Imagem de Por que o inglês não é a língua oficial dos Estados Unidos? no megacurioso

Enquanto cerca de 180 países têm uma língua oficial que os representa, os EUA parecem ser uma exceção ao restante do mundo

<head></head><body>Apesar de parecer uma crença comum por todas as pessoas ao redor do planeta, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122519-6-fatos-sobre-a-lingua-inglesa-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inglês</a> não é a língua oficial dos Estados Unidos. Na realidade, os EUA são um dos poucos países no mundo que não reconhecem oficialmente língua alguma.E qual o motivo por trás dessa decisão? Para entendermos como tudo isso funciona, temos de voltar às origens do país e aos ideais ambiciosos dos chamados "Pais Fundadores" — que tiveram ampla participação na formação do país.<h2>Ausência de língua oficial</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/23/23165148568336.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em toda a Terra, aproximadamente 180 países têm uma língua oficial e mais de 100 apresentam múltiplas línguas oficiais. O detentor do recorde de maior quantidade de línguas oficiais é a Bolívia, com 37 delas, incluindo o espanhol e dezenas de línguas indígenas.As línguas oficiais são adotadas pelos países para estabelecer um meio de comunicação universal no seu governo, facilitando delinear e definir coisas como leis, direitos e por aí vai. Também pode ser usado como uma ferramenta para promover a unidade nacional e preservar a identidade cultural.Então, qual o motivo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128552-por-que-o-territorio-dos-estados-unidos-acabou-de-crescer-1-milhao-de-quilometros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a> não terem uma? Quando o país se concretizou durante o século XVIII, seus fundadores tinham outras ideias em mente, como os ideais de liberdade e igualdade individuais. Logo, embora o inglês se estabelecesse como a língua mais dominante nas colônias americanas ao longo dos anos 1700, ainda havia porções significativas da população que falavam a língua materna de suas terras natais.Sendo assim, os EUA se criaram como um país multicultural de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119450-por-que-as-pessoas-insistem-em-culpar-imigrantes-por-causar-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imigrantes</a>, os quais falavam alemão, francês, holandês, português, italiano e muito mais, considerando uma injustiça escolher uma língua em detrimento de qualquer outra.<h2>Discussão política</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/23/23165210846338.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em 1780, John Adams propôs que o inglês se tornasse a língua oficial dos EUA ao Congresso Continental, mas sua solução foi considerada "antidemocrática e uma ameaça à liberdade individual". Contudo, embora o país não tenha uma língua oficial na esfera federal, 32 dos seus 50 estados e todos os cinco territórios da nação reconhecem o inglês como língua oficial de maneira local.Além disso, tem havido tentativas contínuas de instalar o inglês como língua oficial dos EUA nas últimas décadas. A mais recente delas aconteceu em 2023, quando os senadores republicanos JD Vance, de Ohio, e Kevin Cramer, de Dakota do Norte, apresentaram um projeto de lei para declarar o inglês como língua oficial do país.&nbsp;Muitas dessas tentativas são motivadas pelo medo de que a língua inglesa estivesse morrendo, apesar de nenhum dado fundamentar essa afirmação. Os últimos números indicam que 78,3% dos habitantes norte-americanos falam apenas inglês em suas casas. A segunda língua mais falada no país é o espanhol, mas 61% dos falantes dessa língua na região também falam inglês "muito bem". Portanto, embora o inglês não seja reconhecido como língua oficial, é evidente que a sua influência nos Estados Unidos é dominante.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:26.503Z

Por que o inglês não é a língua oficial dos Estados Unidos?

Imagem de O que é o 'senso comum' e será que ele realmente existe? no megacurioso

De acordo com pesquisadores, certos pensamentos considerados 'senso comum' podem ser mais individuais do que coletivos

