Imagem de Neandertais-denisovanos: sexo entre espécies diferentes é explicado no megacurioso

Embora separados em diferentes habitats, neandertais e denisovanos se encontravam durante período interglaciais quentes

<head></head><body>Há muito pesquisadas por paleobiólogos, as circunstâncias sobre quando, onde e com que frequência as relações sexuais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">entre espécies de hominídeos diferentes</a> ocorreram no Pleistoceno parecem ter sido finalmente explicadas em um estudo publicado neste mês por uma equipe de pesquisadores da Universidade Nacional de Pusan, na Coreia do Sul, e Universidade de Nápoles Federico II, na Itália.&nbsp;De acordo com o estudo, variações no movimento orbital da Terra em torno do Sol e alterações no dióxido de carbono atmosférico resultaram em mudanças no clima e na vegetação, "que influenciaram o tempo e a intensidade de possíveis eventos de cruzamento". O resultado — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108786-descobriram-uma-filha-de-neandertal-com-denisovano-na-russia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma filha de pai denisovano e mãe neandertal</a> — foi descoberta por cientistas em 2018. &nbsp;&nbsp;Chamada de Denny, essa pessoa que viveu há 90 mil anos, além de outros indivíduos de ascendência mista encontrados na mesma caverna, são provas de que o intercruzamento entre espécies era não só possível, como também comum entre os hominídeos da época, não se limitando apenas à nossa própria espécie Homo sapiens como ocorre hoje.&nbsp;<h2>Como ocorriam os encontros íntimos entre espécies diferentes?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17170028588354.jpg" alt="(Timmermann et al.)">(Timmermann et al.)A grande dificuldade para determinar quando e onde essa hibridização humana ocorreu é a precarização das análises paleogenômicas, geralmente dependentes de evidências fósseis extremamente raras ou DNA antigo ainda mais exíguo. No novo estudo, especialistas em clima sul-coreanos e paleobiólogos napolitanos adotaram uma abordagem totalmente nova.&nbsp;Usando achados paleoantropológicos, dados genéticos e simulações de supercomputadores do clima passado, os pesquisadores descobriram que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126929-denisovanos-quem-foi-esse-misterioso-ancestral-do-homem-moderno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os denisovanos eram mais adaptados a ambientes frios</a> (florestas boreais e tundras), ao passo que os neandertais preferiam florestas temperadas e pastagens.No entanto, simulações de computador realistas mostraram que esses habitats eventualmente se sobrepunham geograficamente, durante períodos interglaciais quentes, quando o verão do hemisfério norte ocorria mais perto do Sol. Segundo o professor Axel Timmermann, da Pusan,&nbsp;"quando neandertais e denisovanos compartilhavam um habitat comum", o clima literalmente esquentava entre eles.&nbsp;<h2>Uma história de amor única e duradoura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17185447912418.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nas simulações climáticas, a equipe se deteve sobre alterações no padrão da vegetação na Eurásia durante os últimos 400 mil anos. De acordo com o estudo, o aumento de CO2 na atmosfera e as condições interglaciais amenas expandiram a floresta temperada da Eurásia central para o leste, criando corredores de dispersão para os neandertais em terras denisovanas. &nbsp;Mas, determinar as condições climáticas preferidas pelos denisovanos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126963-linhagem-humana-desconhecida-pode-ter-sido-encontrada-na-franca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi um grande desafio para os pesquisadores,</a> devido à escassez de dados disponíveis, segundo o coautor Pasquale Raia, da Federico II. Criando novas ferramentas estatísticas, eles foram surpreendidos com a descoberta de que,&nbsp;"além de áreas na Rússia e na China, também o norte da Europa seria um ambiente adequado para eles",&nbsp;concluiu.Em comunicado, o primeiro autor do artigo, professor Jiaoyang Ruan, da Busan, explica: “É como se as mudanças glaciais-interglaciais do clima tivessem criado o cenário para uma história de amor humana única e duradoura, cujos traços genéticos ainda hoje são visíveis”.&nbsp;</body>

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Neandertais-denisovanos: sexo entre espécies diferentes é explicado

Imagem de "Efeito aniversário": o risco de morrer no mesmo dia em que você nasceu no megacurioso

Cientistas que investigavam pessoas que 'adiam' a morte para depois do seu aniversário descobriram que a probabilidade de morrer nessa data é 14% maior

