Imagem de Hachiko: a história do cachorro inspiração do filme "Sempre ao seu lado" no megacurioso

O cão akita que inspirou o filme retornou por quase uma década à estação de trem, esperando pelo seu dono

Em 2009 pessoas do mundo todo se comoveram com o filme Sempre ao seu lado,&nbsp;protagonizado por Richard Gere. O longa conta a hist&oacute;ria de Parker Wilson, um professor universit&aacute;rio que um dia, voltando do trabalho, encontra um filhote de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116484-cachorros-iguais-saiba-as-diferencas-entre-racas-parecidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">akita</a> abandonado. Ele decide adotar o animal que se torna seu fiel companheiro, sempre esperando pelo retorno do dono e isso mesmo depois que Wilson morre.
O filme &eacute; baseado em uma hist&oacute;ria real, mas que aconteceu no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jap&atilde;o</a>&nbsp;durante a d&eacute;cada de 1920. Todos os dias entre 1925 e 1935, Hachiko esperava que seu amigo voltasse em uma esta&ccedil;&atilde;o de trem de T&oacute;quio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09105612888082.png" alt="Uma das v&aacute;rias est&aacute;tuas feitas para homenagear Hachiko. (Fonte: Manish Prabhune/Flickr)" />Uma das v&aacute;rias est&aacute;tuas feitas para homenagear Hachiko. (Fonte: Manish Prabhune/Flickr)
<h2>Hachiko e Hidesaburo Ueno</h2>
Hachiko nasceu no dia 10 de novembro de 1923, em uma fazenda localizada na prov&iacute;ncia de Akita, no Jap&atilde;o. No ano seguinte, Hidesaburo Ueno adquiriu o animal e o levou para sua casa. Ueno era professor no departamento de agricultura da Universidade Imperial de T&oacute;quio e morava no bairro de Shibuya, na capital japonesa.
Desde seus primeiros dias com o seu novo dono, Hachiko o acompanhava at&eacute; a esta&ccedil;&atilde;o de Shibuya. Ueno pegava o trem para o trabalho de manh&atilde; e retornava durante a tarde, chegando na esta&ccedil;&atilde;o &agrave;s tr&ecirc;s da tarde em ponto. E todos os dias ele encontrava Hachiko sentado ali, esperando por ele para que os dois retornassem juntos para casa.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09202019836356.png" alt="O verdadeiro Hachiko. (Fonte: Wikimedia Commons)" />O verdadeiro Hachiko. (Fonte: Wikimedia Commons)
A rotina foi mantida pela dupla ao longo de um ano at&eacute; que em maio de 1925, Ueno sofreu uma hemorragia cerebral durante uma de suas aulas. O professor n&atilde;o resistiu e acabou falecendo. No mesmo dia, Hachiko estava esperando pelo seu dono na esta&ccedil;&atilde;o de trem. Mas &agrave;s 15 horas, Ueno n&atilde;o desceu do trem como sempre fazia.
<h2>Sempre ao seu lado</h2>
Pouco tempo depois da morte de Ueno, Hachiko foi doado. Apesar disso, ele continuou retornando &agrave; esta&ccedil;&atilde;o, dia ap&oacute;s dia. Logo, o animal come&ccedil;ou a chamar a aten&ccedil;&atilde;o das pessoas que come&ccedil;aram a notar o animal solit&aacute;rio, sempre no mesmo hor&aacute;rio.
No in&iacute;cio, os trabalhadores da esta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o eram t&atilde;o amig&aacute;veis com Hachiko, com alguns tentando impedir que o c&atilde;o retornasse. Por&eacute;m, com o tempo, os funcion&aacute;rios conheceram a hist&oacute;ria e foram sendo conquistados pela fidelidade de Hachiko. Eles come&ccedil;aram a trazer comida para c&atilde;o e alguns deles se sentavam ao seu lado para lhe fazer companhia.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/38/Chuken_Hachiko_at_Shibuya_Station_c1933.png/1024px-Chuken_Hachiko_at_Shibuya_Station_c1933.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09202105488357.png" alt="Hachiko e trabalhadores da esta&ccedil;&atilde;o de Shibuya. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Hachiko e trabalhadores da esta&ccedil;&atilde;o de Shibuya. (Fonte: Wikimedia Commons)
Isso continuou acontecendo por semanas, meses e anos. Foi assim que a hist&oacute;ria se tornou conhecida. Primeiro na comunidade local de Shibuya e depois em T&oacute;quio. Isso fez com que um dos ex-alunos de Ueno, Hirokichi Saito, fosse para Shibuya para poder testemunhar por si mesmo se o animal de estima&ccedil;&atilde;o de seu professor ainda estaria esperando.
Saito ficou t&atilde;o intrigado com a hist&oacute;ria que publicou v&aacute;rios artigos detalhando sua lealdade. Em 1932, quando um dos seus artigos foi publicado em um jornal, a hist&oacute;ria de Hachiko se espalhou por todo o Jap&atilde;o e o cachorro ganhou fama nacional, se tornando um s&iacute;mbolo de lealdade e uma esp&eacute;cie de amuleto de boa sorte.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09110949468085.jpg" alt="T&uacute;mulo onde est&atilde;o enterrados Ueno e Hachiko. (Fonte: Time Out Tokyo)" />T&uacute;mulo onde est&atilde;o enterrados Ueno e Hachiko. (Fonte: Time Out Tokyo)
Por nove anos e nove meses, Hachiko nunca desistiu de reencontrar seu antigo dono. At&eacute; que em 8 de mar&ccedil;o de 1935, ele faleceu v&iacute;tima de c&acirc;ncer, aos 11 anos. Por ser conhecido nacionalmente, a morte de Hachiko ganhou as manchetes nacionais. Ele foi cremado e suas cinzas foram colocadas ao lado do t&uacute;mulo de Ueno. O mestre e seu c&atilde;o leal finalmente se reuniram novamente.
Hachiko foi taxidermizado e pode ser visto no Museu Nacional da Natureza e Ci&ecirc;ncia, em T&oacute;quio. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124250-a-raca-de-scooby-doo-e-outros-10-caes-famosos-do-cinema-e-televisao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A hist&oacute;ria foi adaptada para o cinema pela primeira vez</a> em 1987, com uma hist&oacute;ria bastante pr&oacute;xima da realidade. Em 2009 foi lan&ccedil;ado o filme com Richard Gere, adapta&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos e que tornou a fidelidade de Hachiko conhecida no mundo inteiro.

