Imagem de Você já ouviu falar em um detector de gás movido a canário? no megacurioso

Eles foram utilizados até 1986 e possuíam um dispositivo para tentar não matar o pobre pássaro

Imagine uma pessoa andando na rua com um can&aacute;rio preso numa caixa como a da foto abaixo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/1-21110012013110.jpg" alt="1" />
Provavelmente algu&eacute;m tiraria uma foto, e a pessoa carregando o objeto seria linchada nas redes sociais, mas o que &agrave; primeira vista parece uma c&acirc;mara de tortura, na verdade, servia como forma de tentar salvar a vida de pessoas que trabalhavam em minas, al&eacute;m do pr&oacute;prio animal.
<h2 class="western">O alarme de can&aacute;rio</h2>
Hoje possu&iacute;mos tecnologia para o desenvolvimento de sensores eletr&ocirc;nicos de gases, mas antes dessa possibilidade os can&aacute;rios eram utilizados como uma esp&eacute;cie de alarme contra a presen&ccedil;a de mon&oacute;xido de carbono. A solu&ccedil;&atilde;o foi utilizada at&eacute; 1986, e na &eacute;poca 200 can&aacute;rios ainda trabalhavam nesse arriscado servi&ccedil;o.
A ferramenta funcionava baseada no sistema respirat&oacute;rio do animal. Ap&oacute;s muitos desastres com mortes em massa ocorrendo em minas, John Haldane resolveu investigar os motivos. Ele descobriu que, na maioria das vezes, as trag&eacute;dias ocorriam devido &agrave; inala&ccedil;&atilde;o de mon&oacute;xido de carbono, g&aacute;s incolor e inodoro que pode matar sem aviso. O sujeito tamb&eacute;m era um estudioso da respira&ccedil;&atilde;o, de animais e de seres humanos e sugeriu a utiliza&ccedil;&atilde;o dos p&aacute;ssaros como uma forma de alarme.
<h2 class="western">Sistema respirat&oacute;rio dos p&aacute;ssaros</h2>
Assim como a maioria dos p&aacute;ssaros, os can&aacute;rios possuem um complicado sistema respirat&oacute;rio, que trabalha sempre tentando obter o m&aacute;ximo de oxig&ecirc;nio do ar. Essa propriedade &eacute; importante porque, al&eacute;m do alto gasto energ&eacute;tico durante o voo, em maiores altitudes o ar se torna rarefeito, exigindo uma maior efici&ecirc;ncia na absor&ccedil;&atilde;o do oxig&ecirc;nio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/animacao-comparando-21110033826111.gif" alt="Anima&ccedil;&atilde;o comparando" />Anima&ccedil;&atilde;o comparando nossa respira&ccedil;&atilde;o e a das aves
Quando um p&aacute;ssaro respira, absorve cerca de 20% do seu volume em ar, enquanto seres humanos inalam um total de 5%. Durante nossa respira&ccedil;&atilde;o, o ar entra nos pulm&otilde;es, absorvemos o oxig&ecirc;nio, e em seguida o ar &eacute; expelido. 
J&aacute; nos p&aacute;ssaros, a respira&ccedil;&atilde;o &eacute; quase cont&iacute;nua.&nbsp;Parte do ar armazenado na inspira&ccedil;&atilde;o vai para o pulm&atilde;o, enquanto o resto se aloja em sacos a&eacute;reos, distribu&iacute;dos pelo corpo do animal. Quando o ar do pulm&atilde;o come&ccedil;a a ser expelido, o que foi armazenado nesses sacos toma seu lugar, fazendo com que a absor&ccedil;&atilde;o de oxig&ecirc;nio ocorra praticamente de forma ininterrupta.
Ao mesmo tempo que isso &eacute; uma vantagem evolutiva, eles ficam mais vulner&aacute;veis a gases t&oacute;xicos, pois absorvem tudo de forma mais r&aacute;pida. Com&nbsp; base nisso, os can&aacute;rios eram levados dentro dessas caixas de vidro, que possu&iacute;am uma grade frontal e uma porta adicional que a lacrava. Quando existia algum g&aacute;s t&oacute;xico no ambiente, o can&aacute;rio come&ccedil;ava a mostrar sinais de desconforto e, em alguns casos, at&eacute; ca&iacute;a do puleiro.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/3-21110043514112.jpg" alt="3" />
Nesse momento, os mineiros fechavam a caixa e abriam a v&aacute;lvula do reservat&oacute;rio de oxig&ecirc;nio, fazendo com que o animal respirasse ar puro. Ao mesmo tempo, eles sa&iacute;am da mina o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel, pois, se o can&aacute;rio havia se sentido mal, eles seriam os pr&oacute;ximos. Como o organismo do animal &eacute; muito sens&iacute;vel, existia tempo h&aacute;bil para eles escaparem.
Hoje em dia, podemos ver essa ferramenta como algo nocivo aos animais, mas as condi&ccedil;&otilde;es da &eacute;poca n&atilde;o forneciam muitas op&ccedil;&otilde;es para salvar a vida dos mineiros. De qualquer forma, o tubo de oxig&ecirc;nio estava sempre ali, e a vida de todos era preservada.

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Você já ouviu falar em um detector de gás movido a canário?

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Mas primeiro, você sabe do que se trata?

