Ciência
21/08/2015 às 14:06•6 min de leitura
Carros hiperesportivos são extremamente caros e os motivos para os valores altíssimos podem variar bastante: às vezes se trata de uma edição limitada, os materiais utilizados são caríssimos, o processo de produção do veículo é artesanal, como se estivéssemos tratando de obras de arte, ou tudo isso junto e mais o próprio glamour das marcas tradicionais.
Seja qual for a razão para os números astronômicos cobrados por esses modelos, uma coisa é certa: aqueles que gostam um pouco de automóveis não rejeitam a ideia de que seria a realização de um sonho ter um superesportivo na garagem.
Embora já tenhamos falado de carros clássicos que podem passar das dezenas de milhões de dólares, muito em função do seu valor histórico, hoje montamos uma lista para falar quais são os 12 carros modernos mais caros do mundo – então apertem seus cintos e preparem seus bolsos: todos são extremamente velozes e bonitos, mas cobram seu preço por isso.
Abrindo a lista está um exemplar que tem a sua fama um pouco ofuscada por marcas mais conhecidas no topo do mundo automotivo. Mas não se engane: o dinamarquês Zenvo ST1 não deve nada para as grandes referências.
Além da surpresa de ser produzido em um país com pouca tradição na manufatura de carros, os números relacionados ao veículo também impressionam: são 1.104 cavalos gerados pelo motor V8 de 6,8 litros, impulsionado por uma turbina e também por um supercharger – os dinamarqueses parecem gostar mesmo de sobrealimentação.
A velocidade máxima? Algo em torno de 375 km/h... Se ele não pegar fogo antes.
A Ferrari tem o árduo desafio de lançar, de tempos em tempos, um superesportivo que supere seu antecessor. Sempre foi assim, mas, desde o lançamento da Ferrari F40, no final da década de 80, parece que tudo ficou ainda mais difícil.
No início dos anos 2000, a montadora italiana lançou a Ferrari Enzo Ferrari, o superesportivo definitivo que simbolizava sua importância por levar o nome do criador da marca. Há 2 anos, porém, a Ferrari lançou um novo supercarro – e o que poderia ser representativo o suficiente para suceder a Enzo? Bem... A própria Ferrari.
Batizada de LaFerrari, o supercarro híbrido tem um dos designs mais bonitos entre os veículos atuais – e é um dos raros a não ser desenhado pelo estúdio Pininfarina, responsável por boa parte dos modelos da montadora.
A justificativa para que o carro custe 1,4 milhão de dólares – além de se tratar de uma Ferrari, é claro – é que ele vem com boa parte da tecnologia empregada nos carros de F1.
A LaFerrari tem um motor de 12 cilindros em V equipado com KERS (o sistema de recuperação de energia cinética) e um motor elétrico, que juntos geram aproximadamente 950 cavalos de potência e são responsáveis por gerar este som espetacular:
Além de tudo isso, apenas 499 unidades foram produzidas – e todas elas foram vendidas mais rápido do que a própria montadora esperava.
Se existe um homem capaz de tomar o mercado dos hipercarros de forma espetacular, esse cara se chama Horacio Pagani.
O argentino fundou a marca italiana que leva seu sobrenome e desde os anos 2000 ganhou muito espaço entre marcas tradicionais como Ferrari e Lamborghini com os bem-sucedidos modelos Zonda – que contaram com a consultoria de ninguém menos que Juan Manuel Fangio.
O último lançamento da montadora italiana tem nome difícil: Huayra, inspirado no deus inca dos ventos. Nada mais apropriado para um carro que tem um motor AMG V12 bi-turbo (que sopra como o vento) de 620 cavalos e um design arrojado que não se limita à parte externa: o interior do carro também parece ter saído de uma nave espacial – ou de uma galeria de arte moderna:
A Aston Martin, famosa por ter alguns de seus modelos utilizados pelo agente 007, tem como seu carro mais exclusivo e caro o One-77. O nome é uma referência à produção limitada de 77 unidades, todas vendidas pouco tempo depois do anúncio do veículo.
O corpo em alumínio é feito de forma artesanal em volta de um monocoque de fibra de carbono. Para movimentar essa obra de arte sobre rodas – o carro ganhou o prêmio de melhor design em diversas ocasiões, incluindo o Concorso d'Eleganza –, o One-77 conta com um motor V12 de 7,3 litros de 750 cavalos, podendo passar dos 350 km/h.
O grande detalhe fica por conta de uma das unidades do carro: ela é utilizada como viatura em Dubai, e já apareceu aqui no MegaCurioso junto com outros carrões que fazem parte da frota policial do emirado.
Se o Pagani Huayra já deu um nó na língua, prepare-se: a sexta posição é ocupada pelos suecos da Koenigsegg. Quem assistiu ao filme do Need for Speed (cuidado com spoilers!) deve conhecer um dos últimos modelos da marca, o Agera R.
