Imagem de Butanvac: 10 coisas que sabemos sobre a 1ª vacina 100% nacional no megacurioso

Testes clínicos do imunizante produzido pelo Butantan devem começar em abril; instituto vai pedir aprovação para uso emergencial

<head></head><body><p>Chamado de Butanvac, o imunizante cujo pedido para testes clínicos foi entregue nesta sexta (26) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a primeira vacina 100% nacional contra a <a href="http://www.tecmundo.com.br/covid-19" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>.</p><h2>O que sabemos sobre a Butanvac</h2><h2>1. Consórcio</h2><p>O imunizante é fruto de um acordo internacional com o Instituto Butantan à frente; seus parceiros são o laboratório americano Dynavax e a organização internacional de saúde sem fins lucrativos PATH.</p><h3>2. 100% nacional</h3><p>A vacina será produzida com vírus inativado de gripe aviária e uma proteína da espícula da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/210417-mutacoes-coronavirus-torna-mortal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">variante</a> surgida em Manaus, a P.1 – uma das <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211139-variante-brasileira-coronavirus-identificada-rio-janeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais virulentas cepas</a> do SARS-CoV-2.</p><p style="text-align: center;"><iframe src="https://www.youtube.com/embed/SEQ7k3-qbNk" title="YouTube video player" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe></p><p>“Essa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117030-quizmega-verdades-e-mentiras-sobre-a-vacina-contra-a-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina</a> será integralmente produzida aqui, não dependeremos da importação de nenhum insumo e com uma tecnologia que já existe – a mesma que é usada na produção da vacina contra a gripe. Hoje, demos entrada no Dossiê de Desenvolvimento Clínico e poderemos, se tudo correr bem, começar a usar essa vacina ainda no segundo semestre deste ano”, disse o diretor do Butantan, o hematologista e pequisador Dimas Covas.</p><h3>3. Processo mais rápido</h3><p>Segundo Covas, como a Butanvac é uma vacina de segunda geração (ou seja, usa uma variante e não o vírus original), os testes e a análise dos resultados devem ser mais rapidamente concluídos. As duas primeiras fases testam a segurança do imunizante e a resposta imune esperada; a fase 3, se a vacina é eficaz.</p><p style="text-align: center;"><iframe src="https://www.youtube.com/embed/6nCxFV-qqMY" title="YouTube video player" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe></p><h3>4. Dose única</h3><p>O diretor do Butantan acredita que será possível que a aplicação seja em dose única. Segundo ele, a vacina apresentou "bons resultados imunogênicos" nos testes em animais quando aplicada uma única vez.</p><h3>5. Testes clínicos em dois países</h3><p>A Butanvac já está sendo testada na Tailândia, na fase 1. &nbsp;No Brasil, as fases 1 e 2 terão 3,9 mil voluntários, divididos igualmente entre as duas. Os participantes deverão ter mais de 18 anos e não ter recebido nenhuma dose das vacinas hoje distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).&nbsp;</p><h3>6. Distribuição nacional</h3><p>A expectativa é que, com a autorização da Anvisa, a fase 1 dos testes clínicos comece em abril e, em julho, se tudo der certo, o imunizante comece a ser distribuída no país. Antes mesmo do fim da fase 3, porém, o Butantan deve pedir à Anvisa o pedido de uso emergencial do imunizante. Espera-se uma produção de 40 milhões de doses até o fim do ano. Segundo Covas, já a partir de maio a nova vacina vai começar a ser produzida.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;EPA/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2020/09/09/teste-de-vacina-belga-contra-covid-19-sera-feito-nos-hospitais-conceicao-e-clinicas-em-porto-alegre.ghtml"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/26/26150348207189.jpg" alt="Testes clínicos devem começar em abril."><span class="desc">Testes clínicos devem começar em abril.</span></span></p><h3>7. Exportação</h3><p>Os planos no longo prazo é, assim que a demanda nacional for suprida, o Butantan começar a exportar a vacina.&nbsp;</p><p>"Nosso compromisso é fornecer essa vacina para países de renda baixa e média porque é lá que nós precisamos combater a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117156-10-pessoas-que-previram-a-pandemia-do-novo-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a>. Se o mundo rico tem recursos para combater a doença e ficar relativamente livre do vírus, nos países de renda baixa ou média a pandemia vai continuar", disse Covas.</p><h3>8. Chancela internacional</h3><p>O instituto também já inscreveu sua vacina no sistema da Organização Mundial de Saúde (OMS). Se aprovada pela entidade, o imunizante brasileiro poderá ser distribuído mundialmente. A OMS teme que, com a recusa dos laboratórios em abrir mão das patentes ou dos países em lançar mão das licenças compulsórias, &nbsp;a escassez de imunizantes dure até 2022.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;IOC/Fiocruz/José Damasceno/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-11/fiocruz-vacina-contra-covid-19-pode-chegar-testes-clinicos-em-2021"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/26/26150620506197.jpg" alt="A Fiocruz, no Rio de Janeiro, também está trabalhando em uma vacina própria."><span class="desc">A Fiocruz, no Rio de Janeiro, também está trabalhando em uma vacina própria.</span></span></p><h3>9. Outras vacinas nacionais</h3><p>Além da Butanvac, outros 17 imunizantes brasileiros, todos em fase pré-clínica, aguardam financiamento para prosseguir com testes em humanos.</p><h3>10. CoronaVac</h3><p>Mesmo com sua própria vacina, o Butantan não deixará de produzir a <a href="http://www.tecmundo.com.br/CoronaVac" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CoronaVac</a>, imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac.</p><p><br></p></body>

