Imagem de A evolução explica porque não fomos feitos para nos exercitarmos no megacurioso

Poupar energia para atividades essenciais fez com que nós evitássemos gastar calorias desnecessariamente

<head></head><body>No dia 2 de outubro, Antonio Drauzio Varella se tornou o atleta mais velho a conquistar a mandala das Six Majors — as seis maiores maratonas do mundo: Chicago, Nova York, Boston, Tóquio, Londres e Berlim. O médico conquistou a honraria aos 79 anos, 5 meses e 1 dia.Porém, embora exemplos como Drauzio Varella não sejam raros, eles contradizem um processo natural de evolução para a nossa espécie. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113135-evolucao-humana-pode-explicar-relacao-entre-exercicios-e-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mesmo sendo muito natural que pratiquemos atividades físicas</a>, nós nunca fomos “programados” para isso.<h2>Ignorando a evolução</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/13/13014035068008.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Daniel Lieberman é paleoantropólogo na Universidade de Harvard e explica que não há qualquer indício em nosso passado que sugira que os humanos tenham evoluído para praticar atividades físicas. Nosso corpo se desenvolveu para evitar esforços desnecessários, e os exercícios são muito recentes para a nossa espécie.Na verdade, essa característica que é comum para quase todos os animais. Dos menores peixes aos maiores predadores, poupar energia está relacionado com o sucesso evolutivo. No passado, nosso corpo sabia que obter recursos nem sempre era uma certeza.Se voltarmos no tempo e pensarmos enquanto ainda éramos caçadores/coletores, não faria sentido sair para uma corrida matinal, por mais curta que fosse. Seria uma perda de calorias que não iria resultar em nenhum ganho. E pior, essa calorias fariam falta no resto do dia.Embora seja algo relacionado ao nosso passado, nosso corpo não se esqueceu disso. E esse é um dos motivos que podem tornar a atividade física muito mais trabalhosa do que gostaríamos. Hoje nós não precisamos mais armazenar tanta energia para atividades de caça ou para nos protegermos de predadores, mas nosso corpo ainda não aprendeu isso.&nbsp;E mesmo que os exercícios ajudem a liberação de hormônios como endorfina e serotonina — que promovem a sensação de recompensa e de felicidade —, nosso cérebro nem sempre associa o bem-estar às atividades físicas. Isso prova que mesmo sendo benéfico, começar a se exercitar pode ser (naturalmente) difícil.&nbsp;<h2>Como fugir da nossa “programação natural”</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/13/13014144345009.jpg" alt="Drauzio Varella após conquistar a mandala das Six Majors. (Fonte: Abbott World Marathon Majors)">Drauzio Varella após conquistar a mandala das Six Majors. (Fonte: Abbott World Marathon Majors)Lieberman sugere que, para fugir desse comportamento natural de sedentarismo, é preciso “jogar com ele”. A coisa mais importante é não se cobrar, nem se preocupar tanto. Nossos antepassados não eram atletas, e nós estamos lutando contra uma parte da nossa biologia. Conhecer essa dificuldade é o primeiro passo para superá-la.Além disso, ninguém precisa começar correndo uma maratona toda a manhã. Existem pesquisas que mostram que <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120792-os-efeitos-surpreendentes-de-atividades-fisicas-em-grupo-para-o-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">150 minutos de exercício por semana já ajudam a reduzir as taxas de mortalidade em até 50%</a>. Isso equivale a 21 minutos por dia. Portanto, você não precisa se cobrar só porque outras pessoas ficam 5 horas malhando.Mas Lieberman também alerta para a importância de não parar. <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/102870-10-mitos-sobre-atividades-fisicas-emagrecimento-e-alimentacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Uma semana longe das atividades já é o suficiente para nosso tecido muscular enfraquecer</a>. Além disso, algumas pessoas associam a velhice com um período no qual não precisamos ser muito ativos. Mas a verdade é que nós evoluímos para sermos ativos durante toda a nossa vida. E, nesse caso, o melhor é seguir o exemplo do Drauzio Varella.</body>

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A evolução explica porque não fomos feitos para nos exercitarmos

Imagem de Sidney Reilly, o James Bond da vida real no megacurioso

Nascido na Rússia, Sidney Reilly também atuou como agente duplo no Japão e inspirou a criação do 007