thumb-image-2024-02-29T14:06:40.921Z

Hachiko: a história do cachorro que inspirou o filme 'Sempre ao seu lado'

Imagem de O dia que Albert Einstein foi questionado sobre OVNIs no megacurioso

Físico alemão recebeu uma carta perguntando sobre as luzes misteriosas que foram avistadas perto da Casa Branca

Durante a Guerra Fria, assuntos relacionados &agrave; ufologia eram relativamente comuns nos Estados Unidos. Parte disso ainda era consequ&ecirc;ncia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/85614-o-dia-em-que-o-primeiro-ataque-alienigena-foi-confirmado-em-nova-york.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">famosa transmiss&atilde;o radiof&ocirc;nica de Orson Welles</a> de trechos do livro Guerra dos Mundos, no dia 30 de outubro de 1938. Por&eacute;m, o tema ganhou destaque na m&iacute;dia com um longo artigo publicado pela revista LIFE, em abril de 1952.
Intitulado Have We Visitors From Space? (Temos visitantes do espa&ccedil;o?, em portugu&ecirc;s), o texto apresentava dez casos de avistamentos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/119155-estamos-proximos-de-conhecer-os-primeiros-casos-reais-de-ovnis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">OVNIs</a> &mdash; ocorridos entre julho de 1947 e fevereiro de 1952 &mdash;, analisando um por um. O texto ainda contava com uma discuss&atilde;o sobre o que esses avistamentos poderiam ou n&atilde;o ser.
Por isso, quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123919-6-fatos-sobre-ovnis-e-aliens-que-agitaram-o-mundo-em-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">objetos estranhos foram avistados</a> em Washington, muitas pessoas ficaram preocupadas com a possibilidade de estarmos recebendo visitas de alien&iacute;genas.
<h2>Luzes no c&eacute;u</h2>
<span data-fonte="Barney Wayne/Keystone/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/an-unidentified-flying-object-in-the-sky-over-foto-jornalistica/3269508" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/barney-wayne-keystone-07181228653405.jpg" alt="Barney Wayne/Keystone" />(Fonte: Barney Wayne/Keystone/Getty Images)
Na noite de 19 de julho de 1952, controladores de tr&aacute;fego a&eacute;reo registraram objetos, que, segundo eles, haviam se materializado nas telas do radar. A situa&ccedil;&atilde;o chamou a aten&ccedil;&atilde;o da m&iacute;dia, uma vez que os OVINs e sobrevoaram a Casa Branca e o Capit&oacute;lio &mdash; um espa&ccedil;o a&eacute;reo restrito.
O radar da For&ccedil;a A&eacute;rea tamb&eacute;m captou os objetos, e um piloto de avi&atilde;o relatou ter visto seis luzes em movimento r&aacute;pido que &ldquo;n&atilde;o tinham cauda, nenhuma forma reconhec&iacute;vel&hellip; eram apenas luzes brilhantes contra um c&eacute;u escuro&rdquo; durante 14 minutos.
Com toda a repercuss&atilde;o do caso &mdash; um jornal usou a manchete &ldquo;Enxame de discos voadores sobre a capital&rdquo; &mdash;, era dif&iacute;cil que o assunto n&atilde;o gerasse algum tipo de medo ou de preocupa&ccedil;&atilde;o nas pessoas. E talvez tenha sido isso que inspirou Louis A. Gardner a escrever uma carta a ningu&eacute;m menos que o f&iacute;sico Albert Einstein, pedindo sua opini&atilde;o sobre os supostos discos voadores.&nbsp;
<h2>Caro senhor Einstein</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/23/23102526520064.png" alt="Louis A. Gardner com a carta recebida de Einstein. (Fonte: University of Southern California)" />Louis A. Gardner com a carta recebida de Einstein. (Fonte: University of Southern California)
Em 1952, Einstein j&aacute; era um dos cientistas mais renomados do mundo. Ele seguia trabalhando no Instituto de Estudos Avan&ccedil;ados da Universidade de Princeton, apesar de ter se aposentado em 1945. Ele havia apresentado seu trabalho sobre a teoria da relatividade geral em 1915 e recebido o Nobel de F&iacute;sica em 1922. Mesmo pessoas que n&atilde;o eram ligadas ao meio acad&ecirc;mico, provavelmente j&aacute; haviam ouvido falar em Einsten.
Gardner, um ministro em uma igreja evang&eacute;lica, estava em d&uacute;vida se as luzes realmente pertenciam a discos espaciais vindos do espa&ccedil;o. Ele tamb&eacute;m levantou a hip&oacute;tese dos OVNIs serem algum tipo de experimento de tecnologia militar criado pela For&ccedil;a A&eacute;rea dos EUA, ou pertencente &agrave; Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica.
Para tentar sanar suas d&uacute;vidas, ele enviou uma carta ao f&iacute;sico alem&atilde;o. Naturalmente, ele imaginou que uma pessoa como Einstein estaria ocupada demais para respond&ecirc;-la. Por&eacute;m, algum tempo depois, o reverendo Gardner recebeu um papel timbrado do Instituto de Estudos Avan&ccedil;ados.
&ldquo;Caro senhor&rdquo;, escreveu Einstein. &ldquo;Essas pessoas viram algo. O que &eacute;, eu n&atilde;o sei e n&atilde;o estou curioso para saber. Atenciosamente, Albert Einstein&rdquo;.
Embora pare&ccedil;a um pouco rude &mdash; ou anticlim&aacute;tica &mdash;, o simples fato de ter recebido uma carta de Einstein fez com que Gardner se sentisse especial. Ele virou mat&eacute;ria em diversos jornais, que noticiaram o desinteresse do f&iacute;sico pelo tema. Enquanto isso, a For&ccedil;a A&eacute;rea recebeu um recorde de 500 relatos de OVNIs, apenas naquele m&ecirc;s de julho de 1952.

thumb-image-2024-02-29T14:06:40.545Z

O dia que Albert Einstein foi questionado sobre OVNIs

Imagem de Nova espécie de pterossauro com 500 dentes é descoberto na Alemanha no megacurioso

Paleontólogos acreditam que o animal usava seus dentes para se alimentar de modo semelhante aos flamingos

