Imagem de Primeiro avistamento de um filhote de tubarão-branco da história é registrado na Califórnia no megacurioso

Tubarão-branco recém-nascido foi avistado em julho de 2023, se tornando esta a primeira vez que se tem registro de um filhote da espécie

<head></head><body>Em um ensolarado dia de verão em 2023, o cineasta Carlos Gauna e o biólogo marinho Phillip Sternes se aventuraram nas águas da costa de Santa Bárbara, Califórnia, em busca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126705-cabo-cod-o-lugar-onde-os-tubaroes-brancos-sao-maioria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grandes tubarões-brancos</a>. O que aconteceu em seguida foi algo totalmente inesperado e histórico: eles avistaram um tubarão-branco que acreditam se tratar de um filhote, algo nunca visto até então.&nbsp;Em meio às filmagens com um drone, os pesquisadores se depararam com um tubarão-branco com características únicas, acendendo um alerta de que havia uma boa chance deles estarem flagrando um tubarão recém-nascido, com aproximadamente 1,5 metro de comprimento — um tubarão-branco adulto pode chegar a mais de 6 metros.<h2 style="text-align: justify;">Raridade em alto-mar</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31115556595109.jpg" alt="Possível filhote de tubarão-branco registrado pela primeira vez. (Fonte: Carlos Gauna/Divulgação)">Possível filhote de tubarão-branco registrado pela primeira vez. (Fonte: Carlos Gauna/Divulgação)À medida que o drone se aproximava, a dupla começou a captar imagens inéditas de uma película branca leitosa que se desprendia da cauda do jovem tubarão enquanto ele nadava. Esse fenômeno nunca havia sido documentado, e levou a especulações sobre se esse material seria um tipo de líquido amniótico ou até mesmo uma espécie de leite uterino utilizado para nutrir os recém-nascidos ainda dentro das mães.&nbsp;Outra hipótese seria de que esse vestígio "leitoso" deixado pelo animal se trata de alguma anormalidade na pele nunca registrada antes.A descoberta, agora registrada em um estudo publicado na revista Environmental Biology of Fishes, fornece uma peça importante para o quebra-cabeça do nascimento dos tubarões-brancos, algo que até hoje é desconhecido pela comunidade científica. Os cientistas sequer conseguem identificar atualmente os locais utilizados como nascedouros pela espécie.&nbsp;Especialistas destacam a importância dessas observações, ressaltando que as questões fundamentais sobre a reprodução desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128312-cranio-gigante-de-monstro-marinho-e-encontrado-no-reino-unido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gigantes marinhos</a> permanecem em grande parte sem resposta.&nbsp;O momento capturado pelos pesquisadores sugere fortemente que o tubarão não se afastou muito do local de nascimento, pois ele aparentava ser muito novo, logo, não poderia ter vindo de muito longe.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Conhecer para proteger</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31153945006219.jpg" alt="Tubarão filhote tem corpo em tom claro. (Fonte: Carlos Gauna/Divulgação)">Tubarão filhote tem corpo em tom claro. (Fonte: Carlos Gauna/Divulgação)A possível eliminação do "líquido amniótico" pelo tubarão-branco recém-nascido, como sugerido pelos pesquisadores, destaca a importância dessas descobertas para a compreensão da gestação desses predadores marinhos.Enquanto alguns mistérios persistem, como a data exata do nascimento e a natureza do fluido branco, os cientistas concordam que esta observação é verdadeiramente única, principalmente quando se pensa na futura preservação desses animais. Os grandes tubarões-brancos são atualmente listados como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119249-tubarao-branco-por-que-e-impossivel-te-los-em-cativeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vulneráveis à extinção</a>.A confirmação de que as águas ao largo da Califórnia são um berçário para esses animais pode demonstrar a necessidade de medidas de conservação mais rigorosas, com destaque para leis que protegessem a espécie. À medida que os cientistas continuam a desvendar os segredos do oceano, essa descoberta serve como um lembrete vívido da maravilha e complexidade da vida marinha, especialmente quando se trata de criaturas tão majestosas e misteriosas quanto os tubarões-brancos.</body>

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Primeiro avistamento de um filhote de tubarão-branco da história é registrado na Califórnia

Imagem de "Estrada no céu": a ferrovia Qinghai-Tibete é a mais alta do mundo! no megacurioso

Ferrovia chinesa foi um desafio da engenharia moderna e mostra um pouco da determinação e da eficiência chinesa 

