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Caso toda a população fosse concentrada em uma área equiparável à cidade de Los Angeles, um salto apenas faria com que a Terra se deslocasse um centésimo da largura de um átomo de hidrogênio

<p>Eis aqui uma daquelas perguntas formuladas em tenra idade que voc&ecirc; acaba deixando para l&aacute; &mdash; normalmente porque parecem incrivelmente ing&ecirc;nuas ou bestas mesmo. Entretanto, com um pouco de dilig&ecirc;ncia cient&iacute;fica, certamente &eacute; poss&iacute;vel responder &agrave;quela famosa quest&atilde;o &mdash; &ldquo;E se todos n&oacute;s pul&aacute;ssemos ao mesmo tempo?&rdquo; &mdash; sem parecer uma crian&ccedil;a sete anos exercitando a criatividade.</p>
<p>Bem, conforme ressaltou o programa <a href="http://www.youtube.com/user/Vsauce" target="_blank">VSauce</a>, algo certamente ocorreria. Mas n&atilde;o muito. Para considerar a quest&atilde;o, entretanto, &eacute; interessante relembrar alguns conceitos f&iacute;sicos b&aacute;sicos &mdash; a rota&ccedil;&atilde;o, por exemplo.</p>
<h2><strong>Quanto mais massa no centro, maior &eacute; a velocidade</strong></h2>
<p>Um dos conceitos f&iacute;sicos que devem servir para dar uma resposta satisfat&oacute;ria &agrave; quest&atilde;o saltitante aqui proposta &eacute; o movimento rotacional. Na verdade, conforme refor&ccedil;ou o referido programa, trata-se apenas de um ponto: quanto mais a massa de um objeto se concentra no centro, maior &eacute; a velocidade da rota&ccedil;&atilde;o.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/jahNmoJ_trU" frameborder="0"></iframe></p>
<p>E, c&aacute; entre n&oacute;s, nem &eacute; preciso subir aos astros e planetas para ter um exemplo claro dessa ideia. Basta pensar em um patinador. No tradicional movimento de giro em torno do pr&oacute;prio corpo, o desportista utiliza os bra&ccedil;os e pernas para controlar a velocidade: quanto mais pr&oacute;ximos do eixo do giro (grudados ao corpo, por exemplo), mais r&aacute;pido ser&aacute; o giro, com o inverso valendo para os membros estendidos para fora.</p>
<p>Bem, &ldquo;e o que isso tem a ver com o meu salto sobre a Terra?&rdquo;. Basicamente, voc&ecirc; pode alterar a velocidade de rota&ccedil;&atilde;o da terra simplesmente ficando de c&oacute;coras &mdash; embora a diferen&ccedil;a de velocidade seja t&atilde;o &iacute;nfima que pode ser mesmo completamente desprezada. Mas vamos adiante.</p>
<h2><strong>Dias 0,0000018 segundo mais curtos</strong></h2>
<p>Partindo do conceito acima, torna-se bastante compreens&iacute;vel a afirma&ccedil;&atilde;o de que a redistribui&ccedil;&atilde;o de massa ocasionada, por exemplo, por terremotos &eacute; perfeitamente capaz de alterar a rota&ccedil;&atilde;o da Terra. Conforme lembrou o VSauce, o terremoto ocorrido no Jap&atilde;o em 2011 foi capaz de tornar os dias 0,0000018 segundo mais curtos.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/2/materias/6896331164141030.jpg" alt=" /><span><strong>Movimento global das placas tect&ocirc;nicas. </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Global_plate_motion_2008-04-17.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Entretanto, caso se quisesse provocar o mesmo efeito saltando sobre a superf&iacute;cie do planeta, seria necess&aacute;rio que a popula&ccedil;&atilde;o global fosse pelo menos sete milh&otilde;es de vezes maior do que a atual &mdash; nem mesmo uma campanha de promo&ccedil;&atilde;o de natalidade em pa&iacute;ses como China e &Iacute;ndia poderia dar conta disso em tempo h&aacute;bil, &eacute; claro.</p>
<h2><strong>7 bilh&otilde;es de pessoas ombro a ombro</strong></h2>
<p>Ok, mas um salto concentrado ainda poderia ocasionar algum efeito. Supondo-se que fosse poss&iacute;vel agrupar todas as pessoas da Terra, ombro a ombro, em uma &uacute;nica por&ccedil;&atilde;o de terra &mdash; que ocuparia aproximadamente o espa&ccedil;o da cidade de Los Angeles (Calif&oacute;rnoa, EUA) &mdash;, e se todos saltassem simultaneamente a uma dist&acirc;ncia de 30 cent&iacute;metros... A Terra se moveria apenas um cent&eacute;simo da largura de um &aacute;tomo de hidrog&ecirc;nio no espa&ccedil;o.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2014/2/materias/6896331164141224.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:India_-_Chennai_-_busy_T._Nagar_market_1_(3059480968).jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Quanto &agrave; rota&ccedil;&atilde;o? Possivelmente n&atilde;o haveria nenhum efeito residual. Em outras palavras, esse pulo apote&oacute;tico n&atilde;o alteraria em car&aacute;ter permanente o giro do planeta, j&aacute; que tudo voltaria ao normal assim que o feito fosse conclu&iacute;do. Pois &eacute;, &eacute; a ci&ecirc;ncia &ldquo;destruindo&rdquo; mais uma fantasia infantil &mdash; juntamente com aquele seu desejo de voar.</p>
<p>*<em>Publicado originalmente em 04/02/2014.</em></p>
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O que aconteceria se todos nós saltássemos ao mesmo tempo?

Imagem de 10 locais fascinantes criados pela natureza no site Mega Curioso

Reatores nucleares naturais, castelos de algodão, grutas semelhantes a catedrais — e outras criações que fariam inveja no mais gabaritado dos artistas plásticos

<p>Os grandes engenheiros, arquitetos e artistas pl&aacute;sticos que nos perdoem, mas a natureza realmente cria belas obras sem qualquer assist&ecirc;ncia humana &mdash; embora ainda sejamos n&oacute;s a avaliar, &eacute; verdade. Ok, &ldquo;mas o ser humano faz parte da natureza!&rdquo;, diria um esp&iacute;rito inquisidor.</p>
<p>Uma resposta? Deixe qualquer filosofia/antropologia de lado, por um momento, e confira as imagens abaixo. S&atilde;o cavernas de cristais com milh&otilde;es de anos, reatores nucleares naturais, pedras que deslizam na areia e cal&ccedil;adas feitas como que para gigantes mitol&oacute;gicos.</p>
<p>Sem mais delongas, confira abaixo 10 dos locais mais deslumbrantes podem ser encontrados sobre a superf&iacute;cie da Terra.</p>
<h2><strong>Caverna dos Cristais (M&eacute;xico)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/681285003191934.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Cristales_cueva_de_Naica.JPG" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>A Caverna dos Cristais, localizada no M&eacute;xico, traz as maiores forma&ccedil;&otilde;es do g&ecirc;nero de que se tem conhecimento. O crescimento, entretanto, &eacute; incrivelmente lento: uma altura equivalente a um pr&eacute;dio de dois andares pode demorar v&aacute;rios milh&otilde;es de anos para ser alcan&ccedil;ada. De acordo com os pesquisadores, &eacute; poss&iacute;vel que existam bols&otilde;es com l&iacute;quido no interior desses cristais gigantes &mdash; caldos que podem trazer vidas microsc&oacute;picas.</p>
<h2><strong>O Olho do Saara (Maurit&acirc;nia)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/68128500319203.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:ASTER_Richat.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Tamb&eacute;m conhecido como Estrutura de Richat, o local se assemelha a um enorme alvo com 50 quil&ocirc;metros de largura. De fato, a forma&ccedil;&atilde;o &eacute; t&atilde;o grande que algumas miss&otilde;es espaciais pioneiras a utilizavam como ponto de refer&ecirc;ncia.</p>
<p>De acordo com a explica&ccedil;&atilde;o predominante entre os cientistas, trata-se do resultado de por&ccedil;&otilde;es de terra elevadas que acabaram desgastadas pelos ventos ao longo dos anos. Rochas de tipos diferentes, entretanto, sofrem eros&atilde;o em taxas pr&oacute;prias, o que explicaria as formas conc&ecirc;ntricas.</p>
<h2><strong>Cal&ccedil;ada dos Gigantes (Irlanda)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/681285003192053.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Giant%27s_Causeway_(14).JPG" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Para quais criaturas m&iacute;ticas haveria de ter sido constru&iacute;da semelhante estrutura? A Cal&ccedil;ada dos Gigantes &eacute; composta por mais de 40 mil pilares vulc&acirc;nicos &mdash; a maior parte em formato hexagonal. A lenda diz que cal&ccedil;ada foi constru&iacute;da pelo gigante Finn McCool, a fim de transpor o mar at&eacute; a Esc&oacute;cia e encarar seu arquiinimigo, Benandonner.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/681285003192242.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.badassoftheweek.com/mccool.html" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/BadAssOfTheWeek</a></span></span></p>
<p>Alguns pesquisadores, entretanto, possuem outra teoria. A forma&ccedil;&atilde;o seria o resultado de por&ccedil;&otilde;es de lava que deixaram o interior da terra h&aacute; 60 milh&otilde;es de anos. Ao endurecer, a lava acabou assumindo o formato de colm&eacute;ia &mdash; sendo que alguns pilares possuem mais de 12 metros.</p>
<h2><strong>Rochas deslizantes de Racetrack Playa (EUA)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/681285003192333.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Racetrack_Playa_(Pirate_Scott).jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Caso algu&eacute;m desinformado encontrasse uma dessas pedras em Death Valley, possivelmente pensaria em alguma forma de &ldquo;animismo&rdquo; &mdash; um amontoado mineral com vida pr&oacute;pria. Afinal, o rastro deixado para tr&aacute;s &eacute; evidente.</p>
<p>Eis a explica&ccedil;&atilde;o da NASA, entretanto. Durante os meses de inverno, formam-se camadas de gelo ao redor dessas rochas, o que as faria escorregar pela superf&iacute;cie &mdash; at&eacute; que o ver&atilde;o chegue novamente e a imagem surpreenda passantes incautos.</p>
<h2><strong>Torres de gelo do Monte Erebus (Antartica)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/681285003192434.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.friendsreunited.com/ice-towers-of-mount-erebus-antarctica/Memory/d6370fe0-eec8-4ff3-8fe6-a12c00d6dbb4" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/FriendsReunited</a></span></span></p>
<p>O Monte Erebus, na Ant&aacute;rtica, &eacute; um vulc&atilde;o ainda ativo com quase 4 quil&ocirc;metros de altura. &Eacute; nele que se encontram as famosas &ldquo;torres de gelo&rdquo;. As estruturas se desenvolvem quando fumarolas (aberturas na superf&iacute;cie da crosta) passam a jorrar vapor &mdash; que acaba congelado no mesmo lugar em que deixa a terra por conta das baix&iacute;ssimas temperaturas. O resultado s&atilde;o chamin&eacute;s que podem chegar a 10 metros de altura.</p>
<h2><strong>O reator nuclear natural de Oklo (Gab&atilde;o)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/681285003192517.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://apod.nasa.gov/apod/ap050220.html" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/NASA</a></span></span></p>
<p>Pode&nbsp; parecer um absurdo &agrave; primeira vista, mas nem todos os reatores nucleares da Terra foram feitos por m&atilde;os (ou ferramentas) humanas. De fato, em Oklo, no Gab&atilde;o, encontra-se um forjado pela pr&oacute;pria natureza. Aparentemente, o reator se formou espontaneamente h&aacute; aproximadamente 2 bilh&otilde;es de anos, movido por ur&acirc;nio.</p>
<p>Pesquisadores dizem que a estrutura se manteve ativa por aproximadamente 150 mil anos, com uma produ&ccedil;&atilde;o m&eacute;dia de 100 quilowatts e irradiando uma energia equivalente &agrave; de 100 bombas at&ocirc;micas durante o per&iacute;odo.</p>
<h2><strong>Eisriesenwelt, o &ldquo;Mundo dos Gigantes de Gelo&rdquo; (&Aacute;ustria)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/681285003192739.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Eisriesenwelt_Werfen_Austria_02.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>A palavra acima, praticamente impronunci&aacute;vel para um lus&oacute;fono, significa apenas &ldquo;cavernas de gelo&rdquo; e se refere &agrave; maior atualmente conhecida no mundo. As grutas calc&aacute;rias do local se mant&ecirc;m frias o suficiente para congelar qualquer por&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua em seu interior, resultando em forma&ccedil;&otilde;es colossais.</p>
<h2><strong>O pavimento de Eaglehawk Neck (Tasm&acirc;nia)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/68128500319294.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Tessellated_Pavement_Sunrise_Landscape.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>&Eacute; razo&aacute;vel deixar se levar pelo ceticismo diante da imagem acima. De fato, o pavimento de Eaglehawk Neck d&aacute; a impress&atilde;o de n&atilde;o ser completamente natural. Eis, entretanto, uma rara forma&ccedil;&atilde;o geol&oacute;gica de siltito, formada por rochas que se partiram em formatos semelhantes a paralelep&iacute;pedos, possivelmente entre 60 e 160 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s.</p>
<p>No momento em que a &aacute;gua do mar cobre as plataformas, a areia e as ondas fazem o seu trabalho sobre a rocha. O formato se deve &agrave; diferen&ccedil;a das taxas de eros&atilde;o referentes ao espa&ccedil;o entre as bordas da estruturas e as bordas propriamente ditas.</p>
<h2><strong>Pamukkale (Turquia)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/681285003193032.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Pamukkale_4_Commons.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>A palavra acima significa &ldquo;castelo de algod&atilde;o&rdquo; em turco, embora a estrutura se pare&ccedil;a muito com uma caverna de gelo e se trate mesmo de forma&ccedil;&otilde;es minerais cheias de &aacute;gua quente. Mas a &aacute;gua das termais do local s&atilde;o t&atilde;o ricas em min&eacute;rios que acabam por formar passarelas e imensos terra&ccedil;os &ldquo;de algod&atilde;o&rdquo;.</p>
<h2><strong>Gruta de Fingal (Esc&oacute;cia)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/10/materias/681285003193210.jpg" alt=" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Staffa_Fingal%27s_Cave_14712.JPG" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>A Gruta de Fingal &eacute; o que se poderia chamar de uma catedral forjada por for&ccedil;as naturais. Seus 75 metros de profundidade e seus 20 metros de altura &mdash; juntamente com belas colunas hexagonais de origem vulc&acirc;nica &mdash; fizeram da caverna a &ldquo;musa&rdquo; do compositor Felix Mendelssohn Bartholdy, que buscou nela inspira&ccedil;&atilde;o para a introdu&ccedil;&atilde;o de sua obra &ldquo;As H&eacute;bridas&rdquo;.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="420" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/a3MiETaBSnc" frameborder="0"></iframe></p>
<p>O local tamb&eacute;m recebeu muitas visitas ilustres durante o per&iacute;odo vitoriano, incluindo o escritor Julio Verne, os poetas William Wordsworth e Alfred Lord Tennyson e mesmo a pr&oacute;pria rainha Vit&oacute;ria.</p>
<p>*<em>Publicado originalmente em 31/10/2013.</em></p>
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10 locais fascinantes criados pela natureza

