Imagem de Rover Curiosity registra o pôr do Sol em Marte no megacurioso

Diferentemente do que nós vemos na Terra, o Planeta Vermelho assiste a um entardecer banhado por luz azul — fenômeno que se deve à poeira que ocupa a fina atmosfera marciana

Embora o rover Curiosity envie na maior parte das vezes imagens de forma&ccedil;&otilde;es rochosas de interesse primordialmente cient&iacute;fico, certamente h&aacute; alguns registros capazes de chamar a aten&ccedil;&atilde;o mesmo do p&uacute;blico leigo. Sen&atilde;o, d&ecirc; uma olhada na imagem acima &mdash; um belo p&ocirc;r do Sol marciano registrado no dia 15 de abril, marcando o entardecer de um dia com pouco mais de 12 horas.
Naturalmente, uma das primeiras diferen&ccedil;as que saltam &agrave; vista &eacute; a profus&atilde;o de tons azulados da imagem. Trata-se de um efeito direto dos raios solares ao atravessarem o material relativamente fino que ocupa a atmosfera de Marte. O registro foi efetuado durante o intervalo entre duas tempestades de poeira &mdash; de forma que ainda havia muitas part&iacute;culas no ar &mdash;, o que deu aos cientistas a chance de estudar a distribui&ccedil;&atilde;o vertical dos corp&uacute;sculos na superf&iacute;cie do planeta.
<h2>Tons azuis atravessam mais facilmente</h2>
Ainda em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s cores at&iacute;picas do p&ocirc;r do Sol marciano, trata-se da facilidade com que algumas frequ&ecirc;ncias luminosas conseguem atravessar a fina atmosfera. &ldquo;As cores se devem ao fato de que a poeira muito fina &eacute; do tamanho exato que para permitir a penetra&ccedil;&atilde;o um tanto mais eficiente da luz azul&rdquo;, afirmou Mark Lemmon, um dos cientistas respons&aacute;veis pelo Curiosity, em nota oficial da NASA.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/05/12/12125930465489.jpg" />Diferen&ccedil;as de tonalidade entre o p&ocirc;r do Sol na Terra e em Marte.
Ele continua: &ldquo;Quando a luz azul se dispersa pela poeira, ela se mant&eacute;m mais pr&oacute;xima da dire&ccedil;&atilde;o do Sol do que as luzes de outras cores.&rdquo; Como resultado, o resto do c&eacute;u marciano &eacute; estampado por tonalidades amareladas e alaranjadas, &ldquo;conforme o amarelo e o vermelho se distribuem por todo o c&eacute;u, em vez de serem absorvidos ou de se manterem pr&oacute;ximos do Sol&rdquo;. Trata-se, portanto, do &ldquo;inverso&rdquo; do que ocorre na Terra, em que o c&eacute;u &eacute; tomado por amarelo e vermelho enquanto o restante permanece azul.
<h2>Original em preto e branco</h2>
Vale ressaltar, entretanto, que o registro enviado pelo Curiosity trazia uma imagem em preto e branco de alta resolu&ccedil;&atilde;o. Todavia, quem olhar com cuidado para a fotografia provavelmente vai encontrar uma esp&eacute;cie de textura. Trata-se do padr&atilde;o com que a Mastcam (e tamb&eacute;m outras c&acirc;meras digitais) registra as cores presentes na imagem, por meio dos chamados filtros de Bayer. O resultado, tal como se v&ecirc;, foi decodificado pela entusiasta espacial <a href="http://www.db-prods.net/blog/2015/05/06/coucher-de-soleil-sur-mars/" target="_blank">Damia Bouic</a>.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/VIksHVxEH2c" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Embora a alta defini&ccedil;&atilde;o do registro do rover certamente encha os olhos, essa n&atilde;o foi a primeira vez em que a NASA registrou um p&ocirc;r do Sol em Marte. Afinal, h&aacute; quase cinco anos, o Jet Propulsion Laboratory liberou um v&iacute;deo com o entardecer marciano, conforme registrado pelo Opportunity entre os dias 4 e 4 de novembro de 2010 (confira o v&iacute;deo acima).

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Rover Curiosity registra o pôr do Sol em Marte

Imagem de Astrônomos definem novo recorde para a galáxia mais distante da Terra no megacurioso

Batizada de EGS-zs8-1, a formação é tão incrivelmente distante que a imagem captada permite viajar no tempo até 13 bilhões de anos atrás — momento em que o próprio Universo ainda era bastante jovem