James Bond foi o respons&aacute;vel por popularizar e por romantizar a imagem dos agentes secretos. O personagem criado por&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123135-james-bond-007-o-legado-da-franquia-apos-60-anos-de-dr-no.htm" target="_blank" title="James Bond 007: o legado da franquia ap&oacute;s 60 anos de Dr. No">Ian Fleming</a> como o 007 foi o s&iacute;mbolo do espi&atilde;o internacional, capaz de se infiltrar em qualquer lugar e realizar as miss&otilde;es mais desafiadoras.
E tudo isso aconteceu gra&ccedil;as a Sidney Reilly. Considerado o maior espi&atilde;o do s&eacute;culo XX, ele foi a inspira&ccedil;&atilde;o para o nascimento de James Bond. Embora seja dif&iacute;cil dizer com certeza o que &eacute; realidade e o que &eacute; exagero, seu legado &eacute; realmente impressionante.
<h2>Da R&uacute;ssia, com amor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/11/a-11163109539427.jpg" alt="a" />Foto do passaporte de 1918 do famoso agente de espionagem Sidney Reilly, emitido sob seu pseud&ocirc;nimo de George Bergmann. (Fonte: Wikimedia Commons)
Sidney George Reilly nasceu em 1873 na R&uacute;ssia. Sua vida &eacute; t&atilde;o misteriosa, que a data exata e a cidade onde nasceu variam conforme as fontes, assim como quem foram seus pais. Ele chegou a ser preso pela&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/107338-surgem-indicios-da-localizacao-do-tesouro-perdido-da-familia-imperial-russa.htm" target="_blank" title="Surgem ind&iacute;cios da localiza&ccedil;&atilde;o do tesouro perdido da Fam&iacute;lia Imperial Russa">Pol&iacute;cia Secreta Imperial Russa</a> na d&eacute;cada de 1890, acusado de fazer parte do grupo revolucion&aacute;rio Amigos do Iluminismo.
Depois de deixar a cadeira, Reilly fingiu sua morte e se escondeu a bordo de um navio brit&acirc;nico com destino &agrave; Am&eacute;rica do Sul. Aqui, sua hist&oacute;ria fica confusa. Algumas fontes sugerem que ele chegou no Brasil e adotou o nome Pedro e teria vivido por aqui at&eacute; 1895.&nbsp;
Nessa &eacute;poca ele se aproxima de oficiais da marinha brit&acirc;nica, que se tornaram fundamentais para o seu futuro. Trabalhando como funcion&aacute;rio de navios, ele teria salvo a vida do major Charles Fothergill. Fothergill o teria recompensado 1.500 libras esterlinas, um passaporte brit&acirc;nico e passagem para a Gr&atilde;-Bretanha, onde Pedro se tornou Sidney Rosenblum. Foi assim tamb&eacute;m que ele foi indicado para trabalhar para a intelig&ecirc;ncia brit&acirc;nica. Em 1896 ele se muda para a Inglaterra e em 1899 ele muda seu nome para Sidney George Reilly.
<h2>A servi&ccedil;o secreto de sua majestade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/11/a-11163216527428.jpg" alt="a" />Uma impress&atilde;o ukiyo-e do ataque noturno a Port Arthur pela marinha japonesa. (Fonte: Wikimedia Commons)
Reilly teria executado in&uacute;meros trabalhos para o Servi&ccedil;o Secreto da Gr&atilde;-Bretanha, embora muitos n&atilde;o sejam confirmados oficialmente. Sabe-se que ele conseguiu informa&ccedil;&otilde;es sobre po&ccedil;os de petr&oacute;leo e ferrovias na R&uacute;ssia. Al&eacute;m disso, ele teria obtido informa&ccedil;&otilde;es importantes sobre o desenvolvimento de navios de guerra na Alemanha.
O mais curioso &eacute; que, al&eacute;m de espi&atilde;o, ele tamb&eacute;m foi um agente duplo, tendo trabalhado para o governo japon&ecirc;s. Ao mesmo tempo que passava informa&ccedil;&otilde;es secretas para o Servi&ccedil;o de Intelig&ecirc;ncia Secreta do Jap&atilde;o, ele tamb&eacute;m compartilhava segredos sobre o Jap&atilde;o para o governo brit&acirc;nico.
Em 1918, Reilly retornou &agrave; R&uacute;ssia para tentar combater o regime bolchevique em Moscou. A miss&atilde;o acabou fracassando e ele se viu obrigado a fugir mais uma vez de seu pa&iacute;s natal.&nbsp;
Em 1925, ele retorna &agrave; R&uacute;ssia para o que se tornou sua miss&atilde;o final. Ele deveria ir ao pa&iacute;s para tentar iniciar uma nova revolu&ccedil;&atilde;o contra o regime bolchevique, na Opera&ccedil;&atilde;o Trust. Reilly chega em Moscou mas logo &eacute; preso por oficiais do Diret&oacute;rio Pol&iacute;tico do Estado da URSS. Mais tarde descobriu-se que The Trust foi uma opera&ccedil;&atilde;o de contra-espionagem do governo sovi&eacute;tico atrair supostos revolucion&aacute;rios anticomunistas.
Reilly foi oficialmente executado no dia 5 de novembro de 1925. A ordem para a execu&ccedil;&atilde;o teria vindo diretamente de Stalin e teria sido confirmada por outros agentes infiltrados. Por&eacute;m, em 1932, Pepita Bobadilla, que era esposa de Reilly, afirmou que o marido ainda estava vivo. Ainda hoje, &eacute; dif&iacute;cil afirmar quantos e quais dos seus feitos foram reais.

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Sidney Reilly, o James Bond da vida real

Imagem de Anna Ivanovna, a imperatriz que mandou construir um castelo de gelo no megacurioso

Imperatriz russa governou por 10 anos e é lembrada por sua crueldade com aqueles que ela não gostava

