Meio século depois da criação do Programa Ampliado de Imunização, da ONU, resultados reforçam a importância da vacina.

<p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125120-como-os-cientistas-sabem-que-as-vacinas-sao-seguras-para-a-populacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina</a> é <strong>uma das criações mais importantes da história da humanidade</strong>. Ela já erradicou doenças e é uma das maneiras mais eficientes e baratas de controlar epidemias. Sua origem está no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121839-vacina-como-descobrimos-a-imunizacao-contra-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">final do século XVIII</a>, mas existem registros que indicam que métodos semelhantes já eram utilizados há muito mais tempo.</p><p>Em 1974, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119391-a-gripe-espanhola-deu-origem-a-organizacao-mundial-da-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Organização Mundial da Saúde</a> (OMS) lançou o Programa Ampliado de Imunização. Seu objetivo era vacinar crianças contra difteria, tétano, coqueluche, sarampo, poliomielite, tuberculose e varíola até 1990. O programa foi atualizado posteriormente, para incluir outras doenças e ampliar a faixa etária da população alvo.</p><p>Agora, meio século depois da sua origem, a OMS fez uma pesquisa para medir os efeitos do programa. Abaixo, você confere quatro dados que reforçam a importância da vacinação.</p><h2>1. Mais de 150 milhões de vidas salvas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/27/27134616889176.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Estudo levou em conta os dados de 194 países. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>O primeiro dado — e mais importante — obtido pelo estudo foi que ao menos 154 milhões de vidas foram salvas nos últimos 50 anos, graças às vacinas. O levantamento foi feito para 14 doenças diferentes, das quais a vacinação contra o sarampo foi a que mais contribuiu (com cerca de 93, 7 milhões de vidas salvas). Isso acontece porque o sarampo é uma doença que se espalha com muita facilidade — em média, uma pessoa pode contaminar até outras 18.</p><p>Para chegar a estes resultados, os pesquisadores utilizaram modelos matemáticos e estatísticos que incluíram dados de cobertura vacinal e números populacionais de 194 países entre os anos de 1974 e 2024.</p><h2>2. &nbsp;Queda na mortalidade infantil</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/27/27134440125174.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Desde 1980, a OMS considera a varíola como uma doença erradicada pela vacinação. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Outro aspecto que o estudo destaca diz respeito à importância da vacinação infantil. Desde 1974, as taxas de mortalidade de crianças antes do primeiro aniversário diminuíram para mais da metade. O estudo indica que quase 40% dessa redução se deve às vacinas.</p><p>E existem motivos para acreditar que o número pode ser ainda mais otimista, uma vez que nem todas as doenças foram incluídas no estudo. Um exemplo é a varíola, erradicada em 1980 — por isso foi excluída da pesquisa — e apresentava um índice de fatalidade de aproximadamente 30% dos infectados.</p><h2>3. Aumento na expectativa de vida</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/27/27134539145175.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Nos últimos 50 anos, as vacinas contribuíram positivamente para a expectativa de vida das pessoas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Entre os impactos indiretos da vacinação — aqueles que não envolvem a prevenção das doenças —, o maior destaque está para o aumento na expectativa de vida das pessoas vacinadas.</p><p>O estudo verificou que para cada vida salva, foram ganhos em média 58 anos de vida. Além disso, foi verificado que, atualmente, crianças com 10 anos têm aproximadamente 44% mais probabilidades de sobreviver até ao próximo aniversário do que se não tivessem ocorrido vacinações desde 1974.</p><p>Para indivíduos com 25 anos, essa chance é de 35%, enquanto para quem tem 50 anos as chances de sobrevivência são de 16% (os números aqui reduzem conforme a idade, porque pessoas mais velhas estão mais suscetíveis a morrer por outros motivos).</p><h2>4. &nbsp;Melhor qualidade de vida</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/27/27180156751291.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>As vacinas também ampliaram o tempo de vida de saúde plena. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Finalmente, o estudo também aponta um aumento na qualidade de vida das pessoas vacinadas. Foi estimado que para cada vida salva, houve um aumento de 66 anos de saúde plena. O tempo de saúde plena é medido pelo total de anos de vida ganhos, ajustados pelas incapacidades evitadas.</p><p>Como a vacinação é um método preventivo, ao evitar a contaminação, também evita-se a manifestação da doença e, consequentemente, os seus sintomas. Isso significa que, além de aumentar a expectativa de vida das pessoas, as vacinas também oferecem uma maior qualidade de vida.</p>

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4 fatos sobre a importância das vacinas nos últimos 50 anos

Termo utilizado para se referir à tecnologia de conexão sem fio à internet tem um significado mais simples do que você possa imaginar.

