Imagem de Bola de fogo cai do céu e transforma a noite em dia na China no megacurioso

Um objeto de fogo riscou os céus da China na meia-noite de 11 de outubro passado. O brilho projetou as sombras dos prédios nas avenidas de Songyuan

Uma bola de fogo ofuscante, possivelmente um meteorito, iluminou os c&eacute;us da China logo ap&oacute;s a meia-noite da &uacute;ltima sexta-feira&nbsp;e atingiu a fronteira das prov&iacute;ncias de Jilin e Heilongjiang, pr&oacute;ximo &agrave; cidade de Songyuan.
Captada&nbsp;por c&acirc;meras de vigil&acirc;ncia, a queda do fragmento ocorreu aos 16 minutos (hora de Pequim) e transformou a noite em dia por alguns momentos, projetando sombras escuras atrav&eacute;s das avenidas de Songyuan enquanto riscava o c&eacute;u com sua luz brilhante.
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Bola de fogo iluminou o c&eacute;u e projetou sombras nas ruas de Songyuan
<h2>&nbsp;A busca pelo objeto&nbsp;</h2>
De acordo com a TV estatal CCTV, cientistas da Academia de Ci&ecirc;ncias da China, baseados no Observat&oacute;rio da Montanha P&uacute;rpura, est&atilde;o examinando os v&iacute;deos de seguran&ccedil;a e outros gravados por observadores para determinar que tipo de objeto c&oacute;smico pode ter causado a emiss&atilde;o de luz brilhante, uma vez que nenhum fragmento&nbsp;foi encontrado no local e nem nas proximidades.&nbsp;
N&atilde;o foram tamb&eacute;m registradas ocorr&ecirc;ncias de feridos ou danos &agrave;s constru&ccedil;&otilde;es vizinhas.
No entanto, &eacute; prov&aacute;vel que o objeto seja um meteorito ou um fragmento de cometa, uma vez que a Terra est&aacute; passando por uma "nuvem" de detritos de cometa neste momento.
<h3>Previs&atilde;o de novos impactos</h3>
Os meteoros Orionides, que aparecem todos os anos em chuvas que chegam a 20 quedas por hora, est&atilde;o previstos em nossa atmosfera de 2 de outubro a 7 de novembro.&nbsp;&nbsp;
No entanto, explos&otilde;es por impacto, como a ocorrida na China, s&atilde;o raras, o que pode significar a necessidade de maior prote&ccedil;&atilde;o nos c&eacute;us para proteger a Terra dessas gigantescas rochas espaciais.
O Gabinete&nbsp;de Coordena&ccedil;&atilde;o de Defesa Planet&aacute;ria, criado pela NASA para proteger o planeta da queda de asteroides, admite que os n&iacute;veis de prote&ccedil;&atilde;o ainda est&atilde;o distantes dos que necessitamos.&nbsp;
Embora as possibilidades de que um asteroide de grandes propor&ccedil;&otilde;es atinja a Terra sejam pequenas &ndash; a NASA estima de uma em 300000 a chance anual de uma rocha espacial potencialmente perigosa colidir com o planeta&nbsp;&ndash; a perspectiva de desvasta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; imposs&iacute;vel.&nbsp;
Por isso, h&aacute; v&aacute;rios experimentos com outras ag&ecirc;ncias especiais na busca de um futuro grupo multinacional de defesa planet&aacute;ria.

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Bola de fogo cai do céu e transforma a noite em dia na China

Imagem de Nobel de Química 2019 premia um mundo recarregável no megacurioso

O Prêmio Nobel de Química 2019 foi para três cientistas que, por quase 50 anos, desenvolveram as baterias de íon lítio, hoje imprescindíveis no mundo moderno

No &uacute;ltimo dia 9, a Academia Real de Ci&ecirc;ncias da Su&eacute;cia concedeu o Nobel de Qu&iacute;mica 2019 aos cientistas que desenvolveram as baterias de &iacute;ons de l&iacute;tio. Admir&aacute;veis e imprescind&iacute;veis, s&atilde;o capazes de armazenar quantidades consider&aacute;veis de energia, inclusive de fontes solar e e&oacute;lica, acenando com a possibilidade de uma futura sociedade livre de combust&iacute;veis f&oacute;sseis.