Anna Ivanovna governou a R&uacute;ssia de 1730 at&eacute; a sua morte, em 1740. Ela &eacute; lembrada at&eacute; hoje por seus gostos exc&ecirc;ntricos e por alguns atos de loucura e crueldade. Seu per&iacute;odo no controle &eacute; marcado como uma era sombria da R&uacute;ssia, na qual ela era temida at&eacute; mesmo pelas pessoas da sua fam&iacute;lia.
Sua crueldade foi tamanha, que ela chegou a ordenar que um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/99298-palacio-da-elsa-conheca-o-maior-hotel-de-gelo-do-mundo.htm" target="_blank" title="Pal&aacute;cio da Elsa: conhe&ccedil;a o maior hotel de gelo do mundo">pal&aacute;cio de gelo</a> fosse constru&iacute;do para que servisse como uma c&acirc;mara de tortura. Mesmo assim, seu governo tamb&eacute;m foi respons&aacute;vel por ampliar os limites da R&uacute;ssia pela primeira vez at&eacute; a &Aacute;sia Central.
<h2>Longe da realeza</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/11/a-11161841485413.jpg" alt="a" />Retrato de Pierre Ier. (Fonte: Wikimedia Commons)
Anna nasceu em Moscou em 1693, filha do&nbsp;czar Iv&atilde; V e sua esposa Praskovia Saltykova. Ivan era o co-governante da R&uacute;ssia ao lado de seu irm&atilde;o mais novo, Pedro, o Grande. Por&eacute;m, Ivan foi afastado do poder por ser considerado mentalmente incapaz de governar. E em 1696, quando Ivan morre, Pedro assumiu o comando completo.&nbsp;
Anna foi afastada da corte por sua m&atilde;e, que a ensinou franc&ecirc;s, alem&atilde;o, religi&atilde;o, folclore e m&uacute;sica. Quando Pedro decide mudar- se para <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122858-alexandre-ii-o-czar-que-acabou-com-a-servidao-na-russia.htm" target="_blank" title="Alexandre II, o Czar que acabou com a servid&atilde;o na R&uacute;ssia">S&atilde;o Petersburgo</a>, Anna e sua fam&iacute;lia o acompanham, e &eacute; nesse momento que ela passa a se tornar mais pr&oacute;xima do poder. Em 1710, Anna se casou com Frederick William, ent&atilde;o duque da Curl&acirc;ndia (atual Let&ocirc;nia). O casamento deles foi grandioso e luxuoso, mas n&atilde;o durou muito. Frederick faleceu apenas alguns meses ap&oacute;s o casamento, e Anna se tornou a governante da Curl&acirc;ndia por quase 20 anos.
<h2>Anna na R&uacute;ssia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/11/anna-11162223128415.jpg" alt="Anna" />Anna Ivanovna da R&uacute;ssia. (Fonte: Wikimedia Commons)
Pedro II, neto de Pedro, o Grande, governou a R&uacute;ssia at&eacute; 1730. Quando ele morre sem deixar herdeiros, Anna, suas duas irm&atilde;s e as duas filhas de Pedro, o Grande, entram como poss&iacute;veis nomes para governar a R&uacute;ssia.
Como as filhas de Pedro nasceram fora do casamento, e Ivan era o irm&atilde;o mais velho de Pedro, o Grande, Anna foi a candidata mais &oacute;bvia a assumir. O fato dela ter sido uma experiente governadora de um territ&oacute;rio tamb&eacute;m ajudou na escolha.
Por&eacute;m, pouco tempo ap&oacute;s assumir o trono, Anna dispensou o Conselho Real, promoveu pr&iacute;ncipes de toda a R&uacute;ssia que apoiavam seu direito &agrave; autocracia e enviou muitos do Conselho Real para o ex&iacute;lio na Sib&eacute;ria. Ela tamb&eacute;m elaborou um complexo plano para humilhar o pr&iacute;ncipe Mikhail Golitsyn.
Mikhail havia se casado com uma italiana cat&oacute;lica. Coma Anna desprezava os cat&oacute;licos, ap&oacute;s o falecimento de sua esposa, logo ap&oacute;s o casamento, Mikhail perdeu seu t&iacute;tulo de nobreza e foi transformado em bobo da corte. Anna tamb&eacute;m o obrigou a casar-se com uma de suas empregadas e em 1739, ordenou a constru&ccedil;&atilde;o de um enorme pal&aacute;cio de gelo.&nbsp;
Ap&oacute;s a cerim&ocirc;nia, Anna obrigou que os dois passassem a noite de n&uacute;pcias no local, que possu&iacute;a camas, cadeiras e mesas feitas apenas de gelo. Os dois sobreviveram apenas porque a noiva trocou suas p&eacute;rolas pelo casaco de um dos guardas. O gigante pal&aacute;cio de gelo tamb&eacute;m se destinava a servir como uma c&acirc;mara de tortura.
Anna morreu no ano seguinte, em outubro de 1740 de problemas renais. Ela n&atilde;o deixou herdeiros e, at&eacute; hoje, as pessoas muitas vezes a descrevem como a pior governante da hist&oacute;ria russa.

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Anna Ivanovna, a imperatriz que mandou construir um castelo de gelo

Imagem de O desafio filosófico que sobreviveu por mais de 300 anos no megacurioso

Conhecido como o Problema de Molyneux, ele reflete sobre a percepção do mundo, a partir de diferentes sentidos