<head></head><body>Você provavelmente já ouviu alguém por aí dizendo que tal pensamento é apenas "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107069-13-pessoas-que-nao-ligam-para-o-senso-comum-e-fazem-tudo-do-seu-jeito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">senso comum</a>" ou que "ter bom senso é o básico de todo ser humano", não é mesmo? Visto como uma capacidade universal de saber e compreender algo, o senso comum é uma concepção mental passada de geração para geração, mas que desperta muito debate.Um novo estudo, por exemplo, sugere que não há nada de universal nesse processo todo e o nosso sentido de bom senso, na verdade, pode ser menos coletivo e mais relacionado com a perspectiva pessoal sobre alguma coisa.<h2>Determinando o senso comum</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17190852158321.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Quando uma pessoa chama algo de "senso comum", geralmente significa que ela acha que isso deve ser visto e compreendido da mesma forma por todas as pessoas no universo. Para analisar esse fenômeno, os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, Mark Whiting e Duncan Watts, procuraram determinar o que as pessoas acreditam ser sendo comum e até que ponto isso é realmente uma perspectiva coletiva sobre o mundo ao nosso redor.Para isso, a dupla pediu para que 2046 pessoas avaliassem 4407 afirmações de bom senso provenientes de múltiplas fontes — incluindo meios de comunicação, e-mails de campanhas políticas e ditos populares. Estas variavam desde afirmações factuais como "triângulos têm três lados" até algumas mais abstratas, como "a percepção é a única fonte de conhecimento, o que não é percebido não existe".No geral, a equipe descobriu que o que é considerado bom senso tende a variar consideravelmente entre as pessoas. Isso acontecia menos quando se tratava de informações factuais, mas mesmo assim poderia aparecer em menores proporções. As famosas "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128374-5-teorias-da-conspiracao-bizarras-sobre-o-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Teorias da Conspiração</a>", por exemplo, são uma clara amostra que até mesmo fatos podem ser distorcidos na percepção individual.&nbsp;<h2>Individual contra coletivo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17190913437323.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ao examinar mais de perto as razões para as diferenças na percepção das pessoas sobre o senso comum, os pesquisadores indicaram que a forma como uma pessoa via um tópico poderia ter um impacto significativo sobre se sentiam ou não que algo fazia parte do senso comum. Por exemplo, quando o tema principal foi "todas as pessoas são criadas iguais", os indivíduos que não acreditavam na afirmação eram menos propensos a pensar nisso como algo que faz parte do senso comum.Descobriu-se também que o nível de percepção social de alguém desempenha um papel importante nesse cenário. Porém, o mais surpreendente talvez seja o fato de que fatores demográficos como idade, educação e gênero não tiveram tanto impacto assim. “Concluímos que, embora possa existir um corpo de conhecimento que seja verdadeiramente comum a todos, ele constitui apenas uma fração do que qualquer pessoa considera ser senso comum, sendo este último altamente idiossincrático e potencialmente exclusivo apenas para ela”, escreveram os pesquisadores.Por fim, os investigadores acreditam que os dados obtidos ao longo desse estudo possam ser futuramente usados em estudos adicionais de ciências sociais e também no aprimoramento das ferramentas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122203-o-que-aconteceria-se-uma-ia-se-tornasse-completamente-consciente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência artificial</a>, que cada vez mais estão se tornando relevantes na sociedade.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:26.382Z

O que é o 'senso comum' e será que ele realmente existe?

Imagem de Camaleão-de-labord é filmado realizando exibição colorida antes de morrer no megacurioso

Imagens inéditas mostram como as cores incríveis da pele desses animais são controladas pelo sistema nervoso quando estão prestes a falecer

Animais que conseguem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127197-sexo-dos-salmoes-os-faz-mudar-de-cor-e-e-capaz-de-mover-montanhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudar de cor</a> s&atilde;o observados com mais frequ&ecirc;ncia na natureza do que n&oacute;s podemos imaginar e em diferentes esp&eacute;cies, habitats e at&eacute; mesmo partes do corpo. As renas, por exemplo, possuem olhos que mudam de cor ao longo do inverno e certos peixes podem adquirir uma colora&ccedil;&atilde;o preta ao ficarem com raiva.
Dentro desse t&oacute;pico, pesquisadores documentaram algo extremamente fascinante: um camale&atilde;o-de-labord fazendo uma incr&iacute;vel exibi&ccedil;&atilde;o de cores nos momentos finais da sua vida. Essa foi a primeira vez na hist&oacute;ria que cientistas foram capazes de filmar algo do g&ecirc;nero na natureza.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128727-camaleao-de-labord-e-filmado-realizando-exibicao-colorida-antes-de-morrer.htm" target="_blank" rel="sponsored">Morcegos de p&ecirc;nis gigantes fazem sexo por at&eacute; 12 horas sem parar</a>
<h2>Reta final da vida</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29172743795304.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: Getty Images)
Em entrevista ao Live Science, a herpetologista do Museu Americano de Hist&oacute;ria Natural, Chris Raxworthy, e a produtora Valeria Fabbri-Kennedy celebraram a captura in&eacute;dita das imagens finais de um camale&atilde;o-de-labord. &ldquo;Ao analisar as imagens, ficamos impressionados e comovidos com o espet&aacute;culo colorido que haviam filmado &ndash; algo que os cientistas nunca haviam observado na natureza antes&rdquo;, destacaram.
Usando o m&eacute;todo de fotografia por lapso de tempo para a nova s&eacute;rie da rede de televis&atilde;o PBS, Big Little Journeys, a equipe de pesquisadores registrou as &uacute;ltimas horas coloridas da vida de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/40118-8-curiosidades-sobre-os-camaleoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camale&atilde;o</a> na Floresta Kirindy, no oeste de Madagascar. Os pesquisadores observaram o animal botando seus ovos e cobrindo-os para proteg&ecirc;-los do clima extremo da esta&ccedil;&atilde;o seca da regi&atilde;o.
&ldquo;As f&ecirc;meas colocam toda a sua energia na produ&ccedil;&atilde;o de ovos que precisam passar pela longa seca enquanto est&atilde;o no subsolo&rdquo;, disseram Fabbri-Kennedy e Raxworthy. Por conta de todo esse desgaste fisiol&oacute;gico, os camale&otilde;es-de-labord acabam morrendo poucas horas depois de colocarem seus ovos, uma vez que possuem poucos recursos restantes.
<h2>Espet&aacute;culo colorido</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0LZ2K44LIxM?si=8uwGiM7MFfWLKCuL" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A exibi&ccedil;&atilde;o colorida dos camale&otilde;es-de-labord ocorre devido a v&aacute;rias camadas de c&eacute;lulas em suas peles. De acordo com os cientistas, a camada superior &eacute; transparente, enquanto as camadas abaixo cont&ecirc;m c&eacute;lulas conhecidas como cromat&oacute;foros. Cada cromat&oacute;foro tem um tipo diferente de pigmento, sendo que alguns deles s&atilde;o mais profundos e cont&ecirc;m melanina.
Quando um camale&atilde;o muda de temperatura ou de humor, os "sacos" de cromat&oacute;foros s&atilde;o acionados e os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128195-purpura-tiria-o-pigmento-que-era-mais-valioso-que-ouro-e-nao-pode-ser-recriado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pigmentos</a> s&atilde;o ativados pelo sistema nervoso &mdash; o qual produz toda uma gama de cores no corpo dessas incr&iacute;veis criaturas. &ldquo;Durante a morte, os sinais nervosos continuam a transmitir e a mudar a forma das c&eacute;lulas da pele, criando os padr&otilde;es ca&oacute;ticos em tecnicolor que foram capturados&rdquo;, afirmaram as pesquisadoras.
Por&eacute;m, o camale&atilde;o-de-labord &eacute; uma esp&eacute;cie incomum que possui uma vida &uacute;til de apenas quatro a cinco meses. Inclusive, eles passam a maior parte de suas vidas na forma de ovo, desenvolvendo-se durante nove meses antes da eclos&atilde;o. Os filhotes normalmente emergem em novembro e podem procriar dois meses depois. Em fevereiro, eles apresentam seus primeiros sinais de envelhecimento e at&eacute; caem das &aacute;rvores devido &agrave; ader&ecirc;ncia enfraquecida.
Os especialistas acreditam que esta redu&ccedil;&atilde;o da vida &uacute;til pode ser para lidar com as duras varia&ccedil;&otilde;es das esta&ccedil;&otilde;es em Madagascar. De qualquer forma, a &uacute;ltima exibi&ccedil;&atilde;o colorida de uma f&ecirc;mea da esp&eacute;cie &eacute; definitivamente um dos tantos fen&ocirc;menos intrigantes que a natureza ao nosso redor esconde.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:07:26.350Z