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Butanvac: 10 coisas que sabemos sobre a 1ª vacina 100% nacional

Imagem de Por que o Brasil enfrenta escassez de água? no megacurioso

Morte de nascentes, devastação ambiental e desperdício estão derrubando o mito de 'maior manancial do mundo'

<head></head><body><p>Quando se fala em falta d’água no Brasil, todo mundo se lembra das aulas de Geografia na escola: ciclo da água, chuvas, rios correndo para o mar etc. O problema é, porém, bem mais complexo do que isso. Se o país é um dos que apresentam o menor risco de enfrentar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155086-engenheiros-desenvolvem-nova-tecnica-dessalinizacao-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escassez de água</a>, é também um dos que arrisca, todos os dias, a cada ano, as chances de se manter assim. Não falta água no Brasil; falta água para brasileiros.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;WRI.org/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://bit.ly/2OWLRXW"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/22/22173417811448.jpg" alt="O Brasil, ao contrário do que se pensava, também pode vir a enfrentar escassez de água."><span class="desc">O Brasil, ao contrário do que se pensava, também pode vir a enfrentar escassez de água.</span></span></p><p>“As gerações mais antigas foram criadas com o mito do país riquíssimo em água, que somente faltava água no Nordeste, no semiárido. Obviamente, desde 2013, na primeira <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/64835-segundo-pesquisador-agua-hackeada-evitar-crise-hidrica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crise hídrica</a> pelo qual o <a href="https://www.tecmundo.com.br/brasil/73426-apocalipse-zoeira-falta-d-agua-gera-piadas-entre-brasileiros-twitter.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">país passou</a>, ficou claro que o Sudeste e o Centro-Oeste têm problemas concretos, intensificados nos últimos dois anos, de disponibilidade de água”, disse à <em>Agência Brasil</em> o especialista em Recursos Hídricos da seccional Brasil do World Wide Fund for Nature (WWF-Brasil) Ricardo Novaes.</p><p>O abastecimento é de responsabilidade, geograficamente falando, de 12 baías hidrográficas. O problema está em como toda a água que elas escoam atravessam o território nacional, e de que maneira elas chegam (se chegam) às redes de abastecimento.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;iStockphoto/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://blog.brkambiental.com.br/racionamento-de-agua/294113216"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/22/22174402567455.jpg" alt="A falta de água tem ocorrido cada vez mais frequentemente nos grandes centros, afetando não mais somente a periferia."><span class="desc">A falta de água tem ocorrido cada vez mais frequentemente nos grandes centros, afetando não mais somente a periferia.</span></span></p><h2>Comprometimento</h2><p>Um levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA) aponta que mais de 35 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada; aquelas que têm, são servidas por um sistema de abastecimento que desperdiça 37% da água que corre por suas tubulações.</p><p>Para piorar o cenário, a falta de saneamento básico e de tratamento de esgoto polui e torna a água imprópria para consumo mais de 110 mil quilômetros de cursos d’água – o que demandaria investimentos, nos próximos 15 anos, de R$ 150 bilhões em coleta e tratamento de resíduos.</p><p>“Um objetivo absolutamente fundamental, mas que vai exigir um nível de investimento, comprometimento de agentes públicos e desenvolvimento de tecnologias – mas não estamos vendo energia sendo colocada pra atingir isso. E não adianta você investir em saneamento e ter de buscar água cada vez mais longe, por causa do desmatamento”, apontou Novaes.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;WRI.org/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://bit.ly/2OWLRXW"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/22/22174539708457.jpg" alt="Esse índice quantifica a exposição ao risco de conduta empresarial prejudicial em questões ambientais, sociais e de governança (ESG) no país."><span class="desc">Esse índice quantifica a exposição ao risco de conduta empresarial prejudicial em questões ambientais, sociais e de governança (ESG) no país.</span></span></p><p>São duas as principais causas para essa escassez de água no Brasil, e ela é, na verdade, fruto do descaso centenário com as reservas que o país tem. Um mapeamento do Ministério do <a href="https://www.tecmundo.com.br/meio-ambiente" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Meio Ambiente</a> desenhou quais os principais fatores para a <a href="https://www.tecmundo.com.br/apps/87603-aplicativo-permite-usuario-denuncie-falta-agua-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">falta de água</a> nas principais bacias.</p><h2>Devastação</h2><p>Na Região Norte, ela é causada principalmente pela expansão da geração de energia hidrelétrica; nas regiões Sul e Nordeste, o déficit hídrico se dá pela extinção de nascentes; na Região Sudeste, esse último fator se soma à poluição (basta lembramos do Rio Doce, morto pelos dejetos da mineradora Samarco em 2015).</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons/Eli Kazuyuki Hayasaka/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Doce#Desastre_ambiental_de_2015"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/22/22175146291462.jpg" alt="O Rio Doce, morto pelos dejetos da mineradora Samarco."><span class="desc">O Rio Doce, morto pelos dejetos da mineradora Samarco.</span></span></p><p>Mas é na Região Centro-Oeste, onde estão as nascentes dos principais rios do país, que a situação é mais grave. Ali, o avanço da fronteira agrícola já fez desaparecer metade da área desse bioma por conta principalmente da agropecuária, que responde por 70% da água consumida no país.</p><p>“Os biomas e ecossistemas brasileiros estão todos interligados. O desmatamento do Cerrado afeta a chuva que cai em São Paulo e não somente as comunidades locais", disse a coordenadora do programa Cerrado e Caatinga do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), Isabel Figueiredo.</p><h2>Infraestrutura verde</h2><p>Uma coisa todos os especialistas concordam: não adianta construir mais reservatórios e sim, lançar mão da chamada “infraestrutura verde”.</p><p>“Ao lado dessas grandes obras de concreto e aço, podemos pensar em outro tipo de infraestrutura 'verde e natural': as florestas e a vegetação nativa das margens dos rios e reservatórios que ajudam a reabastecer lençóis freáticos, controlam a erosão do solo, evitam enchentes e garantem mais qualidade à água que abastece nossas cidades”, disse em artigo ao jornal <em>Valor Econômico</em> a diretora-executiva do instituto de pesquisas socioambientais WRI Brasil, Rachel Biderman.</p><p style="text-align: center;"><iframe src="https://www.youtube.com/embed/DxvHMilNM_Q" title="YouTube video player" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe></p><p>Segundo ela, “é preciso conservar as florestas existentes, recuperar a vegetação nativa e revitalizar as nascentes – ações cruciais para proteger os reservatórios”.</p><p>Para o doutor em <a href="https://www.tecmundo.com.br/ecologico" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ecologia</a> Genebaldo Freire, é preciso que tanto governos quanto sociedade entendam que a preservação dos recursos naturais é a preservação da raça humana. “Estamos vivendo uma falha de percepção: dependemos de água pra tudo e qual é o nosso comportamento? Desperdício, consumismo, poluição e desmatamento, e isso tudo numa pressa danada”, disse ele.</p></body>