Um grupo de paleont&oacute;logos encontrou um novo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121297-maior-fossil-de-pterossauro-desde-o-jurassico-e-encontrado-na-escocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">f&oacute;ssil de pterossauro</a> do final do per&iacute;odo Jur&aacute;ssico. &Eacute; a primeira vez que a esp&eacute;cie &eacute; registrada e chamou a aten&ccedil;&atilde;o da equipe a presen&ccedil;a de v&aacute;rios dentes em forma de ganchos. Segundo o estudo publicado, a esp&eacute;cie rec&eacute;m-descoberta devia utilizar os dentes para se alimentar de maneira semelhante aos flamingos.&nbsp;
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122065-dragao-da-morte-nova-especie-de-pterossauro-e-encontrada-na-argentina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O f&oacute;ssil foi descoberto por acaso</a>, em uma mina abandonada na regi&atilde;o da Baviera, na Alemanha. A equipe de paleont&oacute;logos estava procurando por ossos de crocodilos, quando percebeu a presen&ccedil;a do novo esp&eacute;cime. Al&eacute;m de um esqueleto quase completo, tamb&eacute;m estavam fossilizados alguns ligamentos do animal.&nbsp;
A equipe estimou que o f&oacute;ssil tem entre 157 e 152 milh&otilde;es de anos. Como ele estava muito bem preservado, a equipe p&ocirc;de compreender v&aacute;rios detalhes da biologia do animal. Uma explica&ccedil;&atilde;o para isso, &eacute; que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119776-fossil-de-pterossauro-apreendido-e-o-mais-completo-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pterossauro</a> deve ter sido soterrado pouco tempo ap&oacute;s sua morte, quando a carca&ccedil;a ainda devia estar em um est&aacute;gio inicial de decomposi&ccedil;&atilde;o. O f&oacute;ssil foi colocado em exibi&ccedil;&atilde;o no Museu de Hist&oacute;ria Natural de Bamberg, na Alemanha.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122050-6-fatos-sobre-dinossauros-que-jurassic-park-te-ensinou-errado.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 fatos sobre dinossauros que Jurassic Park te ensinou errado</a>
<h2>R&eacute;pteis voadores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09122219306125.jpg" alt="Esqueleto fossilizado do pterossauro. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Esqueleto fossilizado do pterossauro. (Fonte: Wikimedia Commons)
Pterossauros fazem parte de um grupo de r&eacute;pteis voadores que viveram durante a maior parte da era mesoz&oacute;ica (252 milh&otilde;es a 66 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s). Embora eles n&atilde;o fa&ccedil;am parte do grupo dos dinossauros, esses animais s&atilde;o considerados primos e dividiram o planeta durante alguns milh&otilde;es de anos.
No recente estudo sobre a nova esp&eacute;cie, os pesquisadores relataram que ela possui uma s&eacute;rie de caracter&iacute;sticas marcantes que a diferenciavam de outros pterossauros. Segundo David Martill, paleobi&oacute;logo da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, e principal autor do estudo, &ldquo;As mand&iacute;bulas deste pterossauro s&atilde;o realmente longas e alinhadas com dentes pequenos, finos e aduncos, com pequenos espa&ccedil;os entre eles como um pente&rdquo;.
O f&oacute;ssil cont&eacute;m 480 dentes que variam entre 2 e 11 mil&iacute;metros. De acordo com Martill, &eacute; a primeira vez que um pterossauro &eacute; encontrado com esse tipo de dente. O pesquisador acredita que o formato de gancho permitia que essa esp&eacute;cie capturasse min&uacute;sculos crust&aacute;ceos, como camar&otilde;es.&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119776-fossil-de-pterossauro-apreendido-e-o-mais-completo-do-brasil.htm" target="_blank" rel="sponsored">F&oacute;ssil de pterossauro apreendido &eacute; o mais completo do Brasil</a>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09122503297127.jpg" alt="(Fonte: Megan jacobs/University of Portsmouth)" />(Fonte: Megan jacobs/University of Portsmouth)
Uma vez que o alimento estava na boca, o formato dos dentes fazia com que os alimentos descessem pela garganta e n&atilde;o fossem espremidos entre eles. Isso seria semelhante &agrave; maneira como os flamingos atuais se alimentam. A diferen&ccedil;a &eacute; que essas aves possuem pequenas estruturas em formato de pelos, que filtram o alimento.
Outra semelhan&ccedil;a encontrada &eacute; com algumas esp&eacute;cies de baleias do g&ecirc;nero Balaenoptera&nbsp;(baleias azuis, baleias comuns e baleias minke), que possuem barbatanas no lugar dos dentes. Essa estrutura funciona como um filtro, que permite que as baleias removam a &aacute;gua, mas mantenham o alimento dentro da boca.
O pterossauro rec&eacute;m-descoberto foi nomeado Balaenognathus maeuseri.&nbsp;Al&eacute;m da refer&ecirc;ncia &agrave;s baleias, nome tamb&eacute;m &eacute; uma homenagem a um dos autores do estudo, Matthias M&auml;user, que morreu enquanto o artigo estava sendo escrito.

thumb-image-2024-02-29T14:06:40.798Z

Nova espécie de pterossauro com 500 dentes é descoberto na Alemanha

Imagem de Como era a fala dos seres humanos na Idade da Pedra? no megacurioso

Em determinado momento, nossos antepassados transformaram gritos e ruídos e sons cada vez mais articulados

