Imagem de Fotos de satélite revelam colônia de pinguins desconhecida no megacurioso

Estima-se que a colônia seja o lar de cerca de 1 mil aves adultas, além dos filhotes

<head></head><body>Uma colônia de pinguins-imperador foi registrada pela primeira vez, graças a imagens de satélite. A descoberta foi feita ao se verificar uma mancha no gelo, formada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123869-coco-de-pinguins-pode-produzir-gas-do-riso-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guano</a> — ou fezes — dos animais.A estimativa é que a colônia conte com cerca de 1 mil aves adultas e mais alguns vários filhotes. Embora este seja considerado um número relativamente pequeno para um local de reprodução de pinguim-imperador, a colônia foi considerada um acréscimo importante para se entender melhor a espécie.O cientista geoespacial da British Antarctic Survey (BAS), Peter Fretwell, foi quem descobriu a colônia em dezembro. Ele decidiu aguardar para que o anúncio pudesse coincidir com o Dia da Conscientização dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117943-pinguim-foge-de-orcas-pulando-em-barco-de-turistas-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pinguins</a>, que aconteceu no último dia 20.<h2>Reconhecimento por satélite</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/22/22215630099041.jpg" alt="Acima: imagem com uma coloração marrom, referente ao guano. Abaixo: imagem de alta resolução que confirmou a presença da colônia. (Fonte: Live Science)">Acima: imagem com uma coloração marrom, referente ao guano. Abaixo: imagem de alta resolução que confirmou a presença da colônia. (Fonte: Live Science)Segundo Fretwell, a descoberta aconteceu por acaso. Ele estava observando a perda de gelo marinho em fotografias de satélites da Agência Espacial Europeia, quando percebeu a coloração estranha. "Eu pude ver o que parecia ser uma pequena mancha marrom no gelo", disse ele.O guano dos pinguins-imperador se acumula com o tempo no gelo e na neve, formando uma mancha amarronzada. Essa mancha costuma ser mais fácil de visualizar de longe do que os próprios pinguins.Para poder ter uma confirmação, Fretwell olhou algumas fotografias de alta resolução da mesma área tiradas em outubro. Elas foram registradas por outro satélite, que consegue registrar imagens de objetos de até 30 centímetros de diâmetro. Nessas imagens, os pinguins aparecem como pequenos pontos. Foi através dela que foi possível confirmar a presença da colônia de reprodução e estimar a sua população.<h2>Aves escondidas na Antártica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/24/24120531367228.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A maioria das colônias de reprodução dos pinguins-imperador costumam ser remotas. Isso faz com que seja muito difícil localizá-las e estudá-las. Essas aves se reproduzem durante os meses frios de inverno. Em alguns casos, as colônias são formadas a mais de 50 quilômetros do oceano, onde a temperatura pode ficar abaixo dos 60 °C.Para conseguir mapear melhor essas áreas, cientistas da BAS têm analisado fotos de satélite há 15 anos. Eles acreditam que possa haver 20% a mais de pinguins-imperador na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártica</a> do que o estimado anteriormente.Esses dados são importantes, porque essas aves se reproduzem exclusivamente em gelo marinho compactado. Isso faz com que a espécie se torne bastante vulnerável ao aquecimento global. Devido a essa ameaça da mudança climática, os pinguins-imperador estão listados como uma espécie ameaçada, de acordo com a Lei de Espécies Ameaçadas dos EUA."No ano passado, tivemos a extensão mínima de gelo marinho na <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/99000-10-coisas-sobre-a-antartida-que-provavelmente-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártica</a>, e agora está ainda pior, pelo segundo ano consecutivo", disse Fretwell. “Estima-se que provavelmente perderemos um mínimo de 80% das colônias de pinguins-imperador antes do final do século”.</body>

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Fotos de satélite revelam colônia de pinguins desconhecida

Imagem de Jorge Zalszupin: o refugiado polonês que mobiliou o STF no megacurioso

Após fugir da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, Zalszupin veio ao Brasil onde se tornou um dos nomes mais importantes da arquitetura e do design modernistas

