&ccedil;&otilde;es pag&atilde;s de diversas culturas que depois foram &ldquo;cristianizadas&rdquo; pela Igreja Cat&oacute;lica, a celebra&ccedil;&atilde;o no Rio de Janeiro tamb&eacute;m foi muito influenciada pelos portugueses. No livro&nbsp;<em>O Homem e a Guanabara,</em> o autor Alberto Ribeiro Lamego escreveu acreditar que as origens da festa carioca v&ecirc;m de costumes lusitanos que comemoravam tamb&eacute;m a Restaura&ccedil;&atilde;o de Portugal. Nelas, eram realizadas passeatas a car&aacute;ter que contavam at&eacute; com a presen&ccedil;a do governador, seguidas de simula&ccedil;&otilde;es de combates, corrida de touros e cavalhadas.</p>
<h3>Cavalhadas e entrudos: ra&iacute;zes portuguesas no Carnaval do Rio</h3>
<p style="margin-bottom: 11px;">As Cavalhadas eram um tipo de festa que representava a luta entre mouros e crist&atilde;os pela reconquista da Pen&iacute;nsula Ib&eacute;rica. Cavaleiros com cavalos ornamentados, sendo 12 para os mouros e 12 representando crist&atilde;os, encenavam as batalhas travadas na Idade M&eacute;dia.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="536" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02203250341062.jpg" width="830" /> <figcaption>(Fonte: Jean B. Debret/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Lamego acreditava que a origem do Carnaval carioca vinha destas lembran&ccedil;as que homenageavam tempos heroicos antigos&nbsp;e mesmo n&atilde;o sendo mais t&atilde;o comuns em muitos lugares, as Cavalhadas ainda acontecem em algumas cidades no interior do nosso pa&iacute;s.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Outra celebra&ccedil;&atilde;o portuguesa que serviu de inspira&ccedil;&atilde;o para a data foi o entrudo. Nele, foli&otilde;es fantasiados dan&ccedil;am e jogam lim&otilde;es de cheiro, que eram bolas de cera cheias de &aacute;gua perfumada, al&eacute;m de farinha e &aacute;gua nos outros participantes (n&atilde;o lembra muito as famosas bexigas cheias de &aacute;gua e os sprays de espuma que as crian&ccedil;as costumam usar nessa &eacute;poca?).</p>
<figure class="image"><img alt="" height="345" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02202950513060.jpg" width="450" /> <figcaption>O pintor Debret retratou os festejos carnavalescos no tempo de D. Jo&atilde;o VI nas ruas do Rio de Janeiro. A mulher sentada vende os tais lim&otilde;es de cheiro, enquanto um menino usa uma bisnaga para lan&ccedil;ar &aacute;gua. As manchas brancas na face da outra mo&ccedil;a provavelmente devem ser farinha. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A pr&aacute;tica era t&atilde;o popular que chegava a servir como renda extra para muitas fam&iacute;lias e at&eacute; a realeza era adepta da brincadeira. Com o tempo, o entrudo passou a ser abolido por ser considerado muito violento.</p>
<h3>Bailes e M&aacute;scaras</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="441" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02204115060063.jpg" width="730" /> <figcaption>Pintura de Guerave de 1883, retratando um baile de m&aacute;scaras no Teatro L&iacute;rico do Rio de Janeiro. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Em 1840, enquanto o entrudo rolava nas ruas, a alta sociedade carioca come&ccedil;ou a realizar os primeiros bailes de carnaval no Rio de Janeiro.&nbsp;Eles ocorreram primeiramente em hot&eacute;is e depois foram para os teatros existentes na &eacute;poca do Brasil Imperial. Sua inspira&ccedil;&atilde;o vinha dos bailes da Europa, sendo regados com muita bebida e comida. As m&uacute;sicas apresentavam ritmos tipicamente europeus, como a valsa e a quadrilha. As m&aacute;scaras e fantasias utilizadas nestas ocasi&otilde;es tamb&eacute;m se baseavam nas utilizadas nas pot&ecirc;ncias europeias, e foram introduzidas pelos portugueses.</p>
