Imagem de Soho: a tinta anti-xixi usada nas paredes do distrito de Londres no megacurioso

A alternativa é um esforço para reduzir o odor e punir aqueles que praticam micção pública

<head></head><body>Na maioria dos países, a micção pública é considerada um crime menor, porém, isso não impede que as pessoas façam das ruas, becos e vielas seu próprio banheiro quando precisam se aliviar de uma vontade inoportuna.Segundo uma pesquisa feita em 2014 na China pelo Sina.com, cerca de 64% dos chineses entrevistados disseram que não se importam com a micção pública feita por crianças, por exemplo. Outros 24%, no entanto, não se importavam com a prática no geral. Apenas 11% dos entrevistados, totalizando 128 mil, disseram que se opunham à prática.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09120331088109.jpg" alt="(Fonte: Ezume Images/Shutterstock)">(Fonte: Ezume Images/Shutterstock)Já Paris, uma das cidades turísticas mais visitadas do mundo pela arquitetura histórica, alta gastronomia e moda –, sofre com sua fama de fedorenta desde à época de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124285-a-obsessao-historica-das-pessoas-pelo-penis-de-napoleao-bonaparte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napoleão Bonaparte</a>. Em boa parte, esse cheiro vem da micção pública desenfreada. Apesar de urinar em público ser terminantemente ilegal, isso não parece estancar os riachos que fluem para as ruas e jardins dos postes de iluminação e das paredes.Em uma tentativa de reduzir os efeitos da prática, no início de 2017, as autoridades fizeram uma parceria com a agência de design francesa Faltazi para instalar mictórios públicos em áreas conhecidas pela micção abundante.Sofrendo com o mesmo problema, o bairro Soho, localizado na região central de Londres, inventou uma&nbsp;tinta anti-xixi para tentar estancar o problema da micção pública.<h2>O problema do xixi</h2><span class="img-fc" data-fonte="AlenaKravchenko/Dreamstime" data-fonte-url="https://pt.dreamstime.com/lojas-de-ambos-os-lados-da-rua-floral-no-reino-unido-jardim-abrigo-london-uk-march-em-jardins-uma-famosa-zona-tur%C3%ADstica-londres-image177835166"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09120428012111.jpg" alt="(Fonte: AlenaKravchenko/Dreamstime/Reprodução)">(Fonte: AlenaKravchenko/Dreamstime/Reprodução)Pouco mais de 3 mil pessoas habitam o distrito de Soho, no coração da capital britânica, cujas ruas lotam durante à noite com turistas e transeuntes que vão aproveitar a famosa vida noturna do local, que possui mais de 400 instalações licenciais para vender <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124045-por-que-nao-devemos-misturar-alcool-e-remedios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">álcool</a>.Depois que amanhece, quem sofre com a situação deixada de uma noite de curtição são os moradores. Ainda que eventuais copos de plástico e embalagens possam ser recolhidos facilmente, um inimigo ainda persiste, incrustado nas construções de tijolos aparentes: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122770-os-romanos-antigos-realmente-clareavam-os-dentes-com-urina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urina</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09120535616112.jpg" alt="(Fonte: SWNS/Reprodução)">(Fonte: SWNS/Reprodução)O problema foi potencializado pela falta de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123875-descubra-o-que-acontece-quando-voce-da-a-descarga-com-a-tampa-aberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">banheiros</a> públicos permanentes na região. Os dois banheiros subterrâneos restantes fecharam durante a pandemia e ainda não reabriram, sendo que há rumores de que um deles deve ser vendido e transformado em um bar.Isso, aliado ao fluxo constante e falta de educação das pessoas sobre às problemáticas de urinar na rua, criou uma situação insustentável para quem mora na região e precisa conviver com o odor amoníaco.<h2>Salvando Soho</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Leon Neal/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/sign-reminding-people-not-to-urinate-in-public-foto-jornalistica/1457956788"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15173020483389.jpg" alt="(Fonte: Leon Neal/Getty Images)">(Fonte: Leon Neal/Getty Images)As autoridades encontraram solução em uma chamada tinta anti-xixi, concentrada em uma lata em spray, que cria uma camada transparente repelente à água. Com essa proteção de superfície, a urina é espirrada de volta, acertando o infrator como uma forma de punição.Em entrevista à agência de notícias AFP, a vereadora Aicha Less demonstrou a eficácia inovadora da capacidade de respingo da tinta usando uma garrafa de água.A ideia é aplicar a tinta anti-xixi em pelo menos doze pontos badalados de Soho, que também sustentarão cartazes informando que aquele local foi pulverizado com a tinta sob a seguinte mensagem: “Esta parede não é um mictório”.A iniciativa foi tomada depois que a Câmara Municipal de Westminster recebeu milhares de reclamações dos residentes do distrito, bem como de trabalhadores e operadores comerciais. Westminster gasta quase 1 milhão de libras anualmente em limpeza de ruas, incluindo lavagem especializada dos becos onde são há pontos focais de micção pública. A nova estratégia foi um esforço mais barato encontrado para o problema, mas tão eficaz quanto, depois que pesquisadores perceberam que autoridades locais na Alemanha tiveram sucesso.O conselho também está considerando distribuir mais multas por micção pública, uma ofensa criminal que pode custar aos infratores entre 50 a 80 euros. Estandes temporários de mictório foram estabelecidos no mesmo local.</body>

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Soho: a tinta anti-xixi usada nas paredes do distrito de Londres

Imagem de Doomscrolling: a viciante prática de checar notícias negativas no megacurioso

Você costuma procurar por notícias ou conteúdos negativos? Se sim, esse é o motivo

