Vice-presidente dos EUA explica Força Espacial e cutuca China e Rússia

09/08/2018 às 10:592 min de leitura

A coisa toda começou em tom de brincadeira, mas logo depois de pensar melhor, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu oficializar a criação de uma Força Espacial. Agora, o vice Mike Pence dá mais detalhes de como deve funcionar a unidade responsável por monitorar a órbita terrestre. Esse é o primeiro derivado militar desde o estabelecimento da Força Aérea, em 1947.

Mike Pence destaca que serão necessários ‘avanços ousados para ter as tecnologias necessárias’

Pence afirma que a ideia é “restaurar o domínio norte-americano no espaço” e o projeto deve começar a funcionar em 2020.  A exemplo de Trump, ele acusa os adversários de transformarem o espaço em um “domínio de guerra” e diz que  “assim como na terra, no ar e no mar, é necessário criar um novo serviço militar”. Essa é a sexta frente bélica dos ianques.

A nova estrutura será chamada de Comando Espacial dos Estados Unidos e será dirigida por um general de quatro estrelas, para assegurar a integração com as outras forças armadas estadunidenses. A ideia é criar táticas específicas para o espaço e um grupo de elite de combatentes. O recrutamento de homens e mulheres será realizado por uma nova organização, a Agência de Desenvolvimento Espacial, que deverá fazer também “avanços ousados para ter as tecnologias necessárias para sermos mais rápidos que nossos adversários”.

Essa Força Espacial terá um Secretário Assistente para Defesa do Espaço, que deverá se comunicar diretamente com o Secretário de Defesa. A verba para custear tudo isso deverá ser incluída na previsão de gastos de 2019 e  a previsão é de que a unidade esteja operacional no ano seguinte.

Vice diz que míssil lançado pela China para abater satélite foi “altamente provocativo”

O comunicado de Pence serviu também como alerta para os governos rivais. "O que antes era pacífico e incontestável agora está conturbado e hostil. Outros países ameaçam os recursos espaciais dos Estados Unidos como nunca antes, desenvolvendo tecnologias que podem bloquear, obstruir e desativar satélites de comunicações do solo”. Ele deixou bem claro que esses “outros países” são a Rússia e a China.

Criação da Força Espacial vem sendo criticada por vários senadores

O vice-presidente lembrou de um teste realizado em 2007, quando a China usou um míssil para destruir um satélite moribundo, o que ele classificou como “altamente provocativo”. Ele citou tecnologias sofisticadas sendo desenvolvidas pelos dois países — como armas a laser — que poderiam ser usadas para desativar sondas norte-americanas.

Pence afirmou que os chineses vêm investindo muito em mísseis hipersônicos capazes de evitar a detecção das forças armadas estadunidenses e a primeira aeronave hipersônica dos orientais teria passado pelo seu primeiro teste bem-sucedido na semana passada. Ele também alertou que a China e a Rússia estão incluindo ataques antissatélite em suas diretrizes de guerra.

naveEspaçonave como a X-37B, usada pela Força Aérea dos Estados Unidos, pode ser destacada para integrar a Força Espacial

"As ações de nossos adversários deixam claro que eles já transformaram o espaço em um domínio de combate e os Estados Unidos não vão se esquivar deste desafio. Nós nos encontraremos de frente. A América sempre buscará a paz — mas a paz só vem pela força.”

Enquanto isso, tanto políticos quanto a opinião pública têm criticado a iniciativa. Segundo suas opiniões, as novas ações burocráticas, assim como os custos e a reorganização massiva da estrutura militar teriam um impacto negativo na administração federal.

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