Cidade faz vasectomia em pavões para evitar superpopulação de aves

15/08/2023 às 04:003 min de leitura

Pinecrest, uma pequena cidade no condado de Miami-Dade, na Flórida, EUA, está lutando com um tipo inusitado de praga: pavões. Exibidas e barulhentas, as aves decidiram adotar a comunidade suburbana de 20 mil habitantes, desde que o seu habitat anterior — o histórico bairro Coconut Grove — decidiu substituir seus confortáveis chalés por residências modernas que destruíram as exuberantes árvores existentes. 

Por ser um dos poucos locais do país onde o inverno não representa uma ameaça de extinção, os pavões e outras aves exóticas são muito comuns na Flórida. Uma lei aprovada em 2001 pelo condado de Miami-Dade proibiu que essas aves, então em menor número, pudessem ser mortas ou capturadas, mas apenas removidas de propriedade invadidas, mas com carinho. 

Essa situação criou um dilema para os moradores de Pinecrest face ao crescente aumento da população de pavões nas ruais. Se, por um lado, amam as grandes aves por suas plumagens coloridas e imponência ao se relacionar, por outro, não suportam mais ver os bichos fazendo cocô por todos os lados, bicando seus carros e arranhando as casas. Sem contar um coral de “aa-AAH! aa-AAH!” nas primeiras horas da manhã. 

Como irá funcionar o Programa de Mitigação de Pavões?


Mesmo com todos os incômodos vivenciados, uma grande parte da população de Pinecrest acha inconcebível eliminar as aves. Por isso, a comunidade apresentou um "plano de mitigação de pavões" à Comissão do Condado de Miami-Dade, propondo a realização de vasectomias. Aprovado em julho, o plano prevê gastos mensais de até US$ 7,5 mil (R$ 36,6 mil) para as cirurgias endoscópicas e mais US$ 15 mil (R$ 73 mil), para equipamentos médicos.

De acordo com o dr. Don J. Harris, o veterinário contratado pela cidade para realizar os procedimentos, a ideia é “pegar um pavão e provavelmente impedir que sete fêmeas se reproduzam. Terá um benefício exponencial”. Embora esse tipo de cirurgia (na qual o ducto deferente é cortado) seja mais simples do que uma castração, o profissional terá que lidar com a captura desses polígamos, com suas garras e bicos afiados. 

Ainda é cedo para afirmar se o projeto piloto implantado em Pinecrest irá funcionar ou será rejeitado pela população que deseja que os bichos sejam deixados em paz. De qualquer forma, é uma primeira tentativa de lidar com um antigo problema do estado, onde a população se vê obrigada a conviver, mesmo sem querer, com espécies nativas (jacarés, tubarões) e também não nativas, como pítons, iguanas e pavões. 

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