Infelizmente, Steve não é mais uma aurora boreal

29/08/2018 às 08:302 min de leitura

O fenômeno da aurora boreal acontece somente em regiões próximas aos polos, que se tornam destinos turísticos para uma infinidade de pessoas anualmente. Apesar de sua origem ser conhecida, somente em 2016 um astrônomo amador percebeu que algumas manifestações apresentavam uma coloração diferente e as nomeou especificamente como Steve, acrônimo para Strong Thermal Emission Velocity Enhancement. Falamos sobre o Steve aqui no Mega, quando ele foi reconhecida como um tipo de aurora boreal, mas agora parece que o jogo virou.

Steve, o desconhecido

A notícia pode parecer o fim de Steve, mas talvez o desdobramento das pesquisas seja mais interessantes ainda, pois em vez de uma aurora ele dá indícios de ser um fenômeno celestial totalmente novo. Mesmo sendo de amplo conhecimento de fotógrafos há décadas, as faixas com um brilho próximo do roxo só chamaram a atenção dos cientistas em 2016.

Por mais que o verde não fosse a coloração predominante, esse seria um novo tipo de aurora, mas as dúvidas sobre a origem da cor diferenciada se mantiveram. Uma boa dúvida sempre chama a atenção de um pesquisador com disposição, então uma nova equipe se debruçou sobre o assunto, analisando registros de um Steve que ocorreu em março de 2008.

Aurora, só que não

Gerada pela interação de ventos solares com partículas carregadas da nossa magnetosfera, geralmente prótons e elétrons, a dança de cores acontece pela movimentação desses elementos através da ionosfera. Os tons visualizados usualmente são verde, com variações em azul ou vermelho, mas sempre produzindo intensos sinais de rádio.

A análise do evento foi feita pela equipe do físico Bea Gallardo-Lacourt, da Universidade de Calgary, no Canadá. Eles procuraram confirmar se durante um Steve as partículas caíam na ionosfera da mesma forma que em uma aurora. Para isso, utilizaram imagens de câmeras que registram o fenômeno e informações obtidas pelo satélite meteorológico NOOA — que, além de possuir a capacidade de medir a quantidade de partículas carregadas na atmosfera, estava mapeando a área no momento em que o evento ocorreu.

O que decretou o fim de Steve como aurora foi a não detecção dessas partículas, transformando o fenômeno em algo ainda desconhecido, pois as luzes roxas são produzidas de uma forma diferente de auroras convencionais.

Uma das possibilidades é que Steve tenha origem em um fluxo de íons em alta velocidade e elétrons superaquecidos na ionosfer; ainda, talvez seja formado em uma maior altitude. Novos testes serão feitos para verificar essas suposições e confirmar a verdadeira origem das cores.

Por enquanto, os cientistas estão chamando o novo fenômeno de “skyglow”  algo como brilho no céu, em tradução livre , mas para nós ele sempre será o fascinante Steve.

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