Jorge Zalszupin &eacute; um nome pouco conhecido da maioria dos brasileiros. O arquiteto e designer polon&ecirc;s veio ao Brasil em 1949, e aqui construiu sua carreira como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118851-6-arquitetos-brasileiros-mais-famosos-e-as-suas-principais-obras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dos mais importantes nomes da arquitetura</a> modernista.
Seu nome voltou a ganhar destaque depois da tentativa de golpe ocorrida no dia 8 de janeiro. Entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123982-quais-obras-historicas-foram-vandalizadas-por-terroristas-em-brasilia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as diversas obras de arte vandalizada pelos terroristas em Bras&iacute;lia</a>, estava uma cadeira utilizada por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela faz parte do mobili&aacute;rio criado por Zalszupin e foi registrada em imagens ap&oacute;s ser removida junto do Bras&atilde;o da Rep&uacute;blica.
Considerado o &uacute;ltimo grande designer modernista do Brasil, a vida de Zalszupin transitou entre arquitetura e design, al&eacute;m de ser marcada pela trag&eacute;dia do holocausto.
<h2>Fugindo dos nazista</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/19/19164748253367.png" alt="Cadeira e Bras&atilde;o da Rep&uacute;blica retirados do STF por terroristas. (Fonte: Bol/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Cadeira e Bras&atilde;o da Rep&uacute;blica retirados do STF por terroristas. (Fonte: Bol/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Jerzy (nome de nascimento) Zalszupin nasceu em Vars&oacute;via, no dia 1&ordm; de junho de 1922. Filho de uma fam&iacute;lia judia, ele perdeu a m&atilde;e em 1940, quando ela foi levada para um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123313-sobibor-a-fuga-historica-e-mais-bem-sucedida-de-um-campo-nazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo de concentra&ccedil;&atilde;o nazista</a>. No mesmo ano ele conseguiu fugir da Pol&ocirc;nia com o pai. Eles foram de carro para a Rom&ecirc;nia, e na capital Bucareste Zalszupin estudou arquitetura durante a Segunda Guerra Mundial.
O jovem arquiteto decidiu deixar o pa&iacute;s e se mudar para a Fran&ccedil;a depois de formado. L&aacute; ele iniciou sua carreira fazendo parte da equipe respons&aacute;vel pela reconstru&ccedil;&atilde;o da cidade de Dunquerque. Foi nessa &eacute;poca tamb&eacute;m que ele teve contato com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123814-115-anos-de-oscar-niemeyer-relembre-10-obras-do-arquiteto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o trabalho de Oscar Niemeyer</a>, e esse fato foi fundamental para a sua vida.
<h2>Chegada ao Brasil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/19/19164549423364.jpg" alt="Edif&iacute;cio Sumitomo. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Edif&iacute;cio Sumitomo. (Fonte: Wikimedia Commons)
Zalszupin chegou ao Brasil durante o carnaval de 1949, e afirmou depois que foi a melhor recep&ccedil;&atilde;o que poderia ter para um estrangeiro como ele. Seja pelo ritmo do samba, pela simpatia brasileira ou por estar longe do ambiente p&oacute;s-guerra da Europa, Zalszupin se apaixonou pelo pa&iacute;s e se naturalizou brasileiro alguns anos depois.
Por aqui, ele come&ccedil;ou a trabalhar com Luciano Korngold, outro arquiteto polon&ecirc;s que tamb&eacute;m havia fugido da guerra. Korngold j&aacute; era um nome conhecido e influente em S&atilde;o Paulo quando Zalszupin come&ccedil;ou a trabalhar com ele. O jovem arquiteto participou de projetos como o CBI Esplanada &mdash; o primeiro arranha-c&eacute;u do Vale do Anhangaba&uacute; &mdash; e do Edif&iacute;cio Intercap.
Durante a d&eacute;cada de 1960, Zalszupin se especializou em design e, j&aacute; no escrit&oacute;rio pr&oacute;prio, foi convidado pelo pr&oacute;prio Niemeyer para criar os m&oacute;veis que seriam utilizados no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Suas cria&ccedil;&otilde;es ganharam o mundo e seus projetos iam de utens&iacute;lios de cozinha &agrave; mesas de ch&aacute;, em projetos que s&atilde;o copiados ou referenciados ainda hoje.
Na d&eacute;cada de 1970, ap&oacute;s vender sua empresa &mdash; a loja L'atelier &mdash;, Zalszupin continuou atuando como designer e arquiteto. Foi nessa &eacute;poca que ele trabalhou no projeto do edif&iacute;cio Sumitomo, sua obra mais conhecida em S&atilde;o Paulo. Na d&eacute;cada de 1980, Zalszupinse viu atingido pela crise econ&ocirc;mica, e viu seu trabalho perder relev&acirc;ncia e sua empresa decretar fal&ecirc;ncia.&nbsp;
Ele se mudou para a Fran&ccedil;a na d&eacute;cada de 1990, pensando em se aposentar, mas em 2004 foi "redescoberto" e retornou &agrave; atividade. Zalszupin faleceu em 2020, aos 98 anos, depois de ter lan&ccedil;ado a autobiografia intitulada De c* pra lua. No livro, ele narra com o bom humor os dramas vividos durante a guerra e seu encanto com o Brasil ao ser "recepcionado pelo carnaval carioca".
Atualmente, sua antiga resid&ecirc;ncia &mdash; a Casa Zalszupin &mdash; serve como um museu, para que mais pessoas possam conhecer a sua vida e obra. Localizada na cidade de S&atilde;o Paulo, a entrada &eacute; gratuita mediante agendamento pr&eacute;vio. Em 2022 tamb&eacute;m foram realizadas exposi&ccedil;&otilde;es em museus e galerias, para celebrar o centen&aacute;rio do arquiteto.

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Jorge Zalszupin: o refugiado polonês que mobiliou o STF

Imagem de Para onde a arquitetura tradicional e cultural do mundo está indo? no megacurioso

Os arranha-céus, típicos da arquitetura do século XXI, estão acabando com as construções clássicas? A resposta é sim... e não