Imagem de Osso de Ishango: conheça a calculadora mais antiga do mundo no site Mega Curioso

O artefato de 18 mil anos pode representar um dos primeiros dispositivos de contagem utilizados pela humanidade, embora também possa ter sido um calendário menstrual ou uma ferramenta didática.

<p>Os chamados Ossos de Ishango foram encontrados por arque&oacute;logos na regi&atilde;o que, &agrave; &eacute;poca do achado, correspondia ao Zaire &mdash; atual Rep&uacute;blica Democr&aacute;tica do Congo. Trata-se de um osso de babu&iacute;no com uma particularidade muito curiosa: entalhes que sugerem a primeira &ldquo;calculadora&rdquo; utilizada pela humanidade, aproximadamente 18 mil anos atr&aacute;s (e n&atilde;o 9 mil anos, como se acreditava a princ&iacute;pio).</p>
<p>O artefato foi forjado durante o paleol&iacute;tico superior, por uma sociedade que, eventualmente, acabou empurrada para fora do territ&oacute;rio por a&ccedil;&otilde;es vulc&acirc;nicas. O que despertou a curiosidade dos cientistas, entretanto, foi a forma como os arranh&otilde;es foram dispostos no Osso de Ishango.</p>
<p>H&aacute; colunas em que, obviamente, dobram-se os valores &mdash; dois e quatro, tr&ecirc;s e seis. Por fim, h&aacute; uma coluna em que de 10 se vai a 5 entalhes, em uma divis&atilde;o, portanto. H&aacute; tamb&eacute;m uma coluna em que constam todos os n&uacute;meros primos entre 10 e 20 e, por fim, uma em que constam apenas n&uacute;meros m&uacute;ltiplos de 12.</p>
<h2><strong>Afinal, para que serve?</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/833552482314643.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Os_d%27Ishango_IRSNB.JPG" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Apesar da obviedade em rela&ccedil;&atilde;o aos padr&otilde;es matem&aacute;ticos encontrados no Osso de Ishango, os cientistas n&atilde;o chegaram a uma resolu&ccedil;&atilde;o definitiva sobre a utilidade original do artefato. Fala-se de uma ferramenta para explorar os limites da matem&aacute;tica, &eacute; claro.</p>
<p>Entretanto, a possibilidade de uma ferramenta did&aacute;tica n&atilde;o foi exclu&iacute;da e, de fato, h&aacute; quem considere que pode se tratar de alguma forma de registro do calend&aacute;rio menstrual. Ou ser&aacute; apenas uma incr&iacute;vel coincid&ecirc;ncia, oriunda de uma busca extensiva por padr&otilde;es? Dif&iacute;cil determinar... Mas voc&ecirc; pode opinar abaixo.</p>
<p>*<em>Publicado originalmente em 23/07/2013</em>.</p>
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Osso de Ishango: conheça a calculadora mais antiga do mundo

Imagem de 9 derrapadas famosas da arquitetura mundial no site Mega Curioso

Mesmo com profissonais de renome e projetos envolvendo altas somas, algumas construções entraram para a História como exemplos de que ostentação e funcionalidade nem sempre andam juntas.

