Seu sono durante o dia pode ser jet lag social

11/04/2018 às 06:342 min de leitura

Todo mundo pelo menos uma vez já ouviu o despertador tocar e sentiu aquela vontade de ficar na cama por mais 5 minutinhos. Acordar cedo pode ser bem difícil, mesmo para quem está acostumado, mas atenção: quando se passa o dia todo em marcha lenta, talvez não seja só preguiça.

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Pesquisadores das UC Berkeley e Northeastern Illinois University rastrearam os perfis de atividade online de aproximadamente 15 mil estudantes, registrando suas atividades após conectados ao servidor do campus. A partir dos dados, foi feita uma diferenciação dos estudantes em três perfis, de acordo com suas atividades: “corujas da noite”, “canários diurnos” e “cotovias da manhã”.

Os resultado obtido pelos cientistas engraçadinhos, publicado no periódico Scientific Reports, mostrou que estudantes com o ciclo circadiano desregulado com o horário de suas aulas tiram notas mais baixas; ou seja, se corujas da noite estudam pela manhã, a tendência é de que tenham mais dificuldade em absorver o conteúdo das aulas.

Após a análise dos dados, os pesquisadores perceberam que a maioria dos alunos sofriam o que chamaram de “jet lag social”, condição em que os horários de pico de atenção estão em desacordo com os momentos em que eles seriam mais úteis. Além do desempenho em notas, quem enfrenta essa diferença entre horários possui mais tendência a obesidade, consumo de álcool e tabaco.

Corujas da noite são os que mais sofrem

Todos os “pássaros” da classificação sofrem o jet lag se cursam aulas em horários fora do seu ideal, mas as corujas da noite são especialmente afetadas, chegando ao ponto de não terem um bom desempenho em nenhum momento do dia.

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Na gráfico acima, os cientistas mostram como se distribuem as notas em relação ao tipo do estudante e o horário de suas aulas. As corujas estão representadas em vermelho, canários em roxo e cotovias, em azul. Nele podemos ver que as corujas têm o pior desempenho de todos devido ao jet lag social que sofrem, pois a maioria das aulas nas instituições pesquisadas ocorrem na parte da manhã.

Benjamin Smarr, coautor do estudo, sugere que, em vez de obrigar os alunos que se atrasam com frequência a irem para cama mais cedo, criando um conflito em seus relógios biológicos, deveria ser feito um trabalho para individualizar a educação. Dessa forma, o aprendizado e as aulas seriam adaptados para o momento do dia em que o aluno tivesse mais capacidade de absorver os conhecimentos.

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