Imagem de Marte está girando mais rápido e os cientistas não sabem por que no megacurioso

Cientistas usaram dados da sonda InSight para estudar núcleo, manto e atmosfera de Marte, que evidenciaram uma lenta aceleração na rotação do planeta

<head></head><body>Definido como "um experimento histórico" por cientistas do Observatório Real da Bélgica, um estudo constatou que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126947-explosao-solar-e-sentida-em-marte-lua-e-terra-pela-1-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o planeta Marte passou a girar mais rápido</a>. Ainda sem uma explicação comum para o motivo, a velocidade de rotação está aumentando à taxa de 4 milissegundos por ano, o que corresponde a um encurtamento do dia marciano em frações de milissegundo.&nbsp;Para conseguir detectar tais alterações tão sutis, os autores do estudo utilizaram dados fornecidos pela InSight, uma sonda espacial da NASA <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110205-missao-insight-pousa-com-sucesso-em-marte-e-ja-envia-foto-para-a-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que pousou no Planeta Vermelho em 26 de novembro de 2018</a>. Apesar de ficar sem energia em dezembro do ano passado, o transponder de rádio do equipamento (conhecido como RISE) conseguiu coletar mais de quatro anos de dados.O artigo publicado recentemente na revista Nature trabalhou com medições feitas nos primeiros 900 dias da missão em Marte: o funcionamento do RISE consistia em enviar ondas de rádio para o espaço e avaliar quanto tempo elas levavam para voltar à superfície do planeta. Foi como se a InSight fotografasse cada giro planetário.<h2>Por que Marte está girando mais rápido?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/NTo5-YsjWlI" title="How NASA Uses Gravity and Radio Waves to Study Planets and Moons" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O estudo não expressa um consenso sobre o que está causando realmente a aceleração na rotação de Marte, mas algumas teorias são discutidas. Uma delas propõe que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124971-novo-mapa-em-alta-definicao-revela-os-segredos-de-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o acúmulo de gelo nos polos do planeta</a> pode estar alterando a distribuição de sua massa.&nbsp;Outra explicação, o chamado rebote pós-glacial, afirma que massas de terra podem se elevar após terem sido soterradas pelo gelo por milênios.&nbsp;Finalmente, há a questão do núcleo marciano, observado de forma inédita pela InSight. O estudo revelou um núcleo irregular, menor que o da Terra, mas extenso em relação ao planeta. Nessa teoria, o material derretido se “espalha” à medida que Marte gira.<h2>Qual a importância das descobertas da sonda InSight?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10135244312176.jpg" alt="(Fonte: NASA/JPL-Caltech)">(Fonte: NASA/JPL-Caltech)Conhecer a estrutura interior <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126816-lua-de-marte-vai-cair-sobre-o-planeta-sera-que-a-nossa-tambem-vai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e também a atmosfera de Marte</a> é fundamental para compreender como o planeta se formou e evoluiu. A grande questão até agora é que esses dados sobre o interior planetário ainda não estavam acessíveis. Nesse sentido, os dados da missão InSight representam um ponto de inflexão, pois permitiram separar informações do núcleo, do manto e da crosta.&nbsp;A análise dos sinais do RISE possibilitou uma medição inédita da chamada "nutação", que é como o planeta oscila devido à agitação do seu interior líquido. Isso eliminou de vez a tese de um núcleo totalmente sólido em Marte, estimando a existência de um núcleo líquido com "raio de 1.835 quilômetros, com margem de erro de 55 quilômetros, e uma densidade média de 5.955 a 6.290 quilos por metro cúbico", diz o estudo.&nbsp;"Resultados como este fazem todas essas décadas de trabalho valerem a pena", declarou em um release Bruce Banerdt, coautor do trabalho que se aposentou do cargo de principal pesquisador da InSight, após 46 anos de trabalho.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.214Z

Marte está girando mais rápido e os cientistas não sabem por que

Imagem de Como um pássaro consegue prever como vai ser a temporada de furacões? no megacurioso

Uma pesquisa cientifica demonstrou que o padrão reprodutivo e o tamanho da ninhada dos tordos nos EUA são preditores de furacões no oceano Atlântico