Com o One:1, porém, o buraco é um pouco mais embaixo. A versão anabolizada do Agera foi batizada em uma referência a sua relação peso x potência. São 1.340 cavalos para 1.340 kg. Com isso, o superesportivo sueco de nome difícil pode atingir, pelo menos na teoria, insanos 440 km/h.
Para melhorar, apenas seis unidades foram produzidas – e todas foram vendidas.
O próximo carro a quebrar a marca dos 2 milhões de dólares é um modelo da Lamborghini. E ele tem uma característica um tanto quanto peculiar: não pode ser utilizado nas ruas.
Quase tudo na Sesto Elemento é feito de fibra de carbono – por isso o nome, já que o número atômico do carbono é seis –, até mesmo os bancos, que têm apenas alguns pontos estratégicos almofadados. Então não se engane achando que os 570 cavalos dele são pouco: a Sesto Elemento é capaz de fazer de 0 a 100 km/h em impressionantes 2,5 segundos.
O modelo é uma amostra do que a Lamborghini é capaz de fazer quando tem a velocidade como único objetivo, e eles foram muito bem-sucedidos nesse aspecto: todas as 20 unidades produzidas foram vendidas.
Como é costume da Ferrari, a F12 Berlinetta – assim como sua "avó", a 575M – também ganhou uma versão comemorativa da chegada da marca italiana nos Estados Unidos.
A F60 America marca o aniversário de 50 anos da viagem da Ferrari para o continente americano, e sua principal diferença em relação à F12 é o fato de ser conversível e vir com uma pintura comemorativa que representa o patriotismo norte-americano.
A mecânica, no entanto, é a mesma do carro que serviu de origem para sua criação: o mesmo V12 de 6,2 litros e 740 cavalos da F12, que leva ambos os carros de 0 a 100 km/h em pouco mais de 3 segundos.
Apenas 10 unidades foram produzidas, e todas – sem surpresa – foram vendidas.
A FXX K foi criada pela Ferrari para as pistas, e de lá não pode sair – seu uso é totalmente proibido na rua. A irmã envenenada da LaFerrari tem 1.035 cavalos e foi concebida com um único objetivo: ser rápida. Muito rápida.
Se palavras não são suficientes para convencer do potencial do carro, basta ver a reação do tetra campeão de Formula 1 Sebastian Vettel ao pilotar a FXX K:
"Mamma mia" mesmo, Vettel.
Galeria 1
Uma lista de carros mais caros ou de carros mais rápidos não pode ser levada a sério se não tiver um Veyron nela. E, no caso desta lista, não é um Veyron qualquer: é o modelo preparado pela Mansory.
Fugindo um pouco dos elementos exóticos da Bugatti, o modelo Vivere do veículo é voltado para muita ação e pouca conversa: os caras abusaram da fibra de carbono e do alumínio, modificaram a grade frontal do carro e deixaram o motor W16 de 8 litros com nada modestos 1,2 mil cavalos. Toda essa potência pode levar o veículo a impressionantes 408 km/h.
Com o mesmo montante utilizado para pagar um Veyron, você pode adquirir também o megaexclusivo Lykan Hypersport, W Motors. O carro, produzido nos Emirados Árabes Unidos, foi uma das grandes estrelas do último filme da série Velozes e Furiosos, que o lançou para o mundo.
A grande sacada que faz com que o carro chegue a cifras inacreditáveis e ocupe o terceiro posto da lista não é necessariamente sua performance, que também está longe de ser ruim: ele é equipado por um motor de seis cilindros de 770 cavalos. Porém, além de ter sido limitado a sete unidades, ele vem com alguns mimos milionários, como diamantes incrustados em seus faróis.
https://www.youtube.com/watch?v=idn_PGgl3HQ
No entanto, nem isso foi um impeditivo para que a polícia de Abu Dhabi resolvesse ter um Lykan para chamar de seu.
Galeria 2
A Sesto Elemento não foi o suficiente para satisfazer a sede da Lamborghini por um hipercarro. Por isso, eles resolveram produzir algo ainda mais insano e com um nome pra lá de sugestivo: Veneno.
Baseado no Aventador e construído para celebrar os 50 anos da marca, o carro tem um design que transpira agressividade e esportividade, e tudo isso sem deixar de ser extremamente funcional: é preciso muita aerodinâmica para manter os 740 cavalos da Veneno no chão.
O preço é por conta da exclusividade: foram cinco unidades produzidas, sendo que duas ficaram com a própria Lamborghini e três foram vendidas.
A primeira posição da lista é ocupada por mais um modelo da sueca Koenigsegg, e não se trata nem do último modelo da marca. É um CCXR da edição limitada Trevita, e seu preço exorbitante se deve a um pequeno detalhe – ou milhares de pequenos detalhes –: sua pintura contém pó de diamante assimilado à fibra de carbono.
O processo foi desenvolvido pela própria Koenignsegg e é extremamente trabalhoso, por isso apenas três unidades do CCXR Trevita foram produzidos. Eles, além de estarem entre os mais raros do mundo, são também os mais caros, sendo vendidos por 4,8 milhões de dólares.
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