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Por que o Brasil enfrenta escassez de água?

Imagem de Buraco negro supermassivo está passeando dentro de sua galáxia no megacurioso

Astrônomos que descobriram a singularidade andarilha ainda não sabem o que causa esse comportamento

<head></head><body><p>"Não esperamos que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116627-o-que-e-um-buraco-negro-e-as-principais-descobertas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buracos negros</a> supermassivos se movam; eles geralmente se contentam em ficar parados", disse o astrônomo Dominic Pesce, ao comentar a descoberta de uma singularidade que faz juz ao nome: ao contrário de outras, ela está se movendo a mais de 160 mil quilômetros por hora, dentro da galáxia J0437 + 2456, a 230 milhões de anos-luz.</p><p>A ideia de que buracos negros podem vagar pelo cosmos não é nova, mas nunca um foi pego no ato – o que os pesquisadores do Centro de Astrofísica Harvard &amp; Smithsonian tentam há pelo menos cinco anos. "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112950-buraco-negro-de-massa-gigantesca-desafia-teorias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Singularidades são tão pesadas</a> que é difícil imaginá-las em movimento. Demandaria uma força monstruosamente incalculável para movê-las", disse Pesce, em comunicado.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Sloan Digital Sky Survey/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cfa.harvard.edu/news/2021-06"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/19/19092825807028.jpg" alt="A galáxia J0437 + 2456 é o lar de um buraco negro supermassivo andarilho."><span class="desc">A galáxia J0437 + 2456 é o lar de um buraco negro supermassivo andarilho.</span></span></p><p>Para tentar achar um desses objetos correndo pelo cosmos, os astrônomos compararam as velocidades de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208635-procura-colossal-buraco-negro-supermassivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buracos negros supermassivos</a>, com água em seu disco de acreção (estrutura formada por materiais difusos que orbitam a singularidade), no interior de dez galáxias distantes. "A velocidade do buraco negro deve ser igual à da galáxia que o hospeda, não é? Do contrário, significa que o buraco negro foi perturbado."</p><p>A escolha por singularidades com água girando ao seu redor se deve ao feixe de rádio emitido por ela, tal qual um laser. “Quando usamos uma rede combinada de antenas de rádio para estudar essa radiação, através de interferometria de linha de base muito longa (VLBI), conseguimos medir a velocidade de um buraco negro com muita precisão”, disse o astrônomo.</p><h2>Sistema binário</h2><p>Nove buracos negros estavam aninhados no centro de suas respectivas galáxias – menos o rebelde vagando dentro da J0437 + 2456. Por que ele faz isso ainda é um mistério.&nbsp;</p><p>"Podemos estar observando as consequências da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205921-cientistas-descobrem-buraco-negro-contradiz-evolucao-galaxias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fusão de dois buracos negros</a> supermassivos, na qual o buraco negro recém-nascido ainda está se acomodando no centro da galáxia”, explicou o radioastrônomo Jim Condon.&nbsp;</p><div><div style="left: 0px; width: 100%; height: 0px; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><video autoplay="" loop="" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/GiftedFakeHypsilophodon-mobile.jpg" style="top: 0px; left: 0px; width: 100%; height: 100%; position: absolute;">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/GiftedFakeHypsilophodon-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div></div><p>Há outra explicação: o buraco negro observado seria parte de um sistema binário. “O que estamos vendo seria um dos buracos negros desse par, com o outro permanecendo oculto por não emitir radiação", explicou Pesce, acrescentando que mais observações serão necessárias para entender por que o buraco negro vaga por sua galáxia hospedeira.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:23.626Z

Buraco negro supermassivo está passeando dentro de sua galáxia

Imagem de Como raios teriam feito surgir vida na Terra no megacurioso

Descargas elétricas teriam liberado o fósforo necessário para a formação de biomoléculas como o DNA e o RNA

