Imagem de Mulher descobre em casa pintura de 700 anos que vale milhões no megacurioso

Quadro estava em uma casa de Compiègne, na França, e dona acreditava ser pintura “falsa” do pintor renascentista Cenni di Pepo

Fazer faxina em casa nunca foi t&atilde;o surpreendente e lucrativo como para uma mulher que mora em Compi&egrave;gne, na Fran&ccedil;a. Ela decidiu vender um quadro&nbsp;que julgava ser uma imita&ccedil;&atilde;o falsa de uma obra do pintor renascentista Cenni di Pepo, tamb&eacute;m conhecido como Cimabue, quando descobriu que a pintura, na verdade, n&atilde;o s&oacute; era original, como tinha 700 anos e valia&nbsp;milh&otilde;es de d&oacute;lares.

O leiloeiro com o qual a mulher entrou em contato disse que imediatamente pensou que se tratava de uma obra do primitivismo italiano, mas n&atilde;o imaginava que fosse uma pintura de Cimabue. 

De acordo com o Artnet News, a descoberta aconteceu em junho e a pintura tida como falsa estava despretensiosamente pendurada sobre um fog&atilde;o na casa da mulher. A obra, intitulada &ldquo;Zombando de Cristo&rdquo;, &eacute; uma pintura de tr&ecirc;s pain&eacute;is que descrevem os diferentes est&aacute;gios da Paix&atilde;o de Cristo.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="599" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/14/14175518838338.jpg" width="900" />
<figcaption>Pintura original era vista como &quot;imita&ccedil;&atilde;o&quot; por dona da casa. (Fonte:&nbsp;Philippe Lopez/AFP/Getty Images) 
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A pintura s&oacute; subiu seu status de &ldquo;imita&ccedil;&atilde;o&rdquo; para original porque a mulher decidiu vender a casa e entrou em contato com uma pequena casa de leil&otilde;es na cidade vizinha de Senlis para avaliar os pertences dentro da casa. Foi a&iacute; que o leiloeiro Philom&egrave;ne Wolf se deparou com a obra-prima.

Ao Le Parisien ele ressaltou que dificilmente v&ecirc; algo dessa qualidade. &ldquo;Eu imediatamente pensei que era uma obra do primitivismo italiano. Mas n&atilde;o imaginei que fosse um Cimabue&rdquo;, disse. A estimativa inicial dele &eacute; de que a pintura poderia valer entre US$ 400 mil e US$ 440 mil.

Depois de levar a pe&ccedil;a para Eric Turquin, conhecido avaliador que trabalha em Paris, o valor da pintura multiplicou e passou a ser de 15 vezes a estimativa inicial de Wolf. A pintura est&aacute; sendo vendida em conjunto com a casa de leil&otilde;es e a estimativa de Turquin &eacute; de que a obra seja vendida a um valor que varia entre US$ 4,4 milh&otilde;es e US$ 6,6 milh&otilde;es.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Larvas que comem madeira ajudam a identificar pintura</h2>

Segundo Turquin, a prova da autenticidade da pintura &eacute; uma evid&ecirc;ncia incomum e peculiar: buracos de minhoca. Ele explicou que as tr&ecirc;s pinturas que formam a obra completa devem ter &ldquo;buracos&rdquo; feitos por larvas que comem madeira e trilharam os pain&eacute;is. Ao sequenciar as pinturas e os buracos formarem um padr&atilde;o, &eacute; poss&iacute;vel afirmar que formam a mesma pe&ccedil;a. &ldquo;Voc&ecirc; pode seguir os t&uacute;neis feitos pelos vermes. &Eacute; o mesmo painel. Temos provas objetivas de que &eacute; do artista&rdquo;, ressaltou.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="1013" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/14/14175645145340.jpg" width="600" />
<figcaption>Madonna e Crian&ccedil;a &eacute; outra das tr&ecirc;s pinturas que formam a obra de Cimabue. (Fonte: Getty Images) 
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O especialista disse ainda que este &eacute; o &uacute;nico trabalho que foi encontrado e adicionado ao cat&aacute;logo de obras aut&ecirc;nticas de Cimabue recentemente.

Pintor florentino do s&eacute;culo XIII e conhecido como pai da pintura ocidental, Cimabue orientou outro artista italiano: Giotto di Bondone. As outras duas pinturas que completam a paix&atilde;o de Cristo de Cimabue s&atilde;o &ldquo;Flagela&ccedil;&atilde;o de Cristo&rdquo;, que est&aacute; nos Estados Unidos e &ldquo;Madonna e Crian&ccedil;a&rdquo;, que est&aacute; na Galeria Nacional em Londres.

O leil&atilde;o da pintura rec&eacute;m-descoberta deve acontecer no dia 27 de outubro.

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Mulher descobre em casa pintura de 700 anos que vale milhões

Imagem de Evento climático levou à extinção de mamute-lanoso no megacurioso

Estudo do Museu Finlandês de História Natural sugere que poderoso evento climático levou à fome e consequente extinção do mamute-lanoso

O mamute-lanoso j&aacute; &eacute; bastante conhecido nas telonas do cinema, mas sua extin&ccedil;&atilde;o ainda era um mist&eacute;rio at&eacute; agora. Segundo um estudo desenvolvido por pesquisadores do Museu Finland&ecirc;s de Hist&oacute;ria Natural, o &ldquo;culpado&rdquo; pela extin&ccedil;&atilde;o do mamute foi um poderoso evento clim&aacute;tico.

Os mamutes lanosos j&aacute; haviam resistido a in&uacute;meras cat&aacute;strofes naturais e eventos clim&aacute;ticos. Embora muitos deles tenham morrido durante esses eventos, um grupo foi transportado para Wrangel Island, uma remota ilha no &Aacute;rtico, onde sobreviveram por cerca de 7 mil anos, at&eacute; que o grupo foi extinto h&aacute; 4 mil anos.

