Anna Ivanovna, a imperatriz que mandou construir um castelo de gelo

12/10/2022 às 11:002 min de leitura

Anna Ivanovna governou a Rússia de 1730 até a sua morte, em 1740. Ela é lembrada até hoje por seus gostos excêntricos e por alguns atos de loucura e crueldade. Seu período no controle é marcado como uma era sombria da Rússia, na qual ela era temida até mesmo pelas pessoas da sua família.

Sua crueldade foi tamanha, que ela chegou a ordenar que um palácio de gelo fosse construído para que servisse como uma câmara de tortura. Mesmo assim, seu governo também foi responsável por ampliar os limites da Rússia pela primeira vez até a Ásia Central.

Longe da realeza

aRetrato de Pierre Ier. (Fonte: Wikimedia Commons)

Anna nasceu em Moscou em 1693, filha do czar Ivã V e sua esposa Praskovia Saltykova. Ivan era o co-governante da Rússia ao lado de seu irmão mais novo, Pedro, o Grande. Porém, Ivan foi afastado do poder por ser considerado mentalmente incapaz de governar. E em 1696, quando Ivan morre, Pedro assumiu o comando completo. 

Anna foi afastada da corte por sua mãe, que a ensinou francês, alemão, religião, folclore e música. Quando Pedro decide mudar- se para São Petersburgo, Anna e sua família o acompanham, e é nesse momento que ela passa a se tornar mais próxima do poder. Em 1710, Anna se casou com Frederick William, então duque da Curlândia (atual Letônia). O casamento deles foi grandioso e luxuoso, mas não durou muito. Frederick faleceu apenas alguns meses após o casamento, e Anna se tornou a governante da Curlândia por quase 20 anos.

Anna na Rússia

AnnaAnna Ivanovna da Rússia. (Fonte: Wikimedia Commons)

Pedro II, neto de Pedro, o Grande, governou a Rússia até 1730. Quando ele morre sem deixar herdeiros, Anna, suas duas irmãs e as duas filhas de Pedro, o Grande, entram como possíveis nomes para governar a Rússia.

Como as filhas de Pedro nasceram fora do casamento, e Ivan era o irmão mais velho de Pedro, o Grande, Anna foi a candidata mais óbvia a assumir. O fato dela ter sido uma experiente governadora de um território também ajudou na escolha.

Porém, pouco tempo após assumir o trono, Anna dispensou o Conselho Real, promoveu príncipes de toda a Rússia que apoiavam seu direito à autocracia e enviou muitos do Conselho Real para o exílio na Sibéria. Ela também elaborou um complexo plano para humilhar o príncipe Mikhail Golitsyn.

Mikhail havia se casado com uma italiana católica. Coma Anna desprezava os católicos, após o falecimento de sua esposa, logo após o casamento, Mikhail perdeu seu título de nobreza e foi transformado em bobo da corte. Anna também o obrigou a casar-se com uma de suas empregadas e em 1739, ordenou a construção de um enorme palácio de gelo. 

Após a cerimônia, Anna obrigou que os dois passassem a noite de núpcias no local, que possuía camas, cadeiras e mesas feitas apenas de gelo. Os dois sobreviveram apenas porque a noiva trocou suas pérolas pelo casaco de um dos guardas. O gigante palácio de gelo também se destinava a servir como uma câmara de tortura.

Anna morreu no ano seguinte, em outubro de 1740 de problemas renais. Ela não deixou herdeiros e, até hoje, as pessoas muitas vezes a descrevem como a pior governante da história russa.

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