Imagem de A história de Desmond Doss, o herói que salvou 75 vidas na 2º Grande Guerra no megacurioso

Tendo se recusado a tocar em uma arma ao longo de toda a sua vida, o militar ficou famoso após ter sua história contada no filme “Até o Último Homem”

Sempre que assistimos a filmes inspirados em fatos reais, bate aquela d&uacute;vida a respeito do que &eacute; realmente verdade e o que foi colocado no roteiro apenas para criar um apelo comercial. Em 2016, por exemplo, foi lan&ccedil;ado &ldquo;At&eacute; o &Uacute;ltimo Homem&rdquo; (&ldquo;Hacksaw Ridge&rdquo;, no original em ingl&ecirc;s), que conta as aventuras do soldado Desmond Doss &mdash; que se recusou a tocar em uma arma ao longo do conflito &mdash;&nbsp; durante a Segunda Guerra Mundial.
A obra foi indicada a dezenas e ganhou v&aacute;rios pr&ecirc;mios acad&ecirc;micos (incluindo Melhor Filme no AACTA Awards e Melhor Filme de A&ccedil;&atilde;o no Critics' Choice Awards), mas ser&aacute; que a hist&oacute;ria de Desmond &eacute; realmente t&atilde;o tocante quanto a retratada no longa-metragem? A resposta curta &eacute;: sim. O militar ficou conhecido por se dedicar como m&eacute;dico e salvar 75 de seus companheiros em uma &uacute;nica batalha, o que fez seu nome entrar para a Hist&oacute;ria.
<h2>Pacato desde a inf&acirc;ncia</h2>
Desmond nasceu no dia 7 de fevereiro de 1919 na cidade de Lynchburg, na Virg&iacute;nia (EUA). Desde cedo ele j&aacute; demonstrava ser extremamente emp&aacute;tico; ainda na inf&acirc;ncia, andou 9 quil&ocirc;metros para doar sangue a uma v&iacute;tima de um acidente. Sua repulsa em rela&ccedil;&atilde;o a armas de fogo come&ccedil;ou quando seu pai, b&ecirc;bado, sacou uma arma durante uma discuss&atilde;o com seu tio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/09/09203242488013.jpg" alt="" />
Nessa ocasi&atilde;o, a m&atilde;e de Desmond lhe pediu para pegar a pistola (uma calibre .45) e escond&ecirc;-la em algum lugar seguro. Visto que naquela &eacute;poca o norte-americano j&aacute; frequentava a Igreja Adventista do S&eacute;timo Dia, ele prometeu para si mesmo que jamais tocaria em uma arma novamente &mdash; promessa que, por mais incr&iacute;vel que possa parecer para algu&eacute;m que serviu ao Ex&eacute;rcito, foi cumprida com &ecirc;xito.
<h2>A carreira militar</h2>
Ao completar 18 anos de idade, Desmond se alistou &agrave;s For&ccedil;as Armadas e passou a trabalhar nos estaleiros de Newport News. Com a explos&atilde;o da Segunda Guerra Mundial, foi convocado para lutar &mdash; mas sua insist&ecirc;ncia em n&atilde;o carregar armas ou matar pessoas causou estranheza em seu esquadr&atilde;o, que passou a trat&aacute;-lo de forma agressiva, apelidando-o de &ldquo;objetor de consci&ecirc;ncia&rdquo;.
Desmond n&atilde;o tinha amigos. Seus colegas no campo de treinamento o consideravam in&uacute;til, arremessavam botas enquanto ele rezava em seu bunker e o sobrecarregavam com tarefas ingratas aos domingos, visto que, aos s&aacute;bados, ele se recusava a trabalhar para respeitar o descanso sagrado previsto em sua religi&atilde;o. Mesmo com tantos obst&aacute;culos, Desmond continuava firme e forte em suas convic&ccedil;&otilde;es.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/09/09202950316011.jpg" alt="" />
<h2>Batalha sangrenta</h2>
Foi no dia 5 de maio de 1945 que Desmond se tornaria o her&oacute;i que todos conhecem. Na batalha da Escarpa de Maeda, como ficou conhecido o conflito ocorrido em Okinawa (Jap&atilde;o), o ex&eacute;rcito japon&ecirc;s esperou at&eacute; que toda a tropa ocidental estivesse cruzando a plan&iacute;cie para iniciar seu ataque, atirando e lan&ccedil;ando morteiros contra os soldados. Os militares estadunidenses foram massacrados em poucos segundos.
Felizmente, eles tinham Desmond. O m&eacute;dico, em pleno campo de batalha, tratou das feridas de seus colegas enquanto arriscava sua pr&oacute;pria vida. Banhado em sangue alheio, ele fez torniquetes, aplicou t&eacute;cnicas de primeiros socorros e carregou seus amigos at&eacute; as bordas do cume, deslizando-os cuidadosamente para um lugar seguro. Em aproximadamente 12 horas de trabalho ininterrupto, Desmond salvou 75 vidas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/09/09203107066012.jpg" alt="" />
Al&eacute;m de uma medalha de honra, Desmond ganhou um presente curioso de seus oficiais ap&oacute;s a conquista americana naquele territ&oacute;rio: sua B&iacute;blia, que carregava consigo desde o seu ingresso no Ex&eacute;rcito e havia sido perdida durante uma das batalhas. Seus amigos vasculharam toda a &aacute;rea at&eacute; encontrar o tomo, que foi devidamente devolvido ao her&oacute;i. Desmond morreu em 2006 aos 87 anos, ap&oacute;s ser internado com problemas respirat&oacute;rios.
***
Voc&ecirc; conhece a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/newsletter" target="_blank">newsletter</a>&nbsp;do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conte&uacute;do exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mund&atilde;o afora! Cadastre seu email e n&atilde;o perca mais essa forma de mantermos contato!

thumb-image-2024-02-29T14:03:45.299Z

A história de Desmond Doss, o herói que salvou 75 vidas na 2ª Grande Guerra

Imagem de Mas, afinal, animais podem ou não sofrer com Síndrome de Down? no megacurioso

Embora a internet esteja cheia de fotos de animais supostamente atingidos pela doença, a verdade é que, na maioria dos casos, os bichanos sofrem de outras enfermidades