Agora, Laura Arppe e os colegas do museu estudaram, a partir de ossos e dentes gigantes encontrados na ilha, a nutri&ccedil;&atilde;o e o metabolismo da popula&ccedil;&atilde;o mamute comparando os resultados com os de outros grupos.

Ao analisar os is&oacute;topos de carbono e nitrog&ecirc;nio, que esclarecem o funcionamento metab&oacute;lico e nutricional, a equipe chegou a conclus&otilde;es que indicam que um evento clim&aacute;tico poderoso foi capaz de fazer a esp&eacute;cie passar fome e como consequ&ecirc;ncia, o mamute lanoso foi extinto.

Apesar de estudos anteriores sugerirem que muta&ccedil;&otilde;es e colapsos gen&ocirc;micos tenham sido respons&aacute;veis pela extin&ccedil;&atilde;o, essa pesquisa recente n&atilde;o encontrou evid&ecirc;ncias para corroborar as afirma&ccedil;&otilde;es anteriores e trouxe &agrave; tona um culpado mais &ldquo;simples&rdquo;, o clima.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="445" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/12/12123023419002.jpg" width="801" />
<figcaption>Grandes dentes e ossos foram encontrados na Ilha Wrangel - Foto: Juha Karhu</figcaption>
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Arppe e sua equipe avaliaram uma potencial falta de recursos a partir do bem-estar alimentar dos animais e n&atilde;o encontraram mudan&ccedil;as alarmantes de longo prazo no habitat ou no clima dos mamutes da Ilha Wrangel. &ldquo;Ningu&eacute;m analisou o que estava acontecendo com a ecologia alimentar dos mamutes wrangelianos e, com todas essas outras observa&ccedil;&otilde;es relacionadas &agrave; dieta, era hora de faz&ecirc;-lo&quot;, disse Arppe.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Extin&ccedil;&atilde;o do mamute-lanoso foi abrupta, afirmam pesquisadores</h2>

Arppe explica que queria analisar a ecologia alimentar do mamute-lanoso para tentar encontrar sinais de mudan&ccedil;as na dieta, nutri&ccedil;&atilde;o ou metabolismo que pudessem ter levado &agrave; extin&ccedil;&atilde;o, como sinais de fome ou desnutri&ccedil;&atilde;o.

Ela explica ainda que o grande n&uacute;mero de ossos de mamute encontrados na ilha indica que o desaparecimento aconteceu abruptamente. &ldquo;N&atilde;o h&aacute; sinais de um tamanho menor da popula&ccedil;&atilde;o antes da extin&ccedil;&atilde;o. &Eacute; como se tivessem atingido um muro h&aacute; aproximadamente 4 mil anos atr&aacute;s&rdquo;, compara.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="443" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/12/12123125622003.jpg" width="721" />
<figcaption>Foto: iStock 
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A pesquisa indica que &ldquo;eventos de gelo&rdquo;, com chuvas caindo sobre a neve fazendo com que o solo fique coberto de gelo e impenetr&aacute;vel para os mamutes, tenham sido os respons&aacute;veis pela extin&ccedil;&atilde;o do mamute lanoso. &ldquo;Sabe-se que esses tipos de eventos causam a morte de um grande n&uacute;mero de herb&iacute;voros no &Aacute;rtico. Vinte mil bois-almiscarados morreram de fome em 2003 no &Aacute;rtico canadense devido a um evento de chuva na neve&rdquo;, conta.

Apesar de concluir que esse evento tenha sido a causa da extin&ccedil;&atilde;o do mamute-lanoso. A equipe de pesquisa encontrou tamb&eacute;m sinais de que a falta de &aacute;gua doce saud&aacute;vel possa ter dado sua contribui&ccedil;&atilde;o.

Agora, os pesquisadores pretendem se debru&ccedil;ar sobre os impactos da qualidade da &aacute;gua sobre a popula&ccedil;&atilde;o mamute

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Evento climático levou à extinção de mamute-lanoso

Imagem de Cientistas utilizam falsa memória para ensinar pássaros a cantar no megacurioso

Novo estudo mostra que pássaros tentilhões podem aprender uma música sem nunca a terem ouvirem. O segredo? Memórias falsas implantadas em seus cérebros

N&atilde;o &eacute; incomum que cientistas utilizem animais com caracter&iacute;sticas fisiol&oacute;gicas semelhantes &agrave;s dos seres humanos para tentar entender o funcionamento de alguns &oacute;rg&atilde;os e fun&ccedil;&otilde;es. Ao contr&aacute;rio, essa t&eacute;cnica ainda &eacute; uma das mais utilizadas. Os p&aacute;ssaros tentilh&atilde;o-zebra, por exemplo, s&atilde;o usados para que os pesquisadores compreendam os mecanismos da fala humana, uma vez que o desenvolvimento vocal dos p&aacute;ssaros e dos humanos &eacute; bastante semelhante.

Em um estudo recente, novamente os p&aacute;ssaros foram utilizados. Uma equipe de neurocientistas implantou uma falsa mem&oacute;ria de melodias nunca ouvidas pelos p&aacute;ssaros. Eles utilizaram um m&eacute;todo de controle de tecidos vivos com luz, aoptogen&eacute;tica, para ativar circuitos espec&iacute;ficos de neur&ocirc;nios no c&eacute;rebro das aves

Ao pulsar a ferramenta de luz em um ritmo definido alvejando os neur&ocirc;nios espec&iacute;ficos, os pesquisadores conseguiram codificar a &ldquo;mem&oacute;ria&rdquo; no c&eacute;rebro dos p&aacute;ssaros. O tempo em que que os neur&ocirc;nios eram mantidos ativos correspondia ao comprimento das notas nas melodias que os p&aacute;ssaros puderam recordar mais tarde.

Essa esp&eacute;cie de p&aacute;ssaro aprende a cantar, em geral, por reprodu&ccedil;&atilde;o, ouvindo seus pais e outros adultos cantando. O estudo mostra que a ferramenta assumiu o papel dos pais, orientando o p&aacute;ssaro na memoriza&ccedil;&atilde;o de uma melodia sem que ele de fato tenha escutado.