<h2>As pesquisas</h2>

A hist&oacute;ria das baterias de &iacute;ons de l&iacute;tio come&ccedil;ou durante a chamada crise do petr&oacute;leo nos anos&nbsp;1970. O ingl&ecirc;s&nbsp;Stanley Whittinham&nbsp;pesquisava para a gigante Exxon novas tecnologias que pudessem produzir uma tecnologia de energias independentes de combust&iacute;veis f&oacute;sseis.

Pesquisando supercondutores e tendo descoberto um material extremamene rico em energia, ele criou, numa bateria de l&iacute;tio, um novo tipo de c&aacute;todo (el&eacute;trodo fonte da energia). Era feito de dissulf&iacute;deo de tit&acirc;nio que, em n&iacute;vel molecular, era capaz de abrigar, de forma intercalada, &iacute;ons de l&iacute;tio.

Tamb&eacute;m o &aacute;nodo (el&eacute;trodo positivo) era feito de l&iacute;tio, que permitia uma forte libera&ccedil;&atilde;o de el&eacute;trons, mas, apesar de ser o metal mais leve da tabela peri&oacute;dica, o l&iacute;tio &eacute; reativo o bastante para tornar aquela bateria muito explosiva tornando-a invi&aacute;vel.&nbsp;

<h3>As melhorias&nbsp;</h3>

O americano John Goodenough, que se tornou&nbsp;aos 97 anos&nbsp;a pessoa mais velha a receber o Nobel, apostou no grande potencial daquele c&aacute;todo inicial, por&eacute;m com a troca dos&nbsp;sulf&iacute;deos met&aacute;licos por &oacute;xidos. Em 1980, conseguiu demonstrar que o &oacute;xido de cobalto&nbsp;poderia dobrar a produ&ccedil;&atilde;o da bateria para quatro volts, o que abria um campos para baterias mais poderosas.

Utilizando a tecnologia de Goodenough, o japon&ecirc;s Akira Yoshino criou, j&aacute; em 1985, a primeira bateria de &iacute;ons de l&iacute;tio vi&aacute;vel. S&oacute; que&nbsp;em vez de usar o l&iacute;tio reativo no &aacute;nodo, substituiu-o por coque de petr&oacute;leo, um derivado rico em carbono que tem a propriedade de intercalar &iacute;ons de l&iacute;tio.

O resultado foi uma pilha leve, resistente&nbsp;e recarreg&aacute;vel por centenas de vezes antes de ter seu desempenho deteriorado. O grande diferencial das baterias de &iacute;ons de l&iacute;tio &eacute; que elas n&atilde;o se baseiam em rea&ccedil;&otilde;es qu&iacute;micas que danificam os el&eacute;trodos, mas nos &iacute;ons de l&iacute;tio fluindo para frente&nbsp;e para tr&aacute;s&nbsp;entre o &aacute;nodo e o c&aacute;todo.&nbsp;&nbsp;&nbsp;

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Nobel de Química 2019 premia um mundo recarregável

Imagem de Bares da Itália passam a usar canudos sustentáveis... de macarrão no megacurioso

Dentro do movimento mundial, que busca uma forma ecologicamente correta para eliminar o uso de canudos plásticos em restaurantes, bares italianos inovam e decidem usar canudos feitos de 'pasta'