<head></head><body>A fala foi (e continua sendo) um importante mecanismo de comunicação para o desenvolvimento do ser humano. Poder transmitir conhecimento através da oralidade nos ajudou a difundir cultura, criar diferentes maneiras de fazer política e até mesmo de exercer poder. Mas como tudo isso começou?Hoje já é aceito que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119946-como-funciona-a-comunicacao-dos-papagaios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">todos os seres vivos se comunicam</a>. Porém, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118101-4-fatos-curiosos-sobre-a-comunicacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a fala necessita de padrões bastante específicos</a>. Ela depende de intenções e exige alguns critérios, que fazem dela um formato tão rico e importante para nós, humanos. E hoje nós estamos começando a entender como a fala se originou na nossa espécie.<h2>Uma proto-linguagem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/31/31180851361474.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A origem do Homo sapiens data de cerca de 200.000 anos, no continente africano. Muito diferente do que somos hoje, os primeiros membros da nossa espécie eram caçadores-coletores, viviam em grupos e aos poucos começaram a aprender a importância de se dividirem por funções. Eles com certeza sabiam se comunicar, mas faziam isso com grunhidos, gritos e, em alguns casos, a diferença de um som de alerta para um som de carinho era o tom usado.O que conhecemos como fala, provavelmente surgiu com uma proto-linguagem. Sons específicos para palavras importantes que poderiam ser mais comuns para o dia a dia. Eles teriam palavras para “mãe”, “pai”, nomes para animais e plantas, dizer “por favor” e “obrigado”. Em algum momento eles também passaram a usar nomes uns para os outros — um processo um pouco mais avançado — e, finalmente, aprenderam a fazer planos para se preparar para o inverno e a criar estratégias elaboradas de comunicação para a caça.A fala passou de uma comunicação desarticulada — gritos que expressavam alegria, dor, tristeza, felicidade, ódio, medo, etc — para algo que deu sentido e significado a todos os sons. E junto com a fala e a linguagem, os povos paleolíticos evoluíram.<h2>Evidências nas cavernas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30105134779104.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Uma evidência bastante importante sobre a origem da fala na nossa espécie pode estar “escondida” em algumas cavernas da Europa. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123829-as-6-pinturas-rupestres-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Imagens de bisões, leões e outras criaturas são bastante conhecidas</a> e serviam para representar os grandes feitos das pessoas que viveram há dezenas de milhares de anos.Porém, em meio aos animais, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124013-marcas-em-pinturas-rupestres-podem-ser-uma-forma-elementar-de-escrita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">também existem alguns símbolos pintados</a>, que por muito tempo foram ignorados. São triângulos, quadrados, círculos completos, semicírculos, ângulos abertos, cruzes e grupos de pontos. Outros são mais complexos: desenhos de mãos com dedos distorcidos; fileiras de linhas paralelas; diagramas de símbolos semelhantes a galhos.Genevieve von Petzinger e April Nowell, ambos da Universidade de Victoria, na Colúmbia Britânica, criaram um banco de dados de todos os sinais encontrados em mais de 200 cavernas e outros abrigos na França e na Espanha. O objetivo é estudar onde e quando foram usados pela primeira vez, e em que combinações, e compará-los com marcas encontradas em outros artefatos antigos.&nbsp;Um caso em particular chamou a atenção dos dois pesquisadores. Um conjunto de cinco símbolos — “II ^ III X II” — é especialmente comum, aparecendo nas paredes de maneira recorrente, em diferentes cavernas. Mas esses símbolos também apareceram em outro lugar bastante inusitado."Em St. Germain de la Rivière, ao norte de Bordeaux, o esqueleto de uma jovem — datado em cerca de 15.500 anos — foi descoberto com um colar feito de dentes de veado vermelho", comenta von Petzinger. "Três desses dentes têm marcas neles: 'II ^' estava em um; 'III' em outro; e 'X II' no terceiro".Embora não seja possível afirmar com precisão o que signifiquem esses símbolos, eles provavelmente representam três unidades específicas de significado. "Isso pode não ser a escrita como a conhecemos, mas não são rabiscos aleatórios em um muro", explicou von Petzinger.Essa descoberta é importante, porque ela pode antecipar o nascimento da escrita de cerca de 6.000 anos atrás, a incríveis 30.000 anos atrás. Elas também sugerem que os nossos antepassados na Idade da Pedra poderiam já estar preocupados em desenvolver uma forma de comunicação mais elaborada. E se isso aconteceu na escrita, certamente também estava acontecendo com a língua.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:39.800Z

Como era a fala dos seres humanos na Idade da Pedra?

Imagem de 5 criaturas humanoides de mitos do mundo antigo no megacurioso

Pessoas sem cabeça, com orelhas gigantes ou pés virados para trás se tornaram populares em relatos de gregos e romanos

<head></head><body>Na antiguidade, a maior parte do planeta era desconhecida para as pessoas. Isso fazia com que qualquer um que se aventurasse um pouco além das terras conhecidas se deparasse com diferentes civilizações e novas espécies de animais.Essa mistura do desconhecido com o medo — ou preconceito — do que estava fora do "mundo comum" deu origem a diversos relatos fantasiosos sobre seres humanos bastante diferentes. Abaixo, você pode conhecer cinco dessas criaturas.<h2>1. Akephaloi</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/22/22211329470030.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Por nem sempre ser preciso no que escrevia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/111131-barco-herodoto-descoberto-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Heródoto</a> não é apenas conhecido como o “Pai da História”, mas também como o “Pai da Mentira”. Um dos seus relatos faz referência aos akephaloi&nbsp;— o povo sem cabeça. De acordo com Heródoto, esse povo pertencia a uma comunidade na qual o rosto das pessoas estava no peito.Eles viviam na atual Líbia, e provavelmente é uma referência de cunho xenófobo sobre as pessoas que viviam fora do mundo conhecido pelos gregos. À medida que o comércio com a África aumentava, o lar dos homens sem cabeça se mudou cada vez mais para o leste. A última referência foi feita por Walter Raleigh, que escreveu sobre rumores de uma tribo de pessoas sem cabeça chamada Ewaipanoma, em sua carta sobre a descoberta da Guiana.<h2>2. Gorgades</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/22/22213432731035.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O naturalista romano Plínio, o Velho, escreveu sobre um conjunto de ilhas na costa atlântica da África chamadas de Gorgades. Segundo Plínio, essas ilhas eram habitadas por mulheres cobertas com grossos pelos da cabeça aos pés.Esse relato foi "confirmado" pelo geógrafo romano Pompônio Mela, que afirmou que as ilhas eram habitadas exclusivamente por essas mulheres cabeludas — e que elas se reproduziam sem a necessidade de homens. Essas mulheres selvagens eram fortes e só poderiam ser mantidas paradas pelo uso de correntes. O mais provável é que essas criaturas fossem alguma espécie de grande primata.<h2>3. Panotti</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/22/22212402684032.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Outro relato feito por Plínio foi sobre os Panotti. Esta tribo seria, supostamente, conhecida por suas grandes orelhas, que de tão grandes, eram usadas como "roupas" em noites frias. Plínio também escreveu sobre outras tribos com as mesmas características, como a tribo indígena Pandai.Eles eram cobertos inteiramente por pelos brancos que ficavam pretos à medida que envelheciam, tinham apenas oito dedos nas mãos e pés, e suas orelhas pendiam até o cotovelo.<h2>4. Abarimon</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/22/22212739592033.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121885-curupira-conheca-a-origem-do-personagem-do-folclore.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Curupira</a> é um personagem bastante conhecido do folclore brasileiro. Mas uma das suas características também foi relatada durante a campanha de Alexandre, o Grande, na Índia. Durante sua expansão ao oriente, Baeton foi encarregado de explorar as passagens para a Índia. Segundo relatos, ele teria encontrado um vale onde havia uma raça de pessoas com os pés virados para trás, que ele chamou de Abarimon.O relato também os descreve como pessoas bastante rápidas e ágeis, apesar dos seus pés ao contrário. Porém, Baeton afirmou que seria impossível capturá-los para mostrar a Alexandre, porque eles só conseguiam respirar o ar em seu próprio vale. Há uma segunda versão que faz referência a uma tribo que viva na região do Himalaia e possuía os pés virados para trás, além de não poder deixar o local onde moravam, pois só respiravam o ar do alto das montanhas.<h2>5. Monopés</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/22/22213301161034.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Outro relato que encontra ecos no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108767-dia-do-folclore-7-lendas-brasileiras-para-celebrarmos-a-nossa-cultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">folclore brasileiro</a> faz referência aos monopés. Eles seriam membros de uma tribo em que todos possuíam apenas um pé. Apesar disso, eles eram capazes de pular com muita facilidade e eram bastante velozes. Outra característica peculiar dessas pessoas era que seus pés eram muito maior do que os de uma pessoa normal.Como eles viviam em uma região muito quente e ensolarada, nos períodos de maior calor os monopés se deitavam de costas e usavam os pés para descansar na sombra.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:39.744Z