<p>A imagina&ccedil;&atilde;o humana sempre se viu razoavelmente tolhida por quest&otilde;es mais, digamos, materiais. Projetos suntuosos, visando a mais pura ostenta&ccedil;&atilde;o da criatividade, podem &agrave;s vezes sucumbir por motivos bem menos admir&aacute;veis do que aqueles que lhes deram origem. E a&iacute; n&atilde;o tem jeito: tudo vem abaixo &mdash; ou &eacute; condenado por profissionais de seguran&ccedil;a e tamb&eacute;m por sorrisos amarelos.</p>
<p>Isso n&atilde;o poderia ser mais verdade no catmpo da arquitetura. A Torre de Pisa, por exemplo, tornou-se particularmente famosa porque seus respons&aacute;veis n&atilde;o atentaram para as funda&ccedil;&otilde;es &mdash; fazendo com que o enorme campan&aacute;rio acabasse pendbendo perigosamente para o lado, como permanece at&eacute; hoje.</p>
<p>Mas h&aacute; tamb&eacute;m falhas que n&atilde;o s&atilde;o exatamente da estrutura, mas sim de uma previs&atilde;o equivocada dos limites da sua utiliza&ccedil;&atilde;o. Basta se lembrar do &aacute;trio do famigerado hotel Hyatt Regency, em Kansas City (Missouri, EUA). Ou voltando ainda mais (muito mais) no tempo, &eacute; poss&iacute;vel citar tamb&eacute;m o anfiteatro de Fidenae: a estrutura acabou desabando sob a euforia de um p&uacute;blico reunido para lutas de gladiadores.</p>
<p>Nove casos como esses podem ser encontrados na lista a seguir &mdash; elaborada pela <a href="http://www.newschoolarch.edu/news-events/FailurebyDesign.htm" target="_blank">New School of Architecture and Design</a>. <strong></strong></p>
<h2><strong>O anfiteatro de Fidenae (27 d.C.)</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/9035246892313310.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.baixaki.com.br/www.wikipedia.org" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Conforme mencionado acima, a estrutura do anfiteatro Fidenae &mdash; toda formada em madeira &mdash; veio abaixo em raz&atilde;o do peso exercido pelo p&uacute;blico, reunido ali para assistir aos combates de gladiadores &mdash; uma esp&eacute;cie de &ldquo;justi&ccedil;a po&eacute;tica&rdquo;, algu&eacute;m poderia dizer.</p>
<p>O colosso do Imp&eacute;rio Romano desabou em 27 d.C. A li&ccedil;&atilde;o deixada foi bastante clara: o peso a ser colocado sobre uma estrutura deve ser precisamente considerado antes da execu&ccedil;&atilde;o.</p>
<h2><strong>Ponte Tacoma Narrows (1940)</strong></h2>
<p>O balan&ccedil;o aterrorizante da Ponte Tacoma Narrows &mdash; localizada no Estreito de Tacoma, Washington (EUA) &mdash; chegou render um apelido: &ldquo;Grande Galopante&rdquo;. Embora a popula&ccedil;&atilde;o local j&aacute; estivesse acostumada ao sacolejo constante da estrutura, n&atilde;o demorou mais do que dois anos para que tudo viesse abaixo.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/9035246892313414.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:TacomaNarrowsBridgeCollapse_in_color.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>A ponte foi derrubada por ventos de 67 quil&ocirc;metros por hora, embora os motivos para isso ainda sejam discutidos. H&aacute; quem diga que o que ocorreu ali foi o fen&ocirc;meno conhecido como &ldquo;aeroelasticidade&rdquo; &mdash; determinado por uma intera&ccedil;&atilde;o de for&ccedil;as inerciais, el&aacute;sticas e aerodin&acirc;micas.</p>
<p>Entretanto, h&aacute; tamb&eacute;m bibliografias que mencionam um caso de &ldquo;resson&acirc;ncia&rdquo; &mdash; frequ&ecirc;ncias externas que teriam feito com que toda a estrutura vibrasse. De qualquer forma, o efeito determinante na Tacoma Narrows foi mesmo o efeito de tor&ccedil;&atilde;o, o qual acabou estressando o material e colocando tudo no ch&atilde;o. A arma&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;o da ponte forma hoje o maior recife artificial do mundo.</p>
<h2><strong>A Torre de Pisa (1173)</strong></h2>
<p>Talvez pare&ccedil;a um sacril&eacute;gio elencar a famosa Torre de Pisa entre os fiascos da engenharia/arquitetura. Mas n&atilde;o se pode negar que houve ali um erro crasso de projeto &mdash; o qual acabou corrigido dada a import&acirc;ncia hist&oacute;rica do campan&aacute;rio, &eacute; claro.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/903524689231356.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Leaning_Tower_of_Pisa_(April_2012).jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Este &eacute; um caso cl&aacute;ssico em que o problema n&atilde;o se deu com os materiais utilizados, mas sim com as funda&ccedil;&otilde;es. A Torre de Pisa foi constru&iacute;da, com todos os seus 60 metros de altura, sobre um terreno pantanoso, o que acabou ocasionando a inclina&ccedil;&atilde;o. A li&ccedil;&atilde;o, incrivelmente clara, tem at&eacute; refor&ccedil;o b&iacute;blico: construa a sua casa sobre uma funda&ccedil;&atilde;o s&oacute;lida.</p>
<h2><strong>Centro Stata (2007)</strong></h2>
<p>O Centro Stata &eacute; uma das constru&ccedil;&otilde;es pertencentes ao celebrado MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em ingl&ecirc;s). Trata-se de um projeto do arquiteto Frank Gehry, vencedor do pr&ecirc;mio Pritzker.</p>
<p>Na verdade, n&atilde;o se trata propriamente de uma falha de arquitatura ou engenharia. Embora se fale de problemas estruturais &mdash; ocasionando infiltra&ccedil;&otilde;es, forma&ccedil;&atilde;o de mofo entre outros efeitos desagrad&aacute;veis &mdash;, a composi&ccedil;&atilde;o ainda &eacute; celebrada por alguns como uma celebra&ccedil;&atilde;o &agrave; liberdade criativa.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/9035246892313556.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Wfm_stata_center.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>&ldquo;O Stata sempre vai parecer inacabado. Tamb&eacute;m parece que est&aacute; prestes a entrar em colapso. As colunas se inclinam em &acirc;ngulos assustadores. As paredes balan&ccedil;am, desviam e colidem em curvas e &acirc;ngulos aleat&oacute;rios&rdquo;, afirmou o arquiteto e colunista do jornal Boston Globe, Robert Campbell. &ldquo;Os materiais mudam onde quer que se olhe: tijolo, a&ccedil;o de superf&iacute;cie espelhada, alum&iacute;nio escovado, tintas de colorido brilhante, metal corrugado. Tudo parece improvisado, como se jogado no &uacute;ltimo instante.&rdquo;</p>
<p>Entretanto, ele conclui: &ldquo;Esse &eacute; o ponto. A apar&ecirc;ncia do Stata &eacute; uma met&aacute;fora para a liberdade, ousadia e criatividade da pesquisa que deve ocorrer dentro dele.&rdquo; Campbell situou ainda os atrasos e custos elevados do projeto no campo de &ldquo;ossos do of&iacute;cio&rdquo;, comparando as inconveni&ecirc;ncias da edifica&ccedil;&atilde;o do Stata &agrave;s da constru&ccedil;&atilde;o da Catedral de S&atilde;o Paulo, em Londres.</p>
<h2><strong>Passeio do Hotel Hyatt Regency (1981)</strong></h2>
<p>Assim como no caso do anfiteatro de Fidenae, o motivo para a trag&eacute;dia ocorrida no &aacute;trio do Hotel Hyatt Regency, em Kansas City, nos EUA, aconteceu mais por causa de uma previs&atilde;o equivocada sobre sua utiliza&ccedil;&atilde;o do que por falhas estruturais t&iacute;picas.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/9035246892313117.png" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Hyatt_Regency_collapse_floor_view.PNG" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>O ambiente em quest&atilde;o era todo cortado por diversos passeios suspensos. Em 1981, durante uma apresenta&ccedil;&atilde;o de dan&ccedil;a, todos eles estavam devidamente abarrotados de espectadores, o que representou o dobro do peso admitido no projeto. O saldo final foi a morte de mais de 100 pessoas, em um dos acidentes estruturais mais graves da hist&oacute;ria dos EUA.<strong></strong></p>
<h2><strong>Hotel e Spa Vdara (2009)</strong></h2>
<p>Caso estivesse na &aacute;rea das piscinas do Hotel e Spa Vdara ap&oacute;s a sua constru&ccedil;&atilde;o, voc&ecirc; n&atilde;o acabaria soterrado, mas provavelmente chamuscado. A bela fachada projetada pelo arquiteto Rafael Vinoly acabou atuando como um espelho esf&eacute;rico c&ocirc;ncavo, concentrando os raios solares sobre a o solo abaixo.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/9035246892313145.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Vdara_-_South_-_2010-03-06.JPG" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>O resultado? Cabelos queimados, pl&aacute;sticos derretidos e uma solu&ccedil;&atilde;o de emerg&ecirc;ncia: mais &aacute;reas com sombra, a fim de que ningu&eacute;m mais acabasse com bronzeados inesquec&iacute;veis. A li&ccedil;&atilde;o deixada: a arte, eventualmente, deve se dobrar ao conhecimento puramente cient&iacute;fico. No caso, algumas considera&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas relativas &agrave; &oacute;tica teriam poupado muito transtorno.</p>
<h2><strong>Barragem de St. Francis (1928)</strong></h2>
<p>A barragem de St. Francis foi constru&iacute;da em 1924, como parte do aqueduto de Los Angeles (Calif&oacute;rnia, EUA). Apenas quatro anos depois, entretanto, ap&oacute;s dar v&aacute;rias pistas de que algo n&atilde;o ia bem, a edifica&ccedil;&atilde;o acabou arrebentando &mdash; por conta do que foi considerado um conjunto de motivos estruturais e geol&oacute;gicos.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/90352468923131448.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:St_Francis_Dam_crop.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>O resultado foi uma inunda&ccedil;&atilde;o que, por sua vez, gerou um saldo de mais de 600 mortes. O grande problema, nesse caso, foi a falta de inspe&ccedil;&atilde;o constante da obra.<strong></strong></p>
<h2><strong>Conjunto Lotus Riverside (2009)</strong></h2>
<p>O conjunto de apartamentos Lotus Riverside, em Xangai (China), acabou literalmente em uma piscina de lama. Em 2009, quando j&aacute; estava praticamente constru&iacute;do, iniciou-se a remo&ccedil;&atilde;o de por&ccedil;&otilde;es do solo para a inclus&atilde;o de um estacionamento subterr&acirc;neo.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/90352468923131925.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.baixaki.com.br/www.bloomberg.com" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Bloomberg</a></span></span></p>
<p>Bem, mas o que fazer com toda a terra removida do local? &Eacute; f&aacute;cil imaginar algu&eacute;m dizendo: &ldquo;Ah, coloca ali do lado&rdquo;. A press&atilde;o dos montes acumulados, entretanto, acabou por pesar sobre o leito do rio, que sofreu um colapso. As &aacute;guas foram ent&atilde;o desviadas para baixo da constru&ccedil;&atilde;o, transformando a funda&ccedil;&atilde;o do Lotus Riverside em um enorme lama&ccedil;al.</p>
<p>O resultado: um pr&eacute;dio tombado, matando um trabalhador. E fica a dica: qualquer acr&eacute;scimo ao projeto deve ser acompanhado de an&aacute;lises constantes das funda&ccedil;&otilde;es.</p>
<h2><strong>Torre de John Hancock (1976)</strong></h2>
<p>Ap&oacute;s a sua constru&ccedil;&atilde;o, a Torre de John Hancook precisou ainda ganhar uma substitui&ccedil;&atilde;o de 10 mil janelas, no valor de US$ 5 milh&otilde;es. O motivo: por exposi&ccedil;&atilde;o excessiva ao calor do sol, os vidros passaram a se soltar e despencar sobre a cal&ccedil;ada.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/9035246892313210.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:John_Hancock_Tower,_Blue_Hour.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Al&eacute;m disso, a constru&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m cedia demais &agrave;s investidas dos ventos, ocasionando um balan&ccedil;o constante que fazia com que muita gente se sentisse como um &ldquo;marinheiro de primeira viagem&rdquo;. A li&ccedil;&atilde;o deixada: em projetos de grandes propor&ccedil;&otilde;es, como um arranha-c&eacute;u, mesmo os m&iacute;nimos detalhes podem gerar enormes consequ&ecirc;ncias.</p>
<p>*<em>Publicado originalmente em 23/07/2013</em>.</p>
<p class="uk-text-center">***</p>
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9 derrapadas famosas da arquitetura mundial

Imagem de Os 5 mandamentos de um bom aperto de mãos no site Mega Curioso

Manter o contato visual é importante, assim como não apertar demais a mão da outra pessoa — ou esmagá-la como se fosse um guaxinim morto. Bom ou ruim, um aperto de mãos será lembrado por muito tempo.