Olhar Universo adentro &eacute; sempre uma viagem no tempo &mdash; de fra&ccedil;&otilde;es de segundo at&eacute; milh&otilde;es e bilh&otilde;es de anos, considerando-se o tempo que a luz demora a chegar at&eacute; os nossos olhos e/ou telesc&oacute;pios de ponta. No caso da gal&aacute;xia EGS-zs8-1, a nova recordista em dist&acirc;ncia da Terra, os astr&ocirc;nomos conseguiram um vislumbre do Universo tal como ele se configurava h&aacute; 13 bilh&otilde;es de anos.
A descoberta foi feita por uma equipe de professores da Universidade de Yale e da Universidade da Calif&oacute;rnia em Santa Cruz, ap&oacute;s observa&ccedil;&otilde;es efetuadas por meio dos telesc&oacute;pios Hubble e Spitzer. Conforme refor&ccedil;am os respons&aacute;veis em estudo recentemente publicado, os dados levantados na observa&ccedil;&atilde;o permitem estudar o comportamento do cosmos ap&oacute;s n&atilde;o muito mais do que 670 milh&otilde;es de anos ap&oacute;s a sua forma&ccedil;&atilde;o &mdash; 5% da sua idade atual, conforme se estima.
&ldquo;O EGS-zs8-1 j&aacute; tinha naquela &eacute;poca mais de 15% da massa atual da nossa Via L&aacute;ctea&rdquo;, comentou o professor de Yale Pascal Oesch em nota oficial. &ldquo;Entretanto, ele tinha apenas 670 milh&otilde;es de anos ent&atilde;o &mdash; um universo ainda muito jovem.&rdquo;
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/05/06/06125616119513.jpg" />
<h2>Combust&iacute;vel para novos estudos</h2>
Conforme estudo publicado pela equipe no Journal Letterspublished no dia 5 de maio, a EGS-zs8-1 foi observada pela primeira vez pelas lentes do Telesc&oacute;pio Espacial Hubble. Posteriormente, viria a confirma&ccedil;&atilde;o dos equipamentos MOSFIRE localizados no W. M. Keck Observatory, com seu telesc&oacute;pio de 10 metros &mdash; embora a visualiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o tenha sido muito dif&iacute;cil, considerando-se que se trata de um dos objetos mais brilhantes do Universo primitivo.
Entretanto, al&eacute;m de bater o recorde de dist&acirc;ncia, a nova-velha gal&aacute;xia descoberta tamb&eacute;m deve ajudar os pesquisadores a compreender os primeiros est&aacute;gios e desenvolvimento cosmol&oacute;gico, sobretudo quando o aguardado Telesc&oacute;pio Espacial James Webb for colocado em atividade, em 2018.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/05/06/06125643591514.jpg" />Modelo em escala real do Telesc&oacute;pio Espacial James Webb, a ser colocado em atividade em 2018.
&ldquo;As nossas observa&ccedil;&otilde;es atuais indicam que ser&aacute; bastante f&aacute;cil medir com precis&atilde;o as dist&acirc;ncias at&eacute; essas gal&aacute;xias com Telesc&oacute;pio Espacial James Webb&rdquo;, afirmou o coautor do estudo, Garth Illingworth, em nota oficial. &ldquo;Os resultados das medidas futuras do JWST prover&atilde;o uma imagem completa da forma&ccedil;&atilde;o das gal&aacute;xias durante a alvorada c&oacute;smica&rdquo;. Ademais, a pr&oacute;pria exist&ecirc;ncia da EGS-zs8-1 provou ainda que existiam grandes gal&aacute;xias mesmo nos prim&oacute;rdios do cosmos.
<h2>Forma&ccedil;&atilde;o de estrelas at&eacute; 80 vezes mais r&aacute;pida</h2>
Entre as hip&oacute;teses que devem exploradas ap&oacute;s o lan&ccedil;amento do Telesc&oacute;pio Espacial James Webb encontra-se a de que, h&aacute; 13 bilh&otilde;es de anos &mdash; &eacute;poca trazida at&eacute; n&oacute;s pelas imagens da EGS-zs8-1 &mdash;, a forma&ccedil;&atilde;o de novas estrelas ocorria muito mais rapidamente do que nas gal&aacute;xias atuais. Para os pesquisadores, as gal&aacute;xias primitivas podiam gerar novos astros com velocidade at&eacute; 80 vezes maior.
Conforme quest&otilde;es levantadas j&aacute; pelas primeiras observa&ccedil;&otilde;es da EGS-zs8-1, tal diferen&ccedil;a se deve &agrave;s propriedades f&iacute;sicas bastante diferentes daquelas primeiras gal&aacute;xias p&oacute;s-Big Bang. Atualmente, os astr&ocirc;nomos possuem evid&ecirc;ncias fortes de que as cores peculiares vistas em gal&aacute;xias primitivas se devem a forma&ccedil;&otilde;es r&aacute;pidas e constantes de novas estrelas &mdash; evento tornado poss&iacute;vel por meio da intera&ccedil;&atilde;o com o &ldquo;g&aacute;s primordial&rdquo; que permeava aquelas forma&ccedil;&otilde;es.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/05/06/06125851745518.jpg" />Forma&ccedil;&atilde;o de estrelas na regi&atilde;o denominada de S106
&ldquo;Uma das descobertas mais dram&aacute;ticas do Hubble e do Spitzer nos &uacute;ltimos anos foi o n&uacute;mero inesperado dessas gal&aacute;xias incrivelmente brilhantes, justamente no per&iacute;odo em que as primeiras gal&aacute;xias se formaram&rdquo;, destacou Illingworth. Entretanto, ele reconhece: &ldquo;N&oacute;s ainda n&atilde;o entendemos completamente como elas se relacionam com o grande n&uacute;mero de gal&aacute;xias menores.&rdquo; Pois &eacute;. Que venha 2018.

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Astrônomos definem novo recorde para a galáxia mais distante da Terra

Imagem de Músico grava versão cover de música do Metallica ao contrário no megacurioso

Enoyreve edulcni ot nos ym, tegrof t’nod eno elttil, sreyarp ruoy yas... Ok, na verdade, as frases ainda soam do mesmo jeito, mesmo que Rob Scallon as tenha gravado de trás para frente

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Músico grava versão cover de música do Metallica ao contrário

Imagem de Como é o ‘lanchinho’ dos astronautas? [vídeo] no megacurioso

A astronauta Samantha Cristoforetti mostra as guloseimas disponíveis na Estação Espacial Internacional. Frutas desidratadas, barras de cereal e outras delícias a vácuo entre uma refeição e outra

