Imagem de A tortura chinesa da água que levava suas vítimas à loucura no megacurioso

Método é considerado um dos piores já praticados

<head></head><body>Infelizmente, quando o assunto é tortura os seres humanos são muito criativos.Mas a chamada tortura chinesa da água tem sido considerada por muitos historiadores e pesquisadores do tema como uma das piores já criadas pelo homem, especialmente devido às suas implicações psicológicas que poderiam <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118526-escafismo-o-suposto-metodo-de-tortura-dos-persas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">levar os torturados à loucura</a>.<h2>O que é a tortura chinesa da água?</h2>A prática desse método de tortura é bastante simples: a vítima é amarrada e água fria é jogada continuamente em uma parte de seu corpo, quase sempre na testa.&nbsp;Como você deve imaginar, isso não causaria dor na pessoa. Mas esse é exatamente o ponto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/15/15121016208155.jpg" alt="Representação sueca de 1674 retratando a tortura chinesa da água. (Fonte: Wikipedia/ Reprodução)">Representação sueca de 1674 retratando a tortura chinesa da água. (Fonte: Wikipedia/ Reprodução)A tortura chinesa da água tem como foco&nbsp;fazer a vítima temer por sua vida a partir de algo relativamente inofensivo. Nesse caso, ela era condicionada mentalmente a acreditar que as gotas de água pingando repetidamente sobre sua cabeça tinham veneno.E mesmo que fosse apenas água da torneira, sem cheiro ou gostos estranhos, apenas a ideia de que poderia morrer levaria o torturado a intensas tensões psicológicas.Esse processo poderia facilmente fazer com que a mente perturbada da pessoa, atormentada por seus captores e pelos dias seguidos sem dormir e com frio devido à água, começasse enganá-la, fazendo com que tivesse sensações estranhas e irreais, como a de morte iminente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/15/15121354614171.jpg" alt="Uma reprodução de um aparelho chinês de tortura de água no Memorial Berlin-Hohenschönhausen. (Fonte: Wikipedia/ Reprodução)">Uma reprodução de um aparelho chinês de tortura de água no Memorial Berlin-Hohenschönhausen. (Fonte: Wikipedia/ Reprodução)Existem registros de outros quatro <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/101303-5-metodos-de-tortura-horripilantes-usados-na-roma-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">métodos principais de tortura</a> com a água pela Ásia:1. O gotejamento contínuo na cabeça que levava a vítima à insanidade.2. A vítima era amarrada em uma espécie de prateleira horizontal, como se fosse uma cama, situada acima de brotos de bambu de crescimento rápido. A água aqui tem a função de fazer com que os brotos crescessem, perfurando lentamente a vítima, causando uma morte extremamente lenta e dolorosa.3. A vítima era obrigada a ingerir brotos de bambu e água até não poder mais. Nesse caso, o bambu cresceria dentro dela até sair para a parte externa do corpo, rasgando seus órgãos internos.4. O torturado era forçado a ingerir tanta água até se afogar internamente. Outra maneira era colocar uma toalha molhada no rosto da vítima para que ela não conseguisse respirar.É, tem várias formas de se usar a água para torturar alguém. Alguns rápidos, outros lentos, mas sempre terríveis.<h2>Tortura chinesa da água hoje</h2>Muito se teoriza sobre quando ou como os chineses aplicavam esse método de tortura. Até porque quem escreveu sobre não viu e, quem viu, provavelmente não viveu. Atualmente, a tortura é proibida na maioria dos países, incluindo em situações de guerra, embora o efeito psicológico seja ainda debatido.&nbsp;O Irã, por exemplo, tornou ilegal apenas a tortura física. Outros países baniram <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119025-touro-de-bronze-a-bizarra-maquina-de-tortura-usada-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">qualquer tipo de tortura</a>, embora ainda continuem com as práticas em segredo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/15/15120633301153.jpg" alt="Soldados americanos afogando um prisioneiro de guerra no Vietnã em 1968. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Soldados americanos afogando um prisioneiro de guerra no Vietnã em 1968. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Os EUA são um bom exemplo desse último caso. Depois do 11 de setembro as técnicas de tortura psicológica foram largamente usadas. Sem contar que nas últimas décadas uma série de documentos e vídeos sobre a prática de torturas diversas por parte dos militares estadunidenses vieram a público, seja por vazamentos internos ou investigações jornalísticas.Antes disso, os EUA e seus aliados sul-vietnamitas durante a guerra do Vietnã (1955–1975) usaram largamente diversos tipos de torturas, incluindo a da água. Uma foto da prática, inclusive, chegou a ir parar na primeira página do Washington Post, em janeiro de 1968 (imagem acima).</body>

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A tortura chinesa da água que levava suas vítimas à loucura

Imagem de Como as baratas estão evoluindo para serem impossíveis de matar no megacurioso