<h3>O samba e as influ&ecirc;ncias africanas</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="480" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02204435186064.jpg" width="720" /> <figcaption>(Fonte: Riotur/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Os europeus trouxeram para o Carnaval carioca os bailes de m&aacute;scaras e fantasias. Mas tamb&eacute;m existe uma forte influ&ecirc;ncia africana na celebra&ccedil;&atilde;o, provinda dos escravos que os portugueses trouxeram da &Aacute;frica. Os negros escravizados tinham o costume de usar m&aacute;scaras e fantasias feitas de penas, ossos, grama e outros elementos para invocarem seus deuses e afastarem maus esp&iacute;ritos. Com o tempo, isso se tornou parte da cultura local e podemos ver sua presen&ccedil;a nos enfeites das fantasias atuais usadas nas comemora&ccedil;&otilde;es no Rio de Janeiro e em outros locais brasileiros.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Hoje em dia, n&atilde;o se fala em Carnaval no Brasil&nbsp;sem se falar de samba. O ritmo nasceu no oeste africano&nbsp;e era uma forma de consolo para os escravos em momentos de muito sofrimento. Com a aboli&ccedil;&atilde;o da escravatura, muitos dos libertos se estabeleceram em lugares como a Cidade Nova e a Pra&ccedil;a Onze, que se tornaram grandes centros desse estilo musical.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Com a populariza&ccedil;&atilde;o do samba, compositores, m&uacute;sicos e passistas passaram a se reunir com regularidade para exibir seus talentos, formando posteriormente clubes e associa&ccedil;&otilde;es que competiam uns contra os outros.</p>
<h3>A origem das escolas de samba no Rio de Janeiro</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="686" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02211210843070.jpg" width="800" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">No final do s&eacute;culo XIX, as manifesta&ccedil;&otilde;es do Carnaval foram ganhando novas formas e express&otilde;es, e com elas surgiram os primeiros cord&otilde;es e os ranchos carnavalescos cariocas, que tinham como base muitos elementos da cultura negra. Essas duas formas de celebra&ccedil;&atilde;o serviram como base para os blocos de carnaval e as escolas de samba da cidade.</p>
<p>Os cord&otilde;es recebiam este nome por seus participantes andarem em fila, cantando e dan&ccedil;ando um atr&aacute;s do outro. Os foli&otilde;es se fantasiavam de palha&ccedil;os, diabos, baianas, &iacute;ndios, morcegos e outros personagens&nbsp;e, ao que parece, alguns cord&otilde;es escolhiam um tema para a fantasia de todo o grupo. Os participantes eram conduzidos por um mestre que usava um apito como comando. O som ficava por conta de um grupo que contava apenas com instrumentos de percuss&atilde;o.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="412" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02205050483066.jpg" width="863" /> <figcaption>Foto dos integrantes do Cord&atilde;o da Bola Preta no Rio de Janeiro. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>Os cord&otilde;es ficaram famosos a partir de 1902 e cerca de 200 foram licenciados pela pol&iacute;cia da capital do estado. A criatividade brasileira j&aacute; estava presente desde aquela &eacute;poca, com alguns recebendo nomes como "Destemidos do Catete" e "Triunfo da Gl&oacute;ria". Em 1906, o jornal Gazeta de Not&iacute;cias organizou o primeiro concurso de cord&otilde;es da cidade.</p>
<p>Em 1911, os cord&otilde;es passaram a entrar em decl&iacute;nio, com os ranchos ganhando mais import&acirc;ncia. Por&eacute;m, em 1918, surgiu o famoso Cord&atilde;o do Bola Preta, que mesmo n&atilde;o sendo considerado por muitos como um cord&atilde;o de verdade, tinha como miss&atilde;o revigorar e reviver as tradi&ccedil;&otilde;es desse tipo de manifesta&ccedil;&atilde;o&nbsp;que estava desaparecendo. O Bola Preta existe at&eacute; hoje, sendo o bloco mais antigo do Rio de Janeiro.</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02211704631073.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">J&aacute; os ranchos eram formas de cord&otilde;es mais organizados e luxuosos. Eles utilizavam viol&otilde;es, cavaquinhos, flautas e clarinetas para embalar seus mestres-salas, como uma esp&eacute;cie de ala coreografada.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Em 1928, a primeira escola carioca de samba, a Deixa Falar, foi fundada no bairro de Est&aacute;cio, no centro do Rio de Janeiro. Com o passar dos anos, novas escolas foram surgindo&nbsp;e a competi&ccedil;&atilde;o entre elas ocorria na Pra&ccedil;a Onze.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Por&eacute;m, elas s&oacute; passaram a ser oficialmente reconhecidas em 1935, entrando de vez para a programa&ccedil;&atilde;o tur&iacute;stica oficial da cidade&nbsp;e desfilando pela Avenida Rio Branco. O sucesso das escolas levou o Departamento de Turismo do Rio a construir arquibancadas e implementar a venda de ingressos em 1962, e 22 anos depois, o famoso Samb&oacute;dromo carioca foi inaugurado.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">O espa&ccedil;o foi um projeto do famoso arquiteto Oscar Niemeyer e possui 85 mil metros quadrados. Desde ent&atilde;o, as competi&ccedil;&otilde;es do grupo especial e dos grupos de acesso das escolas de samba do Rio de Janeiro acontecem ali.</p>
