Imagem de Como são feitas as sedas na indústria têxtil? no megacurioso

Baseado em processos criados há milhares de anos, a produção de seda envolve a morte de bichos-da-seda, mas novas técnicas pretendem acabar com a crueldade animal

A seda &eacute; um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123138-como-funciona-o-tecido-instantaneo-da-coperni-na-pfw22.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecidos</a> mais renomados de toda a humanidade. Historicamente, n&atilde;o h&aacute; nada com o mesmo tipo de beleza, durabilidade e conforto j&aacute; produzido pelo homem &mdash; inclusive era um artefato muito valorizado por aristocratas romanos e &aacute;rabes. Por ser um tecido considerado raro, isso fazia com que se tornasse ainda mais valioso.
Por mais de mil anos, no entanto, como era produzida a seda permaneceu um segredo bem guardado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122763-pe-de-lotus-a-tradicao-chinesa-que-deformou-os-pes-das-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China Antiga</a>, que n&atilde;o queria abrir m&atilde;o do seu monop&oacute;lio de maneira alguma. Naquela &eacute;poca, a seda chegava a ter o mesmo valor em peso do que ouro e at&eacute; mesmo usada como moeda. A receita para tal produto acabou sendo descoberta anos mais tarde. Ent&atilde;o, como s&atilde;o feitos os tecidos de sedas criados na ind&uacute;stria t&ecirc;xtil? Entenda!
<h2>Origem animal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/fonte-getty-images-07122517143136.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Ao contr&aacute;rio de tecidos feitos com fibras vegetais, como o algod&atilde;o e o c&acirc;nhamo, a seda &eacute; uma fibra proveniente da prote&iacute;na da saliva do bicho-da-seda, um pequeno inseto cientificamente conhecido como mariposa Bombyx mori. No in&iacute;cio do ciclo de vida dessas criaturas, elas tecem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112156-seda-artificial-de-aranha-pode-substituir-plastico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seda</a> em um &uacute;nico fio ininterrupto por meio de fiandeiras dispostas em sua cabe&ccedil;a.
Originalmente, esse material deveria criar um casulo para que o bicho-da-seda se desenvolvesse em uma mariposa. No entanto, os produtores de seda costumam atravessar esse processo natural e colher esses casulos, algo que &eacute; conhecido como sericultura e existe h&aacute; milhares de anos.
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Essencialmente, os agricultores criam um ambiente artificial para que as mariposas depositem seus ovos em papel especial, onde eclodir&atilde;o e se transformar&atilde;o em larvas. Em seguida, esses insetos s&atilde;o alimentados com uma dieta constante de folhas de amoreira, o que faz com que multipliquem de tamanho e estejam rapidamente prontos para produzir mais casulos.&nbsp;
Depois que o casulo est&aacute; completo, os sericultores tradicionalmente matam o bicho-da-seda fervendo-o ou cozinhando-o vivo &mdash; impedindo o casulo de endurecer. Cada casulo pode geral uma corta cont&iacute;nua de v&aacute;rios metros de seda. Para criar os tecidos de uso comercial, &eacute; necess&aacute;rio que muitos desses longos fios de seda sejam entrela&ccedil;ados.
<h2>Produ&ccedil;&atilde;o vegana</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07121055710128.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Durante os &uacute;ltimos anos, as pr&aacute;ticas de cultivo de seda foram muito criticadas por grupos de direitos animais, como a Pessoas pelo Tratamento &Eacute;tico dos Animais (PETA), que pediram a proibi&ccedil;&atilde;o desse tecido. Estima-se que entre 4 e 6 mil bichos-da-seda precisam ser motos para a produ&ccedil;&atilde;o de 1 kg de seda.&nbsp;
Por esse motivo, alguns lugares do mundo t&ecirc;m lutado para criar uma linha de produ&ccedil;&atilde;o de seda vegana &mdash; sem sofrimento animal. Este m&eacute;todo foi desenvolvido na &Iacute;ndia e &eacute; chamado de seda ahimsa, ou seda &eacute;tica. Embora essa t&eacute;cnica tamb&eacute;m inclua muitas das pr&aacute;ticas tradicionais da sericultura, a colheita n&atilde;o envolve a morte dos vermes.
Em vez disso, os vermes podem eclodir de seu casulo, ou &agrave;s vezes os casulos s&atilde;o abertos e as pupas s&atilde;o retiradas, o que torna os fios mais &aacute;speros e com menor rendimento. Como a seda ahimsa &eacute; mais dif&iacute;cil de produzir, ela tende a ser mais cara do que sua contraparte cultivada convencionalmente. No entanto, est&aacute; ganhando popularidade e &eacute; vista como uma alternativa vi&aacute;vel na ind&uacute;stria da moda. &nbsp;

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Como são feitas as sedas na indústria têxtil?

Imagem de 4 eventos celestiais deslumbrantes para você observar em 2023 no megacurioso

Fique atento para as datas em que alguns dos fenômenos mais incríveis do nosso universo se tornam visíveis em nosso céu