Ao longo dos s&eacute;culos, cada sociedade desenvolveu estilos muito pr&oacute;prios para suas casas, templos e demais tipos de constru&ccedil;&otilde;es. Isso fez com que essa arquitetura regional se tornasse facilmente reconhec&iacute;vel, mesmo entre sociedades pr&oacute;ximas &mdash; por exemplo, a arquitetura japonesa tem influ&ecirc;ncia da chinesa, mas &eacute; f&aacute;cil perceber as diferen&ccedil;as.
Por&eacute;m, h&aacute; algumas d&eacute;cadas esse tipo de caracter&iacute;stica tem sa&iacute;do de cena, e as grandes cidades passaram a ser cada vez mais ocupadas por longos arranha-c&eacute;us. E, na maioria dos casos, esses pr&eacute;dios s&atilde;o bastante semelhantes pelo mundo todo. Esse seria um sinal de que as arquiteturas tradicionais est&atilde;o morrendo?
<h2>Pouco espa&ccedil;o para muitas pessoas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10172659986592.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Uma das explica&ccedil;&otilde;es para essa mudan&ccedil;a na arquitetura tem a ver com o aumento da popula&ccedil;&atilde;o em todo o planeta. Constru&ccedil;&otilde;es antigas eram feitas de modo quase artesanal, pois precisavam atender a uma demanda muito menor. Os recursos eram mais escassos e cada sociedade utilizava o que tinha por perto.
Hoje, a constru&ccedil;&atilde;o civil conta com uma variedade muito maior de materiais para as constru&ccedil;&otilde;es. Eles s&atilde;o mais baratos, mais f&aacute;ceis de serem manuseados e permitem que os edif&iacute;cios sejam constru&iacute;dos com muito mais agilidade. Para atender o n&uacute;mero cada vez maior de pessoas precisando de moradias, faz mais sentido que os projetos deixem de lado certos elementos est&eacute;ticos em troca da rapidez e da praticidade.
E isso vale tanto para constru&ccedil;&otilde;es populares &mdash; como os altos edif&iacute;cios chineses &mdash; quanto para pr&eacute;dios da alta sociedade &mdash; que costumam ter fachadas de vidro espelhado. O processo de globaliza&ccedil;&atilde;o &eacute; outro fator que influencia nessa "perda de identidade" na arquitetura atual.
Quando os padr&otilde;es de constru&ccedil;&atilde;o come&ccedil;aram a ser definidos, as sociedades eram mais "isoladas", o que fez com que os edif&iacute;cios se tornassem mais &uacute;nicos, criando padr&otilde;es em diferentes locais. Hoje, &eacute; mais f&aacute;cil que projetos sejam repetidos em diferentes lugares, assim como um projetista russo pode trabalhar em um projeto no Brasil, fazendo com que diferentes estilos sejam misturados com mais facilidade.
<h2>A volta ao cl&aacute;ssico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/fonte-twitter-culturaltutor-17174047351384.jpg" alt="(Fonte: Twitter/@culturaltutor" />(Fonte: Twitter/@culturaltutor)
Mas isso n&atilde;o significa que constru&ccedil;&otilde;es cl&aacute;ssicas ou tradicionais n&atilde;o existam mais. Muitas cidades ainda investem em projetos que remetem &agrave; arquitetura cl&aacute;ssica. E h&aacute; diferentes motivos para isso.
Alguns urbanistas acreditam que esta &eacute; uma maneira de preservar a cultura a e hist&oacute;ria local, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117266-4-igrejas-incriveis-para-amantes-de-historia-e-arquitetura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que tamb&eacute;m est&aacute; presente na arquitetura</a>. Embora existam pontos positivos na moderniza&ccedil;&atilde;o de alguns conceitos, &eacute; importante que eles n&atilde;o apaguem completamente as nossas origens.
Outro motivo &eacute; que as pessoas tendem a se sentir mais confort&aacute;veis &mdash; e at&eacute; mesmo felizes &mdash; se elas est&atilde;o em um ambiente onde a paisagem parece ser mais natural. Pr&eacute;dios altos e parecidos criam uma sensa&ccedil;&atilde;o de artificialidade. Se por um lado eles resolvem problemas de habita&ccedil;&atilde;o, por outro eles podem causar um sentimento de aprisionamento.
Alguns pa&iacute;ses t&ecirc;m investido em leis para garantir a preserva&ccedil;&atilde;o de centros hist&oacute;ricos, mantendo viva essa heran&ccedil;a arquitet&ocirc;nica. O problema &eacute; que isso vem acompanhado, em alguns casos, de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120227-o-que-e-gentrificacao-e-por-que-esse-processo-e-tao-danoso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">processo de gentrifica&ccedil;&atilde;o</a>, tornando esses espa&ccedil;os mais caros e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120845-aporofobia-o-odio-aos-pobres-refletido-na-arquitetura-urbana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais excludentes</a>.

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Para onde a arquitetura tradicional e cultural do mundo está indo?

Imagem de Paradoxo de Peto: a evolução e o câncer em grandes animais no megacurioso

Segundo o Paradoxo de Peto, seres vivos com um corpo maior ou que vivem por mais tempo, tem menos chances de desenvolver câncer devido a um mecanismo evolutivo

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103793-25-dados-interessantes-e-assustadores-relacionados-com-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Câncer</a> é o termo genérico utilizado para diferentes doenças causadas por um crescimento descontrolado de células. Isso acontece porque sempre que ocorre o processo de divisão celular, um grande número de pares de bases de DNA precisam ser copiados — em humanos são cerca de 6 bilhões de pares.&nbsp;Assim, é relativamente comum que alguns erros ocorram durante a divisão, criando mutações nas nossas células. Na maioria dos casos, esses erros afetam genes que não impactam diretamente na nossa vida. Porém, em algumas situações, podem ocorrer mutações em genes que controlam a proliferação celular, reparo do DNA ou apoptose (morte celular).&nbsp;Nesses casos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122673-como-a-ativacao-de-uma-proteina-pode-desencadear-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a consequência pode ser o desenvolvimento de um tumor</a> (benigno ou maligno). E foi isso que fez com que alguns cientistas decidissem observar se havia alguma relação entre tamanho corporal e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115136-prevencao-do-cancer-chave-pode-estar-no-rato-toupeira-pelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempo de vida</a> com a incidência de câncer em diferentes espécies. Por mais que em um primeiro momento essa associação possa fazer sentido, na prática isso ela não é observada.<h2>O Paradoxo de Peto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/17093523083031.jpg" alt="Richard Peto. (Fonte: BBC)">Richard Peto. (Fonte: BBC)Richard Peto é um epidemiologista britânico que decidiu verificar a relação entre o tempo e o câncer quando estudava tumores em camundongos. Toda a ideia por trás do paradoxo é que, na teoria, espécies que vivem mais, teriam mais tempo para desenvolver câncer. A mesma lógica deveria ser observada em animais maiores, que por possuírem mais células, também poderiam ter mais chance de ter algum tipo de câncer.Peto se perguntou por que os humanos contêm 1.000 vezes mais células e tem uma média de vida 30 vezes maior que a dos camundongos, mas não sofrem probabilidades muito maiores de desenvolver câncer. Foi esse questionamento que deu origem ao Paradoxo de Peto, e a sua explicação tem a ver com a evolução das espécies.Ao longo da evolução, os animais desenvolveram alguns mecanismos para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122016-primeiro-humano-recebe-injecao-experimental-para-matar-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impedir — ou dificultar — o surgimento ou o desenvolvimento de câncer</a>. Um desses mecanismos é a proteína P53 (também conhecido como TP53 ou proteína de tumor). Ela possui um gene que ajuda a controlar todo o processo de divisão celular e pode inibir o crescimento descontrolado.O genoma humano contém apenas uma cópia da P53, sendo que os dois alelos precisam ser funcionais para acontecer uma verificação adequadas da progressão do câncer. Já um elefante africano contém 20 cópias da proteína P53. Isso significa que a genética desses animais é muito mais eficaz no combate a erros celulares que podem resultar em um câncer. E esse é um padrão que se repete em outros animais.&nbsp;<h2>Por que não acontece com todos os seres vivos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/17093247683030.jpg" alt="Baleia-da-groelândia. (Fonte: Wikimedia Commons)">Baleia-da-groelândia. (Fonte: Wikimedia Commons)A baleia-da-groelândia, por exemplo, é capaz de viver mais de 200 anos e pode chegar a 18 metros de comprimento. Esses mamíferos — assim como a maior parte dos cetáceos — desenvolveram diferentes recursos genéticos para poder combater o câncer, assim como aconteceu com os elefantes.O problema é que esses mecanismos naturais cobram um preço. O funcionamento desses genes demanda um gasto energético considerável. Baleias são seres vivos que possuem um metabolismo lento, e isso ajuda a compensar a energia necessária para a ativação de mais genes que podem combater um câncer.Para pequenos mamíferos, que vivem menos ou possuem menos células, desenvolver vários genes com essa capacidade não seria vantajoso. Ou seja, há uma certa compensação evolutiva para que animais possam crescer ou viver mais. Mas no caso de animais que consomem mais energia por outros motivos, o risco de desenvolver um câncer não justificaria ter mais genes para evitar essas doenças.</body>