<head></head><body>Um estudo publicado na revista Scientific Reports em 2018 conseguiu comprovar uma relação a princípio improvável, mas com impactos sociais significativos. Segundo o seu autor, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124743-passageiros-clandestinos-as-aves-que-pegam-carona-em-navios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os padrões de migração do pássaro tordo</a> (Catharus fuscescens) — do estado de Delaware, nos EUA, até a América do Sul — conseguiram prever com exatidão a intensidade da temporada de furacões na Bacia do Atlântico Norte.De acordo com o autor da pesquisa, Christopher Heckscher, que é ecologista e professor da Universidade Estadual do Delaware, durante os anos mais tempestuosos, esses pássaros encerravam sua temporada de reprodução mais cedo e adiantavam sua ida para a América do Sul. Entretanto, nos anos mais amenos, eles permaneciam por mais tempo no leste norte-americano.“<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123058-qual-ciclone-causou-mais-danos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os furacões ocorrem</a> ao mesmo tempo em que [os tordos] estão migrando. Se terminarem a época de reprodução mais cedo, podem chegar lá mais cedo. Faz sentido que eles descubram isso de alguma forma”, explicou Heckscher à National Geographic.<h2>Como os tordos conseguem prever furacões?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/02/02151301844318.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Perguntado pela publicação norte-americana sobre o que os pássaros estão prevendo para 2023, o ecologista respondeu que, como as ninhadas do tordo terminaram na terceira semana de julho, ainda é cedo para determinar o que vem por aí. No entanto, assegura, em três das últimas quatro temporadas de furacões no Atlântico, as previsões foram tão precisas, e em alguns casos até mais precisas, do que a meteorologia oficial.Heckscher acha que essas informações meteorológicas chegam aos pássaros no norte da América do Sul, para onde se mudam durante o inverno no Hemisfério Norte. Isso faz sentido, pois são os padrões climáticos dessa região que influenciam, em larga escala, as estações de furacões bem antes que o ciclone tropical se forme. A explicação teria a ver com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125675-o-que-significam-tantos-recordes-de-temperaturas-altas-recentemente-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os eventos El Niño e La Niña</a>. Durante o primeiro, a água do Oceano Pacífico é mais quente, e esse calor produz ventos que destroem os furacões. Mas o El Niño produz também mais chuvas no sul, o que significa mais frutas disponíveis para os tordos. Assim, teoriza Heckscher, uma dieta mais rica faria com que os tordos retornassem à América do Norte em sua melhor forma para reproduzir.&nbsp;<h2>Como foi feita a pesquisa com os tordos?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;AlbertHerring/Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c6/Veery_Nest_with_chicks_%28Catharus_fuscescens%29_%287686084330%29.jpg/1280px-Veery_Nest_with_chicks_%28Catharus_fuscescens%29_%287686084330%29.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/02/02160013482350.jpg" alt="(Fonte: AlbertHerring/Wikimedia Commons)">(Fonte: AlbertHerring/Wikimedia Commons)Usando relatos de observadores de ninhos, de 1998 a 2016, Heckscher percebeu que, em determinados anos, as fêmeas de tordos sem sucesso reprodutivo interrompiam suas tentativas de renidificação (segunda postura).&nbsp;Como essa fenologia tem efeito direto no momento da migração, o autor testou a hipótese de que a interrupção precoce da nidificação ocorre em anos com tendência para a alta atividade de furacões. Para comprovar sua teoria, ele testou a relação entre tamanho da ninhada e atividade ciclônica posterior. Se os padrões reprodutivos são afetados por estações ativas de furacões ou se essa limitação ocorre por condições ambientais anteriores, ambos os fenômenos devem ser considerados preditores dessas tempestades.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.968Z

Como um pássaro consegue prever como vai ser a temporada de furacões?

Imagem de 90% dos trabalhadores brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil por mês no megacurioso

Em um país onde o IBGE consegue definir muito bem quem são os 90% mais pobres, não há uma estratificação clara dos 1% mais ricos

<head></head><body>Um tweet publicado no domingo (6), com mais de 1,1 milhão de visualizações, trouxe à tona uma realidade antiga, mas sempre presente: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121559-projeto-quer-diminuir-a-pobreza-da-maneira-mais-simples-distribuindo-renda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a desigualdade social no Brasil.</a> Com base em dados da Pnad Contínua – Rendimento de todas as fontes 2019, do IBGE, o site CHOQUEI destaca a informação de que 90% dos brasileiros tinham renda inferior a R$ 3.422 no período analisado.Mas a coisa não para por aí: do lado oposto da pirâmide, ou seja, naquele pequeno topo de 1% onde ficam os chamados ricos, o “ponto de corte” estava na época do levantamento em R$ 28.659. Já naquela base dos 90% que ganham menos de R$ 3.422, 70% do total eram constituídos de pessoas que ganhavam até dois salários mínimos, ou R$ 1.871 na época.Dessa forma, embora a base da pirâmide esteja bem definida, há um problema com aquele grupo dos 1% mais ricos. Ali, o IBGE junta desde profissionais liberais, como advogados e engenheiros, até a elite do funcionalismo público, aí incluídas autoridades como promotores, procuradores, auditores e políticos em geral. Mas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122264-6-das-pessoas-mais-ricas-que-ja-pisaram-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o IBGE deixe de lado a riqueza na forma de grandes fortunas herdadas</a>, que, aliás, são sempre subestimadas nos recenseamentos.<blockquote class="twitter-tweet">??ATENÇÃO: 90% dos brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil no trabalho. <a href="https://t.co/jjJ4CSSY7P">pic.twitter.com/jjJ4CSSY7P</a>— CHOQUEI (@choquei) <a href="https://twitter.com/choquei/status/1688227426650800128?ref_src=twsrc%5Etfw">August 6, 2023</a></blockquote><h2>Será que todos que estão no topo da pirâmide são ricos?</h2>Embora para os 90% dos que vivem abaixo da linha de R$ 3.422 seja fácil compreender o que é ser pobre, pois eles sabem por experiência própria, é difícil definir o que é ser rico, pois essa noção acaba sendo subjetiva. Será que é ter dinheiro o bastante para parar de trabalhar? Ou ter carro importado? Na falta de um consenso acadêmico, <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/101181-ostentacao-as-20-celebridades-mais-ricas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">muita gente associa riqueza a ostentação.</a>De acordo com o sociólogo e pesquisador do Ipea, Pedro Ferreira de Souza, apesar de o IBGE conseguir estratificar muito bem os 90% mais pobres da população, "nos 10% mais ricos, quanto mais para cima, maior a subestimação", afirma ele à BBC News Brasil.&nbsp;Assim, nesse clubinho dos que ganham mais do que R$ 28 mil, o Pnad acaba colocando em mesmo compartimento profissionais bem remunerados e alguns bilionários super-ricos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07214943945010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<h2>Por que é importante conhecer o topo da pirâmide?</h2>Para o Brasil que, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125571-censo-2022-8-revelacoes-sobre-a-populacao-brasileira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em torno de desigualdade social,</a> está no mesmo patamar de Lesoto, Botsuana, Moçambique e África do Sul, é importantíssimo conhecer o topo da pirâmide social por dois motivos, diz Souza.&nbsp;Primeiramente, porque quando um pequeno percentual da população concentra grande parte dos recursos, ela tende a "usar todos os meios possíveis <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124981-religiao-e-usada-para-barrar-liberdade-e-democracia-segundo-estudos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para converter o poder econômico em influência política</a> e, assim, conseguir enriquecer ainda mais".Segundo, porque é preciso saber onde o dinheiro está em tese "sobrando" para melhora a qualidade de vida dos mais pobres. Não se trata de confisco, diz o sociólogo, "mas do padrão de Estados Unidos e Europa: tributar onde tem mais dinheiro concentrado e gastar onde tem mais necessidades", conclui.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.823Z