Se voc&ecirc; &eacute; um usu&aacute;rio ass&iacute;duo das redes sociais, com certeza j&aacute; se deparou com uma foto ou duas retratando algum animal que teria nascido com S&iacute;ndrome de Down. A internet &mdash; especialmente a brasileira &mdash; parece gostar de propagar, no intuito de homenage&aacute;-los, imagens dessas criaturas que, supostamente, sofrem com a mesma condi&ccedil;&atilde;o que afeta mais de 150 mil brasileiros por ano.
Mas, no fim das contas, ser&aacute; que todas essas correntes online s&atilde;o verdadeiras? Sentimos muito em decepcion&aacute;-lo, mas a resposta mais simples e curta &eacute;: n&atilde;o. A maioria dos animais simplesmente s&atilde;o incapazes de desenvolver S&iacute;ndrome de Down, pelo simples fato de que suas constru&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas s&atilde;o bem diferentes das nossas (seres humanos).
Para quem n&atilde;o sabe, a S&iacute;ndrome de Down ocorre quando uma divis&atilde;o celular anormal causa uma muta&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica de um indiv&iacute;duo, lhe dando tr&ecirc;s c&oacute;pias do cromossomo 21. Vale lembrar, ali&aacute;s, que um ser humano considerado &ldquo;padr&atilde;o&rdquo; possui dois pares de 23 cromossomos. J&aacute; os gatos, por exemplo, possuem apenas 19 cromossomos, o que torna improv&aacute;vel uma muta&ccedil;&atilde;o similar &agrave;quela que conhecemos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/11/11152232530046.jpg" alt="" />
<h2>O que acontece de verdade?</h2>
Embora a fam&iacute;lia dos felinos tenha bem menos cromossomos do que n&oacute;s, ela parece ser o &ldquo;alvo&rdquo; favorito daqueles que gostam de veicular not&iacute;cias falsas na internet. Um exemplo not&oacute;rio de animal que supostamente teria nascido com S&iacute;ndrome de Down &eacute; o tigre-de-bengala-branco Kenny. A imagem do bichano &mdash; que morreu em 2008 &mdash; foi t&atilde;o propagada na internet que at&eacute; mesmo alguns jornais de renome acabaram enganados.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/11/11152415030123.jpg" alt="" />
Kenny, embora tivesse uma apar&ecirc;ncia facial bem distinta que lembrava vagamente &agrave;quelas que observamos em humanos com S&iacute;ndrome de Down, jamais sofreu com tal condi&ccedil;&atilde;o. Ele, na verdade, nasceu com deformidades decorrentes do endocruzamento; isto &eacute;, a cruza de animais geneticamente pr&oacute;ximos, como pais e filhos, irm&atilde;os e irm&atilde;s etc. &mdash; pr&aacute;tica que, embora seja proibida em alguns pa&iacute;ses, ainda &eacute; muito comum ao redor do mundo.
No caso do tigre-branco, ele foi resgatado em 2002 pela equipe do Ref&uacute;gio Selvagem de Turpentine Creek, no Arkansas (EUA), de um criadouro ilegal que praticava o endocruzamento para manter uma linhagem &ldquo;pura&rdquo;. A t&eacute;cnica pode at&eacute; funcionar algumas vezes, mas, mais cedo ou mais tarde, alguma cria exibir&aacute; deformidades &mdash; e Kenny foi o azarado da vez. Por&eacute;m, isso n&atilde;o tem nada a ver com S&iacute;ndrome de Down.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/11/11152329202122.jpg" alt="" />
O mesmo se aplica ao Otto, um gatinho dom&eacute;stico oriundo da Turquia que tamb&eacute;m fez sucesso na internet pelo mesmo motivo. Ele morreu com apenas 2 meses de idade, e, embora ningu&eacute;m jamais tenha corrido atr&aacute;s dos donos do felino turco para saber o porqu&ecirc; de suas deformidades visuais (muitos apostam em defici&ecirc;ncias hormonais), a verdade &eacute; que ele jamais teve S&iacute;ndrome de Down.
<h2>H&aacute; exce&ccedil;&otilde;es</h2>
Os &uacute;nicos animais que podem apresentar uma doen&ccedil;a relativamente similar &agrave; que conhecemos s&atilde;o os s&iacute;mios&nbsp;&mdash; que, como todos n&oacute;s sabemos, possui uma gen&eacute;tica parecida com a nossa. Os macaquinhos possuem n&atilde;o apenas 23, mas sim 24 pares de cromossomos, e alguns indiv&iacute;duos j&aacute; foram diagnosticados com uma c&oacute;pia extra do cromossomo 22 &mdash; que, como voc&ecirc; pode imaginar, &eacute; parecido com o cromossomo 21 dos seres humanos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/11/11152536842126.jpg" alt="" />
Tais chimpanz&eacute;s apresentaram, al&eacute;m de deformidades faciais, problemas card&iacute;acos e de crescimento, sintomas t&iacute;picos da S&iacute;ndrome de Down humana. Ainda assim, &eacute; cientificamente incorreto utilizar a mesma nomenclatura para tal desordem &mdash; principalmente se levarmos em conta o fato de que a ci&ecirc;ncia ainda est&aacute; estudando tais casos.
***
Voc&ecirc; conhece a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/newsletter" target="_blank">newsletter</a>&nbsp;do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conte&uacute;do exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mund&atilde;o afora! Cadastre seu email e n&atilde;o perca mais essa forma de mantermos contato!

thumb-image-2024-02-29T14:03:45.710Z

Mas, afinal, animais podem ou não sofrer com Síndrome de Down?

Imagem de Pentágono quer criar insetos que espalham “vírus do bem”... Será? no megacurioso

Projeto batizado como Insect Allies pode ajudar os EUA a controlar pragas em plantações, mas especialistas se preocupam com eventuais usos maléficos da tecnologia