<p>Um aperto de m&atilde;os &eacute; algo, aparentemente, bastante simples. Tamb&eacute;m &eacute; muito r&aacute;pido &mdash; s&atilde;o apenas alguns segundos de um protocolo social que, para muitas pessoas, n&atilde;o deve ser assim t&atilde;o relevante. Ledo engano. Conforme lembrou o psic&oacute;logo Joe Navarro em coluna para o Psychology Today, um aperto de m&atilde;os ruim pode ser lembrado por muito, muito tempo.</p>
<p>Conforme refor&ccedil;a o especialista, o aperto de m&atilde;os &mdash; ou quaisquer outras formas de sauda&ccedil;&atilde;o &mdash; possivelmente representa uma pr&aacute;tica t&atilde;o antiga quanto a pr&oacute;pria humanidade. Trata-se de uma intera&ccedil;&atilde;o social b&aacute;sica, que, embora simples, veicula rapidamente quest&otilde;es associadas &agrave; mem&oacute;ria t&aacute;til, &agrave; capacidade social, &agrave; harmonia, &agrave; sa&uacute;de e &agrave; seguran&ccedil;a. Trata-se, ademais, de uma forma quase inequ&iacute;voca compartilhar sentimentos e inten&ccedil;&otilde;es.</p>
<h2><strong>O inconveniente de deixar uma impress&atilde;o ruim</strong></h2>
<p>Naturalmente, isso nem sempre precisa se dar pelo tradicional aperto de m&atilde;os. Dependendo da cultura, o mesmo papel social pode ser conferido a abra&ccedil;os, beijos, enlaces dos bra&ccedil;os e por a&iacute; vai. A import&acirc;ncia, de qualquer forma, &eacute; basicamente a mesma.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/2729572583012344.jpg" alt="" /><span><strong>Deusas Hera e Athena se cumprimentando. </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/File:ACMA_1333_Samian_decree_2.JPG" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Por outro lado, um aperto de m&atilde;os ruim normalmente acaba gerando uma impress&atilde;o igualmente ruim. &ldquo;Em um per&iacute;odo de apenas alguns segundos, n&oacute;s lan&ccedil;amos as funda&ccedil;&otilde;es para a percep&ccedil;&atilde;o que o outro ter&aacute; de n&oacute;s &mdash; e que n&oacute;s teremos dele&rdquo;, diz Navarro. &ldquo;Em apenas um instante, n&oacute;s vemos, sentimos, observamos e percebemos as inten&ccedil;&otilde;es da outra pessoa.&rdquo; Trata-se do momento de saber se o outro &eacute; ou n&atilde;o uma amea&ccedil;a.</p>
<p>&ldquo;Sejamos francos, quando um aperto de m&atilde;os &eacute; mal executado, isso nos deixa com uma impress&atilde;o ruim sobre a outra pessoa, e isso ser&aacute; lembrado dessa forma.&rdquo; Naturalmente, caso o ritual mal executado se repita, isso apenas fortalecer&aacute; a impress&atilde;o inicial.</p>
<h2><strong>Por que um aperto de m&atilde;os ruim &eacute; lembrado por tanto tempo?</strong></h2>
<p>Trata-se de uma capacidade adaptativa. Basicamente, de um fortalecimento da mem&oacute;ria t&aacute;til, embora n&atilde;o seja apenas isso. &ldquo;Eu suspeito que a resposta seja um tanto multifacetada, ligada a quest&otilde;es de evolu&ccedil;&atilde;o e de sobreviv&ecirc;ncia&rdquo;, diz Navarro no referido artigo. &ldquo;Considere isto: dois estranhos se encontram na savana africana e, ao tocar suas m&atilde;os, eles demonstram que n&atilde;o possuem armas, que n&atilde;o h&aacute; raz&atilde;o para temores.&rdquo;</p>
<p>Al&eacute;m disso, tocar as m&atilde;os desencadeia processos qu&iacute;micos no c&eacute;rebro, fazendo com que, por exemplo, seja liberada ocitocina &mdash; chamado de &ldquo;horm&ocirc;nio do amor&rdquo; por alguns especialistas. &ldquo;Os bons sentimentos ajudam a promover a harmonia e a amizade, e faz sentido que essa impress&atilde;o permane&ccedil;a conosco durante muito tempo; &eacute; assim que n&oacute;s evolu&iacute;mos.&rdquo;</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/27295725830123625.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/File:Handshake.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Naturalmente, uma impress&atilde;o ruim tamb&eacute;m durante bastante tempo. &ldquo;Emo&ccedil;&otilde;es negativas associadas a um aperto de m&atilde;os mal executado permanecem conosco porque s&atilde;o arquivadas na por&ccedil;&atilde;o do c&eacute;rebro (am&iacute;dala/hipocampo) que ajuda a pressentir o perigo, a insalubridade ou qualquer coisa que nos ameace ou nos fa&ccedil;a nos sentirmos mal, de forma que n&atilde;o precisemos reaprender tudo sempre de novo e de novo.&rdquo;</p>
<p>Em outras palavras? Um conhecimento adquirido que lhe permite, por exemplo, saber por experi&ecirc;ncia que se deve evitar o contato com superf&iacute;cies excessivamente quentes ou com comida estragada. Um tra&ccedil;o evolutivo bastante natural, portanto.</p>
<h2><strong>Os 5 pontos de um bom aperto de m&atilde;os</strong></h2>
<p>O que ser&aacute; considerado como uma &ldquo;boa sauda&ccedil;&atilde;o&rdquo; depende, &eacute; claro, da cultura em que se esteja inserido. Dessa forma, um <em>high-five</em> pode ser bastante apreciado em alguns meios esportivos, mas um aperto de m&atilde;os suave ser&aacute; a melhor pedida em locais como a Turquia. H&aacute; casos ainda em que, por exemplo, cumprimentar uma mulher com toque de m&atilde;os &mdash; sem o consentimento expresso &mdash; pode pegar muito mal.</p>
<p>Como via de regra, afirma-se que o ideal &eacute; observar a forma como a pessoa com mais status em determinada cultura cumprimenta as demais. A&iacute; basta imit&aacute;-la da melhor forma poss&iacute;vel &mdash; evitando, assim, constrangimentos como aquele gerado por Bill Gates, ao cumprimentar a presidente da Coreia do Sul, Geun Hye Park, com uma das m&atilde;os no bolso da cal&ccedil;a.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/2729572583012382.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/File:Tennis_shake_hands_after_match.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Entretanto, caso se tome o bom e velho &ldquo;chacoalhar de m&atilde;os&rdquo; que &eacute; cultivado em boa parte do mundo, &eacute; poss&iacute;vel elencar alguns pontos principais que devem ser observados, a fim de deixar a boa impress&atilde;o mencionada acima. De acordo com Joe Navarro, deve-se prestar aten&ccedil;&atilde;o &agrave;s seguintes pr&aacute;ticas:</p>
<ul>
<li><strong>Contato com os olhos</strong></li>
</ul>
<p>&ldquo;Assegure-se de manter o contato visual com a pessoa que voc&ecirc; est&aacute; cumprimentando, evitando distra&ccedil;&otilde;es&rdquo;, diz Navarro. Nada pode ser mais irritante do que ter a sua contraparte no ritual mais interessada em uma beldade que passa do outro lado da rua no momento.</p>
<ul>
<li><strong>Evite m&atilde;os &uacute;midas</strong></li>
</ul>
<p>Navarro lembra que 2,8% da popula&ccedil;&atilde;o padece do problema conhecido como hiperidrose &mdash; um quadro de transpira&ccedil;&atilde;o anormalmente aumentada. Seja esse o seu caso ou n&atilde;o, &eacute; sempre salutar se assegurar de que a sua m&atilde;o n&atilde;o esteja &uacute;mida ou mesmo molhada antes de cumprimentar algu&eacute;m &mdash; um len&ccedil;o pode resolver o problema. Caso tudo o mais falhe, Botox pode ser uma solu&ccedil;&atilde;o para minimizar a sudorese.</p>
<ul>
<li><strong>Esque&ccedil;a o &ldquo;aperto de m&atilde;os dominante&rdquo;</strong></li>
</ul>
<p>N&atilde;o &eacute; incomum ouvir, ainda hoje, de algu&eacute;m que defenda um bom aperto de m&atilde;os como uma ocasi&atilde;o para mostrar &ldquo;quem manda&rdquo; &mdash; seja apertando a m&atilde;o do &ldquo;oponente&rdquo; em demasia ou chacoalhando-a como se fosse um guaxinim morto. &ldquo;O termo cl&iacute;nico para isso &eacute;: bobagem&rdquo;, diz Navarro.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/27295725830124242.jpg" alt="" /><span><strong>Consultor de imagem p&uacute;blica &Aacute;lvaro Gordoa demonstrando t&eacute;cnica de aperto de m&atilde;os. </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/File:AlvaroGordoaTec04.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>E mais: caso algu&eacute;m proceda dessa forma com voc&ecirc;, pe&ccedil;a educadamente para repetir o aperto sem o &ldquo;expediente&rdquo; est&uacute;pido. &ldquo;A &uacute;nica coisa que um aperto de m&atilde;os assim consegue &eacute; deix&aacute;-lo com uma impress&atilde;o negativa e faz&ecirc;-lo pensar sobre que tipo de animal social aquela pessoa pode ser.&rdquo;</p>
<ul>
<li><strong>Nada de dedo indicador no pulso</strong></li>
</ul>
<p>A menos que voc&ecirc; perten&ccedil;a a alguma esp&eacute;cie de culto secreto com protocolos de sauda&ccedil;&atilde;o pr&oacute;prios (vide as considera&ccedil;&otilde;es sobre cultura acima), colocar o indicador no pulso da outra pessoa &eacute; algo fortemente desencorajado. &ldquo;Isso deixar uma impress&atilde;o muito negativa. Eu j&aacute; conheci v&aacute;rios gerentes, diretores de empresa e profissionais de RH [recursos humanos] que consideram esse o aperto de m&atilde;os mais temido de todos&rdquo;, afirma Navarro.<strong></strong></p>
<ul>
<li><strong>Evite o aperto de m&atilde;os de pol&iacute;ticos</strong></li>
</ul>
<p>Este &eacute; um velho conhecido. Quase todo mundo j&aacute; foi &ldquo;v&iacute;tima&rdquo; ou tentou, inadvertidamente, praticar em algum momento. Trata-se da sauda&ccedil;&atilde;o em que ambas as m&atilde;os s&atilde;o utilizadas, sendo que uma delas envolve a m&atilde;o da outra pessoa. &ldquo;Nunca, jamais utilize o aperto de m&atilde;os de pol&iacute;ticos, a menos que seja com o seu av&ocirc; ou com a sua av&oacute;&rdquo;, diz Navarro.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/27295725830124015.jpg" alt="" /><span><strong>Estela funer&aacute;ria de Thrasea e Euandria </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/File:Pergamonmuseum_-_Antikensammlung_-_Relief_19.JPG" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>&ldquo;Ningu&eacute;m gosta disso, &eacute; pessoal demais, e voc&ecirc; precisa adquirir o direito de cumprimentar dessa forma. Os pol&iacute;ticos o fazem por acreditar que voc&ecirc; gostar&aacute; mais deles por isso &mdash; o que n&atilde;o funciona.&rdquo; Um pouco mais de proximidade se faz necess&aacute;ria? Ent&atilde;o opte por um toque bastante sutil no antebra&ccedil;o.</p>
<p>*<em>Publicado originalmente em 30/07/2013</em>.</p>
<p class="uk-text-center">***</p>
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Os 5 mandamentos de um bom aperto de mãos

Imagem de As baratas realmente sobreviveriam a um desastre nuclear? no site Mega Curioso

Embora sejam muito mais resistentes que o ser humano, o nível de radiação dissipado por uma bomba nuclear é suficiente para acabar com uma população adulta de baratas em um raio de vários quilômetros.

<p>Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido em algum lugar que, no caso de um holocausto nuclear, haveria apenas baratas para disputar a superf&iacute;cie da Terra. H&aacute; quem diga que os animais aguentariam firmes mesmo se estivessem no ponto exato de uma detona&ccedil;&atilde;o. Bem, de acordo com informa&ccedil;&otilde;es levantadas pelo site <a href="http://www.todayifoundout.com/index.php/2010/11/cockroaches-would-not-survive-an-extreme-nuclear-fallout/" target="_blank">Today I Found Out</a>, isso dificilmente seria poss&iacute;vel.</p>
<p>Embora as baratas tenham uma resist&ecirc;ncia significativamente maior &agrave; radia&ccedil;&atilde;o, quando comparadas aos seres humanos, fato &eacute; que, ao colocar em n&uacute;meros, a piadinha a&iacute; de cima perde grande parte do seu efeito.</p>
<h2><strong>Resistentes... Mas n&atilde;o tanto assim</strong></h2>
<p>Embora possuam uma resist&ecirc;ncia dez vezes maior que a dos seres humanos, 10 mil rads s&atilde;o o suficiente para exterminar praticamente todos os exemplares adultos da esp&eacute;cie. Na verdade, muito menos que isso j&aacute; pode esteriliz&aacute;-los &mdash; o que, igualmente, significaria o fim das baratas sobre a Terra, mesmo que n&atilde;o imediatamente.</p>
<p>Na verdade, o n&iacute;vel de radia&ccedil;&atilde;o tolerado por uma barata, antes de se tornar completamente est&eacute;ril, &eacute; equivalente &agrave; libera&ccedil;&atilde;o da bomba nuclear jogada na cidade de Hiroshima a uma dist&acirc;ncia de aproximadamente 24 quil&ocirc;metros do ponto de impacto.</p>
<h2><strong>Os verdadeiros campe&otilde;es</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/6/materias/7672468141514440.jpg" alt="" /><span><strong>O micr&oacute;bio <em>Deinococcus</em>: o melhor candidato &agrave; sobreviv&ecirc;ncia em um inverno nuclear. </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Deinococcus_radiodurans.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Embora a fama seja das baratas, h&aacute;, de fato, criaturas que seriam muito mais capazes de resistir a n&iacute;veis altos de radia&ccedil;&atilde;o. A &ldquo;Mosca da fruta&rdquo;, por exemplo, aguenta at&eacute; 64 mil rads. Ainda mais impressionante, o &ldquo;Besouro da farinha&rdquo; sobrevive a 100 mil rads. H&aacute; ainda a Habrobracon, uma esp&eacute;cie de vespa, que permanece firme e forte mesmo diante de 180 mil rads.</p>
<p>O campe&atilde;o supremo aqui, entretanto, &eacute; o micr&oacute;bio <em>Deinococcus</em>. A bact&eacute;ria suporta at&eacute; 1,5 milh&atilde;o de rads em temperatura ambiente. Caso esteja congelada &mdash; digamos, em decorr&ecirc;ncia de um inverno nuclear &mdash;, esse valor salta para 3 milh&otilde;es de rads.</p>
<p><em>*Publicado originalmente em 15/06/2013.</em></p>
<p class="uk-text-center">***</p>
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As baratas realmente sobreviveriam a um desastre nuclear?