<head></head><body>Um levantamento feito pelo Exploding Topics em janeiro de 2023 mostrou que, globalmente, as pessoas gastam em média 6 horas e 58 minutos na frente de telas – um aumento de quase 50 minutos por dia em relação à 2013. O norte-americano médio, por exemplo, gasta diariamente cerca de 7 horas olhando para uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116374-telas-de-smartphones-poderao-ser-feitas-de-madeira-transparente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tela</a>, sendo que em média 3 horas e 15 minutos são em uma tela de telefone.Um estudo publicado no JAMA Pediatrics concluiu que houve um aumento de 84 minutos diários a mais no tempo que as pessoas passam olhando para telas de televisões, computadores e celulares; demonstrando um salto da linha de base pré-pandemia de 162 minutos por dia para 246 minutos durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118567-a-era-das-pandemias-sera-essa-a-nossa-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a>.Boa parte desse aumento vertiginoso está associado ao fenômeno doomscrolling: a prática de rolar o feed das redes sociais em busca de conteúdo negativo.<h2>A obsessão em saber</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16192231539349.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Antes do advento da civilização, o medo era uma resposta antiga e conservada que serviu bem aos seres humanos, porém acabou se distorcendo nas sociedades modernas. Sobretudo no período pós-guerra no século XX, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122688-sobrevivencialismo-a-pratica-que-voce-ja-teve-e-talvez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ideia de que tudo poderia acabar</a> com a simples explosão de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124071-cientistas-tentaram-evitar-que-a-bomba-atomica-fosse-jogada-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bomba</a> manteve as pessoas em um temor constante.E isso não reduziu com o fim da Guerra Fria, por exemplo. Outras características foram incrementadas a esse medo patogênico, como atentados terroristas, guerra cibernética, criminalidade, pobreza, escassez extrema e catástrofes climáticas.A pandemia do coronavírus adicionou um novo capítulo a esse medo ao ressaltar vários tipos de crise anteriores, exacerbado por notícias falsas – as famosas fake news –, teóricos da conspiração e a briga constante entre saúde pública e economia. Em 2020, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121083-relogio-do-juizo-final-esta-a-100-segundos-do-apocalipse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fim do mundo</a> nunca esteve tão perto.E em meio a tudo isso, as redes sociais possuem um papel importante. O excesso de mídia serviu para aumentar nossa tendência a navegar por notícias ruins, mesmo que nos deixem desanimados, tristes ou deprimidos. Esse doomscrolling (a junção das palavras doom,&nbsp;que significa "fim do mundo", e scrolling,&nbsp;de "rolagem") pode afetar adversamente a saúde mental das pessoas.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Getty Images)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustracao/doomscrolling-concept-people-reading-bad-news-ilustracao-royalty-free/1438876605"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16192310601350.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Publicado na revista Technology, Mind and Behavior, da American Psychological Association, um estudo de 2022 da Universidade da Flórida descobriu que esse hábito obsessivo está ligado à ansiedade, bem como ao uso problemático da internet e das mídias sociais.Em meados de 2020, no apogeu da pandemia, um estudo de Darthmouth sinalizou que a quantidade de uso de telefone e a exposição a notícias relacionadas à covid-19 por estudantes universitários estava associada a maiores relatos de ansiedade e depressão.Para Sherry Benton, psicóloga PhD, fundadora e diretora científica da empresa de terapia on-line TAO Connect, não há dúvida de que o doomscrolling pode ser viciante. As pessoas já têm um vício em celular e, quanto maior o drama da notícia, mais tendem a se perderem nela. Mesmo fazendo tão mal, isso acontece porque a sociedade possui uma urgência em olhar, aprender e entender as questões que estão acontecendo no mundo.<h2>Evitando um hábito ruim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16192350348351.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Um estudo de 2014 feito pela Academia Nacional de Ciências sobre o estresse causado pela exposição aos atentados da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122493-bobbi-gibb-a-primeira-mulher-a-participar-da-maratona-de-boston.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Maratona de Boston</a> e o impacto da cobertura da mídia sobre o evento, deixou claro que a mídia piorou o estresse coletivo, mostrando que, sim, ela tem um papel fundamental no doomscrolling.Afinal, por mais de um século que escritores usam manchetes sensacionalistas para vender mais jornais, ou que empresas de publicidade exageram para atrair as pessoas até o seu conteúdo. Em tempos que o tráfego online determina tudo, as visualizações se tornaram a atração principal para render lucro e colocar um site como expoente de uma notícia.Essa busca incessante por tração de espectadores provocou uma necessidade quase incontrolável nas pessoas de ficar atento às ameaças. É por isso que buscam informações arriscadas, assustadoras e negativas, porque elas as alertam para os riscos em nosso ambiente, nos ajudando a nos preparar.Judith Anderson, que colaborou no estudo de 2014, diz que não é preciso sempre morar no epicentro de tudo, apenas autorregular nosso consumo para que a prática seja saudável.</body>

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Doomscrolling: a viciante prática de checar notícias negativas

Imagem de Limpar a bunda do Rei já foi o trabalho mais desejado do mundo  no megacurioso

A pessoa deveria carregar o banheiro móvel e cuidar das atividades fisiológicas de sua majestade – e morrer com ela, se necessário 

<head></head><body>Uma das características da era das monarquias é a subserviência aos reis e rainhas, assessorados para todos os tipos de afazeres, desde trocar de roupas até tomar banho. Foi nesse contexto que nasceu uma das profissões mais controversas de todos os tempos:&nbsp;groom of the stool, que em tradução livre significa "empregado do banheiro".Essa pessoa era encarregada de acompanhar um monarca o tempo todo com seu banheiro móvel e cuidar de suas necessidades fisiológicas de perto. E, para piorar, precisa revirar as fezes e conferir urina para informar como estava a qualidade intestinal da realeza.<h2>O trabalho mais desejado do mundo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07135914992206.jpg" alt="(Fonte: LobsterThermidor/Wikimedia Commons/How Stuff Works/Reprodução)">(Fonte: LobsterThermidor/Wikimedia Commons/How Stuff Works/Reprodução)O trabalho foi popularizado a partir do século XV, durante o reinado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121095-6-curiosidades-sobre-elizabeth-i-a-ultima-monarca-tudor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dinastia Tudor</a>, e engana-se quem acredita que era infeliz aquele que ficava incumbido de ocupar a posição. Na verdade, as pessoas morreriam para trabalhar como encarregados do banheiro de um rei. Na corte, esse era considerado o cargo que todo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121535-um-passeio-para-conhecer-e-entender-as-eras-reais-britanicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aristocrata da Inglaterra</a> sonhava em preencher, sobretudo devido aos benefícios.Além de criarem um vínculo e ter livre acesso ao rei, esses assistentes eram presentados com roupas de segunda mão e tinham controle sobre as finanças domésticas do palácio. Ninguém achava um emprego ruim, muito pelo contrário. O cargo acompanhava a oportunidade de se tornar um dos grandes confidentes dos monarcas, visto que estavam envolvidos nos momentos mais íntimos possíveis.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07140211376208.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Exatamente por isso que não era qualquer um que estava apto à tarefa. O notório rei Henrique VIII, por exemplo, escolhia seus assistentes com base mais na proximidade do que qualquer outro motivo, optando por amigos íntimos dele ou membros importantes de seu grupo de colegas. Hugh Denys foi um deles. Casado com uma moça de família aristocrata influente, se tornou um dos mais antigos membros da comitiva do rei.Por muito tempo, ele carregou o banheiro móvel mais famoso e caro da Inglaterra. O banheiro móvel de Henrique VIII era feito de madeira, revestido de veludo preto, franjado de seda, com dois lavatórios de estanho e quatro jardas de tecido marrom-avermelhado.<h2>O outro lado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07140612339210.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A profissão era tão poderosa que foi alvo de inveja pela corte. A escritora Tracy Borman menciona em seu livro The Private Lives of the Tudors&nbsp;(2016) que um duque chegou a se irritar com o rei e dizer que ele daria seus honorários, cargos e recompensas a "esses assistentes" em vez de nobres.Quando a Dinastia Stuart ascendeu ao trono da Inglaterra, o responsável por carregar o banheiro real havia conquistado tanta influência que alguns falavam que a Guerra Civil Inglesa foi travada tanto no campo de batalha quanto nos banheiros reais.&nbsp;Foi nessa época, inclusive, que a profissão começou a ser mais associada aos cuidados com o guarda-roupa real do que a higiene íntima. Acredita-se que essa tenha sido a origem do cargo de assessor real.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15171510888384.jpg" alt="Henry Rich, camareiro encarregado de cuidados com o Rei Charles I. (Fonte: Wikimedia Commons)">Henry Rich, camareiro encarregado de cuidados com o Rei Charles I. (Fonte: Wikimedia Commons)Além de um prestígio político, o cargo também adquiriu um caráter espiritual, visto que o monarca era escolhido por Deus, portanto, ajudar em suas tarefas era quase como cuidar de uma divindade.Por muitos séculos, existiram poucas pessoas em quem um monarca confiou mais do que naquela que limpava a sua bunda, e essa proximidade toda teve seu lado ruim.Alguns encarregados pelo banheiro real foram executados com seus monarcas devido ao excesso de proximidade. Este foi o caso de Henry Norris, por exemplo, aliado político de Ana Bolena, que acabou morto como a rainha.&nbsp;A sociedade da época, e até mesmo a História, chamou isso de "ossos do ofício".</body>