Camaleão-de-labord é filmado realizando exibição colorida antes de morrer

Imagem de Dengue: proteína de mosquito pode ser a chave para bloqueio do vírus no megacurioso

Apesar de ser a portadora do vírus da dengue, a fêmea do mosquito Aedes aegypti pode possuir a chave para descobrir novas estratégias antivirais

<head></head><body>Um novo estudo feito pela Universidade Nacional de Singapura apontou que as fêmeas do mosquito <a href="https://www.megacurioso.com.br/mulher/89441-quem-e-o-aedes-aegypti-conheca-o-mosquito-transmissor-de-3-graves-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Aedes aegypti</a>, inseto responsável pela transmissão do vírus da dengue, podem carregar a reposta para o desenvolvimento de novas estratégias antivirais para controlar os casos de dengue no mundo todo.A pesquisa revela a estrutura e a função de uma proteína da cutícula da pupa encontrada no exoesqueleto — a cobertura dura que sustenta e protege o corpo de alguns tipos de animais invertebrados — desses mosquitos. Em 2023, mais de 5 milhões de casos de dengue foram notificados na Terra.<h2>Lidando com a dengue</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31003743536018.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Atualmente, não existe tratamento específico para a dengue e a única vacina contra a doença disponível, chamada Dengvaxia, só serve para crianças que já foram infectadas pelo vírus anteriormente e que vivem em áreas onde a dengue é comum.Então, o professor do departamento de ciências biológicas da Universidade Nacional de Singapura, J. Sivaraman, e sua equipe decidiram esclarecer como as proteínas da cutícula encontradas nos mosquitos Aedes aegypti podem prevenir e controlar a infecção de um vírus transmitido por mosquitos, como o caso da dengue.&nbsp;As descobertas, publicadas na revista Protein Science, sugerem o potencial desta proteína como alvo para o desenvolvimento de métodos inovadores para controlar o problema. Pesquisas anteriores já haviam descoberto que as proteínas da cutícula deste mesmo mosquito desempenham um papel no bloqueio da infecção por vírus transmitidos por mosquitos, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/mulher/98767-7-fatos-sobre-o-zika-virus-para-se-preparar-para-as-provas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vírus da Zika</a> e o vírus do Nilo Ocidental.<h2>Próximas etapas de pesquisa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31003857681023.jpg" alt="GettyImages">GettyImagesO vírus da dengue é classificado pelos cientistas em quatro variedades: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Para este estudo, os investigadores exploraram molecularmente como uma proteína da cutícula bloqueia a infecção da variedade DENV-2 nas células hospedeiras. Para isso, os cientistas empregaram uma técnica conhecida como Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), que utiliza um poderoso campo magnético para analisar a estrutura molecular da proteína da cutícula.Através dessa análise, eles descobriram que a proteína assume uma estrutura desordenada. Um exame mais aprofundado das interações moleculares entre a proteína e o vírus da dengue levou os pesquisadores a sugerir que ela bloqueia a infecção usando uma abordagem dupla. Em primeiro lugar, ela obstrui o vírus da dengue ao se ligar diretamente nele, o que faz com que o vírus se aglomere e iniba sua interação com as células hospedeiras.Depois, a proteína da cutícula pode prevenir a infecção pelo vírus da dengue por meio de interações com receptores da superfície das células imunes — desempenhando um papel na apresentação do antígeno do vírus às células do sistema imunológico. “As descobertas indicam que a proteína da cutícula da pupa é um alvo potencial para o desenvolvimento de inibidores ou anticorpos para controlar a infecção pelo vírus da dengue”, disse Sivaraman.Como próxima etapa, os pesquisadores esperam identificar como essas proteínas previnem os casos de infecção em mosquitos e mamíferos, além de explorar a possibilidade delas como uma nova estratégia antiviral não apenas contra a dengue, mas também em outros flavivírus.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:26.308Z