<p>Ele é praticamente onipresente — em quase qualquer lugar que você vá, é possível encontrar o símbolo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122398-como-vai-ser-o-wi-fi-no-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Wi-Fi</a> ou um aviso informando sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119920-como-funciona-a-internet-wi-fi-nos-avioes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acesso à internet</a>. Você pode usá-lo para se conectar à internet com o celular, videogame, TV, eletrodoméstico e tantas outras coisas.</p><p><strong>Mas o que exatamente significa esse termo? </strong>É uma sigla, uma abreviação ou uma palavra? O pensamento mais óbvio é associá-lo ao seu uso. Logo, “Wi” parece ser uma boa abreviação da palavra <i><strong>wireless</strong></i> ("sem fio") e “Fi” remete ao termo “Hi-Fi” — uma abreviação para <i><strong>high fidelity</strong></i> ("alta fidelidade" em português). Mas seria esse o verdadeiro significado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127792-por-que-voce-deve-ser-cuidadoso-ao-utilizar-o-wi-fi-do-hotel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Wi-Fi</a>?</p><h2>O que é o Wi-Fi?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/21/21164103267113.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>O Wi-Fi surgiu para padronizar a internet sem fio. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Antes de entender o termo, é importante saber a que ele se refere. Em 1985, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA liberou uma parte do espectro de ondas de rádio para uso comercial. Na tentativa de evitar que fossem criados diferentes padrões de acesso à tecnologia sem fio, em 1997 o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) aprovou o padrão utilizado até hoje.</p><p>Na prática, é graças a essa padronização de acesso que é possível conectar aparelhos de diferentes marcas, ao mesmo acesso de internet. Porém, essa era apenas uma parte da solução, pois a tecnologia para a conexão ainda precisava ser desenvolvida.</p><p>Foi assim que surgiu a Wireless Ethernet Compatibility Alliance (WECA) — atualmente ela se chama Wi-Fi Alliance. Ela é uma organização sem fins lucrativos que, além de ter criado a tecnologia de acesso sem fio às ondas de rádio, atua na certificação de produtos que utilizam o Wi-Fi. Porém, esta tecnologia recebeu o nome original de IEEE 802.11b Direct Sequence, que não apenas é confuso, como é muito pouco comercial.</p><h2>O que significa Wi-Fi?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/21/21164548010116.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Embora exista uma tentativa de significar o termo, na prática ele é só uma palavra inventada. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Para contornar o problema de nomenclatura e deixar a tecnologia mais acessível, a WECA recorreu aos serviços da agência de marketing Interbrand — foram eles que desenvolveram também o logotipo do Wi-Fi.</p><p>Desde a criação, houve uma tentativa de apresentar um significado para o nome da marca. De acordo com o cofundador da WECA, Phil Belanger, alguns dos seus colegas não pareciam dispostos a aceitar um nome que não viesse acompanhado de um significado. A preocupação é que por mais simples e comercial que ele fosse, seria necessário que significasse algo além de um apenas um novo nome.</p><p>Foi o que fez com que os membros fundadores da WECA criassem o slogan “O padrão para fidelidade sem fio”. E foi isso que fez com que o termo Wi-Fi passasse a ser visto como uma abreviação de <i>Wireless High Fidelity</i>.</p><p>Anos mais tarde, o próprio Belanger criticou a decisão. Segundo ele, o slogan “só serviu para confundir as pessoas e diluir a marca”. Isso porque, embora o wireless faça sentido, alta fidelidade é um termo usado para aparelhos capazes de reproduzir um áudio com o mínimo de interferência possível. Não é algo que faça alguma referência direta à tecnologia.</p><p>Por mais que algumas analogias tenham sido criadas inicialmente para justificar essa escolha, Belanger prefere pensar que Wi-Fi é apenas uma palavra criada para designar a tecnologia. &nbsp;“Wi-Fi não significa nada [além disso]. Não é uma sigla. Não há significado”, conclui ele.</p>

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Você sabe o que significa o nome Wi-Fi?

Apesar de poucos registros arqueológicos, a pesca desses gigantes mamíferos é bastante documentada nas sagas islandesas.