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Limpar a bunda do Rei já foi o trabalho mais desejado do mundo 

Imagem de O implante cerebral capaz de curar quadros severos de depressão no megacurioso

Depois de 5 anos sofrendo de depressão severa, a paciente de teste Sarah viu sua vida mudar completamente 

<head></head><body>Considerada a doença do século e a principal causa de incapacidade, a depressão é um problema de saúde pública mundial que afeta mais de 265 milhões de pessoas, conforme um relatório atualizado de 2020 da Organização Mundial da Saúde (OMS).A Associação de Serviços de Saúde Mental e Abuso de Substância notificou que adolescentes entre 12 e 17 anos apresentam a maior taxa de episódios depressivos (14,4%), seguidos pelos jovens de 18 a 25 anos (13,8%). O Brasil está alocado em quinto lugar no ranking de maiores casos, com cerca de 11 milhões de depressivos, ficando atrás dos Estados Unidos e da China, que lidera o ranking.Pensando em tratar quadros severos, em que a pessoa apresenta sintomas de tristeza imensa e constante, desesperança, baixa autoestima, alterações no sono e no peso, atividade motora e dificuldade para memorização; cientistas criaram um implante cerebral para tratar a depressão.<h2>O futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06111733687092.jpg" alt="(Fonte: Anson Chan/TED Ideas/Reprodução)">(Fonte: Anson Chan/TED Ideas/Reprodução)Os pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, criaram um implante elétrico que fica no crânio e conectado ao cérebro para poder detectar e tratar depressão grave, até então um quadro resolvido apenas por meio de tratamento medicamentoso, psiquiátrico e terapia.O primeiro paciente se mostrou satisfeito e os cientistas acreditam que essa resposta seja promissora para um tratamento. O dispositivo instalado há mais de um ano em Sarah, de 36 anos, é acionado por um impulso que sente e que acontece quando a paciente pode precisar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06111914351094.jpg" alt="(Fonte: Inner Cosmos/UNILAD/Reprodução)">(Fonte: Inner Cosmos/UNILAD/Reprodução)Sarah teve o primeiro sentimento de alívio em 5 anos após enfrentar uma sucessão de tratamentos fracassados, incluindo antidepressivos e terapia eletroconvulsiva. Até a cirurgia, algo assustador para muitas pessoas, se tornou pequena diante da perspectiva de obter qualquer tipo de alívio daquela escuridão que ela vivia.“Minha vida diária era muito restrita. Eu me sentia torturada. Eu mal me movia ou fazia qualquer coisa”, disse a mulher, em uma coletiva de imprensa.<h2>Uma vida nova</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06112107342095.jpg" alt="(Fonte: Maurice Ramirez/UCSF/Reprodução)">(Fonte: Maurice Ramirez/UCSF/Reprodução)Sarah recebeu anestesia geral para ter o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114735-lobotomia-o-mais-abominavel-capitulo-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crânio perfurado</a> em pequenos orifícios e receber no osso, sob o couro cabeludo, a compacta caixa contendo a bateria e o gerador de pulsos. O procedimento durou um dia inteiro de trabalho e, quando ela despertou, sentiu os efeitos imediatos.Enchida com a sensação de bem-estar e euforia, em poucas semanas, Sarah viu seus pensamentos suicidas desapareceram pela primeira vez. Um ano se passou desde o dia que ela se deitou na mesa de cirurgia para ser uma paciente de teste, e sua vida apenas melhorou, sem nenhum efeito colateral ou diminuição dos resultados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06112152307097.jpg" alt="(Fonte: John Lok/UCSF/Reprodução)">(Fonte: John Lok/UCSF/Reprodução)Acostumada com uma vida afetada em todos os aspectos pela depressão severa, Sarah se viu tendo que se readaptar a tudo para conseguir realizar tarefas que eram comuns para outras pessoas, como o simples ato de olhar para um cardápio e fazer um pedido.“Precisei aprender a reaprender como ter opiniões sobre as coisas e realmente escolher algo em um menu e pedir, não apenas concordar com o que todo mundo queria. Eu estava muito acostumada com o fato de não poder tomar decisões, essa capacidade simplesmente se atrofiou e desapareceu em mim nos últimos cinco anos”, revelou.<h2>Como funciona</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Inner Cosmos/Reprodução" data-fonte-url="https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-11624921/First-implant-treat-depression-REVEALED-New-brain-chip-set-rival-Elon-Musks-Nueralink.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06112238095098.jpg" alt="(Fonte: Inner Cosmos/Reprodução)">(Fonte: Inner Cosmos/Reprodução)O implante cerebral é programado para detectar a atividade cerebral relacionada à depressão, aplicando estimulantes elétricos em um local específico para aliviar os sintomas – uma tática também aprovada para o tratamento de quadros de epilepsia.Publicado em 4 de outubro de 2022 na revista Nature Medicine, o estudo especifica que os eletrodos implantados no cérebro de Sarah são usados para sondar seus circuitos emocionais. Os cientistas descobriram que um local específico do nosso cérebro pode diminuir a ansiedade e outro aumentar os níveis de energia.A equipe notou que a reação foi imediata quando ativaram um local fundo no cérebro da paciente, uma área relacionada à recompensa chamada "estriado ventral". Quando um estímulo foi aplicado naquele local, Sarah estava bordando e ficou surpresa ao perceber que realmente estava gostando daquela atividade, experimentando um sentimento de alegria e felicidade.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06112321830099.jpg" alt="(Fonte: Ken Probst/UCSF/Reprodução)">(Fonte: Ken Probst/UCSF/Reprodução)Considerando que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124204-passar-tempo-fora-de-casa-pode-diminuir-necessidade-de-remedios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a> pode variar entre os indivíduos, houve esforços para conseguir mapear quando um eletrodo deve ser ativado em antecipação aos sintomas que se tornam mais graves, semelhante à abordagem adotada com casos de epilepsia. Sendo assim, eles procuraram o que chamam de "biomarcador", para poder fornecer esse tipo de alerta, encontrando-o na amígdala, que mede os processos emocionais para detectar a atividade gama e também está ligada ao corpo estriado.A estimulação acontece em uma rajada curta de 6 segundos, depois o dispositivo é desligado até que outro aviso de gama seja recebido. Essa ativação intermitente não chega a mais de 30 minutos por dia. Isso foi o suficiente para manter a depressão de Sarah sob controle, permitindo que ela reconstruísse uma vida digna de ser vivida.Quando o dispositivo Neuropace RNS, que custa US$ 30 mil, for usado em outra pessoa, a terapia será novamente personalizada para se adequar ao tipo de quadro. Mas ainda são necessárias muitas pesquisas para que os cientistas concluam se a terapia experimental pode ajudar mais pessoas com esse quadro de depressão.</body>