<head></head><body>Na vastidão do planalto Qinghai-Tibete se estende uma maravilha de engenharia que desafia os limites da altitude: a Ferrovia Qinghai-Tibete, que recebe o singelo apelido de "Estrada no Céu" ou "Trem do Céu". Essa jornada inesquecível por quase 2 mil quilômetros leva os viajantes de Xining, no centro da China, até a sagrada Lhasa, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124853-dalai-lama-a-historia-do-cargo-de-lider-budista-do-tibete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">no Tibete</a>.&nbsp;A construção dessa ferrovia celestial é, por si só, um milagre da engenharia, superando desafios monumentais para conectar duas regiões distintas e oferecer aos passageiros uma experiência inesquecível.<h2 style="text-align: justify;">Engenharia celeste</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28222412680004.jpg" alt="O trem da linha Qinghai-Tibete viaja em trilhos elevados. (Fonte: Tibet Tour/ Divulgação)">O trem da linha Qinghai-Tibete viaja em trilhos elevados. (Fonte: Tibet Tour/ Divulgação)A Ferrovia Qinghai-Tibete é detentora de diversos recordes. O mais notável, é claro, é o de ferrovia mais alta do mundo. Isso se dá porque a estrada de ferro atinge 4.000 metros em boa parte do percurso, chegando a mais de 5 mil metros na Estação Tanggula, propiciando ao viajante uma bela vista das montanhas da região.Outra marca importante é a de ferrovia de planalto mais longa do mundo, com seus 1.956 km de comprimento. Além disso, tem a maior extensão de linha férrea em permafrost (solo permanentemente congelado) feita até hoje.&nbsp;A construção da Ferrovia Qinghai-Tibete foi realizada em duas fases. A primeira, de Xining a Golmud, concluída em 1984, enfrentou desafios menos acentuados devido ao terreno relativamente plano. A segunda, de Golmud a Lhasa, realizada entre 2001 e 2006, exigiu engenharia avançada para superar desafios como a grande altitude, o permafrost e a escassez de oxigênio.A origem da ferrovia remonta a 1955, quando o líder <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116421-pergaminho-escrito-por-mao-tse-tung-e-roubado-na-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mao Zedong</a> enviou uma equipe ao planalto tibetano para avaliar a viabilidade, pois era sabido que sua construção demandaria muito trabalho físico e mental. Superando desafios geográficos, econômicos e climáticos, a China transformou um sonho em realidade, construindo uma maravilha que rompe as alturas e conecta culturas e muita história.<h2 style="text-align: justify;">Experiência nas alturas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28221500746001.jpg" alt="Durante a viagem é possível passar pelas belas montanhas Toggulas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Durante a viagem é possível passar pelas belas montanhas Toggulas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Desde o Lago Qinghai, o maior lago da China, até o rio Tuotuo — uma das nascentes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125196-barragem-gigante-na-china-esta-desacelerando-rotacao-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio Yang-Tsé</a>, maior rio do continente asiático com mais de 6.300 km —, os passageiros da linha Qinghai-Tibete são brindados com extraordinárias paisagens. &nbsp;A partir do momento que é possível avistar as montanhas Nyenchen Tanglha, já próximo à Lhasa, cresce a sensação de que está se entrando no coração do Tibete.Embarcar no trem Qinghai-Tibete é embarcar em uma jornada sem precedentes. Por mais que a viagem seja de "tirar o fôlego", a experiência é promovida com conforto e segurança.&nbsp;Os passageiros são cuidadosamente atendidos com um sistema de fornecimento de oxigênio de dois níveis — o primeiro nível leva oxigênio ao trem, enquanto o segundo vai direto aos passageiros. Além disso, médicos do trem garantem uma viagem segura, mitigando os riscos de doenças relacionadas à altitude.&nbsp;Ao embarcar nessa jornada única, as pessoas não estão apenas viajando pelo "teto do mundo", mas testemunhando um milagre da engenharia que une dois destinos aparentemente distantes.</body>

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'Estrada no céu': a ferrovia Qinghai-Tibete é a mais alta do mundo!

Imagem de 5 formas caseiras (e criativas) de tirar manchas de água em madeira no megacurioso

Existem diversos produtos em casa que podem te ajudar a tirar aquelas manchas de água que acabam com a beleza dos móveis

<head></head><body>Você finalmente organizou aquela reunião descontraída em casa, mas a alegria é rapidamente substituída pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103873-sindrome-do-panico-o-que-fazer-para-ajudar-alguem-em-crise.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pânico</a> — e pela vergonha — ao notar anéis de água manchando seus amados móveis de madeira. Não entre em desespero, estamos aqui para salvar seus móveis e sua sanidade!&nbsp;<h3 style="text-align: justify;">Antes de começar, determine o tipo de mancha:</h3>O primeiro passo antes de começar a batalha contra as manchas é identificar o tipo de marca que está desafiando seus móveis. Manchas escuras são mais desafiadoras e, muitas vezes, permanentes, pois há grande chance da água ter entrado na madeira. Nesses casos, só um retoque resolverá o problema. No caso das manchas brancas, é sinal de que a água não penetrou na madeira, o que aumenta a esperança de resolvermos com uma solução caseira.<h2 style="text-align: justify;">1. Ferro de passar roupa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31101001640024.jpg" alt="Além das roupas, o ferro de passar pode salvar a aparência dos móveis. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Além das roupas, o ferro de passar pode salvar a aparência dos móveis. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Para manchas em móveis novos ou antigos com tons claros, o método do ferro é eficaz. Aplique calor suave sobre a mancha usando um pano limpo e sem estampas. Evite a configuração de vapor ou excesso de água, pois a madeira não é amiga da água. Paciência é a chave aqui; não force demais e pare se não houver progresso.<h2 style="text-align: justify;">2. Pasta de Dente</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31101247023028.jpg" alt="Não é apenas na escovação que o creme dental pode ser útil. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)&nbsp;">Não é apenas na escovação que o creme dental pode ser útil. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)&nbsp;Surpreendentemente, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121455-por-que-nao-devemos-molhar-a-pasta-de-dente-antes-da-escovacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pasta de dente</a> branca pode ser uma solução rápida e eficaz. O bicarbonato de sódio presente na pasta é levemente abrasivo e pode ajudar a remover a marca de água. Aplique com movimentos circulares, limpe e admire o resultado. Lembre-se de testar em uma área pequena antes de aplicar em toda a mancha.<h2>3. Secador de Cabelo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31104737766048.jpg" alt="O secador de cabelo é uma ótima ferramenta para tirar manchas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">O secador de cabelo é uma ótima ferramenta para tirar manchas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Se sua mancha é recente e clara, o secador de cabelo pode ser seu aliado improvável. Semelhante a ligar um ventilador em uma sala inundada, o calor suave do secador pode acelerar a evaporação da umidade presa no acabamento. Mas atenção, evite superaquecer a madeira, e se o acabamento ficar pegajoso, pare imediatamente.<h2 style="text-align: justify;">4. Sal de cozinha</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31103402054040.jpg" alt="Não é apenas na comida que o sal pode fazer a diferença. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Não é apenas na comida que o sal pode fazer a diferença. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Para manchas leves e recentes, o sal é uma opção valiosa. A condensação presa sob a superfície é desidratada pelo sal através da osmose, puxando a umidade para fora. Faça uma pasta grossa com sal e água, aplique na mancha, deixe agir e limpe. Após o desaparecimento da mancha, dê um toque final com um polimento para revitalizar a madeira.<h2>5. Maionese</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31105832491050.jpg" alt="Não é só no hambúrguer que a maionese pode ser uma ótima escolha. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Não é só no hambúrguer que a maionese pode ser uma ótima escolha. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Achou que a maionese só ia bem num belo sanduíche? Achou errado! A maionese — tal qual produtos como o azeite, o vinagre ou até mesmo a vaselina — pode ser uma ótima ferramenta para tirar aquela manchinha d'água que ficou no móvel. Para isso, passe a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117784-maionese-esta-ajudando-a-salvar-a-vida-de-tartarugas-marinhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maionese</a> num papel toalha e esfregue sobre a região manchada. Dependendo da proporção da mancha, talvez seja necessário aplicar a maionese na região e deixar agindo por algumas horas ou, se preferir, de um dia para o outro, removendo no final do período com um pano limpo.&nbsp;Essas soluções caseiras podem ser suas melhores armas contra as manchas de água em móveis de madeira. Experimente com cuidado e paciência, lembrando-se de que, às vezes, um toque de pátina pode adicionar charme à história de seus móveis.</body>