H&aacute; uma discuss&atilde;o pol&ecirc;mica rolando no universo cient&iacute;fico &mdash; e n&atilde;o &eacute; &agrave; toa. O Pent&aacute;gono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, anunciou recentemente que est&aacute; trabalhando em um projeto bastante inusitado em parceria com a Ag&ecirc;ncia de Pesquisas e Projetos de Defesa Avan&ccedil;ada (DARPA). Batizada de &ldquo;Insect Allies&rdquo;, a ideia consiste em contaminar insetos com v&iacute;rus &ldquo;do bem&rdquo; para proteger as planta&ccedil;&otilde;es do pa&iacute;s.
Utilizando diversas t&eacute;cnicas de edi&ccedil;&atilde;o de genes, a ag&ecirc;ncia pretende infectar propositalmente pequenos af&iacute;deos (conhecidos popularmente como pulg&otilde;es) com v&iacute;rus modificados para tornar as colheitas mais produtivas. No caso de uma seca, por exemplo, seria poss&iacute;vel espalhar os insetos nos campos para que v&iacute;rus geneticamente modificados reduzam a taxa de crescimento das plantas.
Uma das tecnologias utilizadas para atingir esse objetivo seria a CRISPR (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats ou Repeti&ccedil;&otilde;es Palindr&ocirc;micas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespa&ccedil;adas), uma ferramenta de edi&ccedil;&atilde;o de genoma que j&aacute; foi testado inclusive em embri&otilde;es humanos. Tal t&eacute;cnica foi originalmente criada para evitar doen&ccedil;as e muta&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas, mas suas &aacute;reas de atua&ccedil;&atilde;o s&atilde;o amplas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/09/09232647212012.jpg" alt="" />
A DARPA comenta ainda que esse tipo de &ldquo;terapia&rdquo; afetaria apenas um ciclo de colheita, protegendo as planta&ccedil;&otilde;es americanas de &ldquo;amea&ccedil;as&rdquo; como pragas, enchentes e geadas. Os v&iacute;rus feitos em laborat&oacute;rios seriam, naturalmente, inofensivos aos seres humanos. Por&eacute;m, mesmo com tanta boa vontade das autoridades estadunidenses, alguns especialistas ainda est&atilde;o com uma pulga &mdash; ou melhor, um pulg&atilde;o &mdash; atr&aacute;s da orelha.
<h2>Tem algo estranho a&iacute;</h2>
N&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio ser paranoico para imaginar um cen&aacute;rio no qual esse tipo de t&eacute;cnica seja utilizada para fins malignos. Em uma carta aberta publicada no jornal Science, uma equipe de cinco cientistas falaram sobre suas preocupa&ccedil;&otilde;es a respeito do projeto, que poderia muito bem se transformar em uma arma biol&oacute;gica em um futuro pr&oacute;ximo &mdash; bastaria criar um v&iacute;rus nocivo aos seres humanos e espalhar os insetos em &aacute;reas urbanas.
Ali&aacute;s, o simples ato de espalhar um v&iacute;rus nocivo em planta&ccedil;&otilde;es de pa&iacute;ses inimigos j&aacute; seria o suficiente para causar um estrago dos grandes. &ldquo;Na nossa opini&atilde;o, as justificativas n&atilde;o s&atilde;o claras o suficiente. Porque usar insetos? Eles poderiam usar sistemas de spray&rdquo;, argumenta Silja Voeneky, um dos autores do manifesto e professor da Universidade de Friburgo, na Alemanha.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/09/09232809384013.jpg" alt="" />
Para Blake Bextine, respons&aacute;vel pelo Insects Allies, &eacute; natural que novas tecnologias como essa sejam motivos de preocupa&ccedil;&otilde;es em rela&ccedil;&atilde;o ao seu uso &eacute;tico; ele tamb&eacute;m concordou que esse tipo de projeto poderia ser usado de forma ofensiva. &ldquo;N&atilde;o &eacute; isso que estamos fazendo. Estamos entregando caracter&iacute;sticas positivas &agrave;s plantas. Queremos garantir a seguran&ccedil;a da alimenta&ccedil;&atilde;o, que consideramos parte da seguran&ccedil;a nacional&rdquo;.
Embora o Insect Allies esteja em suas fases iniciais de desenvolvimento, pelo menos quatro universidades norte-americanas j&aacute; receberam dinheiro para participar das pesquisas. Como um teste, Bextine afirma que sua equipe j&aacute; conseguiu usar um af&iacute;deo com um v&iacute;rus que causa fluoresc&ecirc;ncia. Acredite ou n&atilde;o, mas o milho, que foi usado como &ldquo;v&iacute;tima&rdquo; para o piloto, realmente ganhou capacidades bioluminescentes. Assustador, n&atilde;o &eacute; mesmo?

thumb-image-2024-02-29T14:03:45.318Z

Pentágono quer criar insetos que espalham “vírus do bem”... Será?

Imagem de 6 cidades nas quais os habitantes convivem com animais exóticos no megacurioso

Você teria coragem de visitar um parque sabendo que existe uma onça-parda andando livremente por lá?