Como todos sabemos, Nelson Mandela morreu<a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"></a>&nbsp;enquanto estava na pris&atilde;o nos anos 80. Correto? Na verdade,&nbsp;n&atilde;o. Ele morreu em 5 de dezembro de 2013, devido a complica&ccedil;&otilde;es em seu sistema respirat&oacute;rio. Apesar disso, muita gente acreditava que ele tinha falecido h&aacute; muito tempo. Esse tipo de equ&iacute;voco &eacute; mais comum do que imaginamos, e o fen&ocirc;meno recebeu o nome de Efeito Mandela.
O termo foi criado pela estudiosa de paranormalidade Fiona Broome e define uma situa&ccedil;&atilde;o em que muitas pessoas dizem lembrar de um fato que n&atilde;o ocorreu, ou aconteceu de forma diferente. Veja abaixo se voc&ecirc; tamb&eacute;m se confundiu em algum desses oito casos:
<h2 class="western">8. Morte de Nelson Mandela</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/1-21112252891141.jpg" alt="1" />
Essa &eacute; uma das mais comuns, tanto que deu nome ao fen&ocirc;meno. Nelson Mandela lutou durante toda sua vida contra o Apartheid na &Aacute;frica do Sul, sendo tamb&eacute;m presidente do pa&iacute;s de 1994 a 1999. Ele morreu recentemente, em 2013, mas muitas pessoas dizem lembrar claramente de sua morte nos anos 80, quando foi preso. Algumas at&eacute; afirmam ter visto a transmiss&atilde;o do funeral na televis&atilde;o.
<h2 class="western">7. Canoniza&ccedil;&atilde;o de Madre Teresa de Calcut&aacute;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/2-21112304469142.jpg" alt="2" />
A famosa freira cat&oacute;lica foi muito popular e teve grande influ&ecirc;ncia em d&eacute;cadas passadas. Ela morreu em 1997, devido a uma insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca, e foi canonizada somente 19 anos depois. Mas algumas pessoas lembram de ela ter sido elevada a santa nos anos 90, enquanto ainda estava viva! Existe at&eacute; quem aponte que o papa respons&aacute;vel pelo processo foi Jo&atilde;o Paulo II.
<h2 class="western">6. We Are the Champions do Queen</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/04854XqcfCY?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A famosa can&ccedil;&atilde;o, tocada exaustivamente em momentos de vit&oacute;ria, &eacute; bem conhecida da maioria das pessoas. Todos que j&aacute; ouviram sabem que, no final, Freddie Mercury canta: &ldquo;No time for losers, &lsquo;cause we are the champions... of the world!&rdquo;. Correto? Ele at&eacute; canta essa parte, mas no meio da m&uacute;sica, sendo que no final o &ldquo;of the world&rdquo; fica de fora. A vers&atilde;o do v&iacute;deo acima mostra isso, e a do &aacute;lbum tamb&eacute;m termina assim.
<h2 class="western">5. A frase de Darth Vader</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/_lOT2p_FCvA?t=66?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Star Wars sempre foi uma franquia famosa, mas nos &uacute;ltimos anos a popularidade aumentou bastante com os novos lan&ccedil;amentos da s&eacute;rie. &ldquo;O Imp&eacute;rio Contra-Ataca&rdquo; foi o segundo dos tr&ecirc;s filmes que deram origem &agrave; saga. &Eacute; nele que aparece a luta entre Luke Skywalker e Darth Vader, em que a famosa frase &ldquo;Luke, I am your father&rdquo; &eacute; dita. Correto? Mais ou menos. Na conversa, que ocorre ap&oacute;s o her&oacute;i da trilogia ter seu bra&ccedil;o decepado, as palavras exatas s&atilde;o &ldquo;No, I am your father&rdquo;.
<h2 class="western">4. Perna do C-3PO</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/3-21112339860143.jpg" alt="3" />
Mais um caso de engano em filmes da franquia. Em &ldquo;Uma Nova Esperan&ccedil;a&rdquo;, o carism&aacute;tico rob&ocirc; aparece com uma perna prateada, enquanto todos juram que ele sempre foi totalmente dourado.
<h2 class="western">3. Oscar do Leonardo DiCaprio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/4-21112349032144.jpg" alt="4" />
Ap&oacute;s anos de expectativas, Leonardo DiCaprio ganhou finalmente a sua estatueta em 2016, mas muitas pessoas acreditavam que o pr&ecirc;mio j&aacute; tinha sido creditado a ele h&aacute; um temp&atilde;o. N&atilde;o &agrave; toa, quando ele realmente ganhou, a internet foi &agrave; loucura.
<h2 class="western">2. Rabo do Pikachu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/5-21112359313145.jpg" alt="5" />
Pok&eacute;mon foi uma febre nas d&eacute;cadas de 90 e 2000. Quem cresceu nessa &eacute;poca com certeza sabe quem &eacute; o Pikachu, e que a ponta de seu rabo &eacute; preta. Correto? Olhe a foto acima e tire suas conclus&otilde;es, mas n&atilde;o se sinta mal, pois esse &eacute; um engano que muita gente comete.
<h2 class="western">1. Frase da bruxa em Branca de Neve</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/2pPY3VPExOM?t=34?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Outro famoso desenho, que fez parte da inf&acirc;ncia de muito mais pessoas, &ldquo;Branca de Neve e os Sete An&otilde;es&rdquo; tamb&eacute;m tem uma cl&aacute;ssica cena que sofreu o Efeito Mandela. Quando a bruxa conversa com seu espelho, bastante gente se lembra de ouvi-la falar &ldquo;Espelho, espelho meu. Quem &eacute; mais bela do que eu?&rdquo;, quando, na verdade, ela diz &ldquo;fala, m&aacute;gico espelho meu, quem &eacute; mais bela do que eu?&rdquo;.

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Conheça 8 casos do Efeito Mandela

Imagem de Conheça o projeto que foi criado para investigar a existência de OVNIs no megacurioso