Imagem de 80 anos de ingressos para a Copa do Mundo no site Mega Curioso

Os tickets passaram de designs enxutos a soluções estéticas elegantes — com logomarcas, adereços e canhotos. E alguns exemplares particularmente antigos podem valer uma pequena fortuna hoje

<p>Em per&iacute;odos de Copa do Mundo, as preocupa&ccedil;&otilde;es normalmente se limitam a quem vai encabe&ccedil;ar cada grupo, quem vai chegar &agrave;s oitavas, &agrave;s quartas e &agrave; semifinal e, por fim, quem vai erguer a ta&ccedil;a e provocar o choror&ocirc; geral de uma na&ccedil;&atilde;o &mdash; e espera-se que seja o Brasil, naturalmente. Entretanto, passada a euforia, restar&atilde;o as mem&oacute;rias, fotos e um souvenir muito comum: os ingressos das partidas.</p>
<p>Bem, o que se pode dizer? Ainda bem que essa mania &ldquo;colecionista&rdquo; n&atilde;o &eacute; nem de longe recente. Dessa forma, &eacute; poss&iacute;vel perceber como esse item de essencial import&acirc;ncia para o torcedor &mdash; embora um tanto subvalorizado em sua pr&oacute;pria &eacute;poca &mdash; se modificou e mostrou tend&ecirc;ncias ao longo de d&eacute;cadas de Mundiais.</p>
<p>Vai-se do estilo relativamente ac&eacute;tico dos ingressos para a primeira Copa do Mundo, em 1930, &agrave;s logomarcas acrescentadas na d&eacute;cada de 1970 e da&iacute; aos grafismos cada vez mais elaborados &mdash; culminando no festim de cores e linhas que se viu na gloriosa edi&ccedil;&atilde;o de 1994, em que n&oacute;s conquistamos o tetracampeonato. De fato, s&atilde;o mais de 80 anos de uma hist&oacute;ria registrada de forma discreta, mas constante. Confira abaixo a sele&ccedil;&atilde;o realizada pelo site Creative Bloq.</p>
<h3><strong>1930 &mdash; Uruguai vs. Argentina (final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140223026399.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140223026399.jpg" /></div>
<p>Com tipografia simples e design funcional, os ingressos da primeira Copa do Mundo, sediada no Uruguai, podem valer uma pequena fortuna atualmente em leil&otilde;es.</p>
<h3><strong>1934 &mdash; Espanha vs. Brasil (fase de grupos)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140236489400.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140236489400.jpg" /></div>
<p>Um tanto mais elaborados do que os ingressos utilizados no evento anterior, a primeira Copa do Mundo realizada na It&aacute;lia lan&ccedil;ou m&atilde;o da arrojada solu&ccedil;&atilde;o tridimensional como fonte, dando destaque ao local do evento. Ademais, mosaicos e esquemas em azul e branco complementam a arte do ticket &mdash; o que ainda pode ser visualizado, a despeito da idade do impresso.</p>
<h3><strong>1938 &mdash; Fran&ccedil;a vs. B&eacute;lgica (fase de grupos)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140246769401.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140246769401.jpg" /></div>
<p>Estilo com tra&ccedil;os minimalistas em uma bela combina&ccedil;&atilde;o de fontes &mdash; mais uma faixa em verde um tanto incomum.</p>
<h3><strong>1950 &mdash; Inglaterra vs. Espanha (fase de grupos)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140258766403.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140258766403.jpg" /></div>
<p>Ap&oacute;s uma pausa de 12 anos por conta das convuls&otilde;es globais not&oacute;rias da &eacute;poca (Segunda Guerra Mundial), trata-se da primeira edi&ccedil;&atilde;o realizada em territ&oacute;rio tupiniquim. Na ocasi&atilde;o, o ticket reassume parte do estilo originalmente utilizado em 1938, em um esquema baseado em tr&ecirc;s cores. Trata-se, ademais, do primeiro ingresso a incluir um canhoto.</p>
<h3><strong>1954 &mdash; Alemanha Ocidental vs. Hungria (final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140312322404.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140312322404.jpg" /></div>
<p>Na edi&ccedil;&atilde;o comemorativa dos 50 anos da FIFA, o ingresso da Copa do Mundo realizada na Su&iacute;&ccedil;a volta a um design mais tradicional, embora com alguns elementos gr&aacute;ficos aleat&oacute;rios (e sem canhoto).</p>
<h3><strong>1958 &mdash; Su&eacute;cia (v&aacute;rios)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140324803405.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140324803405.jpg" /></div>
<p>A edi&ccedil;&atilde;o da Copa do Mundo da FIFA realizada na Su&eacute;cia aparece com ingressos bem menos sutis do que os anteriores. Uma tipografia diferenciada e faixas horizontais coloridas complementam o emblema na parte superior-direita.</p>
<h3><strong>1962 &mdash; Brasil vs. Checoslov&aacute;quia (final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140337673406.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140337673406.jpg" /></div>
<p>Sim, &eacute; verdade, os ingressos da Copa do Mundo sediada no Chile, em 1962, se pareciam um bocado com figurinhas colecion&aacute;veis. Repare que o exemplar acima traz ainda um belo diferencial: um aut&oacute;grafo do Pel&eacute;.</p>
<h3><strong>1966 &mdash; Inglaterra vs. Alemanha Ocidental (final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140354443407.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140354443407.jpg" /></div>
<p>Os ingressos para a Copa do Mundo de 1966, realizada na Inglaterra, embora n&atilde;o se destaquem tanto pelo design, traziam uma funcionalidade muito bem-vinda: os tickets mostravam exatamente onde voc&ecirc; deveria se sentar dentro do est&aacute;dio.</p>
<h3><strong>1970 &mdash; Brasil vs. Inglaterra (quartas de final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140405940408.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140405940408.jpg" /></div>
<p>A edi&ccedil;&atilde;o do tricampeonato brasileiro &eacute; tamb&eacute;m a da primeira utiliza&ccedil;&atilde;o de uma logomarca associada ao evento &mdash; em contraponto ao hor&aacute;rio da partida, exibido de forma anal&oacute;gica.</p>
<h3><strong>1974 &mdash; Austr&aacute;lia vs. Chile (fase de grupos)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140419029409.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140419029409.jpg" /></div>
<p>Os ingressos de 1974 tamb&eacute;m ganham pontos pela funcionalidade. Al&eacute;m do hor&aacute;rio da partida exibido de forma anal&oacute;gica, h&aacute; tamb&eacute;m o n&uacute;mero correspondente ao assento e uma imagem que n&atilde;o deixa d&uacute;vidas em rela&ccedil;&atilde;o ao seu lugar no est&aacute;dio.</p>
<h3><strong>1978 &mdash; Holanda vs. Argentina (final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140429340410.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140429340410.jpg" /></div>
<p>Em 1978 a FIFA lan&ccedil;ava m&atilde;o de um estilo que geraria eco nas edi&ccedil;&otilde;es subsequentes do evento. Trata-se da pontua&ccedil;&atilde;o estilo &ldquo;placar eletr&ocirc;nico&rdquo;. Ademais, h&aacute; ainda o hor&aacute;rio mostrado de forma anal&oacute;gica (com o digital, em formato 24 horas, imediatamente acima) e a data da partida.</p>
<h3><strong>1982 &mdash; Alemanha vs. Fran&ccedil;a (semifinal)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140444613412.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140444613412.jpg" /></div>
<p>A Copa do Mundo de 1982, sediada na Espanha, trouxe ingressos cujas cores faziam men&ccedil;&atilde;o &agrave;s cores do pa&iacute;s. Trata-se ainda da primeira apari&ccedil;&atilde;o de um mostrador digital do hor&aacute;rio da partida e tamb&eacute;m do pre&ccedil;o ingresso.</p>
<h3><strong>&nbsp;1986 &mdash; Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica vs. Canad&aacute; (fase de grupos)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140457046413.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140457046413.jpg" /></div>
<p>Ao retornar para o M&eacute;xico, a Copa do Mundo ganha ingressos que s&atilde;o uma mescla do estilo de 1970 (tamb&eacute;m sediada naquele pa&iacute;s), embora mantendo a pontua&ccedil;&atilde;o tradicional utilizada em 1978.</p>
<h3><strong>1990 &mdash; Alemanha Ocidental vs. Argentina (final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140518933414.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140518933414.jpg" /></div>
<p>Sediada na It&aacute;lia, a Copa do Mundo de 1990 admitia entrada nos est&aacute;dios por meio de um ingresso cujas cores, propositalmente desgastadas, faziam refer&ecirc;ncia &agrave; bandeira do pa&iacute;s. Curiosamente, o design dos tickets resgata a fonte tridimensional utilizada anteriormente apenas nos ingressos de 1934.</p>
<h3><strong>1994 &mdash; Brasil vs. It&aacute;lia (final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140533550415.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140533550415.jpg" /></div>
<p>Montes de cores para marcar o ingresso da partida hist&oacute;rica que garantiu &agrave; Sele&ccedil;&atilde;o Brasileira o tetracampeonato &mdash; al&eacute;m de marcar um dos p&ecirc;naltis mais famosos em copas da FIFA, para desalento da It&aacute;lia. Ademais, havia ali um logo bastante pronunciado destacando os anfitri&otilde;es, os Estados Unidos da Am&eacute;rica (World Cup USA) &mdash; mais uma profus&atilde;o de detalhes e fontes diferentes para as letras.</p>
<h3><strong>1998 &mdash; Fran&ccedil;a vs. Brasil (Final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140549041417.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140549041417.jpg" /></div>
<p>Eis aqui o ingresso para a fat&iacute;dica final entre Brasil e Fran&ccedil;a durante a Copa do Mundo de 1998. Esquemas de cores com azul e branco ganhavam ainda um vistoso globo avermelhado (um tanto desgastado a&iacute; pelo tempo, &eacute; verdade). Com texto marcado por impressora matricial, trata-se ainda do primeiro ingresso p&oacute;s-1970 a n&atilde;o trazer uma logomarca do evento.</p>
<h3><strong>2002 &mdash; Brasil vs. Alemanha (final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140604205418.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140604205418.jpg" /></div>
<p>Eis aqui uma edi&ccedil;&atilde;o particularmente pioneira. Afinal, foi a primeira vez em que dois pa&iacute;ses sediaram uma Copa do Mundo (Jap&atilde;o e Coreia do Sul), e tamb&eacute;m foi a primeira vez em que o evento foi realizado em locais fora das Am&eacute;ricas e da Europa. Quanto aos ingressos, o que houve ali foi um resgate do estilo particularmente colorido utilizado na Copa dos Estados Unidos da Am&eacute;rica em 1994.</p>
<h3><strong>2006 &mdash; It&aacute;lia vs. Fran&ccedil;a (final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140616466419.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140616466419.jpg" /></div>
<p>Quem comprou um destes conseguiu ver em primeira-m&atilde;o a conquista do tetracampeonato por parte da It&aacute;lia... E tamb&eacute;m a famosa cabe&ccedil;ada de Zinedine Zidane. Quanto ao design, &eacute; poss&iacute;vel ver a mesma fonte exclusiva utilizada para letras na logo e nos nomes do est&aacute;dio e dos times. Cada ticket continha um n&uacute;mero, o que, de fato, era a &uacute;nica informa&ccedil;&atilde;o contida no canhoto do ingresso.</p>
<h3><strong>2010 &mdash; Espanha vs. Holanda (final)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140627636420.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24140627636420.jpg" /></div>
<p>Com elementos combinados das edi&ccedil;&otilde;es de 2002 e 2006 da Copa do Mundo, os ingressos para a d&eacute;cima nona edi&ccedil;&atilde;o do evento, realizado na &Aacute;frica do Sul, tamb&eacute;m faziam uso de algumas solu&ccedil;&otilde;es de design utilizadas no ticket de 1994. Novamente, repare na fonte personalizada para as letras. H&aacute; tamb&eacute;m a escolha por uma impress&atilde;o vertical e um belo complemento das cores dourado, vermelho, verde e p&uacute;rpura.</p>
<h3><strong>2014 &mdash; Brasil (v&aacute;rios)</strong></h3>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24163458669660.JPG" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/24/24163458669660.JPG" /></div>
<p>Estes s&atilde;o alguns dos ingressos que garantiram l&aacute;grimas, tens&atilde;o, alegrias e alguns traumas (jamais nos esqueceremos o 7 a 1!) durante a edi&ccedil;&atilde;o da Copa do Mundo da FIFA aqui no Brasil, a segunda realizada em territ&oacute;rio tupiniquim. Al&eacute;m do multicolorido &mdash; embora um tanto controverso &mdash; Fuleco, n&atilde;o faltaram informa&ccedil;&otilde;es e escolhas de cores que distanciaram tremendamente o souvenir dos impressos austeros da primeira metade do s&eacute;culo passado.</p>
<h3><strong>2018 &mdash; R&uacute;ssia&nbsp;</strong></h3>
<p><span class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/06/14/ingresso-da-copa-14110645694073.jpg" alt="Ingresso da Copa" /></span></p>
<p>Finalmente chegamos aos ingressos da Copa do Mundo de 2018, que tem in&iacute;cio hoje &mdash; com o jogo de abertura entre os donos da casa e a Ar&aacute;bia Saudita. Apesar de o clima de festa ainda estar um pouco frio, quando comparado a edi&ccedil;&otilde;es anteriores do mundial, mas os brasileiros amam futebol e &eacute; imposs&iacute;vel resistir e n&atilde;o se juntar &agrave; torcida. E que venha o hexa, n&eacute;?</p>
<p>Agora &eacute; esperar para ver que tipo de emo&ccedil;&atilde;o estar&aacute; associada a esses singelos papeizinhos em um futuro pr&oacute;ximo.</p>
<p><em>*Publicado originalmente em 24/06/2014 e atualizado em 14/06/2018.</em></p>
<p class="uk-text-center">***</p>
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88 anos de ingressos para a Copa do Mundo