A regra costuma ser dura, mas simples: o ser humano expande seus territ&oacute;rios e urbaniza regi&otilde;es que, at&eacute; ent&atilde;o, eram o habitat natural de animais selvagens. Na maioria das vezes, os bichos acabam fugindo para outras &aacute;reas desertas; por&eacute;m, em determinados casos, eles insistem em continuar morando por ali, e a civiliza&ccedil;&atilde;o moderna se v&ecirc; obrigada a conviver com essa vizinhan&ccedil;a incomum.
Em algumas cidades ao redor do mundo &mdash; especialmente nos EUA &mdash;, os residentes est&atilde;o acostumados a encontrar animais ex&oacute;ticos em seus passeios di&aacute;rios. Ser&aacute; que voc&ecirc; teria coragem de se mudar para alguma dessas localidades? Confira nossa sele&ccedil;&atilde;o e responda no campo de coment&aacute;rios.
<h2>1) A on&ccedil;a-parda de Los Angeles</h2>
Famoso por abrigar o gigantesco letreiro onde se l&ecirc; &ldquo;Hollywood&rdquo;, o Parque Griffith, localizado na cidade de Los Angeles, possui um habitante incomum: uma on&ccedil;a-parda macho catalogada e conhecida simplesmente como P-22. As autoridades a encontraram pela primeira vez em 2012, e, desde ent&atilde;o, t&ecirc;m monitorado seus movimentos e sua dieta.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/08/08161804894146.jpg" alt="" />
Embora o mais sensato fosse transportar o puma para outro lugar, os cientistas garantem que P-22 n&atilde;o representa risco algum para os visitantes do parque &mdash; especialmente porque ele j&aacute; se acostumou com a presen&ccedil;a humana e tem h&aacute;bitos noturnos, andando por a&iacute; somente quando o local est&aacute; fechado ao p&uacute;blico.
<h2>2) Os coiotes de Chicago</h2>
Embora coiotes sejam comuns em todo o territ&oacute;rio dos Estados Unidos, eles s&atilde;o particularmente famosos em Chicago &mdash; estima-se que existam 4 mil deles vivendo na regi&atilde;o. E, embora eles apreciem andar em cemit&eacute;rios, jamais foi registrado um caso de ataque contra seres humanos. Ainda bem!
<h2>3) As raposas de Londres</h2>
Quem mora em S&atilde;o Paulo est&aacute; acostumado a ver cachorros e gatos sem dono ao andar pela regi&atilde;o central da cidade. L&aacute; em Londres o cen&aacute;rio &eacute; parecido &mdash; s&oacute; troque esses dois animais dom&eacute;sticos por raposas-selvagens. S&atilde;o mais de 10 mil vulp&iacute;deos espalhados pela capital da Inglaterra, mas, para a tranquilidade de quem pretende passar as suas pr&oacute;ximas f&eacute;rias por l&aacute;, elas costumam ser bem sorrateiras e jamais atacam seres humanos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/08/08161927316147.jpg" alt="" />
<h2>4) Os cervos de Nara</h2>
Voc&ecirc; deve ter percebido que, at&eacute; agora, todos os animais citados convivem com os seres humanos de forma discreta, evitando aparecer em p&uacute;blico e preferindo andarilhar durante a noite. Por&eacute;m, as coisas n&atilde;o s&atilde;o bem assim na cidade de Nara, no Jap&atilde;o. A regi&atilde;o &eacute; conhecida pela abund&acirc;ncia de cervos, que caminham pelas ruas tranquilamente ao lado dos humanos h&aacute; mais de 1,3 mil anos.
Existe uma explica&ccedil;&atilde;o religiosa para isso: de acordo com uma mitologia local, o deus do trov&atilde;o Takemikazuchi chegou &agrave; cidade montado em um desses ruminantes. Por isso, al&eacute;m de serem adorados, os cervos s&atilde;o considerados uma verdadeira atra&ccedil;&atilde;o tur&iacute;stica para quem viaja para Nara.
<h2>5) Os leopardos de Mumbai</h2>
Mumbai &mdash; tamb&eacute;m conhecida como Bombaim &mdash; &eacute; a mais importante cidade da &Iacute;ndia. Por&eacute;m, se voc&ecirc; pretende visit&aacute;-la algum dia, prepare-se para lidar com uma popula&ccedil;&atilde;o de 41 leopardos. A maioria deles se limita ao Parque Nacional de&nbsp; Sanjay Gandhi, mas existem relatos de alguns exemplares explorando vielas escuras das zonas urbanas &agrave; noite. Eles se alimentam principalmente de cachorros e, diferente de outros animais desta lista, j&aacute; provaram ser perigosos para a popula&ccedil;&atilde;o local em alguns casos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/08/08162118379082.jpg" alt="" />
<h2>6) Os javalis de Berlim</h2>
A capital da Alemanha tem um probleminha com esses su&iacute;nos &mdash; em 2012, por exemplo, tr&ecirc;s pessoas e um policial ficaram feridos ap&oacute;s o ataque de um javali que pesava 120 kg. Embora esse incidente possa assustar poss&iacute;veis turistas, vale lembrar que, na maioria das vezes, essas criaturas s&oacute; andam pela cidade durante a noite e por um curto per&iacute;odo, procurando restos de comida e retornando a seus abrigos.
***
Voc&ecirc; conhece a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/newsletter" target="_blank">newsletter</a>&nbsp;do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conte&uacute;do exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mund&atilde;o afora! Cadastre seu email e n&atilde;o perca mais essa forma de mantermos contato!

thumb-image-2024-02-29T14:03:45.190Z

6 cidades nas quais os habitantes convivem com animais exóticos

Imagem de Ming, o animal mais velho já encontrado e que foi morto por cientistas no megacurioso

O molusco tinha cerca de 507 anos e acabou falecendo depois que sua concha foi aberta para estudos científicos

Em 2006, um grupo de pesquisadores da Universidade de Bangor, no Reino Unido, decidiu recolher uma s&eacute;rie de moluscos dos mares da Isl&acirc;ndia para estudar os efeitos das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas na fauna local. Pelo menos 200 exemplares de bivalves islandeses (Arctica islandica)&mdash; esp&eacute;cie da mesma classe dos mexilh&otilde;es, as am&ecirc;ijoas e as conquilhas &mdash; foram coletados e levados para os laborat&oacute;rios de Bangor.
Bivalves sempre conhecidos por sua longevidade, n&atilde;o sendo incomum encontrar seres com mais de 100 anos de idade. Tamb&eacute;m &eacute; relativamente f&aacute;cil descobrir quantos anos essa criatura tem: basta contar os &ldquo;an&eacute;is&rdquo; presentes em suas conchas.
E foi assim que os cientistas identificaram um exemplar &uacute;nico, que ficou conhecido como Ming &mdash; nome dado pelos jornalistas em homenagem ao per&iacute;odo hist&oacute;rico chin&ecirc;s no qual ele nasceu. Internamente, nos centros de pesquisas, seu apelido era Hafr&uacute;n, nome feminino que pode ser traduzido literalmente como &ldquo;o mist&eacute;rio do oceano&rdquo;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/09/09190302637010.jpg" alt="" />
Uma breve an&aacute;lise de Ming revelou que o molusco devia ter entre 405 e 410 anos. Por&eacute;m, para estudar os bivalves de forma apropriada, &eacute; necess&aacute;rio rachar suas conchas para coloc&aacute;-las em um microsc&oacute;pio &mdash; e, mesmo com muitos protestos por parte da comunidade internacional, eles decidiram abrir o animal para contabilizar seus an&eacute;is com exatid&atilde;o. E foi assim que Ming, o ser vivo mais velho j&aacute; encontrado, foi morto acidentalmente.
Ap&oacute;s desmembrar o exemplar, os cientistas descobriram que o bivalve tinha, na verdade, 507 anos na ocasi&atilde;o de sua morte. Ele teria nascido em 1499, e, se estivesse vivo at&eacute; hoje, estaria completando 519 anos. Isso significa que Ming &ldquo;viu&rdquo; Crist&oacute;v&atilde;o Colombo desembarcando na Am&eacute;rica, &ldquo;presenciou&rdquo; a Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero e &ldquo;acompanhou&rdquo; outros diversos momentos hist&oacute;ricos nos mares islandeses.
<h2>N&atilde;o foi em v&atilde;o</h2>
Embora a morte de Ming (e dos outros bivalves que foram recolhidos para a pesquisa) seja um incidente triste e at&eacute; mesmo revoltante, os cientistas que ajudaram a Universidade de Bangor a fazer a &ldquo;recontagem&rdquo; afirmam que os restos mortais do molusco s&atilde;o cruciais para entender as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, vistos que os padr&otilde;es dos an&eacute;is podem revelar mudan&ccedil;as na temperatura do oceano ano-a-ano.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/09/09190326544011.jpg" alt="" />
Al&eacute;m disso, James Scourse, um dos respons&aacute;veis pelo &ldquo;assassinato cient&iacute;fico&rdquo;, relembra que quase todos os am&ecirc;ijoas (que s&atilde;o comumente servidos em sopas na culin&aacute;ria da Inglaterra) possuem idade avan&ccedil;ada; logo, se voc&ecirc; j&aacute; se serviu de um desses moluscos, &eacute; capaz que tenha comido algum animal com idade pr&oacute;xima &agrave; de Ming.