90% dos trabalhadores brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil por mês

Imagem de Shows de Taylor Swift causam terremotos nos EUA no megacurioso

Os dois shows da cantora Taylor Swift em Seattle provocaram abalos sísmicos comparáveis a um famoso touchdown ocorrido no estádio dos Seahawks

<head></head><body>Os <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/264822-taylor-swift-brasil-confira-filmes-producoes-cantora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dois shows da cantora Taylor Swift</a> em Seattle, nos EUA, nos dias 22 e 23 de julho, provocaram uma reação inesperada: dois verdadeiros abalos sísmicos, ambos com magnitude 2,3, conforme medições feitas por uma sismóloga. De acordo com o The New York Times, o "Swift Quake" começou quando ela cantou a música Shake It Off, que, em uma possível tradução para o português, seria "sacode a poeira".O público — de cerca de 70 mil pessoas em cada apresentação — sacudiu, e o chão também sacudiu, registrando uma aceleração máxima do solo de aproximadamente 0,011 metros por segundo ao quadrado, explicou ao The New York Times a professora de sismologia da Universidade do Oeste de Washington (WWU) Jackie Caplan-Auerbach.Essa aceleração <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265342-funciona-rede-sismografos-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é usada pelos sismógrafos</a> para medir as vibrações do solo convertidas em impressões gráficas e comparadas à chamada escala Richter, medida comum para terremotos. Embora o tremor verificado durante os shows não tenha sido percebido pelo público em geral, atraiu comparações com outro fenômeno parecido, no mesmo estádio, em 2011, que ficou conhecido<h2>O Beast Quake</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/04/04170053575253.jpg" alt="(Fonte: Seattle Seahawks)">(Fonte: Seattle Seahawks)Por coincidência, o chamado Beast Quake ocorreu no mesmo estádio — Lumen Field — que na época se chamava CenturyLink Field, quando os donos da casa, a equipe de futebol americano dos Seahawks marcou um touchdown definitivo no jogo contra o time dos New Orleans Saints.&nbsp;O encontro ocorreu no dia 8 de janeiro de 2011, pelos playoffs da temporada de 2010. O "Beast Quake" aconteceu no quarto período. No lance, o running back (corredor) Marshawn Lynch, conhecido como "Beast Mode", percorreu cerca de 67 jardas, o equivalente a 61 metros até chegar à end zone e marcar o histórico touchdown da vitória dos Seahawks.Segundo Mouse Reusch, da Rede Sísmica do Noroeste do Pacífico, a explosão dos torcedores naquele dia provou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124452-e-possivel-que-um-terremoto-destrua-o-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um terremoto de magnitude 2.0</a>. Conforme o NYT, o "Swift Quake" foi registrado na mesma estação sísmica, que fica nas imediações do Lumen Field.&nbsp;<h2>Swift Quake x Beast Quake</h2><blockquote class="twitter-tweet">I guess I should show the data. Swifties &gt; Seahawks fans. (except data from the concert may not be caused by the fans--it may be the sound system, so not really a fair comparison). <a href="https://t.co/szwowOYQFi">pic.twitter.com/szwowOYQFi</a>— Jackie Caplan-Auerbach ???? ?? (@geophysichick) <a href="https://twitter.com/geophysichick/status/1684371877568090113?ref_src=twsrc%5Etfw">July 27, 2023</a></blockquote>A discussão sobre os dois terremotos provocados por torcedores e fãs foi detectada por Caplan-Auerbach em um grupo de terremotos no noroeste do Pacífico, que ela modera no Facebook.&nbsp;Para responder aos seus seguidores e também tirar suas próprias dúvidas, a sismóloga pegou os dados das duas noites do show de Taylor Swift e logo percebeu "que eram claramente o mesmo padrão de sinais", disse ela à CNN.Ao comparar as magnitudes do "Beast Quake" e do "Swift Quake", &nbsp;Caplan-Auerbach apurou uma pequena diferença 0,3. Porém, como a escala Richter é logarítmica, o tremor provocado pelos Swifties foi considerado mais do que "duas vezes mais forte" do que no jogo Seahawks em 2011, concluiu Caplan-Auerbach.&nbsp;A partir de 18 de novembro <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125105-como-funcionam-as-pulseiras-de-led-em-shows.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o show The Eras Tour estará no Brasil</a>. Preparem os sismógrafos!</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.643Z