Permanecer em &oacute;rbita, perambular pelo espa&ccedil;o e conduzir pesquisas em microgravidade deve cobrar uma dieta exemplar. Entretanto, diferentemente daquela fome noturna que o conduz semi-son&acirc;mbulo at&eacute; a geladeira, os alimentos dispon&iacute;veis para <a href="http://www.tecmundo.com.br/astronomia" target="_blank">astronautas</a> normalmente s&atilde;o desidratados, compactados e preservados de forma exemplar. E isso tamb&eacute;m vale para as ocasionais refei&ccedil;&otilde;es &ldquo;entre as refei&ccedil;&otilde;es&rdquo;.
Em v&iacute;deo recentemente postado no YouTube, a astronauta italiana ESA (Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia, na sigla em inlg&ecirc;s) Samantha Cristoforetti mostra o tipo de guloseimas dispon&iacute;veis para os moradores tempor&aacute;rios da Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional, sempre que a ideia &eacute; fazer uma boquinha.
<h2>Barras de cereal, saladas de frutas etc.</h2>
Conforma voc&ecirc; confere no v&iacute;deo abaixo (em ingl&ecirc;s), os snacks preferidos da mo&ccedil;a s&atilde;o as barras de cereal, as saladas de frutas, uma boa variedade de frutos secos e outros desidratados para resistir meses no espa&ccedil;o &mdash; ok, talvez os morangos, no estado em que se encontram, n&atilde;o pare&ccedil;am t&atilde;o saborosos... Mas, a princ&iacute;pio, os nutrientes est&atilde;o todos l&aacute;.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/O2XeSUqzpZE" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A sequ&ecirc;ncia foi toda gravada no chamado Node 1 da Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional, setor tamb&eacute;m conhecido como &ldquo;Unity&rdquo;, normalmente utilizado pelos astronautas para as refei&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Comer de forma saud&aacute;vel n&atilde;o &eacute; nenhuma ci&ecirc;ncia de foguetes&rdquo;, conclui Cristoforetti, convidando os semelhantes em terra assumir dietas mais saud&aacute;veis &mdash; enquanto ficam imaginando como ser&aacute; comer nozes de macad&acirc;mia em microgravidade.

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Como é o ‘lanchinho’ dos astronautas? [vídeo]

Imagem de Cirurgião pedirá que Bill Gates financie primeiro transplante de cabeça no megacurioso

Além do chefão da Microsoft, o doutor Sergio Canavero também pretende abordar Mark Zuckerberg para levantar os US$ 13 milhões necessários para o procedimento, a ser realizado em 2017

A ideia da realiza&ccedil;&atilde;o do primeiro transplante de cabe&ccedil;a em um ser humano tem maravilhado e chocado em igual medida. Entretanto, independentemente de resolu&ccedil;&otilde;es &eacute;ticas, &eacute; fato que o procedimento n&atilde;o ser&aacute; apenas pioneiro, mas tamb&eacute;m bastante oneroso. Entretanto, o doutor Sergio Canavero j&aacute; tem uma ideia bastante clara de como levantar os US$ 13 milh&otilde;es necess&aacute;rios para a cirurgia.
&ldquo;Voc&ecirc; pode escrever isso: pedirei a Bill Gates para patrocinar essa cirurgia&rdquo;, disse Canavero em entrevista ao site <a href="http://motherboard.vice.com/pt_br/read/um-papo-com-o-cirurgiao-que-fara-o-primeiro-transplante-de-cabeca-em-humanos" target="_blank">Vice</a>. &ldquo;Em Annapolis [durante uma confer&ecirc;ncia em junho onde falar&aacute; mais sobre a cirurgia], pedirei a Bill Gates, Mark Zuckerberg e outros que assinem um cheque para que isso possa acontecer.&rdquo; O m&eacute;dico disse ainda que tem &ldquo;pastas cheias&rdquo; com os nomes de pessoas interessadas em se submeter ao transplante.
<h2>Um volunt&aacute;rio de 29 anos</h2>
A despeito do n&uacute;mero de interessados, entretanto, o escolhido para o primeiro transplante de cabe&ccedil;a foi o russo Valery Spiridonov, de 29 anos, que sofre de uma doen&ccedil;a degenerativa rara chamada Werdnig-Hoffma. De acordo com o m&eacute;dico, os impedimentos t&eacute;cnicos para o procedimento podem ser controlados desde 2013 &mdash; embora ainda existam s&eacute;rios riscos de rejei&ccedil;&atilde;o entre as partes.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/15/15191856467736.jpg" />
A cirurgia determina um corte limpo na medula espinhal, com posterior religamento possibilitado por produtos qu&iacute;micos. A opera&ccedil;&atilde;o deve durar cerca de 36 horas, com assist&ecirc;ncia de 150 m&eacute;dicos. Segundo o Dr. Canavero, a interven&ccedil;&atilde;o deve ocorrer em algum momento de 2017.

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Cirurgião pedirá que Bill Gates financie primeiro transplante de cabeça

Imagem de Ser multitarefa pode fazer mal ao seu cérebro no megacurioso

Talvez você se orgulhe de checar emails enquanto fala ao celular, ouve música e responde mensagens no Facebook — o problema é que isso pode lhe causar stress e diminuir suas capacidades cognitivas