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5 formas caseiras (e criativas) de tirar manchas de água em madeira

Imagem de Sítio arqueológico no Maranhão revela ossos da pré-história brasileira no megacurioso

Esqueletos e artefatos antigos encontrados no local podem ajudar a escrever mais uma página da história brasileira

<head></head><body>No coração da cidade de São Luís, capital do Maranhão, uma verdadeira cápsula do tempo foi revelada no Sítio Arqueológico Chácara Rosane. A descoberta, anunciada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), revelou 43 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124883-esqueleto-antigo-com-raro-crescimento-osseo-e-encontrado-em-portugal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esqueletos humanos</a> e mais de 100 mil artefatos com até 10 mil anos, oferecendo uma fascinante janela para os povos sambaquieiros, grupos que estavam por aqui bem antes da colonização europeia aparecer.&nbsp;Localizada no bairro de Vicente Fialho, num terreno destinado à construção de prédios que atenderão ao programa Minha Casa, Minha Vida, a Chácara Rosane torna-se um testemunho vivo da longa história de ocupação humana na ilha de São Luís.<h2 style="text-align: justify;">Revelando a pré-história brasileira</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Nelyane Gomes/Iphan&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gov.br/iphan/pt-br/assuntos/noticias/sitio-arqueologico-chacara-rosane-em-sao-luis-ma-representa-marco-da-pre-historia-brasileira"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30110255209063.jpeg" alt="Esqueletos antigos são achados em Sítio Arqueológico em São Luís. (Fonte: Nelyane Gomes, Iphan / Divulgação)">Esqueletos antigos são achados em Sítio Arqueológico em São Luís. (Fonte: Nelyane Gomes, Iphan / Divulgação)A grandiosidade dessa descoberta vai além das expectativas, surpreendendo até mesmo pesquisas anteriores feitas no local na década de 1970, que não haviam revelado muitos vestígios arqueológicos.&nbsp;O monitoramento arqueológico recente realizado pela MRV Engenharia, durante o processo de licenciamento para as obras, revelou a verdadeira magnitude do sítio, que estava escondido sob camadas de solo. A partir disso, uma empresa particular de arqueologia analisou o local e determinou que estavam em cima de um<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127140-veja-os-4-maiores-tesouros-historicos-ja-encontrados-em-escavacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;grande tesouro histórico</a>.O sambaqui encontrado no local — composto por conchas, sementes e ossos de animais — trouxe à tona a existência de 43 esqueletos de seres humanos e mais de 100 mil artefatos como cerâmicas, ferramentas de pedra, conchas decoradas, entre outras peças.&nbsp;Esse achado ainda revela que existiram vários grupos ocupando o lugar ao longo dos anos, sugerindo quatro momentos distintos de presença humana.&nbsp;<h3 style="text-align: justify;">O que é um sambaqui?</h3>Os sambaquis, que na língua tupi-guarani significa "amontoado de conchas", eram edificações construídas por boa parte do litoral brasileiro feitas principalmente com conchas, moluscos, ostras, mariscos e ossos, todos amontoados e distribuídos por longas faixas (alguns sambaquis podem ter mais de 120 metros de comprimento e altura superior a 40 metros).&nbsp;De acordo com especialistas, os povos sambaquieiros eram anteriores aos povos de língua tupi, grupo que estava na costa brasileira quando os portugueses chegaram. &nbsp;Ainda não se sabe ao certo sobre todas as funções que os sambaquis desempenhavam, mas muitos pesquisadores afirmam que essas construções poderiam servir como moradia ou, até mesmo, como cemitério. &nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Salvando o passado</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30110502479064.jpg" alt="O sambaqui é constituído por um amontoado de conchas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">O sambaqui é constituído por um amontoado de conchas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)A descoberta do Sítio Arqueológico Chácara Rosane oferece insights valiosos sobre nossas origens, identidade e os primeiros capítulos da história brasileira, como afirma o professor e arqueólogo Arkley Marques Bandeira, titular da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e especialista em populações que viveram em sambaquis.Os esforços conjuntos da UFMA, IPHAN e outras universidades parceiras devem promover um estudo meticuloso desse material, proporcionando à comunidade um panorama histórico do modo de vida dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127363-extincao-em-massa-matou-98-7-dos-nossos-antepassados-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antepassados</a>.&nbsp;O resultado desses estudos será compartilhado com a sociedade por meio de um documento técnico que resume as principais informações, destacando a importância da arqueologia na preservação da memória e história do Brasil.</body>