5 criaturas humanoides de mitos do mundo antigo

Imagem de Papiro do Livro dos Mortos de 15 metros é encontrado no Egito no megacurioso

Documento contém informações para que os mortos pudessem encontrar o caminho para o reino do deus Osíris

<head></head><body>No Egito, um papiro de quase 16 metros de comprimento foi localizado em uma tumba na pirâmide de degraus de Djoser em Saqqara. O documento conta com algumas seções do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122926-livro-dos-mortos-o-guia-egipcio-deixado-para-as-mumias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Livro dos Mortos</a> e os arqueólogos que o encontraram acreditam que ele possui mais de dois mil anos.<h2>O Livro dos Mortos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01095102949053.jpg" alt="Cena de um papiro do Livro dos Mortos do escriba Hunefer, mostrando o seu coração sendo pesado na balança de Maat contra a pena da verdade. Os egípcios acreditavam que se o coração possuía o mesmo peso da pena, a pessoa poderia passar para a vida após a morte. (Fonte: Wikimedia Commons)">Cena de um papiro do Livro dos Mortos do escriba Hunefer, mostrando o seu coração sendo pesado na balança de Maat contra a pena da verdade. Os egípcios acreditavam que se o coração possuía o mesmo peso da pena, a pessoa poderia passar para a vida após a morte. (Fonte: Wikimedia Commons)Na antiguidade, os egípcios criaram uma série de registros para ajudar os mortos a encontrar o caminho para o reino do deus Osíris. Os arqueólogos batizaram esses registros como Livro dos Mortos e seu uso foi mais recorrente durante o Novo Império (cerca de 1550 a.C. a 1070 a.C.).Por ter se tornado comum, registros como este não são raros. Porém, este é o primeiro papiro completo a ser descoberto em Saqqara em mais de 100 anos. Espera-se que ele possa ajudar na compreensão de antigas tradições funerárias egípcias. Atualmente o papiro está sendo traduzido para o árabe e todo o trabalho de conservação já foi finalizado.A pirâmide de degraus de Djoser foi construída durante o reinado do faraó Djoser e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113712-piramide-de-djoser-a-mais-larga-e-mais-antiga-piramide-do-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi a primeira pirâmide feita pelos egípcios</a>. Djoser governou por volta de 2630 a.C. a 2611 a.C. e todo o entorno da pirâmide foi usada para enterros por milênios. O papiro recém-descoberto data do período tardio (cerca de 712 a.C. a 332 a.C.), mas até o momento não foi possível identificar para quem ele havia sido feito, nem sua data precisa. A expectativa é que ambas as informações sejam anunciadas em breve, com as primeiras imagens do documento.<h2>Fragmento de papiro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01090437931024.jpg" alt="Pirâmide de degraus de Djoser. (Fonte: Wikimedia Commons)">Pirâmide de degraus de Djoser. (Fonte: Wikimedia Commons)Em 2022, outro segmento de papiro foi encontrado em Saqqara. Ele estava em um<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123589-tumulo-de-rainha-desconhecida-e-encontrado-no-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;túmulo</a> perto da pirâmide do faraó Teti (que reinou por volta de 2323 a.C. a 2291 a.C.). No documento, havia o nome do seu dono: um homem chamado "Pwkhaef". Este papiro possuía 4 metros de comprimento e continha apenas uma parte do Livro dos Mortos.Os túmulos localizados ao redor da pirâmide do faraó Teti datam das 18ª e 19ª dinastias do Egito (1550 a.C. a 1186 a.C.). Era uma prática comum ser enterrado ao lado da pirâmide de um ex-governante popular no Egito na época. O documento foi encontrado por uma equipe de arqueólogos egípcios e será exposto em um museu egípcio em breve — até o momento, também não foram reveladas imagens do papiro.Os papiros contendo o Livro dos Mortos podem variar bastante em tamanho. Por isso é difícil saber com precisão, o quanto que este fragmento conseguiu preservar. O papiro recém-descoberto, por exemplo, pode parecer grande, mas outros documentos com mais de 30 metros de comprimento já foram encontrados em outras partes do Egito. O trabalho da equipe agora será tentar compreender quais informações ainda podem ser obtidas do papiro.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:40.188Z

Papiro do Livro dos Mortos de 15 metros é encontrado no Egito

Imagem de Vida primitiva pode ser a chave para encontrarmos planetas habitáveis no megacurioso

Mesmo planetas com condições extremas podem se transformar com o tempo, desde que haja condições mínimas para o surgimento dos primeiros seres vivos

