Proteína óssea é capaz de queimar gordura

24/05/2012 às 14:462 min de leitura

undefinedFonte: Thinkstock

Mais uma novidade científica sobre o emagrecimento acaba de ser divulgada. Dessa vez, a notícia vem da Espanha com uma pesquisa que revelou que uma proteína óssea tem o poder de ativar a capacidade termogênica do nosso corpo, fazendo o organismo queimar gordura.

Chamada de proteína morfogenética óssea 8B (BMP8B), ela está ligada aos fatores de crescimento, formação de ossos, cartilagens e tecidos conjuntivos. Além disso, a substância desempenha um papel fundamental na regulação da termogênese no tecido adiposo marrom, conforme foi apresentado nos resultados do estudo publicado no dia 11 de maio, na Cell: a revista com maior impacto no campo da biomedicina e biologia molecular.

O grupo de profissionais do Centro de Pesquisa Biomédica em Rede de Fisiopatologia da Obesidade e da Nutrição (CIBERobn), foi liderado por Francesc Villarroya, que é professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular e diretor do Instituto de Biomedicina da Universidade de Barcelona.

Além dele, o professor Miguel López, da Universidade de Santiago de Compostela, também fez parte dos estudos em colaboração com pesquisadores de Iowa (Estados Unidos), Estocolmo (Suécia) e Cambridge (Reino Unido).

Tecido adiposo marrom

De acordo com a pesquisa, um dos principais fatores relacionados com a epidemia de obesidade é o mau funcionamento do tecido adiposo marrom. A gordura marrom é aquela que não é maléfica ao organismo — é a famosa gordura de bebê fofinho, mas que também é encontrada nos adultos como foi descoberto recentemente.

Ao contrário da gordura branca, que é o tipo mais comum e prejudicial, o tecido adiposo marrom não armazena lipídios. Em vez disso, oxida-os de modo a obter a energia que é liberada na forma de calor. Este fenômeno é conhecido como termogênese.

É justamente por essa ação que este tipo específico de gordura tem atraído a atenção dos pesquisadores como um potencial alvo terapêutico para tratar a obesidade. Porém, os mecanismos moleculares que regulam o seu funcionamento não são bem conhecidos e mais pesquisas ainda são necessárias. Por enquanto, o que já foi descoberto pode ser bastante animador para o futuro.

Para desenvolver o estudo, os cientistas testaram ratos de laboratório, injetando substâncias com a proteína morfogenética óssea 8B (BMP8B). Ao aumentar os níveis desta proteína no hipotálamo cerebral dos camundongos, os cientistas perceberam que esta ação era suficiente para elevar a temperatura corporal dos animais e, consequentemente, queimar gordura.

Em contrapartida, os ratos que não possuíam altos níveis de BMP8B eram obesos. Mesmo com os “gordinhos” mantendo uma dieta reduzida, eles tinham uma menor capacidade de queimar gordura marrom.

"Este trabalho nos encoraja a continuar a nossa pesquisa sobre a gordura marrom. Uma linha de pesquisa que vem sendo desenvolvida há anos com o objetivo de contribuir para encontrar maneiras de ativar o gasto de energia, a fim de prevenir ou tratar a epidemia de obesidade e diabetes, que é cada vez mais presente em nossa sociedade", declarou o pesquisador Francesc Villarroya.

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