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O implante cerebral capaz de curar quadros severos de depressão

Imagem de Conheça Zion, a cidade onde o terraplanismo era pregado no megacurioso

A cidade foi fundada sob o propósito de criar uma sociedade utópica baseada na religião

O hist&oacute;rico astr&ocirc;nomo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119938-galileu-galilei-a-revolucao-causada-pelas-descobertas-sobre-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Galileu Galilei</a> foi condenado &agrave; pris&atilde;o perp&eacute;tua pela Igreja Cat&oacute;lica Romana em 1633 ao afirmar que a Terra orbita o Sol, muito embora Nicolau Cop&eacute;rnico j&aacute; tivesse sugerido em 1543 a teoria radical de que, na verdade, todos os planetas do Sistema Solar orbitam a grande estrela. Levou mais de um s&eacute;culo para que sua teoria fosse amplamente aceita, e ainda assim aqueles que a sustentaram foram ca&ccedil;ados como Galileu.
Mas isso ainda era o s&eacute;culo XVII, quando muito sobre o mundo estava bem longe de ser descoberto. A maioria das contesta&ccedil;&otilde;es tinha como base fatores religiosos, e a d&uacute;vida das pessoas estava, sobretudo, na falta de provas. Por s&eacute;culos, os n&uacute;meros e equa&ccedil;&otilde;es foram tudo o que os matem&aacute;ticos, f&iacute;sicos e astr&ocirc;nomos tinham para provar suas teorias.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07161913503337.jpg" alt="(Fonte: Live Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Live Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
E mesmo depois de tantas provas, uma parcela da popula&ccedil;&atilde;o acredita que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123396-como-o-mito-da-terra-plana-dura-desde-a-idade-media-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra seja plana</a>, uma teoria da conspira&ccedil;&atilde;o que surgiu na d&eacute;cada de 1950. S&oacute; nos Estados Unidos, estima-se que 1% dos norte-americanos acreditam no terraplanismo.
Um s&eacute;culo atr&aacute;s, um obcecado por essa teoria transformou a cidade Zion, em Illinois, em uma teocracia, onde professou &agrave; vontade sobre a Terra plana.
<h2>O utopismo de Dowie</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/14/state-library-south-australia-14184233608367.jpg" alt="State Library South Australia" />Alexander Dowie. (Fonte: State Library of South Australia/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para entender a hist&oacute;ria do ex-ditador teocr&aacute;tico de Zion, Wilbur Gleen Voliva, &eacute; necess&aacute;rio conhecer a de John Alexander Dowie. Nascido na Esc&oacute;cia, ele emigrou em 1860 para a Austr&aacute;lia, onde se tornou ministro congregacionalista, deixando sua fun&ccedil;&atilde;o pastoral para se tornar um pregador e curador itinerante, em meados de 1880. Nessa &eacute;poca, ele j&aacute; flertava com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115982-utopia-dos-ratos-experimento-previu-a-extincao-da-humanidade-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">utopismo</a>.
Em 1896, Dowie emigrou mais uma vez, s&oacute; que para os Estados Unidos, onde desenvolveu seu neg&oacute;cio de cura em Chicago, construindo casas e abrindo empresas, incluindo uma editora, para manter arrebanhado seus milhares de seguidores. Foi assim que ele comprou uma grande por&ccedil;&atilde;o de terra ao norte de Illinois para estabelecer a pr&oacute;pria cidade, que chamou de Zion.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07162942351343.jpg" alt="(Fonte: Flower Pentecostal Heritage Centre/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Flower Pentecostal Heritage Centre/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
L&aacute;, foi organizado sua igreja Crist&atilde;o Cat&oacute;lica Apost&oacute;lica e todos os aspectos pol&iacute;ticos e socioecon&ocirc;micos da cidade estavam em suas m&atilde;os, desenvolvidos a partir de suas cren&ccedil;as. Por outro lado, o local tamb&eacute;m foi uma plataforma em larga escala para que ele cometesse fraude de valores mobili&aacute;rios, despertando uma extensa investiga&ccedil;&atilde;o sobre suas pr&aacute;ticas comerciais que culminou em sua deposi&ccedil;&atilde;o, em 1905.
Ali come&ccedil;ava a hist&oacute;ria de Voliva.
<h2>Um legado de loucura</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07163107420345.jpg" alt="Wilbur Glenn Voliva. (Fonte: Flat Earth Wiki/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Wilbur Glenn Voliva. (Fonte: Flat Earth Wiki/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A teocracia estabelecida em Zion simplesmente ignorou que a Primeira Emenda deixa claro que qualquer governo religioso no pa&iacute;s &eacute; proibido. O jornal da cidade era chamado O Teocrata, onde eram disseminadas informa&ccedil;&otilde;es que misturavam doutrina da igreja e algumas not&iacute;cias reais, embora retiradas de outras fontes e reescritas por jornalistas da cidade.
Os fundamentos de Zion tinham como base formar uma cidade comunit&aacute;ria e teocr&aacute;tica, um lugar de coopera&ccedil;&atilde;o crist&atilde;, racialmente harm&ocirc;nica e r&iacute;gida moral &ndash; essa parte, em espec&iacute;fico, era levada com afinco. N&atilde;o havia jogos de azar, venda de fumo, teatros e nem circos. Al&eacute;m disso, era proibido carne de porco, ostras, falar palavr&otilde;es e assobiar. O descumprimento de qualquer regra poderia levar &agrave; pris&atilde;o por tempo indeterminado.
As escolas pregaram o terraplanismo doutrinado por Voliva, que chegou a oferecer um desafio de US$ 5 mil &ndash; quando seu tipo de ensino ganhou notoriedade nacional &ndash; para qualquer um que refutasse sua teoria. Ele criticou a ideia de um Sol com milh&otilde;es de quil&ocirc;metros de di&acirc;metro e de dist&acirc;ncia, afirmando em boletins em sua pr&oacute;pria esta&ccedil;&atilde;o de r&aacute;dio, a WCBD, que o astro tem apenas 51 quil&ocirc;metros de di&acirc;metro e est&aacute; a n&atilde;o mais que 4 mil quil&ocirc;metros da Terra, alegando que Deus "fez o Sol para iluminar a Terra".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/14/14184035248366.jpg" alt="(Fonte: www.squareamerica.com/Facebook/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: www.squareamerica.com/Facebook/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Provavelmente, um dos poucos aspectos dentro da lei "normal" que Zion preservou foram as elei&ccedil;&otilde;es democr&aacute;ticas. Quando as pessoas se cansaram da lideran&ccedil;a de Voliva, em meados de 1909, eles tentaram o eliminar. O homem, no entanto, se recusou a sair do poder e ainda alegou fraude eleitoral.
Com isso, surgiram duas fac&ccedil;&otilde;es: pr&oacute;-Voliva e pr&oacute;-democracia, e ambos estavam armados, de verdade, para defenderem seus ideais. Quando a prefeitura de Zion foi derrubada pelos inimigos de Voliva, uma grande luta foi travada por horas entre os eleitores.
A vit&oacute;ria pr&oacute;-Voliva naquela noite manteve o homem no poder at&eacute; 1934, quando sua fal&ecirc;ncia pessoal e gan&acirc;ncia contaminou todos os aspectos da cidade, diminuindo por fim sua influ&ecirc;ncia sobre a sociedade.
Atualmente, Zion &eacute; apenas uma cidade de cerca de 25 mil pessoas, localizada em uma parte indefinida de Illinois, e considerada nada mais que uma esp&eacute;cie de sub&uacute;rbio.
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Conheça Zion, a cidade onde o terraplanismo era pregado