Shows de Taylor Swift causam terremotos nos EUA

Imagem de Verme de 46 mil anos é ressuscitado no permafrost por cientistas no megacurioso

Os vermes reanimados por cientistas estavam enterrados no permafrost em um estado de metabolismo suspenso conhecido como criptobiose

<head></head><body>De dentro do permafrost siberiano, solo congelado há mais de 46 mil anos, uma equipe de pesquisadores <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123745-cientistas-despertam-virus-congelado-de-48-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conseguiu reviver nematoides pré-históricos</a>. De acordo com um artigo publicado recentemente na revista PLOS Genetics, os vermes permaneceram milhares de anos em criptobiose, um estado de extrema inatividade que interrompe todos os processos metabólicos do organismo. &nbsp;Efetivamente congelados no tempo, esses microrganismos permaneceram em estado de dormência biológica para sobreviver às condições ambientais extremas de frio que os matariam se permanecessem ativos. Durante a criptobiose, as células desidratam e formam estruturas resistentes para preservação dessas unidades estruturais.&nbsp;No estudo, os pesquisadores determinaram que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124866-cientistas-querem-clonar-bisao-extinto-encontrado-no-permafrost.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os organismos ressuscitados</a> são membros de uma espécie ainda desconhecida, e os batizaram como Panagrolaimus kolymaensis, em homenagem ao rio Kolyma, que fica próximo ao local onde os vermes foram encontrados. Por meio de datação por radiocarbono, a equipe constatou que esses indivíduos estavam em criptobiose dese o final do Pleistoceno (há aproximadamente 46 mil anos).&nbsp;<h2>Animais que utilizam a criptobiose</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01150126997301.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A criptobiose não é um recurso exclusivo dos nematoides: outros animais, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/89483-cientistas-conseguem-reviver-urso-d-agua-depois-de-30-anos-de-congelamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como os microscópicos tardígrados e rotíferos,</a> também são capazes de entrar no estado inativo para conseguir sobreviver em condições adversas.Um exemplo notável foi o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121443-6-doencas-causadas-por-bacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um esporo bacteriano de Bacillus</a> (bactéria em forma de bastonete) viveu em âmbar entre 25 milhões e 40 milhões de anos, de acordo com o artigo. Outro caso citado foi o de uma semente de lótus, que germinou depois de passar de 1 mil a 1,5 mil anos em um lago antigo.&nbsp;No entanto, o tempo máximo de sobrevida de um nematoide registrado até hoje era de apenas 39 anos.<h2>A criptobiose poderia ser usada em seres humanos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01154407522321.jpg" alt="(Fonte: Shatilovich et al.)">(Fonte: Shatilovich et al.)Para identificar os genes envolvidos na criptobiose, os cientistas compararam o seu P. kolymaensis <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125041-vermes-nematoides-tambem-ficam-com-larica-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com o Caenorhabditis elegans,</a> um nematoide normalmente usado como modelo em pesquisas científicas. Após identificar genes em comum entre os dois tipos de vermes, os autores perceberam que ambas as espécies aumentaram a produção de um açúcar chamado trealose, logo após dessecadas em laboratório para simular uma condição severa.&nbsp;No caso do P. kolymaensis, a leve exposição à dessecação antes do congelamento não só ajudou esses nematoides a se preparar para a criptobiose, mas também melhorou sua taxa de sobrevivência a -80 °C. Já as larvas do C. elegans chegaram a sobreviver 480 dias na mesma temperatura sem qualquer redução da viabilidade ou reprodução após o descongelamento.&nbsp;Perguntados pelo Wall Street Journal sobre a possibilidade de os segredos da criptobiose poderem auxiliar seres humanos a sobreviver congeladas em futuros lançamentos ao espaço, os cientistas reconheceram que essa possibilidade ainda se encontra apenas no campo da ficção científica. No entanto, estudos mais aprofundados sobre o tema podem revelar mecanismos capazes de tonar as pessoas mais resilientes, teorizam.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.101Z