<head></head><body>A fantasia macabra mostrada no filme A morte te dá parabéns, de 2017, no qual uma mulher morre repetidamente no dia do seu aniversário, pode estar mais perto da realidade do que se imagina. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126916-qual-seria-a-nossa-idade-em-diferentes-planetas-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esse é o chamado “efeito aniversário”,</a> uma evidência estatística que indica uma probabilidade maior de uma pessoa morrer no dia do seu aniversário do que nos demais dias do ano.&nbsp;Como exemplo, são citadas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105376-7-figuras-famosas-que-faleceram-no-dia-de-seus-aniversarios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algumas celebridades que morreram no mesmo dia e mês que nasceram,</a> como o dramaturgo inglês William Shakespeare, a escritora e ativista Betty Friedan que escreveu A mística feminina (obra fundamental para o feminismo moderno), a atriz de Casablanca, Ingrid Bergman, e o padre jesuíta Manuel da Nóbrega, um dos fundadores de São Paulo.Um estudo feito em 2012 por pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, que buscava provar o contrário disso — a teoria do "adiamento da morte" para depois da data do aniversário —, acabou concluindo que as chances de alguém "bater as botas" aumentam em até 14% no dia do seu aniversário.<h2>Aniversários que terminam em morte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15162836059291.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Quando os médicos suíços iniciaram sua pesquisa sobre a relação entre o dia da morte e o dia do nascimento, eles trabalhavam com duas hipóteses: o "adiamento da morte", no qual um indivíduo doente tentava se manter vivo para comemorar mais um ano de vida, e a "reação de aniversário" <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124907-os-sofrimentos-do-jovem-werther-o-livro-que-levou-pessoas-ao-suicidio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em que pessoas morrem por suicídio</a> ou por excessos cometidos na comemoração.Depois de analisar "dados extraídos dos registros computadorizados das estatísticas suíças de mortalidade" de quase 2,4 milhões de cidadãos com 1 ano de idade ou mais, falecidos de 1969 a 2008, os pesquisadores descobriram um aumento de 13,8% no potencial de morte na data do aniversário. Esse percentual sobe para 18% no caso de pessoas com 60 anos ou mais.Apesar de trabalharem com a hipótese de suicídio na data da comemoração, os registros mostraram que a principal causa foram doenças vasculares e cerebrovasculares de longa duração (mais em mulheres do que em homens), mas também por acidentes, como quedas no dia do aniversário (possibilidade 44% maior em homens).<h2>Por que os aniversários terminam de forma letal?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/15/15170338570331.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Depois que as amostras de morte por câncer e por suicídio no dia do aniversário se mostraram muito limitadas, uma teoria levantada para justificar o aumento de mortes foi de que as pessoas experimentam mais atividades físicas durantes as comemorações, como dança, sexo ou muita agitação. Afinal, estressar um sistema cardiovascular comprometido pode acelerar um evento cardíaco.&nbsp;Outra presença inevitável na maioria das festas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125346-5-maneiras-como-o-alcool-pode-sabotar-a-perda-de-peso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o álcool pode ser responsável por quedas</a>, além de outros tipos de acidentes.Seja o que for, a conclusão final é que, embora não evoquem mecanismos de adiamento, os aniversários "parecem terminar de forma letal com mais frequência do que o esperado". Na dúvida, guarde as velas.</body>

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'Efeito aniversário': o risco de morrer no mesmo dia em que você nasceu

Imagem de Cientistas se aproximam da descoberta da quinta força da natureza no megacurioso

Os cientistas acreditam estar mais próximos da identificação de uma nova força da natureza depois da oscilação surpreendente de uma partícula subatômica

<head></head><body>Físicos do Fermi National Accelerator Laboratory, em Batavia, nos EUA, acabam de se deparar com o que pode ser a quinta força fundamental da natureza. A suspeita surgiu após serem encontradas evidências de que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121415-supernova-explosao-foi-observada-em-tempo-real-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as partículas subatômicas chamadas múons</a> não estão se comportando de acordo com os padrões da teoria da física atual.“Estamos falando de uma quinta força porque não podemos necessariamente explicar o comportamento [nesses experimentos] com as quatro que conhecemos”, explicou ao The Guardian o dr. Mitesh Patel, do Imperial College London, que tenta encontrar falhas no Modelo Padrão, porém<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/262164-neutrinos-criados-acelerador-particulas-detectados-1-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;no Grande Colisor de Hádrons (LHC), na Suíça</a>. &nbsp;Se as descobertas atuais, feitas em uma instalação do acelerador de partículas dos EUA (Fermilab), forem confirmadas, poderiam com certeza representar uma espécie de nova revolução na física moderna.&nbsp;<h2>Como foi observada a quinta força?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16170546899381.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)As forças fundamentais da natureza podem ser reduzidas a quatro categorias: gravidade, eletromagnetismo, força forte e força fraca. Essas interações regulam o comportamento das partículas subatômicas e todos os tipos de corpos em nosso universo.Desde 2021, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/215183-muon-cientistas-acham-forte-evidencia-5-forca-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o Fermi sugere a possibilidade de uma quinta força na natureza</a>, mas essa é a primeira vez que a incerteza das medições foi reduzida por um fator de dois, segundo o cientista Brendan Casey. “Estamos realmente sondando um novo território. Estamos determinando [as medições] com uma precisão melhor do que nunca foi vista antes”, afirmou.Para comprovar suas hipóteses, os pesquisadores realizaram um experimento chamado "g menos dois (g-2)", no qual aceleraram múons em torno de um anel de 15 metro de diâmetro, circulando-os até mil vezes em quase a velocidade da luz. Mas as medições não seguiram a previsão esperada no modelo padrão, o que "pode ser um sinal de que há alguma partícula desconhecida aparecendo nos loops", sinal de uma quinta força, diz o estudo.<h2>O que acontece se os cientistas confirmarem uma quinta força?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16180440924428.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Apesar de serem robustas, as evidências observadas pela equipe do Fermilab ainda não são conclusivas para confirmar a existência de uma quinta força fundamental. Os pesquisadores estimam que em dois anos terão reduzido as incertezas teóricas e conseguido atingir seu objetivo, embora estejam em uma "corrida" com o LHC europeu.&nbsp;As consequências da descoberta de uma quinta força da natureza podem levar à solução de alguns enigmas da ciência, como: qual a composição da matéria escura? <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124401-buracos-negros-podem-ser-fontes-de-energia-escura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Em que consiste a energia escura?</a> Quais os motivos de o universo conter mais matéria do que antimatéria?Há muito, os cientistas já sabem que, para dar conta dessas importantes questões, precisam ir além dos limites do Modelo Padrão. Nesse sentido, essa oscilação dos múons observada no acelerador de partículas Tevatron, do Fermilab, pode funcionar como pequenas pistas para se chegar a um avanço científico revolucionário</body>