thumb-image-2024-02-29T14:03:45.289Z

Ming, o animal mais velho já encontrado e que foi morto por cientistas

Imagem de Gosta de cães? No Nepal, existe um festival dedicado a adorá-los no megacurioso

Durante o Kukur Tihar, todo cachorro — doméstico ou de rua — recebe um colar de flores e é condecorado com uma marcação vermelha em sua cabeça

Tamb&eacute;m conhecido como &ldquo;Festival das Luzes&rdquo;, o Diwali &eacute; uma das mais importantes celebra&ccedil;&otilde;es do calend&aacute;rio hindu. Durante 5 dias, os adeptos de tal religi&atilde;o relembram hist&oacute;rias, comemoram suas tradi&ccedil;&otilde;es culturais e reconhecem os relacionamentos dos seres humanos com o resto do mundo. &Eacute; uma &eacute;poca para se presentear quem te ama e agradecer a vida.
Por&eacute;m, embora ele seja um costume comum de tal cren&ccedil;a, cada regi&atilde;o que o adota possui suas particularidades &mdash; e, hoje, falaremos especificamente do Nepal, pa&iacute;s onde a festividade &eacute; conhecida como Tihar. L&aacute;, cada dia do festival possui uma tem&aacute;tica distinta &mdash; e o segundo deles, conhecido como Kukur Tihar, visa especificamente adorar os c&atilde;es, sejam eles dom&eacute;sticos ou de rua.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/10/10002633343031.jpg" alt="" />
Durante o Kukur Tihar, o relacionamento mitol&oacute;gico e social entre cachorros e humanos &eacute; celebrado com homenagens aos nossos companheiros de quatro patas. Cada um deles recebe um colar de flores chamado malla, que &eacute; uma marca de dignidade e respeito. Tal adere&ccedil;o simboliza a import&acirc;ncia de seu &ldquo;usu&aacute;rio&rdquo;, tal como carrega todas as preces da popula&ccedil;&atilde;o do Nepal para eles.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/10/10002703280032.jpg" alt="" />
Al&eacute;m disso, uma marca vermelha &mdash; conhecida como tika &mdash; &eacute; feita na testa de todos os c&atilde;es. Trata-se de uma afirma&ccedil;&atilde;o de que os animais s&atilde;o um objeto de devo&ccedil;&atilde;o, feita com uma mistura de p&oacute; colorante, arroz e iogurte. Por fim, comida &eacute; distribu&iacute;da em abund&acirc;ncia para os caninos, tanto dentro das casas quanto nas ruas. S&atilde;o servidos leite, ovos e carne de alta qualidade.
<h2>Seres mitol&oacute;gicos</h2>
Se voc&ecirc; est&aacute; achando tal festival estranho, saiba que os cachorros sempre tiveram um lugar de destaque na mitologia do Nepal. No Rigveda, um dos textos sagrados mais antigos do hindu&iacute;smo, a figura de Samara &mdash; m&atilde;e dos cachorros &mdash; &eacute; recorrente, auxiliando a popula&ccedil;&atilde;o em casos como roubo de gado. Al&eacute;m disso, a tradi&ccedil;&atilde;o hindu enxerga os c&atilde;es como o guardi&atilde;o e o mensageiro de Yama, que seria equivalente ao deus da Morte.
Tamb&eacute;m &eacute; dito que os cachorros guardam os port&otilde;es do p&oacute;s-vida, e, em certa passagem do livro "Mahabharata", Yudhishthira, o rei da Justi&ccedil;a, se recusa a entrar no c&eacute;u desacompanhado de seu fiel c&atilde;o. De acordo com alguns estudiosos, isso revela que esses animais representam o conceito de dharma, o caminho da justi&ccedil;a.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/10/10002546483030.jpg" alt="" />
Por&eacute;m, vale a pena observar que os cachorros n&atilde;o s&atilde;o os &uacute;nicos animais a serem adorados durante o Tihar. Ao longo dos outros quatro dias, a popula&ccedil;&atilde;o do Nepal tamb&eacute;m presta homenagens a corvos, vacas e bois.
***
Voc&ecirc; conhece a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/newsletter" target="_blank">newsletter</a>&nbsp;do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conte&uacute;do exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mund&atilde;o afora! Cadastre seu email e n&atilde;o perca mais essa forma de mantermos contato!

thumb-image-2024-02-29T14:03:45.254Z

Gosta de cães? No Nepal, existe um festival dedicado a adorá-los

Imagem de Club 2 de Mayo, o time de futebol que tem um cachorro como “assistente” no megacurioso

Batizado de Tesapara, o bichinho age tanto como guarda para o centro de treinamento da equipe paraguaia quanto como mascote durante as partidas