Por muitos anos, astr&ocirc;nomos trabalharam com o conceito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121752-como-e-possivel-haver-vida-nas-profundezas-dos-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zona habit&aacute;vel</a> ao buscar por planetas capazes de suportar algum tipo de vida. Mas o par&acirc;metro para a zona habit&aacute;vel costumava se basear nas condi&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias para a vida como n&oacute;s a conhecemos.
No planeta Terra, esse par&acirc;metro tem uma s&eacute;rie de exig&ecirc;ncias bastante r&iacute;gidas. Um deles &eacute; a presen&ccedil;a de &aacute;gua l&iacute;quida, que s&oacute; pode existir em uma faixa relativamente estreita de temperatura e press&atilde;o atmosf&eacute;rica.
Quando os astr&ocirc;nomos buscam vida em outros planetas, eles olham para aqueles que estavam em uma zona habit&aacute;vel, semelhante &agrave; da Terra &mdash; orbitando uma estrela onde a &aacute;gua l&iacute;quida poderia existir na superf&iacute;cie. Se o planeta estiver pr&oacute;ximo demais da estrela, a &aacute;gua vai evaporar com o calor. Por outro lado, se estiver muito longe da estrela, a &aacute;gua pode congelar.&nbsp;
As exig&ecirc;ncias deixavam a busca muito seletiva, e mesmo assim n&atilde;o serviam como uma garantia da exist&ecirc;ncia de vida &mdash; Marte e V&ecirc;nus est&atilde;o dentro da zona habit&aacute;vel do nosso sol, por exemplo. Pensando nisso, Rudy Arthur e Arwen Nicholson, dois pesquisadores da Universidade de Exeter, publicaram um artigo (ainda em preprint, sem revis&atilde;o por pares) sugerindo que a atual defini&ccedil;&atilde;o de zona habit&aacute;vel pode ser muito restrita por n&atilde;o incluir um elemento fundamental na forma&ccedil;&atilde;o de um planeta habit&aacute;vel: a vida.
<h2>Um mundo em mudan&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01111240890133.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
A ideia de que um planeta precisa ter alguma forma de vida para se tornar habit&aacute;vel pode parecer redundante. Mas a sugest&atilde;o proposta pelos pesquisadores se baseia nas mudan&ccedil;as que a evolu&ccedil;&atilde;o pode influenciar em diferentes ambientes. E eles se fundamentam pela pr&oacute;pria transforma&ccedil;&atilde;o da Terra, para se tornar um planeta habit&aacute;vel.
As condi&ccedil;&otilde;es existentes hoje seriam completamente divergentes sem a presen&ccedil;a de seres vivos. Um exemplo disso &eacute; o oxig&ecirc;nio, um g&aacute;s fundamental para a nossa sobreviv&ecirc;ncia, mas que por muito havia na Terra, principalmente na forma de di&oacute;xido de sil&iacute;cio.&nbsp;
O oxig&ecirc;nio gasoso tem um tempo de vida relativamente curto, porque a radia&ccedil;&atilde;o ultravioleta do sol o decomp&otilde;e. A situa&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou a mudar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/41777-confira-5-teorias-sobre-a-origem-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quando surgiram os primeiros seres fotossintetizantes</a>. Mas essa equa&ccedil;&atilde;o fica ainda mais complexa porque &mdash; por um per&iacute;odo &mdash; a vida primitiva produziu tanto oxig&ecirc;nio que quase tornou a sobreviv&ecirc;ncia na Terra imposs&iacute;vel.&nbsp;
Por&eacute;m, antes que o nosso planeta se tornasse invi&aacute;vel para a vida, surgiram seres vivos que utilizam o oxig&ecirc;nio para respirar e para produzir energia. Essas criaturas ajudaram a colocar o ecossistema primitivo em equil&iacute;brio e neste ponto estamos n&oacute;s.
Mas a quest&atilde;o vai muito al&eacute;m do oxig&ecirc;nio. As criaturas vivas tamb&eacute;m emitem grandes quantidades de metano, um g&aacute;s de efeito estufa que em concentra&ccedil;&otilde;es ideais ajuda a manter nosso planeta aquecido. H&aacute; ainda a maneira como a vida interfere na fertilidade dos solos, na manuten&ccedil;&atilde;o de ciclos biol&oacute;gicos e at&eacute; mesmo na press&atilde;o atmosf&eacute;rica.
A conclus&atilde;o discutida por Arthur e Nicholson, &eacute; que se os astr&ocirc;nomos encontrassem um planeta com as mesmas condi&ccedil;&otilde;es da Terra, assim que surgiram os primeiros seres vivos fotossintetizantes, esse planeta n&atilde;o estaria na zona habit&aacute;vel.&nbsp;
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121261-as-bacterias-deram-origem-a-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Uma vez que a vida come&ccedil;a em um planeta</a>, a tend&ecirc;ncia &eacute; que ela torne o ambiente cada vez mais habit&aacute;vel, mesmo que em um primeiro momento as condi&ccedil;&otilde;es n&atilde;o pare&ccedil;am muito favor&aacute;veis. De um modo ou de outro, a vida apenas insiste em n&atilde;o acabar.

thumb-image-2024-02-29T14:06:39.834Z

Vida primitiva pode ser a chave para encontrarmos planetas habitáveis

Imagem de Quem foi Maria Bonita, a mais famosa mulher do cangaço? no megacurioso

Apesar de ter sido uma mulher à frente de seu tempo, Maria Bonita estava longe de ser um ícone do movimento feminista