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Cientistas se aproximam da descoberta da quinta força da natureza

Imagem de Atol de Bikini: testes de bombas nucleares criaram santuário marinho no megacurioso

Uma expedição de pesquisadores para a realização de um documentário no Atol de Bikini descobriu um santuário marinho em um cenário tóxico

<head></head><body>Em 2016, quando o biólogo marinho Stephen Palumbi visitava o Atol de Bikini, uma ilha paradisíaca com uma lagoa azul no centro, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121194-ilhas-marshall-o-legado-atomico-e-mortal-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nas Ilhas Marshall,</a> fez uma descoberta surpreendente. O local, que funcionou como laboratório de testes de bombas nucleares para os EUA de 1946 a 1958, havia se transformado em um santuário marinho, ou seja, a própria toxicidade radioativa do local funcionou como proteção da vida selvagem.&nbsp;A viagem, patrocinada pela produtora de TV NHNZ da Nova Zelândia, previa uma estadia de dez dias para exibição no documentário Big Pacific, apresentado pela emissora norte-americana PBS. Percebendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/102872-voce-sabe-o-que-sao-os-atois-e-como-afinal-eles-se-formam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um trecho obscuro entre os recifes de coral,</a> Palumbi decidiu mergulhar com seus colegas para investigar.Mergulhando em um dos lugares mais radioativos do planeta, a equipe logo tomaria alguns sustos, e o primeiro deles veio do sistema de navegação do barco, De acordo com os instrumentos, eles haviam encalhado. Na verdade, os sistemas de navegação estavam registrando ilhotas já afundadas pelos americanos no arquipélago que eles passaram a administrar no sistema "fideicomisso", após o final da Segunda Guerra.&nbsp;<h2>O que os pesquisadores descobriram no Atol de Bikini atual?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/14/14155642628311.jpg" alt="(Fonte: Stephen Palumbi/Instagram)">(Fonte: Stephen Palumbi/Instagram)O primeiro passo foi seguir uma fenda misteriosa no recife. Embora essas fissuras em estruturas de coral sejam comuns, a encontrada no atol era uma linha perfeitamente reta de 1,5 quilômetro até o fundo do mar, resultado de uma “cicatriz” no meio da lagoa, deixada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126852-qual-e-a-diferenca-entre-bomba-atomica-e-bomba-de-hidrogenio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artefato americano mais devastador já detonado: uma bomba H</a>."Encontramos, para nossa surpresa, não apenas corais dispersos, mas comunidades de corais grandes e saudáveis muito abundantes — corais maiores que carros espalhados nas bordas de uma cratera de bomba de hidrogênio", disse Palumbi à Smithsonian Magazine.&nbsp;Entre as florestas de corais de oito metros de altura, cardumes de peixes-papagaios, bodiões e tubarões compunham um mundo esquecido de abundância inexplicável.&nbsp;<h2>O que aconteceu com os habitantes do Atol de Bikini?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/14/14165637864356.jpg" alt="(Fonte: Jack Niedenthal/US Archives)">(Fonte: Jack Niedenthal/US Archives)Após deslocar todos os habitantes do Atol de Bikini, do qual eram guardiões oficiais perante a ONU, para a ilha de Kili, os EUA detonaram 67 armas nucleares entre 1946 e 1958, o equivalente a 210 megatons de TNT, ou 7 mil bombas de Hiroshima. A explosão da bomba H vaporizou três ilhas.&nbsp;O que chamou a atenção dos pesquisadores atuais não foi a existência dos inúmeros cardumes de peixes, mas sim o crescimento tão próspero dos corais nos últimos 50 anos. Saber como foi possível essa emergência a partir de um cenário ainda tóxico até hoje é uma questão que continua sob investigação. &nbsp;De acordo com Palumbi, “a terrível história do Atol de Bikini é um cenário irônico para pesquisas que podem ajudar as pessoas a viver mais”. Para o biólogo, "entender como os corais podem ter recolonizado as crateras de bombas cheias de radiação", pode dar pistas sobre como manter o DNA intacto.</body>