<img alt="" height="477" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/14/14190728221374.jpg" width="900" />

Foto: Pixabay

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Descobertas semelhantes no c&eacute;rebro humano podem demorar</h2>

Publicado na revista Science, o estudo &eacute; o primeiro a confirmar que regi&otilde;es cerebrais codificam uma mem&oacute;ria &ldquo;comportamental&rdquo; e orienta a imitar determinado discurso ou comportamento.&nbsp;O neurocientista Todd Roberts, do Centro M&eacute;dico do Sudoeste da Universidade do Texas, ressaltou que &ldquo;as duas regi&otilde;es cerebrais que testamos neste estudo representam apenas uma pe&ccedil;a do quebra-cabe&ccedil;a&rdquo;.

Os pesquisadores descobriram ainda que mesmo que a comunica&ccedil;&atilde;o entre duas regi&otilde;es do c&eacute;rebro fosse interrompida depois que o p&aacute;ssaro tivesse aprendido uma m&uacute;sica atrav&eacute;s da mem&oacute;ria, ainda assim ele conseguiria cant&aacute;-la. Agora, se a comunica&ccedil;&atilde;o fosse cortada antes que ele pudesse formar a mem&oacute;ria, ele jamais conseguiria aprend&ecirc;-la.

Roberts afirmou ainda que pode demorar para que descobertas semelhantes sejam feitas no c&eacute;rebro humano. &ldquo;O c&eacute;rebro humano e os caminhos associados &agrave; fala e &agrave; linguagem s&atilde;o imensamente mais complicados do que os circuitos dos p&aacute;ssaros, mas nossa pesquisa est&aacute; fornecendo pistas fortes sobre onde procurar mais insights sobre dist&uacute;rbios do neurodesenvolvimento&rdquo;, explicou.

As pesquisas devem continuar com o objetivo de descobrir como a aprendizagem vocal e o desenvolvimento da linguagem acontecem no c&eacute;rebro humano.

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Cientistas utilizam falsa memória para ensinar pássaros a cantar

Imagem de Genes ajudam a explicar comportamentos distintos entre raças de cachorros no megacurioso

Raças de cachorros têm características próprias e comportamentos particulares e, de acordo com pesquisa, elas estão associadas a diferenças genéticas 

Os cachorros n&atilde;o s&atilde;o apenas considerados os melhores amigos do homem, eles habitam todo o mundo e s&atilde;o t&atilde;o diversificados, com tantas caracter&iacute;sticas e comportamentos distintos entre as diversas ra&ccedil;as existentes, que &eacute; f&aacute;cil esquecer como temos, atualmente, tantas delas por a&iacute;.
Para o professor de &eacute;tica e bem-estar animal e diretor do Centro de Intera&ccedil;&atilde;o entre Animais e Sociedade da Escola de Medicina Veterin&aacute;ria da Universidade da Pensilv&acirc;nia&nbsp;James A. Serpell, as pessoas costumam criar cachorros, na maioria das vezes, com o esfor&ccedil;o voltado em gerar comportamentos particulares, como os de ca&ccedil;a, de guarda ou de companheirismo com os seres humanos.
Muitas vezes nos esquecemos o qu&atilde;o variado &eacute; o mundo canino, mas para o professor assistente do departamento de psicologia da Universidade de Washington&nbsp;Noah Snyder-Mackler, eles podem apresentar um bom modelo capaz de ajudar a entender como essas varia&ccedil;&otilde;es comportamentais est&atilde;o relacionadas &agrave;s diferen&ccedil;as gen&eacute;ticas, ao ambiente e &agrave;s experi&ecirc;ncias.
Embora pare&ccedil;a um tanto &oacute;bvio que genes influenciam nos comportamentos individuais, provar com evid&ecirc;ncias n&atilde;o era tarefa f&aacute;cil, especialmente porque os comportamentos s&atilde;o tra&ccedil;os bastante complexos. Comportamentos como ansiedade, compuls&atilde;o de persegui&ccedil;&atilde;o e agressividade s&atilde;o provocados por diversos genes e n&atilde;o por apenas um.
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<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/11/11192054119301.jpg" width="960" /> <figcaption>Fonte: Pixabay</figcaption></figure>
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E &eacute; a&iacute; que entram os cachorros. As ra&ccedil;as de c&atilde;es s&atilde;o altamente endog&acirc;micas e, com isso, permitiram aos pesquisadores progredir nesta &aacute;rea de estudo. Os pesquisadores reconheceram que se uma ra&ccedil;a de cachorro estiver atrelada a um comportamento espec&iacute;fico capaz de distingui-la de outra ra&ccedil;a, pode ser &ldquo;mais f&aacute;cil&rdquo; detectar as variantes gen&eacute;ticas envolvidas neste comportamento comparando o genoma dessa ra&ccedil;a ao de outras.
Serpell utilizou os dados comportamentais inscritos no C-BARQ (Canine Behavioral Assessment and Research Questionnaire), pesquisa realizada com mais de 50 mil donos de cachorros na qual s&atilde;o mencionadas caracter&iacute;sticas comportamentais.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Diferen&ccedil;as gen&eacute;ticas de cachorros podem explicar diferen&ccedil;a de comportamento humano</h2>
Para cruzar os dados e realizar o estudo, os pesquisadores utilizaram 14.020 entradas de dados do C-BARQ que continham, inclusive, informa&ccedil;&otilde;es sobre c&atilde;es de ra&ccedil;a pura. Al&eacute;m disso, utilizaram dados de outros dois estudos anteriores nos quais foram sequenciados 172 mil pontos de genoma.
Ao cruzar e analisar os dados, eles descobriram que aproximadamente metade dos 14 comportamentos medidos entre as ra&ccedil;as podem ser atribu&iacute;dos &agrave; gen&eacute;tica. &ldquo;Isso foi baseado em comportamentos de ra&ccedil;a m&eacute;dia porque n&atilde;o t&iacute;nhamos informa&ccedil;&otilde;es comportamentais e gen&eacute;ticas dos mesmos animais&rdquo;, disse Evan L. MacLean, professor assistente da Escola de Antropologia da Universidade do Arizona.
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<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/11/11192129088302.jpg" width="960" /> <figcaption>Fonte: Pixabay</figcaption></figure>
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<h2 style="margin-bottom: 11px;">Heran&ccedil;a dos pais</h2>
Comportamentos como treinabilidade, persegui&ccedil;&atilde;o predat&oacute;ria, agress&atilde;o dirigida a estranhos e busca de aten&ccedil;&atilde;o obtiveram maior taxa de herdabilidade, com a gen&eacute;tica &ldquo;acertando&rdquo; entre 60% e 70% da varia&ccedil;&atilde;o entre as ra&ccedil;as. &ldquo;Esses s&atilde;o exatamente os tipos de caracter&iacute;sticas que foram selecionadas para ra&ccedil;as espec&iacute;ficas de c&atilde;es&rdquo;, afirmou Serpell.
Com um vasto conjunto de dados gen&ocirc;micos, os pesquisadores tamb&eacute;m procuraram variantes gen&eacute;ticas associadas a diferen&ccedil;as de ra&ccedil;a e localizaram alguns em genes que podem influenciar inclusive o comportamento humano. Os pesquisadores levantaram ainda a hip&oacute;tese de que as diferen&ccedil;as gen&eacute;ticas afetassem o c&eacute;rebro e procuraram ver onde os genes em que as principais variantes aparecera foram expressos no corpo. De acordo com a an&aacute;lise, eles s&atilde;o mais propensos a serem expressos no c&eacute;rebro do que em outro tecido do corpo.
Mas, &eacute; preciso ir mais a fundo e os estudos devem continuar. &ldquo;Ainda n&atilde;o estamos em um ponto em que podemos analisar o genoma de um indiv&iacute;duo e prever o comportamento. O ambiente e o treinamento ainda t&ecirc;m um efeito muito, muito forte&rdquo;, destacou Snyder-Mackler.
A pesquisa foi publicada nos Anais da Royal Society B.