Maria Bonita &eacute; lembrada como a primeira mulher a entrar para o canga&ccedil;o e por ter sido casada com o mais famoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122578-conheca-a-historia-de-moreno-o-feiticeiro-do-cangaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cangaceiro</a> da hist&oacute;ria. Por&eacute;m, sua hist&oacute;ria n&atilde;o se limita &agrave; participa&ccedil;&atilde;o no grupo de Lampi&atilde;o. Ela sempre mostrou ser uma pessoa interessada em satisfazer suas pr&oacute;prias vontades, era engra&ccedil;ada e optou pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/99847-rota-do-cangaco-um-passeio-pela-historia-do-sertao-nordestino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canga&ccedil;o</a> a ter que viver com um homem que a tra&iacute;a.
<h2>Maria de D&eacute;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30162808086307.jpg" alt="Casa dos pais de Maria Gomes de Oliveira, onde ela conheceu Lampi&atilde;o. (Fonte: El Pa&iacute;s)" />Casa dos pais de Maria Gomes de Oliveira, onde ela conheceu Lampi&atilde;o. (Fonte: El Pa&iacute;s)
Maria Gomes de Oliveira nasceu no dia 17 de janeiro de 1910, no munic&iacute;pio de Malhada da Cai&ccedil;ara (atualmente Paulo Afonso). Ela foi a segunda dos 12 filhos do casal Jos&eacute; Filipe Gomes de Oliveira e Maria Joaquina Concei&ccedil;&atilde;o de Oliveira &mdash; conhecida como Dona D&eacute;a, onde surgiu o apelido da filha.
Por muito tempo, a data atribu&iacute;da ao nascimento de Maria de D&eacute;a foi em 8 de mar&ccedil;o de 1911. A data &mdash; que coincidia com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117880-por-que-8-de-marco-e-o-dia-internacional-das-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dia Internacional da Mulher</a> &mdash; foi corrigida apenas em 2011, quando o soci&oacute;logo Voldi Ribeiro conseguiu encontrar a certid&atilde;o de nascimento de Maria.
Aos 15 anos, ela se casou com seu primo, o sapateiro Z&eacute; de Nen&eacute;m. O casamento foi conturbado desde o in&iacute;cio. Z&eacute; era um fanfarr&atilde;o, que se tornava bastante agressivo quando bebia. Al&eacute;m disso, Z&eacute; de Nen&eacute;m parecia ser incapaz de satisfazer sexualmente a esposa, al&eacute;m de ser infiel.
Maria, por outro lado, n&atilde;o se deixava intimidar. Abandonava o marido constantemente e voltava a morar com os pais. Ia para as festas da cidade e dan&ccedil;ava forr&oacute; com v&aacute;rios homens &mdash; h&aacute; ind&iacute;cios que ela possu&iacute;a um amante. Essas suas atitudes ajudaram a construir a imagem de uma mulher &agrave; frente do seu tempo.
Ela conheceu Lampi&atilde;o em um desses per&iacute;odos que passou com os pais. Na &eacute;poca, Virgulino Ferreira da Silva j&aacute; era um cangaceiro bastante conhecido. Maria viu nele a possibilidade de abandonar a vida infeliz e viver uma aventura ao lado de um bandido nacionalmente popular. E assim, os dois come&ccedil;aram a namorar em 1929.
<h2>De Maria de D&eacute;a para Maria Bonita</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30162130477303.jpg" alt="Maria Bonita, fotografada em 1936. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Maria Bonita, fotografada em 1936. (Fonte: Wikimedia Commons)
Maria entra oficialmente para o canga&ccedil;o em 1930. Al&eacute;m de primeira, ela foi uma das poucas mulheres a fazer isso por vontade pr&oacute;pria. Na maioria dos casos, os cangaceiros sequestravam garotas &mdash; menores de idade &mdash;, estupravam elas e as for&ccedil;avam a seguir no grupo.&nbsp;
Em 1931 nasceu Expedita, a primeira e &uacute;nica filha do casal. Ela foi entregue a um casal de fazendeiros, porque era comum o grupo n&atilde;o permitir a presen&ccedil;a de crian&ccedil;as. As mulheres no canga&ccedil;o, assim como na cidade, tamb&eacute;m serviam aos seus maridos. Quando havia suspeita de trai&ccedil;&atilde;o, elas eram assassinadas. Cristina, uma das cangaceiras do grupo de Lampi&atilde;o, foi acusada de ter um caso com outro homem do grupo. Ela foi morta e Maria Bonita foi uma das que apoiou que isso acontecesse.
Al&eacute;m disso, Maria Bonita foi uma das poucas mulheres cangaceiras que sabia atirar. O papel da mulher n&atilde;o envolvia cometer os crimes. Este foi um dos motivos que fez com que elas fossem apagadas da hist&oacute;ria do canga&ccedil;o por muito tempo &mdash; as exce&ccedil;&otilde;es foram para Maria Bonita e Dad&aacute;.
A hist&oacute;ria de Maria Bonita no Canga&ccedil;o durou menos de uma d&eacute;cada. No dia 28 de julho de 1938, 11 cangaceiros foram assassinados por policiais em uma emboscada. Maria Bonita e Lampi&atilde;o estavam entre os mortos. Eles tiveram suas cabe&ccedil;as decepadas e expostas ao p&uacute;blico em Macei&oacute;. Foi nesse momento que Maria de D&eacute;a passou a ser chamada de Maria Bonita, um apelido dado pelo pr&oacute;prio policial que a matou.

thumb-image-2024-02-29T14:06:39.699Z

Quem foi Maria Bonita, a mais famosa mulher do cangaço?

Imagem de Como cocô de pombo ajudou a confirmar a teoria do Big Bang no megacurioso

Após eliminar todas as possibilidades, dupla de físicos concluiu que interferência na medição não era causada por fezes de aves, mas sim por um 'eco' do Big Bang

<head></head><body>Na primeira metade do século XX, existiam duas teorias principais que tentavam explicar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121771-5-ideias-que-contrariam-a-teoria-do-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criação do universo</a>. Uma delas era conhecida como Teoria do Estado Estacionário, que dizia que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123873-6-mitos-e-equivocos-comuns-sobre-o-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo</a> expande de modo a manter e densidade de matéria constante.Essa teoria era uma alternativa ao modelo do Big Bang, que na época falava sobre um universo finito, expandindo-se a partir de um único ponto no espaço. Embora existissem várias sugestões de que esta era a teoria mais provável, até a década de 1960 faltavam evidências concretas para a sua defesa. A mudança veio com dois pesquisadores e um pouco de cocô de pombo.<h2>Ruído Persistente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18135627619221.png" alt="Antena utilizada por Penzias e Wilson. (Fonte: NASA)">Antena utilizada por Penzias e Wilson. (Fonte: NASA)Em 1964, dois físicos estavam tentando medir as ondas de rádio que de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121294-nasa-captura-imagens-de-tres-galaxias-se-unindo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outras galáxias</a>, além da nossa Via Láctea. Arno Penzias e Robert Wilson não estavam buscando por algo em específico, mas apenas tentando entender o que era uma emissão que vinha de fora, e o que era ruído.Isso porque, mesmo na década de 1960, antenas como as que Penzias e Wilson utilizavam, conseguiam captar diferentes tipos de ondas — incluindo aí conversas de rádio e radar militar, além de emissões vindas do sol. O objetivo da dupla era filtrar todos esses ruídos, para conseguir entender quais eram os sinais extragalácticos mais fracos.Porém, mesmo depois de remover as interferências mais óbvias, um zumbido ruidoso permaneceu. Eles descartaram a possibilidade de ser um sinal vindo da própria Via Láctea, pois o barulho não mudava apontando a antena para qualquer direção — fosse para o centro da Via Láctea ou para qualquer outro lado.Descartando outras possibilidades, a dupla acreditou que o ruído estava sendo causado por um problema de interferência na própria antena. O aparelho estava sendo utilizado como ninho por pombos e estava sujo de fezes. Com o ninho removido do local e a antena devidamente limpa, o ruído tinha que vir de algum lugar de fora.<h2>Radiação cósmica de fundo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18135844994229.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Depois de semanas sem conseguir uma resposta para o que poderia ser o ruído, três físicos da Universidade de Princeton ficaram sabendo do problema e decidiram ajudar a dupla. Robert Dicke, Jim Peebles e David Wilkinson acreditavam que se a teoria do Big Bang estivesse correta, seria possível encontrar vestígios ainda visíveis de radiação.Após avaliar com mais cuidado o ruído, os pesquisadores concluíram que ele não apenas não era provocado por cocô de pombo, como era a primeira prova concreta para a teoria do Big Bang. Wilson e Penzias receberam o Prêmio Nobel de Física em 1978 pela descoberta da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116076-universo-teria-se-formado-a-partir-dos-escombros-de-outro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radiação cósmica de fundo em micro-ondas</a> — uma espécie de eco da energia liberada pelo Big Bang.“Começamos procurando um halo ao redor da Via Láctea e encontramos outra coisa”, explicou Wilson. “Quando um experimento dá errado, geralmente é a melhor coisa. O que vimos foi muito mais importante do que o que procurávamos. Este foi realmente o começo da cosmologia moderna”.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:38.928Z