<h2>Carnaval Rio 2020</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="550" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02211902921074.jpg" width="830" /> <figcaption>(Fonte: Fernando Maia/Riotur/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Como j&aacute; mencionamos no come&ccedil;o da mat&eacute;ria, o Rio de Janeiro &eacute; uma das localidades mais badaladas para o feriado de Carnaval. O estado conta com v&aacute;rias formas de divers&atilde;o, principalmente na capital, e a variedade de eventos promete agradar todos os p&uacute;blicos.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Lembrando sempre que existem v&aacute;rios acontecimentos pr&eacute;-carnavalescos que rolam por toda a cidade do Rio antes da data oficial, ent&atilde;o, se estiver por l&aacute; nesse per&iacute;odo, n&atilde;o deixe de aproveitar a chance de curtir alguns deles!</p>
<h3>Para quem curte samba</h3>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02212102933075.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Antes da festa oficial come&ccedil;ar, uma boa ideia &eacute; curtir o Terreir&atilde;o do Samba, um espa&ccedil;o ao ar livre que traz de volta a atmosfera de como tudo come&ccedil;ou na Pra&ccedil;a Onze. O local &eacute; considerado por alguns historiadores como o ber&ccedil;o do ritmo no Rio de Janeiro e fica perto do Samb&oacute;dromo.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Ele foi criado por Tia Ciata (uma figura muito importante na hist&oacute;ria da cidade, que possui fortes liga&ccedil;&otilde;es com a cultura afro religiosa), seus seguidores, amigos e companheiros de religi&atilde;o. O local possui um ambiente descontra&iacute;do e sua programa&ccedil;&atilde;o variada inclui atra&ccedil;&otilde;es todas as noites.</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">Mas quando a festa oficialmente come&ccedil;ar, no Samb&oacute;dromo, est&atilde;o programados quatro desfiles diferentes.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="468" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02212249259076.jpg" width="830" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Na sexta-feira e s&aacute;bado, 21 e 22 de fevereiro, &eacute; dia das escolas de samba do Grupo S&eacute;rie A mostrarem o que prepararam para este ano. O legal &eacute; que a vencedora entre as 14 concorrentes ter&aacute; a chance de desfilar no Grupo Especial em 2021!</p>
<p style="margin-bottom: 11px;">No domingo e na segunda-feira, dias 23 e 24 de fevereiro, as escolas de samba do Grupo Especial far&atilde;o o seu desfile. Ele &eacute; um dos destaques do Carnaval na cidade, o que torna essas duas noites muito importantes.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="533" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02212510023079.jpg" width="799" /> <figcaption>(Fonte: Riotur/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">O dia 25 de fevereiro, ter&ccedil;a-feira de carnaval, &eacute; reservado para as escolas de samba mirins. &Eacute; momento para ver as pr&oacute;ximas gera&ccedil;&otilde;es mostrando seu talento e aproveitando o esp&iacute;rito da folia. O legal &eacute; que, para participarem, todos os pequenos devem comprovar que est&atilde;o matriculados na escola, pois &eacute; feito um trabalho social muito interessante dentro das comunidades ao longo do ano, com o combate &agrave; evas&atilde;o escolar sendo um grande foco. Como pr&ecirc;mio pelo ano de estudos, os jovens sambistas podem desfilar pelas suas respectivas "escolinhas de samba".</p>
<figure class="image"><img alt="" height="558" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02212432211078.jpg" width="836" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">No s&aacute;bado seguinte, 29 de fevereiro, ocorre o Desfile das Campe&atilde;s, que s&atilde;o as seis&nbsp;primeiras colocadas do Grupo Especial, mostrando todo seu esplendor novamente, com direito a fogos de artif&iacute;cio e muita felicidade.</p>
<h3>Bailes</h3>