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Genes ajudam a explicar comportamentos distintos entre raças de cachorros

Imagem de Povo maia teria aumentado nível de poluição, diz estudo no megacurioso

Ao construir canais e queimar campos para o cultivo, os maias teriam aumentado a emissão de CO2 e metano, de acordo com pesquisa da Universidade do Texas

A pr&aacute;tica de alterar o solo para o plantio &eacute; muito antiga, t&atilde;o antiga que os maias j&aacute; mexiam na terra para garantir o alimento &agrave; sua civiliza&ccedil;&atilde;o e, com isso, podem ter deixado uma marca negativa nas florestas tropicais. Ao menos &eacute; o que sugere um estudo da Universidade do Texas em Austin, que afirma que a constru&ccedil;&atilde;o da famosa infraestrutura dos campos f&eacute;rteis dos maias resultou em polui&ccedil;&atilde;o. 

O estudo, publicado na revista cient&iacute;fica Proceedings da National Academy of Sciences, afirma que a queima de terra realizada pelos maias provocou o aumento da emiss&atilde;o de CO2 e metano. Al&eacute;m disso, a constru&ccedil;&atilde;o de canais para garantir &aacute;gua nos campos tamb&eacute;m afetou o meio ambiente, de acordo com os pesquisadores.

Os pesquisadores, entre eles cientistas e estudantes de gradua&ccedil;&atilde;o da Universidade, analisaram 250 quil&ocirc;metros quadrados de imagens a laser de alta precis&atilde;o. Com isso, foi poss&iacute;vel mapear o solo da floresta pantanosa, descobrindo um extenso campo de zonas &uacute;midas antigas e sistemas que os maias utilizavam para agriculta e com&eacute;rcio em per&iacute;odos espec&iacute;ficos como os de mudan&ccedil;as populacionais, seca ou eleva&ccedil;&atilde;o do n&iacute;vel do mar.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="517" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/11/11201524346308.jpg" width="1024" />
<figcaption>Fonte:&nbsp;The University of Texas at Austin 
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As evid&ecirc;ncias encontradas pelos pesquisadores mostram que os maias transformaram florestas em campos alagados complexos, com canais cavados e utilizados para gerenciar e garantir a qualidade da &aacute;gua.

O principal autor do estudo, Tim Beach, ressalta que essas complexas e enormes redes de &aacute;reas &uacute;midas podem ter afetado e alterado o clima muito antes da industrializa&ccedil;&atilde;o e ajuda a entender como uma grande civiliza&ccedil;&atilde;o foi alimentada na floresta tropical.

A grande popula&ccedil;&atilde;o maia tinha tamb&eacute;m uma grande demanda por alimentos e, com isso, expandiu seus campos e canais de rede tornando-as acess&iacute;veis a canoas. Nas terras analisadas pelos pesquisadores, foram encontrados vest&iacute;gios de alimentos como milho, al&eacute;m de conchas e ossos de animais.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="532" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/11/11201615252309.jpg" width="1024" />
<figcaption>Fonte:&nbsp;The University of Texas at Austin 
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&ldquo;Esses p&acirc;ntanos perenes eram muito atraentes durante as secas severas maias, mas os maias tamb&eacute;m tinham que ter cuidado com a qualidade da &aacute;gua para manter a produtividade e a sa&uacute;de humana&quot;, explicou Sheryl Luzzadder-Beach, coautora do estudo e professora da Universidade do Texas.

O maior aumento pr&eacute;-moderno de metano foi registrado h&aacute; cerca de 2 mil a mil anos, per&iacute;odo que coincide com a interven&ccedil;&atilde;o realizada pelos maias nas florestas tropicais buscando melhorar a produ&ccedil;&atilde;o de alimento.