Imagem de Cemitérios de navios ao redor do globo no site Mega Curioso

Imensas embarcações abandonadas, expostas ao efeito do tempo, revelam uma beleza singular. De Portugal ao Japão, do Japão aos EUA, confira alguns locais de descanso final dos colossos dos mares.

<p>Afinal, para onde s&atilde;o enviados os navios que n&atilde;o t&ecirc;m mais serventia? Isso depende do caso, evidentemente. De fato, a despeito da populariza&ccedil;&atilde;o de ind&uacute;strias focadas na reciclagem de velhas embarca&ccedil;&otilde;es, muitas delas ainda podem ser encontradas em enormes cemit&eacute;rios compartilhados.</p>
<p>Outras ocupam locais espec&iacute;ficos h&aacute; d&eacute;cadas, entregues &agrave;s intemp&eacute;ries e revelando a avan&ccedil;ada idade no ac&uacute;mulo de ferrugem. Mas parece existir algo mais al&eacute;m de &ldquo;lixo&rdquo; ali, n&atilde;o? Com o perd&atilde;o do &ldquo;momento po&eacute;tico&rdquo; aqui, talvez seja poss&iacute;vel encontrar em diversas localidades destinadas &agrave; desova de velhos barcos uma beleza singular... Quase fantasmag&oacute;rica. Confira abaixo.</p>
<h2><strong>Porto de Noaudhibou (Maurit&acirc;nia)</strong></h2>
<p>O local abriga atualmente mais de 300 embarca&ccedil;&otilde;es abandonadas, compondo o maior cemit&eacute;rio do g&ecirc;nero do mundo. A pr&aacute;tica de deixar barcos velhos por ali teve seu in&iacute;cio durante a d&eacute;cada de 1980, ocasi&atilde;o em que a ind&uacute;stria pesqueira foi nacionalizada.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/33305561828125330.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.geolocation.ws/v/P/12799782/nouadibou-bay/en" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Geolocation</a></span></span></p>
<h2><strong>Mo`ynoq (por&ccedil;&atilde;o ocidental do Uzbequist&atilde;o)</strong></h2>
<p>Uma cidade portu&aacute;ria completamente abarrotada de navios arruinados. O cen&aacute;rio come&ccedil;ou a tomar essa forma durante os anos de 1980, devido &agrave; recess&atilde;o do mar Aral &mdash; o qual se encontra, atualmente, a 150 quil&ocirc;metros do porto original.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/33305561828125434.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.flickr.com/photos/undpeuropeandcis/sets/72157623804064112/with/8724712383/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Flickr</a></span></span></p>
<h2><strong>Costa dos Esqueletos (Nam&iacute;bia)</strong></h2>
<p>O nome se deve &agrave; imensa quantidade de ossadas de baleias e de focas dispostas por todo o local. Entretanto, dividindo o mesmo espa&ccedil;o, h&aacute; tamb&eacute;m centenas de carca&ccedil;as abandonadas de navios &mdash; boa parte deles capturados por rochas ou ludibriados pela densa neblina do local.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/33305561828125543.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Skeleton_Coast?uselang=de" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<h2><strong>Cemit&eacute;rio de Navios de Staten Island (Condado de Richmond, Nova York)</strong></h2>
<p>Tamb&eacute;m conhecido como Witte Marine Scrap Yard, o local &eacute; amplamente utilizado para dep&oacute;sito de navios abandonados em Nova York.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/33305561828125639.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.flickr.com/photos/bobjagendorf/sets/72157622703153125/with/517227834/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Flickr</a></span></span></p>
<h2><strong>Cemit&eacute;rio de navios militares em</strong> <strong>Land&eacute;vennec</strong> <strong>(Fran&ccedil;a)</strong></h2>
<p>O local &eacute; ocupado principalmente por embarca&ccedil;&otilde;es abandonadas pela marinha francesa. O cen&aacute;rio &eacute; descortinado juntamente com o rio Aulne.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/33305561828125810.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.flickr.com/photos/lupus63/4775365822/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Flickr</a></span></span></p>
<h2><strong>Grytviken (Ge&oacute;rgia, EUA)</strong></h2>
<p>O local foi povoado por pioneiros em 1904, liderados por um capit&atilde;o noruegu&ecirc;s, como uma esta&ccedil;&atilde;o de ca&ccedil;a a baleias &mdash; servindo como base &agrave; companhia pesqueira. Embora o local tenha sido fechado em 1966, ainda h&aacute; ali uma igreja em que, ocasionalmente, celebram-se matrim&ocirc;nios &mdash; ocasi&otilde;es que ganham como pano de fundo uma mir&iacute;ade de navios baleeiros ao relento.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/33305561828125913.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://commons.wikimedia.org/wiki/Grytviken" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<h2><strong>P&aacute;tio para navios quebrados em Gadani (Paquist&atilde;o)</strong></h2>
<p>Trata-se do terceiro maior cemit&eacute;rio de navios do mundo, com capacidade para abrigar at&eacute; 125 navios de diversos tamanhos &mdash; incluindo at&eacute; mesmo alguns <em>supertankers</em>. Durante o ano fiscal de 2009/2010, o local abrigava 107 embarca&ccedil;&otilde;es. Durante as d&eacute;cadas de 1970 e 1980, entretanto, o local era o maior do mundo, em raz&atilde;o da expans&atilde;o da ind&uacute;stria de reciclagem.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/3330556182813013.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.flickr.com/photos/michaelfoleyphotography/2547842587/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Flickr</a></span></span></p>
<h2><strong>Cemit&eacute;rio das &Acirc;ncoras (Ilha de Tavira, Portugal)</strong></h2>
<p>Algo al&eacute;m de locais legalizados para o &ldquo;naturismo&rdquo; pode ser desnudado na Ilha de Tavira, em Portugal (com o perd&atilde;o do trocadilho). De fato, uma por&ccedil;&atilde;o da praia do local &eacute; toda ocupada por centenas de &acirc;ncoras enferrujadas &mdash; quase uma obra de arte moderna a c&eacute;u aberto.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/3330556182813132.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.flickr.com/photos/starttheday/6002526413/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/StartTheDay</a></span></span></p>
<h2><strong>V&aacute;rios pontos do Jap&atilde;o no p&oacute;s-guerra</strong></h2>
<p>Entre 1945 e 1947, enquanto se recuperava dos resultados nefastos da Segunda Guerra Mundial, era poss&iacute;vel encontrar em diversos pontos do Jap&atilde;o (sobretudo em bases abandonadas) centenas de submarinos midget, tanto prontos quanto ainda em constru&ccedil;&atilde;o &mdash; conforme foi registrado pelas For&ccedil;as Aliadas na imagem abaixo. Entre eles, havia inclusive diversos exemplares do famoso &ldquo;Koryu&rdquo;.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/5/materias/3330556182813251.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.history.navy.mil/photos/sh-fornv/japan/japtp-ss/mdg-d-2.htm" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Naval Historical Center</a></span></span></p>
<p><em><span class="imgcenter">*Publicado originalmente em 28/05/2013.</span></em></p>

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Cemitérios de navios ao redor do globo

Imagem de Sinistro: o que são as experiências de lapso de tempo? no site Mega Curioso

Uma viagem inesperada ao período da Revolução Francesa, vários minutos sem registro na memória, apagões misteriosos... E outros casos bizarros que jogam a questão: nós realmente compreendemos o tempo?