É a evolução falando mais alto — e muito disso é culpa nossa

<head></head><body>Já ouviu aquela história de que as baratas são capazes de sobreviver ao fim do mundo&nbsp;por um apocalipse nuclear?&nbsp;Embora isso não seja verdade, se você tem medo desses pequenos insetos é melhor ficar de olho nas últimas descobertas científicas: as <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/71837-10-coisas-que-voce-talvez-nao-saiba-sobre-as-baratas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baratas estão evoluindo</a> para resistir até mesmo à única arma que dispomos para matá-las!<h2>Baratas superpoderosas</h2>Não é de agora que os exterminadores de baratas sabem que baratas podem ter um nível aprimorado de resistência a um tipo específico de pesticida. É por isso que os mais experientes costumam misturar tipos diferentes desses venenos, afinal, se uma população desses insetos for resistente a um deles, não será a todos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/15/15144233495267.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Porém, um grupo de pesquisadores da Purdue University em West Lafayette, Indiana, Estados Unidos, descobriu que algumas espécies de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/75802-6-dicas-basicas-para-manter-sua-casa-livre-de-baratas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baratas alemãs estão ficando cada vez mais difíceis de matar</a> à medida que estão desenvolvendo um nível maior de resistência a vários inseticidas ao mesmo tempo.Os resultados dessa pesquisa foram publicados na revista Scientific Reports.<h2>Resistência incrível</h2>Primeiro, os pesquisadores fizeram testes tentando acabar com as baratas usando três métodos em algumas unidades de prédios por seis meses.Destes, apenas um apresentou algum resultado, já que as baratas tinha um nível baixo de resistência a um dos pesticidas usados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/15/15144236214268.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Porém, de acordo com o estudo, em outro local onde apenas 10% das baratas eram resistentes ao pesticida em questão, os resultados não foram animadores, já que a população de baratas aumentou.Mas a parte mais incrível veio após os testes em laboratório: as baratas desenvolveram a capacidade de adquirir resistência cruzada&nbsp;contra vários tipos de inseticidas, mesmo sem apresentar uma resistência anterior e nunca terem sido expostas a todos eles.E as surpresas não pararam por aí: a mesma coisa acontecia com os filhotes dessas baratas.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/15/15144238714269.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Michael Scharf, o principal autor desse estudo, destacou que a partir dessas evidências seria possível perceber a <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/100116-voce-ja-imaginou-como-seria-o-mundo-sem-as-baratas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resistência das baratas</a> aumentar entre quatro e seis vezes em uma única geração.&nbsp;Ou seja, sabíamos que eles podiam ficar resistentes, mas ninguém imaginava que isso poderia acontecer em espaço de tempo tão curto e sem a necessidade do contato direto com o pesticida.Por fim, uma barata alemã consegue fazer 50 filhotes a cada três meses. Agora, pense nesses números sabendo que elas estão evoluindo para resistir a qualquer pesticida.</body>

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Como as baratas estão evoluindo para serem impossíveis de matar

Imagem de Microrganismo volta à vida após 24 mil anos congelado na Sibéria no megacurioso

Eles sobreviveram a milhares de anos no permafrost e os cientistas estão intrigados

<head></head><body>Já ouviu falar em um rotífero bdeloide? Esse nome curioso é como é chamado o minúsculo e multicelular <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/36425-9-animais-extintos-que-poderiam-ser-ressuscitados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animal que foi revivido</a> por cientistas após passar 24 mil anos congelado no gelo eterno da Sibéria, o permafrost.E se você acredita que isso já suficientemente surpreendente, ainda tem mais: embora tenham passado milhares de anos em um congelamento de 10 graus celsius negativos, o rotífero bdeloide ainda conseguiu se reproduzir! O estudo descrevendo essa novidade foi publicado na revista especializada Current Biology.<h2>Os rotíferos</h2>Além de reviver o microscópico animal, os pesquisadores descobriram que os rotíferos bdeloides são capazes de suportar o&nbsp;processo de formação dos cristais de gelo que ocorrem durante um congelamento lento.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13132616052160.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)Os cientistas acreditam que esses animais desenvolveram alguma espécie de recurso que os ajudam a proteger todas as áreas de seus corpos de temperaturas muito baixas. Vale lembrar que já descobrimos <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/100193-congelados-no-tempo-5-seres-pre-historicos-preservados-em-ambar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criaturas de todos os tipos</a> congeladas há milhares de anos.&nbsp;Por exemplo, em 2018, foram descobertos os nematoides, uma espécie de verme congelado nas profundezas do gelo siberiano há cerca de 30 mil anos. Também já encontramos animais gigantes, como mamutes.No entanto, o rotífero chamou a atenção dos cientistas por ajudar a comprovar que animais multicelulares são capazes de sobreviver a um período tão longo com o metabolismo completamente interrompido.<h2>Benefícios científicos</h2>Em entrevista para o site de notícias científicas, Live Science, Stas Malavin, pesquisador do Laboratório de Criologia do Solo da Rússia no Instituto de Físico-Química e Biológica, explicou que, para trazer o pequeno animal de volta à vida, ele e seus colegas colocaram uma amostra do permafrost em uma placa de Petri preparada para que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/89483-cientistas-conseguem-reviver-urso-d-agua-depois-de-30-anos-de-congelamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">organismos saíssem de seu estado de dormência</a> e começassem a se mover.Como apontamos, isso não somente aconteceu como o rotífero começou a se multiplicar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13133245568164.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)Embora muitas pessoas tenham receio sobre descobertas de microrganismo congelados, a ciência se beneficia muito com o estudo deles.Ao analisar como eles desenvolveram essa capacidade única de colocar todo o corpo em suspensão por milhares de anos, os cientistas buscam entender como isso aconteceria e de que maneira seria possível pausar as funções corporais de organismos mais complexos, como os humanos, e depois revivê-los.</body>