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Povo maia teria aumentado nível de poluição, diz estudo

Imagem de Embriões humanos podem ter músculo reptiliano no megacurioso

Utilizando técnicas especiais de imunocoloração, cientistas revelam que a anatomia de embriões pode ter vestígios reptilianos

A evolu&ccedil;&atilde;o da anatomia humana continua sendo objeto de estudo e, recentemente, cientistas da Universidade&nbsp;Howard de Washington e da Universidade de Sorbonne, em Paris, utilizaram t&eacute;cnicas especiais de imunocolora&ccedil;&atilde;o que revelam que embri&otilde;es humanos podem um ter m&uacute;sculo reptiliano no in&iacute;cio do seu desenvolvimento intrauterino. Ou seja, alguns tra&ccedil;os remanescentes de anatomia n&atilde;o desapareceram por completo, apesar da evolu&ccedil;&atilde;o do corpo humano.

O bi&oacute;logo evolucionista da Universidade Howard&nbsp;Rui Diogo&nbsp;explica que a presen&ccedil;a de algum tra&ccedil;o reptiliano no desenvolvimento inicial de peixes, sapos, galinhas e ratos j&aacute; era objeto de entendimento dos cientistas, mas, agora, as novas t&eacute;cnicas permitem tamb&eacute;m ver com mais detalhes o processo do desenvolvimento humano.

Acreditava-se que o m&uacute;sculo reptiliano havia &ldquo;se perdido&rdquo; durante a evolu&ccedil;&atilde;o da anatomia humana, tendo sido abandonados por nossos ancestrais mam&iacute;feros h&aacute; cerca de 250 milh&otilde;es de anos. Embora muitos m&uacute;sculos reptilianos se dissolvam antes do nascimento, h&aacute; alguns adultos que mant&eacute;m o tra&ccedil;o &ldquo;r&eacute;ptil&rdquo;.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">M&uacute;sculo reptiliano encontrado fornece detalhes sobre a evolu&ccedil;&atilde;o humana</h2>

O novo estudo se baseia na digitaliza&ccedil;&atilde;o em 3D de alta resolu&ccedil;&atilde;o de tecidos de mais de uma d&uacute;zia de embri&otilde;es e fetos jovens. Ao analisar por semanas essas imagens, os pesquisadores encontraram pequenos m&uacute;sculos nas m&atilde;os e nos p&eacute;s em um beb&ecirc; de sete semanas, mas eles n&atilde;o estavam mais vis&iacute;veis na 13&ordf; semana.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="415" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/10/10200002267333.jpg" width="1024" />
<figcaption>Fonte: Universidade Howard/Rui Diogo 
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Durante a observa&ccedil;&atilde;o, os pesquisadores notaram ainda que cerca de um ter&ccedil;o dos m&uacute;sculos dos p&eacute;s e das m&atilde;os dos embri&otilde;es murchavam ou se fundiam a outros. S&oacute; o fato de eles ainda existirem j&aacute; &eacute; uma surpresa, uma vez que se pensava que eles tinham &ldquo;desaparecido&rdquo; h&aacute; tanto tempo.

Al&eacute;m disso, o estudo ainda desafia a hip&oacute;tese de que os membros superiores e inferiores s&atilde;o &ldquo;c&oacute;pias&rdquo; uns dos outros. O desenvolvimento dos principais grupos musculares sugere que os membros passaram a se parecer ao longo do tempo.&nbsp;Encontrar tra&ccedil;os de algum m&uacute;sculo reptiliano no in&iacute;cio do desenvolvimento, ainda durante a gesta&ccedil;&atilde;o, pode fornecer detalhes importantes sobre a hist&oacute;ria da evolu&ccedil;&atilde;o humana.

Os pesquisadores detectaram ainda que adultos com alguns dist&uacute;rbios cromoss&ocirc;micos n&atilde;o perdem o m&uacute;sculo reptiliano. &ldquo;Isso refor&ccedil;a a ideia de que varia&ccedil;&otilde;es e patologias musculares podem estar relacionadas ao desenvolvimento embrion&aacute;rio atrasado ou interrompido, neste caso talvez um atraso ou diminui&ccedil;&atilde;o da apoptose muscular e ajuda a explicar porque esses m&uacute;sculos s&atilde;o ocasionalmente encontrados em pessoas adultas. Ele fornece um exemplo fascinante e poderoso de evolu&ccedil;&atilde;o&rdquo;, ressalta Rui Diogo.

Os estudos devem continuar e a tecnologia de colora&ccedil;&atilde;o pode ajudar a revelar outras estruturas que, at&eacute; o momento, imagina-se que desapareceram dos corpos humanos.

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Embriões humanos podem ter músculo reptiliano

Imagem de Exposição da mãe a toxinas prejudica imunidade dos filhos  no megacurioso

Estudo da Universiade de Rochester sugere que grande exposição de mulheres a toxinas pode prejudicar o sistema de defesa fisiológico dos filhos e das gerações futuras

Que a exposi&ccedil;&atilde;o a polui&ccedil;&atilde;o prejudica a sa&uacute;de n&atilde;o &eacute; novidade para ningu&eacute;m, mas um estudo desenvolvido na Universidade de Rochester e publicado na iScience sugere que a exposi&ccedil;&atilde;o onipresente a polui&ccedil;&atilde;o industrial pode prejudicar a imunidade por gera&ccedil;&otilde;es, enfraquecendo as defesas do corpo contra infec&ccedil;&otilde;es, como o v&iacute;rus influenza, de m&atilde;es, filhos, netos, bisnetos, e por a&iacute; vai.

Paige Lawrence, do departamento de medicina ambiental do Centro M&eacute;dico da Universidade de Rochester, explica que o estudo sugere que os impactos no sistema imunol&oacute;gico podem ser sentidos por gera&ccedil;&otilde;es. Ela diz ainda que, apesar de outros estudos j&aacute; mostrarem que a exposi&ccedil;&atilde;o a poluentes pode impactar nas fun&ccedil;&otilde;es do sistema reprodutivo, respirat&oacute;rio e nervoso por v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es, a atual pesquisa mostra de forma in&eacute;dita que a exposi&ccedil;&atilde;o afeta tamb&eacute;m a imunidade.