Ele surgiu nos anos 1950, quando existiam muitos relatos de avistamento

Admirar o c&eacute;u numa noite estrelada &eacute; bem relaxante, mas e se durante essa observa&ccedil;&atilde;o aparece algo que voc&ecirc; n&atilde;o sabe explicar o que &eacute;? De repente, surge um ponto de luz se movimentando rapidamente ou um grande brilho que some repentinamente. Seriam aliens tentando se comunicar?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/17/1-17112532701045.jpg" alt="1" />
Se voc&ecirc; nunca viu algo assim, provavelmente conhece algu&eacute;m que passou por essa experi&ecirc;ncia. Na maioria das vezes, existe uma explica&ccedil;&atilde;o, mas a falta de um registro ou algu&eacute;m que possa analis&aacute;-lo acaba fazendo com que vire hist&oacute;ria para contar para os amigos.
<h2 class="western">O Projeto Livro Azul</h2>
Hoje em dia, temos como pesquisar sobre aliens facilmente, mas as coisas n&atilde;o funcionavam assim nos anos 1950. Na &eacute;poca, existiam tantos relatos, e at&eacute; registros, de poss&iacute;veis OVNIs que colocaram o governo dos EUA em alerta, com o receio de que o assunto causasse uma onda de histeria na popula&ccedil;&atilde;o. Provavelmente com o intuito de evitar uma situa&ccedil;&atilde;o como essa (n&atilde;o h&aacute; registro de rela&ccedil;&atilde;o entre os fatos), foi criado o Projeto Livro Azul (Project Blue Book), que visava analisar as informa&ccedil;&otilde;es circulantes sobre poss&iacute;veis seres de outros planetas.
Apesar de ter sido iniciado na For&ccedil;a A&eacute;rea, o projeto teve envolvimento da CIA a partir de 1953, com a reuni&atilde;o de alguns especialistas para investigar os fatos e acalmar os &acirc;nimos da popula&ccedil;&atilde;o. Uma banca foi montada, e durante tr&ecirc;s dias as evid&ecirc;ncias foram analisadas, chegando &agrave; conclus&atilde;o de que em 90% dos relatos era poss&iacute;vel fornecer uma explica&ccedil;&atilde;o. 
A porcentagem foi considerada satisfat&oacute;ria, e o pronunciamento final foi de que OVNIs n&atilde;o eram uma amea&ccedil;a &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. A documenta&ccedil;&atilde;o verificada se manteve secreta at&eacute; 1979, o que acabou levantando suspeitas de que algo ainda podia ser revelado.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/17/2-17112610264046.jpg" alt="2" />
O projeto foi finalizado em dezembro de 1969, devido ao decl&iacute;nio nos relatos de avistamento de objetos n&atilde;o identificados e &agrave;s descobertas de um estudo publicado em 1968. Intitulado &ldquo;Estudo Cient&iacute;fico de Objetos Voadores N&atilde;o Identificados&rdquo; e conhecido tamb&eacute;m como Relat&oacute;rio Condon, ele investigou todos os casos n&atilde;o explicados na banca em 1953. Tendo como autor principal o Dr. Edward Condon, a conclus&atilde;o foi de que os casos restantes tamb&eacute;m n&atilde;o representavam uma amea&ccedil;a.
No entanto, isso n&atilde;o parou os mais dedicados uf&oacute;logos, que at&eacute; hoje procuram evid&ecirc;ncias da presen&ccedil;a de seres de outros planetas. Dentre os participantes da banca que explicou grande parte das evid&ecirc;ncias estava o astr&ocirc;nomo J. Allen Hynek. Ele escreveu um livro sobre a experi&ecirc;ncia, no qual h&aacute; at&eacute; uma medida para categorizar apari&ccedil;&otilde;es de OVNIs e encontros com extraterrestres. Como se j&aacute; n&atilde;o bastasse, o sujeito tamb&eacute;m foi o criador do Centro de Estudos de OVNIs, que existe at&eacute; hoje. Se voc&ecirc; gosta do assunto, vai encontrar bastante material no site deles (<a href="http://www.cufos.org/" target="_blank" rel="noopener">em ingl&ecirc;s</a>).

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Conheça o projeto que foi criado para investigar a existência de OVNIs

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Será que isso representaria alguma vantagem?

Bi&oacute;logos n&atilde;o sabem o motivo, mas humanos e grande parte dos mam&iacute;feros com quatro membros possuem cinco dedos. Voc&ecirc; j&aacute; pensou se existiriam vantagens em possuir um a mais? Ser&aacute; que voc&ecirc; se transformaria em um prod&iacute;gio do piano? Ou seria o rei do artesanato, tecendo tramas a uma velocidade inimagin&aacute;vel?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/1-21104424533083.jpg" alt="1" />
Talvez a inclus&atilde;o de mais um dedo proporcionasse um aperto de m&atilde;o mais firme, mas ele seria dispens&aacute;vel se consider&aacute;ssemos a coordena&ccedil;&atilde;o motora fina. Segundo o geneticista da Escola M&eacute;dica de Harvard Cliff Tabin, &ldquo;nossa destreza se deve principalmente &agrave; combina&ccedil;&atilde;o do uso dos dedos indicador e polegar, e por isso um extra n&atilde;o faria muita diferen&ccedil;a nesse sentido&rdquo;.
<h2 class="western">Voc&ecirc; sabe contar at&eacute; 12?</h2>
No que diz respeito a habilidades motoras<a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"></a>, cinco dedos parecem ser suficientes, mas em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; nossa forma de contar? Nosso sistema num&eacute;rico&nbsp;&eacute; o decimal, pois se baseia no uso de dez algarismos para representar todos os n&uacute;meros. Isso parece um tanto quanto &oacute;bvio, mas nossos dez dedos tornam esse aprendizado algo muito natural.
Segundo Tabin, se nossas m&atilde;os tivessem seis dedos cada, provavelmente trabalhar&iacute;amos com um sistema de base 12, exatamente por ser algo mais f&aacute;cil de se assimilar. Esse pensamento &eacute; compartilhado tamb&eacute;m por Mark Changizi, que escreveu um livro intitulado &ldquo;The Vision Revolution&rdquo;, onde defende a ideia de que matem&aacute;tica, l&iacute;nguas e at&eacute; a m&uacute;sica se desenvolveram a partir do momento em que pareceram mais naturais.
Pequenos detalhes da nossa rotina, como o formato das letras, passaram por grandes transforma&ccedil;&otilde;es at&eacute; chegarem ao ponto como s&atilde;o hoje. Segundo ele, essas modifica&ccedil;&otilde;es procuram sempre tornar tudo o mais pr&oacute;ximo poss&iacute;vel do que &eacute; encontrado na natureza. Assim, utilizar a base dez como sistema num&eacute;rico &eacute; algo espont&acirc;neo para n&oacute;s, pois faz parte da nossa pr&oacute;pria constitui&ccedil;&atilde;o.
Polidactilia
Algumas pessoas nascem com seis dedos, algo considerado um erro gen&eacute;tico que n&atilde;o gera grandes problemas nem vantagens para a pessoa. Por isso, de um ponto de vista evolutivo, possuir uma duplicata &eacute; algo irrelevante. Segundo Tabin, para um dedo extra ser vantajoso em humanos, precisaria ser algo parecido com um polegar a mais, semelhante ao que existe em ursos panda. Eles possuem uma protuber&acirc;ncia no lado contr&aacute;rio do polegar, como uma extens&atilde;o do osso do pulso, que os auxilia durante a alimenta&ccedil;&atilde;o priorit&aacute;ria de bambu.<a href="#_msoanchor_1"></a>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/2-21104438517084.jpg" alt="2" />
Segundo Changizi e sua ideia de que tudo se direciona para a natureza, n&oacute;s nunca teremos um sexto dedo. Ele desenvolveu uma teoria explicando o motivo de termos cinco nas m&atilde;os, que chamou de &ldquo;regra dos membros&rdquo;.
Usando como refer&ecirc;ncia uma regra utilizada para determinar o n&uacute;mero de n&oacute;s em redes de computadores, ele calculou o n&uacute;mero ideal de membros de que um corpo precisa para interagir com o mundo exterior, baseado no seu tamanho. De acordo com ele, quando as patas s&atilde;o muito maiores que o corpo, o n&uacute;mero ideal &eacute; seis (considere insetos nesse caso). J&aacute; quando &nbsp;s&atilde;o bem pequenos, o seu n&uacute;mero cresce bastante (como na centopeia). Usando a mesma l&oacute;gica, ele diz que os dedos podem ser imaginados como membros&nbsp;da m&atilde;o, e considerando essa propor&ccedil;&atilde;o, o n&uacute;mero ideal seria os cinco que possu&iacute;mos.
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J&aacute; Frank Wilson, neurologista aposentado, uma das principais refer&ecirc;ncias em pesquisas da rela&ccedil;&atilde;o entre c&eacute;rebro e m&atilde;o por d&eacute;cadas, diz que cinco s&atilde;o o limite. Segundo ele, o desenvolvimento de pr&oacute;teses modernas tem mostrado que com o uso de menos dedos<a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"></a>&nbsp;elas se saem t&atilde;o bem quanto com cinco. &ldquo;Nosso n&uacute;mero de dedos provavelmente &eacute; incidental, como desenvolvedores de pr&oacute;teses est&atilde;o descobrindo. Ent&atilde;o, antes de uma m&atilde;o com seis dedos, eu preferiria uma com quatro&rdquo;, conclui.