Fazer dezenas de coisas quase simultaneamente talvez j&aacute; seja t&atilde;o comum que nem mesmo seja necess&aacute;rio dar um nome. Afinal, qualquer pessoa razoavelmente ativa, seja com trabalho ou com estudos, normalmente desdobra a aten&ccedil;&atilde;o em dezenas de atividades menores &mdash; boa parte delas apadrinhada pela onipresen&ccedil;a da tecnologia atual.
A maior parte de n&oacute;s hoje &eacute; capaz de, simultaneamente, checar emails, responder a mensagens variadas, participar de f&oacute;runs, falar ao telefone... Enquanto ouve m&uacute;sica cl&aacute;ssica &ldquo;para relaxar&rdquo;. (Este que vos escreve, por exemplo, acaba de receber a contragosto um curioso v&iacute;deo de um sujeito capaz de equilibrar um botij&atilde;o de g&aacute;s sobre a cabe&ccedil;a enquanto anda tranquilamente de bicicleta).
Embora a tenta&ccedil;&atilde;o do orgulho por &ldquo;assobiar e chupar manga ao mesmo tempo&rdquo; seja grande, fato &eacute; que o multitasking n&atilde;o necessariamente faz bem ao nosso c&eacute;rebro. Na verdade, de acordo com a ci&ecirc;ncia, essa nova postura n&atilde;o apenas &eacute; capaz de comprometer o foco como tamb&eacute;m pode causar stress e diminuir as capacidades cognitivas &mdash; sem papas na l&iacute;ngua: pode nos emburrecer a todos mesmo.
<h2>Ilus&atilde;o de efici&ecirc;ncia</h2>
A despeito da soberba embutida quanto algu&eacute;m lhe diz algo como &ldquo;Eu fa&ccedil;o dezenas de coisas ao mesmo tempo&rdquo;, ainda n&atilde;o &eacute; esse sentimento que transforma o agir multitarefa em algo prazeroso. Na verdade, trata-se de um raro prazer e tamb&eacute;m de um v&iacute;cio para a sua massa cinzenta &mdash; o mesmo que determina que at&eacute; os seus momento de entretenimento sejam retalhados em atividades diversas, como ouvir r&aacute;dio enquanto l&ecirc; um livro.
Em artigo escrito para o blog da empresa de recursos humanos Seed Jobs, o diretor de vendas e marketing da companhia, Ben Slater, descreveu como o nosso c&eacute;rebro consegue se enganar magistralmente quando atua em diversas tarefas simultaneamente. &ldquo;O nosso c&eacute;rebro &eacute; excelente para nos enganar e nos fazer pensar que estamos sendo eficientes&rdquo;, escreveu Slater.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/15/15161819693290.jpg" />
Basicamente, v&aacute;rios estudos atestam que a execu&ccedil;&atilde;o de atividades paralelas leva a libera&ccedil;&otilde;es massivas de dopamina no organismo &mdash; o pr&oacute;prio &ldquo;horm&ocirc;nio da felicidade&rdquo;, conforme normalmente &eacute; chamado. &ldquo;N&oacute;s ficamos ansiosos por nos recompensarmos por conseguir fazer tanto de uma vez s&oacute;.&rdquo;
&ldquo;Embora o centro de recompensas do c&eacute;rebro seja satisfeito quando n&oacute;s trocamos de tarefas, cada vez que n&oacute;s olhamos para um belo novo email, um tweet ou uma mensagem de texto, n&oacute;s liberamos pequenos impulsos de prazer.&rdquo; Mas h&aacute; um pre&ccedil;o por todo esse festim multitasking.
<h2>Uma parte do c&eacute;rebro pena com isso</h2>
O grande problema dessa busca pelo Santo Graal multitarefa &eacute; que, enquanto n&oacute;s passeamos alegremente por uma mir&iacute;ade de janelas abertas no navegador, a parte do nosso c&eacute;rebro destinada a nos ajudar a manter o foco acaba bastante penalizada. Como resultado, h&aacute; o stress iminente.
&ldquo;Foi provado que o multitasking &eacute; respons&aacute;vel pela libera&ccedil;&atilde;o do horm&ocirc;nio cortisol no organismo, o qual afeta tudo, desde a sua capacidade mental at&eacute; a densidade dos seus m&uacute;sculos.&rdquo; No longo prazo, portanto, &eacute; um adeus ao cubo de Rubik e &agrave; barriga de tanquinho.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/15/15162044369298.jpg" />Um coquetel de dopamina e cortisol para o c&eacute;rebro
Em n&uacute;meros, um indiv&iacute;duo estressado por tarefas simult&acirc;neas pode perder at&eacute; 10 pontos em uma avalia&ccedil;&atilde;o de Q. I. (coeficiente de intelig&ecirc;ncia). E h&aacute; uma compara&ccedil;&atilde;o igualmente curiosa. &ldquo;N&oacute;s &agrave;s vezes discutimos os efeitos da maconha sobre a nossa habilidade de pensar claramente &mdash; e o mesmo estudo mostra que o multitarefa pode afetar as habilidades cognitivas de forma ainda mais negativa.&rdquo;
<h2>R&aacute;pido, mas pouco criterioso</h2>
Voltando ao sujeito orgulhoso por fazer d&uacute;zias de coisas ao mesmo tempo, surge a pergunta inevit&aacute;vel: algu&eacute;m pode ser realmente bom em desenvolver m&uacute;ltiplas tarefas? Afinal, convenhamos, boa parte da no&ccedil;&atilde;o de produtividade atual acaba (subjetiva e objetivamente) ligada &agrave; capacidade de se desdobrar em a&ccedil;&otilde;es simult&acirc;neas; isso faz com que nos sintamos mais produtivos, certo?