Verme de 46 mil anos é ressuscitado no permafrost por cientistas

Imagem de Fóssil de aranha de 310 milhões de anos é encontrado na Alemanha  no megacurioso

O espécime descoberto no sítio de fósseis de Piesberg é a primeira aranha da Era Paleozoica já encontrada na Alemanha

<head></head><body>Uma pesquisa publicada recentemente na revista PalZ identificou um fóssil de aracnídeo datado entre 310 e 315 milhões de anos como a primeira aranha da Era Paleozoica já encontrada na Alemanha. Além disso, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124745-nova-especie-de-aranha-gigante-e-descoberta-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trata-se de uma espécie nova,</a> prontamente nomeada Arthrolycosa wolterbeeki em homenagem ao seu descobridor, o geocientista Tim Wolterbeek.Wolterbeek, que é pesquisador da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, retirou o fóssil da nova aranha dos estratos de Piesberg, na Alemanha, que datam do Carbonífero Superior (moscoviano), uma camada geológica que faz parte da Era Paleozoica. O espécime foi repassado ao especialista em fósseis de aracnídeos, dr. Jason Dunlop, do Museu de História Natural de Berlim.&nbsp;Usando uma câmera Canon EOS R, Dunlop fotografou o fóssil sob álcool para obter uma melhor visualização. Apesar de sua idade incrível, o fóssil apresenta uma representação quase perfeita da aranha paleozoica. Posteriormente, o especialista utilizou um estereomicroscópio para fazer desenhos interpretativos do espécime.&nbsp;<h2>Por que o fóssil foi identificado como de uma "aranha de verdade"?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31181047279441.jpg" alt="(Fonte: Jason Dunlop/PalZ)">(Fonte: Jason Dunlop/PalZ)A aranha identificada no registro fóssil de 310 milhões de anos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126703-aranhas-gigantes-aterrorizam-minas-abandonadas-no-mexico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi chamada de "aranha de verdade"</a> para diferenciá-la de outra ordem de aracnídeos do paleozoico, chamados de trigonotarbídeos, parentes antigos e generalizados das aranhas.Diferentemente desses bichos alongados e espinhentos, a Arthrolycosa wolterbeeki possui algumas características comuns com as aranhas modernas, como oito pernas, dois segmentos corporais (cefalotórax e abdome), um par de quelíceras com presas, um par de pedipalpos (estruturas para manipular suas vítimas)&nbsp;e uma fiandeira de seda.&nbsp;Embora existam atualmente mais de 51 mil espécies recentes de aranhas (classe Arachnida: ordem Araneae) e um registro fóssil com 1.427 espécies extintas, as espécies carboníferas são raríssimas, limitando-se agora a apenas 12 conhecidas.&nbsp;<h2>Por que poucas aranhas carboníferas foram preservadas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31181746760448.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A fossilização não é um processo tão simples como alguns podem pensar, pois requer algumas condições particulares para ser concluído. Para se ter um fóssil de aranha, é preciso que o corpo do animal — de estrutura delicada em sua maioria — seja coberto por sedimentos, como lama ou areia, logo após a morte.&nbsp;Uma indicação de por que isso não acontece muito com a A. wolterbeeki é a sua notável semelhança com as aranhas mesotheles atuais. De aparência primitiva, esses aracnídeos vivem em tocas subterrâneas para capturar suas presas. Isso limita suas oportunidades de fossilização, visto que raramente entram em conta com corpos de água necessários para preservá-las.&nbsp;Uma possível causa, quando se trata de aranhas fêmeas, seria sua conhecida tendência em levar uma vida sedentária. No entanto, a ausência de um palpo masculino nos fósseis do Carbonífero indica que também os machos não foram preservados. Seja como for, o fóssil de Piesberg se tornou agora um importante holótipo dos Araneae, ou seja, um espécime único e individual que se transforma em referência oficial de uma espécie nova. &nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.054Z

Fóssil de aranha de 310 milhões de anos é encontrado na Alemanha 

Imagem de Projeção da consciência: como a ciência explica as "experiências fora do corpo" no megacurioso

Pesquisadores examinaram pacientes com epilepsia e identificaram uma região cerebral que pode causar sensações de leveza ou queda se estimulada