Os pesquisadores explicam que o enfraquecimento multigeracional da imunidade&nbsp;pode ajudar a explicar varia&ccedil;&otilde;es durante epis&oacute;dios sazonais e de pandemia de gripe, uma vez que as vacinas anuais fornecem mais prote&ccedil;&atilde;o a algumas pessoas do que a outras. Al&eacute;m disso, durante os surtos de gripe pand&ecirc;mica, algumas pessoas ficam gravemente doentes, enquanto outras combatem a infec&ccedil;&atilde;o.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/09/09215600307308.jpg" width="960" />
<figcaption>Fonte: Pixabay 
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Alguns fatores, como idade e muta&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, podem explicar essa varia&ccedil;&atilde;o, mas a diversidade de respostas tem outros aspectos envolvidos. &ldquo;Quando voc&ecirc; &eacute; infectado ou recebe uma vacina contra a gripe, o sistema imunol&oacute;gico aumenta a produ&ccedil;&atilde;o de tipos espec&iacute;ficos de gl&oacute;bulos brancos em resposta. Quanto maior a resposta, maior o ex&eacute;rcito de gl&oacute;bulos brancos, aumentando a capacidade do corpo de combater com &ecirc;xito uma infec&ccedil;&atilde;o. Ter um ex&eacute;rcito de tamanho menor &mdash;&nbsp;o que vemos em v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es de ratos neste estudo &mdash;&nbsp;significa que voc&ecirc; corre o risco de n&atilde;o combater a infec&ccedil;&atilde;o com a mesma efic&aacute;cia&rdquo;, explica Lawrence.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Teste com ratos comprovou imunidade baixa em m&atilde;es, filhos, &ldquo;netos&rdquo; e &ldquo;bisnetos&rdquo;</h2>

Para realizar o estudo, pesquisadores expuseram camundongos prenhes &agrave; dioxina em n&iacute;veis ambientalmente relevantes. Subproduto comum da produ&ccedil;&atilde;o industrial e da incinera&ccedil;&atilde;o de res&iacute;duos, al&eacute;m de encontrada em alguns produtos de consumo, esses produtos qu&iacute;micos entram no sistema alimentar, sendo consumidos eventualmente por seres humanos. As dioxinas se acumulam &agrave; medida que avan&ccedil;am na cadeia alimentar e produtos alimentares de origem animal possuem maior concentra&ccedil;&atilde;o.

A produ&ccedil;&atilde;o e fun&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas T citot&oacute;xicas &mdash;&nbsp;gl&oacute;bulos brancos que defendem o organismo de pat&oacute;genos estranhos, al&eacute;m de procurar e destruir c&eacute;lulas com muta&ccedil;&otilde;es que podem levar ao c&acirc;ncer &mdash;&nbsp;foram prejudicadas quando os ratos foram infectados com o v&iacute;rus influenza A.&nbsp;E a resposta imune enfraquecida foi al&eacute;m. N&atilde;o apenas a prole das m&atilde;es expostas &agrave; dioxina apresentou imunidade deficiente, mas as gera&ccedil;&otilde;es subsequentes, incluindo at&eacute; os &ldquo;bisnetos&rdquo;, com efeito mais intenso nas f&ecirc;meas.

A hip&oacute;tese dos pesquisadores &eacute; de que a exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; dioxina altera a transcri&ccedil;&atilde;o de instru&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas, ou seja, n&atilde;o &eacute; a exposi&ccedil;&atilde;o que desencadeia uma muta&ccedil;&atilde;o, mas o mecanismo pelo qual os genes s&atilde;o expressos que se altera, sendo inclusive repassado para gera&ccedil;&otilde;es seguintes.

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Exposição da mãe a toxinas prejudica imunidade dos filhos 

Imagem de Juliane Koepcke sobreviveu a uma queda de avião na Amazônia no megacurioso

Depois do acidente, a adolescente foi considerada morta até reaparecer 10 dias depois

N&atilde;o &eacute; incomum encontrar pessoas com medo de encarar uma viagem a bordo de um avi&atilde;o. H&aacute; os que ficam nervosos, mas encaram, h&aacute; os que precisam de um calmante e h&aacute; aqueles que simplesmente n&atilde;o conseguem subir as escadas de um avi&atilde;o para voar por a&iacute;. E n&atilde;o adianta dizer que o avi&atilde;o &eacute; um meio de transporte seguro e que a chance de um acidente &eacute; muito pequena. 

&Eacute; pequena, mas acontece e, alguns epis&oacute;dios s&atilde;o, realmente, aterrorizantes. O Brasil mesmo j&aacute; registrou alguns acidentes tr&aacute;gicos, como o acidente que vitimou praticamente todo o time de futebol da Chapecoense, al&eacute;m de jornalistas e outros profissionais.

Mas, a hist&oacute;ria de Juliane Koepcke &eacute; diferente. Adolescente de 17 anos em 1971, Juliane se transformou na&nbsp;personagem principal de&nbsp;uma hist&oacute;ria triste, mas de supera&ccedil;&atilde;o, e que mostra o quanto a vontade de viver pode, realmente, salvar uma vida.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="738" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/10/10212942568344.jpg" width="500" />
<figcaption>Juliane na adolesc&ecirc;ncia. (Fonte: Facebook) 
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A adolescente nasceu no Peru, mas tinha pais alem&atilde;es, que trabalhavam envolvidos diretamente com a natureza e o meio ambiente. A m&atilde;e era ornit&oacute;loga e o pai, zo&oacute;logo. Durante um sobrevoo na Amaz&ocirc;nia com a m&atilde;e, o avi&atilde;o no qual estava Juliane entrou em combust&atilde;o depois de ser atingido por um raio. A queda brusca e violenta vitimou sua m&atilde;e, que n&atilde;o sobreviveu ao acidente de avi&atilde;o, mas Juliane lutou para &ldquo;contar a hist&oacute;ria&rdquo;. Sobreviver a um acidente de avi&atilde;o foi apenas o come&ccedil;o de uma hist&oacute;ria de supera&ccedil;&atilde;o que duraria 10 dias em meio a selva amaz&ocirc;nica.