<head></head><body><p>A estrutura do DNA tem, entre outros elementos, o fósforo que, à época em que se acredita que a vida surgiu no planeta, estava firmemente preso dentro de minerais insolúveis na superfície da Terra. Como ele se tornou disponível sempre foi um mistério – até agora: pesquisadores das universidades Yale e de Leeds acreditam que <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/101110-13-fatos-eletrizantes-sobre-os-raios-que-voce-talvez-desconheca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raios</a> foram os responsáveis pela liberação do fósforo necessário para a criação das biomoléculas que seriam a base da vida no planeta.</p><p>“Este trabalho nos ajuda a entender como a vida pode ter se formado na Terra e se esse processo pode estar acontecendo em outros planetas semelhantes ao nosso”, disse o cientista planetário Benjamin Hess, principal autor do estudo publicado agora na revista <em>Nature Communications</em>.</p><p>Hess e seus colegas Sandra Piazolo e Jason Harvey modelaram um cenário em que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117031-por-que-os-raios-se-bifurcam-e-piscam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestades elétricas</a> despejavam sobre a superfície terrestre entre um e cinco bilhões de relâmpagos por ano (hoje, esse valor foi reduzido para 560 milhões de raios anuais).</p><p style="text-align: center;"><iframe src="https://giphy.com/embed/6iafxKjO0qZmEs96vB" class="giphy-embed" allowfullscreen="" width="480" height="270" frameborder="0"></iframe></p><p>Destes, entre cem milhões a um bilhão cairiam em terra firme, fragmentando minerais e despejando, depois de um bilhão de anos e presumíveis um quintilhão de descargas elétricas, fósforo suficiente para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/41777-confira-5-teorias-sobre-a-origem-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">surgimento da vida</a>.</p><h2>Meteoritos</h2><p>A ideia envolvendo raios não foi a primeira testada pelo grupo. Eles primeiro pensaram no fósforo schreibersita, comum em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115799-meteorito-achado-na-costa-rica-pode-ter-tracos-da-origem-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meteoritos</a> e solúvel em água (esse mineral só é encontrado em nosso planeta na Ilha Disko, na Groenlândia). O problema é que, para suprir a quantidade de fósforo necessária para a formação de biomoléculas, eles deveriam cair em abundância – o que, entre 3,5 e 4,5 bilhões de anos, não mais acontecia.</p><p>A schreibersita, porém, pode ser encontrada nos fulguritos, que são o resultado da fusão da areia quando ali cai um raio. Essa hipótese ganha daquela dos meteoritos porque, se a quantidade de pedras caindo do céu decresceu com o tempo, o número de descargas elétricas na atmosfera permaneceu constante por bilhões de anos.&nbsp;</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Nature/Benjamin Hess et al/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nature.com/articles/s41467-021-21849-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/19/19003257212000.jpg" alt="O fulgurito analisado pelos pesquisadores mostrou traços de schreibersita no interior, sugerindo que relâmpagos teriam liberado o fósforo essencial para o surgimento da vida na Terra primitiva."><span class="desc">O fulgurito analisado pelos pesquisadores mostrou traços de schreibersita no interior, sugerindo que relâmpagos teriam liberado o fósforo essencial para o surgimento da vida na Terra primitiva.</span></span></p><p>“Isso faz com que os relâmpagos sejam uma possibilidade significativa em relação à origem da vida”, disse Hess.</p></body>

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Como raios teriam feito surgir vida na Terra