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Atol de Bikini: testes de bombas nucleares criaram santuário marinho

Imagem de Cidade faz vasectomia em pavões para evitar superpopulação de aves no megacurioso

Pinecrest está em uma relação de amor e ódio com sua população de pavões: amam sua beleza e imponência, mas odeiam sua algazarra e sujeira nas ruas

Pinecrest, uma pequena cidade no condado de Miami-Dade, na Flórida, EUA, está lutando com um tipo inusitado de praga: pavões. Exibidas e barulhentas, as aves decidiram adotar a comunidade suburbana de 20 mil habitantes, desde que o seu habitat anterior — o histórico bairro Coconut Grove — decidiu substituir seus confortáveis chalés por residências modernas que destruíram as exuberantes árvores existentes.&nbsp;Por ser um dos poucos locais do país onde o inverno não representa uma ameaça de extinção, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126910-passaro-rosa-raro-e-avistado-no-wisconsin-apos-178-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os pavões e outras aves exóticas</a> são muito comuns na Flórida. Uma lei aprovada em 2001 pelo condado de Miami-Dade proibiu que essas aves, então em menor número, pudessem ser mortas ou capturadas, mas apenas removidas de propriedade invadidas, mas com carinho.&nbsp;Essa situação criou um dilema para os moradores de Pinecrest face ao crescente aumento da população de pavões nas ruais. Se, por um lado, amam as grandes aves por suas plumagens coloridas e imponência ao se relacionar, por outro, não suportam mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124138-como-coco-de-pombo-ajudou-a-confirmar-a-teoria-do-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ver os bichos fazendo cocô por todos os lados</a>, bicando seus carros e arranhando as casas. Sem contar um coral de “aa-AAH! aa-AAH!” nas primeiras horas da manhã.&nbsp;<h2>Como irá funcionar o Programa de Mitigação de Pavões?</h2><blockquote class="instagram-media" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/CvyFbyAM_6o/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% - 2px); width:calc(100% - 2px);"><div style="padding:16px;"><a href="https://www.instagram.com/reel/CvyFbyAM_6o/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank"><div style=" display: flex; flex-direction: row; align-items: center;"><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;"> </div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 100px;"> </div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 60px;"> </div></div></div><div style="padding: 19% 0;"> </div><div style="display:block; height:50px; margin:0 auto 12px; width:50px;"> </div><div style="padding-top: 8px;"><div style=" color:#3897f0; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:550; line-height:18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0;"> </div><div style="display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px; align-items: center;"><div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px);"> </div><div style="background-color: #F4F4F4; height: 12.5px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px; flex-grow: 0; margin-right: 14px; margin-left: 2px;"> </div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px);"> </div></div><div style="margin-left: 8px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"> </div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 2px solid transparent; border-left: 6px solid #f4f4f4; border-bottom: 2px solid transparent; transform: translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg);"> </div></div><div style="margin-left: auto;"><div style=" width: 0px; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-right: 8px solid transparent; transform: translateY(16px);"> </div><div style=" background-color: #F4F4F4; flex-grow: 0; height: 12px; width: 16px; transform: translateY(-4px);"> </div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-left: 8px solid transparent; transform: translateY(-4px) translateX(8px);"> </div></div></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center; margin-bottom: 24px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 224px;"> </div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 144px;"> </div></div></a><p style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; line-height:17px; margin-bottom:0; margin-top:8px; overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/reel/CvyFbyAM_6o/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px; text-decoration:none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por Village of Pinecrest (@pinecrestfl)</a></div></blockquote> Mesmo com todos os incômodos vivenciados, uma grande parte da população de Pinecrest acha inconcebível eliminar as aves. Por isso, a comunidade apresentou um "plano de mitigação de pavões" à Comissão do Condado de Miami-Dade, propondo a realização de vasectomias. Aprovado em julho, o plano prevê gastos mensais de até US$ 7,5 mil (R$ 36,6 mil) para as cirurgias endoscópicas e mais US$ 15 mil (R$ 73 mil), para equipamentos médicos.De acordo com o dr. Don J. Harris, o veterinário contratado pela cidade para realizar os procedimentos, a ideia é “pegar um pavão e provavelmente impedir que sete fêmeas se reproduzam. Terá um benefício exponencial”. Embora esse tipo de cirurgia (<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122640-gravidez-depois-da-vasectomia-e-possivel-entenda-como.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">na qual o ducto deferente é cortado</a>) seja mais simples do que uma castração, o profissional terá que lidar com a captura desses polígamos, com suas garras e bicos afiados.&nbsp;Ainda é cedo para afirmar se o projeto piloto implantado em Pinecrest irá funcionar ou será rejeitado pela população que deseja que os bichos sejam deixados em paz. De qualquer forma, é uma primeira tentativa de lidar com um antigo problema do estado, onde a população se vê obrigada a conviver, mesmo sem querer, com espécies nativas (jacarés, tubarões) e também não nativas, como pítons, iguanas e pavões.&nbsp;