Dengue: proteína de mosquito pode ser a chave para bloqueio do vírus

Imagem de Movimento das galáxias sugere que o Universo pode ser mais novo do que achávamos no megacurioso

Segundo novo estudo de galáxias ligadas, pesquisadores acreditam que o universo que conhecemos pode ter menos do que 13,8 bilhões de anos

<head></head><body>O Universo pode ser mais jovem do que pensávamos, é o que sugere um novo estudo feito com base nos movimentos das galáxias satélites que revelam quão recentemente elas caíram num agrupamento de galáxias. De acordo com medições da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128222-segundo-raio-cosmico-mais-intenso-da-historia-veio-de-vazio-no-universo.htm#:~:text=O%20raio%20registrado%20pela%20Telecope,raros%20%E2%80%94%20partem%20de%20outras%20gal%C3%A1xias." rel="noopener noreferrer" target="_blank">radiação cósmica</a> de fundo em micro-ondas (CMB) realizadas pela missão Planck da Agência Espacial Europeia, o Universo possui cerca de 13,8 bilhões de anos.Esse cálculo baseia-se no que é conhecido como Modelo Padrão da cosmologia, que descreve um Universo plano dominado pela energia escura que se expande a um ritmo acelerado. No entanto, estes modelos entraram agora em conflito com novas medições dos movimentos de pares de galáxias que não correspondem ao que as simulações nos dizem — desafiando nossa compreensão a respeito de tudo ao nosso redor.<h2>Desafiando padrões</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30020727721004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em um novo estudo, astrônomos liderados por Guo Qi, dos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências, estudaram pares de satélites em grupos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128626-galaxias-em-espiral-como-a-via-lactea-na-verdade-sao-bem-raras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galáxias</a>. Esse é o nome dado para pequenas coleções de galáxias no qual algumas das maiores delas são unidas por um enxame de galáxias menores.Tal como aglomerados de galáxias maiores, estes grupos formam-se onde os filamentos da chamada "teia cósmica de matéria" que liga o Universo se encontram — com galáxias menores movendo-se ao longo dos filamentos antes de se agruparem num grupo. Usando observações feitas pelo Sloan Digital Sky Survey (SDSS) de 813 grupos de galáxias a cerca de 600 milhões de anos-luz da Terra, a equipe de Qi concentrou-se na galáxia mais massiva de cada grupo e mediu como pares de satélites em lados opostos dessa galáxia se moviam.Eles descobriram que a fração de galáxias satélites que estavam em rotação contrária umas em relação às outras é maior do que o previsto por simulações computacionais de estruturas em grande escala, baseadas no Modelo Padrão descrito pela missão Planck. Essa informação, porém, é um problema para os sistemas previamente estabelecidos pela humanidade.&nbsp;<h2>Nova estimativa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30020748789007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Por outras palavras, parece que as galáxias satélites só recentemente se enquadraram nos seus respectivos grupos, o que sugere que o Universo é mais jovem do que o sugerido pelas observações da missão Planck. Segundo Qi, no entanto, esse trabalho não pode estimar a idade do Universo de forma quantitativa.Isso ocorre porque ainda há muita margem de manobra dos movimentos dos pares de satélites e nos modelos de como os grupos se formam. Caso essas novas informações estejam corretas, a única certeza é de que algo está errado no Modelo Padrão e que algumas das nossas suposições sobre o Universo devem estar erradas.Com uma nova taxa de expansão do Universo sendo calculada pelos pesquisadores, existe a possibilidade de que tudo ao nosso redor tenha aproximadamente 12,6 bilhões de anos. No entanto, existe uma enorme discrepância de números entre diferentes cálculos. De todo modo, fato é que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115312-imagem-do-big-bang-promove-nova-estimativa-de-idade-do-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo</a> é bastante antigo e qualquer que seja o valor correto para a sua idade representa uma distância colossal do momento que vivemos agora.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:26.260Z