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Sítio arqueológico no Maranhão revela ossos da pré-história brasileira

Imagem de Potosí: do reino da prata à pobreza e morte no megacurioso

Cidade boliviana, durante o Império Espanhol, chegou a ser a fonte de mais de 60% da prata global no século XVI

<head></head><body>No coração dos Andes bolivianos, a cidade de Potosí se ergue como testemunha silenciosa de séculos de prosperidade e exploração. Em 1545, Diego Gualpa, um garimpeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125157-10-invencoes-indigenas-das-americas-que-ainda-usamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indígena</a>, descobriu o depósito de prata mais rico do mundo numa montanha com mais de 4 mil metros, que ficaria conhecida como Cerro Rico&nbsp;(termo espanhol que significa "montanha rica").&nbsp;Este acontecimento desencadeou uma transformação inimaginável, levando Potosí a se tornar uma das maiores — e mais altas — cidades do mundo, rebatizada por Filipe II de Espanha como Villa Imperial de Potosí.No século XVI, acredita-se que a população da cidade tenha ultrapassado os 200 mil habitantes, tornando-se maior do que várias cidades famosas da Europa.<h2 style="text-align: justify;">Mar de prata</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/27/27142634814002.jpg" alt="A montanha de Cerro Rico é de onde nasce a prata de Potosí. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">A montanha de Cerro Rico é de onde nasce a prata de Potosí. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124975-quanta-prata-ja-foi-extraida-no-mundo.htm#:~:text=A%20maior%20pepita%20de%20prata%20da%20hist%C3%B3ria%20foi%20extra%C3%ADda%20em,tr%C3%AAs%20partes%20para%20ser%20transportada." rel="noopener noreferrer" target="_blank">prata</a> de Potosí alimentou uma rede internacional que conectou continentes, abastecendo a Europa e a Ásia após 1550. A prata era levada por lhamas através dos Andes bolivianos até o Peru, de onde subia até chegar ao istmo do Panamá, podendo assim cruzar o Atlântico em direção à Espanha e, consequentemente, à Europa.&nbsp;A partir de 1565, a prata começou a ser trafegada pelo Oceano Pacífico em direção à Manila, nas Filipinas, que na época pertencia ao Império Espanhol. De Manila, a prata era levada até a China.&nbsp;Com tanto poder gerado pelas grandes quantidades de minerais que brotavam de Cerro Rico, Potosí se apresentou como epicentro do primeiro grande desenvolvimento do intercâmbio intercontinental global, criando a primeira rede econômica e comercial verdadeiramente globalizada.&nbsp;Em 1574, Francisco Álvares de Toledo, vice-rei do Peru, cunhou as famosas "peças de oito" ou "dólar espanhol", produzidas pela Casa da Moeda de Potosí e que virariam a referência econômica do mundo na época (tal qual é o dólar americano hoje).&nbsp;Entretanto, a glória de Potosí foi acompanhada por muitos problemas, pois apesar de sua grandiosidade, sua estrutura gerou crimes, poluição, exploração e muita violência.<h2 style="text-align: justify;">Declínio irreversível</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/27/27142821388003.jpg" alt="Ainda hoje a extração de metais tem forte presença na região. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Ainda hoje a extração de metais tem forte presença na região. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Em meados do século XVIII, Potosí testemunhou um declínio sem volta. Impostos mais baixos e regimes de trabalho severos não foram suficientes para sustentar a produção de prata. A montanha, outrora fonte de riqueza infinita, estava esgotada.Hoje em dia, há centenas de trabalhadores (incluindo crianças) que mineram no lugar, mas ainda em condições desumanas, perigosas e, muitas vezes, mortais. Não é à toa que Cerro Rico&nbsp;é também conhecida pela nada pomposa alcunha de "Montanha Comedora de Gente". &nbsp;Como forma de se proteger desse perigo, os mineradores cultuam um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120409-como-o-diabo-mudou-de-cara-e-funcao-ao-longo-dos-seculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demônio</a> conhecido como El Tio ("o tio", em português), que seria um ser do submundo que protege os trabalhadores de infortúnios. Dentre os principais perigos enfrentados estão o perigo de desabamento, a silicose (doença pulmonar gerada pela poeira inalada) e a intoxicação por gás.&nbsp;Geralmente o demônio é colocado na entrada das minas, para que os mineradores façam as suas oferendas, normalmente utilizando álcool, cigarro e folhas de coca, e assim consigam ficar protegidos.</body>

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Potosí: do reino da prata à pobreza e morte

Imagem de Vacina contra malária começa a ser aplicada em população africana no megacurioso

Mais de 90% das mortes pela doença no mundo estão na África, sendo as crianças as mais afetadas. Programa pioneiro busca mudar essa lógica. 