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Como seria ter 6 dedos na mão?

Imagem de Análise de gelo acumulado mostra a evolução do Império Romano no megacurioso

Camadas de gelo na Groenlândia registraram resíduos da produção de prata

Podemos achar que a polui&ccedil;&atilde;o do planeta se iniciou a partir da Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial, mas sinais deixados por nossos antepassados mostram que isso j&aacute; acontece h&aacute; um bom tempo. Obviamente, antes dos motores a combust&atilde;o a agress&atilde;o era mais branda, mas ainda assim gerou sinais que podem ser identificados at&eacute; hoje.
Um dos maiores imp&eacute;rios da hist&oacute;ria, a Roma Antiga possuiu uma economia movimentada. Quando o governo precisava pagar algo, ordenava que moedas fossem fabricadas, e grande parte dessa produ&ccedil;&atilde;o era feita na Pen&iacute;nsula Ib&eacute;rica, onde os min&eacute;rios de prata, chumbo e cobre eram beneficiados. Esse processo liberava chumbo no ar, que atrav&eacute;s de ventos e tempestades se deslocava para outras regi&otilde;es.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/um-denario-de-prata-21103745452076.jpg" alt="Um den&aacute;rio de prata" />Um den&aacute;rio de prata, moeda romana
O mais impressionante &eacute; que essa polui&ccedil;&atilde;o viajou por mais de 4 mil quil&ocirc;metros, se acumulando em n&uacute;cleos de gelo na Groenl&acirc;ndia. Ao longo dos anos, as chuvas que ca&iacute;am na regi&atilde;o depositaram os res&iacute;duos na superf&iacute;cie de gelo, formando com o tempo uma infinidade de camadas com o registro do chumbo emitido pela fabrica&ccedil;&atilde;o das moedas.
Esse ac&uacute;mulo de material abriu precedentes para pesquisas sobre o hist&oacute;rico de produ&ccedil;&atilde;o de prata pelo Imp&eacute;rio Romano. Os cientistas sabiam da exist&ecirc;ncia desses rastros desde os anos 1990, mas s&oacute; agora, atrav&eacute;s de novas t&eacute;cnicas de extra&ccedil;&atilde;o de gelo em grandes profundidades, conseguiram analisar as camadas de forma eficiente.
<h2 class="western">Hist&oacute;ria em camadas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/gelo-sendo-analisado-21103804012077.jpg" alt="Gelo sendo analisado" />Gelo sendo analisado
A an&aacute;lise conseguiu abranger o per&iacute;odo entre 1100 aC. e 800 dC, atrav&eacute;s da obten&ccedil;&atilde;o de blocos de gelo a profundidades entre 160 e 580 metros. Neles, foram identificados diversos picos de produ&ccedil;&atilde;o, assim como decl&iacute;nios, confirmando os fatos hist&oacute;ricos j&aacute; documentados, como guerras e pestes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/21/grafico-gerado-pela-pesquisa-21103819838078.jpg" alt="Gr&aacute;fico gerado pela pesquisa" />Gr&aacute;fico gerado pela pesquisa
A quantidade de chumbo presente no gelo n&atilde;o &eacute; um indicador direto da economia, pois outros motivos podem ter levado a varia&ccedil;&otilde;es repentinas de produ&ccedil;&atilde;o. Por exemplo, Nero determinou que as moedas possu&iacute;riam somente 80% de prata, reduzindo o volume de produ&ccedil;&atilde;o do metal, fato que foi identificado pelos cientistas nas an&aacute;lises.
<h2 class="western">Avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos</h2>
Em entrevista ao&nbsp;<a href="https://www.theatlantic.com/science/archive/2018/05/scientists-reclaim-the-long-lost-economic-history-of-rome/560339/" target="_blank" rel="noopener">The Atlantic</a>, cientistas revelaram que tr&ecirc;s avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos recentes tornaram a an&aacute;lise poss&iacute;vel. Primeiro, novos modelos computacionais da atmosfera terrestre possibilitaram uma melhor estimativa da movimenta&ccedil;&atilde;o de ar na regi&atilde;o. Outro fator importante foi a evolu&ccedil;&atilde;o na an&aacute;lise do material. Em 1990, esse processo era feito raspando finas camadas do gelo, mas atualmente s&atilde;o utilizados espectr&ocirc;metros de massa de alta sensibilidade, capazes de identificar at&eacute; 35 elementos de uma s&oacute; vez sem destruir o bloco de gelo.
E, por &uacute;ltimo, os cientistas conseguiram relacionar de forma mais realista o que era encontrado no gelo e o ano em que o material foi depositado na neve. Atrav&eacute;s da an&aacute;lise de outros maci&ccedil;os de gelo pelo mundo, foi poss&iacute;vel determinar todas as erup&ccedil;&otilde;es vulc&acirc;nicas que aconteceram nos &uacute;ltimos 2,5 mil anos. Com isso, foram definidos pontos de refer&ecirc;ncia, nos quais os pesquisadores puderam se basear para formar uma linha cronol&oacute;gica.
Apesar da valida&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rios eventos registrados historicamente, outros extremos de produ&ccedil;&atilde;o n&atilde;o puderam ser explicados. Isso pode se tornar fonte de pesquisa para novos estudos, expondo talvez quest&otilde;es que ainda n&atilde;o eram levadas em conta.
Como forma de curiosidade, independente do tamanho que o Imp&eacute;rio alcan&ccedil;ou, seu pico de emiss&atilde;o de chumbo ainda foi 50 vezes menor do que os registros do in&iacute;cio do s&eacute;culo 20. Talvez as nossas emiss&otilde;es n&atilde;o tenham tempo de ser analisadas por gera&ccedil;&otilde;es futuras.