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Cidade faz vasectomia em pavões para evitar superpopulação de aves

Imagem de Bisões são introduzidos no Ártico para substituir os antigos mamutes no megacurioso

A introdução dos bisões americanos na paisagem ártica parte da ideia de que grandes herbívoros, como os mamutes, poderiam transformar o ecossistema

<head></head><body>Doze&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124866-cientistas-querem-clonar-bisao-extinto-encontrado-no-permafrost.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bisões-americanos</a> (Bison bison bison) desembarcaram no mês de julho no Parque Natural Ingilor, uma imensa área de proteção ambiental, com área superior a 900 mil hectares, localizada no distrito autônomo de Yamal-Nenets, a segunda maior divisão administrativa da Rússia, localizada no extremo norte do país.Os grandes bovídeos foram comprados em um viveiro de animais na Dinamarca, e fizeram uma jornada de 8 mil quilômetros em veículos rodoviários de carga até o parque. Alojados em uma área próxima ao posto de guarda-florestal, os novos residentes estão sendo monitorados por funcionários e deverão ser liberados em breve, por enquanto em pastagens cercadas.&nbsp;Ao introduzir bisões no Ártico russo, os cientistas esperam que esses animais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119903-genetica-pode-trazer-mamutes-de-volta-a-vida-em-6-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assumam o papel dos extintos mamutes-lanosos</a>, e ajudam a restaurar os antigos ecossistemas. “O búfalo pode se adaptar facilmente ao Ártico porque, historicamente, lá é o seu habitat natural”, afirmou em comunicado o Departamento de Recursos Naturais e Meio Ambiente do Yamal-Nenets.<h2>Como era a paisagem ártica na pré-história?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/11/11141208824221.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126888-verme-de-46-mil-anos-e-ressuscitado-no-permafrost-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Durante o período Pleistoceno</a>, entre 2,6 milhões a 11,7 mil anos atrás, bisões-da-estepe (Bison priscus) e mamutes-lanosos percorriam as vastas e frígidas pradarias dos chamados Urais Polares. No entanto, a maioria desses herbívoros foi extinta no final da era glacial, quanto o clima se tornou mais quente e as planícies cobertas de gramíneas foram substituídas por arbustos e árvores.&nbsp;De acordo com Mary Edwards, professora emérita de geografia física da Universidade de Southampton, no Reino Unido, entrevistada pela Live Science, "o ecossistema do Pleistoceno não tinha árvores e tinha solos bastante espessos". Mas, ao longo do tempo, essas paisagens foram congeladas pelo permafrost e se transformaram em "uma grande pilha de carbono".Dessa forma, os herbívoros que eventualmente se arrastavam por essas planícies geladas reformataram a paisagem apenas pastando e reciclando nutrientes. "É um ótimo ciclo de esterco animal fertilizando o solo e permitindo que as plantas cresçam", explica Edwards. "O pensamento é que os animais conservaram o ecossistema", conclui.<h2>Um Jurassic Park da vida real?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/11/11152213279267.jpg" alt="(Fonte: RIA Novosti)">(Fonte: RIA Novosti)Para testar essa hipótese de que a introdução de grandes herbívoros, como o bisão-americano, poderia <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122622-6-animais-pre-historicos-que-ainda-podem-ser-encontrados-vivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">restaurar a antiga paisagem do Plestoceno</a>, projetos de restauração vêm sendo implantados na Rússia.Em um desses projetos — o chamado Parque Pleistoceno, instalado na unidade administrativa russa de Yakutia —, o diretor Nikita Zimov tem trazido bisões desde 2019. Somente neste ano, Zimov já comprou uma manada de 24 bisões, e deu metade deles ao Parque Natural de Ingilor em troca de 14 bois-almiscarados (Ovibos moschatus).&nbsp;A princípio cética em relação aos projetos, pois entende que o clima atual não é propício para esses herbívoros, a professora Edwards classifica a tentativa atual como "uma ideia muito interessante". Além disso, cogita: "Há definitivamente uma janela para a reintrodução de alguns dos grandes animais perdidos do Pleistoceno".</body>

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Bisões são introduzidos no Ártico para substituir os antigos mamutes

Imagem de Por que não devemos aquecer potes de plástico no micro-ondas? no megacurioso

Foi descoberto que recipientes plásticos, até mesmo os apontados como seguros, liberam milhões de microplásticos quando levados ao micro-ondas