<head></head><body>Em um marco histórico na luta global contra a malária, Camarões lançou o primeiro programa nacional de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122172-por-que-a-vacina-contra-malaria-levou-35-anos-para-ser-criada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinação contra a doença</a>, marcando um ponto de virada transformador na saúde pública africana. A iniciativa busca salvar milhares de vidas, especialmente crianças menores de cinco anos, que representam mais de 80% das mortes causadas por essa enfermidade transmitida por mosquitos.No coração dessa batalha está a vacina RTS,S, também chamada de Mosquirix, que, após uma fase piloto bem-sucedida, está sendo implementada em grande escala em todo o continente africano, com Camarões liderando a jornada.<h2 style="text-align: justify;">Momento histórico</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29104349810066.jpg" alt="Vacinação em larga escala contra a malária visa salvar milhões de crianças. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Vacinação em larga escala contra a malária visa salvar milhões de crianças. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)O pequeno Noah Ngah, de apenas seis meses, tornou-se o primeiro a receber a injeção de RTS,S, desencadeando aplausos, encorajamento e vários sorrisos no hospital da cidade de Soa, que fica a poucos quilômetros da capital Yaoundé.&nbsp;A mãe de Noah, Helene Akono, foi na contramão daqueles que <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120934-conheca-6-mitos-sobre-as-vacinas-que-devem-ser-combatidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desconfiam das vacinas</a> e expressou alívio e confiança no programa de vacinação, destacando a importância de proteger as crianças.A distribuição da vacina está ocorrendo em 42 distritos prioritários em todo o país e, de acordo com o sistema de saúde do país, deve atingir uma população de aproximadamente 28 milhões de pessoas.&nbsp;A Organização Mundial da Saúde (OMS), UNICEF e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi) endossaram a iniciativa como um "passo histórico", destacando a necessidade de uma vacinação mais ampla contra uma das doenças mais mortais para as crianças africanas.O lançamento formal ocorreu após a chegada de mais de 300 mil doses de RTS,S a Yaoundé, dois meses após o seu desembarque em novembro. Esse esforço coordenado visa desobstruir o sistema de saúde camaronesa, onde 30% das consultas estão relacionadas à malária.A vacina é ofertada a todas as crianças, gratuitamente, devendo ser administrada em quatro doses durante o programa. Inclusive, faz parte do programa incentivar os pais a levarem seus filhos para concluírem o processo de vacinação.<h2 style="text-align: justify;">Medidas adicionais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29104634357067.jpg" alt="A vacinação é feita em 4 doses. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">A vacinação é feita em 4 doses. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Embora a eficácia da vacina seja cerca de 36%, representando um avanço significativo, especialistas alertam que não é uma solução única, mas sim uma ferramenta valiosa quando combinada com outras medidas, como o uso de redes mosquiteiras, inseticidas e comprimidos contra a malária.&nbsp;Os cientistas ressaltam que, embora não resolva o problema de uma vez, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121839-vacina-como-descobrimos-a-imunizacao-contra-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina pode salvar vidas</a>, especialmente em crianças de 2 anos, as mais suscetíveis a formas graves da doença.O lançamento em Camarões sinaliza uma mudança mais ampla na abordagem à malária em todo o continente africano. Benim, Burkina Faso, Libéria e Níger estão entre os países que seguirão os passos camaroneses com programas de vacinação em larga escala.&nbsp;Com a vacinação em curso em Camarões, a visão de uma África livre da malária se torna mais tangível, reforçando a ideia de que, com esforços coordenados e inovações na saúde, é possível superar desafios de longa data.</body>

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Vacina contra malária começa a ser aplicada em população africana

Imagem de A Ilha dos Macacos: um laboratório sobre o comportamento de símios a céu aberto no megacurioso

Ilha devastada em 2017 abriga centro de pesquisa que estuda o comportamento dos primatas e suas semelhanças com os seres humanos

<head></head><body>Em setembro de 2017, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119415-como-os-furacoes-moldaram-a-sociedade-e-a-ciencia-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">furacão Maria</a> desferiu um golpe devastador em Porto Rico, deixando um rastro de destruição que afetou profundamente a vida na ilha caribenha. Ao mesmo tempo, enquanto os moradores enfrentavam desafios sem precedentes, diversos pesquisadores temiam que o trágico fenômeno tivesse atingido uma ilha próxima à costa porto-riquenha que é crucial para estudos científicos: a Ilha dos Macacos.A Ilha dos Macacos, conhecida localmente como Cayo Santiago, fica a 1,6km do litoral da costa de Porto Rico e abriga aproximadamente 2 mil macacos rhesus, uma espécie de primata que tem sua origem no território asiático.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Macacos espertos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/24/24212236851038.jpg" alt="Várias gerações já se reproduziram na ilha. (Fonte: Instituto Max Planck/ Divulgação)">Várias gerações já se reproduziram na ilha. (Fonte: Instituto Max Planck/ Divulgação)A história da Ilha dos Macacos começou na década de 1930, quando o primatologista Clarence Carpenter importou cerca de 450 macacos rhesus da Índia para estabelecer um centro de pesquisa em Cayo Santiago. O objetivo era estudar o comportamento desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128489-segundo-primata-mais-raro-do-mundo-e-flagrado-no-vietna-em-registros-exclusivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primatas</a>.O projeto foi crescendo ao longo dos anos até dar origem ao Centro de Pesquisa de Primatas do Caribe, entidade vinculada à Universidade de Porto Rico.&nbsp;Após o furacão Maria, havia temores de que a comunidade de primatas tivesse sido aniquilada pela tempestade, mas os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que os macacos tinham sobrevivido.&nbsp;Os cientistas afirmam que os macacos se salvaram da tempestade provavelmente percebendo a mudança dos ventos e agindo rapidamente. Ao que tudo indica, eles conseguiram se abrigar nas colinas, evitando serem levados pela enxurrada que varreu a região.&nbsp;A alimentação diária é a única intervenção humana na vida desses primatas. Atualmente, a dieta desses bichos inclui sementes, frutas e até biscoitos chamados Purina Monkey Chow.&nbsp;<h2>Resistindo e socializando</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/22/22121100714113.jpg" alt="A Ilha dos Macacos é o paraíso para primatologistas e biólogos. (Fonte: Instituto Max Planck/ Divulgação)">A Ilha dos Macacos é o paraíso para primatologistas e biólogos. (Fonte: Instituto Max Planck/ Divulgação)A pesquisa após o furacão revelou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126772-por-que-os-macacos-dessa-ilha-fazem-mais-sexo-com-machos-do-que-femeas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descobertas intrigantes sobre o comportamento dos macacos</a>. Os pesquisadores destacam que as interações sociais aumentaram, as redes sociais expandiram-se, e os macacos, especialmente os mais antissociais antes da tempestade, intensificaram suas conexões sociais.&nbsp;Essas observações foram parte de um estudo publicado na Current Biology, destacando como adversidades podem impactar o comportamento e a saúde desses primatas (algo muito parecido conosco humanos, como visto na pandemia).Desde sua criação em 1970, o Centro de Pesquisa de Primatas do Caribe tem sido um pioneiro na pesquisa sobre primatas. Esses estudos vão além da compreensão do comportamento dos macacos, como os experimentos sobre sufocamento em macacos, que influenciaram procedimentos de parto em humanos. Além disso, os macacos da ilha têm desempenhado um papel vital no estudo da covid-19.Apesar da notoriedade, a Ilha dos Macacos permanece fechada ao público para evitar interações desnecessárias — e perigosas. A periculosidade está no fato de que os rhesus podem transmitir herpes B, uma doença altamente letal para os seres humanos.&nbsp;Atualmente, apenas pesquisadores têm liberação para visitar a ilha e explorar os dados acumulados ao longo dos anos.</body>