<p>No outono de 1385, Ólafur, um pescador islandês, tentou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122648-como-comecou-a-exploracao-e-a-caca-de-baleias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caçar uma baleia-azul</a> na costa da Islândia. Seu encontro foi registrado por Jón Guðmundsson, um poeta do século XVII, que descreveu as baleias-azuis como seres protetores e sagrados para os islandeses. <strong>Esses animais eram importantes para os islandeses medievais</strong> não apenas por mitos, mas como uma significativa fonte de alimento. Uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128921-baleias-azuis-estao-acasalando-com-outra-especie-e-tendo-filhotes-hibridos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baleia-azul</a> podia fornecer 60 toneladas de carne, uma quantidade vital numa economia baseada principalmente na criação de ovelhas.</p><p>Apesar do valor das baleias, a caça não era sempre bem-sucedida como a história de Ólafur demonstra. Apesar de ter conseguido ferir o cetáceo, o animal conseguiu escapar e apareceu morto algum tempo depois na Groenlândia, onde foi consumido por viajantes famintos. Mas o registro é um dos inúmeros materiais que a historiadora ambiental Vicki Szabo tem investigado. Nas últimas três décadas, ela procura entender melhor as interações entre islandeses e baleias, examinando textos nórdicos que combinam fatos científicos com elementos sobrenaturais.</p><h2>Uma caça muito complicada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/21/21144121127052.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>A baleia-azul é o maior animal que habita o planeta atualmente. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Até o início dos anos 2000, os registros arqueológicos eram limitados porque o processamento das baleias na costa resultavam em poucos ossos preservados. Isso levou os especialistas a considerar as baleias um “recurso invisível”. Os registros sobre a caça medieval indicam que ela era focada em espécies menores e mais manejáveis, e a hipótese de que os islandeses caçavam baleias-azuis, as maiores de todas, levantava muitas questões.</p><p>Szabo e sua equipe, composta por arqueólogos, historiadores, folcloristas e geneticistas, começaram a utilizar novas técnicas científicas para entender melhor essa caça. Análises de DNA e espectroscopia de ossos antigos revelaram que, de fato, metade dos ossos de baleia encontrados em sítios arqueológicos islandeses pertenciam a baleias-azuis. Isso indicava que os islandeses caçavam esses animais regularmente, uma prática incomum entre as culturas baleeiras tradicionais.</p><h2>Sagas islandesas e análise de DNA</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/21/21143405836036.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Além da dificuldade da caça, transportar o animal até a costa era um desafio. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>As sagas islandesas e outros textos mostram que as baleias eram essenciais para os islandeses. Haviam leis detalhadas sobre a divisão das baleias encalhadas e as lanças dos caçadores continham emblemas para que pudesse ser identificado quem foi responsável pelo abate. Em diversas sagas é possível verificar o drama de reivindicar baleias encalhadas, o que reforça a importância econômica dessas criaturas.</p><p>No entanto, só na década de 2000, com a análise avançada de DNA e espectroscopia, Szabo pôde confirmar a predominância das baleias-azuis nos ossos analisados. Isso surpreendeu os pesquisadores, pois essas baleias vivem em mar aberto e tendem a afundar quando morrem. O tamanho e o comportamento das baleias-azuis, e a dificuldade de transportar o corpo até a costa, tornam a caça e o processamento extremamente desafiadores.</p><p>A descoberta de ossos de baleia em sítios como Hafnir, na Península de Skagi, forneceu mais evidências de que os islandeses caçavam essas enormes criaturas. A escavação revelou grandes quantidades de ossos trabalhados, sugerindo uma caça ativa e organizada. As condições climáticas e a geografia também influenciaram essa prática, com as baleias-azuis possivelmente vivendo mais perto da costa durante o período medieval devido a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118272-o-que-foi-a-pequena-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a> e menor pressão de caça.</p><p>A caça industrial de baleias, iniciada pelos noruegueses no final do século 19, dizimou a população de baleias-azuis, alterando seu comportamento e distribuição. Antes dessa caça industrial, as baleias-azuis eram mais abundantes e frequentemente encontradas perto da costa islandesa, facilitando a caça pelos vikings. As histórias de caçadores como Ólafur refletem essa realidade, mostrando que os islandeses tinham uma relação complexa e significativa com as baleias-azuis, combinando sobrevivência com uma rica tradição cultural.</p>

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Como os vikings conseguiam pescar baleias-azuis?

Comportamento é tão comum, que existem registros desde a antiguidade.

<p>Você provavelmente já deve ter visto — ao vivo ou em vídeos — um grupo de<strong>&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128117-golfinhos-aprendem-a-roubar-iscas-no-mar-da-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>golfinhos</strong></a><strong> nadando na frente de navios</strong> ou de outras embarcações. Esse é um comportamento bastante comum e que pode ser feito por várias espécies desses mamíferos aquáticos. Mas por que eles gostam tanto de fazer isso?</p><h2>Caça, viagem ou brincadeira?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15142143555182.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Embora existam diversos estudos sobre o tema, ainda não se sabe exatamente o que leva os golfinhos a nadar na frente dos navios. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p><strong>Os golfinhos costumam ser animais bastante sociáveis</strong>. Eles são frequentemente vistos em grupos — cujo tamanho varia conforme a espécie — e é muito comum que eles <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123331-6-animais-selvagens-que-se-relacionam-bem-com-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">interajam com humanos</a>. Justamente por isso, eles não encaram nossas embarcações como uma ameaça.</p><p>Mas não ter medo explica apenas uma parte deste comportamento. E foi tentando entender quais são os fatores que motivam os golfinhos a fazer isso que um grupo de pesquisadores decidiu analisar mais a fundo essa questão.</p><p>Eles descobriram que pouco mais de 20% dos grupos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128226-golfinhos-nariz-de-garrafa-e-o-seu-surpreendente-setimo-sentido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golfinhos-nariz-de-garrafa</a> estudados nadavam na frente das embarcações. Também foi observado que o tipo da embarcação, a atividade desempenhada por ela e o estado do motor podem interferir na presença dos cetáceos.</p><p>Uma das ideias defendidas pelos pesquisadores é que <strong>este comportamento poderia reduzir o gasto energético durante o deslocamento dos animais</strong>. Outra possibilidade é que <strong>a presença das embarcações poderia facilitar na pesca</strong>.</p><p>Mas o que parece ser o mais próximo de um consenso entre os especialistas é que nadar na frente de embarcações pode ser apenas uma atividade de lazer dos golfinhos. Existem diversos estudos que demonstram como eles gostam de interagir entre si e com outras espécies e nadar com navios pode ser apenas mais uma brincadeira.</p><h2>Uma brincadeira muito antiga</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15142238111183.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Golfinhos são vistos nadando com embarcações desde a antiguidade. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Independentemente do motivo pelo qual os golfinhos gostam de nadar com grandes embarcações, sabe-se que é algo que acontece há muito tempo. Na antiguidade, os gregos já relatavam esse comportamento em barcos mais velozes, e é possível encontrar textos sobre isso em vários momentos da nossa história.</p><p>Há ainda o registro de uma interação bastante semelhante de golfinhos com tubarões-peregrino (<i>Cetorhinus maximus</i>). A segunda maior espécie de tubarão, embora costume nadar em baixa velocidade, quando está próximo da superfície ele pode quebrar a água de maneira semelhante à de uma embarcação.</p><p>Entre 2012 e 2019, essa interação foi vista em seis diferentes ocasiões na costa da Irlanda. É possível que ela seja parte de uma estratégia de pesca dos golfinhos, mas os especialistas acreditam que seja mais uma maneira dos animais se divertirem em grupo. E o fato deles fazerem isso com outras espécies, indica que é um comportamento que existe há algum tempo.</p><p>Embora seja muito difícil confirmar quando um determinado comportamento de animal tem motivações mais lúdicas, é amplamente reconhecido por especialistas que as brincadeiras desempenham um papel importante para os golfinhos. Portanto, interagir com embarcações pode ser uma maneira que esses cetáceos encontraram para se divertir um pouco, sem qualquer outra finalidade.</p>