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Paradoxo de Peto: a evolução e o câncer em grandes animais

Imagem de Você já ouviu falar na maldição do isqueiro branco? no megacurioso

Lenda urbana diz que isqueiros brancos da BIC são amaldiçoados e estariam relacionados à morte de vários músicos

<head></head><body>Até a década de 1990, existiu uma lenda urbana envolvendo os famosos isqueiros BIC. Ela dizia que os modelos de cor branca davam azar para seus donos e eram relacionados <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112906-veja-como-estariam-12-astros-do-rock-se-nao-tivessem-morrido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">à morte de alguns músicos famosos</a>. A história voltou a circular em 2013, depois de uma publicações feitas nas redes sociais, mas existe alguma verdade por trás desse mito?<h2>A maldição do isqueiro branco</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/16/16073504880000.jpg" alt="(Fonte: Snopes)">(Fonte: Snopes)Não existe uma origem exata de quando essa história começou a circular, mas a lenda diz que os donos de isqueiro branco da BIC costumam ter falta de sorte. O lado mais sinistro da suposta maldição, é que ela relaciona a morte de quatro músicos famosos ao objeto.Segundo a lenda, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain estavam com um isqueiro desses quando morreram. <a href="https://www.megacurioso.com.br/musica-e-danca/43220-artistas-morreram-clube-27-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os quatro faleceram de maneira trágica aos 27 anos</a>, no auge da fama.&nbsp;Hendrix morreu asfixiado pelo seu próprio vômito após <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124045-por-que-nao-devemos-misturar-alcool-e-remedios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">misturar vinho com remédio para dormir</a>. Joplin foi vítima de uma overdose de heroína e álcool. Morrison teve uma insuficiência cardíaca enquanto ele estava em uma banheira e Cobain cometeu suicídio em 1994.Porém, em todos estes casos, não existem evidências que sugiram que eles possuíam um isqueiro branco no momento da morte. Então, como a lenda conseguiu se espalhar a ponto de parecer verdade por muito tempo?<h2>Nada além de uma lenda urbana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/16/16074831344003.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Jimi Hendrix e Janis Joplin morreram em setembro e outubro de 1970, respectivamente. Já Jim Morrison foi encontrado morto no dia 3 de julho de 1971. Porém, até 1973 os isqueiros descartáveis da BIC ainda não haviam sido criados.Ou seja, seria impossível que eles estivessem com um isqueiro desse modelo no momento da morte. Algumas pessoas sugerem que poderia ser um isqueiro parecido, mas de outra marca, como o Cricket. Mas até este era pouco provável que estivesse com Hendrix ou Joplin, uma vez que a marca só se tornou popular nos Estados Unidos depois que a Gillette a comprou, o que aconteceu apenas em 1972.Jim Morrison realmente poderia estar com um isqueiro Cricket, uma vez que ele morava em Paris quando morreu e a marca era bastante popular entre os franceses. Porém, não há nenhuma referência ao objeto nos registros oficiais.E quanto ao Kurt Cobain? O vocalista e guitarrista do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119763-nirvana-bebe-de-nevermind-processa-a-banda-por-pornografia-infantil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nirvana</a> realmente estava com dois isqueiros por perto no momento da sua morte. Mas nenhum deles era branco. No registro da autópsia não há referências às cores dos isqueiros, mas nas fotos divulgadas dos itens do músico é possível ver um isqueiro rosa e outro colorido.Então, por que a história se espalhou e ganhou fama? Quando a BIC começou a produzir os isqueiros, eles eram feitos apenas nas cores preto e branco. Quando os usuários de maconha utilizavam o branco para acender os cachimbos ou cigarros, as cinzas que ficavam depositadas no fundo eram visíveis. Quando eles eram pegos pela polícia, era possível saber se a pessoa havia fumado maconha ou não pelas cinzas. E quem tinha o isqueiro branco acabava sendo preso. A partir daí, criou-se uma lenda que o isqueiro branco dava azar.</body>

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Você já ouviu falar na maldição do isqueiro branco?

Imagem de  5 curiosidades sobre a doação de sangue no megacurioso

Doar sangue pode ajudar a salvar até quatro vidas, pode ser feito por pessoas com tatuagens ou piercings e pode proporcionar um dia de folga no trabalho