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Análise de gelo acumulado mostra a evolução do Império Romano

Imagem de As últimas palavras desse general não poderiam ter sido mais irônicas no megacurioso

Muito cuidado com suas palavras, pois elas podem se voltar contra você

Confian&ccedil;a &eacute; algo necess&aacute;rio, mas como tudo na vida, &eacute; preciso saber a dose certa. O general John Sedgwick foi um grande militar, mas infelizmente acabou morrendo por menosprezar seus inimigos. Apesar de conseguir muitas vit&oacute;rias em batalhas importantes na Guerra Civil Americana, seu fim mostrou que, numa guerra, todos est&atilde;o expostos, sem exce&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="western">A vida de John Sedgwick</h2>
O general veio de uma fam&iacute;lia de militares, tanto que seu nome &eacute; uma homenagem ao av&ocirc;, que serviu junto com George Washington, um dos fundadores dos EUA. Ap&oacute;s se formar na academia militar, em 1837, Sedgwick logo foi enviado ao campo de batalha. Ele participou de diversos eventos importantes da &eacute;poca, como a Guerra Mexicano-Americana e as Guerras ind&iacute;genas, sendo promovido a coronel em 1860.
A Guerra Civil Americana teve in&iacute;cio em 1861, e nela ele teve um importante papel como l&iacute;der. Seus soldados o respeitavam e admiravam, a ponto de o chamarem pelo apelido de &ldquo;tio John&rdquo;. Durante a Batalha dos Sete Dias, ele foi ferido no bra&ccedil;o e na perna enquanto tentava conter o ex&eacute;rcito inimigo. Ap&oacute;s esse evento, foi promovido ao posto de major-general.
<h2 class="western">Morte ir&ocirc;nica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/16/batalha-de-spotsylvania-16104701223088.jpg" alt="Batalha de Spotsylvania" />Batalha de Spotsylvania
A Batalha de Spotsylvania foi uma das maiores da Guerra Civil Americana. Ela durou mais de uma semana, mas n&atilde;o para John. Um dia ap&oacute;s o in&iacute;cio do embate, na noite de 9 de maio de 1864, ele estava inspecionando seus homens e direcionando a artilharia para os inimigos, localizados a aproximadamente 1 km de dist&acirc;ncia. Ao mesmo tempo, atiradores de elite tentavam minar a confian&ccedil;a da sua tropa, mirando neles.
Numa tentativa de levantar o &acirc;nimo de seus soldados e cheio de confian&ccedil;a, ele disse: &ldquo;n&atilde;o se preocupem, eles n&atilde;o conseguem acertar nem um elefante a essa dist&acirc;ncia&rdquo;. Alguns instantes ap&oacute;s pronunciar as palavras, John levou um tiro no olho e morreu na hora.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/16/john-sedgwick-16104715910090.jpg" alt="John Sedgwick" />Est&aacute;tua em homenagem a John Sedgwick
Apesar das circunst&acirc;ncias, ele foi um dos dois generais mortos durante toda a guerra, e at&eacute; seus advers&aacute;rios prestaram condol&ecirc;ncias pelo seu falecimento. At&eacute; hoje lembrado como um her&oacute;i de guerra devido ao seu hist&oacute;rico de batalhas, possui um monumento em sua homenagem na Academia de West Point.