Ser filha de pais diretamente envolvidos com a natureza deu a ela uma vantagem e tanto. Os pais eram dedicados a estudar a floresta amaz&ocirc;nica e, com isso, ela acabou passando muito tempo no ambiente que seria seu maior desafio. 

Juliane explicou em entrevista &agrave; BBC, que no momento do acidente havia uma tempestade e que um raio atingiu o avi&atilde;o enquanto sobrevoavam a floresta. &ldquo;Ap&oacute;s cerca de 10 minutos, vi uma luz muito brilhante no motor externo &agrave; esquerda. Minha m&atilde;e disse calmamente: &#39;Esse &eacute; o fim, est&aacute; tudo acabado&#39;. Essas foram as &uacute;ltimas palavras que eu ouvi dela&rdquo;, disse.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="653" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/10/10213020771345.jpg" width="850" />
<figcaption>Juliane e a m&atilde;e, que morreu no acidente. (Fonte: Facebook) 
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Ela disse ainda que lembra de estar fora da cabine, amarrada ao banco e pendurada de cabe&ccedil;a para baixo. &ldquo;O sussurro do vento era o &uacute;nico barulho que eu conseguia ouvir&rdquo;, contou. Juliane perdeu a consci&ecirc;ncia com o impacto do avi&atilde;o no solo.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Dez dias depois do acidente, adolescente foi resgatada por madeireiros</h2>

Ela acordou no dia seguinte e o saldo do acidente foi uma clav&iacute;cula quebrada e cortes profundos. A &uacute;nica chance de sobreviver ao acidente era caminhar pela floresta em busca de algu&eacute;m que pudesse ajuda-la e ela sabia o qu&atilde;o perigoso poderia ser o ambiente, com animais selvagens e plantas t&oacute;xicas. 

Com a vis&atilde;o comprometida, ela utilizou um sapato que conseguiu resgatar da queda para testar o terreno. Al&eacute;m disso, se alimentou de doces que tamb&eacute;m &ldquo;sobreviveram&rdquo; &agrave; queda. No caminho, Juliane se deparou com corpos de algumas v&iacute;timas do acidente. &ldquo;Fiquei paralisada pelo p&acirc;nico. Foi a primeira vez que vi um corpo morto&rdquo;, lembrou. Em sua jornada, ela ainda teve que retirar larvas das feridas.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="560" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/10/10213205521346.jpg" width="850" />
<figcaption>Juliane j&aacute; adulta na floresta em que sofreu o acidente. (Fonte: Facebook) 
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A adolescente foi encontrada, 10 dias depois, por madeireiros que trabalhavam na floresta. Com o espanhol perfeito, ela conseguiu explicar tudo sobre o acidente e eles a resgataram e cuidaram de seus ferimentos, levando Juliane para fora da floresta no dia seguinte, onde se encontrou com o pai.

O corpo da m&atilde;e da adolescente foi encontrado dias depois de Juliane ser resgatada. Hoje, ela mant&eacute;m o legado da m&atilde;e, trabalhando como bi&oacute;loga na Alemanha.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="360" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/10/10213256708347.jpg" width="600" />
<figcaption>Juliane manteve o legado da m&atilde;e e trabalha como bi&oacute;loga. (Fonte: Facebook)</figcaption>
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Juliane Koepcke sobreviveu a uma queda de avião na Amazônia

Imagem de Pergaminhos carbonizados pelo Monte Vesúvio podem ser desvendados no megacurioso

Cientistas da Universidade de Kentucky estão prestes a “desembrulhar virtualmente” pergaminhos carbonizados em durante explosão do Vesúvio

A hist&oacute;ria de destrui&ccedil;&atilde;o de Pomp&eacute;ia e Herculano &eacute; muito conhecida e voc&ecirc;, provavelmente, at&eacute; j&aacute; viu filmes nos quais o Monte Ves&uacute;vio explode em uma chuva de fogo que aniquila as cidades. A explos&atilde;o vulc&acirc;nica do Ves&uacute;vio dizimou as cidades e seu povo e, al&eacute;m disso, pergaminhos importantes foram carbonizados pelos detritos quentes, transformando os pergaminhos em pe&ccedil;as de carbono sens&iacute;veis, quebradi&ccedil;os e t&atilde;o fr&aacute;geis que n&atilde;o poderiam&nbsp;ser desvendados. At&eacute; agora.

Quase 2 mil anos depois da trag&eacute;dia, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Kentucky, com a ajuda da Diamond Light Source, do Reino Unido, afirma ter tecnologia suficiente para &ldquo;abrir&rdquo; os pergaminhos e decifrar o texto em papiro quase destru&iacute;do pelo Ves&uacute;vio.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Raios X pela Hist&oacute;ria!</h2>

De acordo com os pesquisadores, as pe&ccedil;as de carbono que se formaram com os pergaminhos ser&atilde;o explodidas com raios X de alta energia. Com isso, ser&atilde;o captadas as marcas de tintas invis&iacute;veis a olho nu. Mas como decifrar essas marcas? Com intelig&ecirc;ncia artificial. O professor Brent Seales, diretor da Iniciativa de Restaura&ccedil;&atilde;o Digital da Universidade de Kentucky, explicou em comunicado que n&atilde;o h&aacute; expectativa de ver imediatamente os textos dessas digitaliza&ccedil;&otilde;es, mas que elas podem fornecer elementos importantes para permitir a visualiza&ccedil;&atilde;o.

<img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/09/09204214955293.jpg" width="960" />

Foto: University of Kentucky

&ldquo;Primeiro, veremos imediatamente a estrutura interna dos pergaminhos em defini&ccedil;&atilde;o que jamais foi poss&iacute;vel. Precisamos desse n&iacute;vel de detalhe para descobrir as camadas altamente compactadas nas quais o texto est&aacute; assentado&rdquo;, disse. A ferramenta que est&aacute; sendo desenvolvida amplificar&aacute; o sinal de tinta e, dessa maneira, ir&aacute; treinar um algoritmo de computador para reconhec&ecirc;-lo, explicou Seales. 