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Por que os golfinhos costumam nadar na frente dos barcos?

Tragédia resultou na morte do herdeiro do trono inglês e deu início a uma guerra civil.

<p>Em 1120, Henrique I — rei da Inglaterra entre 1106 e 1135 — desembarcou na Normandia para conter uma rebelião. Com ele estava seu único filho legítimo, <strong>William Adelin</strong>, que havia sido nomeado <a href="http://Duque" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Duque da Normandia</a> no ano anterior. O sucesso em conter a rebelião marcaria o início de William como o Duque local, até que ele pudesse assumir o trono inglês.</p><p>As forças de Henrique I foram bem-sucedidas, mas isso seria também a causa de um <strong>acontecimento trágico que acabou resultando em uma guerra civil</strong>. Na noite de 25 de novembro, ao atravessar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110748-12-curiosidades-sobre-o-canal-da-mancha-que-voce-provavelmente-nao-conhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Canal da Mancha</a> e retornar à Grã-Bretanha, o Barco Branco, no qual William estava a bordo, naufragou, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122945-a-anarquia-a-guerra-civil-que-inspirou-house-of-the-dragon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudando drasticamente a história da Inglaterra</a>.</p><h2>1. Quase todos estavam bêbados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/14/14152701549238.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Tripulação embriagada não conseguiu controlar a embarcação durante a viagem. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O sucesso de Henrique I na Normandia foi motivo de muita celebração. Muitos nobres estavam presentes e a festa foi acompanhada de muito álcool. O rei havia embarcado primeiro, e seu filho foi com a tripulação do Barco Branco. Acompanhado de nobres e marinheiros alcoolizados, pouco tempo depois de iniciar a viagem, os marinheiros remavam a velocidade máxima, o que, junto com a vela baixada, fez com que o Barco Branco atingisse uma velocidade alta, ainda próximo da região rochosa.</p><p>Sem conseguir controlar a embarcação, o timoneiro acabou fazendo com que ela se chocasse com uma pedra, resultando no naufrágio.</p><h2>2. Apenas um sobrevivente</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15133611189162.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>O Barco Branco deixou a Normandia com cerca de 300 pessoas a bordo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O Barco Branco deixou a Normandia com cerca de 300 pessoas a bordo, sendo a maioria nobres e marinheiros. Havia ainda alguns soldados responsáveis pela segurança — principalmente de William — e trabalhadores. Enquanto as pessoas morriam afogadas ou por hipotermia devido à baixa temperatura da água, um açougueiro chamado Berold conseguiu se agarrar em uma pedra ou em um pedaço da embarcação.</p><p>Alguns historiadores acreditam que suas roupas simples podem tê-lo mantido aquecido o suficiente para sobreviver à noite — enquanto as roupas dos nobres devem ter ficado encharcadas e pesadas. Tudo o que se sabe sobre a sequência de acontecimentos daquela noite foi narrado por Berold mais tarde.</p><h2>3. William quase conseguiu sobreviver</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/14/14152825729239.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>O herdeiro do trono chegou a entrar em um bote salva-vidas, mas não conseguiu escapar. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Ao perceber que o Barco Branco iria naufragar, algumas pessoas conseguiram subir em um bote salva-vida. E William estava entre elas. Ele já estava se afastando em segurança do local do quando percebeu que sua meia-irmã, Matilda, Condessa de Perche, ainda estava na água.</p><p>William teria ordenado que o barco retornasse para resgatá-la, mas acabou sendo virado pelas pessoas que estavam na água e tentavam subir desesperadamente. Com isso, William acabou morrendo no meio da confusão.</p><h2>4. Ele deu origem a uma guerra civil</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15133337266161.png" alt="Com a morte de William, sua irmã, Matilda, deveria assumir o trono. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>om a morte de William, sua irmã, Matilda, deveria assumir o trono. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A morte de William deu origem a um problema político e diplomático que ficou conhecido como A Anarquia. Depois de perder o filho, Henrique I decidiu que sua filha legítima, Matilda (sim, o rei teve duas filhas com o mesmo nome), deveria assumir o trono. Para isso, ele providenciou o casamento dela com Godofredo V, conde de Anjou e cunhado de William.</p><p>Com a morte de Henrique I, em 1135, Estêvão de Blois, sobrinho do falecido rei, decidiu assumir o trono, algo que Matilda não aceitou. E se a história já parece confusa até aqui, ela se torna ainda mais complicada nas próximas duas décadas, com Matilda tentando derrubar o primo e a Inglaterra mergulhando em uma guerra civil que só terminou em 1953, após a morte de Estêvão, quando Henrique II, filho de Matilda, assume o trono.</p>