Movimento das galáxias sugere que o Universo pode ser mais novo do que achávamos

Imagem de Matéria orgânica achada em asteroide pode explicar origem da vida na Terra no megacurioso

Pesquisadores acreditam que amostras do asteroide Ryugu sugerem que cometas antigos são responsáveis por trazer as 'sementes da vida' para nosso planeta

<head></head><body>Uma investigação detalhada das amostras do asteroide Ryugu forneceu mais evidências de que as moléculas orgânicas que deram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/41777-confira-5-teorias-sobre-a-origem-da-vida.htm#:~:text=Todos%20sabem%20que%20a%20origem,dos%20grandes%20pesquisadores%20do%20mundo." rel="noopener noreferrer" target="_blank">origem à vida</a> no nosso planeta foram trazidas para cá por cometas antigos. Essas amostras de rochas espaciais foram devolvidas à Terra pela missão Hayabusa2 do Japão, realizada em 2018.Hayabusa2 passou cerca de 18 meses estudando o asteroide e coletando material de superfície, que provou ser um tesouro de informações sobre nosso Sistema Solar. Ryugu é um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127531-os-5-asteroides-que-mais-apresentam-risco-para-a-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asteroide</a> próximo à Terra de 870 metros de largura que carece de uma atmosfera protetora. Logo, sua superfície está diretamente exposta ao espaço e pode acumular poeira interplanetária.<h2>Busca pela origem da vida</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30012725940000.jpeg" alt="(Fonte: Megumi Matsumoto/Divulgação)">(Fonte: Megumi Matsumoto/Divulgação)A equipe de cientistas por trás dos novos desenvolvimentos na busca pela origem da vida encontrou "respingos de derretimento" de 5 a 20 micrômetros de largura criados quando a poeira cósmica atingiu a superfície de Ryugu. Dentro desses respingos, por sua vez, os pesquisadores encontraram pequenos materiais carbonáceos semelhantes à matéria orgânica primitiva.“Esta matéria orgânica pode ser as pequenas sementes de vida, uma vez entregues do espaço para a Terra”, disse a professorada Universidade de Tohoky, Megumi Matsumoto, em comunicado oficial. Os cometas tendem a existir em órbitas amplas ao redor do Sol, o que significa que passam a maior parte do tempo nas bordas externas geladas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>.Porém, quando eles penetram no interior do Sistema Solar, a radiação solar aquece o seu material gelado interior. Isso faz com que o material se transforme diretamente em gás, num processo chamado sublimação. À medida que este material gasoso explode do cometa, ele carrega consigo parte do material da superfície do objeto, deixando rastros de poeira cósmica ao redor do Sol.&nbsp;<h2>Novas teorias</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30012802330002.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Quando a Terra passa por essas trilhas de poeira cósmica, nós podemos testemunhar show de meteoros enquanto os fragmentos de poeira queimam na atmosfera do nosso planeta. Contudo, é muito mais provável que este material chegue à superfície de corpos sem atmosfera como Ryugu, onde pode ser preservado. Assim, estudar esses restos de poeira nas amostras da Hayabusa2 poderia revelar pistas sobre o material no início do Sistema Solar.Os materiais carbonáceos encontrados nos derretimentos de Ryugu diferem quimicamente da matéria orgânica normalmente encontrada no material dos cometas porque carecem de oxigênio e nitrogênio. Isto, por sua vez, poderia sugerir como o material foi formado em primeiro lugar. "Nossas imagens de tomografia computadorizada 3D e análises químicas mostraram que os respingos de fusão consistem principalmente de vidros de silicato com vazios e pequenas inclusões de sulfetos esféricos de ferro", acrescentou Matsumoto.A pesquisadora e sua equipe de trabalho continuam a examinar amostras de Ryugu coletadas pela Hayabusa2 na esperança de descobrir mais derretimentos que possam conter evidências de colisões de poeira cósmica. A esperança é que isso proporcione mais informações sobre o transporte de material orgânico primordial para o espaço ao redor da Terra há mais de 4 bilhões de anos, antes do surgimento da vida.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:26.211Z

Matéria orgânica achada em asteroide pode explicar origem da vida na Terra

Imagem de Zoo britânico lança plano para impedir papagaios de falar palavrões no megacurioso

O zoológico espera que, ao adicionar oito novos papagaios-cinzentos africanos, grupo existente diminuirá quantidade de palavras de baixo calão ditas por dia