Imagem de Pesquisadores criam minicérebros com DNA Neandertal no megacurioso

Objetivo é entender como o tecido cerebral humano evoluiu

<head></head><body><p>Uma equipe da University of California, San Diego (UCSD), liderada pela geneticista Alysson Muotri, está usando os genes coletados de amostras de osso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109045-conheca-7-fatos-surpreendentes-sobre-os-neandertais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> e células-tronco para recriar, em placas de vidro, tecido cerebral desse ancestral do ser humano.</p><p>Os “<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112632-criacao-de-cerebro-humano-pode-ter-ultrapassado-limites-eticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">minicérebros</a>” não são capazes de pensamento, mas serão úteis para entender a neurologia ancestral. Para gerar tecido cerebral neandertal, Muotri usou células de pele de um indivíduo sem defeitos genéticos relacionados a distúrbios neurológicos, que foram então transformadas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114556-cientistas-produzem-milhoes-de-celulas-tronco-humanas-em-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células-tronco</a>. O gene Neandertal escolhido foi um dos 200 que mudaram no <em>H. sapiens</em> – especificamente, o que codifica a proteína NOVA1, ligada ao autismo e à esquizofrenia.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="http://genome.ucsc.edu/Neandertal/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/10/10122648028144.jpg" alt="O DNA ancestral foi extraído de ossos de três mulheres neandertais, encontrados na caverna Vindija, na Croácia."><span class="desc">O DNA ancestral foi extraído de ossos de três mulheres neandertais, encontrados na caverna Vindija, na Croácia.</span></span></p><p>As “bases neandertais” no gene humano foram inseridas nas células-tronco usando-se a tesoura genética <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116376-nobel-de-quimica-descobridoras-da-edicao-de-genes-crispr-ganham-premio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CRISPR</a>. Para efeito de comparação, também foram usadas células humanas modernas para criar os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154731-miniorgaos-replicam-originais-laboratorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o<span style="color: rgb(3, 3, 3); font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: rgb(247, 247, 247); text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">rganoides</span></a><span style="color: rgb(3, 3, 3); font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: rgb(247, 247, 247); text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&nbsp;(estruturas tridimensionais cuja origem são células-tronco, e que se parecem com um tecido original específico – nesse caso, o tecido cerebral). &nbsp;</span></p><p><span style="color: rgb(3, 3, 3); font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: rgb(247, 247, 247); text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">Ao fim de quatro meses,&nbsp;</span>as células-tronco com DNA ancestral se converteram em organoides (chamados de “neanderoides” por Muotri) até o estágio em que foram detectados sinais elétricos.</p><h2>Socialização</h2><p><span style="color: rgb(3, 3, 3); font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: rgb(247, 247, 247); text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">O resultado final foi redes neurais que se organizam de maneira diferente e em tamanhos idem. "Estamos tentando recriar mentes neandertais. Por que nossos cérebros são tão diferentes de outras espécies, incluindo nossos próprios parentes extintos?", disse Muotri à&nbsp;</span><em style="box-sizing: border-box; outline: 0px; -webkit-font-smoothing: antialiased; color: rgb(3, 3, 3); font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: rgb(247, 247, 247); text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Science Magazine</em><span style="color: rgb(3, 3, 3); font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: rgb(247, 247, 247); text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">.</span></p><p><span style="color: rgb(3, 3, 3); font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: rgb(247, 247, 247); text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">Os&nbsp;</span>“neanderoides” cresceram com a forma de uma pipoca e os “humanroides”, redondos. Ao se estruturar, os neurônios modificados migram mais rapidamente dentro do organoide, formam menos conexões sinápticas e criam redes neurais anormais.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Alysson Muotri/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nbcnews.com/mach/science/why-tiny-neanderthal-brains-are-now-growing-petri-dishes-ncna886986"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/10/10121903934143.jpg" alt="À esquerda, células modificadas com gene neandertal e à direita, células cerebrais do homem moderno,"><span class="desc">À esquerda, células modificadas com gene neandertal e à direita, células cerebrais do homem moderno,</span></span></p><p>“Nos humanos modernos, essas mudanças estão ligadas a defeitos no desenvolvimento cerebral necessário à socialização", disse ela. Segundo a cientista, similaridades foram encontradas no tecido cerebral de crianças com autismo.</p><p>O geneticista evolucionário Svante Pääbo, o primeiro a sequenciar o DNA Neandertal; disse que é muito difícil descobrir quais diferenças genéticas entre nosso ancestral e o homem moderno são "funcionalmente relevantes": "Os organoides representam apenas o estágio inicial do desenvolvimento do cérebro. Eles estão longe de nos dizer como os cérebros adultos funcionam.”</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=5FBxnkzI9HU</p><p><br></p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:22.152Z

Pesquisadores criam minicérebros com DNA Neandertal

Imagem de Elo perdido explica surgimento dos primeiros dinossauros voadores no megacurioso

Pequeno lagarto de dez centímetros deu origem a colossos voadores com asas de até doze metros de envergadura


<p>Os <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152513-voo-pterossauros-resolver-modernos-problemas-aviacao.htm" target="_blank">primeiros vertebrados a voarem</a> foram os pterossauros, dominando os céus há 150 milhões de anos. Apesar de reinarem absolutos acima do solo, sua origem ainda permanecia nebulosa – agora, sabe-se que esses colossos alados são a evolução de um pequeno bípede terrestre, o lagerpetídeo.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Pterosaurs 101 | National Geographic" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/mfYuvlE78Nk?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>O registro fóssil dos pterossauros é cheio de lacunas ainda não preenchidas – o <em>Caelestiventus hanseni</em>, seu ancestral mais antigo conhecido, data de 220 milhões de anos e já exibia todos os requisitos para voar.</p>



<p>“Nunca foram encontrados fósseis de pterossauros que não tivessem mecanismos de voo”, disse o  principal autor do estudo publicado na <em>Nature</em>, o paleontólogo argentino Martín Ezcurra, do Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia. </p>



<p>Na década de 1980, estudos confirmaram que esses dinossauros se assemelhavam às aves: eles batiam as asas (e não apenas planavam) e andavam sobre os membros posteriores. Na mesma época, surgiu a hipótese de seus parentes mais próximos seriam os lagerpetídeos. Tudo se encaixava na árvore evolucionária, mas não havia evidências que comprovassem essa hipótese.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11224426205003.jpg" alt="" /><figcaption>Lagerpetídeos, pequenos lagartos terrestres deram origem aos pterossauros</figcaption></figure>



<p>Eles viveram entre 237 e 210 milhões de anos atrás; seu tamanho variava entre dez centímetros a um metro e seu peso não devia exceder os cinco quilos. Seus fósseis são difíceis de encontrar (a maioria, de membros posteriores) e estão espalhados por Brasil, Argentina, EUA e Madagascar. </p>



<h2>Reconstrução</h2>



<p>“Lagerpetídeos são os parentes conhecidos mais próximos, em termos evolutivos, dos pterossauros. Embora não voassem, tinham algumas características anatômicas – na mandíbula, no cérebro, no ouvido interno e nos dentes – similares às dos pterossauros”, disse à <em>Revista Pesquisa Fapesp</em> o coordenador do estudo, o paleontólogo Max Langer, da Universidade de São Paulo (USP).</p>



<p>Para chegar a essa conclusão, a equipe internacional  de paleontólogos examinaram dezenas de fósseis espalhados pelo mundo. O trabalho não é recente; nos últimos 15 anos, cinco grupos de pesquisa de seis países e três continentes se uniram para tentar preencher as lacunas ainda abertas na história evolutiva do pterossauro.</p>