No Brasil, cerca de 4 milh&otilde;es de pessoas s&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120540-por-que-ha-diferencas-entre-os-tipos-de-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doadoras de sangue</a>. O n&uacute;mero pode parecer expressivo, mas representa apenas 1,8% da popula&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s. Isso &eacute; quase metade do que recomenda a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) &mdash; segundo a entidade, um pa&iacute;s deve ter pelo menos 3% de doadores em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sua popula&ccedil;&atilde;o total.
Existem v&aacute;rios fatores para esse n&uacute;mero baixo, como desconhecimento, medo ou condi&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de que realmente impedem a doa&ccedil;&atilde;o. Se voc&ecirc; pensa em doar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112600-a-qual-velocidade-o-sangue-percorre-o-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a>, mas est&aacute; em algum desses grupos, pode conferir algumas curiosidades que podem ajudar na decis&atilde;o.
<h2>1. Quantos litros de sangue s&atilde;o retirados?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18185357494505.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
A cada doa&ccedil;&atilde;o costumam ser retirados cerca de 480 ml. O valor &eacute; padr&atilde;o e n&atilde;o depende do sexo, e &eacute; isso que delimita o peso m&iacute;nimo de uma pessoa. &Eacute; recomendado que o volume total de sangue doado n&atilde;o ultrapasse os 8 ml/kg para as mulheres e 9 ml/kg para os homens. Como a doa&ccedil;&atilde;o costuma variar entre 400 ml e 450 ml, esse &eacute; o peso m&iacute;nimo exigido no Brasil. Al&eacute;m do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a> que vai ser usado na doa&ccedil;&atilde;o, tamb&eacute;m s&atilde;o retirados 30 ml para a realiza&ccedil;&atilde;o de exames laboratoriais exigidos por leis.
O tempo de espera entre doa&ccedil;&otilde;es &eacute; de dois meses para homens e tr&ecirc;s para mulheres. Essa diferen&ccedil;a est&aacute; relacionada com o tempo que o corpo leva para repor o sangue doado e os seus componentes. Embora o volume coletado n&atilde;o ultrapasse os 15% do volume total que o doador tem, plaquetas, gl&oacute;bulos e a concentra&ccedil;&atilde;o de ferro costumam levar mais tempo para voltar &agrave; quantidade normal. Por&eacute;m, o volume doado &eacute; reposto naturalmente pelo organismo em at&eacute; 24 horas ap&oacute;s a doa&ccedil;&atilde;o.
<h2>2. Adolescentes e idosos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18185359834506.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Atualmente, a idade m&iacute;nima para que uma pessoa possa doar sangue &eacute; de 16 anos. Para menores de idade, &eacute; necess&aacute;ria a presen&ccedil;a dos pais ou de um respons&aacute;vel legal. Alguns locais aceitam um termo de autoriza&ccedil;&atilde;o, que deve ser apresentado junto da documenta&ccedil;&atilde;o exigida &mdash; esses detalhes podem ser obtidos no hemobanco da cidade onde se apresenta para a realiza&ccedil;&atilde;o da doa&ccedil;&atilde;o.
A partir dos 16 anos, a pessoa pode seguir como doadora at&eacute; os 69 anos, desde que acima do peso m&iacute;nimo e que n&atilde;o tenha nenhuma condi&ccedil;&atilde;o que impe&ccedil;a a doa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
<h2>3. Piercing e tatuagem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/13/13105046055092.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Pessoas com piercing ou tatuagem tamb&eacute;m podem realizar doa&ccedil;&otilde;es de sangue. O tempo m&iacute;nimo entre o procedimento e a doa&ccedil;&atilde;o costuma variar de 6 meses a um ano &mdash; h&aacute; alguns anos era exigido um ano ap&oacute;s a &uacute;ltima tatuagem, mas atualmente alguns lugares aceitam doa&ccedil;&atilde;o depois de seis meses.
A exce&ccedil;&atilde;o existe apenas para pessoas que t&ecirc;m piercing em regi&otilde;es mucosas, como boca ou genit&aacute;lia. Nesse caso, a doa&ccedil;&atilde;o de sangue s&oacute; &eacute; aceita 12 meses ap&oacute;s a retirada do piercing. Essa exig&ecirc;ncia existe porque esses lugares oferecem mais riscos de contamina&ccedil;&atilde;o.
<h2>4. Doadores de sangue t&ecirc;m alguns benef&iacute;cios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18185401784507.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Al&eacute;m de fazer uma boa a&ccedil;&atilde;o e ajudar a salvar at&eacute; quatro vidas, doar sangue tamb&eacute;m pode garantir alguns benef&iacute;cios para o doador. No Brasil, a pessoa que trabalha em regime de Consolida&ccedil;&atilde;o das leis do trabalho (CLT), &ldquo;poder&aacute; deixar de comparecer ao servi&ccedil;o, sem preju&iacute;zo do sal&aacute;rio, por um dia, a cada 12 meses, em caso de doa&ccedil;&atilde;o volunt&aacute;ria de sangue devidamente comprovada&rdquo;.
Outro benef&iacute;cio &eacute; que, em alguns casos, os doadores podem ter prioridade em consultas m&eacute;dicas e odontol&oacute;gicas do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS). Finalmente, os estados oferecem benef&iacute;cios como meia-entrada em shows, cinema e outras atividades culturais. Nesse caso, &eacute; necess&aacute;rio consultar a legisla&ccedil;&atilde;o do estado em que voc&ecirc; mora.
<h2>5. Pessoas com algumas doen&ccedil;as n&atilde;o podem doar sangue</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18185404306508.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O principal motivo que impede uma doa&ccedil;&atilde;o est&aacute; relacionado &agrave; sa&uacute;de da pessoa. &Eacute; o caso de quem teve hepatite depois dos 11 anos, ou teve mal&aacute;ria do tipo Plasmodium malariae. Quem tem doen&ccedil;as transmitidas pelo sangue como Hepatites B e C, Aids, doen&ccedil;as associadas aos v&iacute;rus HTLV e Doen&ccedil;a de Chagas tamb&eacute;m n&atilde;o pode realizar doa&ccedil;&atilde;o, assim como pessoas com problemas de coagula&ccedil;&atilde;o.

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 5 curiosidades sobre a doação de sangue

Imagem de 4 bizarrices desconhecidas sobre mitos e lendas famosas no megacurioso

Papai Noel porradeiro, vampiros anticomunistas e bruxaria à base de tomate; algumas lendas tem histórias bastante curiosas

