
Ciência
06/10/2018 às 10:00•2 min de leitura
Este é um assunto que costuma surgir repentinamente na mesa do bar: afinal, o clima está mudando ou não? O aquecimento global é uma preocupação legítima ou apenas uma invenção dos governos para alcançar seus próprios objetivos obscuros? Quando tal tema é posto à mesa, é quase impossível que não saia pelo menos uma teoria da conspiração envolvendo a Nova Ordem Mundial ou algo do gênero.
Porém, contra fatos não há argumentos: inúmeras estatísticas — atingidas através de pesquisas científicas e observações que podem inclusive ser auditadas por você — provam que, sim, existe uma mudança climática em andamento. Sendo assim, separamos algumas evidências irrefutáveis para você usar contra aquele amiguinho que insiste em falar sobre os Illuminati.
Para quem faltou a algumas aulas no ensino médio, CO2 é a fórmula do dióxido de carbono, um gás sem cheiro e sabor e expelido por máquinas que utilizamos diariamente — incluindo veículos motorizados. A liberação de CO2 é natural (os humanos fazem isso ao respirar, caso você tenha faltado a mais aulas do que pensávamos); o problema é o seu excesso, causado principalmente por queima de combustíveis fósseis.
Cientistas medem a concentração de dióxido de carbono como partes por milhão (ppm). Atualmente, essa medição já atinge a marca de 405,67 ppm — sendo que se estima que, há milhares de anos, quando os seres humanos ainda estavam “nascendo”, ela era de apenas 290 ppm. Quanto mais CO2 na atmosfera na Terra, maior é a temperatura do planeta — e é aí que entra o aquecimento global.
Calor e gelo não combinam — todo mundo que já fez um churrasco e tentou manter uma cerveja gelada sabe bem disso. Sendo assim, com o planeta ficando mais quente, as calotas polares vão se derretendo e se transformando em água, o que faz com que os mares subam de nível, engolindo cidades costeiras e — quem sabe, em um futuro distópico — uma metrópole inteira.
Acha que estamos brincando? O aumento dos mares é medido em milímetros por ano (mm/year, no original em inglês). A medição mais recente apontou uma taxa de 3,4 mm/year, sendo que, desde o século 19, as águas já ganharam 20 cm de “altura”. É bom ir aprendendo a nadar…
Não, aquele calor absurdo que você sentiu esses dias não foi por acaso. O ano de 2016 foi considerado o mais quente já registrado na História, com uma temperatura global média 1,69 ºF (cerca de 16 ºC) mais alta do que aquelas do século passado. Além de o calor excessivo causar o derretimento das geleiras (que comentamos anteriormente), ele gera outros fenômenos, como ciclones, furacões e principalmente queimadas — que, por sua vez, aumentam o volume de CO2.
Essas regiões, dominadas por geleiras gigantescas, estão prestes a sumir do mapa. Em janeiro de 2017, a extensão de gelo no Ártico era de 13,4 milhões sq km (square kilometers ou quilômetros quadrados), o que representa uma perda de 1,3 milhão sq km entre os anos de 1981 e 2010. Já a Antártida perdeu 0,6 sq km durante esse mesmo período, permanecendo hoje com 4 sq km.
Essa redução, além de causar o aumento no nível dos mares, afeta a fauna local, como focas, pinguins e até mesmo os famosos ursos-polares. Ou seja: também estamos estragando a moradia de quem não tem nada a ver com o assunto.
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