Imagem de Óculos de realidade aumentada poderão matar seus jogadores no megacurioso

A ideia está sendo desenvolvida por Palmer Luckey, e só alguns empecilhos a impedem de se tornar real

A s&eacute;rie coreana <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120081-round-6-serie-da-netflix-e-inspirada-em-uma-historia-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Round 6</a> ("Squid Game"), de Hwang Dong-hyuk, quebrou recordes hist&oacute;ricos na plataforma de streaming Netflix em 2021. O p&uacute;blico ficou obcecado com a ressignifica&ccedil;&atilde;o de uma competi&ccedil;&atilde;o de pessoas endividadas com a sociedade em busca de um pr&ecirc;mio bilion&aacute;rio, alcan&ccedil;&aacute;vel apenas para quem conseguisse sobreviver a provas assassinas.
O enredo inteligente provocou tanta tens&atilde;o com essas provas que atravessou as telas, tendo youtubers com milhares de inscritos oferecendo pr&ecirc;mios em dinheiro para que pessoas participassem de jogos &ndash; mas sem precisar morrer por isso.&nbsp;
At&eacute; mesmo a Netflix embarcou na ideia, visando mais repercuss&atilde;o e lucro ap&oacute;s a confirma&ccedil;&atilde;o da segunda temporada da s&eacute;rie, anunciando em 2022 que adaptaria Round 6&nbsp;em um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123178-geracao-z-e-a-obsessao-pela-fama-a-qualquer-custo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reality show</a>; colocando competidores uns contra os outros em busca de um pr&ecirc;mio milion&aacute;rio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06113915262133.jpg" alt="(Fonte: The Cinemaholic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Round 6. (Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&Agrave;s vezes perigosa, foi essa necessidade de querer viver uma experi&ecirc;ncia cada vez mais imersiva que despontou uma ind&uacute;stria de jogos para videogames e computadores com uma capacidade tecnol&oacute;gica de ader&ecirc;ncia maior. Tornou-se propriedade para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123580-e-t-o-extraterrestre-o-jogo-que-quase-faliu-a-atari.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mercado de jogos</a> aproximar os usu&aacute;rios de seu universo a ponto de vivenci&aacute;-lo, indo de joysticks e controles at&eacute; os famosos &oacute;culos de realidade aumentada.
Em 2022, Palmer Luckey, fundador da empresa de realidade virtual Oculus, revelou que est&aacute; a meio caminho de terminar a confec&ccedil;&atilde;o de &oacute;culos de realidade aumentada (VR) capaz de matar o jogador se ele perder no ambiente virtual.
<h2>A ideia perigosa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06114017125137.jpg" alt="Palmer Luckey. (Fonte: Sky News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Palmer Luckey. (Fonte: Robert Galbraith/Reuters/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Luckey, considerado "pai" da realidade virtual moderna, vendeu sua empresa Oculus para o Facebook em 2014 por US$ 2 bilh&otilde;es &ndash; e teve a tecnologia introduzida por Mark Zuckerberg como a base da Meta &ndash;, e criou um &oacute;culos de VR que matar&aacute; de verdade o usu&aacute;rio se ele perder no ambiente virtual.
Os &oacute;culos foram inspirados na mesma proposta de um anime japon&ecirc;s chamado Sword Art Online (SAO), em que a morte dos jogadores acontece por meio dos &oacute;culos NerveGear. O desenvolvido por Luckey ter&aacute; tr&ecirc;s m&oacute;dulos de carga explosiva instalados no topo da tela, em um design parecido com o Meta Quest Pro. As cargas ser&atilde;o direcionadas ao prosenc&eacute;falo do usu&aacute;rio, destruindo sua cabe&ccedil;a imediatamente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06114137493139.jpg" alt="(Fonte: BBC Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Chesnot/Getty Images)
Como escreveu em uma postagem em seu blog pessoal, a ideia de Luckey &eacute; fazer as pessoas repensarem de maneira s&eacute;ria e fundamental sobre como elas interagem com o mundo virtual e os jogadores neles. Isso faz muito parte da ideia de n&atilde;o separar o ambiente virtual da realidade, algo que, inclusive, o fascina.
&ldquo;Isso eleva o n&iacute;vel a um patamar m&aacute;ximo&rdquo;, escreveu ele. &ldquo;Gr&aacute;ficos aprimorados podem fazer um jogo parecer mais real, mas apenas a amea&ccedil;a de consequ&ecirc;ncias s&eacute;rias pode fazer um jogo parecer real para voc&ecirc; e todas as outras pessoas no pr&oacute;prio jogo&rdquo;.
<h2>Obsess&atilde;o al&eacute;m da conta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06114556838142.jpg" alt="(Fonte: The Nexus/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Cena da s&eacute;rie Black Mirror. (Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para tranquilizar os pais e a sociedade, Luckey ainda est&aacute; longe de concluir um prot&oacute;tipo verdadeiro do NerveGear, pelo menos por enquanto. Em SAO, os &oacute;culos matam os jogadores com um emissor de microondas, que consegue passar despercebido pelos funcion&aacute;rios, reguladores e parceiros de fabrica&ccedil;&atilde;o contratados. &ldquo;Sou um cara muito inteligente, mas ainda n&atilde;o consegui pensar em nenhuma maneira de fazer algo assim funcionar, n&atilde;o sem conectar os &oacute;culos a um equipamento gigantesco&rdquo;, disse ele.
Portanto, esse seria o grande empecilho at&eacute; o momento. As cargas modulares explosivas s&atilde;o o mais pr&oacute;ximo que ele chegou. Elas seriam acionadas por um sensor fotogr&aacute;fico que detectaria quando os &oacute;culos exibissem uma tela vermelha espec&iacute;fica que pisca em uma sequ&ecirc;ncia determinada.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06114712110145.jpg" alt="(Fonte: Apaixonados por S&eacute;ries/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Cena da s&eacute;rie Black Mirror.&nbsp;(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Luckey relatou que as cargas costumavam ser usadas em um projeto diferente. Anduril &eacute; o nome da empresa fundada tamb&eacute;m por ele e especializada em armas e defesa, desenvolvendo muni&ccedil;&otilde;es e tecnologia <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123936-como-funcionam-as-armas-antidrone.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antidrone&nbsp;</a>para for&ccedil;as especiais dos Estados Unidos. Ele j&aacute; at&eacute; possui planos para um mecanismo anti-viola&ccedil;&atilde;o que, como o NerveGear, seria imposs&iacute;vel remover ou destruir os &oacute;culos uma vez que colocados e o jogo iniciado.
&ldquo;Ainda assim, h&aacute; uma variedade enorme de falhas que podem ocorrer e matar o usu&aacute;rio antes da hora. &Eacute; por isso que n&atilde;o criei coragem para realmente us&aacute;-lo sozinho&rdquo;, escreveu Luckey.