<head></head><body>Em um estudo recente, divulgado pela revista Wired, um pós-doutorando da Universidade de Nebraska-Lincoln (UNL), nos EUA, provou que o aquecimento de embalagens plásticas libera <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125283-existem-microplasticos-em-nosso-cerebro-e-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grandes quantidades de microplásticos e nanoplásticos</a> em seus conteúdos.A questão surgiu quando o primeiro autor, Kazi Albab Hussain, se tornou pai e ficou obcecado com uma pesquisa anterior, na qual cientistas descobriram que mamadeiras de plástico despejam milhões de partículas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123280-microplasticos-sao-descobertos-no-leite-materno-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nas fórmulas que os bebês ingerem</a>.&nbsp;“Naquela época, eu comprava muitos alimentos para bebês e percebia que, mesmo nos alimentos para bebês, havia muito plástico”, afirmou Hussain à Wired. Para saber quantos micro e nanoplásticos estavam sendo liberados, ele pegou uma boa quantidade de comidinhas para bebês no supermercado e levou todos os potes vazios para o seu laboratório na UNL, onde, junto com seus colegas, elaborou um estudo preocupante.&nbsp;<h2>Como foi feita a pesquisa sobre potes plásticos em micro-ondas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03134318247210.jpg" alt="(Fonte: Kazi Albab Hussain/American Chemical Society/Reprodução)">(Fonte: Kazi Albab Hussain/American Chemical Society/Reprodução)Para testar a quantidade de plástico a que o filho de Hussain estava sendo exposto, a equipe selecionou três recipientes de comida para bebês trazidos do mercado: dois frascos de polipropileno rotulados como “seguros para micro-ondas” — conforme as normas da FDA — e um pote de papinha reutilizável feito de um plástico desconhecido.Em seguida, eles substituíram o conteúdo original dos recipientes por água deionizada e ácido acético, para simular alimentos aquosos como iogurte e sucos cítricos. Depois deixaram as três embalagens em temperatura ambiente, na geladeira e em uma sala quente. Então, os dois potes de polipropileno,&nbsp;teoricamente mais resistentes, foram levados ao micro-ondas por três minutos em potência alta. Finalmente, liofilizaram os líquidos e extraíram as partículas.Os resultados mostraram que o aquecimento no micro-ondas <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125548-para-onde-vao-as-particulas-plasticas-que-inalamos-diariamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">causou uma maior liberação de microplásticos e nanoplásticos nos alimentos</a> quando comparado aos outros três cenários. Nos recipientes colocados no micro-ondas por três minutos, foram encontrados até 4,22 milhões de microplásticos e 2,11 bilhões de partículas nanoplásticas de apenas um centímetro quadrado de área.<h2>O que microplásticos liberados causam nos corpos das pessoas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03142332028225.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Como os rins são os órgãos que têm mais contato com o plástico ingerido, a equipe testou banhar células renais humanas embrionárias no montante de plástico derramado pelos potes de comidas para bebê. Apenas dois dias após essa exposição, cerca de 75% das células renais morreram, o que representa três vezes do que ocorre em uma solução mais diluída.&nbsp;Apesar de usarem uma concentração de plástico bem maior do que a que um bebê seria exposto ao comer uma papinha aquecida no micro-ondas de sua casa, os pesquisadores destacam que os efeitos do acúmulo total de plástico ao longo do tempo no organismo humano ainda é desconhecido, mas pode ser muito grave.</body>

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Por que não devemos aquecer potes de plástico no micro-ondas?

Imagem de Moças do calutron: as mulheres que carregaram a bomba de Hiroshima no megacurioso

As moças do calutron eram jovens de cidades do estado do Tennessee que separavam o urânico enriquecido para fabricar a bomba de Hiroshima

