Estilo de vida
25/10/2012 às 13:51•1 min de leitura
Confesso que eu estava distraída na colação de grau de uma amiga quando um aviso do paraninfo durante o seu discurso roubou de volta minha atenção. O professor dizia, em meio aos seus votos de boa sorte aos formandos, que temos que assumir nossas responsabilidades e parar de jogar a culpa nos outros para chegar aonde queremos.
Mas quem é que resiste a dizer que o erro aconteceu por causa de fulano e respirar aliviado pela isenção da responsabilidade?
Se a vida parece não estar caminhando de um jeito promissor como você sempre imaginou que seria, talvez seja hora de parar de culpar a falta de dinheiro, o namorado, o chefe e até Deus para o que não está dando certo.
Talvez seja preciso refazer os planos... Crédito: Thinkstock
É preciso notar até que ponto estamos dispostos a assumir que estamos desmotivados para o trabalho e precisamos arriscar uma nova vaga, que gastamos demais com coisas desnecessárias, que o parceiro não é, afinal, aquele príncipe encantado e que as coisas não darão certo apenas se os céus enviarem um prêmio da loteria para nós.
Até que ponto conseguimos dizer que a culpa é nossa, que as escolhas foram nossas, sair da zona de conforto e arriscar para ser feliz?
É claro que não é fácil admitir que temos responsabilidade pelo que somos hoje. Mas ter consciência de que nossas decisões e atitudes é que fazem a diferença hoje e sempre pode ser tão libertador quanto respirar aliviado por jogar a culpa no outro.
Afinal, como disse Martha Medeiros em sua coluna de 2009: “É de minha responsabilidade não ficar triste, não deixar ninguém me magoar, não deixar que nada de ruim me aconteça”.