<head></head><body>Mitos e lendas populares atravessam gerações e suas origens às vezes ser perdem no tempo. Apesar disso, essas histórias fazem parte das mais variadas culturas e estão intimamente associadas a elas.Abaixo, nós apresentamos quatro exemplos de como esses contos folclóricos estão diretamente relacionados com a formação da nossa própria sociedade.<h2>1. O Papai Noel esquentado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10094430530165.jpg" alt="David Harbour em 'Noite Infeliz' (2022). (Fonte: 87North Productions/Reprodução)">David Harbour em 'Noite Infeliz' (2022). (Fonte: 87North Productions/Reprodução)O Papai Noel é um personagem folclórico com origem bastante incerta. Entre as diferentes figuras históricas que inspiraram o bom velhinho está Nicolau de Bari (270 - 342 d.C.) — o São Nicolau. De origem rica, ele usou sua fortuna para ajudar pessoas necessitadas e, durante uma peregrinação à Terra Santa, ficou conhecido por fazer boas ações e até mesmo alguns milagres. No entanto, Nicolau não era legal o tempo todo.Em 325 d.C., o imperador Constantino, o Grande, convocou bispos em Nicéia (atual Turquia), para que o cristianismo fosse discutido e passasse a ser aceito como religião oficial. O "Primeiro Concílio de Nicéia" não foi um debate muito cordial e em algumas situações os participantes resolveram os debates com os punhos.São Nicolau estava entre os bispos e não gostou quando um padre chamado Arius começou a criticar o cristianismo. Nicolau, então, levantou e interrompeu o discurso de Arius com um soco no rosto, o que acabou fazendo com ele fosse destituído de seu bispado e preso por um tempo.<h2>2. Vampiros X fazendeiros comunistas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10100547095186.png" alt="Edward Lansdale. (Fonte: Wikimedia Commons)">Edward Lansdale. (Fonte: Wikimedia Commons)Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses conseguiram invadir as Filipinas e expulsar os soldados dos EUA que estavam no local. Para tentar conter a violenta ocupação japonesa, foram criados diversos grupos guerrilheiros locais, entre os quais se destacou o Hukbalahap (um acrônimo filipino para “O Exército da Nação Contra o Japão”), conhecidos como os “Huks”.Com o fim da guerra, esses guerrilheiros não queriam que as Filipinas voltassem a ser uma possessão colonial americana. Como o governo do país era aliado dos EUA, a CIA enviou o general da Força Aérea Edward Lansdale para ajudar na luta contra os Huks, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120735-cia-inventou-vampiros-durante-guerra-psicologica-nas-filipinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">usando uma lenda local.</a>&nbsp;No folclore filipino, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123228-aswang-o-vampiro-metamorfo-do-folclore-filipino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os aswangs são vampiros metamorfos</a> que drenam o sangue de suas vítimas com uma língua longa e afiada. Lansdale usou isso para assustar os Huks, simulando ataques de soldados que suas tropas matavam. Ele ordenou que o sangue dos Huks derrotados fosse drenado e que fizessem perfurações em seus pescoços. Os corpos foram deixados para outros Huks encontrassem e acreditassem que o companheiro havia sido morto por um aswang. O método foi tão eficaz que a Rebelião Huk foi esmagada em poucos anos.<h2>3. Tomates e bruxaria</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10103726781217.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Quando os europeus chegaram ao continente americano, eles tiveram contato com uma grande variedade de plantas e animais que nem imaginavam que poderiam existir. Isso proporcionou que diversos alimentos típicos daqui pudessem ser consumidos na Europa — o mais notável exemplo foi o da batata, que tem origem na Cordilheira dos Andes, mas se tornou muito consumida entre os europeus.Porém, teve uma fruta que ao desembarcar na Europa, virou vilã: o tomate. No início, eles foram recebidos com total hostilidade em algumas partes da Europa, vistos como satânicos. Autoridades europeias acreditavam que bruxas precisavam preparar poções que lhes permitiam voar, e o tomate foi associado a essa prática. Na verdade, o tomate foi vítima de uma infeliz coincidência, pois foi importado pela primeira vez para a Europa por volta de 1540, no auge da histeria das bruxas.<h2>4. A origem dos dragões</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10105311532234.jpg" alt="'O Hobbit: A Desolação de Smaug'. (Fonte: Warner Bros. Pictures/Reprodução)">'O Hobbit: A Desolação de Smaug'. (Fonte: Warner Bros. Pictures/Reprodução)Os dragões são criaturas mitológicas bastante populares atualmente, muito graças à cultura pop. Mas muito antes disso eles já estavam presentes em diferentes lendas pelo mundo. Os albaneses têm wyverns e pythons; os franceses têm o Grand'Goule; os antigos gregos tinham a Hidra; a Bíblia Hebraica tem o Leviatã; Os hindus têm o Vritra; os antigos egípcios e mesopotâmicos tinham Apophis e mushussu; e até aqui na América do Sul existe a lenda do Boitatá. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121849-dragao-como-a-lenda-desse-ser-surgiu-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mas qual seria a origem dessa criatura mitológica?</a>Para historiadora Adrienne Mayor, é possível que as primeiras lendas tenham surgido com as descobertas de fósseis de dinossauros e de enormes mamíferos extintos. Em partes da China, onde fósseis de grandes criaturas extintas são comuns, eles são descritos como “ossos de dragão”.Já a imagem de um lagarto gigante, na verdade, pode ser associada a um medo evolutivo de cobras. O antropólogo David E. Jones afirma que os humanos têm um medo instintivo desses répteis, que se originou com nossos ancestrais macacos milhões de anos atrás. A evolução incutiu em nós um medo saudável de cobras e quando nossos ancestrais encontravam ossos de criaturas gigantescas, eles foram associados a esse medo instintivo.</body>

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4 bizarrices desconhecidas sobre mitos e lendas famosas

Imagem de Pedra de Roseta: o encontro casual que decifrou os hieróglifos no megacurioso

Um dos objetos mais importantes de toda a história, a Pedra de Roseta permitiu decodificar hieróglifos egípcios