O primeiro m&ecirc;s de 2023 j&aacute; foi embora, mas o ano ainda est&aacute; longe de acabar &mdash; principalmente para quem espera vivenciar coisas incr&iacute;veis pela frente. Para os astr&ocirc;nomos amadores ao redor mundo, o ano passado foi uma caixinha de surpresas com o avistamento de dois <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121625-5-curiosidades-chocantes-sobre-eclipses-lunares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipses lunares</a> totais, um eclipse solar e um raro alinhamento dos planetas Merc&uacute;rio, V&ecirc;nus, Marte, J&uacute;piter e Saturno.
Portanto, &eacute; de se imaginar que esse ano n&atilde;o cause o mesmo tipo de divers&atilde;o para os apreciadores do espa&ccedil;o, certo? Nada disso. Para quem pretende ficar atento ao que ocorre no c&eacute;u, &eacute; melhor estar preparado para uma s&eacute;rie de fen&ocirc;menos que se tornar&atilde;o vis&iacute;veis para os humanos nos pr&oacute;ximos meses. Veja s&oacute; cinco eventos celestiais deslumbrantes que voc&ecirc; precisa assistir em 2023!
<h2>1. Conjun&ccedil;&atilde;o de planetas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01184929194514.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na astronomia, uma conjun&ccedil;&atilde;o ocorre quando um planeta aparece perto de uma lua, outro planeta ou uma estrela. Essas conjun&ccedil;&otilde;es ocorrem com bastante frequ&ecirc;ncia e n&atilde;o t&ecirc;m nenhum significado astron&ocirc;mico profundo, mas tendem a ser muito agrad&aacute;veis de assistir ao vivo.
No in&iacute;cio de mar&ccedil;o, os dois planetas do nosso Sistema Solar come&ccedil;ar&atilde;o a convergir no c&eacute;u do sudoeste: V&ecirc;nus e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121061-luas-de-jupiter-quantas-existem-no-maior-planeta-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">J&uacute;piter</a>. Ser&aacute; poss&iacute;vel ver ambos a olho nu. Embora os dois planetas possam parecer estar um do lado do outro, eles continuar&atilde;o separados por milh&otilde;es de quil&ocirc;metros.
<h2>2. Chuva de Meteoros L&iacute;ridas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01185047843516.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Chuvas de meteoros costumam ocorrer quando a Terra passa por detritos deixados por cometas e asteroides &mdash; o que explica elas acontecerem na mesma &eacute;poca todos os anos. Em 2023 n&atilde;o poderia ser diferente e por volta da metade de abril poderemos ver mais de perto a chuva de meteoros L&iacute;ridas.
Os L&iacute;ridas s&atilde;o origin&aacute;rios do cometa Thatcher, que orbita o Sol a cada 415 anos. Essa &eacute; uma das chuvas mais antigas registradas pelos humanos, com observa&ccedil;&otilde;es datadas para 687 a.C.&nbsp;
<h2>3. Superlua azul</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01185134220517.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Aqueles que estiverem olhando para o c&eacute;u na noite de 31 de agosto ter&atilde;o uma grata surpresa: a lua cheia parecer&aacute; um pouco maior e mais brilhante do que o normal. O motivo desse fen&ocirc;meno &eacute; porque a lua estar&aacute; mais pr&oacute;xima em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; &oacute;rbita el&iacute;ptica da Terra, o que cria uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118537-superlua-rosa-o-que-e-o-fenomeno-e-como-observa-lo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superlua</a>.&nbsp;
Quatro superluas aparecer&atilde;o consecutivamente este ano: 3 de julho, 1&ordm; de agosto, 31 de agosto e 29 de setembro. Como agosto ter&aacute; duas luas cheias, a segunda &eacute; considerada uma lua azul &mdash; que s&oacute; acontece a cada 2,5 anos.&nbsp;
<h2>4. Eclipse solar anular</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01185249885519.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em meados de outubro, um eclipse solar anular ser&aacute; vis&iacute;vel no sudoeste dos Estados Unidos. Os eclipses solares ocorrem quando a Lua passa entre a Terra e o Sol. Por&eacute;m, como a Lua n&atilde;o vai cobrir totalmente o Sol neste ano, um glorioso "anel de fogo" poder&aacute; ser visto em alguns lugares do nosso planeta.
Tal eclipse solar anular pode durar at&eacute; 12 minutos, apesar de que a dura&ccedil;&atilde;o m&aacute;xima para esse ano seja cerca de cinco minutos.&nbsp;

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4 eventos celestiais deslumbrantes para você observar em 2023

Imagem de Sidoarjo: conheça o vulcão que expele lama na Indonésia no megacurioso

Em 2006, os habitantes da ilha da Indonésia de Java foram pegos de surpresa pela erupção de um vulcão de lama que matou 13 pessoas