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Óculos de realidade aumentada poderão matar seus jogadores

Imagem de É possível uma tecnologia antigravidade? no megacurioso

Extensos debates e avanços estão sendo acontecendo há anos ao redor dessa possibilidade, e uma equipe de franceses mostraram o quão perto podemos estar

No mang&aacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121649-retrofuturismo-a-maneira-de-idealizar-um-futuro-melhor-e-avancado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cyberpunk</a> japon&ecirc;s Gunnm, mais conhecido como Alita: Anjo de Combate, o magaka Yukito Kishiro apresentou um dos temas de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica mais conhecidos de todos os tempos: a tecnologia antigravidade. A hist&oacute;ria se passa em um futuro dist&oacute;pico, em 2563, ap&oacute;s uma guerra catastr&oacute;fica que deixou a Terra em frangalhos e na extrema pobreza, constantemente contaminada com lixo pela rica cidade voadora de Zalem.
Na d&eacute;cada de 1990, quando o mang&aacute; foi lan&ccedil;ado, essa ideia &ndash; que mais tarde se tornaria uma tend&ecirc;ncia no entretenimento &ndash; estava ganhando mais for&ccedil;a, depois que, 30 anos antes, Star Trek j&aacute; falava sobre plataformas antigravitacionais usadas para transportar cont&ecirc;ineres e pessoas doentes.
A pr&oacute;pria concep&ccedil;&atilde;o de um Objeto Voador N&atilde;o Identificado tem ra&iacute;zes em um dispositivo que desafia a gravidade, usando uma tecnologia exc&ecirc;ntrica que o faz girar e planar como quiser. Em meio a tudo isso, a pergunta que fica &eacute;: seria poss&iacute;vel uma tecnologia antigravidade?
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124289-4-ideias-da-ficcao-cientifica-que-sao-possiveis-teoricamente.htm" target="_blank" rel="sponsored">4 ideias da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica que s&atilde;o poss&iacute;veis, teoricamente</a>
<h2>A possibilidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06105150374074.jpg" alt="A chegada (2016). (Fonte: FilmNation/Lava Bear Films/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />A chegada (2016). (Fonte: FilmNation/Lava Bear Films/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A antigravidade est&aacute; localizada em uma &aacute;rea cinzenta da ci&ecirc;ncia, enquanto ag&ecirc;ncias de intelig&ecirc;ncia e estudos h&aacute; anos falam do assunto e travam guerras t&aacute;citas com outras na&ccedil;&otilde;es. Um exemplo disso &eacute; que o International Journal of Mechanical and Production Engineering citou uma patente arquivada em 2011 para um motor de v&oacute;rtice de merc&uacute;rio que gira o elemento em uma bobina de campo eletromagn&eacute;tico, podendo reverter a atra&ccedil;&atilde;o gravitacional da Terra.
A discuss&atilde;o da possibilidade dessa tecnologia tem os Estados Unidos como poderio, com a Nasa, a DARPA, o MIT e a For&ccedil;a A&eacute;rea Americana realizando a primeira Confer&ecirc;ncia de Energia de Propuls&atilde;o Alternativa (APEC) como uma iniciativa para despontar e, talvez, lan&ccedil;ar a antigravidade de vez para o mundo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06105318154075.jpg" alt="Alita: Anjo de Combate&nbsp;(2019). (Fonte: 20th Century Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Alita: Anjo de Combate&nbsp;(2019). (Fonte: 20th Century Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Assim como os cientistas da APEC fazem, para considerar a antigravidade &eacute; necess&aacute;rio esquecer todo o tipo de suposi&ccedil;&atilde;o negativa autom&aacute;tica, leis f&iacute;sicas e tudo o mais &ndash; ainda que isso soe muito fabulesco e sci-fi at&eacute; para o escritor mais engenhoso. &Eacute;, sim, poss&iacute;vel que a tecnologia antigravidade seja alcan&ccedil;ada em algum momento.
A gravidade por si s&oacute; &eacute; uma parte que integra a composi&ccedil;&atilde;o do cosmos, portanto, n&atilde;o pode ser exclu&iacute;da de qualquer equa&ccedil;&atilde;o, por outro lado, a antimat&eacute;ria possui propriedades opostas &agrave; mat&eacute;ria normal &ndash; ou seja, rota&ccedil;&atilde;o, carga, etc. Ela n&atilde;o apresenta propriedades de massa negativa por conta de a gravidade ser sempre uma for&ccedil;a atrativa. Os cientistas argumentam sobre uma hipot&eacute;tica blindagem gravitacional que poderia fazer algo resistir &agrave; for&ccedil;a da gravidade.
<h2>Uma descoberta reveladora</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07150544689283.jpg" alt="(Fonte: Mike Winkelmann/Behance/Wikimedia Commons)" />(Fonte: Mike Winkelmann/Behance/Wikimedia Commons)
Uma maneira considerada um tanto quanto peculiar de abordar a antigravidade &eacute; por meio de vibra&ccedil;&otilde;es. Em um estudo publicado na revista Nature, em 2020, pesquisadores franceses descobriram um novo tipo de flutuabilidade para objetos flutuantes, como pequenos barcos de brinquedo, ao vibrar e levitar l&iacute;quidos densos &ndash; glicerol e &oacute;leo de silicone &ndash;, em uma c&acirc;mara de vidro fechada e invertida.
Essa "flutuabilidade inversa" n&atilde;o &eacute; algo que se observa normalmente na natureza, por isso os pesquisadores criaram um ambiente de pesquisa altamente ajustado usando uma c&acirc;mara de vidro, l&iacute;quidos densos e uma placa vibrat&oacute;ria. Em um ambiente normal, sem vibra&ccedil;&otilde;es extras, &eacute; esperado que um fluido viscoso como o glicerol escorresse lentamente pelas laterais de uma c&acirc;mara invertida cheia de ar at&eacute; que se acomodasse o fundo, deslocando o ar que ali havia sido ocupado.
No entanto, se a c&acirc;mara estiver vibrando rapidamente, os pesquisadores descobriram que os l&iacute;quidos nunca chegam no fundo dela, em vez disso, eles levitam em uma bolha de ar. Ou seja, no cen&aacute;rio de vibra&ccedil;&atilde;o, as camadas levitantes sentem tanto a press&atilde;o descendente da gravidade quanto uma for&ccedil;a ascendente do ar pressurizado criado abaixo &ndash; muito diferente do que acontece em um cen&aacute;rio natural em que a gravidade &eacute; a for&ccedil;a prim&aacute;ria.
S&atilde;o essas for&ccedil;as opostas de gravidade puxando para baixo e vibra&ccedil;&otilde;es empurrando para cima que os pesquisadores acreditam ser a chave para a tecnologia antigravidade.