<p>A identificação recente de crânios e membros anteriores semelhantes aos dos pterossauros impulsionou a revisão da árvore genealógica. O uso de técnicas avançadas, como varredura micro-tomográfica (µCT) permitiu reconstruir o cérebro e os sistemas sensoriais dos lagerpetídeos.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://twitter.com/SirJoscha/status/1336704151796011008"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11224214954002.jpg" alt="." /></a></figure>



<p>“Alguns desses fósseis delicados foram coletados há quase 80 anos e, em vez de cortá-los destrutivamente, pudemos reconstruir cuidadosamente a anatomia do cérebro e do ouvido interno desses animais”, disse a paleontóloga Michelle Stocker, da Universidade Virgínia Tech.</p>



<h2>Perfil exigido</h2>



<p>O que tornou os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154945-fossil-indica-ancestrais-dinossauros-pequenos.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">lagerpetídeos ancestral dos pterossauro</a>s foi o perfil exigido: pequenos lagartos bípedes que andavam como os pássaros, com as proporções de seus membros delgados, bem como a forma de suas costas, consistentes com o corpo de uma ave. </p>



<p>Os pesquisadores usaram ainda uma abordagem conhecida como sistemática filogenética para determinar relações entre todos os grupos de organismos, incluindo dinossauros.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11225417057004.jpg" alt="" /><figcaption>Lagerpetídeos e pterossauros são agora considerados grupos irmãos</figcaption></figure>



<p>Essa técnica procura características recém-evoluídas entre organismos diferentes: aquelas evoluídas por último aparecem nas formas mais recentemente divergentes umas das outras, portanto são mais próximas geneticamente.</p>



<p>Os lagerpetídeos tinham os ossos da mão longos, um primórdio da adaptação ao voo, e compartilhavam características específicas com os pterossauros, como estruturas complexas de sua caixa craniana e do ouvido interno.</p>



<p>“Os resultados apresentados nesse estudo preenchem muitas lacunas no caminho evolutivo que levou um pequeno réptil terrestre a gerar o primeiro vertebrado capaz de voar”, disse o paleontólogo Kevin Padian.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208221-elo-perdido-explica-surgimento-primeiros-dinossauros-voadores.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208221-elo-perdido-explica-surgimento-primeiros-dinossauros-voadores.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Elo perdido explica surgimento dos primeiros dinossauros voadores</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.425Z

Elo perdido explica surgimento dos primeiros dinossauros voadores

Imagem de O sentido do Universo e tudo o mais não é 42 e sim, 1/137 no megacurioso

Pesquisadores refinam há mais de 2 décadas o número puro que define o Cosmos e tudo o que há nele


<p>Quem curte passear pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Mega Curioso</a> já deve ter ouvido falar da proporção áurea, uma constante real algébrica irracional (você pode ver <a href="https://www.megacurioso.com.br/matematica-e-estatistica/74174-voce-sabe-o-que-e-a-proporcao-aurea.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">aqui</a> como calculá-la). Ela está em toda a parte, na natureza e na arquitetura, no rosto das mulheres e nos legumes. Acima do horizonte, porém, outro número reina: a constante de estrutura fina, o número puro que molda o Universo e que, agora, tornou-se mais acurado graças ao trabalho de uma equipe de físicos obstinados.</p>



<p>Definida pela letra grega alfa, ela é a constante <a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">física</a> fundamental que quantifica a força da interação eletromagnética entre partículas elementares carregadas. Como grandeza adimensional, a constante de estrutura fina não tem unidade e é definida pela razão 1/137.</p>



<p>O número, pequeno, implica em um eletromagnetismo fraco; por isso, as partículas carregadas formam átomos cujos elétrons podem mudar de órbitas e formar ligações químicas. Se a constante fosse menor ou maior, as estrelas não seriam capazes de criar carbono, e a vida baseada nele não existiria.</p>



<figure class="mt-2 size-large is-resized"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d60009988.jpg" alt="" class="wp-image-127488" width="580" height="326" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d60009988.jpg 1412w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d60009988-768x432.jpg 768w" sizes="(max-width: 580px) 100vw, 580px" /><figcaption>A constante de estrutura fina foi introduzida em 1916 pelo físico Arnold Sommerfeld para quantificar o minúsculo intervalo entre duas linhas no espectro de cores emitido por certos átomos (eles podem ser vistas acima, na imagem de um interferômetro).</figcaption></figure>



<p>Sommerfeld para quantificar o minúsculo intervalo entre duas linhas no espectro de cores emitido por certos átomos (eles podem ser vistas acima, na imagem de um interferômetro).</p>



<p>“Em nosso mundo cotidiano, tudo é gravidade ou eletromagnetismo. Por isso, alfa é tão importante”, disse o físico da Universidade da Califórnia Holger Müller à <em>Quanta Magazine</em>.</p>



<h2>Superação contínua</h2>



<p>Era dele o melhor resultado até então alcançado, há nove anos, e agora superado por uma equipe do parisiense Laboratório Kastler Brossel, que chegou à mais precisa medição da constante de estrutura fina, até a 11ª casa decimal: a = 1 / 137,03599920611, com uma margem de erro de 81 partes por trilhão.</p>



<p>Saïda Guellati-Khélifa chegou a esse resultado depois de 22 anos medindo a constante de estrutura fina através da força com que átomos de rubídio pulam de suas órbitas ao absorver um fóton. Foi uma medição dela, aliás, que Müller superou em 2011. </p>