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Microrganismo volta à vida após 24 mil anos congelado na Sibéria

Imagem de Como o plástico está matando as tartarugas marinhas? no megacurioso

<head></head><body>Imagine que você encontrou algo na sua cozinha. Essa coisa tem cheiro de comida, parece comida, então você pega e come. O problema é que não era comida. Diariamente é exatamente isso que acontece com as tartarugas marinhas quando consomem restos de plástico encontrados nos oceanos.Quando uma sacola plástica, por exemplo, passa algum tempo na água do mar, algas, micróbios, plantas e até pequenos animais começam a morar nelas. Esse processo faz com elas exalem um cheiro que atrai outros animais marinhos, como baleias, aves e as tartarugas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13173621593411.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Por instinto, as tartarugas são atraídas para esses ambientes que contém lixo, então elas confundem esses detritos com comida. Em outras palavras, para uma tartaruga, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121898-4-mentiras-sobre-a-reciclagem-do-plastico-que-voce-sempre-ouviu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma sacola&nbsp;</a>se parece muito com uma água-viva ou uma alga.<h2>O problema do plástico nos oceanos</h2>Todos os anos, milhões de toneladas de plásticos acabam nos oceanos. O maior exemplo das consequências disso é a chamada Grande Mancha de Lixo do Pacífico.Trata-se de uma área quase três vezes o tamanho da França composta de lixo flutuando no Oceano Pacífico. O pior é que boa parte dos detritos é de microplásticos que não podem ser vistos a olho nu.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13173624093413.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)O plástico somente começou a ser produzido em larga escala a partir dos anos 1940, mas em poucas décadas seus impactos devastadores já se tornaram notórios para as populações de tartarugas marinhas. Algumas pesquisas apontam que cerca de 52% desses animais já se <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112300-tartaruga-marinha-bebe-morre-apos-ingerir-104-pedacos-de-plastico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alimentaram de lixo-plástico</a>.Aliás, o problema não está limitado apenas a uma região do planeta.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13173628483414.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Uma pesquisa feita pela Universidade de Tóquio chegou a resultados alarmantes: as tartarugas cabeçudas carnívoras comiam cerca de 17% do plástico que encontravam. Já as tartarugas-verdes, muito provavelmente confundindo o material com algas, ingeriam 62% dos plásticos que achavam pelo caminho.Além disso, muitas das praias usadas por esses animais para a desova estão repletas de lixo. Ou seja, as tartarugas bebês já nascem com o obstáculo de não conseguirem chegar ao mar por se <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111519-vida-marinha-em-risco-pesquisa-destaca-o-impacto-do-plastico-nos-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enroscarem em plásticos</a>.<h2>O que acontece com as tartarugas marinhas que comem plástico?</h2>Infelizmente, as perspectivas para uma tartaruga que se alimenta de plástico não são nada boas. Para 22% delas, comer apenas um item desse material já significa a morte. Também podem sofrer com bloqueios intestinais e rompimento dos órgãos, fazendo com que morram de fome já que ficam incapazes de se alimentar.Para piorar, aquelas que conseguem permanecer vivas a ingestão de plástico as faz flutuar de forma incomum, algo que além de afetar o desenvolvimento ainda pode ocasionar taxas de reprodução mais baixas.</body>

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Como o plástico está matando as tartarugas marinhas?