<head></head><body>Ao longo da história, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121756-dilema-da-filosofia-e-possivel-separar-vida-pessoal-e-profissional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filósofos sempre fizeram com que as pessoas pensassem</a> em diferentes questões com o objetivo de ampliar a nossa visão sobre a vida, sobre o planeta e outros tantos temas. Embora muitos dessas "provocações" pudessem ser respondidas de maneira lógica, ou até mesmo fosse possível comprová-las, uma perdurou por mais de 300 anos sem uma resposta conclusiva.Criado pelo naturalista irlandês William Molyneux, seu objetivo era refletir sobre a percepção do mundo, a partir de diferentes sentidos. &nbsp;<h2>O Problema de Molyneux</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05155114059212.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia commons)">(Fonte: Wikimedia commons)Em 1690, Molyneux enviou uma carta ao filósofo inglês <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121150-conheca-6-dos-principais-filosofos-iluministas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John Locke</a> — conhecido ainda hoje como o "pai do liberalismo" —, apresentando um desafio mental. Molyneaux era casado com uma mulher cega, o que o inspirou a pensar sobre a maneira como nosso cérebro compreende o mundo a nossa volta. Na carta enviada a Locke, o naturalista escreveu o seguinte:Suponha um homem, nascido cego e agora adulto, que aprendeu pelo toque a distinguir entre um cubo e uma esfera do mesmo metal e do mesmo tamanho, de modo a dizer, quando ele sente uma ou outra, qual é o cubo e qual é a esfera. Suponha então que o cubo e a esfera sejam postos sobre uma mesa e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113463-ex-cego-alega-ter-recuperado-a-visao-apos-ser-atingido-por-carro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o homem cego possa agora ver</a>. Pergunta: Se apenas por sua vista, antes de tocá-las, ele poderia agora distingui-las e dizer qual é o globo e qual é o cubo?Na mesma carta, Molyneaux oferece uma resposta. Ele afirmara que ter o conhecimento prévio pelo toque, não iria permitir que uma pessoa pudesse compreender o objeto da mesma maneira pela visão.Na sua resposta ao problema, Locke afirmou que "o homem cego, à primeira vista, não seria capaz, com certeza, de dizer qual seria a esfera e qual seria o cubo, se ele apenas olhasse para eles, mesmo que ele pudesse infalivelmente nomeá-los pelo toque e certamente distingui-los pela diferença sentida em suas formas".O Problema de Molyneux, por sua dificuldade de ser respondido empiricamente, se manteve relevante nos séculos seguintes. Algumas tentativas de experimentos para solucioná-lo foram realizadas, mas sem de maneira inconclusiva. Isso mudou em 2011.<h2>Uma solução definitiva?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05160108269214.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Embora a solução original para o problema de Molyneux tenha sido bem recebida por muito pensadores, ela nunca pode ser considerada definitiva. Porém, em 2011, Richard Held e Pawan Sinha, dois pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) conseguiram realizar um experimento que mudou tudo.A dupla liderou um experimento chamado Projeto Prakash. Nele, um grupo de crianças e adolescentes nascidos cegos congênitos foram operados para restaurar sua visão. Para poder avaliar o Problema de Molyneux de maneira empírica, depois da cirurgia os pacientes receberem brinquedos parecidos com LEGO para brincar.&nbsp;O teste consistia em pedir para que eles conectassem blocos que estavam diante dos seus olhos, com outros que eles poderiam encostar, mas não ver. O que foi observado é que as crianças não conseguiram transferir o conhecimento adquirido com o tato, para a visão.No artigo, publicado em 2011 na Nature Neuroscience, Held e Pawan afirmaram que “A nova pesquisa parece mostrar definitivamente que Locke estava certo. O cérebro não consegue entender imediatamente o que os olhos estão captando, e o cego que tem a capacidade de ver não consegue distinguir os dois objetos. Mas ele pode aprender muito rapidamente a fazê-lo”.</body>

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O desafio filosófico que sobreviveu por mais de 300 anos

Imagem de Conheça Fenrir, o gato doméstico mais alto do mundo no megacurioso

Apesar de parecer uma jaguatirica, Fenrir é dócil e ajuda seu dono a cuidar de pacientes no hospital

Gatos dom&eacute;sticos costumam ser animais relativamente pequenos. Em alguns casos, eles podem crescer um pouco mais que a m&eacute;dia e &eacute; claro, existem algumas ra&ccedil;as que s&atilde;o naturalmente grandes, como &eacute; o caso do Maine Coon.
Por&eacute;m, nada se compara com Fenrir, um gato que foi oficialmente nomeado como o mais alto do mundo pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/recordes/37841-colonel-meow-entra-para-o-guinness-como-o-gato-mais-peludo-do-mundo.htm" target="_blank" title="Colonel Meow entra para o Guinness como o gato mais peludo do mundo">Guinness World Records</a>.&nbsp;
<h2>Um gigante felino</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/11/a-11094727189042.jpg" alt="a" />(Fonte: Guinness World Records / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Fenrir &eacute; um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121129-6-animais-mitologicos-inspirados-por-historias-reais.htm" target="_blank" title="6 seres mitol&oacute;gicos inspirados em animais reais">verdadeiro gigante</a>. Ou, como seu pr&oacute;prio dono brinca &ldquo;um monstro&rdquo;. Com quase 48 cm das patas ao ombro, ele parece uma jaguatirica domesticada. Mas, na verdade, ele &eacute; muito mais d&oacute;cil do que pode parecer. O m&eacute;dico William Powers adotou Fenrir em 2019 e descreve o felino como &ldquo;um menino muito bom que pode ser segurado como um beb&ecirc;&rdquo;.
E Powers nem pode dizer que foi uma surpresa que seu gato crescesse tanto. Antes de Fenrir, ele j&aacute; possu&iacute;a outros dois gatos enormes: o Arcturus e o Cygnus. Os dois eram filhos dos mesmos gatos que deram &agrave; luz Fenrir, e eram t&atilde;o grandes quanto o seu irm&atilde;o.
Arcturus, era ainda mais alto que Fenrir na verdade, como impressionantes 48,3 cm. J&aacute; Cygnus, detinha o recorde de ter a cauda mais longa do mundo em um gato dom&eacute;stico, com pouco mais de 44,5 cm. E o que aconteceu aos irm&atilde;o de Fenrir? Infelizmente os dois foram v&iacute;timas de um inc&ecirc;ndio em 2017.
Powers lembra que tamb&eacute;m quase morreu tentando resgatar os animais. Ap&oacute;s ter ligado para a emerg&ecirc;ncia, o m&eacute;dico entrou na casa em chamas e procurou por seus gatos. Ele lembra que a fuma&ccedil;a era t&atilde;o intensa, que mal conseguia enxergar, mas que n&atilde;o queria abandonar seus companheiros. Infelizmente, o pr&oacute;prio Powers percebeu que precisava sair da casa para n&atilde;o acabar morrendo tamb&eacute;m.
&ldquo;Eu realmente n&atilde;o tenho palavras para descrever como foi&rdquo;, disse o m&eacute;dico. &ldquo;Eu fiquei muito mal por um longo tempo. Fiquei muito tempo sem trabalhar, mas depois comecei a melhorar e senti falta de ter gatos. Agora eu tenho seis. Eles fazem minha vida bem. Eles me fizeram ficar bem. Eles me deram uma raz&atilde;o para sair daquele buraco&rdquo;.
<h2>Dr. Gato</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/11/a-11094751961043.jpg" alt="a" />(Fonte: Dr. Will Powers)
Al&eacute;m de ajudar a melhorar a vida de Powers, os gatos tamb&eacute;m ajudam seus pacientes. Powers &eacute; um m&eacute;dico de fam&iacute;lia, especialista em&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122585-pesquisadores-confirmam-4-caso-de-paciente-curado-do-hiv.htm" target="_blank" title="Pesquisadores confirmam 4&ordm; caso de paciente curado do HIV">HIV</a> com foco no tratamento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122310-4-informacoes-historicas-para-celebrar-o-dia-do-orgulho-lgbtqia.htm" target="_blank" title="4 informa&ccedil;&otilde;es hist&oacute;ricas para celebrar o Dia do Orgulho LGBTQIA+">pessoas da comunidade LGBTQIA+</a>. Ele costumava levar Arcturus e o Cygnus ao hospital, para oferecer um ambiente mais confort&aacute;vel aos seus pacientes.
Hoje &eacute; Fenrir quem passa grande parte de seu tempo no hospital ajudando a confortar pacientes com HIV como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111494-estas-fotos-de-gatos-trabalhando-sao-a-fofurice-que-voce-precisa-ver-hoje.htm" target="_blank" title="Estas fotos de gatos &ldquo;trabalhando&rdquo; s&atilde;o a fofurice que voc&ecirc; precisa ver hoje">gato de terapia</a>. Ele passeia pelo escrit&oacute;rio, dorme nas mesas da sala de exames e vive implorando por guloseimas. Mas Fenrir tamb&eacute;m parece consciente da sua fun&ccedil;&atilde;o ali.&nbsp;
&ldquo;Ele atende pacientes comigo, me segue de quarto em quarto at&eacute; come&ccedil;ar a se cansar, ent&atilde;o ele geralmente fica em um quarto e se enrola em uma cadeira em algum lugar e cochila at&eacute; a hora do almo&ccedil;o. Ele nunca perde a hora do almo&ccedil;o&rdquo;, comentou Powers.