<p>Ap&oacute;s um dia comum de aula em 1978, John Carlson, ent&atilde;o com 13 anos, deixa sua escola e toma o rumo de casa, uma resid&ecirc;ncia modesta localizada a uma dist&acirc;ncia de pouco mais de dois quil&ocirc;metros. Para evitar alguns sujeitos particularmente inconvenientes, entretanto, ele havia alterado sua rota tradicional, optando por uma rua paralela, ainda dentro de uma regi&atilde;o bastante familiar para o garoto.</p>
<p>Naquele momento, entretanto, ocorreu algo que Carlson at&eacute; hoje tem dificuldade para explicar. &ldquo;Eu notei que tudo se tornou estranhamente quieto, quase mudo&rdquo;, disse ele em seu blog, referindo-se a uma sensa&ccedil;&atilde;o comunicada por diversas pessoas que dizem ter atravessado um &ldquo;lapso de tempo&rdquo;. O empres&aacute;rio ent&atilde;o viu elementos da rua se distanciando e, quando voltou a si, estava em outra parte da cidade, encontrando sua m&atilde;e.</p>
<h2><strong>Sensa&ccedil;&atilde;o de &ldquo;irrealidade&rdquo;? Depress&atilde;o aguda?</strong></h2>
<p>Caso fosse necess&aacute;rio definir, lapsos de tempo s&atilde;o experi&ecirc;ncias em que um indiv&iacute;duo se v&ecirc; subitamente transportado de sua pr&oacute;pria &eacute;poca para o passado ou para o futuro.</p>
<p>Naturalmente, sendo um termo referente ao controverso &acirc;mbito da chamada &ldquo;paranormalidade&rdquo;, n&atilde;o h&aacute; qualquer experi&ecirc;ncia cientificamente orientada capaz de provar se, afinal, algu&eacute;m realmente pode retornar &agrave; Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa entre uma x&iacute;cara de ch&aacute; e outra ou durante um passeio no campo. Mas os relatos coletados at&eacute; hoje certamente apresentam alguns padr&otilde;es.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/9/materias/877343225309814.jpg" alt="" /><span><strong>"Time Element", epis&oacute;dio cl&aacute;ssico da s&eacute;rie de TV Twilight Zone. </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Time20.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Por exemplo, fala-se de uma impress&atilde;o de &ldquo;irrealidade&rdquo;, como se os est&iacute;mulos sensoriais se tornassem progressivamente mais fracos, beirando a inexist&ecirc;ncia e dando &agrave; realidade uma colora&ccedil;&atilde;o notadamente on&iacute;rica, tal e qual em um sonho. S&atilde;o tamb&eacute;m constantes os relatos de depress&otilde;es galopantes &mdash; em que a pessoa se sentiria imediatamente tomada por uma aura quase tang&iacute;vel de opress&atilde;o.</p>
<p>H&aacute; alguns casos famosos que pode explicar esses dois pontos, inclusive.</p>
<h2><strong>O Fantasma de Versalhes</strong></h2>
<p>Tamb&eacute;m conhecido como &ldquo;O incidente Moberly-Jourdain&rdquo;, o epis&oacute;dio trata da suposta experi&ecirc;ncia de duas mulheres respeit&aacute;veis e instru&iacute;das, mas que bem poderia figurar entre os epis&oacute;dios da s&eacute;rie &ldquo;Twilight Zone&rdquo;. Charlotte Anne Moberly (1846 &ndash; 1937) e Eleanor Jourdain (1863 &ndash; 1924) eram, respectivamente, diretora e vice-diretora do col&eacute;gio St. Hugh, em Oxford, Inglaterra.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/9/materias/8773432253091033.jpg" alt="" /><span><strong>Petit Trianon, em Versalhes, local em que supostamente teria ocorrido o incidente. </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:PTV024.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>No ver&atilde;o boreal de 1901, em visita aos famosos jardins de Petit Trianon, em Versalhes, as mulheres dizem ter sido subitamente transportadas no tempo, diretamente para a &eacute;poca da Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa. Subitamente ambas dizem ter encontrado pessoas com indument&aacute;rias t&iacute;picas e figuras hist&oacute;ricas &mdash; incluindo a pr&oacute;pria Maria Antonieta.</p>
<p>A experi&ecirc;ncia foi transformada em livro por uma das mo&ccedil;as, escrito sob pseud&ocirc;nimo, gerando toda a controv&eacute;rsia que seria esperada. H&aacute;, inclusive, uma descri&ccedil;&atilde;o particularmente inspirada do ocorrido:</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/9/materias/8773432253091436.jpg" alt="" /><span><strong>Charlotte Anne Moberly </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Charlotte_Anne_Moberly.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>&ldquo;Caminhamos rapidamente para frente, ainda conversando, mas, no momento em que deixamos a estrada, uma depress&atilde;o extraordin&aacute;ria me tomou, a qual, a despeito de meus esfor&ccedil;os por suplantar, tornou-se constantemente mais profunda. N&atilde;o parecia haver qualquer raz&atilde;o para isso; eu n&atilde;o estava cansada e me tornava mais interessada nos arredores. Me deixava ansiosa a possibilidade de que minha companheira percebesse a escurid&atilde;o que subitamente se abatia sobre meu esp&iacute;rito, a qual se tornou cada vez mais poderosa conforme o caminho chegava ao fim (...).&rdquo;</p>
<p>Ela continua:</p>
<p>&ldquo;De repente, tudo pareceu antinatural e desagrad&aacute;vel; at&eacute; as &aacute;rvores por tr&aacute;s do edif&iacute;cio se tornaram planas e sem vida, como madeira trabalhada em tape&ccedil;aria. N&atilde;o havia efeitos de luz e sombra, e vento algum agitava aquelas &aacute;rvores. E, ainda assim, era tudo muito intenso.&rdquo;</p>
<h2><strong>Uma das festas de Montesquiou?</strong></h2>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/9/materias/877343225309178.jpg" alt="" /><span><strong>Robert de Montesquiou, em caricatura de Georges Goursat. </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Sem_(Georges_Goursat,_1863-1934)_-_Robert_de_Montesquiou_(1891).jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Naturalmente, n&atilde;o faltaram explica&ccedil;&otilde;es que tentassem traduzir a experi&ecirc;ncia para o territ&oacute;rio do logicamente pronunci&aacute;vel. Questionou-se uma forma de camuflagem para um relacionamento amoroso entre as duas damas, algo bastante imoral para &eacute;poca.</p>
<p>Outra tentativa de explica&ccedil;&atilde;o veio do historiador da arte Philippe Jullian. Em sua biografia de Robert de Montesquiou, Jullian lembra que o poeta franc&ecirc;s morava nas cercanias dos jardins de Petit Trianon na &eacute;poca e era conhecido por suas festas extravagantes, durante as quais normalmente eram realizadas <em>tableaux vivants</em> &mdash; representa&ccedil;&otilde;es com atores e/ou modelos de obras de arte. Isso explicaria as figuras hist&oacute;ricas encontradas pela dupla.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/9/materias/8773432253093825.jpg" alt="" /><span><strong>O ex&eacute;rcito revolucion&aacute;rio franc&ecirc;s, em 1794. </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Bataille_de_Fleurus_1794.JPG" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<h2><strong>O hotel desaparecido</strong></h2>
<p>Eis aqui um caso dos mais cl&aacute;ssicos. De fato, o chamado &ldquo;hotel desaparecido&rdquo; foi um dos epis&oacute;dios contemplados por uma s&eacute;rie de TV igualmente cl&aacute;ssica nos EUA, a &ldquo;Strange but True?&rdquo; (&ldquo;Estranho, por&eacute;m verdadeiro?&rdquo;, em uma tradu&ccedil;&atilde;o livre do ingl&ecirc;s). Em 1979, os casais ingleses Simpson e Gisby dirigiam pela Fran&ccedil;a, em rota de f&eacute;rias para a Espanha. Ao anoitecer, decidiram interromper a viagem para pernoitar.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/9/materias/8773432253092639.jpg" alt="" /><span><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Roadside-inn-American-scenery.jpeg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a></span></span></p>
<p>Entretanto, os hot&eacute;is pr&oacute;ximos &agrave; parada estavam lotados, de maneira que algu&eacute;m indicou um caminho em que algo poderia ser achado. De acordo com os viajantes, a pousada encontrada era curiosamente d&eacute;mod&eacute; &mdash; desde a indument&aacute;ria dos atendentes e demais h&oacute;spedes at&eacute; a absurda falta de um telefone.</p>
<p>Os casais afirmam, inclusive, ter encontrado policiais &ldquo;vestidos de forma estranha&rdquo;. Um do oficiais, de fato, chegou a indicar um caminho, embora simplesmente n&atilde;o entendesse o significado de &ldquo;rodovia&rdquo;. Bem, a indica&ccedil;&atilde;o foi de uma velha estrada, muitos quil&ocirc;metros distante. O traje curioso? A indument&aacute;ria t&iacute;pica do efetivo policial franc&ecirc;s em 1901.</p>
<h2><strong>Nada de hotel, nada de fotos</strong></h2>
<p>De qualquer forma, Simpsons e Gisbys deixaram o lugar com uma &oacute;tima impress&atilde;o &mdash; ajudada pelo fato de a estadia ter sa&iacute;do por um valor irris&oacute;rio para a &eacute;poca. Ao retornar das f&eacute;rias pelo mesmo caminho, decidiram que parariam novamente no local para passar a noite. Entretanto, a constru&ccedil;&atilde;o havia desaparecido sem deixar vest&iacute;gio. Mesmo as fotografias tiradas durante a estadia acabaram por desaparecer do meio do rolo de filme.</p>
<p><span class="imgcenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/9/materias/8773432253093234.jpg" alt="" /><span><strong>Epis&oacute;dio da s&eacute;rie de TV "Strange but True?" sobre o hotel desaparecido </strong><em>Fonte da imagem: </em> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Ynw4Z09LMVc" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/YouTube</a></span></span></p>
<p>Embora n&atilde;o exista uma explica&ccedil;&atilde;o definitiva para o ocorrido, fato &eacute; que v&aacute;rios expedientes foram tentados para tentar encontrar o paradeiro do famigerado estabelecimento... Ou para pelo menos desmascarar os envolvidos. Geoff Simpson chegou mesmo a se submeter &agrave; hipnose. Entretanto, nada de novo pode ser acrescentado.</p>
<p>Entretanto, resta a pergunta: como o dinheiro corrente em 1979 teria sido aceito quase 80 anos antes? Ou, ainda, como ningu&eacute;m estranhou o curioso ve&iacute;culo utilizado pelos viajantes? Os envolvidos dizem apenas que &ldquo;o que ocorreu, ocorreu&rdquo;. Talvez algumas coisas se expliquem mesmo apenas na &ldquo;zona do crep&uacute;sculo&rdquo;.</p>
<p><em>*Publicado originalmente em 30/09/2013.</em></p>

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Sinistro: o que são as experiências de lapso de tempo?