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Naufrágio do Barco Branco: 4 curiosidades sobre o acidente que matou o herdeiro do trono da Inglaterra

Habitante das profundezas, o engolidor-negro pode se alimentar de peixes maiores e mais pesados que ele.

<p>A profundeza dos oceanos é o lar de algumas das criaturas mais fascinantes — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127536-por-que-a-vida-sexual-das-criaturas-no-fundo-do-mar-e-tao-bizarra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e perturbadoras</a> — da natureza. São animais que parecem ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126782-por-que-os-peixes-do-fundo-do-mar-parecem-alienigenas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vindo de outro planeta</a> em alguns casos e com comportamentos e modos de vida bastante inusitados.</p><p>Essa é o caso do peixe engolidor-negro — ou grande-engolidor. Esse pequeno animal é encontrado em diversas partes do planeta, sempre em profundidades onde a luz não chega. Mas o que mais chama a atenção é o estômago para fora do corpo que o permite devorar presas muito maiores e mais pesadas que ele.</p><h2>Pequeno voraz das profundezas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09153926756238.png" alt="Uma pequena larva de  peixe-machadinha (à esquerda) sendo caçada por um engolidor-negro. (Fonte: IFLScience)."><figcaption>Uma pequena larva de peixe-machadinha (à esquerda) sendo caçada por um engolidor-negro. (Fonte: Paul Caiger / Woods Hole Oceanographic Institution / Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>O engolidor-negro (<i>Chiasmodon niger</i>) é mais um dos estranhos peixes das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127033-ecossistema-ate-entao-desconhecido-e-descoberto-no-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">profundezas dos oceanos</a>. Eles vivem em muitas partes dos oceanos do mundo, incluindo águas tropicais e temperadas dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.</p><p>Assim como outros peixes com características e comportamentos tão diferentes, o engolidor-negro habita as profundezas. Para encontrá-lo, é necessário mergulhar cerca de 700 a 3 mil metros abaixo da superfície do oceano. É uma região onde a luz do Sol não consegue chegar, o que faz com que o corpo escuro e sem escamas do engolidor-negro seja um disfarce perfeito, tanto para predadores quanto para presas.</p><p>Mas apesar de habitarem as profundezas, é possível encontrar o corpo de um engolidor-negro boiando na superfície depois que ele morre. Os primeiros relatos desse peixe foram feitos assim, no início do século 19, antes que as primeiras missões com submarinos conseguissem chegar a profundidades mais baixas e eles pudessem ser vistos em seu habitat natural.</p><h2>Os problemas de uma alimentação extrema</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09163714067283.png" alt="(Fonte: National Geographic)"><figcaption>Um filhote de engolidor-negro com o estômago distendido. (Fonte: Norbet Wu, Minden Pictures / Nat Geo Image Collection / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O engolidor-negro é um peixe relativamente pequeno. Ele mede apenas 25 centímetros de comprimento. Mas suas presas podem ter mais que o dobro do seu tamanho e 10 vezes o seu peso. Para conseguir essa façanha, ele consegue esticar o estômago para fora do corpo, o que lhe garante um visual bastante incomum.</p><p>Depois que encontra uma vítima, ele nada em sua direção e começa a engolir o animal inteiro. Para impedir que a presa engolida escape de suas entranhas, a boca e o palato são revestidos de dentes afiados e entrelaçados que apontam para dentro, em direção à garganta, agindo como uma armadilha com espinhos.</p><p>Mas, como a vida nas profundezas nunca é fácil, o método de caça do engolidor-negro não é perfeito. Como suas presas costumam ser muito maiores que ele, a digestão pode levar algum tempo. E se o animal for muito grande, ele pode começar a se decompor antes de ser digerido.</p><p>Isso faz com que muitos gases sejam produzidos dentro do seu estômago e o resultado pode ser visto na superfície dos oceanos, eventualmente. Nessas condições, os peixes acabam morrendo e flutuando, com pedaços de peixes em decomposição expostos dentro do seu estômago.</p>

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Engolidor-negro: o peixe que devora presas com o dobro do seu tamanho

Com uma nova missão prevista para chegar ao planeta em 2025, Mercúrio ainda intriga cientistas com suas características únicas.