Uma trag&eacute;dia tomou conta da ilha de Java no dia 29 maio de 2006: naquela noite, um vulc&atilde;o de lama entrou em erup&ccedil;&atilde;o na regi&atilde;o, uma fenda se abriu no solo e passou a expelir grandes quantidades de &aacute;gua, lama fervente e g&aacute;s natural, o que causou a morte de 13 pessoas.
A piscina fumegante criada pelo vulc&atilde;o Sidoarjo, batizado em refer&ecirc;ncia &agrave; regi&atilde;o da Java Oriental onde surgiu, rapidamente cobriu mais de 25 quil&ocirc;metros quadrado de terra e est&aacute; crescendo a uma taxa estimada de 50 mil metros c&uacute;bicos a cada dia &mdash; o equivalente a uma d&uacute;zia de piscinas ol&iacute;mpicas. Segundo cientistas, espera-se que o vulc&atilde;o de lama continue em erup&ccedil;&atilde;o por talvez mais 20 anos. Mas como &eacute; que ele surgiu? Veja s&oacute;!
<h2>Perigo para os habitantes</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Eka Dharma/AFP&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/MN4iOP2wF-gzdCi0iPvMAWZwhfi1aomUUWW3RDGE_sU/rt:fit/w:1280/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy83ZmMyY2ExNjc0/ODRlODFlMzZfZmls/ZS0yMDIyMTIxNi0x/My1naDRyZzAuanBl/Zw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01161817840407.jpg" alt="(Fonte: Eka Dharma/AFP)" />(Fonte: Eka Dharma/AFP/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Assim que a erup&ccedil;&atilde;o do vulc&atilde;o Sidoarjo se intensificou, a lama come&ccedil;ou a se espalhar pelos campos da Java Oriental. Com medo do que poderia acontecer, os residentes evacuaram a regi&atilde;o na esperan&ccedil;a de esperar o incidente com seguran&ccedil;a. Por&eacute;m, a explos&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124191-o-legado-da-mineracao-ainda-destroi-a-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lama</a> nunca foi interrompida.
Semanas depois da primeira erup&ccedil;&atilde;o, a lama continuava se espalhando pela ilha e envolvendo aldeias inteiras. Em uma medida de desespero, o governo indon&eacute;sio come&ccedil;ou a construir diques para conter a lama e impedir que ela se espalhasse. A iniciativa conseguiu interromper a avalanche de res&iacute;duos, mas n&atilde;o antes que o fluxo de lama destru&iacute;sse uma d&uacute;zia de aldeias e for&ccedil;asse 60 mil pessoas a se mudarem.
De acordo com pesquisadores, a "lama Sidoarjo" &eacute; um exemplo de uma caracter&iacute;stica geol&oacute;gica conhecida como vulc&atilde;o de lama. Esse fen&ocirc;meno ocorre quando uma combina&ccedil;&atilde;o de lama, fluidos e gases entram em erup&ccedil;&atilde;o na superf&iacute;cie da Terra. O termo "vulc&atilde;o" &eacute; apenas uma compara&ccedil;&atilde;o com os vulc&otilde;es &iacute;gneos, onde a rocha derretida vem &agrave; superf&iacute;cie.
<h2>Vulc&otilde;es de lama</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mochammad Risyal/AFP&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/oX-Tj_vz1NAAwOlCqs1sYOX_u3lEXLwnTaHj24wSmz8/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy83ZmMyY2ExNjc0/ODRlODFlMzZfZmls/ZS0yMDIyMTIxNi03/NDUwLTI5ZnVtbi5q/cGVn.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01161900925409.jpg" alt="(Fonte: Mochammad Risyal/AFP)" />(Fonte: Mochammad Risyal/AFP/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em muitos casos, a lama liberada por esse tipo de "vulc&atilde;o" borbulha at&eacute; a superf&iacute;cie de forma bastante silenciosa. Por&eacute;m, algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123847-erupcao-de-vulcao-de-gelo-e-detectada-em-cometa-no-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erup&ccedil;&otilde;es</a> podem ser bastante violentas, sem contar que a maior parte do g&aacute;s que sai de um vulc&atilde;o de lama &eacute; metano &mdash; altamente inflam&aacute;vel. Portanto, esse g&aacute;s pode acabar entrando em chamas e criar espetaculares erup&ccedil;&otilde;es de fogo.
Esse tipo de vulc&atilde;o n&atilde;o &eacute; muito conhecido na maior parte das Am&eacute;ricas, mas &eacute; relativamente comum em outras partes do mundo, incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123940-com-brasil-em-12-premio-divulga-ranking-das-melhores-culinarias-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indon&eacute;sia</a>, Azerbaij&atilde;o, Trinidad, It&aacute;lia e Jap&atilde;o. Eles se formam quando fluidos e gases se acumulam sob press&atilde;o dentro da Terra e encontram uma rota de fuga para a superf&iacute;cie por meio de uma rede de fraturas no solo.
Ent&atilde;o, os fluidos sobem por essas rachaduras, carregando lama com eles. Al&eacute;m de serem fascinantes por si s&oacute;, os vulc&otilde;es de lama tamb&eacute;m s&atilde;o &uacute;teis para os cientistas como janelas para compreender as condi&ccedil;&otilde;es do interior do planeta. Esses vulc&otilde;es podem envolver materiais de at&eacute; 10 quil&ocirc;metros abaixo da superf&iacute;cie da Terra, de modo que sua qu&iacute;mica e temperatura podem fornecer informa&ccedil;&otilde;es &uacute;teis sobre os processos que acontecem debaixo do solo e n&atilde;o seriam revelados de outra maneira.&nbsp;

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Sidoarjo: conheça o vulcão que expele lama na Indonésia

Imagem de "O Menino do Pijama Listrado": obra distorce memórias do Holocausto no megacurioso

Segundo pesquisadores, o romance é impreciso historicamente e traz uma imagem simplificada do que eram os judeus nos campos de concentração