Imagem de Como alguns peixes desenvolveram órgãos elétricos? no megacurioso

A resposta pode estar nos genes de algumas espécies

<head></head><body>Os peixes-elétricos, a exemplo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121153-como-as-enguias-produzem-eletricidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enguia-elétrica</a>, fazem parte do grupo de animais que continuam a intrigar cientistas graças as suas peculiaridades. Já sabíamos, há algum tempo, que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106784-por-que-peixes-nao-sao-eletrocutados-durante-uma-tempestade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">órgãos elétricos</a> desenvolvidos por essa categoria de peixes eram fundamentais para a comunicação desses animais, tal como o canto é para os pássaros.Essa habilidade, também os ajuda a reconhecer outros peixes-elétricos por espécie, gênero e, acredite, até mesmo um indivíduo específico.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/07/07100924766052.jpg" alt="(Fonte: Mary Swartz/Johann Eberhart/UT Austin/ Reprodução)">(Fonte: Mary Swartz/Johann Eberhart/UT Austin/ Reprodução)A questão é que até agora os cientistas não faziam a mínima ideia de como algumas espécies de peixes evoluíram para ter órgãos elétricos. Mas um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade do Texas (Austin) e da Michigan State University, ambas nos EUA, trouxe algo surpreendente: a resposta pode estar nos genes!O estudo foi publicado na Science Advances e&nbsp;também poderá ajudar a ciência a entender algumas mutações genéticas&nbsp;causadoras de doenças nos seres humanos, entre outras implicações positivas para a saúde.<h2>Alterações genéticas</h2>De acordo com essa pesquisa, é graças a uma particularidade genética que alguns peixes conseguiram desenvolver órgãos elétricos. O grupo dos peixes-elétricos possuem duas cópias de um mesmo gene, que criam canais de sódio e funcionam como pequenos motores musculares.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06181434349618.jpg" alt="Poraquê (Electrophorus electricus). (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Poraquê (Electrophorus electricus). (Fonte: Wikipedia/Reprodução)O organismo desses peixes começou a aproveitar essa mutação e passou a reaproveitar parte dos minúsculos motores de proteínas que, normalmente, tem a função de fazer os músculos se contraírem para gerar sinais de eletricidade em um novo órgão.Para o professor de neurociência e biologia integrativa da Universidade do Texas, Harold Zakon, um dos responsáveis pela pesquisa, isso deixa claro que até uma mínima mudança no comportamento dos genes pode alterar completamente a sua forma e o lugar no corpo onde ele é expresso.<h2>Saúde humana</h2>Os pesquisadores descobriram que no gene do canal de sódio dos peixes-elétricos existe uma pequena seção de DNA responsável por controlar se o gene propriamente dito pode ser expresso em qualquer célula.Os estudos apontaram que nos peixes-elétricos essa parte responsável por controlar a expressão genética está totalmente ausente ou sofreu alguma mutação.Um dos aspectos mais interessantes dessas descobertas é que elas não se limitam apenas aos peixes. A região citada também está presente na maioria dos animais vertebrados, incluindo os seres humanos.Para a ciência, ainda é muito complicado estudar as particularidades dos canais de proteínas e sódio (também conhecidos como canais iônicos) nos humanos e em outros vertebrados. Daí a importância do que foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111986-peixe-descoberto-na-amazonia-produz-descarga-de-860-volts.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descoberto nos peixes-elétricos</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06181913896620.jpg" alt="(Fonte: Animais.Wiki/ Reprodução).">(Fonte: Animais.Wiki/ Reprodução).Segundo Zakon, estudar essa seção de controle nos genes humanos deve ser o próximo passo em termos de saúde.&nbsp;Afinal, é preciso saber quantas alterações, variações e até remoções essa área pode sofrer para haver uma expressão reduzida nos canais de sódio, o que poderia causar doenças nas pessoas.Para se ter ideia da relevância dessa pesquisa que começou nos peixes, mas vai ajudar os humanos, basta considerar que existem diversas condições, como a epilepsia, que podem ter suas causas enraizadas em desvios e mutações nos canais de sódio e proteínas do nosso organismo.&nbsp;Os peixes se deram bem, já que ficaram elétricos. Em nosso caso, adoecemos.</body>

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Como alguns peixes desenvolveram órgãos elétricos?

Imagem de Como a mídia criou o mito do Triângulo das Bermudas? no megacurioso

Há mais omissão que mistérios na origem das lendas sobre o Triângulo das Bermudas