<head></head><body>Até o século XVIII, uma parte significativa da vida no Egito Antigo era pouco ou nada conhecida. Por maiores que fossem os esforços de historiadores e arqueólogos, era impossível compreender o significado dos hieróglifos usados pelos egípcios. E como eles ajudavam a descrever processos culturais, sociais e religiosos, havia uma grande lacuna para compreender aquela sociedade.Isso mudou em 1799, quando uma pedra foi encontrada por acaso por Pierre-François Bouchard, um homem que até pouco tempo estava esquecido pela história — apesar de ter feito uma das descobertas mais importantes da história.<h2>Um feliz acaso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12140558175204.jpg" alt="Pintura da cidade de Roseta na época da descoberta da pedra. (Fonte: British Museum/Reprodução)">Pintura da cidade de Roseta na época da descoberta da pedra. (Fonte: British Museum/Reprodução)Bouchard nasceu em uma família pobre e aos 22 anos decidiu ingressar no exército em 1793. Sua jornada até chegar à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122595-por-que-a-pedra-de-roseta-tem-3-tipos-de-escrita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pedra de Roseta</a> foi relativamente curta, mas essencial para que ele percebesse a importância daquele objeto.Em 1974, Bouchard conheceu Nicolas Jacques Conté, diretor da Escola Nacional de Dirigíveis. Napoleão pretendia criar uma espécie de força aérea e Conté ficou responsável por criar uma equipe para tentar viabilizar o plano. Bouchard era um dos cientistas especializados do grupo.Ainda antes de embarcar para o Egito, outros dois fatores foram fundamentais para que Bouchard reconhecesse a importância da Pedra de Roseta. Em novembro de 1796, ele entrou para a Escola de Ciências e Arte. Além disso, ele estava se especializando em técnicas de fortificação.A ida para o Egito envolve ainda um acaso relacionado ao Napoleão. Em maio de 1798, antes de ser nomeado cônsul, Bonaparte foi eleito membro da Academia Francesa de Ciências, o que permitiu que ele criasse uma expedição para o Egito — algo que ele já vinha planejando há algum tempo. Nesta expedição, além dos militares, embarcou também um grupo de 167 cientistas — e entre eles estava Bouchard.<h2>Decifrando os hieróglifos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12043035983009.jpg" alt="A transcrição à mão feita por Champollion. (Fonte: British Museum/Reprodução)">A transcrição à mão feita por Champollion. (Fonte: British Museum/Reprodução)Cerca de um ano após desembarcar no Egito, Bouchard foi até a cidade Rasheed onde seria responsável por construir uma fortificação. Enquanto sua equipe trabalhava na remoção de uma antiga ruína, eles encontraram uma pedra estranha que havia sido utilizada na antiga fortaleza egípcia que existia no local.Bouchard provavelmente não demorou para perceber que aquela não era uma pedra comum. Não é possível saber como ela foi parar ali, mas não fosse a presença de uma pessoa com conhecimento em artes e história, a pedra poderia ter sido descartada ou até mesmo destruída.Para a nossa sorte, Bouchard era a pessoa certa na hora certa, no lugar certo. Porém, sua história sofreu uma reviravolta inesperada. Em 1800, a Pedra de Roseta já era conhecida na França, assim como seu descobridor. Porém, Bouchard acabou sendo capturado pelos otomanos e ficou preso por pouco mais de um mês.No ano seguinte, Bouchard foi capturado novamente, mas desta vez pelos britânicos. Desta vez foram 4 meses até ser liberado junto de outros soldados, em troca da Pedra de Roseta. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115709-7-artefatos-roubados-famosos-exibidos-em-museus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ela foi levada da Academia Científica Egípcia para o British Museum</a>, em Londres, em 1801 e permanece lá até hoje.Por esse motivo, a transcrição foi feita usando cópias dos textos da pedra, feitas pela equipe da Academia Científica Egípcia. Quem fez a decodificação foi o cientista Jean-François Champollion. Ele percebeu que dois dos três idiomas da pedra coincidiam: o demótico e o grego. O terceiro texto estava escrito em hieróglifos e Champollion deduziu que deveria ser uma terceira cópia.No dia 27 de setembro de 1822, Champollion revelou ao mundo o resultado do seu trabalho. Ele ficou conhecido na história como o responsável pela compreensão de uma das línguas mais antigas da humanidade. Já Bouchard voltou ao exército e participou de outras guerras napoleônicas, mas jamais foi reconhecido. Ele morreu pobre em 5 de agosto de 1822.</body>

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Pedra de Roseta: o encontro casual que decifrou os hieróglifos

Imagem de Ar 234 Blitz: o primeiro bombardeiro a jato utilizado em combate no megacurioso

Com velocidade e agilidade extraordinárias, o bombardeiro a jato Ar 234 B-2s da Alemanha foi um sucesso que acabou fracassando

<head></head><body>Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/45071-8-misterios-da-segunda-guerra-mundial-que-continuam-sem-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, os alemães investiram tempo e dinheiro em projetos extremamente ambiciosos para o combate. Conhecidos como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121477-wunderwaffe-as-armas-gigantes-e-impossiveis-dos-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Wunderwaffe</a> (super armas, em tradução livre), eram ideias ambiciosas que em vários casos nunca saíram do papel.Porém, um dos projetos foi concluído e chegou a ser utilizado em batalhas. O avião Ar 234 B-2s, foi o primeiro bombardeiro a jato operacional a entrar em combate, e nos meses em que foi utilizado, se tornou um problema para os Aliados.<h2>A anatomia do avião</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/06/06094646268037.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O Ar 234 B-2s foi um avião a jato criado pela fabricante Arado. Seu primeiro ataque aconteceu na véspera do Natal de 1944, quando as forças americanas se concentravam em Liège, na Bélgica. Até aquele momento, nunca um bombardeiro a jato havia sido utilizado.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112555-o-esquadrao-feminino-quase-esquecido-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquadrão</a> formado por nove Ar 234 B-2s, pegou os Aliados desprevenidos, por sua velocidade e capacidade de destruição. Eles conseguiam transportar uma bomba de cerca de 500 quilos e eram mais rápidos e ágeis que as aeronaves inimigas, que não conseguiam alcançá-los em combate.O Ar 234 B-2s foi desenvolvido como uma aeronave de reconhecimento. Seu voo inaugural aconteceu quatro meses antes do ataque em Liège, durante uma missão de reconhecimento sobre a Normandia, tirando fotos de depósitos de suprimentos e movimentos de tropas. O projeto passou por uma reconfiguração rápida para que fosse possível incluir uma bomba para ataques mais ágeis.<h2>Rápido, mas pouco eficiente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/06/06094907060038.jpg" alt="Ar 234 ao lado de outras aeronaves alemãs no Smithsonian National Air and Space Museum. (Fonte: Wikimedia Commons)">Ar 234 ao lado de outras aeronaves alemãs no Smithsonian National Air and Space Museum. (Fonte: Wikimedia Commons)No final da guerra, soldados britânicos conseguiram prender um piloto alemão que estava com um Ar 234 na Noruega. Os ingleses entregaram o avião aos americanos, que decidiram levá-lo para um centro de pesquisa nos Estados Unidos. Lá, pilotos que haviam participado do conflito avaliaram a aeronave ao lado de engenheiros, para poder aproveitar a tecnologia de alguma maneira.Porém, a conclusão a qual eles chegaram foi que o bombardeiro era inovador, mas sua real eficácia era questionável. Ele chegou tarde demais na guerra e em número muito pequeno para ter qualquer impacto significativo. Mas o mais importante para os pilotos foi que ele provavelmente saiu da prancheta muito cedo e com muitas falhas.&nbsp;Resumindo, o Ar 234 era uma aeronave experimental que precisava de mais consideração conceitual antes de ser colocada em serviço. Houve um esforço para tentar aperfeiçoá-lo, mas o máximo que o bombardeiro alemão fez foi emprestar alguns dos aspectos aerodinâmicos para alguns projetos que estavam sendo desenvolvidos, como o F-86 Sabre.Em 1949, a Força Aérea dos EUA doou o Ar 234 junto com outras aeronaves alemãs para o Smithsonian National Air and Space Museum. Este Blitz passou por extensas mudanças para que os pilotos de teste americanos pudessem pilotá-lo, e o museu empreendeu um grande esforço de restauração em 1984 para trazer o Ar 234 de volta à sua condição de guerra. Atualmente é o único modelo usado na guerra que restou.</body>