<head></head><body>Escrito por John Boyne, o livro O Menino do Pijama Listrado foi publicado em 2006 e adaptado para um filme best-seller dois anos depois. Não precisou de muito tempo para que a obra alcançasse fama internacional, tendo mais de sete milhões de cópias vendidas em 2016.Com isso, colégios em diversas partes do mundo passaram a usá-lo como uma ferramenta auxiliar para ensinar sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122804-petr-ginz-a-vitima-do-holocausto-envolvida-em-catastrofe-da-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a> nas aulas de história, o que gerou uma grande polêmica. Em 2020, o perfil oficial do Museu de Auschwitz decidiu se manifestar publicamente ao dizer que o romance infantil "deve ser evitado por qualquer um que estude ou ensine sobre os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial". Entenda a polêmica nos próximos parágrafos!<h2>Distorção da realidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/31/31170536663402.jpg" alt="(Fonte: Miramax Films/Reprodução)">(Fonte: Miramax Films/Reprodução)A obra de Boyne segue a história de um jovem alemão (Bruno) que faz amizade com um menino judeu (Shmuel) por uma das cercas do campo de concentração de Auschwitz, onde seu pai trabalhava como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124004-por-que-muitos-nazistas-fugiram-para-paises-da-america-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazista</a> do mais alto escalão. Bruno possui nove anos, mas aparenta não entender muito bem sobre a guerra ao seu redor, quem são os judeus ou até mesmo quem é Adolf Hitler.&nbsp;Porém, é aí que a distorção da realidade começa a ser percebida no livro de Boyne. Por ser filho de um oficial sênior da SS, Bruno teria sido, por lei, um membro da Juventude Hitlerista, frequentando uma escola alemã onde os alunos regularmente faziam juramentos ao líder do Terceiro Reich e consumiam propagandas antissemitas por todas as partes.&nbsp;Nessas escolas, os jovens alemães também aprendiam que a guerra era algo para se orgulhar, pois significava que a Alemanha se tornaria uma grande potência mais uma vez. No entanto, o protagonista do livro faz parecer que a maioria dos civis de seu país eram simplesmente ignorantes ao que acontecia ao seu redor — o que historicamente já foi provado ser mentira.&nbsp;Enquanto grande parte dos alemães sabiam que os judeus estavam sendo mortos, muitos outros lucraram horrores com o Holocausto, visto que os bens de muitos judeus foram repassados para quem pertencia a "raça ariana".<h2>Simplificação dos judeus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/31/31170605698403.jpeg" alt="(Fonte: Miramax Films/Reprodução)">(Fonte: Miramax Films/Reprodução)Uma das grandes críticas feitas pelo Museu de Auschwitz à obra de John Boyne é o fato das vítimas judias terem sido retratadas como pessoas unidimensionais, passivas e "sem resistência". Veja só o exemplo de Shmuel, o garoto judeu que Bruno conhece enquanto explorava o "jardim" de sua nova casa.No primeiro encontro entre os dois, vemos que Shmuel está atrás do arame farpado de um campo de concentração. Ao longo da história, os dois meninos criam uma forte amizade e passamos a conhecer muito mais sobre a vida de Bruno. No entanto, Shmuel só é retratado como uma simples vítima, sem qualquer traço de personalidade ou individualidade, sem fornecer qualquer tipo de conexão emocional com o público.O jovem judeu e as outras pessoas no campo de concentração são vistas como passivas. Na realidade, porém, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123313-sobibor-a-fuga-historica-e-mais-bem-sucedida-de-um-campo-nazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resistência judaica</a> existia dentro e fora dos campos de concentração e de extermínio. Em Auschwitz-Birkenau, conseguiram explodir um dos crematórios e matar vários guardas nazistas, por exemplo. Sendo assim, é importante que as pessoas saibam que os judeus não foram mortos sem tentar lutar pelas próprias vidas.<h2>Falta de conexão emocional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/31/31170639465404.jpeg" alt="(Fonte: Miramax Films/Reprodução)">(Fonte: Miramax Films/Reprodução)Como dito anteriormente, tanto o personagem de Shmuel quanto qualquer outro judeu apresentado em O Menino do Pijama Listrado não apresenta nenhum traço forte de personalidade. Por esse motivo, quando Bruno cava um buraco no campo de concentração para passar a tarde com seu amigo e acaba indo parar em uma câmara de gás, somos forçados a sentir mais ligação a uma família de nazistas do que as verdadeiras vítimas da situação.Como a história foca na família de Bruno, o livro simplesmente esquece de citar a maior tragédia do Holocausto: que nenhuma das pessoas mortas com a dupla de jovens naquela câmara de gás verdadeiramente deveria estar lá. Sendo assim, os crimes humanitários realizados pelo exército alemão na Segunda Guerra Mundial nem parecem tão absurdos assim.&nbsp;Shmuel representa as 1,5 milhões de crianças assassinadas pelo regime nazista em Auschwitz, nos campos de extermínio da Europa ocupada e nos campos de extermínio onde milhões de civis foram mortos a tiros em valas comuns. Mas a simpatia do leitor é dirigida a um comandante do campo de concentração nazista e sua família.</body>

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'O Menino do Pijama Listrado': obra distorce memórias do Holocausto

Imagem de Fósseis quebrados mostram como esses 5 dinossauros lutavam no megacurioso

Ao analisar fósseis com fraturas, arqueólogos conseguiram determinar como dinossauros da mesma espécie lutavam entre si

<head></head><body>Os dinossauros eram criaturas completamente fascinantes que despertam a nossa curiosidade até hoje. Afinal, não há nada mais impressionante que imaginar que um dia esses gigantes habitaram o mesmo planeta em que nós estamos vivendo — apesar de um tanto quanto mais rudimentar.Uma característica importante desses animais é que eles basicamente foram projetados para ataque e defesa interespécies. Isso significa que era bastante comum presas revidarem contra seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124076-veja-como-6-animais-extintos-se-pareceriam-quando-vivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">predadores</a>. No entanto, estudos recentes feito com ossos quebrados de dinossauro mostram que diversas dessas particularidades anatômicas dos dinossauros foram desenvolvidas para lutar com membros da sua própria espécie. Veja só como cinco dessas criaturas lutavam!<h2>1. Anquilossauros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20181758676312.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Do nariz à cauda, os anquilossauros estavam cobertas por uma armadura óssea. Essa criatura de 75 milhões de anos era equipada com espinhos em seu corpo, além de uma cauda muito potente e afiada. Embora tais estruturas pudessem ter sido usadas para afastar seus predadores, novos estudos sugerem que eles lutavam entre si.Um documento publicado na Biology Letters descobriu um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123845-primeiro-dinossauro-nadador-e-descoberto-na-mongolia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fóssil</a> de anquilossauro com danos significativos na região do quadril, que segundo os pesquisadores teria sido resultado de um ataque com a cauda feito por outro anquilossauro.<h2>2. Tiranossauro Rex</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30164233702324.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Os Tiranossauros Rex são conhecidos por serem um dos maiores predadores que já andaram pela Terra. Paleontólogos passaram mais de cem anos refletindo como essa espécie usava sua mandíbula em suas presas. Mas o que acontecia quando dois T. Rex se enfrentavam? A batalha era intensa.Um estudo feito pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, identificou um crânio de T.Rex adolescente com quatro marcas de mordidas. As perfurações são consistentes com a forma do dente de outro animal da espécie, o que indica que esses colossais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123876-qual-era-o-som-que-os-dinossauros-emitiam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> se enfrentavam mordendo o rosto uns dos outros.<h2>3. Triceratops</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20181942516316.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em comparação com todos seus parentes dinossauros, o triceratops sempre foi uma criatura incomum, principalmente porque seus três chifres eram considerados uma quantidade relativamente baixa. Porém, em vez de serem usados para defesa contra carnívoros, esse arranjo permitiu que eles resolvessem disputas entre si de uma maneira única: travando chifres.Lesões curadas em vários crânios de triceratops mostram que era bastante comum que dois machos colocassem seus chifres em combate. Porém, por não serem exatamente armas potentes, os chifres serviam muito mais como exibição de força bruta do que de fato para machucar.<h2>4. Alossauros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20182013690318.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Com garras e dentes realmente assustadores, os alossauros sempre foram vistos como dinossauros criados para capturar, matar, desmembrar e comer herbívoros. No entanto, não era nenhum absurdo que eles dessem demonstrações de canibalismo.&nbsp;Fósseis encontrados no oeste do Colorado, nos Estados Unidos, mostram que alguns alossauros apresentavam marcas de mordida de outras criaturas da sua espécie em seus corpos. A maior hipótese é que o "instinto canibalista" surgia principalmente na época de secas, quando os recursos eram menores.<h2>5. Paquicefalossauros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20182100389319.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)De cabeça dura e pontiaguda, os paquicefalossauros sempre foram uma incógnita para os pesquisadores. Porém, um crânio tão diversificado só poderia cumprir um único objetivo: análises recentes mostram que esses dinossauros usavam suas cabeças como armas — mas não em um combate de cabeça contra cabeça.Por não terem um pescoço projetado para receber o impacto de outro golpe de cabeça, esses animais costumavam atacar outros membros de sua espécie cabeceando-os na região dos quadris ou ao longo dos flancos.</body>