<p>Mercúrio é um planeta muito peculiar no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128411-6-descobertas-incriveis-sobre-o-nosso-sistema-solar-feitas-em-2023.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>. Enquanto os cientistas inicialmente previam um mundo estéril, as características como campo magnético, gelo polar e atividade vulcânica desafiam essa visão, sugerindo uma história mais complexa. Embora apenas duas missões tenham alcançado Mercúrio até agora, a chegada prevista da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116444-espaconave-bepicolombo-buscara-sinais-de-vida-nas-nuvens-de-venus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">BepiColombo</a> para 2025 promete expandir significativamente nosso conhecimento sobre o planeta.&nbsp;</p><p>Essas missões, juntamente com observações feitas da Terra, têm permitido que muitos equívocos iniciais sobre Mercúrio sejam reconsiderados, destacando suas características e fornecendo informações importantes sobre sua evolução e condições atuais.</p><h2>1. Campo magnético</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29160733917024.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Planeta possui um campo magnético desalinhado. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A primeira missão a Mercúrio, Mariner 10, lançada em 1973, surpreendeu a comunidade científica ao descobrir a presença contínua de um campo magnético no planeta. O campo magnético de Mercúrio, embora cerca de 100 vezes mais fraco do que o da Terra, revela que o planeta está no fim de sua fase de desenvolvimento, caminhando para se tornar um mundo morto como Marte.</p><p>Descobertas posteriores, como aquelas feitas pela missão Messenger na década de 2010, revelaram que o campo magnético de Mercúrio está desalinhado, com o polo sul magnético deslocado do polo sul geográfico.</p><h2>2. Núcleo metálico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29160855856026.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Com um grande núcleo metálico, Mercúrio é o segundo planeta mais denso do Sistema Solar. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Mercúrio é um planeta incrivelmente massivo, e apesar de possuir um diâmetro menor que o da Lua, é mais de quatro vezes mais pesado que o nosso satélite natural — sendo o segundo planeta mais denso do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126916-qual-seria-a-nossa-idade-em-diferentes-planetas-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a> depois da Terra.</p><p>Sua densidade extrema é atribuída a um núcleo de ferro que compõe cerca de 60% de seu volume, enquanto o da Terra é apenas cerca de 15%. Essa estrutura interna peculiar tem gerado várias teorias sobre sua formação, incluindo a possibilidade de que sua camada externa tenha sido evaporada pelo Sol ou removida por impactos de grandes corpos celestes.</p><p>A presença de partes do manto e da crosta sugere que a colisão que deu forma ao planeta pode não ter sido frontal, mas lateral, preservando algumas de suas camadas originais. Essa configuração interna em constante agitação alimenta o campo magnético de Mercúrio.</p><h2>3. Gelo polar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29161034272027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Presença de gelo é possível devido à órbita do planeta. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Apesar de estar localizado nas proximidades do Sol, Mercúrio surpreendeu os pesquisadores ao revelar a presença de gelo nos polos, inicialmente detectado por sinais de radar na década de 1990 e posteriormente confirmado pela missão Messenger em 2012 como água congelada.</p><p>A topografia única do planeta, combinada com a sua órbita quase vertical, permite a existência de áreas de sombra permanente nas crateras próximas aos polos, onde as temperaturas caem o suficiente para manter o gelo estável ao longo de períodos geológicos.</p><p>A origem dessa água é provavelmente de asteroides que impactaram a superfície, e sua preservação nos polos de Mercúrio oferece aos cientistas a oportunidade de estudar gelo antigo em sua forma primitiva no sistema solar.</p><h2>4. Atividades vulcânicas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29161311104030.jpg" alt="(Fonte: NASA)"><figcaption>Superfície de Mercúrio registrada pelo Messenger. (Fonte: NASA / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A topografia de Mercúrio indica evidências de atividade vulcânica no passado, com planícies brilhantes espalhadas pela sua superfície, sugerindo o acúmulo de lava que suavizou características mais antigas.</p><p>O vulcanismo magmático cessou entre um bilhão e 3,5 bilhões de anos atrás devido ao resfriamento e contração do planeta, bloqueando as rotas de escape do magma. Além disso, fossas irregulares indicam a presença de vulcões piroclásticos antigos que se autodestruíram.</p><p>Essas explosões vulcânicas provavelmente foram causadas por voláteis — substâncias que conseguem passar do estado líquido para o gasoso com muita facilidade — subterrâneos que, ao se elevarem à superfície, expandiram em volume, acumulando pressão até o vulcão explodir.</p><h2>5. Uma geografia peculiar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29161147328028.jpg" alt="(Fonte: NASA)"><figcaption>Imagem de Mercúrio colorida artificialmente. (Fonte: NASA / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Mercúrio apresenta características únicas em sua superfície, como as cavidades, observadas pela primeira vez pelo Mariner 10 em 1975 e posteriormente pelo Messenger com alta resolução.</p><p>Acredita-se que essas cavidades sejam formadas pelo vazamento de voláteis para o espaço, já que Mercúrio, sem atmosfera, não possui processos erosivos como chuva e vento. Com uma idade média de cerca de 100 mil anos, as cavidades ainda estão em processo de formação.</p><p>Além disso, terrenos caóticos, como cristas embaralhadas, são observados em vastas extensões de terra, sugerindo possíveis processos de desestabilização devido à exalação de voláteis ou a interações complexas entre ondulações de impacto de asteroides que circundam o planeta.</p>

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5 curiosidades incríveis que já descobrimos sobre Mercúrio

Expectativa é que mais de três quartos dos países não serão capazes de sustentar o tamanho de sua população até 2050.