<head></head><body>Poucas regiões da Terra aguçam tanto o imaginário das pessoas quanto o Triângulo das Bermudas, situado na parte ocidental caribenha do Oceano Atlântico Norte. Por décadas esse lugar tem sido apontado como um local tenebroso para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/49207-6-casos-de-navios-fantasmas-muito-intrigantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desaparecimento inexplicável de pessoas, navios e aviões.</a>Para alguns, tudo é culpa de forças ocultas e misteriosas. Outros afirmam que alienígenas tomam conta da região sequestrando humanos para experiências. Também existem aqueles que apontam uma ligação entre o Triângulo das Bermudas e Atlântida, o continente perdido.No entanto, o que quase ninguém sabe é que as lendas e mitos sobre essa região do planeta tem uma origem muito menos complexa e sobrenatural: a mídia!<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06155803795456.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)<h2>A origem das lendas inexplicáveis</h2>As histórias dos desaparecimentos inexplicáveis no Triângulo das Bermudas só começaram por volta do século XX. No dia 17 setembro de 1950, o jornal estadunidense Miami Herald publicou um artigo descrevendo uma série de desaparecimentos na região das Bermudas.O artigo, escrito por Edward Van Winkle Jones, falava sobre o sumiço de cinco aviões torpedeiros, um navio e uma embarcação de resgate. Todos sumiram misteriosamente em um período de 5 anos, levando junto um total de 135 pessoas.Dois anos mais tarde, a revista paranormal Fate foi além e aumentou a lista de desaparecidos. A publicação incluiu cinco aviões que estavam em uma missão de treinamento em 1945.Ao longo dos anos seguintes, as publicações sobre as lendas misteriosas e desaparecimentos de aviões e navios no Triângulo das Bermudas foram se multiplicando, assim como as teorias para explicar os acontecimentos. O nome do lugar foi cunhado pelo escritor Vicent Gaddis em uma publicação na revista Argosy, em 1964.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/04/04194400159004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<h2>Omissão e dinheiro</h2>Lembra do artigo do Miami Herald escrito por VW Jones? Pois bem, na época ele não chamou muita a atenção dos leitores do jornal. Além disso, Jones não colocou em seu artigo alguns dados fundamentais como, por exemplo, que a região onde as <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113315-navio-desaparecido-no-triangulo-das-bermudas-em-1925-e-encontrado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">embarcações andavam sumindo sem explicação</a> era uma das áreas de tráfego mais intensas daquela época.Por ali o fluxo de navios comerciais, treinamentos militares, prática da pesca e de turismo era denso. Ou seja, ele deixou de lado todas as possibilidades técnicas para os desaparecimentos e as varreu para debaixo do tapete do mistério.Talvez ele soubesse o que estava fazendo. Jones e outros autores e editores da época perceberam um tipo de fenômeno no qual valia a pena investir: mistérios sem explicação, atribuídos a alienígenas e ao sobrenatural vendiam bem. Era o nascimento de uma nova era de ouro para ficção científica.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06155806795457.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Até hoje essa ideia funciona. Mas uma coisa é certa: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/105040-19-curiosidades-que-voce-talvez-nao-saiba-sobre-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oceano sempre foi um mistério para os humanos</a>. Sem contar que quando a má navegação se junta ao mau tempo, pode se tornar um lugar mortal em qualquer parte do mundo.A propósito, não existe nenhuma evidência de que os aviões e navios desapareçam com mais frequência no Triângulo das Bermudas do que outros mares ao redor do planeta!</body>

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Como a mídia criou o mito do Triângulo das Bermudas?

Imagem de A freira do século XI que descreveu o orgasmo feminino pela primeira vez no megacurioso

