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Bactérias encontradas no Atacama sinalizam esperança de vida em Marte

03/03/2018 às 13:001 min de leitura

Uma equipe internacional de pesquisadores liderada pelo cientista Dirk Shulze-Makuch, da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, descobriu que o lugar mais parecido com o planeta Marte na Terra e, aparentemente incapaz de gerar vida, na verdade não é tão estéril assim.

Estamos falando do deserto do Atacama, um lugar onde se acreditava não existir nem mesmo micróbios vivos. Porém, os pesquisadores encontraram eflorescência de bactérias especializadas após um temporal, alimentando esperanças de que colônias possam estar adormecidas nas entranhas do Planeta Vermelho.

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Deserto sem vida

O Atacama é um deserto extremamente árido. O nitrato, que poderia alimentar as bactérias, praticamente não existe na região, e as chuvas são medidas em milímetros por décadas. E embora o deserto de 10 milhões de anos seja surpreendentemente frio, com um clima mediterrâneo, ele não dispõe de água suficiente para sustentar vida.

Entretanto, segundo os pesquisadores, chuvas que caíram na região após décadas de seca ativaram colônias enterradas embaixo da superfície que estavam hibernando. Foi o bastante para que as bactérias começassem a se reproduzir de forma frenética, aproveitando ao máximo a oportunidade, gradualmente voltando a hibernar quando o solo voltou a ficar seco.

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Chances em Marte

Os cientistas já haviam encontrado organismos mortos e sinais de DNA na superfície do Atacama, mas essa foi a primeira vez em que conseguiram identificar uma forma de vida persistente na região. Para Schulze-Makuch, essas comunidades de micróbios capazes de voltar à vida com pancadas de chuva podem permanecer dormentes por centenas ou até mesmo milhares de anos, em uma condição muito similar à que você encontraria em um planeta como Marte.

Embora o ambiente do Planeta Vermelho ainda seja muito mais inóspito que o da Terra, o lugar já foi bem diferente há bilhões de anos, com mares, rios e lagos que podem ter abrigado vida. Dessa forma, é possível que, à medida que o planeta se tornava mais frio e seco, algumas formas de vida tenham se adaptado ao desenvolver uma espécie de hibernação em longo prazo.

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