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Mas a&iacute; vem novamente a ci&ecirc;ncia. Estudos mostram que pessoas acostumadas a desenvolver a&ccedil;&otilde;es multitarefa normalmente tem algum comprometimento na capacidade de filtrar informa&ccedil;&otilde;es &mdash; caso se comparasse com um c&eacute;rebro devidamente focado. &ldquo;H&aacute; alguns casos isolados que parecem exemplos de &lsquo;supertaskers&rsquo;, sendo capazes de arcar com essa quantidade de trabalho, mas, por via de regra, parece que a ideia &eacute; evitar o multitarefa.&rdquo;
<h2>O que nos distrai?</h2>
Embora a tecnologia moderna tenha facilitado o acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o e tamb&eacute;m tenha &ldquo;encurtado dist&acirc;ncias&rdquo;, como se costuma dizer, &eacute; fato que essa mesma tecnologia, por ser cada vez mais presente, tem alimentado distra&ccedil;&otilde;es constantes para o c&eacute;rebro. Em seu artigo, Ben Slater enumerou v&aacute;rios motivos pelos quais a rotina atual parece nos conduzir irremediavelmente ao multitasking.
<h3>As pessoas querem respostas... J&aacute;!</h3>
&Eacute; claro que a troca de cartas &eacute; algo muito anterior a qualquer coisa remotamente relacionada &agrave;s tecnologias atuais. Entretanto, a pr&aacute;tica antiqu&iacute;ssima de enviar missivas por meios f&iacute;sicos parece se distanciar dos emails e, de forma geral, dos formatos de mensagens eletr&ocirc;nicas atualmente em voga.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/15/15162319668304.jpg" />
&ldquo;No mundo digital de hoje, n&oacute;s estamos sempre dispon&iacute;veis&rdquo;, escreveu Slater. Estejamos n&oacute;s no escrit&oacute;rio, em casa (no banheiro?), h&aacute; hoje uma expectativa social imediatista. Se antes era comum esperar semanas ou meses por uma resposta em carta, hoje alguns minutos podem ser o suficiente para aborrecer um remetente ansioso &mdash; o qual, por sua vez, tamb&eacute;m pode ter uma resposta cobrada por outra pessoa.
<h3>Mail vs. Email</h3>
A&iacute; vai uma pergunta para qualquer um que j&aacute; tenha enviado uma carta a algu&eacute;m um dia: qual era a probabilidade de a missiva ser enviada por engano a outro destinat&aacute;rio? Ou, ainda, qual era a probabilidade de voc&ecirc; enviar aquela carta para algu&eacute;m que mal conhecesse? &ldquo;Emails s&atilde;o suficientemente impessoais para que n&oacute;s n&atilde;o nos importemos em enviar centenas de mensagens para pessoas com quem nunca nos encontramos&rdquo;, disse Slater.
Naturalmente, se filtrar e catalogar cartas j&aacute; podia ser algo penoso em papel, o que dizer de uma caixa de entrada superlotada com dezenas, centenas ou mesmo milhares de mensagens? Embora com expectativas menores, as pessoas ainda querem respostas &mdash; e isso nos distrai.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/15/15162732936310.jpg" />
Ademais, h&aacute; ainda a concentra&ccedil;&atilde;o de for&ccedil;as adicional do c&eacute;rebro despendida pela necessidade de decis&otilde;es r&aacute;pidas, j&aacute; que, dado o montante, o seu tempo de decis&atilde;o sobre cada mensagem acaba sendo incrivelmente reduzido.
<h2>Como controlar o multitarefa</h2>
A resposta mais r&aacute;pida aqui provavelmente seria algo como &ldquo;basta evitar as distra&ccedil;&otilde;es&rdquo;. O problema &eacute; que isso n&atilde;o necessariamente funciona. Na verdade, a simples exist&ecirc;ncia de est&iacute;mulos em potencial j&aacute; &eacute; suficiente para despejar uma bela dose de cortisol no seu c&eacute;rebro.
Entretanto, h&aacute; pr&aacute;ticas que podem minimizar a postura multitarefa, dando um descanso para o c&eacute;rebro. Assim como Ben Slater, voc&ecirc; pode come&ccedil;ar a conter as distra&ccedil;&otilde;es com duas tarefas relativamente simples.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/15/15162822903315.jpg" />
<ul>
<li>Planeje o seu dia: pela manh&atilde;, estipule metas ligadas a hor&aacute;rios de execu&ccedil;&atilde;o, definindo o m&aacute;ximo poss&iacute;vel as atividades que precisam ser conclu&iacute;das at&eacute; o fim do dia &mdash; e tenha certeza de conclu&iacute;-las antes de come&ccedil;ar a saltar entre o Facebook, o Twitter, os emails etc.</li>
<li>Alterne &ldquo;foco&rdquo; e &ldquo;distra&ccedil;&atilde;o&rdquo;: tempos definidos para aten&ccedil;&atilde;o focada e relaxamento normalmente ajudam. De fato, um c&eacute;rebro descansado &eacute; muito mais capaz de manter o foco em uma atividade. Slater sugere a altern&acirc;ncia de &ldquo;25 minutos de trabalho focado&rdquo; e &ldquo;5 minutos de descanso&rdquo;.</li>
<li>Reserve um hor&aacute;rio para mensagens e emails: defina um hor&aacute;rio durante a sua rotina di&aacute;ria para checagem de emails e demais formas de comunica&ccedil;&atilde;o. Tamb&eacute;m pode ser particularmente &uacute;til desativar as notifica&ccedil;&otilde;es do smartphone, para n&atilde;o atrapalhar a rotina. Fora desses intervalos, o ideal &eacute; manter quaisquer canais fora do alcance imediato &mdash; mesmo correndo o risco de protelar a leitura daquela mensagem particularmente &ldquo;urgente&rdquo;.</li>
</ul>

