
Estilo de vida
01/02/2024 às 04:30•2 min de leitura
Na vastidão do planalto Qinghai-Tibete se estende uma maravilha de engenharia que desafia os limites da altitude: a Ferrovia Qinghai-Tibete, que recebe o singelo apelido de "Estrada no Céu" ou "Trem do Céu". Essa jornada inesquecível por quase 2 mil quilômetros leva os viajantes de Xining, no centro da China, até a sagrada Lhasa, no Tibete.
A construção dessa ferrovia celestial é, por si só, um milagre da engenharia, superando desafios monumentais para conectar duas regiões distintas e oferecer aos passageiros uma experiência inesquecível.
O trem da linha Qinghai-Tibete viaja em trilhos elevados. (Fonte: Tibet Tour/ Divulgação)
A Ferrovia Qinghai-Tibete é detentora de diversos recordes. O mais notável, é claro, é o de ferrovia mais alta do mundo. Isso se dá porque a estrada de ferro atinge 4.000 metros em boa parte do percurso, chegando a mais de 5 mil metros na Estação Tanggula, propiciando ao viajante uma bela vista das montanhas da região.
Outra marca importante é a de ferrovia de planalto mais longa do mundo, com seus 1.956 km de comprimento. Além disso, tem a maior extensão de linha férrea em permafrost (solo permanentemente congelado) feita até hoje.
A construção da Ferrovia Qinghai-Tibete foi realizada em duas fases. A primeira, de Xining a Golmud, concluída em 1984, enfrentou desafios menos acentuados devido ao terreno relativamente plano. A segunda, de Golmud a Lhasa, realizada entre 2001 e 2006, exigiu engenharia avançada para superar desafios como a grande altitude, o permafrost e a escassez de oxigênio.
A origem da ferrovia remonta a 1955, quando o líder Mao Zedong enviou uma equipe ao planalto tibetano para avaliar a viabilidade, pois era sabido que sua construção demandaria muito trabalho físico e mental. Superando desafios geográficos, econômicos e climáticos, a China transformou um sonho em realidade, construindo uma maravilha que rompe as alturas e conecta culturas e muita história.
Durante a viagem é possível passar pelas belas montanhas Toggulas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)
Desde o Lago Qinghai, o maior lago da China, até o rio Tuotuo — uma das nascentes do Rio Yang-Tsé, maior rio do continente asiático com mais de 6.300 km —, os passageiros da linha Qinghai-Tibete são brindados com extraordinárias paisagens.
A partir do momento que é possível avistar as montanhas Nyenchen Tanglha, já próximo à Lhasa, cresce a sensação de que está se entrando no coração do Tibete.
Embarcar no trem Qinghai-Tibete é embarcar em uma jornada sem precedentes. Por mais que a viagem seja de "tirar o fôlego", a experiência é promovida com conforto e segurança.
Os passageiros são cuidadosamente atendidos com um sistema de fornecimento de oxigênio de dois níveis — o primeiro nível leva oxigênio ao trem, enquanto o segundo vai direto aos passageiros. Além disso, médicos do trem garantem uma viagem segura, mitigando os riscos de doenças relacionadas à altitude.
Ao embarcar nessa jornada única, as pessoas não estão apenas viajando pelo "teto do mundo", mas testemunhando um milagre da engenharia que une dois destinos aparentemente distantes.
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