Tricoteira conectada

31/01/2012 às 12:253 min de leitura

Fonte: Thinkstock

Passei boa parte do fim de semana organizando meu computador, o que envolve em grande parte separar, renomear e arquivar livros, revistas, receitas e vídeos sobre tricô nos seus devidos lugares. E enquanto colocava tudo em ordem percebi que existe tanto material disponível na internet – todos os meus arquivos foram pescados aqui e ali em sites de tricô – que não tem muita desculpa para quem deseja aprender a tricotar, mas não tem por perto alguém para ensinar a técnica.

Como eu já havia contado em outro post, aprendi a fazer tricô com a minha mãe. Mas teve um momento em que eu enjoei e deixei as agulhas de lado. E foi a internet – dois sites em especial – que me fez criar coragem de retomar o tricô.

Página inicial do Superziper. Fonte: superziper.com

O primeiro site que conheci foi o SuperZiper – fofíssimo de tudo, é o espaço em que a Cláudia e a Andrea escrevem suas aventuras pelo mundo craft. O mais bacana é que as meninas vão muito além do tricô e desenvolvem outras técnicas que também são superbacanas e fáceis de aprender. Conheci o site bem na época em que elas estavam fazendo um especial chamado “Tricô, Sim”, justamente para estimular e ajudar as meninas que gostariam de aprender, mas tinham dificuldades ou dúvidas quanto à técnica. Assisti todos os vídeos, li os posts sobre o assunto, conferi as dicas e fiquei morrendo de vontade de desencostar as agulhas.

Foi ainda no SuperZiper que eu descobri o segundo site que mudou a minha vida de tricoteira – o Ravelry. Mais do que um site, o Ravelry é uma rede social que foi lançada em maio de 2007 e hoje já reúne mais de um milhão de membros que compartilham idéias sobre tricô, crochê e outras técnicas semelhantes.

Página inicial (fofa!) do Ravelry. Fonte: ravelry.com

Depois de ler no SuperZiper o post em que a Andrea desvenda os detalhes do Ravelry, decidi me aventurar na rede social. O site deixa qualquer tricoteira – ou mesmo aqueles que não têm muitas habilidades – de queixo caído: são inúmeras receitas disponíveis em apenas alguns cliques. Quando entrei lá e comecei a navegar nos cantos obscuros do site, juro que nunca tinha pensado que eu poderia fazer tantas coisas – tão legais e tão bonitas – com um par de agulhas e minhas próprias mãos.

Vale a pena ler o post do SuperZiper e conferir um pouquinho do que rola no Ravelry. Mas, aqui vai um aviso: o site é viciante para quem tem o mínimo interesse nesse tipo de coisa. Dá vontade de parar de fazer tudo e passar o resto da vida tricotando... E como o site permite filtrar a pesquisa de receitas e todas elas vêm cheias de comentários sobre a dificuldade, os pontos empregados etc., é possível selecionar apenas as peças que estão dentro das suas habilidades e, aos poucos, ir dificultando um pouco o seu trabalho. Pessoalmente, depois que passei a usar o Ravelry desenvolvi muito o meu conhecimento de tricô, aprendi a fazer novos pontos e comecei a entender melhor a técnica que escolhi.

A enorme variedade de receitas de tricô disponíveis no Ravelry. Fonte: ravelry.com

Sem contar que lá é possível encontrar um sem-fim de receitas com uma qualidade muito superior do que temos em publicações nacionais. Pode até ser um pouco de ignorância da minha parte, já que não cheguei a comprar muitos livros e revistas de tricô nacionais, mas pelo pouco que tenho em casa (edições bem antigas que eram da minha mãe) e algumas que comprei quando mais velha, no Ravelry é possível encontrar itens mais bonitos e muito diferentes dos modelos tradicionais.

Para algumas pessoas o acesso ao site pode representar um problema – por ser uma comunidade internacional, a língua mais utilizada é o inglês, tanto nos fóruns quanto nas receitas. Mas nada que o inseparável glossário que as meninas do SuperZiper prepararam (viu como elas são incríveis?!) e a ajudinha de algum amigo que entenda inglês não resolva.

E já que estamos de férias e é verão, eu já retomei minhas agulhas. Gosto mais de tricotar nessa época do ano por dois motivos. Primeiro, porque as lojas estão vazias e a variedade de lãs é grande, os preços estão mais baixos e você não fica naquele aperto, em lojas cheias e ainda correndo o risco de não encontrar aquela lã que você quer ou precisa – o que sempre acontece durante o inverno. E depois, porque quando começar a esfriar já terei tricotado várias peças e posso entrar na estação mais quentinha!

Xale azul pronto e mais um xale branco em andamento. Fonte: Fabrízia Ribeiro

E o mês de janeiro está rendendo! Já tenho um xale e um bolero prontos e comecei a tricotar mais um xale. É claro que peguei as receitas no Ravelry, fiz algumas adaptações, e em poucos dias já estava com as peças prontas. E é difícil de parar – quando começo a tricotar uma peça, fico ansiosa para terminar e ver o resultado final. O bolero, por exemplo, eu fiz no domingo à noite. Em aproximadamente cinco horas a peça estava pronta e eu fui dormir bem cansada, mas superfeliz com o resultado.

Versão original da receita e meu bolero. Fonte: blog.laine-et-tricot.com e Fabrízia Ribeiro

Espero que gostem das dicas dos sites. Se derem um pulinho lá, voltem aqui para me contar o que acharam!

Até logo,
F.

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