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="2000" height="1413" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d628ccf6b.jpg" alt="" class="wp-image-127489" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d628ccf6b.jpg 2000w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d628ccf6b-768x543.jpg 768w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d628ccf6b-1536x1085.jpg 1536w" sizes="(max-width: 2000px) 100vw, 2000px" /><figcaption>A física Saïda Guellati-Khélifa trabalha em seu laboratório, em Paris.</figcaption></figure>



<p>A precisão alcançada vai permitir a pesquisadores que testem a teoria das inter-relações entre as partículas elementares, o chamado Modelo Padrão da Física de partículas, uma teoria quântica de campos que descreve as forças fundamentais forte, fraca e eletromagnética.</p>



<h2>O trabalho continua</h2>



<p>Entre os valores encontrados por Guellati-Khélifa e Müller há uma diferença no sétimo dígito (o que é maior que a margem de erro observada nas duas medições). Um ou ambos estão errados – como o número encontrado por Guellati-Khélifa é mais preciso, está sendo considerado o correto.</p>



<p>As duas equipes, porém, vão continuar a buscar mais precisão, melhorando as configurações dos experimentos. Em Paris, a câmara de vácuo usada será substituída, enquanto a equipe da Califórnia ganhou um laser novo, com feixe mais amplo.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="776" height="518" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d67321641.jpg" alt="" class="wp-image-127490" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d67321641.jpg 776w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d67321641-768x513.jpg 768w" sizes="(max-width: 776px) 100vw, 776px" /><figcaption>Holger Müller em seu laboratório em Bekeley.</figcaption></figure>



<p>De qualquer maneira, os dois números encontrados são próximos o bastante do valor de alfa observado em medições do fator g de Landé (um termo multiplicativo que aparece na expressão dos níveis de energia de um átomo em um campo magnético fraco). Se os valores fossem diferentes, a resposta seria que uma nova partícula havia sido descoberta.</p>



<p>Mas os números dos dois grupos de físicos concordam com as melhores medições do fator g, confirmando o Modelo Padrão. “É o acordo mais preciso entre teoria e experimento”, disse Guellati-Khélifa.</p>



<p><a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208094-sentido-universo-tudo-o-nao-42-e-sim-1-137.htm?f" target="_blank">O sentido do Universo e tudo o mais não é 42, e sim 1/137</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.168Z

O sentido do Universo e tudo o mais não é 42 e sim, 1/137

Imagem de Descobertas milhares de pinturas rupestres na Amazônia colombiana no megacurioso

Segundo arqueólogos, são dezenas de milhares de desenhos, estendendo-se por 13 quilômetros de penhascos mata adentro


<p>Mastodontes, palaeolamas, preguiças gigantes e cavalos selvagens há muito extintos foram representados em gigantescos paredões de rocha pelos primeiros humanos a alcançar a Amazônia e vistos 12 mil anos depois por pesquisadores alcançaram a área hoje dominada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARCs).</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.google.com/maps/place/Serrania+de+La+Lindosa"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/01/01113106413086.jpg" alt="." /></a><figcaption>Fonte: Google Maps/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Composta por arqueólogos britânicos e colombianos, a expedição encontrou os murais, que contam com milhares de pinturas de animais, humanos e figuras geométricas, gravados em penhascos que se estendem por 13 quilômetros cortando a floresta na região montanhosa da Serranía de la Lindosa (conhecida por sua arte rupestre).</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.theguardian.com/science/2020/nov/29/sistine-chapel-of-the-ancients-rock-art-discovered-in-remote-amazon-forest"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/01/01113245851087.jpg" alt="." /></a><figcaption>Fonte: The Guardian/Ella Al-Shamahi/Reprodução</figcaption></figure>



<p>A região é dominada pela FARCs e só pôde ser alcançada depois de quatro horas de caminhada por trilhas abertas através da floresta amazônica (a expedição partiu de San José del Guaviare, a 275 quilômetros de Bogotá). Segundo uma das integrantes do grupo, a arqueóloga Ella Al-Shamahi, “o local é tão novo que nem um nome tem ainda”.</p>



<h2>Animais extintos</h2>



<p>A estimativa da idade das pinturas rupestres se baseou nos animais representados, todos extintos há pelo menos 12 mil anos. O líder da expedição, o arqueólogo da Universidade de Exeter José Iriarte, disse ao jornal <em>The Guardian</em> que “são dezenas de milhares de pinturas; será preciso o trabalho de gerações para estudá-los. A cada volta que damos, nos deparamos com mais gravuras. Algumas estão tão alto que somente podem ser alcançadas por drones”.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.theguardian.com/science/2020/nov/29/sistine-chapel-of-the-ancients-rock-art-discovered-in-remote-amazon-forest"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/01/01113339024091.jpg" alt="." /></a><figcaption>Fonte: Wild Blue Media/Marie-Claire Thomas/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Segundo ele, “as representações são tão naturais e perfeitas que restam poucas dúvidas sobre o que está ali. Podemos distinguir os pelos das crinas nos desenhos de cavalos da era do gelo. Há ainda peixes, tartarugas, lagartos, pássaros, pessoas dançando e de mãos dadas – uma figura usa a máscara de um pássaro com bico. É fascinante”.</p>