E essa é apenas uma das realizações de Hildegard von Bingen

<head></head><body>É bem provável que a maioria das pessoas pense em santidade, reclusão e castidade quando o assunto é uma freira.&nbsp;É claro que isso também é verdade, mas a abadessa beneditina alemã, Hildegard von Bingen, foge um pouco à regra: a religiosa é considerada a primeira mulher a fazer uma descrição bastante vívida do orgasmo feminino. O que ela descobriu? Vamos te contar agora!<h2>Uma mulher única</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Wikimedia/Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/ba/Hildegard_von_Bingen.jpg/1200px-Hildegard_von_Bingen.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/02/02201210139495.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Hildegard von Bingen (1098 – 1179) era uma mulher de talentos. Além de abadessa, também foi autora, curandeira e compositora. Aliás, é uma das poucas compositoras do século XI cuja obra produzida está praticamente intacta.Em um período em que poucas mulheres tinham permissão para ler ou escrever, Hildegard von Bingen criou de textos teológicos a guias medicinais, passando pela invenção do próprio alfabeto.Embora muitas de suas ações sejam consideradas feministas, os escritos religiosos de Hildegard deixam claro que, apesar de ser uma mulher à frente de seu tempo, ela ainda era adepta de diversas ideias patriarcais vigentes na época.Por exemplo, considerava as mulheres como seres mais fracos, condenava a relação de pessoas do mesmo sexo — assim como a masturbação — e defendia a virgindade como o mais alto grau da espiritualidade feminina. Ainda assim, seus pensamentos eram únicos para a época.Um dos que mais destacam entre as ideias da freira alemã são as relações heterossexuais, defendendo que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/20889-pesquisa-prova-que-exercicios-podem-causar-orgasmo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prazer feminino deveria receber bastante enfoque</a>. Para uma freira, Hildergard parecia saber muito sobre o sexo. A descrição abaixo, feita pela religiosa poderia ser aplicada ao que hoje chamamos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/39721-o-que-acontece-com-seu-corpo-e-seu-cerebro-durante-um-orgasmo-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orgasmo feminino</a> e todas as suas implicações, incluindo os aspectos próprios da concepção:“Quando uma mulher está fazendo amor com um homem, uma sensação de calor em seu cérebro, que traz consigo deleite sensual, comunica o sabor desse prazer durante o ato e convoca a emissão da semente do homem. E quando o sêmen cai em seu lugar, aquele calor muito forte do cérebro o atrai e o retém consigo, e imediatamente os rins da mulher se contraem, e todos os membros que durante a menstruação estão prestes a abrir se fecham, na mesma maneira como um homem forte segura algo em sua mão. ”<h2>A advinha curandeira</h2>Talvez você esteja se perguntando como uma pessoa que vivia em um convento poderia escrever textos tão destalhados sobre a sexualidade feminina.Bingen foi parar no convento como uma doação. Sua família era religiosa e, como era a décima filha, foi dada como dízimo. Ela também tinha visões desde os três anos e mais tarde confessou ter medo de escrever o que via desde.Uma vez no convento, no entanto, é bem possível que tenha se dedicado aos estudos de escritos medievais. Porém, não é possível afirmar que ela teve acesso a informações sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112332-pesquisadora-quer-desvendar-as-origens-do-orgasmo-feminino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orgasmo feminino</a> a partir deles.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/02/02203434530500.jpg" alt="Hildegard escrevendo sob inspiração divina. (Fonte: Wikimedia Commons)">Hildegard escrevendo sob inspiração divina. (Fonte: Wikimedia Commons)Outra possibilidade era seu próprio trabalho na área médica. A ordem beneditina da qual fazia parte tinha como dever oferecer ajuda e assistência médica à comunidade. O fato é que antes dela pouca coisa havia sobre o tema, ainda mais vindo de uma mulher.Talvez Hildegard tenha questionado as mulheres que ajudou a tratar sobre suas experiências sexuais para criar um guia de cuidados femininos. Ou tudo tenha vindo em uma visão, vai saber, né?</body>

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A freira do século XI que descreveu o orgasmo feminino pela primeira vez

Imagem de Por que o corpo humano precisa de oxigênio? no megacurioso

Conheça as principais funções do oxigênio em nosso corpo

<head></head><body>Poucas coisas são tão importantes para a nossa sobrevivência quanto o ar que respiramos. Embora o oxigênio que entra em nossos pulmões seja vital, boa parte das pessoas raramente pensa nisso, já que a função é automática.Mas você conhece as razões exatas pelas quais não conseguimos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/36138-o-que-aconteceria-se-a-terra-ficasse-por-5-segundos-sem-oxigenio-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viver sem oxigênio</a> por mais de alguns minutos?<h2>A importância do oxigênio para o corpo humano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01173234890379.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Além de alimentar as nossas células, o oxigênio também ajuda a fornecer ao nosso organismo os blocos de construção básicos que precisamos para sobreviver. Por exemplo, as nossas células <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116252-o-que-os-seres-vivos-respiravam-antes-de-existir-oxigenio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">combinam o oxigênio</a> com o hidrogênio para fabricar uma série de proteínas que, por sua vez, construirão novas células.Quando combinado com carbono e hidrogênio, o oxigênio ajuda nosso corpo a obter carboidratos que fornecem energia para podermos concluir nossas atividades diárias. Em relação às células, o oxigênio é fundamental para a construção e reposição de bilhões danificadas diariamente em nossos corpos.Como se isso já não deixasse claro o quanto dependemos desse gás para viver, ainda vale destacar que o sistema imunológico do corpo humano praticamente não existiria sem ele, pois as células responsáveis por defender nosso organismo contra vírus, bactérias e outros invasores, não poderiam ser fabricadas.<h2>A exclusiva captação do oxigênio pelo olho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01173541890383.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)As principais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112331-nobel-de-medicina-2019-premia-importantes-estudos-sobre-oxigenio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">portas de entrada do oxigênio</a> em nosso corpo são a boca e o nariz. Então, o ar é direcionado para a traqueia e para os pulmões dando início as diversas funções descritas anteriormente.No entanto, o olho humano recebe oxigênio de uma maneira bem particular: nossos olhos se adaptaram para absorver a maior parte do oxigênio de que necessitam diretamente por meio da córnea. Por isso, muitas vezes, quando o ar não está bem limpo, os nossos olhos ficam irritados.<h2>Tudo tem limite</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01173439452380.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Devido à importância do oxigênio para nosso corpo, muitas pessoas podem pensar que “quanto mais, melhor!”. Porém, não é assim que as coisas funcionam: o corpo só tem capacidade para lidar com uma quantidade limitada de oxigênio. Se uma pessoa respirar um ar com alta concentração de oxigênio, o seu corpo pode ficar sobrecarregado.E as complicações dos altos níveis de O2 em nosso organismo vão muito além de uma tontura momentânea: tosse, convulsões, perda de visão e envenenamento do sistema nervoso central podem entrar na lista de complicações. Além disso, com o tempo os pulmões ficam muito prejudicados perdendo suas funcionalidades. Caso isso ocorra, a pessoa pode até morrer.</body>

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Por que o corpo humano precisa de oxigênio?