<head></head><body>O Lincolnshire Wildlife Park, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128156-qual-e-a-melhor-alternativa-para-manter-animais-em-zoologicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zoológico</a> no Reino Unido, tem enfrentado um problema curioso: seus papagaios-cinzentos africanos têm falado tantos palavrões por dia que isso se tornou um incômodo para aqueles que estão por perto. Essas criaturas são conhecidas pela sua inteligência, natureza social e capacidade de aprender palavras.Agora, como uma forma de lidar com essa situação, o zoológico espera poder "diluir" os palavrões dos papagaios, adicionando-os a um bando maior. No entanto, o CEO do Lincolnshire Wildlife Park, Steve Nichols, disse em entrevista à BBC que a estratégia pode acabar tendo o efeito reverso.<h2>Palavrões por todos os lados</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30005840249004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Logo ao chegar no recinto dos papagaios-cinzentos, os visitantes do zoológico podem encontrar placas alertando sobre a natureza "infame" dos animais ali presentes e sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123357-como-falar-palavroes-afeta-nosso-corpo-e-mente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">palavrões</a> que eles se tornaram acostumados a proferir: "Todos os palavrões comuns podem ser ouvidos neste aviário, então, por favor, esteja ciente se você for uma pessoa de natureza sensível".&nbsp;Em declaração à imprensa, Nichols comentou a respeito do plano para diminuir o linguajar ofensivo das aves. "Poderíamos acabar com 100 papagaios xingadores em nossas mãos ao colocá-los com um novo grupo ou poderemos resolver o problema. Só o tempo irá dizer", destacou. A história dessas aves xingadoras começou em 2020, quando cinco papagaios-cinzentos chamados Billy, Tyson, Eric, Jade e Elsie foram doados ao zoológico.&nbsp;Esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126827-papagaio-que-nao-voa-reaparece-na-nova-zelandia-apos-40-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papagaios</a> são altamente conhecidos pela sua capacidade de repetir palavras humanas, mas os funcionários foram pegos de surpresa ao ouvi-los lançarem uma série de palavrões completamente impactantes. Inicialmente, o grupo foi mantido isolado para não afastar os visitantes. Porém, em vez de incomodar as pessoas, os pássaros logo se tornaram a principal atração do Lincolnshire Wildlife Park.&nbsp;<h2>Nova estratégia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30005907420007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Recentemente, o zoológico adquiriu mais três papagaios-cinzentos chamados Eric, Captain e Sheila. De acordo com Nichols, a ideia era que eles ajudassem a diminuir os palavrões falados pelos membros anteriores, mas as aves se mostraram ainda mais desbocadas que seus antecessores.“Não são palavrões normais, eram palavrões extraordinários”, brincou Nichols. Mesmo que as aves tenham se mostrado surpreendentemente populares, o zoológico decidiu adicionar os oito papagaios desbocados a um bando de outras 92 aves que não são conhecidas por terem um vocabulário grosseiro na esperança de que seus xingamentos diminuam com o tempo. Os papagaios-cinzentos foram grupos de até 1 mil aves na natureza, onde se comunicam frequentemente por meio de diferentes chamados.Nichols suspeita que os xingamentos dos oito animais diminuirão à medida que eles se integrarem aos outros, embora provavelmente não desapareçam por completo. “[Uma vez] que está em seu vocabulário, geralmente está lá para sempre”, disse ele. Ainda assim, ele reconheceu que é possível que todos os outros papagaios possam aprender um ou outro palavrão ao longo desse processo, o que transformaria o aviário em um verdadeiro local para adultos. </body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:26.186Z

Zoo britânico lança plano para impedir papagaios de falar palavrões

Imagem de Por que os animais diminuíram de tamanho com o processo evolutivo? no megacurioso

Nova teoria evolutiva busca explicar o mistério do encolhimento dos animais e desmistificar a regra de que criaturas maiores possuem vantagens