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Ser multitarefa pode fazer mal ao seu cérebro

Imagem de Quão desesperador pode ser o encontro com um peixe-boi? [vídeo] no megacurioso

Durante um mergulho, Caroline Winch encontrou um exemplar bastante parrudo da espécie — e a reação da jovem já rendeu mais de 7 milhões de visualizações no YouTube

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Quão desesperador pode ser o encontro com um peixe-boi? [vídeo]

Imagem de Por trás da magia explosiva de Velozes e Furiosos 7 [vídeo] no megacurioso

Sequência mostra como foram gravadas algumas das cenas mais insanas do novo longa-metragem — com direito a velocidade e a uma quantia quase obscena de explosões e capotagens

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Por trás da magia explosiva de Velozes e Furiosos 7 [vídeo]

Imagem de 8 acontecimentos históricos previstos até várias décadas antes no megacurioso

Enquanto o malfadado Titanic compartilha sua sina com o fictício ‘Titan’, de Morgan Robertson, o aparecimento do iPad pode ser rastreado até 2001: Uma Odisseia no Espaço — e por aí vai

Mesmo o mais c&eacute;tico dos indiv&iacute;duos normalmente inclina as orelhas quando se trata de previs&otilde;es. N&atilde;o por acaso, j&aacute; que poucas coisas devem ser mais tentadoras do que a impress&atilde;o de controle sobre o tempo &mdash; particularmente, sobre o que &eacute; guardado pelo futuro. Bem, dessa forma, prepare-se para mais uma dose de pontos de interroga&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que mesmo o iPad eu voc&ecirc; pode usar para ler esta not&iacute;cia parece ter sido previsto v&aacute;rias d&eacute;cadas antes.
Ainda no campo da tecnologia, h&aacute; men&ccedil;&otilde;es igualmente distantes dos servi&ccedil;os hoje oferecidos pelo Netflix &mdash; isso em uma &eacute;poca em que nem mesmo a internet havia se popularizado. E disso se vai a assuntos mais s&eacute;rios, dr&aacute;sticos, como o naufr&aacute;gio do Titanic, descrito anos antes em um romance, sob o nome de &ldquo;Titan&rdquo;. O iceberg, os salva-vidas insuficientes... Estava tudo ali.
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E da&iacute; se vai ao territ&oacute;rio mais familiar, com as interpreta&ccedil;&otilde;es duvidosas &mdash; mas nem por isso menos impressionantes &mdash; das obras legadas pelo franc&ecirc;s Nostradamus ou de cita&ccedil;&otilde;es de m&eacute;diuns mais atuais. Para quem puder acreditar, h&aacute; ali o assassinato de John F. Kennedy, a ascens&atilde;o e a queda de Adolf Hitler e seu Terceiro Reich, al&eacute;m de um atentado a bomba e o inc&ecirc;ndio de amplas propor&ccedil;&otilde;es que tomou Londres h&aacute; alguns s&eacute;culos. Confira abaixo.
<h2>O iPad espacial de Arthur C. Clarke</h2>
Embora tenha estreado nas prateleiras apenas em 2010, h&aacute; quem diga que o Apple iPad j&aacute; havia sido previsto muito antes disso. Para quem assistiu ao longa &ldquo;2001: Uma Odisseia no Espa&ccedil;o&rdquo;, de 1968, havia ali algo que realmente se parecia um bocado com o conceito do tablet da Ma&ccedil;&atilde;.
Eis como o curioso aparelho foi descrito por Arthur C. Clarke em seu romance c&eacute;lebre: &ldquo;Quando se cansava dos relat&oacute;rios oficiais, dos memorandos e das minutas, [ele] pegava o seu Newspad, cujo tamanho era semelhante ao de uma folha de of&iacute;cio, e o plugava no circuito de informa&ccedil;&otilde;es da espa&ccedil;onave, a fim de receber as &uacute;ltimas novidades da Terra. Um por um, ele conjurava os mais famosos jornais do mundo.&rdquo;
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E a coisa fica ainda mais t&eacute;cnica. Clarke fala tamb&eacute;m que o astronauta, ao tocar na tela, fazia expandir a not&iacute;cia escolhida, de forma que ocupasse a quase totalidade da tela, &ldquo;de forma que ele pudesse ler confortavelmente&rdquo;. Al&eacute;m disso, &ldquo;quando tivesse terminado, ele podia simplesmente voltar para a p&aacute;gina de manchetes, podendo escolher outro tema para exame detalhado&rdquo;.
Al&eacute;m disso, os personagens do romance tamb&eacute;m podiam utilizar seus Newspads para assistir a v&iacute;deos via streaming. O mais curioso? A gadget fict&iacute;cio do filme foi citado at&eacute; pela Samsung, conforme a companhia tentava se esquivar das acusa&ccedil;&otilde;es de infra&ccedil;&atilde;o de patente jogadas pela Apple sobre o Galaxy. Ok, faz sentido. Que Arthur C. Clarke processasse a Samsung, portanto.
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<h2>Cart&otilde;es de cr&eacute;dito do s&eacute;culo XIX</h2>
Embora diversas fichas fossem utilizadas por com&eacute;rcios espec&iacute;ficos para conceder cr&eacute;dito a seus clientes, o primeiro cart&atilde;o de cr&eacute;dito plenamente funcional surgiu apenas em 1950, na forma do conhecido Diners Club. N&atilde;o obstante, a exist&ecirc;ncia de semelhante forma de pagamento j&aacute; havia sido prevista mais de meio s&eacute;culo antes.
Em seu romance &ldquo;Looking Backward&rdquo;, de 1888, Edward Bellamy fala de um cart&atilde;o que serviria como forma de &ldquo;cr&eacute;dito universal&rdquo;. No livro, os cidad&atilde;os de uma cidade futur&iacute;stica o carregam para ganhar acesso imediato a cr&eacute;ditos guardados por um banco central. O cart&atilde;o podia ser utilizado em com&eacute;rcios p&uacute;blicos encontrados em qualquer comunidade, a fim de adquirir &ldquo;o que ele quisesse e quando ele quisesse&rdquo;.
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&ldquo;Esse arranjo, como se v&ecirc;, elimina totalmente a necessidade de transa&ccedil;&otilde;es de neg&oacute;cio entre indiv&iacute;duos e consumidores&rdquo;, o texto continua. Enfim, agrade&ccedil;a ao Sr. Backward pela possibilidade de parcelamentos obscenos e de compras sem dinheiro vivo. Obviamente, a necessidade j&aacute; vinha de longa data.
<h2>O Netflix de Roger Ebert</h2>
Em 1987, o cr&iacute;tico de cinema Roger Ebert concedeu uma entrevista &agrave; revista Omni, durante a qual foi perguntado sobre o que esperava para o futuro do casamento entre a tecnologia e os filmes. Para ele, haveria &ldquo;televisores wide-screen de alta defini&ccedil;&atilde;o&rdquo; e tamb&eacute;m &ldquo;um sistema de discagem ativado por bot&atilde;o que permitir&aacute; que voc&ecirc; escolha o filme que quer no momento em que quiser&rdquo;.