Tetracampe&otilde;es mundiais de futebol, os italianos est&atilde;o mandando seus canudos pl&aacute;sticos para escanteio.&nbsp;Os frequentadores de bares na It&aacute;lia passaram a utilizar, para consumir&nbsp;suas bebidas, canudos feitos de macarr&atilde;o.
Divulgada pela rede social Reddit, a not&iacute;cia destacou: "Aqui na It&aacute;lia, os bares est&atilde;o come&ccedil;ando a utilizar macarr&otilde;es como canudos para reduzir o uso do pl&aacute;stico". E se autoelogiam: "Nossa tecnologia encanta o mundo mais uma vez".
Uma companhia londrina, chamada Stroodles, anunciou que seus clientes podem "beber com facilidade" e se manter ambientalmente respons&aacute;veis&nbsp;usando macarr&otilde;es sem sabor e biodegrad&aacute;veis &mdash; semelhantes &agrave; massa bucatini, um tipo de espaguete grosso com um buraco no meio &mdash; nos&nbsp;seus drinks gelados.
Os canudos s&atilde;o veganos, adapt&aacute;veis a qualquer tamanho de copo, embora n&atilde;o possam ser utilizados em bebidas quentes, segundo a empresa, a n&atilde;o ser que o usu&aacute;rio queira transformar tudo em uma sopa de macarr&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/11/a-11201110737305.jpg" alt="a" />Fonte: Reddit/GranFabio
<h2>Inspirando o mundo</h2>
O site &eacute; enf&aacute;tico: "Queremos inspirar o mundo e mostrar como &eacute; f&aacute;cil fazer o bem &mdash; com um Stroodle de cada vez. Com Stroodles, voc&ecirc; n&atilde;o tem que mudar comportamentos nem comprometer sua experi&ecirc;ncia de beber".&nbsp;&nbsp;
Uma caixa com 12 canudos pode ser adquirida por cerca de R$ 18,15, e um pacote econ&ocirc;mico, com 100, sai por aproximadamente R$ 67,50.
Os Stroodles se decomp&otilde;em no dia seguinte ap&oacute;s o uso "sem nenhuma a&ccedil;&atilde;o extra", o que &eacute; bem mais r&aacute;pido qua a maioria dos canudos de papel, que podem demorar 60 dias, afirma&nbsp;o porta-voz da empresa.
<h3>Um debate mundial</h3>
<a href="https://nypost.com/2019/08/05/mcdonalds-may-have-exaggerated-how-eco-friendly-their-straws-are/" tabindex="-1"><img alt="" data-widget="uploadimage" src="data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAIAAAAAAAP///yH5BAEAAAAALAAAAAABAAEAAAIBRAA7" /></a>O debate global sobre o uso de canudos pl&aacute;sticos atingiu um novo patamar no ano passado, quando a rede de restaurantes McDonald's decidiu elimin&aacute;-los&nbsp;de todas as suas lojas no Reino Unido e na Irlanda. Mas o que posteriormente se descobriu &eacute; que os novos canudos de papel n&atilde;o s&atilde;o recicl&aacute;veis e devem ser jogados fora junto com o lixo, de acordo com com um memorando interno.
Enquanto o mundo discute comportamentos, os Estados Unidos assistem de camarote ao debate, enquanto utilizam mais de 500 milh&otilde;es de canudos... por dia! A informa&ccedil;&atilde;o &eacute; da Eco-Cycle, a maior organiza&ccedil;&atilde;o de reciclagem do pa&iacute;s.
O ativista Julian Kirby, da associa&ccedil;&atilde;o Amigos da Terra, critica: "Por muito tempo, o debate est&aacute; parado sobre reciclagem e formas de lidar com o desperd&iacute;cio depois que ele &eacute; criado. Dever&iacute;amos refletir sobre como evitar esse desperd&iacute;cio".&nbsp;
E sugere: "L&aacute;bios tem sido uma solu&ccedil;&atilde;o alternativa por milh&otilde;es de anos".
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Bares da Itália passam a usar canudos sustentáveis... de macarrão

Imagem de Por que os sapos depositam seus ovos em pegadas de elefantes? no megacurioso

Pesquisadores americanos que estudavam o comportamento dos elefantes descobriram que suas pegadas deixadas no solo da floresta tropical abrigam viveiros de sapos

Os sapos de Mianmar, pa&iacute;s antes conhecido como Birm&acirc;nia, descobriram um lugar inusitado para depositar seus ovos e fazer seus &quot;ber&ccedil;&aacute;rios&quot;: as trilhas cheias de po&ccedil;as d&#39;&aacute;gua deixadas pelos elefantes no solo &uacute;mido das florestas tropicais.

Estudo feito por bi&oacute;logos e herpet&oacute;logos (estudiosos de r&eacute;pteis e anf&iacute;bios) da Universidade de La Verne da Calif&oacute;rnia, e publicado na revista Mammalia, afirma&nbsp;que a &aacute;gua acumulada dentro dos rastros dos elefantes duram mais de um ano&nbsp;e permanecem como um verdadeiro ecossistema lacustre, mesmo durante a estiagem, fornecendo um habitat&nbsp;tempor&aacute;rio e protegido de predadores para os anuros (sapos, r&atilde;s e pererecas). Essas trilhas poderiam funcionar como trampolins naturais a conectar essas popula&ccedil;&otilde;es de anf&iacute;bios.