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Fósseis quebrados mostram como esses 5 dinossauros lutavam

Imagem de Super Bowl: como a final do futebol americano ficou tão famosa? no megacurioso

Assistida por milhões de espectadores no mundo todo, a disputa pelo troféu Vince Lombardi virou um ícone do entretenimento global

<head></head><body>No dia 12 de fevereiro, o State Farm Stadium, estádio do Arizona Cardinals, será preparado para receber o Super Bowl LVII, a final National Football League (NFL) — maior competição de futebol americano no mundo. A partida será disputada entre o Kansas City Chiefs e o Philadelphia Eagles, que farão de tudo para levantar o troféu Vince Lombardi.A final do campeonato da NFL não só é o maior evento de entretenimento dos Estados Unidos a cada ano, como também é uma transmissão assistida por milhões de pessoas no mundo todo — incluindo amantes do esporte e público em geral. Mas afinal, o que é que torna o <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/89482-16-curiosidades-incriveis-sobre-a-1-edicao-do-super-bowl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Super Bowl</a> tão "super" assim? Entenda como esse evento foi tomando grandes proporções com o passar dos anos!<h2>Histórico recente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/03/03004626213377.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Antes de falarmos sobre como o Super Bowl atingiu proporções tão absurdas, é importante destacar um pouco sobre o sucesso recente do evento. De acordo com a NBC Sports, a final de 2022 obteve audiência média de mais de 110 milhões de espectadores — o que inclui 11,2 milhões de pessoas que assistiram ao jogo via streaming.Os números por si só já são impressionantes, mas podem ser vistos até mesmo como "decepcionantes" se observarmos que a final de 2015 foi assistida por 114 milhões de pessoas apenas na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124216-gloria-maria-6-fatos-incriveis-sobre-a-vida-da-jornalista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">televisão</a>. Inclusive, essa foi a maior audiência para uma transmissão de uma única rede na história do país. O pouso da Apollo 11 na Lua em 1969 atraiu mais espectadores, mas foi transmitido simultaneamente em várias redes.&nbsp;<h2>Crescimento junto à televisão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/03/03004702632378.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Agora que já é possível dimensionar quantas pessoas dedicam seu tempo assistindo ao Super Bowl anualmente, vamos contextualizar como a grande final da NFL ficou tão famosa. Segundo pesquisadores, o principal motivo para isso ter acontecido é porque a liga se popularizou ao mesmo tempo que o número de aparelhos de televisão cresceu nos Estados Unidos.Em 1955, apenas metade dos lares americanos tinha um aparelho de TV. Nos anos seguintes, à medida que a programação da TV em cores se tornou mais popular, a grande maioria dos lares do país passou a ter acesso a uma televisão. O primeiro Super Bowl, por sua vez, aconteceu em 1967 — quando 93% dos lares norte-americanos já possuíam uma televisão.A NFL aproveitou esse crescimento orgânico para capitalizar na hora certa. Como o público estadunidense estava ansioso para poder acompanhar grandes espetáculos em suas telinhas, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120135-futebol-americano-como-as-concussoes-afetam-a-vida-de-um-atleta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">futebol americano</a> surgiu como uma grande opção e conseguiu tornar a final não só em uma grande disputa esportiva, mas em um dos maiores eventos de entretenimento do mundo.&nbsp;<h2>Sinônimo de patriotismo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/03/03004739598379.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Antes de alcançar sucesso global, a NFL precisava conquistar os Estados Unidos. Como o Super Bowl surgiu de uma fusão entre a NFL e sua principal rival, a American Football League (AFL), a rivalidade dentro de campo entre times que não dividiam os gramados anteriormente era um gigante atrativo.Porém, ainda não era o suficiente. Quando a liga decidiu se associar à imagem da bandeira norte-americana e criou laços próximos com os militares dos EUA, a adesão do público nacional foi enorme. Ao surgir, a NFL montou a imagem de um campeonato feito apenas para os americanos e que celebrava a história do país. Devido à globalização, a liga viu uma oportunidade de expandir seus negócios para outras regiões e conquistou voos ainda maiores.<h2>Equipes nos maiores mercados midiáticos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/03/03005110946381.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Composta atualmente por 32 equipes, um dos grandes méritos da NFL foi ter desenvolvido franquias em vários dos maiores mercados de mídia dos Estados Unidos. Dallas Cowboys e Miami Dolphins foram dois times que dominaram nos primeiros anos do campeonato e trouxeram consigo multidões de fãs.Nova York conta com dois times, os Giants e os Jets, assim como Los Angeles, com os Chargers e os Rams. San Francisco é casa dos 49ers, Washington possuí os Commanders, Chicago é lar dos Bears e até mesmo Las Vegas virou palco para os jogos dos Raiders. Quando as cidades mais populosas do país recebem times, inevitavelmente o pote de ouro está mais perto.<h2>Oportunidade para anunciantes e entretenimento</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_atracoes_do_show_do_intervalo_do_Super_Bowl#/media/Ficheiro:Katy_Perry_-_Super_Bowl_XLIX_Halftime_03.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/03/03005154924382.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Se toda a estratégia de marketing citada até agora não era boa o bastante, a NFL tinha mais algumas cartas na manga para conquistar mais espectadores: abrir espaço para grandes anunciantes e trazer atrações colossais para tocar no show do intervalo do Super Bowl.&nbsp;Com tamanha audiência na televisão, a maior liga de futebol americano no mundo não teve muitos obstáculos para conseguir conquistar empresas que queriam exibir suas marcas nos jogos. Atualmente, estima-se que cada espaço de propaganda na final custe cerca de US$ 7 milhões.Por fim, o Super Bowl é um grande atrativo até mesmo para quem nem gosta tanto assim de futebol americano porque todo ano o show do intervalo recebe um cantor ilustre para realizar uma apresentação mais que especial para o público global.Em todas as edições, nomes como Maroon 5, Lady Gaga, Katy Perry, Madonna, Bruce Springsteen, Red Hot Chilli Peppers e Prince são alguns dos exemplos de artistas que se apresentaram para a plateia nos estádios e também na televisão. Em 2023, quem terá sua chance de surpreender a todos será a cantora Rihanna.&nbsp;</body>