Imagem de Fezes antigas revelam o que os construtores de Stonehenge comiam no megacurioso

Fósseis de cocô ajudaram cientistas a entender os hábitos alimentares daqueles que ergueram Stonehenge

<head></head><body>Os construtores e demais trabalhadores de&nbsp;Stonehenge, na Inglaterra, criaram um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106866-a-localizacao-de-stonehenge-pode-ter-sido-definida-antes-de-sua-construcao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monumentos</a> da era neolítica mais icônicos do mundo. Porém, quando o assunto é estudar o passado, estamos acostumados a encontrar estruturas diversas, ferramentas, ossos e até dentes.&nbsp;Mas, por menos comum que seja, foram exemplares de cocô fossilizado que ajudaram pesquisadores a entender melhor como se alimentavam as pessoas envolvidas na construção desses círculos concêntricos de pedra.Chamados coprólitos, os achados arqueológicos apontam que, durante as celebrações de inverno que aconteciam em Stonehenge, os trabalhadores e seus cães comiam carne mal cozida e ingeriam uma quantidade significativa de ovos de vermes parasitários.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31151517321351.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)<h2>Culpa da carne mal cozida</h2>De acordo com o site LiveScience, os pesquisadores descobriram esses fósseis de fezes &nbsp;na região de Durrington Walls, um assentamento da era neolítica localizado a 2,8 quilômetros de onde está situado o monumento. No total, foram analisados 19 coprólitos, tanto de humanos quanto de cães. Os resultados do estudo foram publicados na revista especializada Parasitology.&nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Parasitology/Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cambridge.org/core/journals/parasitology/article/intestinal-parasites-in-the-neolithic-population-who-built-stonehenge-durrington-walls-2500-bce/DD77DA2B94FD3C482A466819CD50EFD7"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/29/29125122854007.jpg" alt="Três dos coprólitos pré-históricos. (Fonte: Lisa-Marie Shillito/PA)">Três dos coprólitos pré-históricos. (Fonte: Lisa-Marie Shillito/PA)De acordo com os cientistas que conduziram a análise, em cinco das amostras, sendo 1 de humano e 4 de cães, foi possível encontrar ovos de diversos vermes parasitas. Para eles, os ovos dos vermes foram ingeridos pelos construtores das estruturas por meio do consumo de carne semi crua servida durante a realização das grandes festas de inverno.Como os cães acabavam consumindo as sobras dos pratos, também terminavam com ovos de parasitas no organismo. Segundo um comunicado divulgado pela equipe, essas amostras de cocô se tornaram fundamentais, já que constituem o mais antigo achado arqueológico sobre a presença de vermes parasitários no Reino Unido.Conforme as análises, os vermes do gênero Capillaria,&nbsp;encontrados nas fezes humanas e dos cães, costumam infectar bovinos e outros animais ruminantes alojando-se no fígado de seus hospedeiros, depositando ali os seus ovos. Devido a esse fato, os autores do estudo acreditam que o consumo de carne bovina tenha sido a principal origem dos ovos.Curiosamente, os exemplares de ossos encontrados no mesmo local onde foram recolhidos os coprólitos sugerem que o gado estava longe de ser a fonte de proteína animal mais consumida pelos construtores. Foram desenterrados 38 mil ossos de animais. Desse total, apenas 10% eram de gado enquanto os outros 90% eram de porcos.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Parasithology/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cambridge.org/core/journals/parasitology/article/intestinal-parasites-in-the-neolithic-population-who-built-stonehenge-durrington-walls-2500-bce/DD77DA2B94FD3C482A466819CD50EFD7"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/29/29125803872009.jpg" alt="Ovos dos vermes. (Fonte: Evilena Anastasiou/University of Cambridge)">Ovos dos vermes. (Fonte: Evilena Anastasiou/University of Cambridge)Os cientistas ainda encontraram ovos de tênia em um exemplar de fezes fossilizadas de cachorro. Ao que tudo indica o animal ingeriu os parasitas por se alimentar de peixe cru de água doce. Como no local não havia nenhuma evidência do consumo de peixes, para os pesquisadores isso indica que o assentamento não era usado durante o ano inteiro e que o tal cão, provavelmente, se alimentou em outro lugar.<h2>A construção de monumento de Stonehenge</h2>Conforme Piers Mitchell, principal autor do estudo, pesquisas sugerem que humanos do período neolítico se deslocavam de diversas partes da Inglaterra durante os meses de inverno para ajudar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117669-stonehenge-nao-foi-construido-na-inglaterra-diz-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">construir Stonehenge</a>. Isso aconteceu pelo menos entre 4 e 5 mil anos atrás.Para Mitchell, esses trabalhadores não viviam na região: boa parte deles era proveniente do sul da Grã-Bretanha. Durante o verão cultivavam e armazenavam suas colheitas e, com a chegada do inverno, se dirigiam para <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/85342-7-fatos-mitos-e-curiosidades-que-voce-talvez-desconheca-sobre-stonehenge.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stonehenge</a>, tanto para o processo de construção do monumento quanto para os festivais religiosos.</body>