<h2>Engenheiros de ecossistema</h2>

Muitos animais fornecem de gra&ccedil;a esse servi&ccedil;o essencial de criar&nbsp;habitat e construir &quot;resid&ecirc;ncias&quot;, ainda que provis&oacute;rias, para outras esp&eacute;cies que n&atilde;o s&atilde;o capazes de faz&ecirc;-las&nbsp;por si pr&oacute;prias. Embora possam parecer prec&aacute;rias, seriam vistas como arranha-c&eacute;us ou condom&iacute;nios de luxo no mundo humano.

Os elefantes asi&aacute;ticos, quando pisam, forrageiam e deixam&nbsp;o seu (n&atilde;o t&atilde;o pequeno) coc&ocirc;, formam uma enorme pegada ambiental, literalmente. Esses imprints paquid&eacute;rmicos s&atilde;o marcantes, e profundos.

<figure class="image"><img alt="" height="532" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/11/11171230743256.jpg" width="708" />
<figcaption>Fonte: De Gruyter</figcaption>
</figure>

Os h&aacute;bitos alimentares desses avantajados probosc&iacute;deos convertem faixas de vida vegetal em adubo que, a um s&oacute; tempo, enriquece o solo da floresta e fornece nutrientes para as criaturas terrestres e aqu&aacute;ticas. Ao derrubar galhos e &aacute;rvores, os elefantes acabam criando abrigos naturais para lagartos e pequenos mam&iacute;feros.

<h3>Salvem os elefantes! E os girinos!</h3>

Infelizmente, esse animal maravilhoso, o Elephas maximus, est&aacute; marcado na lista da&nbsp;IUCN (Uni&atilde;o Internacional para a Conserva&ccedil;&atilde;o da Natureza) como uma esp&eacute;cie amea&ccedil;ada de&nbsp;extin&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

Steven Platt, que liderou a equipe de pesquisadores nas florestas de Mianmar, alerta que: &quot;Quando voc&ecirc; perde uma esp&eacute;cie, pode, sem saber, estar afetando outras, e esse &eacute; motivo pelo qual proteger ecossistemas intactos, com a manuten&ccedil;&atilde;o da biodiversidade, &eacute; t&atilde;o importante.&quot;&nbsp;&nbsp;

Isso significa que, por mais que pare&ccedil;a sem nexo, salvar os elefantes de extin&ccedil;&atilde;o acaba sendo o mesmo que salvar os sapos, e todos os cond&ocirc;mino das pegadas daqueles grand&otilde;es. N&atilde;o tem muita l&oacute;gica, mas uma certa beleza.

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Por que os sapos depositam seus ovos em pegadas de elefantes?

Imagem de Nobel de Medicina 2019 premia importantes estudos sobre oxigênio no megacurioso

O renomado prêmio reconheceu a importância de pesquisas sobre como o oxigênio nas células regula processos vitais para os seres humanos

Todos os animais, a&iacute; inclu&iacute;dos os seres humanos, necessitam do oxig&ecirc;nio para converter os alimentos em energia &uacute;til. A import&acirc;ncia desse elemento vital para todos os seres vivos j&aacute; &eacute; conhecida h&aacute; s&eacute;culos.&nbsp;O que n&atilde;o se sabia, at&eacute; agora, era de que forma as c&eacute;lulas se adaptam &agrave;s altera&ccedil;&otilde;es dos n&iacute;veis de oxig&ecirc;nio em ambientes distintos.

As descobertas dos premiados William G. Kaelin Jr., Sir Peter J. Ratcliffe e&nbsp;Gregg L. Semenza revelaram o funcionamento do&nbsp;mecanismo que regula a atividades dos genes em resposta a varia&ccedil;&otilde;es dos n&iacute;veis de oxig&ecirc;nio.