Mas as capacidades premonit&oacute;rias de Ebert n&atilde;o ficaram apenas nos &ldquo;nascimentos&rdquo;. O cr&iacute;tico tamb&eacute;m predisse o fim das locadoras de m&iacute;dias f&iacute;sicas, al&eacute;m de ter cunhado o termo &ldquo;filmes sob demanda&rdquo; (movies on demand) &mdash; embora tamb&eacute;m tenha falado da ascens&atilde;o de &ldquo;filmes armazenados em CDs&rdquo;, ou os DVDs.
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Quanto ao Netflix propriamente dito, este assumiria o servi&ccedil;o de v&iacute;deos por streaming apenas em 2007 &mdash; 20 anos depois da famosa entrevista, portanto.
<h2>Celulares e fotografia digital em 1900</h2>
Se os 20 anos antes de Roger Ebert j&aacute; lhe impressionou (acima), ent&atilde;o confira esta. Em uma edi&ccedil;&atilde;o de 1900 do peri&oacute;dico Ladies Home Journal, a coluna intitulada &ldquo;O que pode ocorrer nos pr&oacute;ximos 100 anos&rdquo;, do engenheiro civil John Elfrath Watkins Jr., lan&ccedil;ou uma s&eacute;rie de previs&otilde;es de precis&atilde;o not&aacute;vel. Entre elas, a fotografia colorida digital e at&eacute; mesmo o surgimento dos celulares.
&ldquo;As fotografias ser&atilde;o telegrafadas a qualquer dist&acirc;ncia&rdquo;, disse Watkins. &ldquo;Caso haja uma batalha na China daqui a cem anos, fotos dos seus eventos mais relevantes ser&atilde;o publicadas nos jornais apena suma hora depois.&rdquo; Al&eacute;m disso, &ldquo;as fotografias v&atilde;o reproduzir todas as cores da natureza&rdquo;.
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No que se refere aos celulares, o engenheiro escreveu que &ldquo;telefones sem fio e circuitos telegr&aacute;ficos v&atilde;o tomar o mundo&rdquo;, incluindo um exemplo: &ldquo;Um marido no meio do Atl&acirc;ntico ser&aacute; capaz de conversar com sua mulher sentada em seu quarto, em Chicago&rdquo;.
Vale notar que o primeiro telefone celular fez sua primeira chamada apenas em 1973 &mdash; em um modelo que pesava mais de um quilo. Caso se considere o primeiro aparelho capaz de tirar fotos, esse foi surgir no Jap&atilde;o apenas no in&iacute;cio de 2000 &mdash; embora a primeira fotografia digital colorida date de 1975.
<h2>O naufr&aacute;gio do Titan</h2>
N&atilde;o, n&atilde;o se trata de nenhum apelido carinhoso para o malfadado colosso afundado no in&iacute;cio do s&eacute;culo passado. Mas as semelhan&ccedil;as s&atilde;o not&aacute;veis, de fato. Titan tamb&eacute;m se chocou contra um iceberg no Atl&acirc;ntico Norte. Igualmente, a falta de salva-vidas acabou resultando na morte de cerca de metade de sua tripula&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, a embarca&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m havia desafiado o Cosmos ao carregar consigo a propaganda de que nada poderia afund&aacute;-lo.
Curiosamente, entretanto, o Titan &eacute; um navio fict&iacute;cio, cuja hist&oacute;ria foi contada ao longo do romance &ldquo;Futility, Or the Wreck of the Titan&rdquo;, escrito em 1898 por Morgan Robertson, 14 anos antes da trag&eacute;dia envolvendo o Titanic.
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E at&eacute; as medidas eram semelhantes: 269 metros (Titanic) e 244 metros (Titan). Isso para n&atilde;o mencionar o n&uacute;mero de passageiros &mdash; 2,5 mil no Titanic e 2,2 mil no Titan.
<h2>&ldquo;Um democrata ser&aacute; eleito e assassinado&rdquo;</h2>
Seis anos antes da fat&iacute;dica trajet&oacute;ria de John F. Kennedy em seu carro de capota aberta, a m&eacute;dium Jeane Dixon havia compartilhado uma previs&atilde;o funesta com os leitores da Parade Magazine. Em edi&ccedil;&atilde;o de 1956, ela dizia que as elei&ccedil;&otilde;es presidenciais seriam vencidas por um democrata, mas que esse seria &ldquo;morto ou assassinado em cumprimento do seu of&iacute;cio&rdquo;.
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De fato, tendo sido eleito em 1960 pelo Partido Democrata, Kennedy acabou assassinado em 22 de novembro de 1966 diante de dezenas de olhares horrorizados e lentes de c&acirc;meras fotogr&aacute;ficas. Cerca de uma hora depois, Lee Harvey Oswald era detido pelo assassinato de um oficial de pol&iacute;cia. Oswald foi alvejado enquanto era conduzido at&eacute; sua cela em um pres&iacute;dio de Dallas (Texas, EUA), apenas dois dias depois.
<h2>Atentado a bomba em Oklahoma</h2>
Talvez a previs&atilde;o confirmada em intervalo mais curto dessa lista, o atentado a bomba ocorrido no centro de Oklahoma City (Oklahoma, EUA) foi antevisto apenas 1h30 antes de realmente mandar boa parte de um edif&iacute;cio federal pelos ares. O fato havia sido antecipado pela m&eacute;dium Tana Foy durante entrevista para uma r&aacute;dio. Foy&nbsp; havia mencionado que algo assim poderia ocorrer &ldquo;dentro de um ano&rdquo;.
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Os ataque ocorreu em 19 de abril de 1995 em uma a&ccedil;&atilde;o de um grupo de conspiradores liderados por Timothy McVeigh. O resultado foram 168 pessoas mortas e aproximadamente 700 feridas.
<h2>Inc&ecirc;ndio em Londres o III Reich</h2>
O catastr&oacute;fico inc&ecirc;ndio ocorrido em Londres durante o s&eacute;culo XVII foi previsto aproximadamente 100 anos antes pelo c&eacute;lebre Michel de Nostredame &mdash; o Nostradamus. Entre suas profecias escritas entre 1550 e 1568, o vidente afirmou que &ldquo;O sangue dos justos ser&aacute; exibido em Londres, queimado no fogo no ano 66.&rdquo; De fato, o fogo tomou a cidade no ano de 1666, destruindo cerca de 70 mil lares.
J&aacute; o livro &ldquo;Os S&eacute;culos, Nostradamus escreveu: &ldquo;Bestas ferozes e famintas cruzar&atilde;o os rios. A maior parte do campo de batalha ficar&aacute; contra Hister. Em uma jaula de ferro o grande ser&aacute; criado, quando a crian&ccedil;a da Alemanha nada observar&rdquo;.
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Naturalmente, n&atilde;o falta quem interprete que &ldquo;Hister&rdquo; se refere, na verdade, a Adolf Hitler, enquanto outras refer&ecirc;ncias mencionam um l&iacute;der cruel surgido na Europa Ocidental. N&atilde;o obstante, h&aacute; quem diga que muito dos textos originais de Nostradamus acabou perdido em tradu&ccedil;&otilde;es, e que tudo n&atilde;o passa de uma s&eacute;rie de coincid&ecirc;ncias.