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As últimas palavras desse general não poderiam ter sido mais irônicas

Imagem de Saiba como ganhar mais curtidas nas suas fotos no megacurioso

Não é mágica, mas pode ajudar bastante

Nada mais comum do que postar fotos em redes sociais. Na maioria das vezes os registros s&atilde;o informais, mas muitas curtidas e coment&aacute;rios s&atilde;o sempre bem-vindos. Ser&aacute; que existe uma f&oacute;rmula m&aacute;gica para que as imagens fa&ccedil;am sucesso?
A diferen&ccedil;a entre parecer legal ou n&atilde;o pode estar em um simples sorriso. Caleb Warren &eacute; professor assistente de marketing em um setor da Universidade do Arizona e sempre teve interesse em saber o que faz as pessoas parecerem cativantes.
Logo de cara, podemos achar que uma apar&ecirc;ncia rebelde chama a aten&ccedil;&atilde;o, e at&eacute; certo ponto a pesquisa mostra que isso pode ter seu valor. Outro artif&iacute;cio muito usado &eacute; parecer indiferente, n&atilde;o demonstrando emo&ccedil;&otilde;es. Com base nessas premissas, Warren iniciou sua investiga&ccedil;&atilde;o questionando se &ldquo;vale mais a pena ser inexpressivo, em vez de mostrar sentimentos&rdquo;. Segundo ele, &ldquo;as express&otilde;es mais comuns em propagandas s&atilde;o de sorrisos, ent&atilde;o o foco da pesquisa &eacute; saber se &eacute; mais atraente sorrir ou se manter s&eacute;rio&rdquo;.
Com o intuito de testar essas situa&ccedil;&otilde;es, foram criados diversos cartazes de publicidade, mostrando modelos profissionais e pessoas famosas das duas formas. Esses materiais foram exibidos para participantes da pesquisa, que precisavam indicar em qual deles a pessoa parecia mais legal.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/16/imagem-utilizada-no-estudo-16103435540050.jpg" alt="Imagem utilizada no estudo" />Imagem utilizada no estudo
<h2 class="western">Sorria!</h2>
Os resultados mostraram que, ao sorrir, os modelos dos cartazes pareciam mais legais do que quando estavam s&eacute;rios. A associa&ccedil;&atilde;o com a marca apresentada em alguns deles tamb&eacute;m foi mais favor&aacute;vel nos casos em que existia uma express&atilde;o amig&aacute;vel.
Os &uacute;nicos momentos em que um modelo tinha uma apar&ecirc;ncia mais interessante por ter um ar &nbsp;s&eacute;rio foram an&uacute;ncios que envolviam situa&ccedil;&otilde;es hipercompetitivas, como o cartaz de uma coletiva de imprensa entre dois lutadores de MMA.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/16/2-16103449462051.jpg" alt="2" />
Warren explica que &ldquo;em situa&ccedil;&otilde;es menos competitivas, uma express&atilde;o mais s&eacute;ria &eacute; rejeitada pois ela parece mais fria do que legal, e isso n&atilde;o &eacute; atraente para as pessoas&rdquo;. Ele diz que sorrir n&atilde;o vai fazer com que as pessoas te achem mais interessante, mas se manter carrancudo pode fazer com que se pare&ccedil;a menos simp&aacute;tico.
A diferen&ccedil;a na situa&ccedil;&atilde;o de competi&ccedil;&atilde;o existe porque, naquele contexto, o que se avalia n&atilde;o &eacute; exatamente o qu&atilde;o carism&aacute;ticos eles s&atilde;o, mas qual parece que vir&aacute; a ter sucesso na disputa. Caleb diz que, nessas situa&ccedil;&otilde;es, se manter inexpressivo &eacute; interpretado como um sinal de domin&acirc;ncia, o que dentro do contexto &eacute; mais vantajoso.
De uma forma geral, o estudo mostrou que ao sorrir as pessoas parecem mais genu&iacute;nas e amig&aacute;veis, quando comparadas &agrave;quelas que se mant&ecirc;m s&eacute;rias. Por isso, n&atilde;o importa se voc&ecirc; est&aacute; num ensaio fotogr&aacute;fico ou naquela foto descolada para o Facebook, sorrir&nbsp;&eacute; a melhor forma de parecer legal.

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Saiba como ganhar mais curtidas nas suas fotos

Imagem de Cientistas conseguem transferir memória entre dois caramujos no megacurioso

Mas não se anime, pois ele ainda não desenvolveram uma injeção com a matéria de um semestre inteiro