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Conheça Fenrir, o gato doméstico mais alto do mundo

Imagem de 5 curiosidades históricas bizarras que não te ensinaram na escola no megacurioso

De um urso que lutou na Segunda Guerra Mundial aos soldados brilhantes da Guerra da Secessão, a história está cheia de situações curiosas

Muitas coisas estranhas j&aacute; aconteceram ao longo da hist&oacute;ria e muitas delas acabam n&atilde;o sendo lembradas em um primeiro momento. De festas exc&ecirc;ntricas a fen&ocirc;menos que parecem inexplic&aacute;veis, a hist&oacute;ria &agrave;s vezes pode ser muito mais curiosa do que imaginamos. Abaixo, listamos cinco provas disso!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121224-3-acontecimentos-que-serviram-como-estopim-para-grandes-guerras.htm" target="_blank">3 acontecimentos que serviram como estopim para Grandes Guerras</a>
<h2>1. Europeus faziam festas para &lsquo;desembrulhar&rsquo; m&uacute;mias na Era Vitoriana</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03112210253113.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120850-6-mitos-sobre-a-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Vitoriana</a>, poucas pessoas realmente cuidavam da preserva&ccedil;&atilde;o dos restos mortais do passado. Nos s&eacute;culos XIII e XIX era at&eacute; poss&iacute;vel comprar m&uacute;mias sem se preocupar com sua preserva&ccedil;&atilde;o, e isso deu origem a um tipo de "celebra&ccedil;&atilde;o" bastante peculiar.
Enquanto algumas pessoas compravam m&uacute;mias para exibir como decora&ccedil;&atilde;o, durante a Era Vitoriana muitos ingleses faziam festas em que reuniam v&aacute;rias pessoas para desembrulhar uma m&uacute;mia lentamente, enquanto reagiam com certo horror e prazer.
<h2>2. Poloneses adotaram um filhote de urso durante a Segunda Guerra Mundial</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03112332226114.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1952, soldados poloneses encontraram um filhote de urso &oacute;rf&atilde;o durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/45071-8-misterios-da-segunda-guerra-mundial-que-continuam-sem-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>. Eles acharam uma boa ideia adotar o animal, que foi batizado de Wojtek e alistado na unidade. No ano seguinte, os militares fizeram dele um soldado do segundo agrupamento polon&ecirc;s (com patente, n&uacute;mero de servi&ccedil;o e pagamento).
Wojtek sobreviveu &agrave; guerra e mais tarde foi transferido para uma fazenda na Esc&oacute;cia. Anos depois ele foi encaminhado para um zool&oacute;gico, onde viveu o resto de seus dias em paz.
<h2>3. C&atilde;es foram usados durante a Primeira Guerra Mundial para confortar soldados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03112502916115.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante a Primeira Guerra Mundial, soldados de ambos os lados do conflito utilizaram cerca de 50.000 cachorros como &ldquo;c&atilde;es de miseric&oacute;rdia&rdquo;. Esses her&oacute;is caninos eram respons&aacute;veis por encontrar e ajudar homens feridos no campo de batalha.
Eles carregavam suprimentos m&eacute;dicos nas costas e procuravam soldados feridos. Quando um soldado era encontrado, os c&atilde;es arrancavam um peda&ccedil;o de seu uniforme, o levavam de volta ao acampamento e ajudavam outros soldados a localizar o homem. Quando um c&atilde;o encontrava um homem que n&atilde;o podia ser salvo, ele se deitava ao lado dele para que o soldado moribundo n&atilde;o tivesse que morrer sozinho.
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120836-mercy-dogs-os-caes-heroicos-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mercy dogs: os c&atilde;es heroicos da Primeira Guerra Mundial</a>
<h2>4. As bombas lan&ccedil;adas em Hiroshima e Nagasaki evaporaram algumas pessoas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03112859396116.jpg" alt="(Fonte: Forum Outer Space/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Forum Outer Space/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As bombas de Hiroshima e Nagasaki mataram cerca de 226 mil pessoas nas duas cidades. Algumas pelo efeito direto da explos&atilde;o, enquanto outras foram v&iacute;timas das consequ&ecirc;ncias do impacto.
Por&eacute;m, o choque das bombas foi t&atilde;o devastador que as pessoas pr&oacute;ximas do local da explos&atilde;o foram literalmente evaporadas. Elas tamb&eacute;m deixaram a marca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121185-as-perturbadoras-sombras-criadas-pela-bomba-atomica-de-hiroshima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sombras perturbadoras nas cal&ccedil;adas</a>, de pessoas que estavam nas ruas no momento da explos&atilde;o.
<h2>5. Uma bact&eacute;ria luminosa salvou soldados durante a Guerra da Secess&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03113109948118.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A Batalha de Shiloh, na Guerra da Secess&atilde;o, foi uma das mais brutais do conflito, tendo causado 23 mil baixas no total. Depois da batalha, alguns soldados feridos come&ccedil;aram a emitir um brilho azul-esverdeado. Embora ningu&eacute;m soubesse o motivo pelo qual eles brilhavam, os m&eacute;dicos notaram que os soldados que o tinham pareciam se recuperar mais r&aacute;pido. Assim, apelidaram o fen&ocirc;meno de &ldquo;Brilho de Anjo&rdquo;.
Em 2001, Bill Martin, um estudante do ensino m&eacute;dio, investigou as poss&iacute;veis explica&ccedil;&otilde;es para o brilho e descobriu que provavelmente era causado por uma bact&eacute;ria chamada Photorhabdus luminescens. E o poss&iacute;vel motivo para os soldados que apresentavam o brilho terem sobrevivido &eacute; que essa bact&eacute;ria pode ter consumido as outras que os soldados pegaram no campo de batalha.