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A Ilha dos Macacos: um laboratório sobre o comportamento de símios a céu aberto

Imagem de Palmadas educativas? Castigo pode ter efeitos nocivos nas crianças no megacurioso

Crianças que passaram por agressões têm maiores chances de desenvolver transtornos como ansiedade e depressão

<head></head><body>Ao longo dos anos, a discussão sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/102382-o-que-a-psicologia-tem-a-dizer-sobre-castigar-criancas-com-palmadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o uso de palmadas como método disciplinar</a> tem sido amplamente debatida. Uma pesquisa recente, publicada na revista Child Development, trouxe à tona descobertas que confirmam os resultados de décadas de estudos sobre o tema: palmadas, mesmo que brandas, podem causar danos.Conduzido por pesquisadores da Harvard Graduate School of Education, o estudo revela que palmadas alteram a resposta cerebral das crianças, de maneira semelhante aos efeitos de maus-tratos graves, aumentando a percepção de ameaças.<h2 style="text-align: justify;">Danos cerebrais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/13/13190029191000.jpg" alt="Mesmo as leves surras pode gerar danos duradouros. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Mesmo as leves surras pode gerar danos duradouros. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)A pesquisa analisou 147 crianças, algumas das quais haviam recebido palmadas durante os primeiros anos de vida, enquanto outras não. Utilizando <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113118-voce-ja-viu-uma-ressonancia-magnetica-de-um-pug.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ressonância magnética</a>, os cientistas observaram as respostas cerebrais dessas crianças diante de diversos estímulos emocionais, como expressões faciais que podiam ou não representar ameaças.&nbsp;Surpreendentemente, as crianças que haviam sofrido palmadas demonstraram uma resposta cerebral mais intensa, sugerindo que esse método disciplinar pode alterar a função cerebral de maneira comparável a formas mais severas de maus-tratos.Embora a prática de palmadas seja normalmente considerada como algo em desuso, é surpreendente constatar que ainda é amplamente utilizada por pais e até mesmo em algumas escolas, mesmo em países que proíbem esse tipo de castigo corporal.&nbsp;De acordo com Jorge Cuartas, Ph.D. de Harvard e autor do estudo, a surra não apenas se mostra ineficaz na disciplina, mas também está associada a problemas de saúde mental e dificuldades no desenvolvimento socioemocional.Os resultados da pesquisa indicam que a surra desencadeia reações cerebrais semelhantes às provocadas por experiências mais ameaçadoras, como abuso sexual. Esse impacto no cérebro pode afetar áreas cruciais para a regulação emocional e a detecção de ameaças, habilidades essenciais para o sucesso em ambientes educacionais.<h2 style="text-align: justify;">Castigos no mundo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/13/13190337042001.jpg" alt="Há diversas formas mais eficazes de educar os filhos do quer dar palmadas, alertam os especialistas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Há diversas formas mais eficazes de educar os filhos do quer dar palmadas, alertam os especialistas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Embora existam diversos países que proíbem os castigos corporais, potências como os Estados Unidos não estão incluídas nessa lista, tanto que aproximadamente um terço dos pais nos EUA admite <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121780-punicao-corporal-nas-escolas-ainda-e-permitida-nos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espancar seus filhos semanalmente</a>.No Brasil, a Lei n.º 13.010/14 modificou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e proibiu o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel, ou degradante, contra crianças. Nesse ponto estamos bem atrasados, pois países como Suécia e Finlândia já aboliram a prática há mais de 40 anos. &nbsp;Jorge Cuartas destaca a importância de reconhecer a ineficácia da surra como ferramenta disciplinar, promovendo métodos mais positivos, como a disciplina positiva.Além disso, o pesquisador enfatiza a necessidade de pressionar os governantes por políticas que proíbam os castigos corporais de maneira global, buscando extinguir definitivamente a prática em todos os países do planeta.&nbsp;Cuartas também sugere oferecer melhor apoio às famílias, compreendendo que os pais podem recorrer a palmadas devido a fatores aprendidos na infância, estresse emocional ou circunstâncias familiares complicadas.</body>