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126752-oppenheimer-5-historias-incriveis-sobre-o-pai-da-bomba-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O filme Oppenheimer, de Christopher Nolan,</a> trouxe lembranças — ufanistas para alguns e terríveis para outros— de alguns aspectos do final da Segunda Guerra Mundial. Entre as histórias não conhecidas daqueles dias, está a das chamadas "garotas do calutron", cerca de 10 mil jovens que,&nbsp;na prática, prepararam o combustível que matou 140 mil pessoas em Hiroshima.A palavra "calutron' é um acrônimo de “California University cyclotron”, uma referência à Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde os dispositivos foram criados. Esses aparelhos eram espectrômetros de massa que separavam os isótopos de urânio, usando um campo magnético para destacar o urânio 235 — material físsil da bomba atômica Little Boy — do urânio 238, mais pesado e comum.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126835-4-erros-do-filme-oppenheimer-em-relacao-a-vida-do-verdadeiro-cientista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nesse cenário pré-apocalíptico, em 1943</a>, milhares de moças recém-formadas no ensino médio deixavam diariamente suas comunidades para trabalhar na cidade de Oak Ridge, no estado americano do Tennessee, na chamada Planta de Separação de Isótopos Eletromagnéticos Y-12, uma instalação do Projeto Manhattan, comandado por J. Robert Oppenheimer.&nbsp;<h2>Como as moças do calutron trabalhavam?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10094435052046.jpg" alt="(Fonte: Ed Westcott/Departamento de Energia dos EUA)">(Fonte: Ed Westcott/Departamento de Energia dos EUA)Para se ter uma ideia da importância desse trabalho no desfecho da guerra, é preciso citar que a Y-12 tinha 1.152 calutrons instalados, nos quais um exército de "calutron girls" conseguiu produzir, entre 1944 e 1945, um total de 64 quilos de urânio 235, o suficiente para abastecer a bomba lançada sobre Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945.&nbsp;Outro detalhe importantíssimo dessa história é a confidencialidade. Para manter o sigilo dentro de uma comunidade de trabalho que contava à época com mais de 75 mil trabalhadores e residentes, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126819-projeto-manhattan-como-cientistas-reagiram-a-1-bomba-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os administradores do Projeto Manhattan</a> não deram às 10 mil jovens a menor ideia do que elas estavam fazendo. E aquelas curiosas sobre o trabalho simplesmente desapareciam dos seus postos.A justificativa para a contratação dessas jovens para operar os mostradores dos calutrons é de que elas poderiam fazer o trabalho com mais eficiência do que os cientistas&nbsp;justamente pela ignorância do assunto. Sem saber o que faziam, elas eram mais propensas a notificar seus supervisores sobre qualquer tipo de problema que surgisse.&nbsp;<h2>Depois da explosão: alegria e horror</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10101701606060.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Somente no fatídico dia 6 de agosto, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126852-qual-e-a-diferenca-entre-bomba-atomica-e-bomba-de-hidrogenio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quando a cidade de Hiroshima ardia em chamas</a>, as moças do calutron ficaram sabendo exatamente no que estavam trabalhando nos últimos dois anos. No dia 5 de abril de 2018, uma das calutron girls, deu uma entrevista ao canal AtomicHeritage do YouTube, na qual falou sobre a sensação de conhecer a verdade.&nbsp;"Eu estava no trabalho quando foi anunciado. A princípio, ficamos felizes em pensar que a guerra havia acabado. A primeira coisa que pensei foi: 'Meu namorado poderá voltar para casa'", disse ela. Mas, quando soube do número de mortos, ela concluiu: "Não gostei da ideia de ter feito parte disso".</body>

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Moças do calutron: as mulheres que carregaram a bomba de Hiroshima

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Pelo seu tamanho, peso e imponência, uma aranha amazônica é o maior aracnídeo do mundo segundo aracnólogos 

<head></head><body>Mais perigosas em nossa fantasia do que na vida real, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126886-por-que-as-aranhas-tem-8-patas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as aranhas constituem um “táxon” à parte</a> no reino animal — a ordem Araneae — com milhares de subordens, famílias, gêneros e espécies. Talvez movidos por um instinto de sobrevivência primitiva, aprendemos a temer essas portadoras de quelíceras (garras), chegando mesmo a desenvolver aracnofobia, que é um medo irracional.&nbsp;Mas, será que existem, na vida real, aranhas que justificariam o medo que temos telas? Para Ray Hale, professor de vida selvagem e vice-presidente da British Tarantula Society, há uma espécie que, pelo seu tamanho, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126884-fossil-de-aranha-de-310-milhoes-de-anos-e-encontrado-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seria capaz de aterrorizar até mesmo uma pessoa não aracnofóbica</a>. Trata-se da Theraphosa blondi, conhecida como aranha-comedora de pássaros, afirma o aracnólogo ao site Live Science.De acordo com Hale, essa aranha, que também é conhecida como aranha-golias, caranguejeira, ou tarântula-golias, vive na Amazônia e pode ser considerada o maior aracnídeo do mundo em massa corporal. Pesando 175 gramas e com corpos que chegam a 13 centímetros de envergadura, ela chama a atenção pela sua imponência, assusta e causa fascínio aos entusiastas da natureza e cientistas.&nbsp;<h2>Como a maior aranha do mundo captura suas presas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07161439229322.jpg" alt="(Fonte: YouTube)">(Fonte: YouTube)Se a aranha-golias intimida pelo seu tamanho avantajado, o mesmo não acontece com o seu comportamento. Esses aracnídeos são considerados geralmente como criaturas tranquilas, não chegando a representar uma ameaça real para os seres humanos.&nbsp;Até mesmo o nome "comedora de pássaros" é impróprio, pois, na realidade, a aranha-golias não come pássaros, explica Hale.&nbsp;Essa "má fama" surgiu a partir de uma gravura do século XIX, que mostrava esses aracnídeos se alimentando de pássaros, mas, segundo o especialista, essa cena teria se originado de relatos equivocados de exploradores do século XVI na América do Sul. Vendo filhotes caídos dos ninhos, enredados em teias de aranha, esses europeus inferiram que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125383-aranha-camelo-o-bicho-mais-assustador-do-mundo.htm#:~:text=O%20que%20h%C3%A1%20de%20real%20sobre%20as%20aranhas%2Dcamelo%3F&amp;text=Embora%20n%C3%A3o%20sejam%20t%C3%A3o%20assustadoras,vertebrados%2C%20como%20sapos%20e%20lagartos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">os pássaros haviam sido atacados pelas aranhas.&nbsp;</a>Na verdade, as aranhas-golias constroem suas tocas subterrâneas que tanto funcionam como refúgios, como também armadilhas para presas distraídas, até mesmo pequenos roedores, além de grilos, lagartos e sapos.<h2>A aranha-golias é perigosa para seres humanos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07164949038343.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Conforme Hale, ao encontrar um ser humano, o comportamento mais provável de uma aranha-golias seria fugir. Ainda que alguma dessas tarântulas nos atacasse com suas pressas em forma de agulha, seria como receber uma picada de vespa, uma vez que o seu veneno não é forte a ponto de nos causar qualquer mal.&nbsp;Finalmente, é bom saber que as comedoras-de-pássaros até mandam um recado para evitar encontros indesejados: ela esfrega as patas traseiras contra o abdômen, liberando uma nuvem de cerdas em forma de gancho chamadas de "pelos urticantes" que, no ar, causam irritações na pele e nos olhos dos predadores.&nbsp;Elas também enviam um sinal de alerta: um som de assobio agudo produzido pelas patas (estridulação), que pode ser ouvido a até 4,6 metros de distância.&nbsp;</body>