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5 curiosidades históricas bizarras que não te ensinaram na escola

Imagem de 6 animais que conseguem prender a respiração por muito tempo no megacurioso

De tartarugas a focas, alguns animais podem passar várias horas sem respirar, seja para caçar ou enquanto dormem

<head></head><body>Em 2021, o croata <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118298-croata-fica-mais-de-24-minutos-sem-respirar-e-bate-recorde-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Budimir Buda Šobat</a> bateu o recorde de maior tempo embaixo da água sem respirar. Ele prendeu a respiração por pouco mais de 24 minutos, o que é um feito quase inacreditável para um ser humano. Porém, outras espécies de mamíferos e répteis conseguem superar esse tempo com certa facilidade.Abaixo nós listamos os cinco animais que conseguem prender a respiração por mais de uma hora — ou quase.<h2>1. Tartaruga cabeçuda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03230624790004.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121283-6-fatos-intrigantes-sobre-as-tartarugas-marinhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tartarugas marinhas</a> são conhecidas por serem excelentes nadadoras. E um dos motivos disso é a capacidade que elas têm de ficar horas sem respirar. De maneira geral, seus mergulhos costumam durar cerca de uma hora, mas a tartaruga cabeçuda pode ficar mais de 10 horas embaixo da água.Como são animais de sangue-frio, as tartarugas não perdem tanto oxigênio para se manter aquecidas. Isso permite que elas possam segurar a respiração por muito mais tempo que os mamíferos, sem precisar gastar muita energia para isso.<h2>2. Baleia-bicuda-de-cuvier</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03230333210003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A maioria dos mamíferos aquáticos não consegue ficar mais de 30 minutos sem respirar. Porém, alguns cetáceos conseguem diminuir o batimento cardíaco quando precisam fazer mergulhos mais profundos, garantindo um tempo extra. Mas nenhum deles consegue chegar perto da baleia-bicuda-de-cuvier.Essa baleia — que está mais próxima dos golfinhos — pode mergulhar a profundidades de até três mil metros e consegue prender a respiração por cerca de três horas e 40 minutos, embora o tempo médio costume variar entre uma hora e 90 minutos.<h2>3. Elefante-marinho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03230108141002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Descoberto somente em 2020, as mais de três horas da baleia-bicuda-de-cuvier são um recorde absoluto. Até lá, acreditava-se que os elefantes-marinhos eram os mamíferos que conseguiam passar mais tempo embaixo da água.Esses gigantes, parentes das focas, podem mergulhar até cerca de mil e duzentos metros de profundidade e segurar a respiração por até duas horas — embora normalmente apenas as fêmeas costumem ficar tanto tempo sem respirar.<h2>4. Cachalote</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03225901000001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Assim como a baleia-bicuda-de-cuvier, as cachalotes pertencem ao grupo dos cetáceos com dentes, os odontocetos, o que também as coloca mais próximas dos golfinhos e das orcas do que das baleias.Como os seus parentes, as cachalotes também conseguem ficar um bom tempo sem respirar. São aproximadamente 90 minutos embaixo da água, possibilitando também que esses animais mergulhem a profundidades superiores aos dois mil metros.&nbsp;<h2>5. Focas</h2><blockquote class="twitter-tweet">How a seal sleeps <a href="https://t.co/nZZsLHYb8X">pic.twitter.com/nZZsLHYb8X</a>— Round Boys (@round_boyz) <a href="https://twitter.com/round_boyz/status/1574924138019373061?ref_src=twsrc%5Etfw">September 28, 2022</a></blockquote>As focas estão entre os mamíferos aquáticos mais carismáticos do mundo animal. Mas também são excelentes mergulhadoras. O tempo que elas podem ficar em baixo da água varia muito conforme a espécie, mas no geral, os mergulhos não costumam passar dos 40 minutos. A foca-de-weddell, no entanto, pode chegar a uma hora e dez minutos enquanto está caçando, ou para dormir.<h2>6. Preguiça</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/04/04004541236000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109374-6-coisas-legais-que-voce-talvez-nao-saiba-sobre-bichos-preguica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As preguiças são conhecidas por se deslocarem lentamente</a>. Isso acontece porque o metabolismo desses animais é extremamente baixo, e para não gastar energia demais elas diminuem o ritmo ao máximo. E como o metabolismo delas é baixo, elas também não precisam gastar energia respirando com a mesma frequência que outros animais.Isso permite que elas fiquem cerca de 40 minutos sem respirar. Mas mesmo sendo excelentes nadadoras, elas não costumam passar muito tempo fora d'água e ficam esse tempo sem respirar enquanto descansam mesmo.</body>

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6 animais que conseguem prender a respiração por muito tempo

Imagem de Sílfio, a planta 'milagrosa' que pode ter sido redescoberta no megacurioso

Conhecida por seus vários benefícios, a planta foi dada como extinta no primeiro século d.C.