<head></head><body>No processo de evolução animal, uma ideia clássica de que quanto maior uma criatura é, maiores serão suas vantagens de sobrevivência, é vista como bastante controversa. Animais maiores podem até ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125647-5-predadores-que-encaram-presas-das-mais-perigosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">predadores</a> poderosos, mas alguns dados contrariam a chamada "Regra de Cope", feita em homenagem ao paleontólogo Edward Drinker Cope no século XIX.Ao longo dos milênios, algumas espécies e populações inteiras de animais diminuíram de tamanho, de acordo com o registro fóssil. Estas observações vão contra as expectativas prevalecentes sobre o tamanho dos animais e têm permanecido em grande parte inexplicadas durante décadas. Porém, uma nova <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121815-evolucao-humana-problemas-modernos-com-origem-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipótese evolutiva</a>, testada através da modelagem computacional, pode ajudar a desvendar esse mistério.<h2>Diminuição das espécies</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19190707687399.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Segundo o estudo publicado na revista Communications Biology, níveis intensos de competição entre espécies e um alto risco de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a> levam os animais a serem menores. Os investigadores construíram um modelo computacional complexo de evolução da comunidade com 20 parâmetros matemáticos diferentes, incluindo coisas como taxa de predação e mortalidade básica.Os cientistas rastrearam um grupo modelado de organismos em interação ao longo de uma progressão temporal em vários cenários, explorando como o tamanho do corpo, a abundância de espécies e o nicho ecológico mudavam sob diferentes circunstâncias. Através desse modelo, eles então exploraram várias dinâmicas de recursos e riscos, descobrindo que os resultados de tamanho mudavam dependendo do cenário.Em alguns cenários, a Regra de Cope — a qual afirma que novas linhagens de animal tendem a aumentar de tamanho — parece de fato ser verdadeira, sobretudo quando a competição por recursos é baixa e o risco de extinção das espécies é mínimo. No entanto, em cenários mais acirrados, as populações de animais podem manter o seu tamanho ou até mesmo diminuir, descreveram os pesquisadores da University of Reading do Reino Unido.&nbsp;<h2>Quebra de expectativas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19190803978402.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em comunicado oficial, o autor do estudo e professor da University of Reading, Shovonlal Roy, afirmou que os cientistas não esperavam pelos resultados apresentados. Ele e seus colegas não pretendiam refutar a Regra de Cope, mas sim ver se ela se sustentaria na modelagem.Os resultados do estudo sugerem que a realidade é mais complicada do que uma única noção de tamanho corporal. Além disso, as conclusões do modelo oferecem uma explicação evolutiva para as exceções à regra. De acordo com Roy, não se trata de acidentes ou aberrações, mas de resultados oriundos de uma matemática interpretável.Para cenários em que as espécies diminuem com o tempo, os investigadores propõem uma espécie de "Regra de Cope Inversa": seguindo essas orientações, a alta competição obriga os animais a diversificar os seus nichos ecológicos, procurando novos alimentos ou habitats. Acessas recursos inexplorados é mais fácil quando se é menor, uma vez que essas criaturas ocupam menos espaço e precisam de menor energia.&nbsp;Porém, até o momento, a única coisa que está provada com 100% de eficácia é que ainda temos muito a aprender sobre o passado do nosso planeta.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:26.070Z

Por que os animais diminuíram de tamanho com o processo evolutivo?

Imagem de Mistério de crateras explosivas na Sibéria pode ter sido resolvido no megacurioso

As crateras gigantes em explosão, localizadas em Yamal e Gydna, estão cobertas de permafrost e podem resultar em um conjunto específico de condições não encontradas em outras partes do Ártico

<head></head><body>Oito crateras gigantes com 50 metros de profundidade, localizadas no permafrost <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128401-forte-mais-antigo-do-mundo-e-descoberto-na-siberia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">siberiano</a>, têm confundido os cientistas desde a sua descoberta há mais de uma década. No entanto, uma nova teoria pode finalmente explicar como elas se formara. As crateras são exclusivas das penínsulas Yamal e Gydan, no norte da Rússia, e não se sabe se existem em outras partes do Ártico.Por esse motivo, os pesquisadores acreditam que a chave para esse quebra-cabeça pode estar na paisagem local. Ao longo dos anos, os investigadores propuseram várias explicações para os buracos, desde impactos de meteoros até explosões de gás natural. Contudo, novos modelos de análise sugerem outra explicação.<h2>Avaliando o terreno</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19193504423411.jpg" alt="(Fonte: Vasily Bogoyavlensky/AFP)">(Fonte: Vasily Bogoyavlensky/AFP)Uma teoria antiga sugere que essas crateras se formaram no lugar de lagos históricos que antes borbulhavam com gás natural, o qual subia do permafrost abaixo. Esses lagos, contudo, teriam secado, expondo o solo abaixo a temperaturas congelantes que selaram as aberturas pelas quais o gás escapava. A acumulação de gás resultante no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126924-patogenos-congelados-no-permafrost-irao-acordar-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">permafrost</a> pode eventualmente ter sido liberta mediante explosões que criaram as crateras gigantes.Porém, esse modelo não leva em conta que essas "crateras de escape gigantes" (GECs) são encontradas em uma variedade de configurações geológicas nas penínsulas e nem todas já foram cobertas por lagos. Estudos anteriores também ligaram as crateras às acumulações de gás natural no permafrost, mas não conseguiram explicar o porquê dos buracos só serem encontrados no norte da Rússia.O permafrost nas penínsulas de Yamal e Gydan varia amplamente em sua espessura, podendo atingir até 500 metros. O solo provavelmente congelou há mais de 40 mil anos, aprisionando antigos sedimentos marinhos ricos em metano que gradualmente se transformaram em vastas reservas de gás natural. Estas reservas, por sua vez, produzem calor que derrete o gelo por baixo, deixando bolsas de gás na sua base.<h2>Impactos no permafrost</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19193548709412.jpeg" alt="(Fonte: Vasily Bogoyavlensky/AFP)">(Fonte: Vasily Bogoyavlensky/AFP)De acordo com os pesquisadores, o permafrost na Rússia e noutros lugares do planeta está derretendo na superfície devido às alterações climáticas. Em locais onde já era rarefeito nas penínsulas de Yamal e Gydan, o derretimento em ambas as extremidades e a pressão do gás podem eventualmente causar o colapso do permafrost restante, provocando uma explosão.Esse fenômeno foi batizado de "efeito champanhe", o que explicaria a presença de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123264-as-6-maiores-crateras-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crateras</a> menores em torno das oito crateras gigantes — uma vez que enormes pedaços de gelo expelidos pelas explosões podem ter amassado gravemente o solo. Também pode haver mais crateras do que os cientistas atualmente conhecem, uma vez que a água e os sedimentos provavelmente preencheram alguns dos buracos ao longo do tempo.A liberação de gás natural e metano proveniente destas explosões poderá ativar um ciclo de "feedback climático" se as temperaturas globais continuarem a subir e acelerar o derretimento do permafrost. Estima-se que 1,9 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa (GEEs), incluindo dióxido de carbono e metano, estejam armazenados nesta parte do Ártico.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:26.060Z