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Palmadas educativas? Castigo pode ter efeitos nocivos nas crianças

Imagem de Detox digital: desenhar pode ser uma ferramenta incrível no megacurioso

Rabiscar ou pintar podem ser práticas perfeitas para quem quer se desconectar um pouco do caos digital

<head></head><body>Das profundezas da Caverna de Blombos, na África do Sul, um testemunho de nossa conexão ancestral com a expressão e criatividade ecoa por cerca de 73 mil anos. Uma mão humana, guiada por um giz de cera primitivo, fez desenhos em um pedaço de pedra e marcou o início da jornada dessa arte como forma inicial de comunicação.&nbsp;Julia Balchin, diretora da Royal Drawing School, destaca que o desenho é nossa essência, uma linguagem intrínseca que precede fala, leitura e caminhada. O desenho, desde a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123372-como-era-a-vida-das-prostitutas-de-luxo-no-renascimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Renascença</a> até os dias atuais, evoluiu com as mudanças culturais, mas enfrentou um declínio na década de 1970. Hoje, o ressurgimento do desenho, impulsionado pela busca por terapia e uma pausa do esgotamento digital, revela-se como a desintoxicação perfeita.<h2 style="text-align: justify;">Desenhar para acalmar a mente</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/07/07221642923000.jpg" alt="Desenhar pode aliviar a mente e nos colocar longe do mundo digital. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Desenhar pode aliviar a mente e nos colocar longe do mundo digital. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Durante os confinamentos pandêmicos, a Royal Drawing School,&nbsp;uma escola de artes situada em Londres,&nbsp;viu um aumento surpreendente nas inscrições online, chegando a mais de 3 mil por semana atualmente. O desenho ao vivo na escola tornou-se uma âncora para aqueles que buscavam um toque humano em tempos de isolamento.&nbsp;Mais do que uma expressão artística, o desenho tornou-se um antídoto para o esgotamento digital, oferecendo uma conexão viva e direta que acalma mentes em um mundo acelerado. Não à toa a arteterapia, que foi reconhecida pelo NHS (sigla em inglês para Serviço Nacional de Saúde) no Reino Unido, destaca as excelentes propriedades terapêuticas do desenho.&nbsp;A experiência de artistas como Emily Haworth-Booth, que enfrentou uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128284-7-doencas-que-podem-aumentar-devido-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doença</a> que a impossibilitou de trabalhar, revela como o ato de desenhar é uma jornada terapêutica que pode levar à cura, diminuindo a ansiedade e a depressão e proporcionando uma pausa extremamente importante no mundo caótico do meio digital.&nbsp;Desenhar conscientemente, como destacado por artistas e terapeutas, torna-se uma ferramenta valiosa nesse processo. Em um mundo acelerado, o simples ato de pegar um lápis e desenhar conscientemente torna-se uma jornada terapêutica, uma desintoxicação necessária para a mente.<h2 style="text-align: justify;">Desconectar para viver</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/07/07222230202001.jpg" alt="É importante se desligar do celular e praticar um pouco de exercício físico. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">É importante se desligar do celular e praticar um pouco de exercício físico. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Por aqui, no Brasil, pesquisas já mostraram que <a href="https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/209960-brasileiros-usaram-redes-sociais-5h-diarias-2020.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podemos ficar até 5 horas por dia interagindo com redes sociais</a>, sobrecarregando nossos cérebros com informações constantes e com os mais variados estímulos. A exposição excessiva a esses ambientes digitais pode afetar negativamente a saúde mental, desencadeando sentimentos de solidão, ansiedade e depressão.Por isso, limitar o tempo que gastamos nas redes sociais todos os dias é essencial para melhorar a nossa qualidade de vida. Ao desconectar-se, nós temos a oportunidade de explorar atividades criativas, como o desenho, e focar em relacionamentos reais que serão cruciais para a nossa saúde mental.&nbsp;Outro ponto positivo dessa desintoxicação é usar o tempo que normalmente se perde conectado para fazer atividades físicas, ato fundamental para sair do sedentarismo.&nbsp;Contudo, o detox digital não é uma fuga completa e radical do mundo digital, mas sim uma reorganização que proporciona equilíbrio entre a vida online e offline.&nbsp;</body>

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Detox digital: desenhar pode ser uma ferramenta incrível

Imagem de 5 fósseis de insetos curiosos que desafiam a imaginação no megacurioso

Animais fossilizados podem trazer ao presente revelações interessantes e, às vezes, estranhas