Quando algum time de futebol do Brasil disputa um jogo em uma cidade de grande altitude (como na Bol&iacute;via ou no Peru), os jogadores t&ecirc;m mais dificuldade para respirar e redu&ccedil;&atilde;o na energia vital. Isso ocorre porque a redu&ccedil;&atilde;o do oxig&ecirc;nio atmosf&eacute;rico demanda do organismo mais gl&oacute;bulos vermelhos para transportar mais oxig&ecirc;nio para o corpo.&nbsp;

<h2>As descobertas</h2>

A debilidade pela falta de oxig&ecirc;nio cessa depois de certo tempo, pois o corpo se adapta. O americano Semenza descobriu justamente quais prote&iacute;nas induzem os genes a produzir mais hem&aacute;cias (o que ele chamou de HIF, em portug&ecirc;s fator induz&iacute;vel por hip&oacute;xia, ou redu&ccedil;&atilde;o do oxig&ecirc;nio).&nbsp;

O ingl&ecirc;s Ratcliffe estudou a rela&ccedil;&atilde;o entre esses genes e a quantidade de oxig&ecirc;nio existente no ambiente, e Kaelin Jr., que relacionava a presen&ccedil;a desses mesmos genes mutantes com o aumento da vulnerabilidade a certo tipos de c&acirc;ncer (doen&ccedil;a von Hippel-Lindau - VHL), descobriu que o comportamento desses segmentos&nbsp;estava diretamente ligado &agrave; resposta celular &agrave; falta de oxig&ecirc;nio.&nbsp;

Foi s&oacute; quando os estudos dos tr&ecirc;s m&eacute;dicos se juntaram que que eles perceberam como os n&iacute;veis de oxig&ecirc;nio regulavam a intera&ccedil;&atilde;o entre o VHL e o HIF.

<h3>Aplica&ccedil;&otilde;es na medicina e fisiologia</h3>

A descoberta da forma pela qual diferentes n&iacute;veis de oxig&ecirc;nio afetam os processos fisiol&oacute;gicos em nossos corpos traz imensos benef&iacute;cios, n&atilde;o apenas para a medicina curativa mas tamb&eacute;m para a fisiologia, desde a recupera&ccedil;&atilde;o de les&otilde;es e&nbsp;prote&ccedil;&atilde;o contra doen&ccedil;as, at&eacute; na melhoria do desempenho em exerc&iacute;cios f&iacute;sicos e pr&aacute;tica do esporte.&nbsp;

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Nobel de Medicina 2019 premia importantes estudos sobre oxigênio

Imagem de Novidades sobre a primeira planta levada pelos chineses à Lua no megacurioso

A sonda espacial chinesa que chegou à Lua em janeiro de 2019 transportou um micro-ecossistema com algumas formas de vida e os brotos de algodão produziram uma segunda folha em solo lunar

Quem j&aacute; se acostumou com as etiquetas made in China em todos os mercados, pode se preparar pois produtos chineses come&ccedil;am a ser produzidos... na Lua!

A sonda espacial chinesa Chang&#39;e-4 entrou para a hist&oacute;ria ao aterrisar em solo lunar no chamado &quot;lado escuro&quot; da Lua&nbsp;no dia 3 de janeiro de 2019. O equipamento transportava uma carga importante: uma mini-biosfera &mdash; na verdade, um pequeno cilindro de 2,6 kg e cerca de 16 cm de di&acirc;metro&nbsp;que recebeu o nome de Micro Ecossistema Lunas (LME, na sigla em ingl&ecirc;s).

Totalmente selado, o LME continha seis formas de vida&nbsp;conservadas em condi&ccedil;&otilde;es semelhantes &agrave;s da Terra, exceto pela microgravidade (1,62&nbsp;m/s&sup2;) e pela radia&ccedil;&atilde;o lunar. A &quot;hortinha&quot; espacial era&nbsp;formada por&nbsp;sementes de algod&atilde;o, de batata e de colza; fermento; ovos de mosca das frutas; e Arabidopsis thaliana, uma pequena planta utilizada em estudos bot&acirc;nicos.&nbsp;&nbsp;&nbsp;

<h2>Resultados</h2>

Embora a maioria dos organismos n&atilde;o tenha produzido nenhum resultado, as sementes de algod&atilde;o germinaram com sucesso. Na &eacute;poca do pouso, a equipe de terra pensava existir uma &uacute;nica folha da planta, mas an&aacute;lises recentes, uma reconstru&ccedil;&atilde;o em 3D baseada em an&aacute;lise de dados&nbsp; processamento de imagens, revelaram a presen&ccedil;a de duas folhas.