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125080-e-possivel-separar-a-inteligencia-do-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As experiências extracorpóreas</a>, um fenômeno observado em cerca de 5% a 10% da população mundial, tem sido relatado há séculos em diversas culturas, sem que se tenha estabelecido uma causa comum. Agora, um estudo publicado na revista Neuron pode ter, finalmente, localizado no cérebro humano a origem dessas “viagens”.Experiências fora do corpo ocorrem em determinadas situações: sob anestesia, nas chamadas experiências de quase morte <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125212-por-que-ainda-acreditamos-que-a-paralisia-do-sono-e-misteriosa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ou na paralisia do sono</a>, distúrbio no qual o indivíduo fica temporariamente incapaz de falar ou se mover. Durante os episódios, as pessoas se sentem flutuando, até se separar do próprio corpo, e vê-lo de cima.&nbsp;No estudo, a equipe da Universidade de Stanford, liderada pelo dr. Josef Parvizi, rastreou esses sintomas de dissociação até um "pedaço de cérebro com aparência de salsicha" aninhado entre os dois hemisférios: o precúneo anterior.&nbsp;A estrutura foi considerada crucial para transmitir a sensação de uma pessoa habitar o seu próprio corpo, ou eu corporal, segundo os autores.&nbsp;<h2>Como os cientistas descobriram a fonte das experiências extracorpóreas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/27/27183251051653.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A ideia da pesquisa surgiu em 2019, quando um paciente epiléptico revelou ao dr. Parvizi que às vezes se via flutuando e agindo&nbsp;“como um observador de conversas” agindo dentro da sua própria mente. Em entrevista à emissora NPR, o neurocientista disse que teve um insight de que a região do paciente afetada pela epilepsia poderia ser responsável pelo estado alterado de consciência.&nbsp;Após localizar no precúneo anterior as convulsões desse paciente, Parvizi e seus colegas estimularam eletricamente a mesma área eu outros oito voluntários com epilepsia, que já tinham <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124528-o-que-acontece-se-voce-separar-os-dois-lados-do-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eletrodos inseridos em seus cérebros</a> para orientar cirurgias cerebrais. Embora não se sentissem flutuando, esses pacientes se mostraram tontos, dissociados e menos focados, como se tivessem consumido psicodélicos.&nbsp;<h2>Quais as implicações da pesquisa?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/27/27195219453677.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A conclusão foi que o pré-cúneo anterior é a provável sede do senso físico de identidade de uma pessoa, ou seja, a sensação de que as experiências estão acontecendo com ela mesma, e não com outra. "Achamos que essa pode ser uma maneira de o cérebro marcar todas as experiências no ambiente como 'minhas'", disse Parvizi à NPR.Dessa forma, diz o estudo, o sentido físico/corporal de si mesmo — o "eu" — é diferente da dimensão narrativa do si mesmo — o "mim" — que está relacionada com pensamentos, conscientes ou não, de memórias passadas ou do planejamento do futuro. &nbsp;Mas, quando o pré-cúneo é estimulado, as pessoas se sentem separadas dos seus pensamentos, e separadas de seus corpos.Outros especialistas ouvidos pela emissora americana afirmaram que as descobertas apresentadas no estudo podem orientar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124209-transtornos-mentais-distintos-podem-ter-origem-em-comum-sugere-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novos tratamentos para transtornos mentais</a> de pacientes com sintomas relacionados a dissociação. Há também perspectivas promissoras para aplicações no campo da anestesia, uma vez que as sensações produzidas por essas ondas cerebrais são parecidas com as provocadas pela droga anestésica cetamina.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:02.868Z

Projeção da consciência: como a ciência explica as 'experiências fora do corpo'

Imagem de Você sabia que os pontinhos brancos dos morangos não são sementes? no megacurioso

E, na verdade, os morangos não podem nem ser considerados como fruto

<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111743-saiba-porque-um-morango-parece-vermelho-mesmo-quando-nao-e.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quando consumimos um morango</a>, muitas vezes admiramos sua textura deliciosa e nos perguntamos o motivo pelo qual aquelas sementinhas brancas n&atilde;o atrapalham o sabor do fruto. S&oacute; que, nesta pergunta cometemos dois erros bot&acirc;nicos: primeiramente porque aqueles pontos brancos n&atilde;o s&atilde;o sementes, e tamb&eacute;m porque o morango n&atilde;o &eacute; um fruto.
Para come&ccedil;ar a entender esse mist&eacute;rio, iremos partir do princ&iacute;pio que, de uma forma bem simplificada, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124915-fruta-milagrosa-a-fruta-que-deixa-tudo-com-sabor-doce.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os frutos s&atilde;o ov&aacute;rios maduros da planta</a>, originados depois da fecunda&ccedil;&atilde;o. Mas, se os pontinhos brancos n&atilde;o s&atilde;o sementes, essa polpa que devoramos &mdash; que nos frutos carnosos &eacute; chamada de "baga" &mdash; n&atilde;o &eacute; uma baga.
Cientificamente falando, aqueles pontinhos brancos dos morangos chamados de aqu&ecirc;nios e eles s&atilde;o os verdadeiros frutos, pois cada um cont&eacute;m uma min&uacute;scula semente em seu interior. Assim, os aqu&ecirc;nios est&atilde;o presos ao recept&aacute;culo da flor (a parte branca do morango) e s&atilde;o eles os ov&aacute;rios que, quando maduros, secam e s&atilde;o dispersos pelo vento.&nbsp;
<h2>Mas, se n&atilde;o s&atilde;o frutos nem bagas, o que s&atilde;o os morangos?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/27/fonte-getty-images-27162656275551.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Os morangos s&atilde;o chamados cientificamente de frutos agregados, pois s&atilde;o apenas o tecido do recept&aacute;culo inchado que mant&eacute;m v&aacute;rias frutinhas que carregam, cada uma delas, uma semente em seu interior. Diferentemente das frutas, quando a flor do morango &eacute; polinizada, ela n&atilde;o incha, mas sim o recept&aacute;culo, carregando consigo v&aacute;rios aqu&ecirc;nios branquinhos secos. Eles tamb&eacute;m n&atilde;o s&atilde;o bagas porque s&oacute; possuem uma &uacute;nica semente.
Finalmente, para complicar ainda mais as coisas, &eacute; preciso revelar um segredo: essas sementinhas dos aqu&ecirc;nios n&atilde;o s&atilde;o utilizadas para fazer culturas de morango. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119844-6-frutas-que-simplesmente-nao-nascem-em-arvores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A maioria dos morangueiros</a> produz umas hastes finas chamadas "estolhos", que crescem a partir da base da planta-m&atilde;e. Funcionando como pequenos clones de morango,&nbsp;essas estruturas &eacute; que v&atilde;o criar ra&iacute;zes e come&ccedil;ar a crescer em uma nova &aacute;rvore.
&Agrave;s vezes, utilizamos "fruto" e "fruta" como se fossem sin&ocirc;nimos, mas eles n&atilde;o s&atilde;o. O termo fruto &eacute; utilizado mais em bot&acirc;nica para descrever o &oacute;rg&atilde;o de reprodu&ccedil;&atilde;o de uma planta que cont&eacute;m sementes. J&aacute; fruta &eacute; utilizada mais no contexto culin&aacute;rio para descrever qualquer parte comest&iacute;vel de uma planta.