<p>A população do nosso planeta já ultrapassou a marca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123177-populacao-da-terra-devera-chegar-a-8-bilhoes-em-breve-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oito bilhões de pessoas</a>. E, por mais que para os próximos anos ainda seja possível <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103750-superlotacao-populacao-mundial-chegara-a-9-8-bilhoes-de-pessoas-ate-2050.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">verificar um padrão de crescimento</a>, a tendência é que isso não dure muito.</p><p>Segundo um estudo recente do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Universidade de Washington, estamos prestes a testemunhar uma mudança dramática nas taxas de fecundidade global. Em apenas algumas décadas, a maioria dos países enfrentará uma queda significativa nas taxas de natalidade, levando a uma redução populacional até o final do século.</p><h2>Declínio populacional</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29134740771130.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Crescimento populacional só deverá acontecer em países de baixa renda. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O principal resultado obtido pelo estudo do IHME é que mais de três quartos dos países não serão capazes de sustentar o tamanho de sua população até 2050. E até o final do século, essa deverá ser a realidade de mais de 97% dos países.</p><p>Para chegar a estas conclusões, a equipe trabalhou com um modelo que leva em conta as taxas de fecundidade das mulheres com idades entre 10 e 54 anos em 204 países, entre os anos de 1950 a 2021. A partir disso, foi realizada uma estimativa para as próximas décadas, até 2100. O estudo confirmou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115279-taxa-de-fertilidade-cientistas-preveem-queda-de-nascimentos-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outra publicação de 2020</a>, que já apontava para esta tendência.</p><p>Porém, o estudo também permitiu verificar os países que apresentam uma tendência de crescimento populacional. Aproximadamente 77% dos nascimentos são esperados em países de baixa e média-baixa renda até o final do século. Isso já segue um padrão observado em 2021, quando 29% dos nascimentos do mundo foram registrados na África subsaariana — e isso deve aumentar para mais de 54% até 2100.</p><h2>Implicações socioeconômicas e políticas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29125400514106.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Uma taxa menor de fecundidade resulta em uma população mais idosa. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A equipe do IHME destacou que os dados obtidos pelo estudo também implicam em algumas consequências que todos os países irão enfrentar. Por exemplo, uma taxa menor de fecundidade resulta em uma população mais idosa. Isso gera um problema socioeconômico para garantir uma maior qualidade de vida para essas pessoas.&nbsp;</p><p>A solução para lidar com isso pode vir de políticas públicas que estimulem os casais a terem mais filhos. Outra possibilidade, seria a flexibilização das imigrações. Isso permitiria que as pessoas nascidas em países com uma densidade populacional maior, possam contribuir economicamente em outros locais.</p><p>“Políticas sociais para melhorar as taxas de natalidade, como licença parental ampliada, creches gratuitas, incentivos financeiros e direitos adicionais de emprego, podem fornecer um pequeno impulso às taxas de fecundidade, mas a maioria dos países permanecerá abaixo dos níveis de reposição”, explicou Dra. Natalia V. Bhattacharjee, principal cientista de pesquisa do IHME. “E uma vez que a população de quase todos os países está diminuindo, a dependência da imigração aberta se tornará necessária para sustentar o crescimento econômico. Os países da África subsaariana têm um recurso vital que as sociedades envelhecidas estão perdendo — uma população jovem”.</p>

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Mais de 97% dos países deverão ter uma queda populacional até 2100

Embora um dos tremores tenha atingido a magnitude 4, especialistas afirmaram que não há motivos para preocupação.

<p>O fundo do mar na costa do Canadá tornou-se palco de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128267-vulcao-submarino-pode-ser-o-culpado-dos-maiores-terremotos-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intensa atividade sísmica</a> no início de março de 2024, desencadeando centenas de terremotos por hora. Ao todo, foram registrados <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127983-cidade-na-islandia-e-evacuada-apos-1-mil-terremotos-em-unico-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quase dois mil terremotos</a> em um único dia, incluindo um terremoto de magnitude 4,1, a cerca de 5 quilômetros abaixo do nível do mar.</p><p>Porém, os pesquisadores não encontraram motivos para maiores preocupações. Além da maioria dos tremores terem sido muito fracos, eles também serviram para que mais dados pudessem ser extraídos sobre a situação do fundo do mar na região.</p><p>Essa não foi a primeira vez que uma grande quantidade de terremotos foi registrada no local. Isso indica que a crosta pode ter acumulado uma abundância de estresse, que resulta nos tremores e na liberação de magma no mar.</p><h2>Nova crosta oceânica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/24/24033321388000.jpg" alt="Registros ocorreram a mais de 200 quilômetros da Ilha de Vancouver. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Registros ocorreram a mais de 200 quilômetros da Ilha de Vancouver. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Uma das suspeitas dos pesquisadores que monitoraram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125002-fluidos-que-jorram-do-fundo-do-oceano-podem-ajudar-a-prever-terremotos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atividade sísmica</a>, é que ela pode indicar uma iminente ruptura magmática. Isso ocorre quando uma câmara de magma submarina vaza pelas fendas das placas tectônicas e entram em contato com a água do mar. O magma resfria rapidamente e, ao se solidificar, pode dar origem a uma nova crosta oceânica.</p><p>Os terremotos foram registrados no segmento Endeavour, que está localizado na Placa Juan de Fuca, a cerca de 240 quilômetros da Ilha de Vancouver. Embora esse tipo de atividade possa causar um risco aos ecossistemas locais, a equipe não acredita que seja o caso.</p><p>O segmento Endeavour é uma região bastante conhecida por sismólogos, por apresentar picos de atividades sísmicas em intervalos de aproximadamente 20 anos. O último registro igualmente intenso é de 2005, mas desde 2018, já são observados aumentos na atividade no local.</p><h2>Sem maiores riscos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/24/24034714822001.jpg" alt="Apesar da quantidade, terremotos não ofereceram riscos na costa do Canadá. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Apesar da quantidade, terremotos não ofereceram riscos à costa do Canadá. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Ao contrário do que pode parecer, não há motivos para que as pessoas fiquem preocupadas com os terremotos registrados. De acordo com Kate Moran, Presidente e CEO da Ocean Networks Canada, todos os tremores ocorreram muito longe da costa, para poderem representar algum risco às pessoas. Moran preferiu ver as atividades sísmicas como algo importante para a comunidade científica, uma vez que permitiram a obtenção de novos dados.&nbsp;</p><p>Além disso, Zoe Krauss, outra pesquisadora que acompanhou os registros, comparou a maioria dos tremores com “pequenos estalos”. Isso porque, dos quase dois mil terremotos, a maioria era inferior à magnitude um. Krauss também se mostrou animada, pois foi possível verificar onde as coisas estão acontecendo embaixo do oceano.</p>

