Você tem ideia de como aviões eram detectados antes da invenção do radar?

13/06/2018 às 09:003 min de leitura

A Primeira Guerra Mundial foi marcada pela estreia dos aviões no campo de batalha. Oficiais mais velhos viam a novidade com ceticismo; porém, após as primeiras missões, perceberam que aquele seria um caminho sem volta.

A nova arma possibilitava uma rápida aproximação, e novas formas de defesa precisaram ser desenvolvidas. Radares ainda não existiam, então um comandante inglês desenvolveu uma forma rudimentar, mas eficaz, de detectar a presença de aviões.

Por mais estranha que a solução se pareça atualmente, ela foi utilizada por diversos países durante as duas guerras mundiais.

Origem e funcionamento

O primeiro registro de uso desse tipo de equipamento foi feito pelo militar inglês Alfred Rawlinson, que em 1916 comandava uma bateria antiaérea na costa leste da Inglaterra. Ele precisava de algo para identificar dirigíveis entre as nuvens e montou um equipamento rudimentar a partir de um par de gramofones.

O equipamento não possuía um longo alcance, mas o tempo entre a identificação e a chegada da aeronave era suficiente para que as armas fossem apontadas na direção correta. Após esse caso de sucesso, a solução foi aprimorada, dando origem aos equipamentos de localização acústica de aeronaves.

De forma semelhante a um estetoscópio utilizado por médicos, os receptores de som eram conectados a tubos. Era necessário que alguém analisasse o som que o equipamento captava, pois os primeiros sinais dos motores de aviões inimigos surgiam geralmente alguns minutos antes da sua chegada.

Os britânicos utilizaram o mecanismo de forma ostensiva, implantando uma rede de dispositivos durante a Primeira Guerra Mundial. Na Segunda, começaram a surgir os primeiros aparelhos de radar, que acabaram tornando obsoleta a solução inicial. Por um tempo, eles foram utilizados em conjunto, como uma detecção complementar e para iludir o inimigo, que ainda não tinha certeza sobre o funcionamento do novo equipamento.

Após o fim do segundo conflito, os equipamentos antigos foram aposentados, dando lugar ao radar, que já tinha conquistado confiabilidade suficiente.

Modelos utilizados

Os alemães desenvolveram esse aparelho para detecção visual/auditiva (abaixo). Através dele, assim que o som fosse identificado, a pessoa já estaria com os olhos direcionados para o alvo.

Os holandeses criaram o modelo da foto abaixo, que possuía uma almofada inflável em seu interior. Dessa forma, o equipamento se adaptava à cabeça de qualquer um.

O francês ganhador do prêmio Nobel, Jean-Baptiste Perrin, desenvolveu esse modelo baseado em cálculos matemáticos. Cada uma das quatros peças principais possuía 36 hexágonos em forma de corneta, que tornariam a captação mais eficaz.

Os japoneses também utilizaram o método de detecção.

Abaixo, você pode ver como era o equipamento utilizado pelo exército britânico, com quatro captadores e três operadores, que fornecia um som estéreo.

Nesta solução alemã, os operadores conseguiam identificar a direção e a elevação da aeronave inimiga (com som estéreo) através da captação nas direções vertical e horizontal.

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