Dizem por a&iacute; que o c&atilde;o &eacute; o melhor amigo do homem &mdash; e, ao que tudo indica, ele tamb&eacute;m &eacute; um grande companheiro do futebol. O Club 2 de Mayo, equipe paraguaia que atualmente disputa a segunda divis&atilde;o do Campeonato Paraguaio, estampou manchetes do pa&iacute;s ao adotar um cachorrinho de dez anos como &ldquo;assist&ecirc;ncia de campo&rdquo;. &Eacute; claro que o vira-lata n&atilde;o &eacute; considerado um membro de verdade, mas a considera&ccedil;&atilde;o por ele &eacute; equivalente.
De acordo com Carlos Jara Saguier, treinador do clube, tudo come&ccedil;ou quando ele viu o bichinho abandonado e lhe ofereceu um peda&ccedil;o de torta. &ldquo;Desde esse dia, toda vez que chego para trabalhar, ele me recebe e n&atilde;o se desgruda de mim&rdquo;, afirmou Saguier para um jornal local. &ldquo;Ele me acompanha na quadra, nos corredores, no escrit&oacute;rio. Quando algu&eacute;m se aproxima, n&atilde;o permite que fiquem do meu lado, amea&ccedil;ando com grunhidos&rdquo;, diz.
Apesar de ter ci&uacute;mes do treinador, Tesapara ganhou o cora&ccedil;&atilde;o de toda a equipe do Club 2 de Mayo. Ele at&eacute; participa das sess&otilde;es de treino &mdash; talvez para dar algum tipo de incentivo moral para a equipe. O cachorro tem aparecido at&eacute; mesmo em fotos de entrevistas e coletivas de imprensa do time, embora ainda n&atilde;o ostente um uniforme azul como os jogadores que entram em campo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/08/08145411887067.jpg" alt="" />
&ldquo;&Eacute; o guardi&atilde;o do clube, vive ali. Quando os port&otilde;es se fecham, vira uma fera; de dia &eacute; amig&aacute;vel, muito acess&iacute;vel. Ele &eacute; conhecido por todos&rdquo;, ressalta Saguier. &Eacute; importante lembrar que &eacute; extremamente comum &mdash; especialmente em terras gringas &mdash; que animais sejam usados como simbologia para representar times esportivos, aparecendo em seus bras&otilde;es e s&iacute;mbolos oficiais. Por&eacute;m, at&eacute; onde sabemos, essa &eacute; a primeira vez que um bichano de fato entra para uma equipe esportiva.

thumb-image-2024-02-29T14:03:45.178Z

Club 2 de Mayo, o time de futebol que tem um cachorro como “assistente”

Imagem de Esieh Lake, um lago que cospe metano e no qual você pode atear fogo no megacurioso

Embora o fenômeno possa parecer bonito e até mesmo engraçado — afinal, fogo e água não costumam se misturar —, ele simboliza os efeitos do aquecimento global

Existe, na regi&atilde;o do &Aacute;rtico, um curioso lago batizado de Esieh Lake. Aos olhos de um leigo, ele parece s&oacute; mais um amontoado de &aacute;gua comum cercado por placas de gelo. Por&eacute;m, basta se aproximar para ouvir um &ldquo;chiado&rdquo; peculiar e observar bem a sua superf&iacute;cie para identificar borbulhos. Acontece que o Esieh Lake emite cerca de 2&nbsp; toneladas de g&aacute;s metano por dia; por conta disso, ele &eacute; extremamente inflam&aacute;vel.
Quem descobriu, nomeou e se dedicou a estudar esse lago curioso foi a professora Katey Walter Anthony, que o apresentou ao mundo pela primeira vez atrav&eacute;s de um v&iacute;deo postado no YouTube em 2010. No clipe em quest&atilde;o, Katey (que leciona na Universidade do Alasca) utiliza alguns instrumentos para atear fogo na superf&iacute;cie da &aacute;gua, criando labaredas cuja altura excede a de seus assistentes acad&ecirc;micos.
De l&aacute; para c&aacute;, ela vem estudando o porqu&ecirc; de o lago emitir tal g&aacute;s, que, ao ser combinado com oxig&ecirc;nio, se torna inflam&aacute;vel. Tudo indica que existe uma reserva milenar de tal composto qu&iacute;mico abaixo da tundra, mas, com o aquecimento global, buracos est&atilde;o sendo criados no pergelissolo &mdash; como &eacute; chamado o tipo de solo encontrado no &Aacute;rtico e que, por defini&ccedil;&atilde;o, deveria ser constitu&iacute;do por terra, gelo e rocha permanentemente congelados.
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/YegdEOSQotE ?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Por&eacute;m, gra&ccedil;as &agrave;s mudan&ccedil;as na temperatura da regi&atilde;o, essa camada &mdash; que at&eacute; ent&atilde;o acredit&aacute;vamos ser imperme&aacute;vel &mdash; est&aacute; se rompendo e causando a libera&ccedil;&atilde;o dos gases. Estima-se que, embora a maioria dos buracos tenha apenas 1 metro de profundidade, os verdadeiros respons&aacute;veis por liberar tanto metano atingem os 15 metros.
<h2>Um lago, 6 mil vacas</h2>
Vale a pena citar uma compara&ccedil;&atilde;o interessante: as duas toneladas di&aacute;rias emitidas pelo Esieh Lake s&atilde;o superiores aos n&iacute;veis emitidos por 6 mil vacas, que s&atilde;o conhecidamente uma das maiores respons&aacute;veis pela emiss&atilde;o de metano na atmosfera (atrav&eacute;s de suas flatul&ecirc;ncias). Embora em geral culpemos o di&oacute;xido de carbono pelo aquecimento global, esse composto qu&iacute;mico inflam&aacute;vel &eacute; igualmente perigoso para o nosso planeta.
Os lagos do &Aacute;rtico e os animais leiteiros n&atilde;o s&atilde;o as &uacute;nicas fontes &ldquo;naturais&rdquo; do metano. Ele pode ser encontrado em abund&acirc;ncia, por exemplo, em p&acirc;ntanos (onde &eacute; respons&aacute;vel pelo fen&ocirc;meno folcl&oacute;rico conhecido como fogo-f&aacute;tuo). Minas de carv&atilde;o, vulc&otilde;es de lama e decomposi&ccedil;&atilde;o de res&iacute;duos org&acirc;nicos tamb&eacute;m emitem o g&aacute;s, mas em uma quantidade bem menor e considerada inofensiva ao meio ambiente.
<h2>Ciclo vicioso</h2>
A preocupa&ccedil;&atilde;o dos cientistas &eacute; que esse fen&ocirc;meno crie um ciclo vicioso: quanto mais metano for liberado no ambiente, maior ser&aacute; o efeito estufa, causando o aparecimento de mais buracos no pergelissolo. Pondo em vista a extens&atilde;o do &Aacute;rtico, identificar outros buracos emissores do g&aacute;s ao longo da regi&atilde;o n&atilde;o &eacute; uma tarefa f&aacute;cil para os cientistas envolvidos; por&eacute;m, muitos acreditam que o Esieh Lake n&atilde;o &eacute; uma exclusividade.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/08/08125146062070.jpg" alt="" />
De acordo com um estudo conduzido em 2014 por pesquisadores do Colorado, a emiss&atilde;o de metano oriunda de perfura&ccedil;&otilde;es no pergelissolo podem aumentar o aquecimento global em 8%, contribuindo para uma eleva&ccedil;&atilde;o consider&aacute;vel na temperatura mundial ao longo dos pr&oacute;ximos anos. Ou seja &mdash; por mais que seja divertido e curioso ver &ldquo;o lago pegar fogo&rdquo;, ele serve como uma advert&ecirc;ncia para que tomemos as medidas necess&aacute;rias o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel para salvar o nosso planeta.
***
Voc&ecirc; conhece a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/newsletter" target="_blank">newsletter</a>&nbsp;do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conte&uacute;do exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mund&atilde;o afora! Cadastre seu email e n&atilde;o perca mais essa forma de mantermos contato!