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Super Bowl: como a final do futebol americano ficou tão famosa?

Imagem de Desembarque Igbo: a história do povo que se afogou para fugir da escravidão no megacurioso

Em 1803, aproximadamente 75 pessoas sequestradas decidiram cometer suicídio em massa em vez de enfrentar uma vida acorrentados

<head></head><body>Por centenas de anos, muitas pessoas escravizadas da África foram sequestradas, amontoadas em navios negreiros e enviadas para as Américas. No entanto, um acontecimento entrou para a história em 1803, quando 75 igbos — grupo étnico da Nigéria — e outros povos da África Ocidental decidiram lutar em um evento notável que ficou conhecido como "Desembarque Igbo".Naquela ocasião, essas pessoas haviam sido vendidos no tráfico negreiro e forçados a embarcar em um navio com direção à ilha de St. Simons, nos Estados Unidos. Os cativos, no entanto, revoltaram-se e conseguiram dominar os traficantes de escravos que tripulavam o navio. Contudo, o resultado foi uma enorme tragédia histórica.<h2>Revolta em alto mar</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Donovan Nelson/Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana&nbsp;" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/wordpress/wp-content/uploads/2023/01/depiction-of-igbo-landing-drownings.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20045224020001.jpeg" alt="(Fonte: Donovan Nelson/Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana)">(Fonte: Donovan Nelson/Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana)Após tomarem conta do navio negreiro, os Igbos conseguiram atracar em uma região chamada de Dunbar Creek. Nesse momento, tomaram uma decisão difícil: poderiam se render aos traficantes de escravos que os esperavam na praia ou tomar uma medida desesperada para fugir de uma vida acorrentada.&nbsp;Com esse grande questionamento em mente, os bravos revolucionários marcharam para a água e se afogaram, cometendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123837-aumento-da-taxa-de-suicidio-e-festas-de-fim-de-ano-nao-tem-relacao-direta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suicídio</a> em massa. Embora essa seja a denominação para o tipo de morte, historicamente o evento é visto como um ato de resistência generalizado — mostrando que até a morte era mais "agradável" do que viver uma vida sem liberdade.Conforme é listado pela Biblioteca do Congresso dos EUA, todos os escravos que precisavam passar pelo trajeto entre África e Novo Mundo sofriam bastante. Os cativos eram forçados a ficar em aposentos abaixo do convés, que eram tão apertados a ponto de um indivíduo não conseguir ficar de pé. No meio do caminho, muitos morriam de asfixia, desnutrição e doenças, sem contar a parcela que era torturada e morta pela tripulação.<h2>Resistência Igbo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Sociedade Histórica Costeira da Geórgia&nbsp;" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/wordpress/wp-content/uploads/2023/01/igbo-landing-historical-marker.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20045109926000.jpeg" alt="(Fonte: Sandy White/Sociedade Histórica Costeira da Geórgia)">(Fonte: Sandy White/Sociedade Histórica Costeira da Geórgia)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/43228-8-costumes-estranhos-que-sao-feitos-antes-e-apos-o-nascimento-dos-bebes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igbo</a> foram uma população extremamente escravizada no século XVIII. Conforme relata o livro Murder at Montpelier: Igbo Africans in Virginia&nbsp;(2015), mais de 1,3 milhão dos 1,7 milhão de pessoas retiradas do centro de escravos da baía de Biafra durante o comércio atlântico de escravos eram Igbos.Centenas de milhares de Igbo que sobreviveram à jornada até o Novo Mundo ao longo dos anos foram rapidamente vendidos e comprados como escravos nas costas dos Estados Unidos. Mas em 1803, a revolta de um grupo Igbo trouxe um sinal de resistência enorme para toda a população de pessoas escravizadas.Até hoje, os acontecimentos do "Desembarque Igbo" seguem sendo transmitidos de geração em geração para os descendentes afro-americanos. Devido ao apelo nacional criado por artistas negros nos EUA, um monumento foi erguido em maio de 2022 em Dunbar Creek, onde a história foi escrita. Pouco se mudou sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123556-a-foto-chocante-que-fortaleceu-a-luta-contra-a-escravidao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravidão</a> americana nos anos seguintes à resistência Igbo. Mesmo assim, a revolta foi se espalhando entre as pessoas escravizadas, fazendo crescer um sentimento de luta ainda maior.</body>