No entanto, como n&atilde;o h&aacute; aquecimento no LME, assim que findou o primeiro dia lunar, que equivale a 14 dias na Terra, os pequenos brotos de algod&atilde;o morreram&nbsp;quando a temperatura local despencou para 190&deg;C&nbsp;negativos. Mas a experi&ecirc;ncia continuou, desta vez para testar a longevidade do pr&oacute;prio LME.

<h3>Uma tartaruga na Lua?</h3>

Como ainda n&atilde;o existem trabalhos cient&iacute;ficos sobre a miss&atilde;o lunar chinesa, o l&iacute;der da experi&ecirc;ncia, Xie Gengxin, do Instituto de Pesquisas Tecnol&oacute;gicas da Universidade de Chongqing, prestou esclarecimentos sobre detalhes da pesquisa&nbsp;espacial. Entre eles, o de que foi cogitado o envio de uma tartaruga &agrave; Lua, ideia abortada devido &agrave;s conting&ecirc;ncias dessa miss&atilde;o relativas ao limite de peso.

Mas Xie e sua equipe j&aacute; est&atilde;o planejando uma pr&oacute;xima miss&atilde;o &agrave; Lua, quando planejam enviar novas formas de vida. Se essa miss&atilde;o permitir maior capacidade de carga &uacute;til, ser&aacute; poss&iacute;vel a remessa de esp&eacute;cies mais complexas, ainda n&atilde;o definidas.

J&aacute; est&aacute; marcada a viagem da Chang&rsquo;e-6, uma miss&atilde;o que vai levar novas amostras &agrave; Lua, que dever&aacute; ocorrer em meados de 2020. No ano passado, a China convidou parceiros internacionais para participar do envio de 10 kg adicionais de carga.

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Novidades sobre a primeira planta levada pelos chineses à Lua

Imagem de Quem foram os primeiros homens a voar? no megacurioso

Testemunhando uma cena banal numa tarde de 1782, um jovem francês, Joseph-Michel Montgolfier, teve um insight de construir o primeiro balão...

Como acontece com a maioria das inven&ccedil;&otilde;es, a realiza&ccedil;&atilde;o do grande sonho humano de voar ocorreu a partir de um incidente corriqueiro, quase c&ocirc;mico. Numa tarde do ano de 1782, na cidade de Avignon, na Fran&ccedil;a, o jovem Joseph-Michel Montgolfier&nbsp;presenciou uma cena inusitada: ca&iacute;da no campo ao lado de uma fogueira, a calcinha de sua esposa come&ccedil;ou a inflar e, levitando, foi elevada pelo vento.

O rapaz come&ccedil;ou a fantasiar um ataque &agrave; inexpugn&aacute;vel&nbsp;Fortaleza de Gibraltar com um ex&eacute;rcito erguido do ch&atilde;o por um artefato semelhante &agrave;quela calcinha, por&eacute;m maior.

<h2>Primeiros artefatos a voar</h2>

Assim, construiu&nbsp;um pequeno bal&atilde;o com um barco de madeira de 2,3 kg e 1,5 m de altura. Colocando-o sobre uma pequena fogueira, viu&nbsp;a geringon&ccedil;a subir a mais de vinte metros do ch&atilde;o. Com a ajuda do irm&atilde;o Jacques-&Eacute;tienne, o&nbsp;segundo teste foi com um barco maior e tamb&eacute;m mais pesado (7 kg). Feito em dezembro de 1782, terminou com o bal&atilde;o destru&iacute;do pois a for&ccedil;a de sustenta&ccedil;&atilde;o foi t&atilde;o grande que os cientistas perderam o controle da nave.&nbsp;

Decidiram, ent&atilde;o, fazer uma apresenta&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, para reivindicarem a autoria do invento do voar. O globo do novo bal&atilde;o possu&iacute;a 9 metros de di&acirc;metro, era feito de galhos e folhas mortas com tr&ecirc;s camadas de papel no interior pesando&nbsp;225 kg. A apresenta&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica ocorreu na cidade natal dos irm&atilde;os, Annonay. O voo foi um tremendo sucesso, estendendo-se por 2 km, durante mais de 10 minutos, numa altitude de 1.600 a 2 mil metros. Outra novidade foi a presen&ccedil;a de passageiros: uma ovelha, um galo e um pato, suspensos em uma gaiola.