thumb-image-2024-02-29T14:07:02.651Z

Você sabia que os pontinhos brancos dos morangos não são sementes?

Imagem de Por que bananas ficam pretas e como evitar esse processo? no megacurioso

Bananas amadurecem rapidamente devido à ação do etileno, mas algumas medidas simples podem retardar a ação desse hormônio

<head></head><body>Indicada em diversas dietas alimentares, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125611-cientistas-desenvolvem-superbanana-capaz-de-salvar-vidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a banana é uma das frutas mais saudáveis do mundo</a>, pois oferece uma grande variedade de nutrientes, como potássio, vitamina B6, vitaminas C e K, além de fibras. No entanto, apesar de populares e presentes em grande número de lares do planeta, a fruta amadurece rapidamente e logo se torna marrom e apodrece.<h2>Por que as bananas escurecem?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25214309281018.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124343-conheca-as-5-variedades-de-banana-mais-comuns-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As bananas liberam etileno</a>, um gás natural e incolor que atua como hormônio vegetal, acelerando o colorido processo de amadurecimento. As frutas que produzem etileno são enquadradas climatéricas e não climatéricas. Enquanto estas últimas — como frutas cítricas e melões — param de emitir o gás quando removidas das plantas, as bananas, que são climatéricas, promovem uma verdadeira explosão de etileno, mesmo depois de colhidas.&nbsp;Ao entrar em contato com esse gás/hormônio, os ácidos da fruta começam a se decompor naturalmente, causando o amolecimento da polpa e quebrando os pigmentos verdes da clorofila. Isso torna a fruta mais macia, doce e amarela. Mas, quando o etileno continua a agir nas bananas, o pigmento amarelo também se decompõe e produz as manchas marrons características.&nbsp;O processo é conhecido como escurecimento enzimático, pois é produzido pela enzima polifenoloxidase que catalisa a oxidação de fenóis, resultando na formação de compostos chamados quinonas, que dão às frutas e legumes essa coloração marrom.<h2>Como evitar o escurecimento das bananas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25200002039003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora não exista um método 100% eficaz contra o amadurecimento precoce das bananas, há alguns truques simples que podem retardá-lo. Veja alguns:<h3>Armazenamento apropriado</h3>Uma das primeiras dicas para retardar o escurecimento das bananas é colocá-las em um local seco, fresco e, principalmente, longe da luz solar direta, pois esta estimula o processo de amadurecimento. A Dole, uma tradicional distribuidora de frutas dos EUA recomenda a temperatura de 12 °C como ideal para armazenar essas frutas.&nbsp;Você pode armazenar as bananas em recipientes herméticos (para reduzir o contato com o ar), mas só se descascadas e dentro de um refrigerador. Quando armazenadas ao ar livre, evite colocá-las junto com outras frutas porque algumas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125394-banana-e-abacate-as-frutas-que-ja-foram-rejeitadas-pela-sociedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como maçãs e abacates,</a> podem ser também fortes emissoras de etileno.<h3>Proteção com frutas cítricas</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25205622813014.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Espremer algumas gotas de suco de limão sobre a banana cortada em fatias é uma forma eficaz de inibir a ação da enzima polifenoloxidase que causa a oxidação da fruta. Depois disso, coloque as fatias na geladeira e consuma em até três dias.&nbsp;<h3>Congelamento</h3>O processo de congelamento interrompe o escurecimento das bananas e deve ser efeito assim que as frutas começarem a ficar marrons. Dessa forma, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120377-as-bananas-mais-populares-do-mundo-correm-o-risco-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elas poderão ser aproveitadas</a> em smoothies, sorvetes e outras sobremesas.Mas nunca congele bananas pré-amadurecidas, pois isso interromperá o processo de amadurecimento, resultando em um sabor amargo e desagradável.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:02.483Z

Por que bananas ficam pretas e como evitar esse processo?