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Desembarque Igbo: a história do povo que se afogou para fugir da escravidão

Imagem de NASA quer construir gasodutos de oxigênio no sul da Lua no megacurioso

Agência espacial norte-americana acredita que maior fornecimento de oxigênio no satélite da Terra seria fundamental para missões espaciais

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124019-nasa-ocultou-um-ataque-cardiaco-durante-missao-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, agência espacial norte-americana, está considerando a possibilidade de usar um gasoduto para transportar oxigênio com mais eficiência para vários locais ao redor do polo sol da Lua, algo que seria utilizado para as próximas missões espaciais Artemis. O projeto surgiu após Peter Curreri, diretor de ciências da Lunar Resources Inc., detalhar problemas nos atuais planos da NASA para transportar oxigênio usando rovers.Em reunião recente, Curreri apresentou uma proposta para o programa Innovative Advanced Concepts (NIAC), que é um braço direito da agência espacial, sendo uma das 14 equipes de pesquisa a receber cerca de US$ 175 mil em financiamento para desenvolver seus conceitos. Entenda quais devem ser os próximos passos!<h2>Conceito dos gasodutos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/Peter Curreri&nbsp;" data-fonte-url="https://images.interestingengineering.com/1200x675/filters:format(webp)/2023/01/17/image/jpeg/S95TyNvoFFs886HpnYBDJlWVRLpjbxRsUDKGFUSs.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/02/02175210932260.jpg" alt="(Fonte: NASA/Peter Curreri)">(Fonte: NASA/Peter Curreri)A proposta feita de implementação de gasodutos de oxigênio na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123662-humanos-viverao-na-lua-nesta-decada-diz-oficial-da-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> foi oficialmente batizada de Gasoduto do Polo Sul Lunar (LSPOP), conectando-se ao centro de extração de gelo lunar da NASA nessa região do satélite da Terra. Assim como a agência espacial norte-americana, China e Rússia também têm demonstrado interesse no polo sul lunar, por apresentar grandes quantidades de gelo e outros recursos.Esse gelo é uma parte importante dos planos da NASA de estabelecer uma presença humana permanente na Lua, pois poderia ser extraído e convertido em água potável e oxigênio — o qual serviria tanto para a respiração humana quanto para a criação de combustíveis para foguetes.De acordo com Curreri, a NASA tem encontrado dificuldades em engarrafar o oxigênio em tanques de gás comprimido ou liquefazê-lo e armazená-lo em tanques de guerra. Além disso, transportar todo esse estoque de oxigênio através de rovers gastaria mais energia do que o próprio processo de extração. Sendo assim, a construção de gasodutos adiantaria muitas etapas dentro dessa cadeia.<h2>Construção dos dutos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/02/02175256804261.jpg" alt="(Fonte: SpaceX/Divulgação)">(Fonte: SpaceX/Divulgação)Na tentativa de dar um próximo passo em direção ao estabelecimento permanente de humanos na Lua, a pasta de recursos lunares da NASA testará vários protótipos diferentes de dutos lunares nos próximos meses. Inicialmente, a ideia é começar com um conceito que abordaria uma extensão de 5 km.Na visão de Curreri, a construção dos primeiros dutos já seria uma etapa importante para transportar gás oxigênio de uma fonte de produção, como o local de extração de eletrólise de regolito fundido (MRE), para um local de armazenamento/liquidificação de oxigênio perto de uma base lunar.Caso a NASA finalmente aprove a proposta do LSPOP para as missões lunares <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122827-programa-artemis-a-missao-da-nasa-para-enviar-humanos-de-volta-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Artemis</a>, os gasodutos serão fabricados em segmentos na Lua antes de serem montados em todo o seu comprimento. Estima-se que a matéria-prima a ser usada nesse projeto seja o alumínio, uma vez que o metal é abundante no polo sul lunar e de fácil extração.Por ser construído em segmentos, também seria possível reparar ou expandir uma peça de cada vez — facilitando trabalhos futuros. O resultado deve ser revelado em não muito tempo, uma vez que a missão Artemis II, que levará uma tripulação humana ao redor da Lua e de volta à Terra, está agendada para a primavera de 2024.</body>

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NASA quer construir gasodutos de oxigênio no sul da Lua

Imagem de Múmia de 2,3 mil anos com 'coração' de ouro é achada no Egito no megacurioso

Segundo arqueólogos, os restos mortais da múmia egípcia foram decorados com 49 amuletos preciosos 