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Quase 2 mil terremotos foram registrados na costa do Canadá em um único dia

Doença pode ser uma consequência de um mecanismo de defesa que ataca as células do próprio cérebro.

<p>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128751-alzheimer-pode-ser-transmissivel-em-condicoes-rarissimas-revela-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a> é a doença neurodegenerativa mais conhecida que existe. Apesar disso, ela continua a desafiar a medicina e a afetar milhões de pessoas em todo o mundo. Com sua progressão lenta e insidiosa, esta condição não apenas rouba a memória das vítimas, mas também compromete suas <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128132-encolhimento-do-hipocampo-pode-ser-um-sinal-de-alzheimer-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">habilidades cognitivas</a>, afetando suas vidas e as daqueles que os cercam.</p><p>Atualmente, o Alzheimer não possui cura e uma das principais razões para isso são as muitas incertezas sobre como a doença se inicia. Exceto pelo fator genético — que pode contribuir com até <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127462-5-informacoes-enganosas-sobre-o-mal-de-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5% dos casos</a> —, ainda não se sabe o que causa o surgimento e o desenvolvimento do Alzheimer.</p><h2>Parados no tempo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08150457989162.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Por anos, os estudo negligenciaram outras possíveis causas para o Alzheimer. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Durante anos, pesquisadores têm se dedicado a encontrar diferentes abordagens para o tratamento do Alzheimer. De modo geral, a maioria delas se concentraram em tentar evitar a formação prejudicial de aglomerados de uma proteína chamada beta-amiloide. Isso fez com que as placas de beta-amiloide tenham sido consideradas por muito tempo a causa primordial da doença.</p><p>Infelizmente, essa insistência fez com que diversos estudos não chegassem a um resultado satisfatório na busca de uma cura — além de negligenciar alternativas mais promissoras. Hoje, grupos de cientistas ao redor do mundo procuram olhar para outras possibilidades, na tentativa de recuperar um pouco desse “tempo perdido”.</p><p>No Instituto Cerebral Krembil, integrante da Rede de Saúde da Universidade de Toronto, pesquisadores têm elaborado uma nova teoria sobre a doença de Alzheimer. Hoje, eles não a consideram mais como exclusivamente uma doença cerebral. Em vez disso, a equipe encara a doença predominantemente como um transtorno do sistema imunológico dentro do cérebro.</p><h2>Uma doença autoimune?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08150605682165.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Estudo ainda não é conclusivo, mas oferece novas possibilidades para compreender a doença. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O sistema imunológico é uma rede complexa de células e moléculas distribuídas por todo o corpo, trabalhando em conjunto para proteger contra invasores estrangeiros e promover a reparação de tecidos danificados. Em resposta a danos cerebrais ou à presença de bactérias, a beta-amiloide é ativada como parte de uma resposta imune abrangente.&nbsp;</p><p>No entanto, sua estrutura molecular compartilha semelhanças notáveis com as membranas bacterianas, levando-a a atacar erroneamente as próprias células cerebrais que deveria proteger. Esse erro de identificação desencadeia um processo de degeneração progressiva das células cerebrais, culminando em demência, característica da doença de Alzheimer.</p><p>Embora ainda não conclusivo, a compreensão do Alzheimer a partir de estudos distintos pode nos colocar mais próximos de uma cura para a doença. Eles oferecem novas visões sobre as possíveis causas e, consequentemente, sugerem a necessidade de um redirecionamento nos esforços terapêuticos, buscando tratamentos que modifiquem a resposta imunológica cerebral de forma mais direcionada e eficaz.</p>

Robinson Samulak Alves