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Qual é a maior aranha do mundo? 

Imagem de É verdade que engolimos 8 aranhas por ano enquanto dormimos?  no megacurioso

A crença de que é possível engolir aranhas enquanto dormimos tornou-se tão enraizada na cultura norte-americana que é divulgada como 'fato' nas redes sociais

<head></head><body>Se no Brasil “comer mosca” é uma expressão comum, embora de sentido figurado, nos Estados Unidos “comer aranha” é uma crença popular que atemoriza muita gente. De acordo com a folclórica tese, cada ser humano ingere pelo menos oito aranhas por ano enquanto dorme.&nbsp;Não é raro alguém enviar uma mensagem dizendo ter recuperado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125383-aranha-camelo-o-bicho-mais-assustador-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"uma perninha de aranha na boca"</a>, afirma à revista Scientific American o curador de aracnídeos do Museu Burke de História Natural e Cultura em Seattle, Rod Crawford. Para o especialista, embora seja possível que uma pessoa engula uma aranha durante o sono, isso “seria um evento estritamente aleatório”, afirma.Estima-se que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124745-nova-especie-de-aranha-gigante-e-descoberta-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">três ou quatro espécies de aranhas</a> vivem na maioria das casas nos Estados Unidos, mas observações mostram que a maioria se limita a simplesmente cuidar da própria vida, de preferência em áreas não infestadas por seres humanos. Elas jamais iriam querer subir em uma cama, a menos que houvesse percevejos lá, o que, vamos combinar, é bem mais fácil de engolir, mas não menos nojento.&nbsp;<h2>Afinal, é verdade que podemos engolir aranhas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03163916714390.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com o professor Bill Shear, ex-presidente da Sociedade Americana de Aracnologia, “as aranhas nos olham da mesma forma que olham para uma grande rocha. Somos tão grandes que parecemos apenas parte da paisagem”, explica à Scientific American. Nessa perspectiva, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126884-fossil-de-aranha-de-310-milhoes-de-anos-e-encontrado-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">humanos adormecidos parecerão aterrorizantes para qualquer aranha</a>.&nbsp;Imagine a cena: um ser humano gigantesco dormindo, com o coração batendo e com um ronco assustador até para a pessoa que dorme do lado. Todas essas vibrações perturbam os órgãos receptores localizados nas pernas das aranhas, que detectam movimentos das suas presas e possíveis predadores nas proximidades, o tal "sentido aranha".&nbsp;<h2>Como surgiu o mito de que comemos 8 aranhas por ano?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03174502953417.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Se, do lado das aranhas, parecemos aterrorizantes, imagine acordar durante a noite <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126886-por-que-as-aranhas-tem-8-patas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com oito pernas peludas passeando sobre o seu rosto</a>. Além disso, é bom lembrar que nossos corpos possuem mecanismos naturais de defesa que bloqueiam a entrada de objetos estranhos em nossas vias aéreas. Mesmo quando dormimos, a epiglote se fecha para impedir que alimentos entrem em nossos pulmões.&nbsp;Essa lenda urbana possivelmente se originou em artigo de uma revista no ano de 1993 que já previa a tendência de as pessoas aceitarem como reais as informações lidas on-line. Na reportagem,&nbsp;que já antecipava as fake news, o autor citou essa estatística bizarra apenas para exemplificar o seu ponto de vista, mas somente o número de aranhas engolidas durante o sono viralizou.&nbsp;Pessoas que residem principalmente em casas devem se acostumar com as aranhas, pois elas preferem tecer suas teias em locais tranquilos e evitar a convivência com humanos, habitando sótãos e porões. Os entomologistas até recomendam que você deve deixar as aranhas em paz, pois elas comem várias pragas menores, essas sim bem ameaçadoras.</body>

Jorge Marin