<p>A descoberta se deu, na verdade, em 2019, mas está sendo divulgada agora por conta da série de documentários <em>Jungle Mystery: Lost Kingdoms of the Amazon</em>, que vai ao ar este mês na TV britânica.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207591-descobertas-milhares-pinturas-rupestres-amazonia-colombiana.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207591-descobertas-milhares-pinturas-rupestres-amazonia-colombiana.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Descobertas milhares de pinturas rupestres na Amazônia colombiana</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:09.691Z

Descobertas milhares de pinturas rupestres na Amazônia colombiana

Imagem de Bola de fogo explode sobre Portugal durante a madrugada no megacurioso

Meteoro cruzou a Península Ibérica a 227 mil km/h 


<p>O <a href="http://www.tecmundo.com.br/astronomia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Universo</a>, este ano, parece que tem atendido com mais frequência os pedidos de “Vem meteoro” – dessa vez, uma bola de fogo explodiu nos céus ao sul de Portugal na madrugada desta segunda (16). </p>



<p>O bólido começou a ser seguido pelos sensores do Instituto de Astrofísica da Andaluzia (IAA-CSIC), e pelos observatórios astronômicos de Calar Alto, Sevilha e La Hita, na Espanha, assim que entrou na atmosfera da Terra.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="618" height="572" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/11/5fb54b341d16a.jpg" alt="" class="wp-image-126155" /><figcaption>O meteoro cruzou toda a Península Ibérica até explodir sobre Portugal,, sendo seguido por observatórios como o Centro Astronómico Hispano-Alemán.</figcaption></figure>



<p>Depois de entrar na atmosfera a 227 mil quilômetros por hora, a fricção da atmosfera com a rocha (provavelmente, o pedaço de um cometa), fez com que ela explodisse, a 60 quilômetros de altitude, em um clarão visto a olho nu em todo o sul do país.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Fireball over the south of Spain  (Nov 16) // Bola de fuego sobre el sur de España (16 de noviembre)" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/dCnfEIPyP2Y?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>O evento foi captado por inúmeras câmeras, como a do observatório de Calar Alto:</p>



<figure class="wp-block-embed-twitter wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://twitter.com/amigos_calar/status/1328470708163371008
</div></figure>



<h2>Um meteoro para chamar de brasileiro</h2>



<p>Em maio deste ano, um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206341-meteorito-caiu-mg-pedaco-gigante-asteroide-vesta.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">meteorito semelhante</a> assustou os moradores da cidade de Tiros, em Minas Gerais. Depois de buscas pelas cercanias da cidade à procura de fragmentos do meteoro, um fazendo encontrou um pedaço de cerca de 400g, o que ajudou a identificar a procedência da rocha.</p>



<p>A análise do fragmento revelou que o agora chamado meteorito de Tiros é parte de Vesta, um dos maiores asteroides do Sistema Solar.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Grande meteoro é registrado por 8 câmeras em 3 estados - 08/05/20" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/9nTizkJMU1o?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>


thumb-image-2024-02-29T14:05:08.217Z

Bola de fogo explode sobre Portugal durante a madrugada

Imagem de Sistema à base de germes do solo gera água pura no megacurioso

Sistema de pesquisadores ingleses está em testes no Nordeste


<p>Combustível gerado a partir de micro-organismos que vivem no solo: esse projeto inovador, nascido na britânica Universidade de Bath, está sendo testado agora por geógrafos e químicos das universidades federais do Ceará (UFC) e do Rio Grande do Norte (UFRN) na pequena vila de pescadores de Icapuí, no semiárido nordestino – um lugar onde a principal fonte de água potável é a chuva.</p>



<p>O sistema captura a energia das reações químicas proveniente da atividade metabólica de micro-organismos que vivem no solo, e que pode ser usada na filtragem da água. Em 2019, testes mostraram que o método consegue purificar três litros de água por dia.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03083901829006.jpg" alt="Alunos da EEF Professora Mizinha, de Icapuí, ajudaram na montagem do sistema.">Alunos da EEF Professora Mizinha, de Icapuí, ajudaram na montagem do sistema.</p>



<p>O sistema tem dois eletrodos à base de carbono posicionados distantes quatro centímetros um do outro e ligados a um circuito externo. Um eletrodo é enterrado no solo, enquanto o outro é exposto ao ar, na superfície. A energia gerada alimenta um reator eletroquímico que purifica a água.</p>



<h2>Água potável com gosto ruim</h2>



<p>“Este sistema tem verdadeiro potencial como uma fonte sustentável de baixo consumo de energia”, disse a líder do projeto, a biotecnóloga  Mirella Di Lorenzo, lembrando que todo o equipamento necessário não custa mais que três libras (menos de R$ 25)</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03083708563005.jpg" alt="Os pesquisadores Jakub Dziegielowski, Jannis Wenk e Mirella Di Lorenzo com as células de combustível microbianas do solo (SMFC)">Os pesquisadores Jakub Dziegielowski, Jannis Wenk e Mirella Di Lorenzo com as células de combustível microbianas do solo (SMFC)</p>



<p>Atualmente, o problema é replicar a tecnologia fora dos laboratórios. “Fazê-lo ao ar livre e com um sistema que requer manutenção mínima é muito mais complicado, e isso já provou ser uma barreira para as células a combustível microbianas serem consideradas eficazes”, disse a pesquisadora.</p>



<p>Segundo ela, “buscamos uma forma sustentável de tratar a água de maneira eficaz e torná-la potável em regiões como o semiárido. A água da chuva é a principal fonte de água potável na área; ao ser clorada, ela se torna potável mas estéril, com um forte odor e gosto ruim.”</p>



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Julia Marinho