thumb-image-2024-02-29T14:03:44.903Z

Esieh Lake, um lago que cospe metano e no qual você pode atear fogo

Imagem de As características mais marcantes da civilização maia no megacurioso

Saiba mais sobre o povo que ficou conhecido por seu avançado sistema de escrita e pelas obras arquitetônicas icônicas

Quando falamos sobre civiliza&ccedil;&otilde;es antigas, &eacute; quase imposs&iacute;vel n&atilde;o se lembrar dos maias &mdash; que, junto com os astecas, representam um dos mais populares grupos &eacute;tnicos da Mesoam&eacute;rica.
Diferente do que muita gente pensa, os maias ainda existem, e, embora estejam reduzidos a poucos representantes reclusos (principalmente no M&eacute;xico), mant&ecirc;m vivas v&aacute;rias tradi&ccedil;&otilde;es de seu povo, incluindo cerim&ocirc;nias religiosas, idiomas, escrita e outros costumes fascinantes.
Quer saber quais s&atilde;o as caracter&iacute;sticas mais marcantes quando falamos sobre a civiliza&ccedil;&atilde;o maia? O Mega Curioso selecionou algumas informa&ccedil;&otilde;es para voc&ecirc; ficar por dentro do assunto e se divertir conhecendo mais sobre essa cultura &uacute;nica.
<h2>Geografia</h2>
Os maias ocupavam um vasto territ&oacute;rio da Mesoam&eacute;rica, vivendo desde o sul do M&eacute;xico at&eacute; regi&otilde;es da Am&eacute;rica Central que hoje s&atilde;o conhecidas como Guatemala, El Salvador, Honduras e Belize. Por mais estranho que isso possa parecer ao homem moderno, &eacute; importante ressaltar que eles n&atilde;o constitu&iacute;am um &ldquo;pa&iacute;s&rdquo;; eram estruturados em pequenas comunidades independentes, mas que trocavam conhecimentos e interagiam comercialmente sempre que necess&aacute;rio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/08/08142646458002.jpg" alt="" />
Por conta da diversidade geogr&aacute;fica, os maias se adaptaram a uma s&eacute;rie de ambientes diferentes: savanas, florestas pluviais, planaltos semi&aacute;ridos e at&eacute; mesmo alguns p&acirc;ntanos. A criatividade desse povo permitiu que eles utilizassem a fauna e a flora de cada um desses ecossistemas para sobreviver, praticando ca&ccedil;a e agricultura.
<h2>Religi&atilde;o</h2>
Os maias eram um povo bastante religioso, chegando a fazer sacrif&iacute;cios &mdash; de animais e de humanos, em casos extremos &mdash; ao seu pante&atilde;o de deuses. Acreditava-se que oferecer o sangue de um maia &agrave;s divindades poderia evitar cat&aacute;strofes e resolver problemas, como colheitas pobres ou falta de chuva. Tamb&eacute;m era comum o autossacrif&iacute;cio ou a sangria terap&ecirc;utica por parte de governantes, nobres e sacerdotes, pelo bem de sua comunidade.
Tal como ocorria nas culturas incas e astecas, os maias tinham sua religi&atilde;o baseada na contagem c&iacute;clica natural do tempo &mdash; a interpreta&ccedil;&atilde;o dos ciclos podia revelar profecias sobre o futuro.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/08/08142723521003.jpg" alt="" />
<h2>Arquitetura</h2>
A arquitetura maia &eacute;, de longe, uma das suas caracter&iacute;sticas mais fascinantes. Seu principal s&iacute;mbolo s&atilde;o as gigantescas pir&acirc;mides, erguidas para fins religiosos e adornadas com esculturas de entidades sagradas. Os maias tamb&eacute;m gostavam de pra&ccedil;as amplas e pal&aacute;cios extensos, que serviam como casa para os nobres.
O mais incr&iacute;vel &eacute; que, ao que tudo indica, eles n&atilde;o utilizavam ferramentas modernas que seriam cruciais para reproduzir tais constru&ccedil;&otilde;es nos dias de hoje &mdash; tudo era feito com muito trabalho bra&ccedil;al. Outra curiosidade &eacute; que, embora os maias se esfor&ccedil;assem para adornar o exterior de suas edifica&ccedil;&otilde;es, o interior sempre foi muito simples, abrindo m&atilde;o da beleza para priorizar o funcional.
<h2>Escrita</h2>
O sistema de escrita dos maias &eacute; considerado o mais avan&ccedil;ado dentre as civiliza&ccedil;&otilde;es mesoamericanas. Ele era completo e representava com exatid&atilde;o a l&iacute;ngua falada, sendo t&atilde;o eficiente quanto os idiomas do Velho Mundo. A composi&ccedil;&atilde;o envolve s&iacute;mbolos fon&eacute;ticos e ideogramas, que, embora pare&ccedil;am ter alguma rela&ccedil;&atilde;o com a escrita do Antigo Egito, eram 100% originais e n&atilde;o tinham inspira&ccedil;&otilde;es africanas (naturalmente).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/08/08142740818004.jpg" alt="" />
Os maias chegaram a escrever livros, mas a maioria deles foram queimados durante a invas&atilde;o dos espanh&oacute;is. As poucas obras que restaram ainda podem ser apreciadas, tanto traduzidas quanto no idioma original.
<h2>Matem&aacute;tica e calend&aacute;rio</h2>
Os maias tamb&eacute;m foram muito inteligentes no que tange ao desenvolvimento matem&aacute;tico &mdash; tudo indica que eles desenvolveram independentemente o conceito do zero (inclusive muito antes do Velho Mundo) e conseguiam fazer equa&ccedil;&otilde;es com somas de at&eacute; centenas de milh&otilde;es. Isso possibilitou observa&ccedil;&otilde;es astron&ocirc;micas precisas e a cria&ccedil;&atilde;o do famoso calend&aacute;rio maia, que &eacute; bem parecido com o que utilizamos atualmente.
***
Voc&ecirc; conhece a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/newsletter" target="_blank">newsletter</a>&nbsp;do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conte&uacute;do exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mund&atilde;o afora! Cadastre seu email e n&atilde;o perca mais essa forma de mantermos contato!