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É possível uma tecnologia antigravidade?

Imagem de Exército japonês usou prisioneiros de guerra como tiro ao alvo no megacurioso

E isso foi apenas uma das práticas sádicas dos japoneses

<head></head><body>Muito além do teatro bélico, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124240-sportswashing-como-os-governos-usam-o-esporte-para-esconder-seus-podres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial&nbsp;</a>foi caracterizada por episódios aberrantes, em que o homem atravessou um processo longo de desumanização enquanto lutava para decidir quem sairia vitorioso do conflito.O ditado popular "na guerra vale tudo" foi usado de maneira literal entre 1939 a 1945. A instituição do nazismo na Alemanha de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124225-o-menino-do-pijama-listrado-obra-distorce-memorias-do-holocausto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> tentou expurgar os judeus, reunindo milhares de mortes e deixando uma mancha para sempre na História. Os Estados Unidos dizimaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124071-cientistas-tentaram-evitar-que-a-bomba-atomica-fosse-jogada-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>, matando mais de 200 mil pessoas, com duas bombas atômicas lançadas no final da guerra simplesmente para reafirmar sua soberania americana.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09113602128092.jpg" alt="(Fonte: iNews/Reprodução)">(Fonte: iNews/Reprodução)Enquanto isso, o Exército Imperial japonês praticou uma série de atrocidades, inclusive contra o próprio povo, quando estabeleceu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121291-vivisseccao-a-pratica-japonesa-diabolica-desenvolvida-na-unidade-731.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Unidade 731</a> para pesquisa e desenvolvimento de armas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119826-bioterrorismo-qual-a-sua-origem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra biológica,</a> fazendo experimentação humana em larga escala.Quando o ex-presidente dos EUA, George W. Bush, sobreviveu ao infame episódio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115624-george-h-w-bush-escapou-do-canibalismo-de-chichijima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo em Chichijima</a> aos 17 anos, ele se tornou o retrato vivo do que o exército japonês era capaz. Entre servir soldados de comida para generais famintos exercerem sua soberania e poder, o exército japonês usou prisioneiros de guerra para prática de tiro ao alvo.<h2>A queda de Cingapura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09114744467095.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Bárbaro é pouco para descrever o tratamento que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123713-piscando-jeremiah-denton-conseguiu-denunciar-a-tortura-na-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prisioneiros de guerra</a> receberam durante o ano de 1942, considerado o apogeu do conflito. Fotografias recuperadas de registros feitos pelas tropas japonesas quando os britânicos retomaram a cidade de Cingapura – e divulgadas pelo The Sun em 2017 –, mostraram soldados do Regimento Sikh, do Exército Indiano Britânico, ajoelhados em suas orações finais.O que chamou atenção foi o marcador de alvo pendurado sobre o coração de cada prisioneiro e estacas na frente deles. Cada posição alvo foi marcada com um número correspondente ao soldado que empunhava o rifle. Isso não era um pelotão de fuzilamento, apenas uma diversão sanguinária como prática militar.Quando Cingapura caiu, em 15 de fevereiro de 1942, mais de 40 mil homens do exército indiano se tornaram prisioneiros de guerra, sendo que 30 mil deles aderiram ao Exército Nacional Indiano (INA). Eles foram encaminhados para campos de concentração para serem torturados de maneira sistemática. A quantidade de homens, no entanto, foi o que levou à ideia de que seria melhor usá-los para algo “útil”, em vez de apenas espancá-los até à morte.<h2>O tratamento perturbador</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09115158920101.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Uma matéria de 16 de maio de 1944, do Times of India,&nbsp;relatou o horror sem fim que foi a vida daqueles encaminhados para ilhas do Pacífico, remontando à época da escravidão que destruiu o povo africano.Os prisioneiros foram impedidos de respirar o ar ou provar da água, portanto, foram confinados mais de 2 mil deles no porão de um navio e alimentados com duas xícaras de água salina a cada 24 horas. Como resultado, a maioria não sobreviveu à jornada.Os indianos que se recusaram a se juntar ao INA foram embalados como sardinhas e abandonados no fundo do navio Matsui Maru, que levou 56 dias para chegar à Rabaul. Eles foram confinados em um espaço totalmente estreito, sendo que a maioria deles teve que ficar em pé o tempo todo. Nos primeiros 10 dias de viagem, os prisioneiros foram alimentados com arroz e sal e, ocasionalmente, algas marinhas.Os homens que conseguiam chegar com vida nos campos de concentração poderiam enfrentar uma carga horária de trabalho de até 12 horas, como acontecia em Rabaul. Os prisioneiros só conseguiram resistir roubando gado e pequenas quantidades de arroz.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09115320781102.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Um tratamento ainda mais perturbador foi dirigido aos prisioneiros chineses, assassinados em tiroteios, enterrados vivos, baionetados, decapitados, e submetidos a experimentos médicos. Já os norte-americanos, australianos e britânicos passaram fome, foram brutalizados, canibalizados e forçados ao trabalho.A estrada de ferro Thai-Burma, com 415 quilômetros de extensão, não é conhecida como “ferrovia da morte” por acaso. O projeto foi construído por prisioneiros de guerra britânicos e australianos severamente desnutridos em condições de trabalho e de tempo extremas. Milhares deles morreram ao longo do trajeto, sendo que muitos foram até sepultados nas redondezas.No rescaldo final da Segunda Guerra Mundial, os japoneses mataram duas vezes mais chineses do que os nazistas mataram judeus, engrossando o ódio histórico entre as duas nações.</body>

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Exército japonês usou prisioneiros de guerra como tiro ao alvo

Imagem de Chico Rei: o rei do Congo que foi escravizado no Brasil no megacurioso

Apesar de tudo, o nobre conseguiu reverter o que sofreu ao longo da vida e deixar um legado histórico

