Você gostaria de ser contratado pela NASA pra ficar deitado sem fazer nada?

Cada pessoa idealiza um tipo de profissão dos sonhos, mas certamente ninguém acharia ruim ganhar dinheiro para assistir filmes e séries da Netflix, provar pizzas ou viajar pelo mundo afora. E se você acha que isso é algo improvável, está muito enganado. A NASA e a ESA (Agência Espacial Europeia) estão pagando pessoas para relaxarem em camas confortáveis enquanto assistem um filme ou leem um livro. 

As agências ofereceram dinheiro a 24 voluntários que estivessem dispostos a ficarem 60 dias consecutivos em uma instalação adapatada para tais atividades na Colônia, cidade da Alemanha. No entanto, essa experiência exige alguns sacrifícios dos participantes: eles têm que realizar todas as tarefas diárias deitados em camas projetadas especialmente para esse fim. E caso você esteja se perguntando: sim, isso inclui qualquer necessidade básica — inclusive as que fazemos no banheiro.

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O objetivo desse curioso experimento é descobrir como os astronautas podem ser afetados pelas condições de gravidade em viagens espaciais de longo prazo. A investigação começou na segunda-feira passada (25 de março), o que significa que os voluntários ainda têm muito tempo pela frente nessa odisséia.

A equipe responsável por esse estudo planejou diversos testes para examinar a função cardiovascular, o equilíbrio, a força dos músculos, o metabolismo, o desempenho cognitivo, dentre outros aspectos. Uma vez por dia, os participantes terão que passar um tempo em uma centrífuga para testar os efeitos da gravidade artificial — além de aumentar a circulação de sangue do corpo e evitar possíveis deteriorações físicas.

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Os astronautas abordo da Estação Espacial Internacional possuem uma dieta balanceada e, além disso, fazem exercícios físicos durante 2,5 horas diariamente para diminuir os impactos da microgravidade. Contudo, acredita-se que sessões de gravidade artificial podem ser mais eficazes em missões duradouras. Logo, essa experiência pode auxiliar na criação de medidas mitigadoras que reduzam as consequências negativas nos astronautas.

Essa não é a primeira vez que cientistas pagam grandes quantias de dinheiro para que pessoas permaneçam deitadas. O Instituto de Medicina Espacial e Fisiologia de Toulouse, na França, ofereceu mais de R$60.000 para voluntários que ficassem de repouso por 2 meses em um experimento similar que aconteceu em 2017.

Você gostaria de ser um desses voluntários, mesmo conhecendo os riscos da pesquisa? Compartilhe conosco nos comentários!