Se algu&eacute;m te contasse, provavelmente voc&ecirc; diria que &eacute; fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, mas nesse caso &eacute; poss&iacute;vel dispensar a parte da fic&ccedil;&atilde;o. De acordo com um estudo publicado no peri&oacute;dico eNeuro, cientistas conseguiram transferir a mem&oacute;ria de um caramujo marinho para outro.
<h2 class="western">Mas por que caramujos?</h2>
O n&uacute;mero de neur&ocirc;nios dos caramujos marinhos utilizados na pesquisa n&atilde;o chega nem perto do nosso &ndash; s&atilde;o 20 mil contra 100 bilh&otilde;es &ndash;, mas os cientistas possuem um vasto material de pesquisa sobre como eles aprendem. Al&eacute;m disso, a forma como ocorre a transmiss&atilde;o de seus impulsos nervosos &eacute; bem semelhante &agrave; nossa.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/18/caramujo-marinho-18111930242068.jpg" alt="Caramujo marinho" />Caramujo marinho utilizado no estudo
Durante o estudo, os animais receberam impulsos el&eacute;tricos na cauda, numa intensidade inofensiva. O est&iacute;mulo gerava uma rea&ccedil;&atilde;o de defesa, fazendo com que eles curvassem o corpo. Inicialmente, o movimento durava apenas alguns momentos, mas, atrav&eacute;s de repeti&ccedil;&otilde;es, eles come&ccedil;aram a se manter na posi&ccedil;&atilde;o por mais tempo, atingindo um total de 50 segundos.
A transfer&ecirc;ncia de mem&oacute;ria aconteceu atrav&eacute;s da retirada de RNA do sistema nervoso das cobaias treinadas, com a posterior inje&ccedil;&atilde;o do material naquelas que nunca tinham recebido os choques. Como modo de controle, o mesmo procedimento foi realizado entre esp&eacute;cimes que nunca receberam o treinamento, eliminando a possibilidade de a simples transfer&ecirc;ncia ter causado o novo comportamento.
No final, caramujos que nunca haviam recebido o est&iacute;mulo, mas que receberam o RNA de outros que haviam, passaram a agir de modo muito semelhante. Eles mantiveram a posi&ccedil;&atilde;o <a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"></a>por aproximadamente 40 segundos, e isso com os primeiros est&iacute;mulos, agindo como se j&aacute; soubessem como reagir &agrave; situa&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="western">Muito al&eacute;m da transfer&ecirc;ncia</h2>
Tornar poss&iacute;vel o aprendizado de uma habilidade atrav&eacute;s de uma inje&ccedil;&atilde;o pode ser algo revolucion&aacute;rio, mas para isso &eacute; necess&aacute;rio entender exatamente como a mem&oacute;ria funciona. Essa &eacute; uma quest&atilde;o que ainda gera muito debate na comunidade cient&iacute;fica. Alguns cientistas acreditam que as lembran&ccedil;as s&atilde;o armazenadas nas sinapses, regi&atilde;o localizada entre os neur&ocirc;nios; j&aacute; outros creem que o registro ocorre dentro dos pr&oacute;prios.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/18/david-glanzman-18111951726069.jpg" alt="David Glanzman" />David Glanzman, autor do estudo
Segundo o autor da pesquisa, David Glanzman, se a reten&ccedil;&atilde;o ocorresse nas sinapses, o experimento com os caramujos nunca teria funcionado. Apesar dos resultados, at&eacute; garantir que uma das duas hip&oacute;teses est&aacute; correta ainda existe um longo caminho. Novas descobertas nessa &aacute;rea podem colaborar para a cria&ccedil;&atilde;o de tratamentos de doen&ccedil;as como Alzheimer e estresse p&oacute;s-traum&aacute;tico.
Existem muitos tipos de RNA, e os pr&oacute;ximos passos dessa pesquisa visam identificar exatamente qual deles possui mais influ&ecirc;ncia sobre essa &aacute;rea do c&eacute;rebro. &Eacute; poss&iacute;vel tamb&eacute;m que junto com a estrutura outra informa&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o a mem&oacute;ria seja transmitida , mas isso s&oacute; o avan&ccedil;o do estudo identificar&aacute;.
Provavelmente, ainda estamos bem longe de aprender qualquer coisa atrav&eacute;s de uma inje&ccedil;&atilde;o, mas acontecimentos como esse mostram que nosso conhecimento sobre o corpo humano ainda &eacute; muito limitado, e no futuro as possibilidades talvez sejam infinitas.

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Cientistas conseguem transferir memória entre dois caramujos

Imagem de Conheça o homem que salvou milhares de vidas com seu braço de ouro no megacurioso

Aconteceu na Austrália, não em um filme de super-heróis

A inf&acirc;ncia do australiano James Harrison n&atilde;o foi das mais f&aacute;ceis. Aos 14 anos, ele precisou passar por uma grande cirurgia, quando um de seus pulm&otilde;es foi retirado num procedimento que durou horas, isso sem falar nos 3 meses em que ficou internado para recupera&ccedil;&atilde;o.
Uma experi&ecirc;ncia traum&aacute;tica como essa faria com que uma pessoa nunca mais quisesse saber de agulhas e hospitais, correto? Mas felizmente o exato contr&aacute;rio aconteceu. Dada a complexidade do procedimento a que foi submetido, ele precisou de 13 bolsas de sangue durante a opera&ccedil;&atilde;o, essenciais para ter continuado vivo at&eacute; hoje. Logo ap&oacute;s sua recupera&ccedil;&atilde;o, o rapaz jurou que doaria sangue regularmente quando tivesse a idade m&iacute;nima, como uma forma de retribuir a ajuda que recebeu de estranhos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/16/james-harrison-16103001849040.jpg" alt="James Harrison" />James Harrison
Assim que completou 18 anos, James cumpriu sua promessa e come&ccedil;ou a doar. Algo a se observar &eacute; que o homem odeia agulhas, e toda vez que uma enfermeira inicia o processo, ele vira o rosto para tentar diminuir o inc&ocirc;modo. E fez isso at&eacute; a &uacute;ltima doa&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="western">Eritroblastose fetal</h2>
Na mesma &eacute;poca, cientistas australianos tentavam descobrir o motivo da morte de tantos beb&ecirc;s. Isso aconteceu nos anos 1960, e no per&iacute;odo abortos espont&acirc;neos e crian&ccedil;as nascendo com problemas cerebrais eram comuns.
Logo descobriu-se que os beb&ecirc;s estavam sofrendo do que hoje &eacute; conhecido como eritroblastose fetal, ou doen&ccedil;a hemol&iacute;tica do rec&eacute;m-nascido (DHRN). Essa condi&ccedil;&atilde;o se manifesta de forma mais comum quando a m&atilde;e possui sangue com fator Rh negativo, e a crian&ccedil;a em desenvolvimento, sangue com fator Rh positivo, fazendo com que o organismo materno rejeite o beb&ecirc;.
Ao mesmo tempo, a pesquisa mostrou que a preven&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a era poss&iacute;vel atrav&eacute;s da administra&ccedil;&atilde;o de um anticorpo raro, presente naturalmente no plasma de algumas pessoas. V&aacute;rios bancos de sangue foram consultados em busca desse item precioso componente, e, coincidentemente, James Harrison era uma das pessoas que o tinham. 
<h2 class="western">O homem com o bra&ccedil;o de ouro</h2>
Assim que ele foi identificado como uma das raras pessoas com o anticorpo, os cientistas o contataram, perguntando se poderia participar de uma pesquisa intitulada Programa Anti-D. Como j&aacute; era um doador de sangue rotineiro, n&atilde;o pensou duas vezes e aceitou auxiliar outras pessoas dessa forma tamb&eacute;m.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/16/harrison-cercado-16103036896042.jpg" alt="Harrison cercado" />Harrison cercado por m&atilde;es que se beneficiaram da vacina
Uma vacina foi desenvolvida utilizando o plasma de James como base, e em 1967 a primeira mulher gr&aacute;vida recebeu uma dose. Desde ent&atilde;o, ele continuou fazendo doa&ccedil;&otilde;es regulares que, de acordo com a Cruz Vermelha, foram respons&aacute;veis por milh&otilde;es de doses de anticorpos.
Os cientistas n&atilde;o t&ecirc;m certeza sobre os motivos de Harrison possuir essa caracter&iacute;stica, mas acreditam que o fato de ele ter recebido sangue de tantos doadores diferentes possa ter estimulado seu corpo a produzir os t&atilde;o preciosos anticorpos.
Apesar de, em uma&nbsp;<a href="http://www.dailymail.co.uk/news/article-1259627/Man-golden-arm-James-Harrison-saves-2million-babies-half-century-donating-rare-blood.html">entrevista</a>&nbsp;feita em 2010, o australiano ter falado que nunca pararia de doar, a idade fez com que ele fosse aconselhado a isso. J&aacute; com 81, idade al&eacute;m do limite para essa atividade, James fez sua 1173&ordf; <a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"></a>doa&ccedil;&atilde;o. Como se tratava da &uacute;ltima, bal&otilde;es com os n&uacute;meros 1 1 7 3 foram colocados no centro de coleta, e pais de algumas das crian&ccedil;as beneficiadas pela vacina apareceram para homenage&aacute;-lo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/16/caricatura-16103057756044.jpg" alt="Caricatura " />Caricatura feita em homenagem a James
Ele entrou para o livro dos&nbsp;<a href="https://www.npr.org/2015/06/14/414397424/man-with-the-golden-arm-donates-blood-thats-saved-2-million-babies">recordes</a>&nbsp;em 2003 como o homem que mais doou sangue no mundo, mas, em entrevistas, diz que, apesar do reconhecimento e das homenagens, o que torna a atitude mais gratificante &eacute; saber que est&aacute; salvando a vida de crian&ccedil;as. Ele inclusive ajudou a pr&oacute;pria filha, pois o fator Rh dela e de seu neto n&atilde;o eram compat&iacute;veis.
<div class="video-center">
<blockquote class="twitter-tweet" data-lang="pt">
Every fortnight for sixty years, James Harrison has been making the trek to the Red Cross to donate blood. <a href="https://twitter.com/hashtag/9News?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#9News</a> | <a href="https://t.co/ZiY2jT1X46">https://t.co/ZiY2jT1X46</a> <a href="https://t.co/sivoQoKz5a">pic.twitter.com/sivoQoKz5a</a>
&mdash; Nine News Sydney (@9NewsSyd) <a href="https://twitter.com/9NewsSyd/status/994910582103883777?ref_src=twsrc%5Etfw">11 de maio de 2018</a></blockquote>
</div>
Agora aposentado da atividade, James espera que seu recorde de doa&ccedil;&atilde;o ainda seja quebrado, se for poss&iacute;vel aparecer algu&eacute;m t&atilde;o dedicado &agrave; causa quanto ele.