Ningu&eacute;m sabe ao certo se Galanga, tamb&eacute;m conhecido como Chico Rei, foi apenas uma lenda da institui&ccedil;&atilde;o da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124185-desembarque-igbo-a-historia-do-povo-que-se-afogou-para-fugir-da-escravidao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravid&atilde;o</a> no Brasil ou se realmente existiu. O excesso de hist&oacute;ria ao redor de seu nome, por&eacute;m, principalmente no que diz respeito a cidade de Ouro Preto, Minas Gerais &ndash; onde tudo aconteceu &ndash;, nos leva a crer que foi verdade.
Galanga era rei no Congo antes de ser capturado com sua fam&iacute;lia por portugueses para ser traficado e vendido como escravo para o Brasil. Ao longo do trajeto, ele perdeu mais do que a humanidade, riquezas, t&iacute;tulos e a liberdade, ele perdeu sua fam&iacute;lia tamb&eacute;m. Sua esposa, a rainha Djal&ocirc;, e a filha, a princesa Itulo, foram <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121912-ha-centenas-de-restos-mortais-de-escravos-no-fundo-do-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lan&ccedil;adas ao mar</a> e morreram afogadas.
Em meados de 1740, o ent&atilde;o rei congol&ecirc;s e seu filho Muzinga chegaram ao Rio de Janeiro, onde ele foi rebatizado Francisco, ou Chico, e levado por um major para trabalhar na Mina da Encardideira, em Vila Rica (atual Ouro Preto).
<h2>Um homem incans&aacute;vel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06104113313055.jpg" alt="(Fonte: Harmonia Sangreal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Harmonia Sangreal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
De acordo com um document&aacute;rio da Brasil Paralelo, entender a hist&oacute;ria de Chico &eacute;, primeiro, lan&ccedil;ar um olhar para o per&iacute;odo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124191-o-legado-da-mineracao-ainda-destroi-a-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explora&ccedil;&atilde;o da minera&ccedil;&atilde;o</a> na cidade de Ouro Preto, onde foi aberta a m&atilde;o por escravos africanos a primeira mina do Brasil.
Em meio aos escravizados estava Chico, comprado no Congo por sua experi&ecirc;ncia pr&eacute;via com minera&ccedil;&atilde;o, assim como os demais. O que torna ainda mais not&oacute;ria a hist&oacute;ria do ent&atilde;o rei &eacute; que ele teria vivido intensamente cada dia, sem perder seus valores, apesar da situa&ccedil;&atilde;o na qual estava. Segundo relatos populares, ele ia trabalhar cantarolando e sempre com um sorriso no rosto.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06104202510056.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Acredita-se que isso tenha conquistado o respeito dos demais escravizados e at&eacute; mesmo do major, chefe da mina, com quem ele foi estreitando la&ccedil;os at&eacute; que revelasse ser um rei no Congo antes de ser escravizado.
Impressionado, o major teria entrado em uma empreitada para garantir a alforria de Chico enquanto ele se tornava cada vez mais um l&iacute;der querido entre os escravizados que trabalhavam na mina.
<h2>O legado do rei</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="Teka Lindoso/Viagens e Rotas" data-fonte-url="http://www.viagenserotas.com.br/2014/01/mina-do-chico-rei-e-casa-da-baronesa-patrimonios-que-guardam-riquezas-em-ouro-preto-mg/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06104257114057.jpg" alt="(Fonte: Teka Lindoso/Viagens e Rotas/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Teka Lindoso/Viagens e Rotas/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um lado da hist&oacute;ria diz que o major conseguiu alforriar Chico, enquanto outro ressalta que o rei trabalhou duro para comprar sua liberdade e a de Muzinga. O major teria morrido aos 75 anos, sem deixar herdeiros, alforriando o rei e doando a atual Mina Chico Rei ao ex-escravo.
Livre, Chico continuou a trabalhar at&eacute; que ficasse rico, se estabelecendo como uma esp&eacute;cie de divindade para os escravizados ao comprar a liberdade deles. Foi assim que ele adquiriu o nome "Chico Rei", tanto pela sua ascend&ecirc;ncia quanto pelo comportamento nobre.
Ao longo de sua vida, Chico Rei teria erguido a Igreja de Santa Efig&ecirc;nia, em 1785, em Vila Rica, com a ajuda dos ex-escravizados da Irmandade de Nossa Senhora do Ros&aacute;rio dos Pretos. A Mina Encardideira, onde Chico come&ccedil;ou como escravo, foi outro local que ele comprou e deixou como legado hist&oacute;rico, rebatizando-a de Mina Chico Rei.
O nobre morreu de hepatite aos 72 anos e, at&eacute; hoje, &eacute; celebrado em festas populares por Ouro Preto todo m&ecirc;s de janeiro; exaltado por meio da dan&ccedil;a, do canto e de uma bel&iacute;ssima prociss&atilde;o.

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Chico Rei: o rei do Congo que foi escravizado no Brasil

Imagem de Egípcios foram pagos em cerveja durante a construção das pirâmides no megacurioso

E saiba o porquê isso foi tão conveniente para época

<head></head><body>Entre as coisas que surgiram em 10.000 a.C., durante a famosa Revolução Neolítica – o período radical em que os humanos começaram a cultivar, plantar, criar animais para alimentação e formar assentamentos permanentes –, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124055-jacqui-saburido-a-maior-ativista-contra-a-direcao-embriagada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerveja</a> foi uma delas. A bebida nasceu de maneira acidental, visto que a fermentação foi um subproduto da coleta de grãos silvestres, portanto, a cerveja não foi inventada, mas descoberta.A fabricação dela, no entanto, foi uma escolha ativa, e os egípcios antigos sabiam bem disso, tanto que produziam e consumiam em larga escala e volume. Inclusive, foi&nbsp;sendo pagos em cerveja que os trabalhadores construíram as famosas pirâmides do Egito.<h2>Uma moeda sem igual</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/31/31171432388422.jpg" alt="(Fonte: Bildarchiv Preussischer Kulturbesitz/Reprodução)">(Fonte: Bildarchiv Preussischer Kulturbesitz/Reprodução)A cerveja era um produto fundamental para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124117-como-os-antigos-egipcios-mumificavam-crocodilos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a>, portanto, foi tratada como um tipo de alimento como qualquer outro, consumida diariamente em momentos de lazer, durante as refeições, em festas e comemorações religiosas.Ian Hodder, antropólogo da Universidade de Stanford, na Califórnia, que estuda desde 1993 a região de Çatalhöyük – um assentamento neolítico na Anatólia (atual Turquia) –, descobriu no território que costumava ser Uruk (atual Iraque) uma tábua em escrita cuneiforme indicando que os trabalhadores egípcios eram pagos em cerveja. Foi registrado que aqueles que construíram as pirâmides de Gizé receberam uma ração diária de mais de 10 litros de cerveja.Há pelo menos 5 mil anos, a bebida era uma das partes mais importantes da vida cotidiana da cidade mesopotâmica de Uruk, confirmando ainda mais como o produto era usado como um tipo de moeda. Vale ressaltar que a gradação alcoólica da cerveja daquele tempo era bem mais baixa que atualmente, além de a bebida ser mais espessa, substituindo a refeição.<span class="img-fc" data-fonte="Stefano Bianchetti/Corbis/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.pt/detail/fotografia-de-noticias/build-the-pyramids-coloured-engraving-by-fotografia-de-noticias/526177502"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/31/31171517975425.jpg" alt="(Fonte: Stefano Bianchetti/Corbis/Getty Images)">(Fonte: Stefano Bianchetti/Corbis/Getty Images)Por outro lado, pagar em cerveja os construtores das pirâmides também garantiu que eles trabalhassem sem fazer pausas para ir comer em casa, além de que, provavelmente, reclamavam menos das condições horríveis de trabalho devido à embriaguez.Ironicamente, foi a própria Revolução Neolítica que afastou a ideia da cerveja como método de pagamento da mente das pessoas. Ainda que tenha mantido o status de algo "divino" – com vários deuses e deusas associados à bebida, como a deusa Hathor –, os meios de cultivo e domesticação animal aumentaram a produção de alimentos e permitiu que alguns indivíduos acumulassem riquezas, tomando o lugar da cerveja como forma de pagamento.</body>

Julio Cezar de Araujo