<head></head><body>Para os antigos egípcios, o momento da morte representava muita coisa em termos culturais. Não à toa, era bastante comum que entes queridos falecidos fossem mumificados e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110785-veja-todo-o-esplendor-da-tumba-de-tutankamon-apos-9-anos-de-restauracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enterrados</a> junto de diversos bens preciosos — o que deveria protegê-los durante sua transição para a vida após a morte.No entanto, um estudo recente publicado na Frontiers in Medicine chamou a atenção dos pesquisadores. Ao desembrulharem uma múmia de 2,3 mil anos, a pesquisa revelou que a múmia guardava consigo uma grande abundância de amuletos preciosos, incluindo alguns colocados dentro do seu corpo. Veja só mais sobre esse caso!<h2>Tradição egípcia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/02/02183553594294.jpg" alt="(Fonte: Universidade do Cairo/Divulgação)">(Fonte: Universidade do Cairo/Divulgação)Na visão dos cientistas, a descoberta dessa nova múmia fornece uma das melhores demonstrações das antigas crenças egípcias sobre a morte e o morrer que nós já conseguimos obter. No <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124159-6-impressionantes-animais-mumificados-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antigo Egito</a>, a morte era considera um momento de transição para outro mundo, onde o espírito se separava do corpo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124117-como-os-antigos-egipcios-mumificavam-crocodilos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mumificado</a> e prosseguia em direção a uma forma de vida perfeita do falecido.Porém, segundo a visão religiosa daquela região, esse caminho era considerado árduo e cheio de julgamentos divinos, onde apenas os mais dignos poderiam seguir em frente. Por esse motivo, os vivos tentavam ajudar os falecidos durante essa transição decorando seus corpos com amuletos e talismãs de proteção.Para entender mais sobre como essa prática de adorno funcionava, três pesquisadores da Universidade de Cairo decidiram explorar o corpo de uma múmia de 2,3 mil anos que estava no porão do Museu Egípcio do Cairo, intocada desde sua descoberta em 1916. Usando uma técnica de "desembrulho digital", os cientistas conseguiram ter uma visão aprofundada sobre a peça.<h2>Órgãos adornados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/02/02183620496299.jpg" alt="(Fonte: Universidade do Cairo/Divulgação)">(Fonte: Universidade do Cairo/Divulgação)O exame de imagem feito sobre a múmia revelou que essa pessoa foi enterrada com 49 amuletos, sendo que vários deles tinham formato de partes do corpo, como o coração e a língua. "Muitos desses amuletos eram feitos de ouro, enquanto alguns eram feitos de pedras semipreciosas, argila queimada ou faiança. Seu propósito era proteger o corpo e dar-lhe vitalidade na vida após a morte", declarou o autor do estudo, Sahar Saleem.Graças à tomografia computadorizada, os pesquisadores conseguiram constatar que a múmia se tratava de um adolescente que faleceu aos 14 ou 15 anos — sem uma causa clara de morte além de causas naturais. A equipe de pesquisa ficou impressionada com o amuleto de língua dourada posicionado dentro da boca e o amuleto em forma de coração posicionado dentro do peito do cadáver.&nbsp;Na visão dos estudiosos, a língua de ouro permitiria que o rapaz falasse na vida após a morte, enquanto o coração dourado seria usado para silenciar seu coração real, permitindo-lhe descansar em paz. Apesar das múmias dessa época tendessem a não ter todos os seus órgãos internos, o coração era normalmente preservado por ser considerado o centro da consciência de uma pessoa.</body>

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Múmia de 2,3 mil anos com 'coração' de ouro é achada no Egito

Imagem de Nosso cérebro é capaz de apagar memórias ruins? no megacurioso

Estudos indicam que o cérebro humano teria uma série de mecanismos capazes de apagar memórias traumáticas ao longo do tempo

<head></head><body>Para os seres humanos, lembrar-se de todos os detalhes de um dia comum e feliz não é exatamente a coisa mais fácil do mundo. Afinal, o tempo passa e algumas recordações vão ficando borradas, partes de uma história são perdidas e o nosso cérebro faz questão de armazenar apenas alguns trechos.No entanto, dias trágicos são aqueles que não conseguimos esquecer nem se tentamos muito. Normalmente, os piores dias que vivemos em nossas vidas são aqueles que temos as maiores recordações e lembranças intactas. Mas será que existe algum mecanismo dentro do corpo humano capaz de obliterar essas memórias <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124123-como-nosso-cerebro-lida-com-o-luto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">traumáticas</a>? Veja só o que dizem os cientistas!<h2>Por que lembramos de coisas ruins?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01180103287493.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A memória humana tende a guardar muitas das coisas que nos acontecem durante o dia, mas muitas delas acabam sendo esquecidas inevitavelmente. Porém, é um consenso que memórias ruins são armazenadas com muito mais frequência do que as boas. Para isso, nosso sistema nervoso precisa modificar certos circuitos neurais, sintetizando proteínas e exercendo gasto energético celular.Mas qual o motivo de gastarmos energia para guardar uma memória que certamente nos trará traumas posteriormente? De acordo com especialistas, muito disso está ligado ao fato de que essas experiências negativas estão fortemente associadas às emoções. Visto que nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124114-cerebros-de-lulas-e-humanos-evoluiram-da-mesma-maneira-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> classifica memórias com base em sua utilidade, ele imagina que aquelas com forte teor emocional são mais úteis para nossa sobrevivência.Se ficamos com muito medo de uma área perigosa do lugar onde vivemos, nosso órgão armazena essa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123438-seu-cerebro-realmente-mostra-o-filme-da-sua-vida-antes-da-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lembrança</a> para ativarmos um estado de alerta todas as vezes que passarmos naquele local. Contudo, quando se trata de uma experiência realmente traumática, as lembranças ruins podem gerar sequelas que afetam nossa forma de viver.<h2>Como apagar uma memória ruim?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01180216536494.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Estudos mais recentes feitos por pesquisadores da Universidade de York, na Inglaterra, sugerem que existem alguns fatores externos determinantes para salvarmos ou excluirmos uma memória. Por exemplo, a luz e o som, coisas que vivenciamos todos os dias, são grandes moduladores de memórias e de funções cerebrais, sobretudo quando dormimos.O sono é essencial para o processamento de uma memória. Memórias recém-adquiridas só se transformam em memórias de longo prazo durante o repouso noturno. Dessa forma, os cientistas sugerem que estímulos auditivos e visuais poderiam ser usados em sessões de terapia do sono para "desinstalar" uma memória. Porém, esse ainda é um estudo que está em fase experimental.Outra coisa interessante é que existem evidências científicas de que alguns medicamentos poderiam contribuir para o apagamento da memória traumática. O propranolol, usado para tratar casos de hipertensão arterial, é usado em animais de laboratório para que eles esqueçam um trauma aprendido.A teoria dos pesquisadores é a chave do processo estaria em uma proteína que interage com nossos neurônios e determina se uma memória deve ser alterada ou não. Caso essa proteína seja degradada, as memórias se tornariam modificáveis. Porém, mais uma vez, tudo isso ainda está no campo teórico.&nbsp;</body>

Pedro Freitas