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Fezes antigas revelam o que os construtores de Stonehenge comiam

Imagem de Como um engenheiro escondeu adegas de vinho sob a ponte do Brooklyn no megacurioso

Projeto foi bem-sucedido até à chegada da Lei Seca nos EUA

<head></head><body>As famosas torres da ponte do Brooklyn, em Nova York, não são as estruturas mais altas do Ocidente. No entanto, foram imortalizadas em filmes e séries diversas. Além disso, caminhar por essa ponte é quase que uma obrigação para qualquer turista que visite a cidade.Mas você sabia que, bem embaixo da ponte, há uma história <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103506-a-garrafa-de-vinho-que-esta-fechada-ha-1650-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">regada a vinho&nbsp;</a>que pouca gente conhece?<h2>As adegas secretas da ponte do Brooklyn</h2>No ano de 1876, após sete anos do início da construção e cerca de sete anos antes da conclusão da ponte do Brooklyn, duas adegas subterrâneas foram criadas: uma, no lado do Brooklyn e a outra do lado de Manhattan.Tudo começou antes da ponte existir e tem mais a ver com uma estratégia para angariar recursos financeiros do que para esconder vinhos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/28/28185819736033.jpg" alt="(Fonte: Chris Molloy/ Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Chris Molloy/ Pexels/ Reprodução)Por ocasião dos planos para a construção de uma estrada que ligaria o Brooklyn a ilha de Manhattan, o engenheiro-chefe de pontes, Washington Roebling, bem como seu pai, antes dele, estavam em dúvida sobre o que fazer com às duas instalações comerciais que funcionavam nos pontos de ligação de cada lado.Na &nbsp;margem do East River no Brooklyn, a Rackey's Wine Company já mantinha <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes-malucas/101881-vin-mariani-o-vinho-batizado-com-cocaina-que-virou-um-favorito-dos-papas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bons negócios envolvendo vinhos</a>. Do lado de Manhattan quem dominava o comércio de bebidas era a Luyties &amp; Co.E foi então que Roebling, que conhecia bem cada detalhe da construção enxergou uma solução simples para conseguir compensar alguns dos custos de seu projeto estimado em 15 milhões de dólares.Roebling conseguiu que duas adegas de vinhos fossem criadas uma de cada lado da ponte do Brooklyn.&nbsp;Além delas, a construção também contaria com diversas câmaras alugadas para comércios e empresas locais, que poderiam usar esses espaços para armazenar produtos.Com o passar do tempo esses espaços ganharam nomes de ruas francesas, bem como pinturas de videiras e vinícolas como decoração.Quando a ponte foi concluída, as adegas já estavam funcionando. Devido às ótimas características do lugar como temperatura e umidade adequadas para armazenar<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118508-propriedades-e-beneficios-do-vinho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;vinhos de excelência</a>, não demorou muito para que os nova-iorquinos começassem a comparar as adegas da ponte do Brooklyn com as melhores da França.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/28/28190205081034.jpg" alt="(Fonte: Joshua Woroniecki/ Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Joshua Woroniecki/ Pexels/ Reprodução)Por cerca de 40 anos os moradores do Brooklyn e de Manhattan puderam aproveitar a festa que acontecia sob a estrutura, embora muitos dos que passavam sobre ela não faziam ideia do que havia embaixo.Mas, como tudo o que é bom precisa ter um fim, no final da década de 1910, um movimento de moderação começou a tomar conta dos EUA e, com a chegada da Lei Seca, o vinho e demais bebidas alcoólicas desapareceram das adegas da ponte do Brooklyn (e de todo o país).Com isso, as instalações passaram a ser usadas para guardar jornais, o que não pareceu ser uma boa ideia devido à umidade.&nbsp;Após a Lei Seca, o vinho retornou ao lugar. Então, vieram as duas Grandes Guerras e as coisas mudaram novamente.&nbsp;</body>

Denisson Antunes Soares