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Ar 234 Blitz: o primeiro bombardeiro a jato utilizado em combate

Imagem de A verdadeira origem da tumba atribuída à parteira de Jesus no megacurioso

Local que durante séculos foi destino de fiéis que queriam prestar homenagens à Salomé, na verdade pertenceu a alguma família influente judaica

<head></head><body>A história do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121652-como-os-seguidores-de-jesus-fundaram-o-cristianismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristianismo</a> está repleta de personagens que hoje são pouco lembrados. Porém, por muitos anos eles foram cultuados e eram até mesmo motivos para peregrinações, como é o caso de Salomé.A parteira de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104967-15-fatos-e-curiosidades-relacionados-com-jesus-que-voce-talvez-desconheca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus</a> quase não é mais citada em celebrações ou em textos oficiais. Apesar disso, a caverna na qual se acreditava em que ela foi enterrada atraia fiéis de diversas partes do mundo até o século IX. Isso mostra como sua figura já teve uma importância maior para os cristãos.<h2>O endereço errado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/06/06083903108008.jpg" alt="Objetos encontrados no local que podem ter sido usados por peregrinos para iluminar o interior da caverna. (Fonte: IAA/Facebook)">Objetos encontrados no local que podem ter sido usados por peregrinos para iluminar o interior da caverna. (Fonte: IAA/Facebook)Arqueólogos em Israel tem trabalhado para entender melhor a caverna que durante séculos foi considerada o local do enterro de Salomé. Localizada a cerca de 48 km de Jerusalém, no Parque Nacional Tel Lachish, a caverna era originalmente a tumba de uma influente e rica família judia há cerca de 2 mil anos.A ideia de que o local poderia ter sido a tumba de Salomé surgiu durante os inícios das eras <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121777-6-dados-fundamentais-para-compreender-o-imperio-bizantino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bizantina</a> e islâmica. Quando os primeiros cristãos chegaram até o local, se depararam com um dos ossuários contendo o nome Shlomit — a grafia hebraica para Salomé. Isso fez com que os fiéis acreditassem se tratar do local de descanso final da parteira de Jesus.Porém, segundo os arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês), Salomé era um nome judaico bastante comum daquele período. Isso pode ter confundido as pessoas, que sem outros indícios do equívoco, fizeram com que a caverna se tornasse um local bastante conhecido por vários séculos.O que levou a diminuição do interesse a partir do século IX ainda é incerto. Mas quando a caverna foi redescoberta por saqueadores em 1982, arqueólogos começaram a tentar entender alguns dos seus mistérios. Atualmente, a equipe da IAA tem trabalhado no local para incluí-lo na nova Trilha dos Reis da Judeia. Essa rota de mais de 90 km servirá para conectar sítios arqueológicos e históricos em todo o sul de Israel.<h2>Dentro da caverna</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/06/06083407364004.jpg" alt="Interior da caverna mortuária. (Fonte: IAA/Facebook)">Interior da caverna mortuária. (Fonte: IAA/Facebook)Desde a sua redescoberta, o local já passou por diversas escavações que ofereceram algumas pistas sobre o passado da caverna mortuária. Enquanto muitos dos itens que não foram saqueados, não ajudavam a detalhar as origens da tumba, escavações recentes permitiram encontrar uma série de artefatos e inscrições.&nbsp;Os arqueólogos encontraram dezenas de gravuras nas paredes, bem como cruzes e lamparinas de argila que os peregrinos provavelmente trouxeram para a caverna. Ao analisar o entorno, também foram encontrados vestígios do que possivelmente era uma feira, que servia para alugar as lâmpadas para os visitantes.“Nessa feira, encontramos centenas de lâmpadas completas e quebradas que datam do oitavo ao nono séculos”, disseram os diretores de escavação Nir Shimshon-Paran e Zvi Firer. “As lâmpadas podem ter servido para iluminar a gruta ou fazer parte das cerimônias religiosas — algo parecido com o que é feito com velas atualmente em sepulturas e nas igrejas”.Mas o que mais chamou a atenção dos pesquisadores foram os pisos de mosaico, lajes de pedra e paredes de pedra de cantaria. Segundo os arqueólogos, isso é uma forte evidência de que o local originalmente pertencia a uma família judia. Teria sido pouco provável todo esse cuidado para o pátio que levava a uma caverna funerária naquela época — essas áreas eram normalmente escavadas diretamente na rocha.Isso não significa que o local não tenha sido usado com essa finalidade em algum momento —, afinal, existiam ossadas na caverna. Apesar disso, o mistério sobre o local onde uma das personagens do cristianismo foi sepultada permanece.</body>

Robinson Samulak Alves