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Conheça o homem que salvou milhares de vidas com seu braço de ouro

Imagem de A ferrugem realmente transmite tétano? no megacurioso

Isso é o que ouvimos quando pisamos em um prego enferrujado, mas a verdade não é bem essa

Pisar em um prego enferrujado &eacute; uma experi&ecirc;ncia pela qual ningu&eacute;m deseja passar. No entanto, por mais que se tome cuidado, esse tipo de situa&ccedil;&atilde;o ocorre nos momentos mais inesperados, e a&iacute; s&atilde;o necess&aacute;rias medidas r&aacute;pidas para evitar maiores problemas.
O primeiro impulso &eacute; correr para o hospital, pois aquela sua tia j&aacute; dizia que a ferrugem pode contamin&aacute;-lo com t&eacute;tano. Mas isso &eacute; realmente verdade? Qualquer ferimento feito por metal enferrujado nos exp&otilde;e a esse risco? Sim, &eacute; perigoso, mas n&atilde;o exatamente pelo motivo que sempre achamos.
<h2 class="western">Causa bacteriana</h2>
O que realmente causa o t&eacute;tano &eacute; uma bact&eacute;ria chamada Clostridium tetani, encontrada em terra, areia e fezes. Se qualquer objeto entrou em contato com esse tipo de ambiente, caso haja um ferimento existe o risco de contamina&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o, independente de ser prego, mordida de cachorro ou qualquer outro ferimento um pouco mais profundo, se ele carrega a bact&eacute;ria, existe o risco de infec&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/14/1-14105852720063.jpg" alt="1" />
<h2 class="western">Mas e a ferrugem?</h2>
A liga&ccedil;&atilde;o com a ferrugem come&ccedil;ou, provavelmente, devido &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es que ela oferece para a bact&eacute;ria. Pregos enferrujam mais facilmente quando ficam em &aacute;reas expostas, geralmente no ch&atilde;o, justamente o local onde as chances de exist&ecirc;ncia de bact&eacute;rias s&atilde;o bem grandes. Junto a isso, a ferrugem cria uma superf&iacute;cie irregular no metal, servindo de abrigo microsc&oacute;pico para os microrganismos.
Um ferimento, causado por prego ou qualquer tipo de metal, esteja ele enferrujado ou n&atilde;o, deve ser tratado com cuidado, pois as consequ&ecirc;ncias pela demora no atendimento podem ser graves. A maioria das pessoas &eacute; vacinada contra o t&eacute;tano quando crian&ccedil;a, mas o efeito dura apenas 10 anos. Caso uma nova dose n&atilde;o tenha sido administrada nesse intervalo, &eacute; necess&aacute;rio ir at&eacute; um hospital para que as precau&ccedil;&otilde;es sejam tomadas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/05/14/2-14105901658064.jpg" alt="2" />
A doen&ccedil;a, quando n&atilde;o tratada, pode ser fatal. Ela libera uma poderosa neurotoxina chamada tetanospamina, que causa rigidez nos m&uacute;sculos e espasmos convulsivos, que usualmente come&ccedil;am no maxilar.
Ao mesmo tempo que buscar ajuda o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel &eacute; recomendado, tamb&eacute;m n&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio entrar em desespero e come&ccedil;ar a escrever o testamento, pois o tempo entre cont&aacute;gio e os primeiros sintomas pode variar entre uma e tr&ecirc;s semanas.

Allan França