<p style="margin-bottom: 11px;">&Eacute; &oacute;bvio que algumas tradi&ccedil;&otilde;es nunca morrem&nbsp;e a Cidade Maravilhosa n&atilde;o deixou de oferecer diversos bailes que acontecem antes e na &eacute;poca do carnaval. Normalmente, os pre&ccedil;os dos ingressos s&atilde;o bem acess&iacute;veis e ocorrem em lugares f&aacute;ceis de chegar. A exce&ccedil;&atilde;o &eacute; o famoso evento no hotel Copacabana Palace, o mais luxuoso da cidade. Ele &eacute; voltado para aqueles que querem curtir a data sem abrir m&atilde;o da sofistica&ccedil;&atilde;o. Para participar, o traje obrigat&oacute;rio &eacute; black-tie ou fantasia de luxo. Entre os participantes, &eacute; poss&iacute;vel encontrar personalidades famosas locais e internacionais.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="667" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02212817256085.jpg" width="1000" /> <figcaption>Foto de um dos famosos bailes de Carnaval no Copacabana Palace (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Mas se quiser algo menos sofisticado e igualmente divertido, locais como o Clube dos Cai&ccedil;aras e o Hard Rock Caf&eacute; tamb&eacute;m organizam bailes super animados para adultos e crian&ccedil;as.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="350" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02214014912086.jpg" width="630" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">Na maioria desses eventos, n&atilde;o &eacute; obrigat&oacute;rio usar fantasia&nbsp;e eles sempre pedem que as pessoas usem roupas confort&aacute;veis e adequadas ao calor que faz na cidade durante o Carnaval.</p>
<h3>Festas de rua e ritmos diferentes</h3>
<figure class="image"><img alt="" height="418" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02214207069087.jpg" width="696" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">A Lapa, talvez por ser o bairro mais ecl&eacute;tico da cidade, apresenta durante o feriado um verdadeiro festival de m&uacute;sica experimental&nbsp;no qual o p&uacute;blico pode conhecer novos ritmos e estilos, mas o samba tamb&eacute;m estar&aacute; presente todos os dias. A melhor parte &eacute; que o evento, al&eacute;m de muito divertido, &eacute; gratuito. As celebra&ccedil;&otilde;es v&atilde;o rolar de sexta &agrave; ter&ccedil;a, 21 a 25 de fevereiro, come&ccedil;ando &agrave;s 20h e terminando s&oacute; quando o &uacute;ltimo foli&atilde;o for para casa!</p>
<figure class="image"><img alt="" height="332" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/02/02214338881088.jpg" width="472" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p style="margin-bottom: 11px;">J&aacute; as festas de rua come&ccedil;am como eventos pr&eacute;-carnavalescos e duram at&eacute; a ter&ccedil;a-feira de Carnaval. S&atilde;o sempre muito alegres e espont&acirc;neas, sendo a maior e mais organizada a que ocorre na pra&ccedil;a da Cinel&acirc;ndia. Bares e cal&ccedil;adas viram ponto de encontro entre amigos, e a descontra&ccedil;&atilde;o e divers&atilde;o s&atilde;o garantidas at&eacute; o &uacute;ltimo participante.</p>

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Carnaval do Rio de Janeiro: origens e histórias

Imagem de A origem do Carnaval: uma festa pagã ou cristã? no megacurioso

A proximidade entre o Carnaval e o período da Quaresma da Igreja tem um motivo. Descubra como a religião e a folia estão diretamente ligadas

<p>Festa na rua, na avenida, na praia, na cidade. <a href="http://nzn.me/m113408" target="_blank">O Carnaval toma conta do pa&iacute;s</a> e, apesar de ter quatro dias especificamente dedicados a ele, h&aacute; cidades em que a folia come&ccedil;a dias ou meses antes. E se engana quem pensa que o Carnaval hoje seja uma festa &ldquo;profana&rdquo; &mdash; por mais que possa parecer um pouco contradit&oacute;rio, o Carnaval &eacute;, sim, uma festa tipicamente crist&atilde;, mas que teve raizes em celebra&ccedil;&otilde;es pag&atilde;s.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/06/06114332130096.jpg" width="960" /> <figcaption>Foto: Pixabay</figcaption></figure>
<h2>Origens do carnaval</h2>
<p>Antes mesmo de o Carnaval ser incorporado ao cristianismo, ele j&aacute; remonta a festas realizadas pelos povos pag&atilde;os da Antiguidade, como os gregos, romanos e at&eacute; mesopot&acirc;micos.&nbsp;Na Babil&ocirc;nia, a Sac&eacute;ias j&aacute; despontavam como uma celebra&ccedil;&atilde;o com caracter&iacute;sticas do que viria a ser&nbsp;o Carnaval moderno. Na festa babil&ocirc;nica, um prisioneiro era escolhido para substituir o rei durante cinco dias, desfrutando, inicialmente, dos privil&eacute;gios e do poder real. Mas, a alegria n&atilde;o durava muito e, ao final, o prisioneiro era espancado e executado.</p>