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8 acontecimentos históricos previstos até várias décadas antes

Imagem de 5 formas bizarras com que o frio altera o seu comportamento no site Mega Curioso

O frio nos deixa mais resguardados em relação ao próximo, estimula raciocínios mais abstratos... E nos faz assistir a mais filmes românticos (ou longa-metragens de zumbis, dependendo do caso)

Sem querer questionar o seu livre-arb&iacute;trio mas, com a chegada do frio, &eacute; poss&iacute;vel que alguns comportamentos &ldquo;aleat&oacute;rios&rdquo; comecem a ocupar o seu cotidiano. &ldquo;Quem disse isso?&rdquo; A ci&ecirc;ncia disse &mdash; ou, v&aacute; l&aacute;, pelo menos especulou com um bom embasamento.
Conforme colocou em um artigo recente o site<a href="http://m.livescience.com/50105-cold-weather-psychology-behavior.html" target="_blank"> Live Science</a>, o inverno (ou a sensa&ccedil;&atilde;o de frio) provoca diversas mudan&ccedil;as no comportamento das pessoas, notadamente por efeitos psicol&oacute;gicos que, em grande parte das vezes, passam batidos. Confira abaixo algumas formas com que o frio pode alterar a sua forma de se apresentar e de encarar o mundo ao redor.
<h2>Vestidos vermelhos</h2>
H&aacute; pelo menos duas pesquisas cient&iacute;ficas que respaldam a teoria de que, durante o inverno, as mulheres tendem a vestir roupas que tragam matizes de vermelho ou cor-de-rosa. Entretanto, esse comportamento ocorreria apenas durante os per&iacute;odos de ovula&ccedil;&atilde;o &mdash; quando o corpo da mulher est&aacute; mais propenso a engravidar.
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N&atilde;o obstante, o padr&atilde;o n&atilde;o &eacute; notado durante o ver&atilde;o.Embora a quest&atilde;o seja bastante controvertida, estudiosos acreditam que isso se deve &agrave;s limita&ccedil;&otilde;es t&iacute;picas do frio &mdash; como as baixas temperaturas tornam invi&aacute;veis os trajes mais sensuais, a sa&iacute;da (inconsciente) &eacute; encontrar outra forma de indicar o per&iacute;odo de fertilidade.
<h2>&ldquo;Culpado!&rdquo;</h2>
A ci&ecirc;ncia tamb&eacute;m descobriu que a temperatura ambiente afeta consideravelmente o nosso julgamento quando se trata de um crime. Em temperaturas mais baixas, n&oacute;s nos tornamos mais inclinados a avaliar um assassinato, por exemplo, como algo feito de forma premeditada (a sangue-frio) &mdash; ao passo que temperaturas mais elevadas podem nos fazer acreditar que o criminoso agiu &ldquo;por impulso&rdquo;, ou no &ldquo;calor do momento&rdquo;.
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Na verdade, o simples fato de segurar uma caneca com caf&eacute; quente ou uma bebida gelada pode provocar esse efeito.
<h2>Filmes rom&acirc;nticos</h2>
Ao que parece, o frio f&iacute;sico pode nos fazer buscar a contrapartida do calor psicol&oacute;gico. Um grupo de estudiosos descobriu o fato ao colocar v&aacute;rios participantes em uma sala climatizada, quando ent&atilde;o pedia que eles escolhessem um filme. Surpresa: temperaturas frias levavam as pessoas a escolherem filmes de natureza rom&acirc;ntica &mdash; ou outro g&ecirc;nero que lhes trouxesse conforto semelhante.
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<h2>O dilema dos prisioneiros</h2>
Talvez o frio expanda os limites do seu racioc&iacute;nio abstrato, mas tamb&eacute;m &eacute; certo que pode transform&aacute;-lo em um delator &mdash; ou fazer com que o seu lado delator aflore, enfim. Uma experi&ecirc;ncia conduzida em 2013 por um grupo de cientistas colocou duplas de participantes em celas separadas, com a &uacute;nica informa&ccedil;&atilde;o de que n&atilde;o havia provas suficientes para condenar nenhum deles, embora lhes pedisse que testemunhassem contra o companheiro hipot&eacute;tico.
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Eis a sacada: alguns participantes ganharam um aquecedor de m&atilde;os durante o experimento, o que os tornou duas vezes mais aptos a cooperarem com o companheiro de clausura do que outros que haviam segurado um pacote de gelo durante o interrogat&oacute;rio. Os pesquisadores interpretaram que a sensa&ccedil;&atilde;o de calor f&iacute;sico aumentou a confian&ccedil;a dos volunt&aacute;rios uns nos outros.
<h2>Potencial criativo</h2>
Varia&ccedil;&otilde;es de temperatura podem favorecer tipos diferentes de criatividade. Em uma s&eacute;rie de experimentos, um grupo de pesquisadores descobriu que pessoas segurando almofadas t&eacute;rmicas ou uma x&iacute;cara de ch&aacute; quente em uma sala aquecida tornavam-se predispostas a desenhos criativos, &agrave; categoriza&ccedil;&atilde;o de objetos e a pensar em presentes para outras pessoas.
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Em contrapartida, os volunt&aacute;rios que passaram frio se tornaram mais aptos a reconhecer met&aacute;foras, a dar novos nomes a pratos e a elaborar ideias abstratas de presentes. Acredita-se que o calor torne as pessoas mais propensas a atividades criativas relacionadas a outras pessoas &mdash; promovendo, acreditam os estudiosos, comportamentos mais generosos &mdash;, enquanto que baixas temperaturas favorecem o processamento mais frio e distanciado das ideias.

Carlos Eduardo Ferreira