Como cocô de pombo ajudou a confirmar a teoria do Big Bang

Imagem de A fascinante vida marinha microscópica registrada em gotas d'água no megacurioso

'Imaginei cada gota de água como um aquário', disse o fotógrafo espanhol Angel Fitor sobre a ideia de fazer as imagens

<head></head><body>Muito além do alcance da nossa visão existe um mundo incrível, dominado por criaturas que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123338-o-rosto-desses-8-insetos-vistos-no-microscopio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parecem vindas de algum livro de fantasia ou ficção científica</a>. É o caso dos copépodes, um grupo de crustáceos microscópicos que conta com cerca de 13 mil espécies conhecidas. Com as mais diversas cores e formas, esses pequenos animais podem ser encontrados nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123921-as-10-criaturas-mais-bizarras-do-fundo-do-mar-encontradas-em-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fossas oceânicas</a> mais profundas e nos lagos das mais altas cadeias de montanhas.Tamanha diversidade despertou o interesse do fotógrafo espanhol Angel Fitor. Formado em biologia marinha, ele passou a maior parte da carreira fazendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117429-15-melhores-fotos-do-premio-fotografo-de-vida-selvagem-do-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotos da vida selvagem</a>. Em determinado momento, Fitor começou a pensar nos organismos que ele não conseguia ver. Criaturas que flutuam com as correntes oceânicas e são pequenas demais para serem fotografadas sem ferramentas científicas especiais.&nbsp;<h2>Um aquário numa gota d'água</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20012648253006.png" alt="Angel Fitor preparando uma gota para suas fotos. (Fonte: Smithsonian)">Angel Fitor preparando uma gota para suas fotos. (Fonte: Smithsonian)A maioria dos copépodes varia de 0,2 a 1,7 milímetros de comprimento. Eles são muito pequenos para poderem ser vistos nitidamente a olho nu, mas grandes o suficiente para serem ampliados usando lentes e equipamentos convencionais. Foi assim que Fitor pensou que poderia haver um mundo fascinante para ser registrado. “Imaginei cada gota de água como um aquário”, comentou o fotografo.Foram necessários três anos para que Fitor conseguisse fazer as suas fotos. Acostumado a tirar fotos da vida marinha, ele decidiu avançar no Mar Mediterrâneo para tentar conseguir amostras diversas. Ele coletava água a profundidades que variavam de 10 a 15 metros e as levava para seu estúdio caseiro na vila costeira de Alicante, perto de Valência, na costa leste da Espanha.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20012553783005.jpg" alt="Uma larva de pepino-do-mar flutuando em uma gota d'água. (Fonte: Smithsonian)">Uma larva de pepino-do-mar flutuando em uma gota d'água. (Fonte: Smithsonian)A partir desse momento, ele precisava trabalhar rápido. Quando os copépodes morrem, eles perdem a cor e se parecem com besouros marrons, e o objetivo de Fitor era registrar os azuis e dourados vívidos dos organismos vivos. Ele também queria mostrá-los em ação, da mesma maneira que faz quando fotografa qualquer outros animais marinhos.Isso criou uma dificuldade extra. Fitor precisou trabalhar em uma condição bastante específica no seu estúdio. Por um lado, ele precisava de uma iluminação intensa, para conseguir capturar todos os detalhes com suas lentes. Ao mesmo tempo, ele não poderia deixar que a água evaporasse ou superaquecesse as criaturas.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20015121445012.png" alt="Acima, um verme do mar carregando uma ninhada de ovos afasta uma larva semelhante a um camarão. Embaixo, o verme sai nadando enquanto chicoteia a larva com o rabo. (Fonte: Smithsonian)">Acima, um verme do mar carregando uma ninhada de ovos afasta uma larva semelhante a um camarão. Embaixo, o verme sai nadando enquanto chicoteia a larva com o rabo. (Fonte: Smithsonian)Fitor usou iluminação LED e fortes rajadas de ar condicionado para manter a temperatura constante. Mas ter as condições ideais era apenas uma parte do seu problema. Como ele estava trabalhando com criaturas minúsculas, era difícil conseguir as melhores amostras.“Era como tentar pescar”, ele comentou, ao falar da dificuldade de ficar observando os recipientes com água marinha. Depois disso, era preciso pegar a água com uma micropipeta e contar com um pouco de sorte. Em algumas situações, Fitor passou oito horas tentando tirar uma única foto.<h2>Fotos de tirar o fôlego</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20015651115013.png" alt="Quatro copépodes de diferentes espécies. (Fonte: Smithsonian)">Quatro copépodes de diferentes espécies. (Fonte: Smithsonian)O fotógrafo comentou que o projeto “foi como uma janela para um mundo totalmente novo para mim”. Mas não apenas para ele. Suas fotos conseguiram capturar copépodes como nunca foram vistos antes. Nas imagens é possível ver as criaturas realizando diferentes atividades, como se alimentar, acasalar e escapar de predadores.“É um projeto que não quero acabar, e provavelmente nunca vai acabar, porque cada vez que entro no mar encontro uma nova forma”, concluiu Fitor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20020839853014.png" alt="Dois copépodes acasalando. (Fonte: Smithsonian)">Dois copépodes acasalando. (Fonte: Smithsonian)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20020954881015.png" alt="Um Safirina macho, espécie equipada com placas iridescentes nas costas, que brilham através da água ao refletir a luz do sol. (Fonte: Smithsonian)">Um Safirina macho, espécie equipada com placas iridescentes nas costas, que brilham através da água ao refletir a luz do sol. (Fonte: Smithsonian)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20021106189016.png" alt="Uma gota de água pendurada na micropipeta com um copépode bioluminescente. (Fonte: Smithsonian)">Uma gota de água pendurada na micropipeta com um copépode bioluminescente. (Fonte: Smithsonian)</body>

Robinson Samulak Alves