<p>O objetivo da tradi&ccedil;&atilde;o e celebra&ccedil;&atilde;o das Sac&eacute;ias era, justamente, uma das caracter&iacute;sticas herdadas pelo Carnaval, a de invers&atilde;o do mundo. At&eacute; hoje, &eacute; comum que&nbsp;no Carnaval&nbsp;as pessoas passem dias fantasiadas ou assumindo papeis sociais diferentes daqueles considerados regulares. As figuras reais da folia tamb&eacute;m podem ter se originado dessas festas.</p>
<h2>O "Carnaval" dos greco-romanos</h2>
<p>Na Gr&eacute;cia e Roma antigas, as festas eram regadas a bebida, comida e prazeres carnais e que tamb&eacute;m tinham liga&ccedil;&atilde;o com um culto religioso. Entre as celebra&ccedil;&otilde;es estava a Luperc&aacute;lia, festa romana celebrada em fevereiro&nbsp;que comemorava a passagem de ano enquanto afastava maus esp&iacute;ritos e realizava uma purifica&ccedil;&atilde;o para garantir a fertilidade. De acordo com historiadores, a Luperc&aacute;lia tamb&eacute;m pode ter sido inspira&ccedil;&atilde;o para o Carnaval.</p>
<p>O Festival de &Iacute;sis, chamada de&nbsp;Navigium Isidis (navio de &Iacute;sis), tamb&eacute;m deixou heran&ccedil;a para o Carnaval como o conhecemos. Apesar de ser uma deusa eg&iacute;pcia, &Iacute;sis era muito popular entre gregos e romanos e chegou at&eacute; Roma com suas festas, que inclu&iacute;am o uso de m&aacute;scaras com o objetivo de ocultar a identidade dos participantes. Al&eacute;m das orgias e bebedeiras, o festival tinha diversos s&iacute;mbolos pag&atilde;os, como o uso de grandes carros que tomavam as ruas anunciando a chegada de Os&iacute;ris, marido de &Iacute;sis.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="430" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10122455443141.jpg" width="800" /> <figcaption>Navigium Isidis. (Fonte: WikiCommons)</figcaption></figure>
<p>Depois de sobreviver &agrave;s persegui&ccedil;&otilde;es, o Festival de &Iacute;sis foi proibido no s&eacute;culo IV, quando o cristianismo passou a ser considerado a religi&atilde;o oficial do Imp&eacute;rio Romano. Clandestinamente, no entanto, a festa continuou acontecendo, at&eacute; que teria sido incorporada&nbsp;pela Igreja Cat&oacute;lica Romana na Idade M&eacute;dia.</p>
<h2>&Eacute; festa "real-oficial"!</h2>
<p>A oficializa&ccedil;&atilde;o do Carnaval como data crist&atilde;&nbsp;veio na virada do s&eacute;culo VI para o VII, depois de muitas tentativas por parte dos religiosos de acabar com as celebra&ccedil;&otilde;es pag&atilde;s na Europa. Foi o Papa S&atilde;o&nbsp;Greg&oacute;rio Magno que implantou o in&iacute;cio do jejum da Quaresma&nbsp;na Quarta-feira de Cinzas para observar quem praticava o costume pag&atilde;o e quem havia adotado a pr&aacute;tica crist&atilde;.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="572" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/10/10122622161142.jpg" width="800" /> <figcaption>A luta entre o Carnaval e a Quaresma. (Fonte: Peter Bruegel / WikiCommons)</figcaption></figure>
<p>Com o tempo, a Igreja percebeu que seria imposs&iacute;vel acabar com os "exageros" realizados em fevereiro e decidiu adotar o Carnaval como data oficial e coloc&aacute;-lo como parte do ano lit&uacute;rgico. Assim,&nbsp;a festa estava liberada &mdash; moderadamente, &eacute;&nbsp;claro &mdash; para que as pessoas pudessem desfrutar de alguns "desejos carnais" antes de se entregarem ao per&iacute;odo de recolhimento, restri&ccedil;&atilde;o e jejum da Quaresma. O nome moderno, ent&atilde;o, pode ter tido origem no&nbsp;latim &ldquo;carnis levale&rdquo;, que significa &ldquo;retirar a carne&rdquo;.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="1280" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/06/06182107289358.jpg" width="1920" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Oleg Magni&nbsp;/ Pexels)</figcaption></figure>
<p>Hoje em dia, tudo est&aacute;&nbsp;diferente: s&atilde;o poucas as pessoas que se esbaldam no Carnaval pensando na penit&ecirc;ncia da Quaresma, mas a festa continua mesmo assim, com a data fazendo parte devidamente do calend&aacute;rio lit&uacute;rgico crist&atilde;o. Ali&aacute;s, <a href="http://nzn.me/m113399" target="_blank">voc&ecirc; sabe como a data do Carnaval &eacute; definida</a>?</p>

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