<head></head><body>Durante uma boa parte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Romano</a>, o sílfio foi utilizado para as mais variadas funções. Seu uso médico podia variar de aliviar dor de estômago até a remoção de verrugas. Para os cozinheiros, a planta era um tempero essencial e durante o reinado de Júlio César, as mudas de sílfio foram avaliadas pelo mesmo preço da prata.A planta foi documentada pela primeira em 638 a.C., na costa da Cirenaica — no que hoje é a Líbia. Porém, no primeiro século d.C. o sílfio desapareceu, no que historiadores acreditam ter sido a primeira extinção registrada de qualquer espécie, planta ou animal. Ou, acreditavam.<h2>Uma sobrevivente do passado?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28104135940200.jpg" alt="Texto.">Texto.Há quase 1.300 km de onde o sílfio foi descoberto, Mahmut Miski acredita ter encontrado pela primeira vez, em mais de dois mil anos, o que pode ser indícios de que a planta não foi extinta. Enquanto fazia sua pesquisa de pós-doutorado com férulas — um grupo de plantas parentes da cenoura — em 1983, ele reparou em um grupo com características bastante peculiares.Miski é professor de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120325-vapores-terapeuticos-da-fumaca-medicinal-aos-nebulizadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">farmacognosia</a> — o estudo de medicamentos derivados de fontes naturais — da Universidade de Istambul. Quando começou o trabalho com férula, ele não havia associado aquela planta que crescia perto de uma pequena vila da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122345-ate-1960-pessoas-ainda-viviam-em-cavernas-na-capadocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Capadócia</a> com o sílfio. Ao analisar a espécie, ele concluiu se tratar de uma planta que havia sido coletada apenas uma vez em 1909.Miski começou a estudar aquela férula e descobriu que ela poderia ser uma mina de ouro. Ele encontrou, entre os compostos da planta, alguns com propriedades de combate ao câncer, anticoncepcionais e anti-inflamatórios. Além disso, ele espera que outros compostos ainda possam ser descobertos.<h2>Uma planta milagrosa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28104604491202.jpg" alt="Texto.">Texto.“É como se você combinasse meia dúzia de plantas medicinais importantes em uma única espécie”, comentou Miski sobre sua descoberta. Como o sílfio foi dado como extinto por dois milênios, é praticamente impossível ter certeza que esta é a mesma espécie. Durante todo esse período, naturalistas procuraram sem sucesso por um exemplar que correspondesse aos registros do passado.Desde o início do século XIX, três espécies de férula são citadas como potenciais candidatas a ser o sílfio. Porém, nenhuma delas possui todas as características descritas. Agora, a descoberta de Miski parece ser a que mais se aproxima do sílfio. Sua única divergência com a planta original é o local onde ela cresce.A férula leva cerca de dez anos para amadurecer. Isso explica tanto a dificuldade por encontrá-la, como a facilidade com que ela foi extinta. Seu uso abusivo e o desenvolvimento lento, combinaram na provável destruição da espécie. Miski tem cultivado a sua férula, mas o interesse comercial já tem se mostrado um perigo para ela novamente.&nbsp;O professor estima que atualmente existam apenas 600 plantas individuais no mundo. Se são descendentes que resistiram ao tempo, ou uma espécie próxima, é difícil saber. Porém, Miski alerta que se o consumo for exagerado, podemos perder novamente uma das plantas mais importantes de todos os tempos.</body>

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Sílfio, a planta 'milagrosa' que pode ter sido redescoberta

Imagem de Guaxinins são mais inteligentes do que você imagina no megacurioso

Guaxinins são capazes de avaliar o ambiente humano e interagir com ele para tirar proveito disso e conseguir alimentos