<head></head><body>Os insetos, essas pequenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128273-4-organismos-que-evoluiram-mais-de-uma-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maravilhas da evolução</a>, têm uma longa história que remonta a cerca de 480 milhões de anos. Com mais de 900 mil espécies identificadas, essas criaturas dominam o planeta de diversas maneiras, umas mais surpreendentes que as outras.&nbsp;O registro fóssil desses seres nos presenteia com descobertas particularmente fascinantes, revelando formas de vida que desafiam tudo o que sabemos até então desses bichos. Aqui estão cinco fósseis de insetos peculiares (para não dizer 'estranhos') que destacam a diversidade incrível desse grupo.<h2 style="text-align: justify;">1) O inseto "Frankenstein"</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Arnold H. Staniczek et al.&nbsp;" data-fonte-url="https://www.researchgate.net/publication/269928641_Coxoplectoptera_a_new_fossil_order_of_Palaeoptera_Arthropoda_Insecta_with_comments_on_the_phylogeny_of_the_stem_group_of_mayflies_Ephemeroptera"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03133008775197.webp" alt="Ser encontrado no Brasil combina particularidades de diversas espécies. (Fonte: Arnold H. Staniczek et al./ Divulgação)">Ser encontrado no Brasil combina particularidades de diversas espécies. (Fonte: Arnold H. Staniczek et al./ Divulgação)Descobertos em um depósito no Brasil, os insetos apelidados de "Frankensteins" são verdadeiramente criaturas únicas e curiosas. Tal nomenclatura se dá graças ao seu corpo ter características de diversos seres juntos, como asas e segmentos do corpo de uma libélula, veias das asas distribuídas como uma efemérida e as patas dianteiras de um louva-a-deus. Logo, esses insetos desafiam as categorias convencionais, tendo múltiplos aspectos não encontrados anteriormente em outras espécies.Criando uma nova ordem chamada Coxoplectoptera, esses insetos datam de 120 milhões de anos atrás, no início do período Cretáceo. Cada larva, com seu formato corporal peculiar, sugere um estilo de vida subaquático, emboscando presas enquanto se enterrava parcialmente na lama.<h2 style="text-align: justify;">2) Inseto de olhos grandes</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;George Poinar Jr., Universidade Estadual de Oregon&nbsp;" data-fonte-url="https://today.oregonstate.edu/news/newly-identified-fossil-insect-used-360-degree-vision-and-sticky-feet-find-and-snare-its-meals"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03133450298205.jpg" alt="É possível ver na imagem claramente os olhos &quot;esbugalhados&quot; do inseto. (Fonte: George Poinar Jr., Universidade Estadual de Oregon/ Divulgação)">É possível ver na imagem claramente os olhos "esbugalhados" do inseto. (Fonte: George Poinar Jr., Universidade Estadual de Oregon/ Divulgação)Num âmbar birmanês de 100 milhões de anos, um inseto peculiar foi descoberto, ganhando o nome de exoftalmia de Palaeotanyrhina. Este pequeno ser, com pouco mais de 5 mm de comprimento, possui olhos protuberantes em forma de bulbo, proporcionando uma visão de 360 graus.&nbsp;Capturando presas com bainhas pegajosas em suas patas dianteiras, o P. exophtalma destaca-se não apenas por sua aparência única, mas também por suas habilidades de caça inovadoras.<h2 style="text-align: justify;">3) Insetos com orelhas ultrassônicas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03134404369208.jpg" alt="Fóssil de grilo preservado que indica que esses insetos possuíam audição ultrassônica. (Fonte: Dena Smith, University of Colorado/ Divulgação)">Fóssil de grilo preservado que indica que esses insetos possuíam audição ultrassônica. (Fonte: Dena Smith, University of Colorado/ Divulgação)A habilidade de ouvir <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128032-morcegos-vampiros-portadores-da-raiva-ameacam-a-saude-humana.htm#:~:text=Os%20morcegos%2Dvampiros%20vivem%20em,mudado%20isso%20cada%20vez%20mais." rel="noopener noreferrer" target="_blank">morcegos caçadores</a> é uma adaptação crucial para muitos insetos voadores. Surpreendentemente, fósseis de grilos e gafanhotos com 50 milhões de anos revelam que essas orelhas evoluíram antes mesmo dos morcegos ecolocalizadores aparecerem.&nbsp;Esses insetos antigos, preservados na Formação Green River, possuíam orelhas praticamente idênticas às dos grilos e gafanhotos modernos. Esse achado desafia a noção de que essas adaptações surgiram como resposta aos predadores contemporâneos.<h2 style="text-align: justify;">4) Inseto Alienígena</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03135337640215.jpg" alt="Cabeça triangular e olhos gigantes deram ao inseto a aparência de um extraterrestre. (Fonte: George Poinar et al/ Universidade Estadual de Oregon)">Cabeça triangular e olhos gigantes deram ao inseto a aparência de um extraterrestre. (Fonte: George Poinar et al/ Universidade Estadual de Oregon)Da Universidade Estadual de Oregon surge a descoberta de um inseto de 100 milhões de anos que desafia todas as categorias conhecidas. Chamado de Aethiocarenus burmanicus, esse inseto possui uma cabeça triangular com olhos grandes, dando-lhe uma aparência única e, segundo alguns, quase alienígena.&nbsp;Com pernas longas e corpo estreito, esse minúsculo inseto habitava fissuras em árvores, exibindo características nunca vistas em nenhuma ordem conhecida.<h2 style="text-align: justify;">5) Inseto Camuflado</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03135830183217.jpeg" alt="A incrível espécie descoberta por chineses tinha &quot;galhos&quot; para se camuflar. (Fonte: Bo Wang et al., Science Advances/ Divulgação)">A incrível espécie descoberta por chineses tinha "galhos" para se camuflar. (Fonte: Bo Wang et al., Science Advances/ Divulgação)Fósseis preservados de insetos transportadores de detritos revelam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119926-como-a-camuflagem-ajudou-na-evolucao-das-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intrigante mundo da camuflagem</a> no Cretáceo. Descobertos em âmbares birmaneses, franceses e libaneses, esses fósseis oferecem pistas da evolução inicial da camuflagem em insetos.&nbsp;Larvas crisopídeas, mirmeleontídeas e reduviídeas foram encontradas utilizando uma variedade de detritos para se camuflar, mostrando uma plasticidade evolutiva surpreendente.</body>

Victor Soares