Imagem de Marilyn Monroe teria sido assassinada? no site Mega Curioso

Dando continuidade à obra anterior, em “Marilyn Monroe: Case Closed” o duo investigativo Jay Margolis e Richard Buskin reafirma: a diva do cinema teria sido morta para não revelar segredos dos Kennedy

<p>Marilyn Monroe foi encontrada inerte em sua resid&ecirc;ncia em Brentwood (Hollywood, Calif&oacute;rnia) por seu psiquiatra, Ralph Greenson, ap&oacute;s este ter sido avisado pela governanta da atriz. Ainda em 5 de agosto de 1962, uma das mais emblem&aacute;ticas estrelas do cinema de Hollywood teve sua morte atribu&iacute;da a uma &ldquo;overdose&rdquo; &mdash; provavelmente por conta de um suic&iacute;dio. Bem, mas essas s&atilde;o apenas as informa&ccedil;&otilde;es oficiais.</p>
<p>Pode haver mais coisas por baixo do tapete, ainda hoje, mais de meio s&eacute;culo depois do tr&aacute;gico incidente? Aparentemente, sim. Segundo teoria defendida pelos jornalistas Richard Buskin e Jay Margolis no livro &ldquo;Marilyn Monroe: Case Closed&rdquo; (Marilyn Monroe: Caso Encerrado, sem tradu&ccedil;&atilde;o para o portugu&ecirc;s), a atriz n&atilde;o cometeu suic&iacute;dio. Na verdade, ela teria sido assassinada em virtude dos desdobramentos de dois dos seus <em>affairs</em> mais famosos e turbulentos.</p>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140512052418.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140512052418.jpg" /></div>
<p>Trata-se de uma das controv&eacute;rsias mais revisitadas do s&eacute;culo passado, &eacute; verdade, mas sempre se pode jogar nova luz, ao que parece. Segundo o duo investigativo, ao se envolver com o ent&atilde;o presidente John F. Kennedy e seu irm&atilde;o, o Ministro da Justi&ccedil;a dos EUA Robert F. Kennedy, Marilyn teria entrado em uma espiral descendente de intrigas e amea&ccedil;as que culminou em sua morte, arquitetada pelo pr&oacute;prio &ldquo;Bobby&rdquo; Kennedy e levada a cabo por seu psiquiatra.</p>
<p>Conforme defendem os autores, Robert Kennedy havia arquitetado todo o ocorrido, incluindo a inje&ccedil;&atilde;o fatal administrada pelo Dr. Greenson. De acordo com param&eacute;dicos que atenderam Marilyn, o cen&aacute;rio encontrado no local absolutamente n&atilde;o parecia indicar um caso de suic&iacute;dio.</p>
<h3><strong>O temido &ldquo;di&aacute;rio de capa vermelha&rdquo;</strong></h3>
<p>De acordo com Buskin e Margolis, Robert F. Kennedy envolveu-se sexualmente com Marilyn Monroe durante o ver&atilde;o de 1962. A pedido do irm&atilde;o, Bobby havia sido enviado &agrave; casa da atriz em Brentwood para pedir que ela parasse de ligar para a Casa Branca atr&aacute;s do presidente &mdash; certamente seu envolvimento rom&acirc;ntico mais conhecido (a mal escondido).</p>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140529618420.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140529618420.jpg" /></div>
<p>A mensagem era bastante clara: o presidente n&atilde;o se divorciaria de Jackie para se casar com ela. Entretanto, conforme deixa claro a hist&oacute;ria, o mensageiro acabou sucumbindo aos encantos da beldade. &ldquo;Bobby n&atilde;o teve a inten&ccedil;&atilde;o [de se envolver com Marilyn Monroe]&rdquo;, revelou o cunhado de Robert Kennedy, Peter Lawford. &ldquo;Naquela tarde, eles acabaram por se tornar amantes, passando a noite juntos no quarto de h&oacute;spedes.&rdquo;</p>
<p>Sobre o tri&acirc;ngulo amoroso, Lawford ainda afirmou que os Kennedy &ldquo;passavam Marilyn de um lado para o outro como uma bola de futebol americano&rdquo;. Entretanto, quando tamb&eacute;m Bobby resolveu abandon&aacute;-la, a atriz teria amea&ccedil;ado conduzir uma coletiva de imprensa contando todos os &ldquo;podres&rdquo; da fam&iacute;lia Kennedy &mdash; os quais mantinha muito bem registrados em um pequeno di&aacute;rio de capa vermelha.</p>
<h3><strong>Bobby Kennedy n&atilde;o estava sozinho</strong></h3>
<p>Mas Buskin e Margolis refor&ccedil;am: Robert &ldquo;Bobby&rdquo; F. Kennedy, embora tenha orquestrado o plano, certamente n&atilde;o o executou sozinho. De acordo com os autores, houve pelo menos dois conspiradores: o cunhado de Bobby, Peter Lawford e, naturalmente, o Dr. Greenson &mdash; em &uacute;ltima inst&acirc;ncia, o respons&aacute;vel pela dose maci&ccedil;a de pentobarbital injetado no cora&ccedil;&atilde;o de Marilyn.</p>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140556450421.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140556450421.jpg" /></div>
<p>&ldquo;Bobby Kennedy estava determinado a silenci&aacute;-la, independentemente das consequ&ecirc;ncias&rdquo;, teria revelado o pr&oacute;prio Lawford posteriormente, de acordo com os autores. &ldquo;Foi a coisa mais doida que ele j&aacute; fez &mdash; e eu fui louco o suficiente para permitir que acontecesse.&rdquo; De acordo com Lawford, o Dr. Greenson havia sido incumbido de &ldquo;dar um jeito&rdquo; na atriz.</p>
<h3><strong>&ldquo;N&atilde;o se parecia com um caso de suic&iacute;dio&rdquo;</strong></h3>
<p>Mas, al&eacute;m dos tr&ecirc;s, havia pelo menos mais duas testemunhas: os dois param&eacute;dicos chamados ao socorro. Um deles, James C. Hall, teria estranhado a coisa toda desde o in&iacute;cio. Embora a hip&oacute;tese de suic&iacute;dio por overdose houvesse sido levantada pela camareira da atriz, o cen&aacute;rio em torno n&atilde;o parecia corroborar a ideia.</p>
<p>&ldquo;Ela estava despida&rdquo;, lembra-se o socorrista. &ldquo;N&atilde;o havia len&ccedil;&oacute;is ou cobertores. N&atilde;o havia um copo de &aacute;gua. N&atilde;o havia &aacute;lcool. N&oacute;s percebemos que a sua respira&ccedil;&atilde;o estava muito fraca, o pulso acelerado e igualmente fraco, e ela estava inconsciente&rdquo;, observou o param&eacute;dico.</p>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140609866422.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140609866422.jpg" /></div>
<p>Embora houvessem v&aacute;rios frascos de rem&eacute;dio ao lado da cama de Merilyn, Hall lembra-se que todos eles estavam cheio e muito bem fechados. &ldquo;Conforme eu me inclinei sobre ela, eu percebi &mdash; n&atilde;o havia v&ocirc;mito, o que &eacute; muito incomum em um caso de overdose (...), tamb&eacute;m n&atilde;o havia odor de drogas na boca dela, que seria outro sintoma cl&aacute;ssico&rdquo;, disse ele, desacreditando totalmente da ideia de um suic&iacute;dio.</p>
<h3>&nbsp;<strong>Um m&eacute;dico estranhamente inapto</strong></h3>
<p>Conforme disse Hall aos autores do livro, quando se preparava para utilizar os equipamentos de reanima&ccedil;&atilde;o, ele foi interrompido por Greenson, que se apresentou como m&eacute;dico da atriz, demandando a utiliza&ccedil;&atilde;o de press&atilde;o positiva. &ldquo;Eu pensei, &lsquo;Jesus Cristo, o que h&aacute; de errado com voc&ecirc;? Eu tenho aqui uma m&aacute;quina que estava fazendo o necess&aacute;rio, por que remov&ecirc;-la?&rdquo;, ele lembra. &ldquo;O tempo estava correndo, e eu queria salv&aacute;-la.&rdquo;</p>
<p>Ap&oacute;s exigir que a m&aacute;quina n&atilde;o fosse utilizada, o psiquiatra iniciou outra massagem card&iacute;aca, embora &ldquo;pressionando de forma errada&rdquo; o abd&ocirc;men de Marilyn. &ldquo;Eu conhe&ccedil;o alguns m&eacute;dicos que n&atilde;o est&atilde;o muito acostumados com m&eacute;todos emergenciais, mas aquele sujeito era um absurdo&rdquo;, diz ele, afirmando que Greenson procedia como um amador. &ldquo;Eu disse, &lsquo;Caramba, vamos andar, voc&ecirc; pode continuar com isso na ambul&acirc;ncia.&rdquo;</p>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140621582423.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140621582423.jpg" /></div>
<p>Em seguida, o m&eacute;dico teria ent&atilde;o puxado uma seringa com uma agulha hipod&eacute;rmica consider&aacute;vel. &ldquo;Ele sugou o l&iacute;quido de um vidro selado por uma borracha, enchendo a seringa. Ele sentiu as costelas [de Marilyn] como um amador.&rdquo; Segundo Hall, uma primeira tentativa desajeitada de injetar a subst&acirc;ncia no cora&ccedil;&atilde;o da atriz (um dos procedimentos comuns de reanima&ccedil;&atilde;o) acabou batendo em uma das costelas.</p>
<p>&ldquo;Em vez de retirar e tentar novamente, ele simplesmente continuou, franzindo o cenho com o esfor&ccedil;o&rdquo;. Hall afirma ter ouvido, ent&atilde;o, o som da costela se quebrando. &ldquo;Eu sei que o osso se partiu. Eu j&aacute; assisti a muitos procedimentos m&eacute;dicos, e aquele cara era realmente brutal&rdquo;, ele conclui.</p>
<h3><strong>O romance com o Dr. Ralph Greenson</strong></h3>
<p>Conforme contam os autores de &ldquo;Caso Encerrado&rdquo;, o Dr. Ralph Greenson era outro dos v&aacute;rios amantes da atriz &mdash; fato que teria sido usado para persuadir o m&eacute;dico a tomar parte no plano.</p>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140645606426.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140645606426.jpg" /></div>
<p>Lawford, de fato, j&aacute; havia tomado conhecimento do <em>affair</em> do psiquiatra com a atriz. Embora, aparentemente, a atriz n&atilde;o tivesse qualquer inten&ccedil;&atilde;o de revelar o relacionamento, Bobby Kennedy teria sido particularmente persuasivo, convencendo o m&eacute;dico de que isso aconteceria em breve, o que acabaria por enterrar definitivamente a sua carreira. &ldquo;Greenson ficou, ent&atilde;o, respons&aacute;vel por &lsquo;tomar conta&rsquo; de Marilyn&rdquo;, dizem os autores.</p>
<h3><strong>A busca pelo di&aacute;rio</strong></h3>
<p>Entretanto, a coisa toda teria iniciado com uma busca pelo temido di&aacute;rio de capa vermelha, o qual traria segredos que poderiam arruinar a carreira pol&iacute;tica dos Kennedy. Segundo Peter Lawford, na tarde em que a atriz foi encontrada inconsciente, Robert &ldquo;Bobby&rdquo; F. Kennedy, Greenson e ele haviam se dirigido &agrave; sua resid&ecirc;ncia em Brentwood para convenc&ecirc;-la a entregar o di&aacute;rio. &ldquo;Ele [Robert] gritou com ela&rdquo;, dizem os autores. &ldquo;Marilyn n&atilde;o estava disposta a ceder&rdquo;.</p>
<p>Lawford revelou ainda que, ap&oacute;s uma calorosa discuss&atilde;o, Marilyn se tornou &ldquo;hist&eacute;rica&rdquo; e tomou uma pequena faca e partido para cima do pol&iacute;tico. Lawford, entretanto, conseguiu derrubar a faca da m&atilde;o da atriz. Posteriormente, um dos guarda-costas de Kennedy acabou por injetar a primeira dose intramuscular de pentobarbital &mdash; o que acabou ganhando ainda o &ldquo;refor&ccedil;o&rdquo; de uma dose maci&ccedil;a injetava via enema.</p>
<div class="imgcenter"><img alt="" class="imagebox" src="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140705028427.jpg" data-original="http://mega.ibxk.com.br/2014/06/10/10140705028427.jpg" /></div>
<h3><strong>Uma hist&oacute;ria sem ponto final</strong></h3>
<p>Lawford admite ainda que, enquanto Marilyn estava desacordada, o grupo passou a procurar apressadamente pelo di&aacute;rio. O resto, como se diz, &eacute; hist&oacute;ria e suposi&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>Entretanto, conforme lembram os autores do livro, o corpo de Marilyn, j&aacute; no necrot&eacute;rio, havia mostrado manchas que denunciavam as inje&ccedil;&otilde;es administradas pelos guarda-costas &mdash; o que afastaria consideravelmente a hip&oacute;tese de um suic&iacute;dio adotada e defendida pela pol&iacute;cia de Los Angeles.</p>
<p><em>*Publicado em 10/06/2014</em></p>

Carlos Eduardo Ferreira