<head></head><body>No livro Somos inteligentes o bastante para saber quão inteligentes são os animais?, o biólogo holandês Frans de Waal descreve uma série de comportamentos para discutir a inteligência de diferentes animais. De primatas a insetos, ele explica algumas atitudes que parecem típicas de humanos, mas são mais comuns do que podemos imaginar no reino animal.Porém, uma espécie que não ganhou destaque nas páginas do livro são os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116686-11-fotos-que-comprovam-a-fofura-e-esperteza-do-guaxinim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guaxinins</a>. Esses parentes dos nossos quatis, que são vistos com frequências em cidades da América do Norte e em algumas reservas, parecem simpáticos e têm um olhar de quem está prestes a aprontar alguma coisa. Mas, além disso tudo, eles podem ser muito mais inteligentes do que imaginamos.<h2>Analisando os guaxinins</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27213152127001.jpg" alt="">Entre 2015 e 2019, Lauren Stanton da Universidade da Califórnia estudou dezenas de guaxinins em busca de traços de personalidade e, mais tarde, de cognição. A pesquisa começou com a captura de alguns animais, marcados e acompanhados por radiofrequência.Entre 2018 e 2019, teve início a parte dos testes cognitivos. Stanton utilizou uma caixa de Skinner para avaliar a reação dos guaxinins para conseguir comida. A caixa de Skinner é um teste para descrever e tentar prever o comportamento de animais. Stanton utilizou uma na qual os guaxinins podiam obter comida simplesmente se aproximando dela ou aprendendo a operá-la e pressionando o botão correto.A conclusão que Stanton chegou com o experimento é que há uma correlação entre guaxinins com traços dóceis e guaxinins que aprenderam a operar a caixa com sucesso. Esse resultado permitiu a pesquisadora concluir que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/memes-e-virais/75821-guaxinim-usa-truque-para-pedir-mais-comida-nos-eua-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guaxinins são capazes de observar e aprender com os humanos</a>. Isso é importante tanto para determinar situações mais ou menos perigosas, como para ter mais sucesso na hora de procurar alimentos.<h2>Aprendendo a viver entre humanos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27212445141000.jpg" alt="">Nas últimas décadas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116602-vida-bandida-guaxinins-invadem-banco-nos-eua-e-roubam-biscoitos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guaxinins e outros animais foram forçados a dividir espaço com os humanos</a>. Os estudos de Stanton são o ponto de partida para entender como esses animais se adaptaram às mudanças impostas com a perda de território e com uma nova oferta de alimentos.Stanton percebeu que os guaxinins que eram mais agressivos também eram mais ativos e exploravam mais os ambientes, enquanto os mais dóceis eram mais propensos a ficar em um mesmo lugar por um longo período de tempo. Como Stanton verificou que os mais mansos também eram mais propensos a aprender a operar a caixa de Skinner, isso indica que eles têm mais facilidade para entender e manipular os ambientes.Alguns pesquisadores chamam isso de “fenótipos cognitivos reativos”. São habilidades que alguns animais desenvolvem ao perceber que ser dócil e menos reativo com os humanos pode trazer vantagens. Um guaxinim agressivo que foge à primeira vista de uma pessoa nunca aprenderá que, se tivesse ficado por perto, teria sido recompensado com cachorros-quentes.</body>

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Guaxinins são mais inteligentes do que você imagina

Imagem de Rãs de Chernobyl evoluíram para suportar radiação no megacurioso

Estudo com mais de 200 anfíbios revelou que animais próximos da Zona de Exclusão de Chernobyl possuem mais proteção à radiação

<head></head><body>Quando o reator quatro da Usina Nuclear de Chernobyl explodiu em 1986, foi liberada a maior quantidade de material radioativo no meio ambiente na história da humanidade. A alta radiação obrigou o governo soviético a isolar toda a região da usina e criar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111439-russo-acessa-zona-de-exclusao-nuclear-de-chernobyl-e-faz-registros-unicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zona de Exclusão de Chernobyl</a> — um perímetro onde <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117223-chernobyl-cientistas-reanalisam-doses-de-radiacao-30-anos-depois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os níveis de radiação</a> são tão altos que ainda hoje podem causar riscos à quem se aproxima.Por outro lado, 30 anos depois do acidente, a ausência de pessoas na região fez com que a região <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121389-longe-dos-humanos-animais-se-multiplicam-em-chernobyl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">se tornasse uma gigante reserva natural</a>. Hoje, o local está dominado por ursos, lobos, roedores, insetos, anfíbios e diversos outros animais. E uma espécie em particular chamou a atenção de dois pesquisadores da Universidade de Oviedo, na Espanha.<h2>A cor das rãs de Chernobyl</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29172544511361.jpg" alt="">Germán Orizaola e Pablo Burraco estavam cientes dos danos da radiação à vida, assim como do aumento de espécies de animais e vegetais em Chernobyl. Analisando a região, a dupla percebeu a presença de uma espécie de rã, com diversos indivíduos com uma coloração escura, quase preta.Os pesquisadores perceberam haver uma coisa diferente ali, porque esses anfíbios costumam ser verdes. Mesmo quando ocorre alguma variação, ela costuma apenas deixar o tom de verde um pouco mais escuro. Mas as rãs com a tonalidade que eles encontraram costumam ser bastante raras na natureza.Entre 2016 e 2019, eles coletaram mais de 200 rãs em 12 viveiros diferentes. A dupla dividiu a região de Chernobyl para ter um amplo gradiente de contaminação radioativa. Eles incluíam algumas das áreas mais radioativas do planeta, além de quatro locais fora da Zona de Exclusão de Chernobyl que serviam como controle.O resultado revelou que as rã capturadas nas áreas com maior radioatividade possuíam uma coloração muito mais escura do que aquelas capturadas em áreas de controle fora da Zona de Exclusão. Mas o mais interessante é que a coloração não está relacionada com os níveis de radiação que as rãs experimentam atualmente. Ela é típica dos animais de dentro ou perto das áreas mais contaminadas no momento do acidente.<h2>Evolução?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29172633200364.jpg" alt="">Assim com nos humanos, a melanina é responsável pela cor escura das rãs. Ela também funciona como uma barreira de proteção que ajuda a reduzir os efeitos negativos da radiação ultravioleta, e seu papel protetor também pode se estender à radiação ionizante. De maneira bem resumida, a melanina consegue absorver e dissipar parte da energia da radiação, além de eliminar e neutralizar moléculas ionizadas dentro da célula. A consequência disso é que indivíduos expostos à radiação podem sofrer menos danos celulares com a proteção da melanina, aumentando suas chances de sobrevivência.O que Orizaola e Burraco acreditam é que as rãs de Chernobyl podem ter sofrido um processo de rápida evolução em resposta à radiação. Eles acreditam que os animais com coloração mais escura no momento do acidente teriam sido favorecidos pela ação protetora da melanina. Mais de dez gerações de rãs se passaram desde o acidente e um processo muito rápido de seleção natural pode explicar por que as rãs escuras são agora o tipo dominante para as espécies dentro da Zona de Exclusão de Chernobyl.</body>

Robinson Samulak Alves