thumb-image-2024-02-29T14:03:44.888Z

As características mais marcantes da civilização maia

Imagem de Mas, afinal, o que acontece se você parar de escovar os seus dentes? no megacurioso

A falta de higiene bucal pode acarretar diversas doenças — não apenas em sua boca, mas também em outros órgãos

Seja sincero: voc&ecirc; escova seus dentes todos os dias, ap&oacute;s as refei&ccedil;&otilde;es, como todos n&oacute;s aprendemos (ou dev&iacute;amos ter aprendido) na escola? N&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil encontrar quem responda &ldquo;n&atilde;o&rdquo; a essa pergunta. H&aacute; quem se esque&ccedil;a de tal pr&aacute;tica; outros sentem &acirc;nsia pelo gosto da pasta de dente; e alguns simplesmente t&ecirc;m pregui&ccedil;a demais para realizar o ato. Independentemente da desculpa utilizada, voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar no que acontece quando n&oacute;s deixamos de escovar os nossos dentes?
Antes de mais nada, &eacute; essencial entender que todos n&oacute;s temos bact&eacute;rias na boca &mdash; isso &eacute; algo perfeitamente normal e faz parte do jeito como nosso organismo funciona. Essas bact&eacute;rias se alimentam de prote&iacute;nas e da glicose, ambas oriundas de restos de alimentos, e criam uma comunidade biol&oacute;gica conhecida como biofilme ou (como costumamos chamar de forma menos cient&iacute;fica) placa bacteriana.
O ac&uacute;mulo de placa bacteriana (t&aacute;rtaro) &mdash; acompanhada por uma prolifera&ccedil;&atilde;o desenfreada de bact&eacute;rias &mdash; acaba afetando as gengivas e culminando na famosa gengivite, que nada mais &eacute; do que uma irrita&ccedil;&atilde;o causada pelo aumento intenso do biofilme. Tal problema, extremamente comum no Brasil (mais de 2 milh&otilde;es de casos por ano, de acordo com estat&iacute;sticas de centros m&eacute;dicos), causa dores, sangramento e mau h&aacute;lito.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/03/03013907318000.jpg" alt="" />
<h2>Agora a coisa ficou s&eacute;ria</h2>
Mas os problemas n&atilde;o acabam por a&iacute;. Se o indiv&iacute;duo insiste em n&atilde;o escovar seus dentes, seu sistema imunol&oacute;gico entra em a&ccedil;&atilde;o e tenta combater a comunidade de bact&eacute;rias, o que cria um ambiente hostil em sua boca. Essa &ldquo;guerra&rdquo; desgasta os dentes e a gengiva, fazendo com que a doen&ccedil;a evolua para a gengivite. Nesse ponto, o tecido e as c&eacute;lulas come&ccedil;am a se danificar, separando os dentes da gengiva e criando uma &ldquo;bolsa&rdquo; na qual mais bact&eacute;rias podem se alojar.
Esse ciclo se repete at&eacute; que o cen&aacute;rio mais tr&aacute;gico acontece: os dentes perdem sua estrutura e caem. Estudos indicam que, nos EUA, 10% das pessoas com idade entre 50 a 64 anos perderam todos os seus dentes por conta de complica&ccedil;&otilde;es causadas pela periodontite. Ali&aacute;s, vale a pena ressaltar que, a essa altura do campeonato, n&atilde;o adianta nada voltar a escovar os dentes &mdash; &eacute; necess&aacute;rio fazer uma retirada cir&uacute;rgica das placas que se alojaram nas bolsas, fazendo um acompanhamento adequado com um dentista.
Infelizmente, a periodontite &eacute; igualmente comum no Brasil &mdash; al&eacute;m dos sintomas da gengivite, ela causa o amolecimento dos dentes e sangramentos espont&acirc;neos, al&eacute;m de muita dor, incha&ccedil;o e sensibilidade. Algumas pessoas s&atilde;o mais suscet&iacute;veis a sofrer com tal condi&ccedil;&atilde;o: fumantes, por exemplo, s&atilde;o mais propensos a ter tal doen&ccedil;a.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/03/03013929489001.jpg" alt="" />
<h2>E n&atilde;o s&atilde;o s&oacute; os dentes que tomam preju&iacute;zo</h2>
Vale a pena observar que a m&aacute; higiene bucal pode causar outros problemas de sa&uacute;de, afetando mais partes do seu corpo al&eacute;m da boca. Pessoas com periodontite t&ecirc;m 4,5 vezes mais chances de desenvolver doen&ccedil;as renais, por exemplo; al&eacute;m disso, caso as bact&eacute;rias se infiltrem em sua corrente sangu&iacute;nea, at&eacute; seu c&eacute;rebro pode ser comprometido. Quem n&atilde;o escova os dentes diariamente corre um risco 65% maior de sofrer com dem&ecirc;ncia no futuro.
Em resumo, um h&aacute;bito simples e que muitas pessoas consideram &ldquo;besteira&rdquo; pode causar complica&ccedil;&otilde;es em seu corpo inteiro. Hoje em dia, todos n&oacute;s vivemos na correria e &eacute; f&aacute;cil desleixar da higiene bucal; por&eacute;m, vale a pena reservar alguns minutinhos do dia para escovar os dentes de forma apropriada, e, se poss&iacute;vel, utilizar fio dental e um enxaguante bucal. Isso garante que a comunidade de bact&eacute;rias esteja sempre est&aacute;vel e evita a forma&ccedil;&atilde;o do t&aacute;rtaro.
***
Voc&ecirc; conhece a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/newsletter" target="_blank">newsletter</a>&nbsp;do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conte&uacute;do exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mund&atilde;o afora! Cadastre seu email e n&atilde;o perca mais essa forma de mantermos contato!

Ramon de Souza