Imagem de Lua de Marte vai cair sobre o planeta; será que a nossa também vai? no megacurioso

A lua Fobos é fortemente atraída pela gravidade de Marte e em algum momento daqui a 50 milhões de anos irá colidir com o planeta

Fobos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/marte/99486-fobos-e-deimos-conheca-a-dramatica-origem-das-duas-luas-de-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a menor das duas luas do planeta Marte</a>, esteve entre os t&oacute;picos mais comentados das redes sociais no m&ecirc;s de abril depois de ser flagrada pelo rover Perseverance, da NASA, eclipsando o sol a partir do Planeta Vermelho. Ela &eacute; uma lua relativamente pequena, com apenas 11 quil&ocirc;metros de di&acirc;metro, sendo conhecida como "lua condenada", pois ir&aacute; um dia colidir com o seu planeta principal.
A pequena lua &eacute; feita de rocha e poeira e tem uma forma irregular, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/210477-lua-marte-revelar-passado-planeta-vermelho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parecida com a de uma batata.</a> Ela &eacute; fortemente atra&iacute;da pela gravidade de Marte, o que faz com que sua &oacute;rbita se aproxime perigosamente do planeta, at&eacute; que ocorra o inevit&aacute;vel encontro, que dever&aacute; ocorrer em alguns milh&otilde;es de anos.
Na postagem em que publicou a foto do eclipse capturada no dia 2 de abril, a NASA explicou que "Fobos est&aacute; se aproximando de Marte a uma taxa de 1,8 metro a cada cem anos; nesse ritmo, ela colidir&aacute; com Marte em 50 milh&otilde;es de anos ou se dividir&aacute; em um anel". Em algum momento, a for&ccedil;a do planeta ser&aacute; t&atilde;o forte que Fobos ser&aacute; destru&iacute;da: ela ir&aacute; se desintegrar em peda&ccedil;os de rocha, que cair&atilde;o na atmosfera.&nbsp;
<h2>A nossa lua tamb&eacute;m poder&aacute; cair algum dia?</h2>
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/aKK7vS2CHC8" title="NASA's Perseverance Rover Sees Solar Eclipse on Mars" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Seguindo caminho inverso ao de Fobos, a lua da Terra est&aacute; em &oacute;rbita est&aacute;vel ao redor do planeta, e at&eacute; mesmo se afastando de n&oacute;s a uma taxa de aproximadamente 3,78 cent&iacute;metros por ano, segundo o Observat&oacute;rio Nacional de Radioastronomia (NRAO) dos EUA.&nbsp;
Esse afastamento ocorre por dois motivos: primeiramente, porque <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125674-rocha-vulcanica-ainda-quente-e-descoberta-sob-a-superficie-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nossa Lua &eacute; muito mais massiva do que Fobos</a>, o que faz com que ela n&atilde;o seja t&atilde;o fortemente puxada pela gravidade terrestre. Outro fator que reduz a influ&ecirc;ncia da for&ccedil;a gravitacional &eacute; a grande dist&acirc;ncia &mdash; 384,4 mil quil&ocirc;metros &mdash; entre a Terra e a Lua.
Com isso, a tend&ecirc;ncia &eacute; que, "daqui a 600 milh&otilde;es de anos, a Terra experimentar&aacute; a beleza e o drama de um eclipse solar total pela &uacute;ltima vez", previu em 2017 o cientista lunar Richard Vondrak, do Goddard Space Flight Center da NASA.
<h2>Mas, o que aconteceria se nossa Lua ca&iacute;sse na Terra?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24195520685564.jpg" alt="(Fonte: Lionsgate)" />(Fonte: Lionsgate)
Embora muit&iacute;ssimo improv&aacute;vel, &eacute; poss&iacute;vel tecnicamente que, daqui a bilh&otilde;es de anos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124997-a-terra-pode-mesmo-perder-sua-lua-e-ficar-sem-satelite-natural.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Lua pare de se afastar da Terra</a> e comece a se aproximar. Em um cen&aacute;rio projetado pelo Centro Espacial Te Awamutu, de Kihikihi na Nova Zel&acirc;ndia, uma eventual colis&atilde;o dos dois astros resultaria em extin&ccedil;&atilde;o total da vida existente no planeta.&nbsp;
Isso porque tanto a Terra como a Lua seriam destru&iacute;das na colis&atilde;o. "A Terra seria provavelmente dividida em v&aacute;rios peda&ccedil;os menores", diz o site neozeland&ecirc;s. A boa (?) not&iacute;cia, destacam os astr&ocirc;nomos, &eacute; que a essa altura o Sol j&aacute; teria se expandido em uma gigante vermelha e nosso planeta n&atilde;o seria mais habit&aacute;vel.

Jorge Marin