O conjunto com dois pergaminhos completos e quatro fragmentos foi encontrado ao lado de outros milhares papiros, em 1752, ao redor das ru&iacute;nas de uma vila romana perto da Ba&iacute;a de N&aacute;poles. Acredita-se que esses textos sejam a &uacute;nica biblioteca sobrevivente em sua totalidade e elas guardam escritos filos&oacute;ficos que podem dar uma vis&atilde;o mais ampla de como o mundo era constitu&iacute;do durante o Imp&eacute;rio Romano.

Conhecidos como pergaminhos de Herculano, eles j&aacute; passaram por tentativas &ldquo;amplamente desastrosas&rdquo; de serem desenrolados. Dessa vez, a tecnologia deve ajudar a desvendar os mist&eacute;rios que foram lacrados com a explos&atilde;o do Monte Ves&uacute;vio.

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Pergaminhos carbonizados pelo Monte Vesúvio podem ser desvendados

Imagem de Pesquisadora quer desvendar as origens do orgasmo feminino no megacurioso

A pergunta que mais intriga ainda permanece sem resposta: por que o orgasmo é tão fácil para algumas mulheres e tão difícil para outras?

O orgasmo feminino continua sendo motivo de muitas perguntas e at&eacute; mesmo considerado, por muitos, um mist&eacute;rio. H&aacute; milhares de mulheres que ainda n&atilde;o conseguiram &ldquo;atingir o cl&iacute;max&rdquo;, seja com um parceiro, uma parceira ou sozinhas e h&aacute; ainda quem diga que uma boa parcela da popula&ccedil;&atilde;o feminina nunca conseguir&aacute; ter um orgasmo na vida.

Que as perguntas, curiosidades e mist&eacute;rios s&atilde;o muitos, ningu&eacute;m questiona, mas existem bi&oacute;logos evolucionistas que est&atilde;o mais preocupados com o &ldquo;porqu&ecirc;&rdquo; do que com o &ldquo;como&rdquo;. Pela primeira vez, foram encontradas evid&ecirc;ncias de que o orgasmo feminino &eacute; uma adapta&ccedil;&atilde;o de um mecanismo j&aacute; observado em outros animais, nos quais o sexo serve de est&iacute;mulo para a ovula&ccedil;&atilde;o.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">A complexidade do orgasmo</h2>

Complexo, o orgasmo envolve um conjunto de gatilhos neurol&oacute;gicos, o que dificulta o processo de &ldquo;evolu&ccedil;&atilde;o&rdquo; como a conhecemos e ele &eacute; respons&aacute;vel, inclusive, por um processo de &ldquo;sele&ccedil;&atilde;o natural&rdquo;. Quem tem orgasmos &eacute; mais propenso a ter filhos saud&aacute;veis, explica a ci&ecirc;ncia. Embora as mulheres n&atilde;o precisem, necessariamente, de um orgasmo para a concep&ccedil;&atilde;o, atingi-lo com mais frequ&ecirc;ncia pode incentivar o sexo, aumentando as chances de gerar filhos.

Interessada em conhecer as origens profundas do orgasmo feminino, a doutora Mihaela Pavlicev, da Universidade de Cincinnati, estou a fundo o impacto que ele tem na efici&ecirc;ncia reprodutiva. Ela explica que alguns animais maximizam a efici&ecirc;ncia reprodutiva esperando o sexo para ovular, uma esp&eacute;cie de &ldquo;gatilho&rdquo;. O coelho &eacute; uma dessas esp&eacute;cies que n&atilde;o quer &ldquo;desperdi&ccedil;ar o esfor&ccedil;o biol&oacute;gico&rdquo; e eles possuem uma capacidade de reprodu&ccedil;&atilde;o lend&aacute;ria.

<img alt="" height="519" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/08/08221452015237.jpg" width="960" />

Foto: Pixabay

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Orgasmo em mulheres e outros mam&iacute;feros pode ter origem comum </h2>

Pavlicev estudou ent&atilde;o a influ&ecirc;ncia de inibidores, tratando coelhos com fluoxetina, um conhecido inibidor seletivo da recepta&ccedil;&atilde;o de serotonina, conhecido por interferir no orgasmo humano.

Os coelhos que participaram do estudo da pesquisadora tiveram 30% menos chances de ovular ap&oacute;s a c&oacute;pula quando foram tratados com fluoxetina. Testes adicionais mostraram ainda que a droga afetava o sistema nervoso central e n&atilde;o diretamente os ov&aacute;rios. A pesquisadora concluiu que o sexo estimula orgasmos em mulheres e a ovula&ccedil;&atilde;o e coelhos por vias neuroend&oacute;crinas semelhantes. Assim, &eacute; muito prov&aacute;vel que o orgasmo em ambos tenha uma origem comum.

Pavlicev j&aacute; havia desenvolvido um estudo anterior e concluiu que os primeiros mam&iacute;feros eutherianos ovulavam apenas a partir do sexo. Al&eacute;m disso, o estudo sugeriu que apesar de muitos parentes pr&oacute;ximos dos humanos n&atilde;o tenham orgasmos femininos, a estimula&ccedil;&atilde;o da ovula&ccedil;&atilde;o &eacute; por meio do prazer sexual.

A atual pesquisa da doutora deixa ainda muitas d&uacute;vidas e, entre elas, uma que paira h&aacute; muito tempo: por que o orgasmo &eacute; t&atilde;o f&aacute;cil para algumas mulheres e dif&iacute;cil para outras? A resposta ainda n&atilde;o veio, mas certamente outros estudos ser&atilde;o desenvolvidos para resolver esse &ldquo;mist&eacute;rio&rdquo;.

Adrieli Evarini