<h3>O voo inaugural</h3>

Finalmente, no dia 21 de novembro de 1783, um enorme bal&atilde;o alaranjado constru&iacute;do pelos irm&atilde;os Montgolfier levou a&nbsp;bordo os primeiros humanos a voar: o f&iacute;sico Jean-Fran&ccedil;ois Pilatre de Rozier e um marqu&ecirc;s cujo nome a Hist&oacute;ria n&atilde;o registrou.&nbsp;

A partir desse voo inaugural com humanos, e mesmo com todos os perigos e contratempos, os voos em bal&otilde;es logo se tornaram um dos maiores espet&aacute;culos na Europa. Al&eacute;m da paisagem, ofereciam aos corajosos passageiros um piquenique com um card&aacute;pio sofisticado: pombo assado, croissant e limonada. Inesquec&iacute;vel.

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Quem foram os primeiros homens a voar?

Imagem de 1º cliente da Disneyland usa seu bilhete vitalício até hoje no megacurioso

No dia da inauguração do parque, um estudante resolveu se tornar o seu primeiro visitante e ganhou um ingresso infinito que vem usando nos últimos 64 anos!

Em um antigo filme da Disney (Pin&oacute;quio), havia uma can&ccedil;&atilde;o que dizia &ldquo;se o seu cora&ccedil;&atilde;o estiver no seu sonho, nenhum pedido &eacute; absurdo, quando voc&ecirc; fizer o desejo a uma estrela como os sonhadores fazem&rdquo;. Essas estrofes, que ganharam o Oscar de Melhor Can&ccedil;&atilde;o em 1940&nbsp;e se tornaram o hino da pr&oacute;pria Walt Disney Company, foram o lema de muitas pessoas a partir dos anos 1960. E parecem continuar sendo at&eacute; hoje. 
<h2 style="margin-bottom: 11px;">O Mundo de Ontem, de Amanh&atilde; e da Fantasia&nbsp;</h2>
Quando o famoso parque da Disney, a Disneyland, foi inaugurado para o p&uacute;blico no dia 18 de julho de 1955, a primeira pessoa de uma fila de 6 mil jovens que esperavam para&nbsp;ingressar no Mundo da Fantasia era um universit&aacute;rio escoc&ecirc;s de 22 anos chamado Dave MacPherson. Preocupado porque seu ingresso era o de n&uacute;mero 2, acabou sendo o primeiro visitante. Mais tarde, descobriu-se que o ingresso n&uacute;mero 1 havia sido comprado pelo irm&atilde;o de Walt, Roy Oliver Disney.
No entanto, o feito de Dave n&atilde;o foi um acaso. Observando pela TV a inaugura&ccedil;&atilde;o oficial do parque no dia anterior, encantou-se com todas aquelas celebridades curtindo todos os cen&aacute;rios da Terra da Fantasia. Ent&atilde;o uma ideia surgiu na sua cabe&ccedil;a: por que n&atilde;o ser o primeiro dos &ldquo;mortais&rdquo; a visitar o parque?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/09/a-09124232906063.jpg" alt="a" />Dave MacPherson compra o primeiro ingresso para entrar na Disneyland (Fonte: The Associated Press)
Como todo bom sonhador, levantou-se da poltrona, pegou sua moto e percorreu 16 quil&ocirc;metros entre sua casa em Long Beach e Anaheim, na Grande Los Angeles. Correu para a bilheteria, onde chegou &agrave;s duas horas da madrugada. 
<h3 style="margin-bottom: 11px;">Sonhos (ainda) se realizam</h3>
Quando o guich&ecirc; do parque abriu, Dave recebeu um presente inesperado: um bilhete vital&iacute;cio para visitar a Disneyland&nbsp;para o resto da vida.&nbsp;Dave MacPherson resolveu levar o convite ao p&eacute; da letra e, desde ent&atilde;o, vem visitando o parque todos os anos, ou seja, nos &uacute;ltimos 64 anos!
Atualmente, vem acompanhado de sua esposa Wanda&nbsp;e um casal de amigos, Martha e Joe Ortiz. Joe tamb&eacute;m era uma daquelas pessoas que estava na longa fila no dia da inaugura&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o foi o primeiro a visitar o parque.