Mistério de crateras explosivas na Sibéria pode ter sido resolvido

Imagem de 5 previsões surpreendentes tiradas da ficção para 2024 no megacurioso

O que você pode esperar para os meses que virão pela frente? Veja o que obras de ficção já previram sobre esse ano no passado

<head></head><body>O ano de 2024 apenas começou, mas já mostrou ter potencial para ser turbulento. Enquanto o conflito entre Palestina e Israel permanece a todo vapor, enchentes tomam conta do Brasil e as temperaturas alarmantes seguem sendo vistas no mundo inteiro, é preciso sempre se preparar para o pior.E há quem diga que esse ano foi destinado para ser um ano de caos global e mudanças dramáticas. Por exemplo, diversas obras de ficção científica já fizeram previsões assustadoras sobre o que pode vir pela frente em 2024. Quer ver sobre o que estamos falando? Veja alguns exemplos disso!<h2>1. Destruição do meio ambiente</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/24/24023114121009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O filme Highlander II: a ressurreição mostra o mundo sendo atingido por uma catástrofe ambiental em 2024. Segundo a obra, a humanidade teria destruído a camada de ozônio neste ano, deixando a Terra exposta a um ataque mortal de radiação solar. Felizmente, o protagonista do filme tem uma solução: um escudo movido a laser para nos proteger dos raios de Sol.Porém, a proteção mergulha o planeta numa escuridão sem fim, enquanto as temperaturas e a umidade se tornam quase insuportáveis.<h2>2. Lado obscuro da indústria farmacêutica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/24/24023047617007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Passado em uma futura Grã-Bretanha onde o governo legalizou todas as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124397-5-drogas-recreativas-comumente-usadas-na-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drogas</a>, o filme Narcópolis conta a história da Ambro, uma empresa farmacêutica obscura que surge com um novo e potente tipo de narcótico. Porém, o protagonista Frank Grieves, policial e ex-viciado, sai em busca pela verdade sobre a empresa.A ideia do longa sobre 2024 é mista, indicando uma desconfiança generalizada nas grandes empresas farmacêuticas pela sociedade ocidental e também um medo em relação ao que as drogas podem fazer no mundo.<h2>3. Marcianos ferozes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/24/24023025199004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Tendo em mente que a humanidade está cada vez mais perto de pisar em Marte, há muito o que se falar sobre o assunto. Porém, a série A quinta dimensão imagina um cenário completamente bizarro: em 2024, os humanos descobrem monstros raivosos que vivem sob as vastas planícies arenosas do planeta vermelho.A NASA trabalha com a possibilidade de enviar astronautas até lá já na década de 2030, o que postergaria nosso encontro como esses "possíveis" monstros até lá. Mas o que será que Marte realmente reserva para nós?<h2>4. Imprudência nuclear</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/24/24023012841003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Assim como diversos filmes antigos, Além da barreira do tempo também pinta 2024 como um ano de ruína ambiental. Segundo o filme, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126897-como-as-cameras-usadas-em-testes-nucleares-resistiram-as-explosoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">testes nucleare</a>s na década de 1970 teriam destruído a camada de ozônio, deixando a Terra desprotegida contra os raios cósmicos. Então, a radiação transformaria parte da humanidade em mutantes de cabelos desgrenhados que vivem na superfície, enquanto outros encontraram abrigo no subsolo.O longa-metragem também fala sobre tecnologias bizarras como aviões que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122635-viagem-no-tempo-fisico-explica-2-possiveis-tipos-de-viajar-ao-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viajam no tempo</a> e uma nave espacial que se divide em duas. Logicamente, tudo não passa de ficção científica, mas o medo sobre o potencial de destruição nuclear dos humanos é real.<h2>5. Lavagem cerebral governamental</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/24/24022951657000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com o filme original da Netflix The Last Days of American Crime, adaptado das histórias em quadrinhos de Rick Remender de mesmo nome, o governo dos Estados Unidos estaria preparando algo mirabolante para 2024: realizar uma espécie de "lavagem cerebral" generalizada para impedir qualquer pessoa de cometer um crime por meio de um sinal que mexe com o cérebro.Conforme é mostrado no filme, assim que a Iniciativa de Paz Americana for implementada, não existirão mais atividades ilegais no mundo, dando aos criminosos um curto espaço de tempo para conseguirem fazer algo. Obviamente, esse tipo de tecnologia de controle mental em massa não existe e provavelmente nunca existirá. Ou será que você já está sendo manipulado e nem sabe?</body>

Pedro Freitas