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1º cliente da Disneyland usa seu bilhete vitalício até hoje

Imagem de Bactérias mutantes desafiam antibióticos no megacurioso

As chamadas superbactérias vêm utilizando vários mecanismos para resistir aos antibióticos

O uso indiscriminado de antibi&oacute;ticos &eacute; tido como o respons&aacute;vel pelo surgimento das chamadas &ldquo;superbact&eacute;rias&rdquo;. &nbsp;Esses perigosos organismos unicelulares possuem resist&ecirc;ncia a diversos antibi&oacute;ticos que teoricamente deveriam ser respons&aacute;veis por sua elimina&ccedil;&atilde;o nas infec&ccedil;&otilde;es. Tal&nbsp;fen&ocirc;meno, al&eacute;m de ser respons&aacute;vel por um total estimado de 700 mil mortes anuais, complica o tratamento de doen&ccedil;as at&eacute; ent&atilde;o facilmente control&aacute;veis, como pneumonia, tuberculose e gonorreia.
<h2>Tipos de resist&ecirc;ncia das bact&eacute;rias</h2>
S&atilde;o tr&ecirc;s os mecanismos de resist&ecirc;ncia bacteriana&nbsp;conhecidos. Em um deles, o chamado mecanismo enzim&aacute;tico de resist&ecirc;ncia, a bact&eacute;ria produz enzimas que deterioram o antibi&oacute;tico. Outra forma de resist&ecirc;ncia &eacute; a altera&ccedil;&atilde;o do local-alvo de atua&ccedil;&atilde;o do agente microbiano, obtida atrav&eacute;s da adi&ccedil;&atilde;o de um gene que &ldquo;mascara&rdquo; o alvo original. E, finalmente, na altera&ccedil;&atilde;o da permeabilidade da membrana celular, a bact&eacute;ria altera o n&uacute;mero, a seletividade ou o tamanho das porinas, prote&iacute;nas que controlam os canais pelos quais as subst&acirc;ncias conseguem passar para o espa&ccedil;o periplasm&aacute;tico e, em seguida, para o interior da c&eacute;lula.
Uma nova forma de resist&ecirc;ncia foi revelada na semana passada, quando uma equipe de pesquisadores da Newcastle University, liderada pela Dra. Katarzyna Mickiewicz, demonstrou que as bact&eacute;rias podem &ldquo;mudar de forma&rdquo; dentro do corpo humano, para &ldquo;driblar&rdquo;&nbsp; a a&ccedil;&atilde;o dos antibi&oacute;ticos, numa a&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o requer mudan&ccedil;as gen&eacute;ticas, ou seja, o microorganismo continua crescendo.
&nbsp;O estudo, publicado pela Nature Communications, explica que praticamente todas as bact&eacute;rias s&atilde;o envolvidas por uma estrutura chamada parede celular. Essa camada se assemelha a uma grossa jaqueta que funciona como prote&ccedil;&atilde;o aos estresses ambientais e evita o rompimento da c&eacute;lula. Al&eacute;m disso, &eacute; esse envolt&oacute;rio que determina a forma celular, como esferas ou bastonetes.
<h2>Muta&ccedil;&atilde;o de defesa</h2>
O que os pesquisadores agora descobriram &eacute; que diferentes esp&eacute;cies bacterianas, como a Escherichia coli e os Enterococcus tornaram-se capazes de sobreviver no corpo humano como c&eacute;lulas &ldquo;formato L&rdquo;, tipos de bact&eacute;rias descobertas em 1935 pela microbiologista alem&atilde; Emmy Klieneberger, cuja caracter&iacute;stica principal &eacute; n&atilde;o possuir parede celular. Se, por um lado, a aus&ecirc;ncia dessa r&iacute;gida camada torna as bact&eacute;rias mais fr&aacute;geis e deformadas, por outro elas se tornam invis&iacute;veis ao sistema imunol&oacute;gico, al&eacute;m de completamente resistentes a todos os tipos de antibi&oacute;ticos que t&ecirc;m como alvo espec&iacute;fico a parede celular. &nbsp;
A descoberta &eacute; mais um cap&iacute;tulo na constante batalha entre o homem e as bact&eacute;rias. Cada avan&ccedil;o cient&iacute;fico, no entanto, implica na conhecida adaptabilidade evolutiva.

Jorge Marin